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Disciplinas Espirituais: A importância da meditação bíblica

bíblia

Você tem o costume de meditar na palavra? Eu tenho quase certeza de que você que está lendo esse texto conhece a maioria das histórias da Bíblia. Você já deve saber que no princípio, Deus criou todas as coisas. Assim como já deve saber a história de Adão e Eva, sabe como o pecado entrou no mundo, certo?

E a história daquele pastor de ovelhas que derrubou um gigante? Você também deve conhecer os belos salmos e os provérbios, as histórias dos reis e dos profetas. Como também a vida de Jesus na terra e sua morte e ressurreição.

Portanto, não tenho como objetivo aqui fazer uma checklist de todas as histórias e textos bíblicos que você conhece, a questão que tento levantar aqui é: o quanto da Bíblia você conhece profundamente?

Se aprofundando na Bíblia

Quando falamos de conhecer a Palavra de maneira profunda, isso vai muito além de adquirir conhecimento para se tornar “expert” naquilo. É portanto, sobre aprofundar o relacionamento com as Escrituras e Aquele que se faz conhecido por meio de sua Palavra.

A Bíblia nos diz que o homem que tem o seu prazer na Lei do Senhor e nela medita dia e noite será como uma árvore plantada junto a fontes de águas, tal árvore que frutifica no tempo certo e suas folhas jamais caem (Salmos 1). Deste modo, gostaria de trazer aqui três motivos para você começar a meditar na Palavra hoje.

  1. A Palavra nos santifica

“Santifica-os pela verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17)

Sabe quando você se olha no espelho em um lugar bem iluminado e ali você observa todas as imperfeições do seu rosto que você não gostaria de ver? Eu costumo dizer que quando meditamos na Palavra nos damos conta dos nossos erros e falhas, porque ali está o padrão que devemos seguir. A Bíblia nos mostra onde não estamos, onde deveríamos estar e onde vamos chegar. Em Salmos 119:9 vemos “Como o jovem guardará puro o seu caminho? Vivendo de acordo com a tua Palavra”, e o verso 11 nos diz “Guardei a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti”.

Ademais, ao meditarmos na Palavra estamos contemplando as verdades de quem Deus é, seu caráter perfeito, seus atributos, glória e santidade. E quando meditamos na beleza do Senhor nos tornamos cada vez mais parecidos com Ele, e começamos a caminhar rumo a sua vontade para nós de sermos santos e irrepreensíveis

“Para que aproveis as coisas superiores, a fim de serdes sinceros e irrepreensíveis até o dia de Cristo” (Filipenses 1:10)

 

  1. A Palavra nos sustenta no dia mau

“Este é o consolo da minha angústia: tua promessa me vivifica” Salmos 119:50

Lembro-me de uma estação em minha vida em que as circunstâncias estavam realmente difíceis, o mundo estava no início de uma pandemia e as incertezas e a angústia me rodeavam. Em meio às lágrimas, e antes que pudesse entrar em desespero senti o Espírito Santo soprando em meu coração: “você sabe o final da história!” Neste momento abri a minha Bíblia nas últimas páginas.

Sabe quando você está lendo um livro ou vendo um filme e o personagem principal está em meio a uma situação impossível? Eu não sei você, mas geralmente eu pesquiso logo o que vai acontecer, e isso me deixa mais tranquila. Foi o que eu fiz quando abri a Bíblia nas últimas páginas, eu encontrei a tranquilidade que eu precisava ao me lembrar de que no final:

“Ele enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram; O que estava assentado sobre o trono disse: Eu faço novas todas as coisas!” (Apocalipse 21:4-5a)

Portanto, meditar na palavra que é fiel e verdadeira é o que nos sustenta quando as estações difíceis chegam. Além disso, saber que a tribulação leve e passageira produz para nós uma glória de valor incomparável (2 Co. 4:17) nos ajuda a perseverar e a entender os tempos difíceis em uma perspectiva bíblica.

  1. Existe prazer em meditar na Palavra

“Alegro-me tanto no caminho dos teus testemunhos quanto em todas as riquezas” (Salmos 119:14)

Acredito que um dos maiores prazeres é poder ouvir a voz do Senhor. A meditação é uma forma de entrarmos na alegria da presença de Deus, uma vez que em sua presença existem delícias eternas, e vale mais um dia com Ele do que mil outros dias em outro lugar. Quando nos debruçamos sobre as Escrituras, ali está a oportunidade de um encontro com o próprio Deus e não há nada mais prazeroso do que isso.

Logo, quando meditamos na Bíblia, estamos meditando nas palavras de vida eterna, neste lugar descobrimos que essa é a melhor parte assim como Maria que escolheu se assentar aos pés de Jesus e ouvir os seus ensinamentos.

Conclusão

A meditação na Palavra nos leva a um lugar mais profundo no conhecimento de Deus, logo precisamos encontrar o prazer de estar nesse lugar. Quando meditamos e oramos as Escrituras estamos construindo a nossa história com Deus, nesse lugar Ele fala a nosso coração. E uma vez ouvi alguém dizer que a Bíblia é o único livro em que o autor está conosco 24 horas por dia, então se surgir alguma dúvida, basta perguntar!

 

Qual o objetivo de se praticar as disciplinas espirituais uma vez que já estamos salvos em Jesus Cristo? A resposta para este questionamento já levou muitos de nós para algum desses caminhos diferentes em um momento da nossa vida: o de condenação e o de espiritualidade sadia.

O caminho da condenação nos fez acreditar que poderíamos ser salvos e justificados pelas nossas próprias obras, ao praticar as disciplinas espirituais. Nos sentimos orgulhosos e poderosos, porque “parecíamos” mais santos do que os outros. Isso é semelhante aos fariseus que Jesus descreveu, orando e jejuando com um coração cheio de orgulho pelo seu sacrifício espiritual.

Por outro lado, podemos aprender com o Senhor Jesus que nos tornamos cada vez mais maduros em nosso relacionamento de intimidade com Deus quando praticamos as disciplinas espirituais, diferentemente dos fariseus que usavam as  disciplinas com o interesse de se autopromover.

 

Disciplinas espirituais: um caminho para a maturidade

 

Quando pensamos na palavra “disciplina”, geralmente, o que vem à nossa mente de imediato é uma ideia de sacrifício e perseverança. E logo nos lembramos da disciplina empenhada por atletas que precisam de alta performance para alcançar seus objetivos.

Eles se exercitam para que seu corpo seja capaz de corresponder ao máximo em curto tempo e sob pressão. Sua alimentação é balanceada e sua rotina é bastante abnegada, para serem capazes de ganharem um prêmio.

