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Jesus semeia a boa semente

ensino

Jesus é aquele que semeia a boa semente. Ele alimentou a multidão. Curou os doentes e feridos. Transformou a dor do homem sem esperança em motivo de alegria. Se assentou com pecadores, não teve medo de confrontar os legalistas. Se tornou um mestre, mas também um amigo acessível. Contou histórias que mudam o rumo da nossa vida. Ensinou a verdade em amor. Pois ele semeia a boa semente com bondade e doçura.

“Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.” Marcos 4.3

Já falamos aqui que Jesus utilizava as parábolas para ensinar e destacar ao povo o que precisava ser conhecido. Ele usava uma linguagem metafórica e enigmática que podia ser compreendida por qualquer pessoa, ao menos em parte, mas era necessário parar para ouvir e refletir sobre suas palavras. O Espírito de Deus quer nos ensinar todas as coisas, mas precisamos ter uma postura de coração que se abre para aprender e compreender as revelações de Jesus.

Em Marcos 4.1-20, Jesus contou sobre o semeador que semeia a boa semente, mas que há diversas formas de recebermos essa mensagem. Tudo depende do tipo de solo em que as sementes serão lançadas. Davi, no Salmo 139  pediu ao Senhor que sondasse o seu coração, esse é um exemplo a ser seguido por nós. Que o Senhor nos faça enxergar onde temos falhado em nossas vidas.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139.23-24

Que nada possa nos impedir de sermos um bom solo. Que o Senhor prepare a terra, tire as pedras e os espinhos, e que sejamos frutíferos na boa obra que Ele tem nos chamado a participar. Que nosso coração seja receptível a Palavra e a revelação de Jesus. Que assim como Davi, possamos pedir ao Senhor que sonde o nosso coração e nos faça ver os nossos maus caminhos.

O que Deus tem falado ao seu coração nos últimos dias? Qual mensagem tem sido plantada em seu interior? E como você tem respondido ao Senhor? Não esqueça de regar essa semente por menor que ela possa parecer. Pois os frutos virão, se não forem sufocados pelo mundo, ou roubados pelo Diabo, e pelas angústias e tribulações.

A boa semente tem sido plantada em nós, que hoje ela possa crescer e frutificar. “Os que foram plantados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem,  frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um”. (Marcos 4.20)

 

Quando eu era criança, minha mãe tinha esse versículo espalhado por vários lugares pela casa: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” (Provérbios 19.12). Talvez era porque éramos uma família um tanto barulhenta de cinco filhos, um pai e uma mãe, e ela queria nos ensinar o valor de pensarmos antes de agirmos no calor da emoção. Ainda hoje, é impossível ler essas palavras em Provérbios sem refletir na importância de cultivar a paciência  e o domínio próprio.

Quando eu era criança íamos à Igreja em vários dias da semana e não apenas no domingo pela manhã. Lembro-me de muitas vezes ter dormido no colo do meu pai ou de minha mãe, e das canções cantadas durante o meu adormecer. Quando eu era criança lembro-me das muitas músicas infantis e das historinhas contadas pelos professores da Escola Bíblica Dominical. Sobre tudo me lembro de muitas vezes acordar pela manhã com as orações e canções dos meus pais. Mas, o que quero ressaltar com todas essas lembranças, é a  importância de ensinar os filhos o caminho da salvação, assim como declara o autor de Provérbios.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Provérbios 22.6

Que maior herança podemos deixar para as próximas gerações? Como podemos pagar o preço para que a Cultura do Reino seja estabelecida e o coração de gerações possam ser transformados? Ensina a criança. Sim, ensina a criança o caminho em que ela deve andar. Quando o Senhor libertou o povo do Egito e depois deu a Lei a Moisés, Ele ordenou que a história fosse contada de pais para filhos e de geração a geração.

