Fhop Blog

Sobre o autor

Mônica

As canções da Fhop Music possuem uma forma singular de expressão. Os músicos e cantores compartilham aquilo que eles têm aprendido e desenvolvido através da dedicação diária aos turnos da sala de oração, do constante estudo da palavra e amor a Deus. Para encorajar e inspirar os líderes de adoração, a Fhop organiza, frequentemente, um acampamento de composição. Nestes dias, desconectados das redes sociais, os músicos se reúnem para compor novas canções totalmente inspiradas na Bíblia, com o propósito de propagar as verdades de Deus. No último acampamento, os músicos contaram um pouco sobre o processo de composição.

Nessa entrevista você conhecerá a graça e os desafios de transmitir a mensagem de Deus em canções. 

Como é cantar sobre Deus?

Deus tem levantado uma geração que canta as Escrituras. O coração dEle se move quando nos achegamos através da Sua própria Palavra. Meditar nas Escrituras, naquilo que está no coração do Senhor e na mensagem que Ele gostaria de compartilhar para essa geração, nos tornamos sensíveis ao ouvir a voz do Espírito Santo. Dessa forma, acreditamos que Deus tem se alegrado com as canções que têm surgido nesse lugar de revelação.

Qual a importância de usar as Escrituras para compor músicas?

A palavra do Senhor liberta, é viva, eficaz e nos move. Usando a bíblia, nós ensinamos nossa geração através das nossas músicas. Quando cantamos as verdades de Cristo, elas penetram em nossos corações, gerando transformação, tomando conta de nós. A música tem esse poder de fazer com que essas verdades floresçam em nosso interior. Hoje, é possível encontrar muitas canções cristãs maravilhosas, mas que ainda não comunicam o que precisa ser falado sobre Cristo. Nossa geração precisa de verdades sendo cantadas. E assim, entender através de canções, quem Deus é. 

Como é o estudo da Palavra para cantar uma verdade?

Estudamos continuamente sobre Deus e discutimos sobre os atributos dEle. O conhecimento de Deus tem unido os diferentes estudos dos times de adoração da fhop music. Isso significa que mesmo que um time esteja estudando o livro de Hebreus, e o outro de Apocalipse ou o de Salmos, estão todos caminhando para o conhecimento de Deus. Acreditamos que uma música pode revelar o conhecimento de Deus e transmitir o verdadeiro significado da vida eterna, desafiando a mente das pessoas. Por isso, nos propomos a ensinar teologia para buscar a revelação de quem Deus é. Quem ouvir uma canção, ou usá-la como devocional, vai ter a mente desafiada a um novo tipo de entendimento.

Como são os processos de composição da Fhop Music?

É uma mistura de duas coisas. Primeiro, o que está guardado dentro de nós – um depósito pessoal, que se adquire caminhando com o Senhor, vivendo experiências, tendo a fé testada, e o acúmulo de revelação e conhecimento. Outra coisa, é que a composição é uma expressão de algo vigente, recorrente, seja para você ou para o coletivo. Não queremos uma canção que seja apenas um exercício mental, mas uma revelação que flui e nosso coração e nos dá prazer em cantar. Se conseguimos adorar a Deus através da canção, então as pessoas também irão conseguir adorá-lo.

É necessário fazer uma pausa para compor?

É muito importante dar uma pausa. Precisamos de inspiração. Muitas vezes, na correria do dia a dia, nos esquecemos do que temos ao redor e não nos concentramos em quem Deus é. Deus colocou detalhes na natureza e em tudo o que Ele fez, então quando a gente contempla as suas obras, não tem como não ficarmos maravilhados e inspirados. Ele revelou a glória Dele através de tudo o que Ele criou.

Como é compor em grupo?

É um desafio, porque geralmente, quem compõe está acostumado com suas próprias ideias. Então, quando se propõe compor em grupo, é preciso acreditar que o resultado do trabalho coletivo tão bom ou melhor que o individual. Este é um lugar de cooperação, onde todos se sentem encorajam e apostam nas ideias um do outro. É um exercício de acreditar na ideia, na melodia e na harmonia do outro. Cada pessoa tem a suas características, e Deus ama a união de pessoas que se unem para falar Dele. Ele sempre derrama algo especial.

Como conseguem transmitir uma mensagem na música?

É natural. Quando começamos a compartilhar o que cada um está vivendo, entramos num lugar de vulnerabilidade e ouvimos a história de cada um, e o que Deus estava falando a cada um. Deus mostra o que Ele quer falar. Temos um momento de oração, devocional, começamos a tocar alguns acordes e cada um começa a cantar aquilo que Deus está falando ao coração. É livre, espontâneo. As músicas retratam esses momentos.

Como é transformar um sentimento em melodia?

O sentimento é algo que alavanca a música. Faz a música alcançar o coração e deixar de ser só palavras. É um desafio grande você ser sensível à mensagem, ao texto, ao que a música quer falar. Por isso, começamos a dedilhar e a tocar quando estamos ouvindo o que cada um fala. 

Qual o maior objetivo das canções de Fhop Music?

Transmitir a verdade. Cantamos algo que é um estilo de vida e não simplesmente um tema. Podemos fazer uma canção a partir de um tema aleatório, mas faz muito mais sentido usarmos algo que vivemos para quando transformarmos numa canção ser uma verdade. Todo mundo está passando por algo e tem algo para contar daquilo que está vivendo com Deus. 