Nesse caso, eles entendem que o resultado não será imediato, mas demandará tempo e repetição no secreto, longe dos olhos das pessoas. Exigirá mudança de hábitos e constância para se aperfeiçoarem a cada dia. 

Aprendi com um querido pastor que assim também funciona a nossa vida espiritual. As disciplinas espirituais funcionam como esse preparo físico do atleta. Ela é o caminho para a maturidade. A maturidade espiritual não é medida pelo muito saber, mas pela obediência, por um coração que ouve as palavras de Cristo e as pratica.

Da mesma forma que ocorre com os nossos músculos ou com novos hábitos que desejamos agregar e que exige repetição, assim também a precisamos exercitar a nossa vida espiritual. Mas para qual objetivo?

 

Disciplinas espirituais: fortalecidos em nosso homem interior

 

Jesus tinha uma vida exterior e pública capaz de atender aos necessitados e de conversar com os doutores da lei, nutrida por uma vida interior prática. Ele só poderia fazer milagres e transmitir a sabedoria e a salvação do Reino de Deus, depois de anos praticando sua espiritualidade no secreto, ou até mesmo antes de tomar algumas decisões ou de falar. 

Pois Eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me deu ordens sobre o que Eu deveria dizer e o que proclamar. João 12.49

Ele nos ensinou a ouvir as suas palavras e as praticar comparando com alguém que constrói a sua casa na rocha. Os cristãos que não praticam as suas palavras constroem sua casa na areia. As tempestades da vida virão e eles estarão suscetíveis a cair por qualquer vento.

O objetivo de praticar as disciplinas espirituais é fortalecer nosso homem interior.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. 2 Coríntios 4:16

 

Disciplinas espirituais: uma vida de intimidade com Deus

 

Praticar as disciplinas espirituais não é uma caminhada solitária, mas intencional. É uma jornada que percorremos na companhia do Espírito Santo de Deus nos levando à estatura do varão perfeito que é Cristo.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Efésios 4:13-15

Não se trata de práticas para obter salvação, porque já somos filhos amados de Deus. Também não se trata de uma tentativa de sermos mais amados por Deus, porque já fomos comprados pelo seu sangue. Trata-se de uma graça divina, que apesar de gratuita, é de alto preço. 

Praticar as disciplinas espirituais é um convite de Cristo para todo cristão que deseja seguir os passos de seu Mestre e vivermos a vida abundante, pisando em cada pegada deixada pelo caminho, até nos tornarmos como ele e nos encontrarmos na glória.

 

Conclusão

 

A prática das disciplinas espirituais não tem o objetivo de nos tornar introvertidos ou alienados do mundo, mas de despertar nosso interior para saborearmos melhor a realidade que Deus criou. Neste processo, a Shalom de Deus equilibra os amores do nosso coração para buscarmos a Deus acima de todas as coisas e amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.

Não percebemos o quanto os amores constantemente moldam nossos desejos. Por mais que saibamos o quanto nossa cultura imediatista preza pelo consumismo, não nos damos conta do quanto nosso interior é orientado por esses padrões. As disciplinas espirituais vão na contramão disso. Quanto mais buscamos viver os passos de Jesus, mais encontramos nele o tesouro da vida.

Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. Gálatas 6.14

 

Quero apresentar para você a Bíblia, uma amiga da alma, uma das melhores amigas que você pode ter para o seu desenvolvimento e crescimento espiritual. Portanto, se cuidamos tão bem dos nossos bens, das nossas carreiras e nossos sonhos, deveríamos cuidar ainda mais da nossa alma, daquilo que traz crescimento verdadeiro para nós. 

Vemos que Paulo, em Colossenses 3:16, faz um pedido para a igreja:

“A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria, ensinai e aconselhai uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando Deus com gratidão no coração”. 

Aqui, ele fala a respeito da Palavra de Cristo, sendo assim, é preciso entender a relevância de termos a Palavra de Cristo habitando em nós, não de forma mediana, mas de forma rica, abundante, exagerada. É isso que Paulo está falando:

“que a Palavra de Cristo esteja em vocês, dentro de vocês. Que seja experimentada e vivida no coração e na alma de vocês – intimamente, ricamente – para que quando vocês se reunirem como igreja, como família, como corpo, vocês deem glória a Deus, aconselhem uns aos outros com sabedoria, louvem a Deus com gratidão”. 

Paulo eleva o padrão de ser crente e diz que conhecer Jesus é ter a Bíblia habitando dentro de vocês de forma rica. 

O que é Palavra de Deus?

Mas quando as pessoas falam “Palavra de Deus”, qual é o real significado? 

Hoje, a Bíblia é para muitos um manual de autoajuda, um livro de dicas de como viver a vida. Todavia, se a Bíblia é tratada dessa forma por nós, precisamos rever o que pensamos dela e que papel ela tem tido em nossas vidas.

Há quase 2 mil anos a igreja acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, inerrante e perfeita para nós. 

Mas além de projeções de carreira e de sonhos com o futuro, que possamos amadurecer espiritualmente na Palavra de Deus e que a Bíblia tome um lugar de importância e prioridade na nossa vida individual.

Nosso pastor é Jesus e precisamos conhecê-lo através da palavra 

No livro de Hebreus vemos que antes, Deus falou conosco por meio dos profetas, mas hoje Ele fala por meio do Filho. Deus fala por meio de Jesus! Como você conhece Jesus? Conhecendo a história de Jesus, o seu comportamento, as suas palavras. Como ele reagiria nessa situação? O que será que ele tem para falar sobre a minha vida, minha circunstância, minha caminhada, minha jornada, minhas escolhas e meus relacionamentos? Assim você conhece a Jesus, falando para Jesus: “Senhor, me leva nessa aventura de conhecer o que o Senhor pensa a respeito da minha vida e de quem eu sou”. 

Medite na Palavra de Deus 

Jesus, em João 15, quando fala aos discípulos, diz assim: “permaneçam em mim e nas minhas palavras”. Ele diz: “a prova que vocês me amam é vocês obedecerem às minhas palavras”. Eu não tenho como obedecer a algo que não conheço, não medito, não leio, não vivo, não como. Logo, a Palavra de Deus precisa, de fato, se tornar a Palavra de Deus para nós. Nós precisamos ouvi-la e meditar nela. 

A Palavra tem poder para mudar nossos destinos hoje. Mas não podemos esbarrar nela de vez em quando, não podemos tratar ela como um livro de autoajuda. Não podemos tratar a Bíblia como um pesque-pague, no qual você pega o que lhe agradou e o que não agradou, você solta. Contudo, nós precisamos nos comprometer e nos submeter à plenitude do que a Palavra diz. Precisamos nos submeter à tudo o que ela nos chama a viver. 