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao Senhor, teu Deus, e guarde todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Ouve; pois, ó Israel, e atenta em os cumprires, para que bem te suceda, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te disse o Senhor, Deus de teus pais. Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” Deuteronômio 6.1-7

Se pararmos para pensar em nossa história, podemos perceber que os maiores problemas estabelecidos em nossas emoções vieram de nossa infância: insegurança, medo, baixa auto-estima etc. Pois o Diabo sabe onde nos marcar e ele veio para matar, roubar e destruir. Mas Deus também sabe onde nos marcar e  Ele cura o nosso coração e nos liberta das mentiras do passado para que sejamos melhores pais, amigos e mestres de nossas crianças. Precisamos ensinar a Palavra e a identidade que nossos “filhos” têm em Cristo e como elas podem amar a Deus sobre todas as coisas. E esse ensino vem pelo ouvir e pelo exemplo.

Que Deus derrame graça sobre nossas vidas para olharmos como Jesus olhou as crianças embaraçadas e, ensinando aos seus discípulos, falou: “deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. (Lucas 18.16).”

Existe um grande contraste entre o fariseu e o publicano, e Jesus fala dessa realidade em algumas parábolas. Não quero apenas jogar palavras em uma folha mas, na verdade, quero que você, que lê esse texto, possa entender aquilo que Jesus quer ensinar quando contou tais histórias. O contraste existe e cabe a nós escolher o nosso modelo.

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros.” Lucas 18.9

O que primeiro podemos notar é que Jesus ensinava pessoas independente de quem elas eram ou de como estavam seus corações. Porque Ele ama ensinar seus caminhos e mudar nossos conceitos quebrados. Ele ama reconstruir nossa mentalidade. Ele quebra os nossos paradigmas e nos ensina a ter um olhar mais profundo sobre os assuntos mais simples e diversos dos quais possamos imaginar.

O Senhor sonda o coração do homem, Ele conhece as nossas mazelas e as faltas em nosso caráter. Quando Ele vê nosso orgulho, egoísmo ou justiça própria Ele se aproxima e nos diz que tipo de coração lhe agrada. Ele nos conta o que espera de nós e como podemos encontrar êxito em nossa vida como filhos de Deus. Ele considera o nosso contraste, mas quer nos levar um passo além.  

Então, temos a história do fariseu e do publicano e o “formato” de oração seguido por eles. Pensemos que cada um orou segundo os conceitos e a estrutura de pensamento que possuíam. Eles oraram conforme viam a si mesmos e conforme se relacionavam com Deus.

“O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo” (Lucas 18.11). Isso é bastante interessante, não é mesmo? Até a postura corporal do fariseu condizia com suas palavras e o que ele pensava de si próprio. Ele se julgava superior por não ser como os “outros”, até mesmo como o publicano. Ele se julgava superior por cumprir a lei e os ritos religiosos estabelecidos em sua comunidade. Ele se comparou com base em comportamento e concluiu que seu estado era muito superior ao dos demais homens, roubadores, injustos e adúlteros e, por isso, o “zeloso” fariseu sabia como desprezar o seu próximo.

Todos temos que ser gratos pela salvação, mas também temos que guardar os nossos corações e saber que o que recebemos não é pelas nossas ações ou merecimento, mas sim, por causa da Cruz e do sacrifício remidor de Jesus. Que nossas orações sigam o modelo de humildade verdadeira, assim como o do publicano que reconheceu o seu estado de pecado e pediu para que a graça de Deus fosse derramada sobre si. Ele reconheceu que Deus poderia ser propício a ele e era esse o seu clamor. Qual é o seu contraste? Com quem você quer se parecer?

“O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18.13 – JFARA)

“Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”. (Lucas 18.13 – NVI)

Jesus nos ensina a trocar a roupa de comparação e presunção por um coração cheio de fé e humildade. Trocar o desprezo por honra, o julgamento por graça e compaixão. Não, nós não queremos viver uma vida cheia de pecado e o Senhor é realmente poderoso para nos fortalecer e nos ajudar a vencer nossas lutas, mas é preciso cultivar o amor e a honra uns para com os outros e, principalmente, para com o nosso Deus. Lembre-se: “Todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” (Lucas 18.14)