Agora, você pode ouvir as músicas da Fhop Music clicando aqui.

Texto originalmente publicado em 04 de fevereiro de 2020

 

O que você pensa sobre ser cristão de verdade? Por acaso já aconteceu de perguntarem algo a você e, por vergonha ou medo, você não deu uma resposta verdadeira (aquilo que você realmente pensa ou queria dizer)? Mas deu uma resposta para agradar as pessoas ou para não ser julgado? Isso provavelmente é resultado do politicamente correto que invadiu as igrejas e afetou o cristianismo. Já tive a sensação de que precisaria ser perfeita. Que se eu falasse o que realmente sinto e penso, a Igreja não me aceitaria. Entendi com o tempo que Deus não espera perfeição.

A era das redes sociais

Te dá uma vontade de ser verdadeiro, mas aí você mantém a máscara? Na era do youtube e instagram, os mais politicamente corretos são ovacionados. Vivemos numa época em que falamos sobre quem deveríamos ser, mas infelizmente falamos pouco sobre quem realmente somos. Por acaso você já viu alguém dando sua cara a tapa ao demostrar quem realmente é, e não aquilo que esperava realmente ser? São raras exceções. Não é comum falar da natureza humana, mas é bem
provável sermos tentados a falar sobre uma natureza idealizada.

Pena que isso também afeta a nós cristãos. Pena que isso torna mais pesada a bagagem da perfeição cristã. Pena que isso nos impede de ver quem somos e reconhecer nossas fraquezas. Pena que nós cristãos continuamos usando máscaras. Pena que não conseguimos ser vulneráveis. Quando paro para ler e meditar na Bíblia, percebo que esse livro nos instiga a colocar para fora toda a nossa sujeira, porque somente após a consciência da posição que estamos – de pecadores – podemos analisar e enxergar as verdades antes escondidas pelas crostas do politicamente correto. O que lemos na Bíblia não são ensinos que amaciam nosso ego, mas que nos confrontam o tempo todo.

Utopia da perfeição

A Bíblia é repleta de histórias como as que vemos hoje, de homens que viviam na utopia de perfeição e aqueles que viviam sua realidade imperfeita. Do lado da perfeição estão os fariseus, que chegaram a ponto de seguir regras só para manterem a aparência, mas esqueceram que ter um coração sincero e arrependido era mais importante. Jesus condenou esse comportamento deles chamando-os de hipócritas e alertando-os sobre parecem justos por fora. Mas por dentro estarem cheios de maldade.

Do lado imperfeito, temos os exemplos de profetas como João Batista quando diz “não sou digno de desamarrar as correias de sua sandália, Jesus” ou do apóstolo Paulo ao dizer que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais ele era o pior. Essas afirmações são carregadas de autenticidade, de humildade em reconhecer sua humanidade caída, de consciência sobre a necessidade da graça e principalmente de coragem em se fazer vulnerável. É importante pensar que João Batista estava num contexto em que haviam várias pessoas com ele, e ainda assim foi ousado em expor quem realmente era. Indigno. Ele venceu a tentação de falar sobre quem ele deveria ou desejaria ser. Pensar nisso me leva a crer que o politicamente correto contaminou o cristianismo. É um fardo ter que lidar com pessoas perfeitas.

Cristianismo verdadeiro

Eu quero viver o cristianismo verdadeiro, a mensagem do único Homem Perfeito que morreu pela humanidade caída. É como se eu precisasse ver e viver essa mensagem. A verdade que nós ainda não somos quem deveríamos ser, mas tentamos viver como se já estivéssemos glorificados.

É intrigante ver um youtuber cristão dizendo que ele não espera nada do homem, que suas recompensas estão somente em Deus. É intrigante também ver uma blogueira cristã falando sobre ser manso e vencer o orgulho. É intrigante ver um cristão falando sobre sua vida de oração nível hard e como ele ignorou escolhas legítimas. Sabe por que isso soa tão intrigante? Porque parece tão simples e fácil. Mas ao mesmo tempo causa um sentimento de impotência diante das fraquezas e incertezas. É difícil ser cristão numa era em que ser quem ainda somos parece o maior pecado de todos. Sinto falta de ver cristãos compartilhando suas fraquezas e sobre o quanto tem sido difícil ler a Palavra e conseguir praticar. Ou o quanto tem sido duro descobrir que ainda existem tantos lugares obscuros para a Luz de Jesus clarear.

Sinto falta de conversar com cristãos que dão a cara a tapa e dizem: “eu preciso vencer a inveja”, “eu ainda mato as pessoas no meu coração”, “quando eu canto tento não receber a glória que é de Deus”, “não sei lidar com o silêncio de Deus”, ou “eu tenho pouca fé”. Sinto falta de saber que existem pessoas como eu, aguardando ser quem realmente Deus criou para ser, mas que ainda sabe… Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.

A resposta de Deus

Deus não espera uma resposta sua dizendo que é aquilo que Ele espera que você fosse. Ele sonda os nossos corações e sabe quem somos por mais que digamos ou tentemos ser quem deveríamos ser e ainda não somos. E lembra-se sempre, isso não faz Ele o amar menos.