A oração de Paulo aos colossenses era: “que a Palavra de Cristo esteja dentro de cada um de vocês de forma rica”.

João, em 1 João 2:14, diz assim:

“Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno”.

Logo, você quer vencer tentação do pecado na sua vida? João deu o segredo: vocês são fortes não porque vocês são bons, justos ou corretos. Vocês são fortes porque permitiram que a Palavra de Deus habitasse em vocês e a força que vocês têm vem do habitar e do viver a Palavra de Deus dentro de vocês; do conhecer a Palavra da Verdade. Então, quer uma solução para vencer o pecado na sua vida? Se encha da Palavra de Deus, se encha da riqueza da Palavra de Deus. Permita que a palavra de Deus habite em você ricamente. Esse é o segredo de João! 

O que é a verdadeira espiritualidade? 

Não temos nem ideia do quanto podemos ser úteis para o corpo de Cristo se conhecermos a Bíblia. Você procura uma igreja que seja útil para você, que sua família seja bem instruída, que seus filhos possam receber a Palavra. Mas já se perguntou se você é útil ou se tem contribuído para sua igreja local? Você já parou para pensar o que você tem que sua igreja local possa estar precisando? A melhor coisa que você pode fazer para a sua igreja e para o corpo de Cristo é conhecer a Bíblia.

Um dia você pode estar no supermercado e encontrar um irmão da igreja que está com problemas em casa e você, que está com a Palavra habitando ricamente dentro de você, pode levar uma palavra de encorajamento para seu irmão. Muitos problemas iriam embora da igreja se nós conhecêssemos a Palavra de Deus. Há homens de Deus para nos ajudar a caminhar, sim. Mas quanta dor de cabeça evitaria na sua vida, se você conhecesse a Bíblia? Nela há um convite para um diálogo e um relacionamento com Jesus, por meio do Espírito Santo. 

Como saber se você está lendo a Bíblia e orando o suficiente? 

Eu nunca conheci alguém que ama orar, e não ama ler a Bíblia. E nunca conheci alguém que lê muito a Bíblia e não ama orar. Esses dois andam juntos. São as duas asas do mesmo avião. Se você é alguém que ama o lugar de oração – na sua casa, no seu quarto, na igreja local – provavelmente você ama a Bíblia. Se você sinceramente expõe seu coração à Bíblia diariamente, buscando nela conselho, instrução, buscando nela a vida, provavelmente você também ama orar.

Provavelmente, você ama o lugar de se encontrar com Jesus na sua devoção pessoal. Então, você quer saber se você lê a Bíblia o suficiente? Olhe para a sua vida de oração. Se a sua vida de oração está saudável, você está no caminho certo. Jesus falou isso. Ele dá uma solução para uma vida de oração. Ele fala: “se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, vocês pedirão o que quiserdes, e lhes será concedido”. 

É preciso fazer da Bíblia prioridade diária 

Assim como separamos tempo para exercitar o corpo, para redes sociais e para cozinhar, precisamos separar tempo para a Bíblia. Quando me converti, em uma pequena igreja em Londres, conheci dois irmãos ex-muçulmanos, que haviam se convertido recentemente. Certa vez, nosso pastor conseguiu levar o evangelho para alguns familiares deles em seu país de origem. E quando eles recebiam a Bíblia, eles encaravam ela e a escondiam. A Bíblia se tornava alimento diário para aquelas famílias, passando de casa em casa, revezando entre os pais e os filhos. Eles reservavam os dias que eles tinham para conhecerem a Jesus por meio da Bíblia.

Nós, que muitas vezes temos mais de dez Bíblias em casa, achamos ser suficiente apenas esbarrar na Bíblia uma vez por semana. 

Não há presente melhor para sua vida com Jesus do que mostrar seu amor por Ele, conhecendo-o. Pois, do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Igreja, a Bíblia é a melhor amiga da sua alma. Você quer preservar a sua alma? Conheça a Bíblia. Quer viver livre do pecado? Conheça a Bíblia. Quer saber o que Jesus sonha para você? Conheça a Bíblia. 

Ore por paixão pela Palavra

Oro por nós hoje que a Palavra de Cristo habite em vós ricamente. Peça a Jesus para que Ele te dê mais paixão pela Bíblia, que Ele tire as escamas dos seus olhos. Peça a Jesus para que Ele te leve nessa aventura, que Ele te deixe conhece-lo e conhecer o Espírito Santo. Conhecer sua história e não só o que Ele falou, mas o que Ele está falando agora. Deus quer falar com você por meio da Bíblia. 

 

Somos chamados cristãos por crermos e seguirmos Jesus, o Cristo. Nossa fé consiste em crer que Ele é Deus, encarnado.  Ou seja, se acreditamos que Jesus é além de um homem bom e altruísta que viveu na terra em algum momento, é realmente Deus, o que Criou e o que Sustenta todas as coisas pela palavra de sua boca. Então devemos dar importância e completa obediência a sua palavra e vontade, certo? É inegociável nos posicionarmos em cultivar um pensamento correto sobre Deus.

NOSSA MAIOR FRAQUEZA

Por que então vemos cristãos com o discurso e a prática tão confuso e desconecto? Por qual motivo não estamos mais parecidos com o Filho de Deus? Existe alguma razão para termos dentro da igreja opiniões diferentes sobre assuntos que a Bíblia já solucionou? A sensação que podemos ter as vezes é que cada cristão é seguidor de um Deus diferente.

Nos últimos anos tenho descoberto que o meu fraco entendimento de Deus é também minha maior fraqueza. E acredito que essa seja a resposta as peguntas acima. Assim, parte do processo de santificação tem sido encontrar em Jesus Cristo o conhecimento correto sobre Deus que redime, salva e restaura minha mente. E a resgata para o pensamento correto sobre Deus, sua vontade, sua natureza, obra, caráter e funcionamento. Se tornando a mais sublime fonte de força.

A questão aqui é:  como cristãos precisamos conhecer o nosso Deus. Não existe cristianismos real sem conhecimento de Deus (Jo 17:3). É impossível ter vida de oração consistente sem a beleza de Deus. Não existe obediência verdadeira sem entendimento do Senhor.

Como podemos corresponder a restauração do nosso pensamento sobre Deus? Listei três atitudes que considero importante para engajarmos nessa busca.

1 AJUSTAR A MOTIVAÇÃO

Acho importante tratar disso, pois diz respeito ao fundamento que estamos construindo algo. A pergunta é: por que eu quero conhecer a Deus? Por que eu quero estudar sobre Deus, ler livros, fazer um curso de teologia ou ir em um conferência?

A nossa motivação em conhecê-lo deve se centrar não em nós mesmos, mas Nele. Toda glória do nosso conhecimento deve voltar a Cristo. “Dele, por Ele é para Ele são todas as coisas”. A motivação errada pode nos levar ao orgulho e Paulo é objetivo em afirmar:

“[…] O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica.Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus.” 1 Co 8:1-3

Sendo assim devemos conhecê-lo para amá-lo mais, obedecê-lo corretamente que é vivermos dignos Dele e adorá-lo como Ele é digno de ser adorado (Cl 1:9-10). Essa deve ser nossa motivação!

2 LEITURA CORRETA DA BÍBLIA

Deus já tomou toda iniciativa de se fazer conhecido. A Bíblia é a palavra de Deus. E Jesus é a expressão exata do ser de Deus (Hb1:3), a máxima do seu desejo de se revelar.

Já ouvi muito no início da minha caminhada que precisava ler a bíblia e ter insights, revelações extraordinárias sobre o que estava lendo, que precisava ler o que estava nas “entrelinhas”. Isso é claro trazia frustração na maioria dos dias, pois não funcionava de forma tão romântica assim.

Nada mudou mais minha maneira de ler a bíblia do que crer que o que está escrito e como está escrito é exatamente a palavra de Deus que ele quer que eu entenda, creia e aplique.

É inquestionável o fato que a Bíblia foi escrita em outra época e direcionada para um povo real naquele tempo. Sendo assim é necessário sim que busquemos estudar e conhecer o contexto e a história. Isso para que tenhamos um leitura bíblica correta e aplicável para nós hoje milhares de anos após sua escrita.

Por isso te encorajo: estude a bíblia, leia-a como ela é. Mas também estude cosmovisão cristã. Analise e limpe se for preciso a lente que você tem usado para ler a palavra de Deus. Invista em buscar uma teologia correta.

Lembre-se: como você entende você crer e como você crer você vive.

3 MEDITAÇÃO

A última prática que é eficaz que quero trazer aqui é meditar. Entre inúmeros conceitos sobre o que seja a meditação quero tomá-la aqui como: transformar em oração o conhecimento sobre Deus para assim torná-lo conhecimento de Deus.

É falar com Deus sobre Ele mesmo. Processar junto com o Espírito Santo o conhecimento. (Efésios 1:16-19). O teólogo e escritor J. I. Parker em seu livro O Conhecimento de Deus traz o conceito que cabe bem aqui:

Meditação é o ato de trazer a mente as várias coisas conhecidas sobre os procedimentos, as peculiaridades, os propósitos e as promessas de Deus: pensar, deter-se nelas e praticá-las na própria vida. É a atividade do pensamento santo conscienciosamente apresentado diante de Deus, sob seus olhos, com seu auxílio e como meio de comunhão com ele.

Sendo assim, o convite que vem do coração de Deus aos cirstãos é:

Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor. (Os 6:3). Essa é a vida eterna conquistada por Jesus para nós. 

Então o Natal está chegando… E você, realmente entende o que isso significa?

Essa é uma data valiosíssima para nós cristãos, sabe por quê? Eis que Deus se fez carne e veio habitar entre nós, tomou forma de homem e veio nos resgatar. 

Mesmo que a data certa de seu nascimento não seja essa, sabemos que é essa a data estabelecida para nos lembrar desse evento tão extraordinário que aconteceu na história e que dividiu o tempo em antes e depois de Cristo.

Entendendo o Significado do Natal

Natal é nascimento, é encarnação. Foi por causa do Natal que hoje podemos ver a face do Filho de Deus, e assim vemos ao Pai, pois Ele é a imagem do Deus invisível. Foi por meio da encarnação que Jesus se fez nosso represente para que as exigências da lei se cumprissem nEle e Ele se tornasse nosso substituto para morrer na Cruz e agora Ele é nosso mediador que nos reconcilia com Deus. E foi graças à encarnação que a Esperança hoje é uma realidade, Deus usou a encarnação para pôr fim ao abismo que havia entre nós e Ele. Você não vê isso acontecer em nenhuma outra história, lenda ou mitologia. Deus veio até nós, o verbo se fez carne.

E sabe o que é mais interessante? Vivemos nesse tempo tão louco onde tudo é imediatista, temos tantos meios, tecnologias e afins que facilitam nossas vidas, e que deveriam nos ajudar a ter mais tempo, mas ao contrário, nos deixam mais ocupados e cansados. Mas Deus, em meio a tudo isso, escolhe vir em forma de bebê. Essa é a forma mais demorada de cumprir algo tão extraordinário. E não só isso, Ele ainda vem contrariando toda nossa lógica, pois nasceu em uma cidade que pouco se espera de quem lá nasce. Lembra quando Natanael perguntou: “Pode vir algo bom de Nazaré?” (João 1:46). Ele ainda veio de uma família pobre e em uma nação fraca e uma raça pequena. Ou seja, em sua primeira vinda, Ele não veio como um Rei como se esperava.

Qual o sentido do Natal?

Enquanto outras religiões e filosofias morais dizem para você ser forte, que você tem forças para viver como se deve e que você é capaz de se recompor sozinho, Jesus diz: “Vim para o fraco”. Ele diz que nos salvará não pelo que fazemos, mas pelo que Ele faz. Sabe o que isso nos diz? Que devemos prestar atenção aos detalhes, aos processos. Se o nosso Salvador teve que viver o processo desde uma manjedoura até a Cruz, é porque há algo de valioso nisso.

Ele nos molda nesse processo, nas nossas lutas e nas nossas vitórias. Em cada dia, em cada mês e em cada ano, estamos sendo moldados por Ele. Na nossa obediência diária, nas nossas leituras da Bíblia, em nossas orações, quando servimos aos nossos irmãos, quando dependemos de Jesus em tempos difíceis. Em cada pequeno ou grande momento, nossa fé vai aumentando. Você deve estar pensando: “mas como pode um Deus infinito se tornar finito?” Ou ainda, “como algo tão extraordinário pode se tornar algo comum?”

Philip Yancey, em seu livro: “ O Jesus que eu não conheci”, diz o seguinte:

“parece que Deus preparou as circunstâncias mais humilhantes possíveis para a sua entrada, como se fosse para evitar qualquer acusação de favoritismo. Fico impressionado pelo fato de que o Filho de Deus, ao se tornar ser humano, jogou de acordo com as regras, severas regras: cidades pequenas não tratam com delicadeza os meninos que crescem sob paternidade questionável.”

Enxergando a beleza do Natal

Eis aí a beleza do Natal. O mundo não compreende, pois quer aplausos, glamour, fama e espetáculos. Quer rapidez, resultados imediatos, mesmo que não deem firmeza ou solidez. Mas a ironia do Natal é essa, o feriado cristão que todos parecem aderir, mas que contém a mensagem menos compreendida. Por isso, a mensagem do Natal é ofensiva, pois o mundo não compreende Deus na pessoa de Jesus.

O Messias se apresentou com um tipo de glória, mas era a glória da humildade. Ele se tornou acessível em Jesus, e assim Deus encontrou um meio de se relacionar com os seres humanos que não gerava medo.  Mas a julgar pelo modo como Deus planejou as circunstâncias nas quais ia nascer sem poder, nem riqueza, sem justiça e sem direitos, podemos concluir que suas preferências pelos desfavorecidos falam por si mesmas. E isso não parece muito lógico e aceitável para um Salvador. 

Celebre sim 

Então, meus irmãos e minhas irmãs, Natal é celebração sim! Nosso Salvador veio até nós. É uma graça imerecida, pois estávamos tão perdidos, e éramos incapazes de nos salvar. Mas a Luz do mundo atravessou as trevas e nos trouxe a maravilhosa luz divina. O Natal nos lembra de reconhecermos a grandiosidade de Jesus Cristo que se rebaixou ao vir até nós, nos amar. Ele desceu para se tornar grande e isso é a graça imerecida. Ali estava o Logos, Deus, homem, o Criador. O dono de tudo chegava em suas terras.

E nós aguardamos com expectativa seu retorno. Afinal, sabemos que a sua segunda vinda, nos reservará o que tanto aguardamos que é o retorno do nosso Rei. E enquanto aqui estamos, sendo moldados por Ele, nós anunciamos a esse mundo que existe um Rei, sim esse mundo tem um Rei e Ele é o Rei da Glória. Por isso, lembre-se sempre: Natal é o anúncio da nossa necessidade de salvação e de como Deus providenciou essa Salvação enviando seu Filho Jesus, nosso Salvador. Foi a partir do Natal que houve a Cruz, Ressurreição, Evangelho e Salvação. E que daqui mais um pouco de tempo, seu reino em plenitude estará aqui. Nós precisamos não estar apenas preparados para receber o Salvador, mas também preparados e prontos para o retorno do nosso Rei.

Portanto, em todos os Natais, lembre-se sempre do motivo de Jesus ter vindo.

Portanto, visto  que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse, aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” Hebreus 2:14-15 

Que grande presente de Natal de Deus para nós. Olhe para Jesus neste Natal, receba a reconciliação que Ele comprou, não a coloque em uma prateleira sem abrir. Mas abra e desfrute do presente, alegre-se  nele. Faça dele seu prazer. Faça dele seu tesouro.

A política faz parte da vida do cristão e fez parte do convívio de Jesus nos dias em que ele esteve aqui na terra. A teologia nos convida a abordar qualquer assunto, com base na cosmovisão bíblica e a perspectiva da vida eterna nos convida para um olhar diferente daquele que a cultura da terra nos propõem. Então, até mesmo na política devemos colocar nossas lentes bíblicas. 

Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra; E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe : De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Mateus 22:15-21

De que lado da política, Jesus está agora mesmo? 

Se pudéssemos ouvi-lo presencialmente sobre isso, o que ouviríamos dEle? Jesus nunca se ausentou de nenhum assunto, ele sempre trouxe respostas divinas sobre questões terrenas. E essas respostas são uma luz, uma proposta hoje para essa questão em que estamos vivendo. 

Dize-nos, pois: Qual é a tua opinião? É certo pagar imposto a César ou não?

Mateus 22:17

Jesus, qual a sua opinião sobre isso?

Nos dias de Jesus, ele transitava no meio de poderes políticos. A denominação principal de partido, eram os fariseus. Eles falavam que o povo precisava se purificar a Deus, não deixando de lado o ser judeu.

Herodes então é o rei que, autorizado por Roma, liderava sobre os judeus.
Os Herodianos (judeus que tinham parte com Herodes, comiam, bebiam, estava com ele)
– diziam: levante louvores a Herodes, olhe tudo o que ele está fazendo pra nós.
Enquanto isso os fariseus diziam: não enfatizem Herodes, não deem ibope para a política.

Falar de política naquela época, era comprometedor, como é nos dias de hoje. Fazer aliança com Herodes era algo ruim. Para alguns herodianos Herodes era um messias. Por isso, apoiar Jesus, para os herodianos, era loucura. Eles não conseguiam compactuar com a ideia dos discípulos de Jesus de que agora existia um Rei em Israel.

Jesus chamava os fariseus de hipócritas, pois não conseguiam colocar sobre si o fardo que colocava sobre as pessoas, e para os herodianos, Jesus anunciava o reino vindouro, que para eles era loucura. Então Jesus, não agradava e nem queria agradar os dois lados.

A mensagem de Jesus não era partidária, ele não queria agradar. 

Deus não estava comprometido com o partidarismo da terra antes e nem nos dias de hoje, especialmente dentro da igreja.

Os partidos que se odiavam, se uniram então para aniquilar Jesus.
Dizendo: – Diga-nos Jesus, você que não se deixa influenciar por nenhuma parte… é certo pagar imposto para César? Jesus responde no v18: Percebendo a maldade deles… Hipócritas, por que me colocais a prova? Por que querem me puxar para um dos lados, a fim de comprometer a minha mensagem? Mostrai a moeda do tributo… Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Historicamente, o rosto dos líderes eram postos em moedas, como lembrete para o povo de que eles estavam submetidos à uma economia naquela região, que eles estavam sendo liderados por aquela pessoa. César queria que eles lembrassem que ele era quem trazia a estabilidade para o povo.

Ali Jesus desarma eles, fala para eles fazerem como dizem os herodianos, pagarem os impostos, mas para também fazerem como os fariseus, e louvar a Deus.

O que aprendemos com Jesus sobre política?

Jesus viveu num mundo politicamente polarizado, exercendo sua liderança espiritual num período em que o clima era tenso em Israel. Jesus era pressionado a tomar o domínio do povo judeu.

A igreja faz política quando manifesta seus valores.

Tomar a ceia do Senhor é político, pois em locais que isso é proibido, tomar a ceia é dizer que você é contra aquela liderança do país que não vive debaixo daquela tirania.

Use a palavra de Deus como uma bússola moral nessa decisão.

Aprendemos com Jesus que o cristianismo nunca estava atrelado com a anarquia. Cristianismo não é filosofia anarquista. Você precisa obedecer as autoridades estipuladas. O cristão pode ser crítico, mas o cristão não tem direito de ser desrespeitoso e vulgar, e atacar seja quem for. Não tem direito de atacar a humanidade e menosprezar a humanidade de alguém.

O novo testamento orienta o cristão a orar por suas autoridades/governantes.

Se orarmos pelos governantes que estão no poder, aproveitamos dessa liderança saudável. Saúde mental, sobriedade, calma e agradável. Como instituição, nós não devemos fazer política partidária e nem somos chamados para ser membros de um partido político. A igreja exerce um papel profético, do legislativo, judiciário, executivo, como os profetas do antigo testamento faziam.

O papel do profeta é denunciar aquilo que é imoral. 

Independente de gostar ou não, precisamos levantar a régua moral para o povo de Deus e cobrar que seus governantes façam as coisas de maneira reta e justa.  Quando a igreja abraça o poder político, ela se cala. O papel da igreja, é de denunciar qualquer valor que não represente Jesus.  A igreja como entidade social, ela faz política, ela produz em atividades que refletem no município.

Dar César o que é de César, também é pagar os nossos impostos. 

Então seja quem for que esteja lá, nós precisamos nos submeter, pois é assim que a bíblia nos ensina. O limite é, até que não interfira nos meus valores e crenças. E dar a Deus o que é de Deus, significa que o nosso Deus é o único a ser adorado.  Enquanto isso, nós não devemos adorar autoridades públicas. Foquemos em DEUS. Não em políticos.

Cada um tem sua função, mas ninguém pode substituir a Deus, eles não darão respostas divinas.

Nós temos a ideia de que o político eleito fará um milagre, ou que ele pode mudar o país. E sabe por que não muda? É parte da estratégia de Deus frustrar os reis da terra. Os reis da terra não possuem o que a igreja precisa. No fim de 4 anos, ficaremos frustrados com os nossos políticos, pois só Deus pode trazer JESUS no grande dia. A nossa segurança não está nas mãos de nenhum político, o futuro da igreja não está nas mãos de nenhum deles. Em qual seja o cenário, teremos Deus, por isso descansamos nele.

Se nos ancoramos na política, não estamos dando a Deus o que é de Deus.

Estamos dando pro governo o que deveria ser dado para Deus. Os cristão sempre foram temidos pelos governos totalitários, pois são pessoas que não se dobram contra seus valores e aquilo que fere sua fé. Aconteça o que acontecer, a igreja é firmada na rocha, inegociável.

Tenhamos uma vida equilibrada como comunidade, somos uma igreja conservadora? Sim, mas não temos nenhum político de estimação. Tenhamos postura de temperança e equilíbrio, que não deixemos de conviver com pessoas que pensam diferente de nós.
A igreja é de Jesus, ela tem que ser um ponto de equilíbrio em uma nação polarizada. A igreja tem que falar com todos. Com seus posicionamentos firmes, mas amar e respeitar uns aos outros.

Um dia viveremos um reino de justiça.

Sem escolher um lado, estaremos debaixo de um único juiz. Nós não vivemos para os reinos da terra, nosso governante é o messias que virá e trata paz num governo eterno. Naquele dia, rios de águas vivas fluirão do seu governo, vida para as nações. É por isso, que independente de qualquer decisão, nossos corações não perdem as esperanças. Oramos por dias de PAZ no nosso país, para que o Senhor nos ajude a conter as nossas emoções e eleve os olhos da igreja para o Senhor Jesus.

Oramos para que Deus restaure o amor e a voz profética na igreja brasileira. 

As canções da Fhop Music possuem uma forma singular de expressão. Os músicos e cantores compartilham aquilo que eles têm aprendido e desenvolvido através da dedicação diária aos turnos da sala de oração, do constante estudo da palavra e amor a Deus. Para encorajar e inspirar os líderes de adoração, a Fhop organiza, frequentemente, um acampamento de composição. Nestes dias, desconectados das redes sociais, os músicos se reúnem para compor novas canções totalmente inspiradas na Bíblia, com o propósito de propagar as verdades de Deus. No último acampamento, os músicos contaram um pouco sobre o processo de composição.

Nessa entrevista você conhecerá a graça e os desafios de transmitir a mensagem de Deus em canções. 

Como é cantar sobre Deus?

Deus tem levantado uma geração que canta as Escrituras. O coração dEle se move quando nos achegamos através da Sua própria Palavra. Meditar nas Escrituras, naquilo que está no coração do Senhor e na mensagem que Ele gostaria de compartilhar para essa geração, nos tornamos sensíveis ao ouvir a voz do Espírito Santo. Dessa forma, acreditamos que Deus tem se alegrado com as canções que têm surgido nesse lugar de revelação.

Qual a importância de usar as Escrituras para compor músicas?

A palavra do Senhor liberta, é viva, eficaz e nos move. Usando a bíblia, nós ensinamos nossa geração através das nossas músicas. Quando cantamos as verdades de Cristo, elas penetram em nossos corações, gerando transformação, tomando conta de nós. A música tem esse poder de fazer com que essas verdades floresçam em nosso interior. Hoje, é possível encontrar muitas canções cristãs maravilhosas, mas que ainda não comunicam o que precisa ser falado sobre Cristo. Nossa geração precisa de verdades sendo cantadas. E assim, entender através de canções, quem Deus é. 

Como é o estudo da Palavra para cantar uma verdade?

Estudamos continuamente sobre Deus e discutimos sobre os atributos dEle. O conhecimento de Deus tem unido os diferentes estudos dos times de adoração da fhop music. Isso significa que mesmo que um time esteja estudando o livro de Hebreus, e o outro de Apocalipse ou o de Salmos, estão todos caminhando para o conhecimento de Deus. Acreditamos que uma música pode revelar o conhecimento de Deus e transmitir o verdadeiro significado da vida eterna, desafiando a mente das pessoas. Por isso, nos propomos a ensinar teologia para buscar a revelação de quem Deus é. Quem ouvir uma canção, ou usá-la como devocional, vai ter a mente desafiada a um novo tipo de entendimento.

Como são os processos de composição da Fhop Music?

É uma mistura de duas coisas. Primeiro, o que está guardado dentro de nós – um depósito pessoal, que se adquire caminhando com o Senhor, vivendo experiências, tendo a fé testada, e o acúmulo de revelação e conhecimento. Outra coisa, é que a composição é uma expressão de algo vigente, recorrente, seja para você ou para o coletivo. Não queremos uma canção que seja apenas um exercício mental, mas uma revelação que flui e nosso coração e nos dá prazer em cantar. Se conseguimos adorar a Deus através da canção, então as pessoas também irão conseguir adorá-lo.

É necessário fazer uma pausa para compor?

É muito importante dar uma pausa. Precisamos de inspiração. Muitas vezes, na correria do dia a dia, nos esquecemos do que temos ao redor e não nos concentramos em quem Deus é. Deus colocou detalhes na natureza e em tudo o que Ele fez, então quando a gente contempla as suas obras, não tem como não ficarmos maravilhados e inspirados. Ele revelou a glória Dele através de tudo o que Ele criou.

Como é compor em grupo?

É um desafio, porque geralmente, quem compõe está acostumado com suas próprias ideias. Então, quando se propõe compor em grupo, é preciso acreditar que o resultado do trabalho coletivo tão bom ou melhor que o individual. Este é um lugar de cooperação, onde todos se sentem encorajam e apostam nas ideias um do outro. É um exercício de acreditar na ideia, na melodia e na harmonia do outro. Cada pessoa tem a suas características, e Deus ama a união de pessoas que se unem para falar Dele. Ele sempre derrama algo especial.

Como conseguem transmitir uma mensagem na música?

É natural. Quando começamos a compartilhar o que cada um está vivendo, entramos num lugar de vulnerabilidade e ouvimos a história de cada um, e o que Deus estava falando a cada um. Deus mostra o que Ele quer falar. Temos um momento de oração, devocional, começamos a tocar alguns acordes e cada um começa a cantar aquilo que Deus está falando ao coração. É livre, espontâneo. As músicas retratam esses momentos.

Como é transformar um sentimento em melodia?

O sentimento é algo que alavanca a música. Faz a música alcançar o coração e deixar de ser só palavras. É um desafio grande você ser sensível à mensagem, ao texto, ao que a música quer falar. Por isso, começamos a dedilhar e a tocar quando estamos ouvindo o que cada um fala. 

Qual o maior objetivo das canções de Fhop Music?

Transmitir a verdade. Cantamos algo que é um estilo de vida e não simplesmente um tema. Podemos fazer uma canção a partir de um tema aleatório, mas faz muito mais sentido usarmos algo que vivemos para quando transformarmos numa canção ser uma verdade. Todo mundo está passando por algo e tem algo para contar daquilo que está vivendo com Deus. 

Agora, você pode ouvir as músicas da Fhop Music clicando aqui.

Texto originalmente publicado em 04 de fevereiro de 2020

 

Eu canto porque vivo

Desde quando nascemos nos envolvemos em várias situações musicais. Já dormimos ao som da voz materna a cantar. Aprendemos canções na infância e além disso, cada um de nós também desenvolveu seu próprio gosto musical. Canções fazem parte da experiência de viver de modo que é verdade o que disse um filósofo: “Sem a música, a vida seria um erro¹”.

Entretanto, como cristãos não somos abandonados em nossa própria experiência sobre a vida. O crente necessita observar todas as coisas a partir do ponto de vista do Autor de todas as coisas. Isso quer dizer que, mais importante do que a música é para nós, é o que a música foi criada para ser. Para nós, cantar e ouvir música pode ser entretenimento, diversão e até mesmo profissão. Para Deus, no entanto, é um maravilhoso instrumento dado aos homens para o louvor da Sua Glória. Isso quer dizer que se cantamos ou ouvimos música, seja por diversão, entretenimento ou profissão, devemos com isso glorificar a Deus acima de tudo. Este é o objetivo final.

Cantar ao Senhor

Em toda a história do povo de Deus a música vem sendo utilizada como instrumento de adoração e gratidão. Ao cantar ao Senhor o Seu povo expressava um coração grato e rendido à Ele. Vejamos, por exemplo, o cântico que Israel cantou depois de atravessar o mar vermelho em Êxodo 15. Podemos também, observar a riqueza de cânticos que é o livro de Salmos. Além disso, conhecemos a história de Davi, o rei que conduziu Israel em adoração ao Senhor. Essas e outras narrativas bíblicas contribuem para a máxima de que: ao cantar as canções do Senhor o povo de Deus estava reconhecendo quem Ele é.

O evangelho de Mateus (26:30) nos revela um momento em que o próprio Jesus cantou um hino. Além do mais, sabemos que Cristo também frequentava sinagogas e cantar o saltério era algo comum da liturgia judaica. Portanto, não é de se admirar que os primeiros cristãos que passaram a seguir o Mestre continuavam cantando os salmos e a Palavra. É como o próprio Paulo parece encorajar em sua carta aos efésios (5:19). Assim, até mesmo hoje, no século 21, quando cantamos a Palavra de Deus, estamos nos juntando ao povo de Deus de todas as épocas.

Cantar no que acredita ou crer no que canta?

O ato de cantar canções no culto ao Senhor provocou várias tensões e reflexões durante a história da igreja. Canções eram compostas para engrandecer ao Senhor no culto, ensinar os crentes a respeito da verdade e até mesmo para combater eventuais heresias. A conclusão que a igreja cristã chegou no decorrer de seus anos foi: “A igreja crê naquilo que ela ora e canta².” Por isso, uma igreja saudável, que crê na verdade da Palavra, canta a própria Palavra. Em outras palavras, a prática da fé segue a nossa prática de oração e adoração. Se cantamos e oramos desconexos da verdade absoluta da Palavra isso acarretará um prejuízo à genuína fé que deve ser cultivada em nós.

Há um ditado popular que diz: “Quem canta seus males espanta.” Sem querer entrar a fundo na veracidade do dito é de se observar algo: a música e o ato de cantar provocam em nós coisas que no momento não são visíveis. Podem ser sentimentos, valores ou mensagens. Absorvidos pelo homem interior e processados. A música tem essa característica bela e Deus a fez assim. Quando falamos da combinação “Palavra de Deus + cantar”, não podemos simplesmente negligenciar tal instrumento dado por Deus para a edificação da nossa fé. Cantar em si, não possui nenhum poder comparado com o poder que possui a Palavra de Deus. Entretanto, quando unidos, os dois elementos se tornam a arma da igreja contra a frieza espiritual.

Muito mais que uma grande ideia

“Aleluia! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus; quão agradável e apropriado é louvá-lo.” Salmos 147:1

Minha intenção com esse texto não é apenas provocar um comprometimento entre os compositores, músicos e cantores a respeito das canções que serão cantadas nas igrejas. Escrevo para todos que foram feitos discípulos de Jesus. Que possamos cantar as canções que Jesus cantou. Seja em nosso culto comunitário ou momento de devoção, que possamos cantar Suas palavras e a respeito do que Ele fez e de quem Ele é. Essa, muito mais que uma grande ideia, é a Sua vontade.

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Referências:

1 Famosa frase de Friedrich Nietzche, filósofo alemão. Apesar de ter morrido como ateu, Nietzche teve uma infância cristã e era apaixonado por música.

2 Esse é um notável lema na tradição cristã: Lex orandi, lex credendi.

Texto originalmente publicado dia 30 de julho de 2020

Fé pensante, falar sobre a importância disso é falar sobre usar nossa mente. Somos seres criados para pensar, analisar, refletir. Deus colocou em nós sua Imago Dei, assim, temos a sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26). Isso quando se aplica à nossa fé, muitas vezes é visto de forma equivocada, já que a fé é vista como algo sobrenatural e não racional. Mas, qual o problema nisso? O problema está em você não saber o porquê crê no que crê.  Não há problema em você questionar sobre sua fé e buscar saber mais sobre sua crença. Na verdade, quando não o fazemos, somos levados a qualquer vento de doutrina ou até mesmo deixamos nossas experiências sobrenaturais nos ditarem o que é verdade. Mas não é para ser assim.

 

Primeiramente precisamos ter um equilíbrio, nem sermos frios e racionais demais e nem sermos guiados por emoções e sentimentos superficiais. A própria Bíblia, da qual nós baseamos nossa fé, nos diz para amarmos a Deus com todo nosso entendimento (Lucas 10:27). Nossa fé deve ser pensante, reflexiva. A teologia nos ajuda nisso, nos dá ferramentas para embasarmos nossa fé. Quanto mais conhecemos, mais cresceremos em fé, pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10:17). Por isso, também precisamos proclamar o evangelho com conteúdo sólido. É nossa responsabilidade apresentar Jesus Cristo e sua obra da salvação de modo a despertar a fé no próximo. Sim, o Espírito Santo é quem os convencerá mas nós iremos pregar, esse é nosso IDE. Mas se não sabemos nem como fortalecer isso em nós, como então explanar a outros?

A fé pensante unida com a teologia

Nesse sentido, precisamos de uma boa teologia, mas não pode haver uma teologia sem devoção e nem uma devoção sem teologia. Por isso, Pedro nos exorta a nos prepararmos para justificar nossa fé (I Pedro 3:15). Precisamos estar prontos para responder e dar razão à esperança que há em nós. Todos nós anelamos por algo que nos auxilie a dar sentido a tudo que observamos ao nosso redor e experimentamos dentro de nós.

 

Como C.S. Lewis disse: “Eu acredito no Cristianismo como acredito que o sol nasce todo dia. Não apenas porque o vejo, mas porque através dele eu vejo tudo ao meu redor. ” Precisamos crescer no conhecimento bíblico e saber mais sobre nós mesmos através da vida de Jesus, se queremos habitar neste mundo de forma significativa e autêntica. Saiba, a fé do cristão é baseada no caráter de Deus e suas promessas, e essas são imutáveis. Para isso é necessária uma busca para se ter mais fundamentos sobre nossa fé. Devemos então nos inteirar completamente das doutrinas da palavra de Deus para que possamos expor com poder a escritura e sermos capazes de comentá-la a ponto de pessoas serem edificadas por meio da nossa fé e pela exposição da verdade.

Deus abençoe!

O desânimo na caminhada cristã pode acontecer quando não estamos bem ancorados e enraizados na Palavra. Esses momentos exigem de nós raízes fortes, cuja persistência e coragem foram cultivadas anteriormente no secreto. Nesses períodos desejamos respostas imediatas, que apesar de parecerem nossas maiores necessidades, elas nunca chegam.

A verdade é que muitas vezes vivemos uma vida espiritual de eventos que é aquecida de vez em quando. Colossenses nos ensinará a importância de cultivarmos as pequenas porções diárias de uma vida de bastidores, por ser moldado pela sabedoria bíblica e fala sobre as raízes do nosso coração.

Enraizados e edificados nele

O problema de não estarmos enraizados em Cristo é sermos levados por qualquer vento de doutrina. Sem saber o porquê cremos com o coração no que dizemos crer com o intelecto. Não estamos aptos a conhecer a razão da nossa fé diante das outras propostas deste mundo, porque o coração está inclinado a outros lugares que não em Cristo. 

Assim, estar sem raízes é semelhante a não criar anticorpos capazes de proteger o corpo e dar discernimento para ele reconhecer aquilo que é bom ou ruim. Quando alguém se converte a Cristo, essa pessoa está sem anticorpos para reconhecer o que provém de Deus e o que não provém, porque ela está aprendendo a edificar o seu coração na Palavra. 

Por mais que os desejos possam ainda estar confusos no começo da conversão, à medida em que a Palavra é ministrada pela fé e pelo conhecimento de Cristo, o coração é edificado porque encontra repouso em seu novo Mestre.

É com Cristo que precisamos aprender a cultivar um relacionamento de Mestre e aprendiz, amigo e servo. Aprender a nos relacionarmos com Cristo ao longo de nossa vida, sendo santificados em nossa maneira de viver e de enxergar o mundo. 

Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. Colossenses 2:6,7

Uma vida de sabedoria

Muitos acreditam que uma vida de sabedoria é uma pessoa com muitas informações acumuladas. Porém, esta é a visão moderna de inteligência. Para a sabedoria israelita antiga, o que importa é praticarmos aquilo que aprendemos. Mas, ainda não apenas isto.

A visão bíblica para uma vida de sabedoria necessariamente precisa reconhecer Jesus Cristo como a própria sabedoria encarnada. Cristo é o verbo, o logos, a verdade revelada, o dono de toda a existência, o conhecimento e toda a ciência veio dele, do próprio Deus.

Uma vida de sabedoria implica estarmos diante do Senhor e Criador deste universo. Não é sem razão que em Provérbios somos convidados a viver uma vida de sabedoria temendo ao Senhor.

Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo. Ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. Colossenses 3:16

Sendo assim,  Cristo é o único Mestre das nossas vidas e precisamos deixar que suas palavras falem conosco e habitem em nós. Por meio de uma rotina que valoriza a Palavra de Deus. Algumas disciplinas espirituais são muito preciosas para educar os nossos sentidos. De modo a enraizarem sua Palavra em nosso coração e mente de forma particular e comunitária. 

Conclusão

As lutas são inevitáveis. Mas existem lutas em que somos mais provados e a nossa fé precisa estar mais fortalecida. Isso não ocorre por sensações eventuais e isoladas da visitação da presença de Deus.  Mas de uma constante edificação do coração e uma busca por saber viver de forma a glorificar o Senhor. 

A mente precisa ser renovada e o espírito fortalecido de modo que a palavra de Cristo habite ricamente em nossos corações. Nos ensinando como saber viver bem para encontrarmos plenitude em sua presença ao longo do dia.