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Entre a Fé e a Razão

A razão te diz: Tenha cautela, não se arrisque.

A fé te diz: Creia, o impossível acontecerá.

A Bíblia relata muitas histórias de homens e mulheres que tiveram que escolher entre basear sua jornada na razão ou na fé.

Razão aqui está relacionada a um conhecimento intelectual. É a faculdade de raciocinar, medir, calcular algo.

A fé está relacionada a crença, a confiança, a crer em algo ou alguém mesmo sem ter evidências.

Então, diante disso, temos um grande caminho a percorrer. Nossa natureza tende a nos levar para uma vida pautada pela razão.

Inegavelmente, a humanidade chegou a um nível de desconfiança que nos impede de viver por fé.

Ademais, uma vida com Deus exigirá de nós, níveis de fé diferentes para muitas situações.

Entretanto, nestas situações não será possível caminhar com a razão, pois você precisará de fé na sua mais pura essência.

Deus nos dá direção

Portanto, observe os exemplos a seguir:

Primeiramente, Deus pede que um homem construa uma arca e dá a ele direções:

“Eis que vou trazer águas sobre a terra, o Dilúvio, para destruir debaixo do céu toda criatura que tem fôlego de vida. Tudo o que há na terra perecerá.

Mas com você estabelecerei a minha aliança, e você entrará na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.

Faça entrar na arca um casal de cada um dos seres vivos, macho e fêmea, para conservá-los vivos com você.

De cada espécie de ave, de cada espécie de animal grande e de cada espécie de animal pequeno que se move rente ao chão virá um casal a você para que sejam conservados vivos.

E armazene todo tipo de alimento, para que você e eles tenham mantimento”.

Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado. Gênesis 6:17-22

Portanto, pense no quanto foi exigido que Noé exercesse fé e não razão. Somente um homem que conhece o seu Deus poderia construir algo debaixo de uma ordem tão desafiadora.

Afinal, a vai exigir sempre que você e eu deixemos nossas zonas de conforto e vai exigir passos em direção ao desconhecido.

Aliás, a razão teria dito a Noé, qual a garantia que ele tinha que tudo iria acontecer, e também somente uma grande fé fez este homem de Deus permanecer, mesmo em meio a tantas afrontas e adversidades.

Razão e fé estão dentro de cada um de nós

Juntamente com as ordens e direções do Senhor, virá também as oposições que muitas vezes habitam dentro de nós em forma de razão.

A razão quer garantias e segurança. A fé vai exigir que você creia absurdamente no que não conhece e muitas vezes sem garantia alguma, a não ser crer na fidelidade de Deus.

Então, não existem garantias quando você vive para Deus, sabe por quê? Porque Deus é a própria garantia de qualquer coisa que Ele exigir de você.

E o nosso amigo Noé sabia disso. Te encorajo a aprender a escolher hoje pautar a sua vida em fé e creia que você, em Deus, irá viver grandes aventuras e presenciar o que aqueles que baseiam sua vida no intelecto humano, nunca irão experimentar.

Foi a fé que fez Pedro andar sobre as águas, foi ela que fez Paulo desbravar terras desconhecidas por amor a Cristo. Foi a fé que manteve Daniel e seus amigos numa terra estranha e os fez vivenciar a fé.

“Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos”. 2 Coríntios 5:7

Para finalizar quero repartir com você o que Deus tem feito em minha vida nesta estação

Orei durante muitos anos por algo que está prestes a acontecer, porém aos meus olhos era algo impossível, pois a razão sempre apontava as dificuldades, mas eu escolhi viver por fé.

Estou me mudando para a Irlanda no próximo mês e Deus tem feito um milagre após outro para que isso seja possível. Portas têm sido abertas e pessoas têm sido edificadas através do que Deus está fazendo na minha vida. Cada etapa desta mudança é um milagre e uma lição. Eu tenho entendido que o que me liga ao milagre é a fé e não a razão.

E sei que esse é apenas um dos episódios da minha vida que fiquei entre a fé e a razão. Nessa ocasião, decidi viver por fé! E tenho experimentado coisas quem nem a razão poderia explicar.

Que você também decida viver pela fé. Deus te abençoe!

 

 

Certamente o coração do homem é enganoso, mas há uma promessa de Deus sobre nós. O Senhor é Aquele que nos sonda e nos conhece. Ele tem o poder para mudar os nossos sentimentos e quebrar toda estrutura mental de pensamento. Tudo o que nos impede de confiar em seu amor e de realizar sua vontade na terra é rompido pelo conhecimento da Verdade, descrita em Sua Palavra Viva. Precisamos ser ousados como Davi e pedirmos ao Senhor que Ele sonde o nosso coração e nos livre de todos os caminhos maus.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139.23-24

Não importa quanto de escuridão possa existir. Cada pedacinho do nosso ser não está oculto aos olhos de Deus. Esquadrinhar significa: examinar minuciosamente, procurar algo em todos os cantos, palmo a palmo… Ou seja, há calabouços que precisam serem abertos para que de fato possamos experimentar liberdade em cada área de nossas vidas. A Bíblia nos ensina como encontrar a felicidade e ela não está fora de Jesus. Por esse motivo é tão importante que Deus sonde o coração do homem.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto de suas mãos.” Jeremias 17.9-10

Quatro Princípios para a felicidade:

A Bíblia nos ensina como obter a felicidade. E quais princípios podem conduzir nosso coração em alegria. A felicidade nos termos bíblicos se difere do conceito humano, é mais profundo e independe de circunstâncias externas. Assim, podemos dizer que, bem-aventurado é o mesmo que feliz. De acordo com o Salmo 84 há características bem específicas que se manifestam na vida do homem bem-aventurado. Esses são apenas alguns exemplos. Porém, podemos encontrar muito outros.

I – Habitar na casa de Deus

Ainda no  Salmo 84, o escritor descreve sua ânsia pela presença de Deus, afirmando que a própria alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor. Ele chama o Tabernáculo de Deus de amável. E destaca: “o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo.” O prazer de estar no átrio do Senhor era tamanho que seu corpo respondia com intensa alegria.

Existe um lugar de plenitude onde cada um de nós pode habitar. Deus escolheu nos fazer filhos. Enviou a Jesus para nos trazer salvação e quebrar todo jugo que nos separava do Pai. Temos livre acesso a Sua Presença. O véu se rasgou e podemos entrar. Podemos adorá-lo de todo o nosso coração e este é um dos segredos da felicidade. Sermos adoradores extravagantes, reconhecendo que nossa força vem dele assim como nossa esperança. Habitar em Sua Casa é viver Coram Deo.

“Bem aventurado os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente.” Salmos 84.4

“Bem aventurado o homem cuja força está em Ti, e cujo coração se encontra os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre as primeiras chuvas. Ó Senhor dos Exércitos, feliz é o homem que em ti confia” Salmos 84.5-6,12

II – A força está em Deus

“Bem aventurado o homem cuja força está em Ti…”

Mesmo que passando por aflições o Senhor tem nos chamado a olhar para Ele e superarmos os desafios que a vida nos proporciona. A tendência humana é se cansar. Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Deus nos olha e diz: seja forte, seja corajoso, assim como falou a Josué, Ele também nos afirma.

Inúmeras histórias Bíblicas revelam milagres. Pessoas aparentemente irrelevantes tornam-se desbravadoras e marcam a história de gerações futuras. “Davi ficou profundamente angustiado, pois os homens falavam em apedrejá-lo; todos estavam amargurados por causa de seus filhos e de suas filhas. Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor, o seu Deus.” 1 Samuel 30.6

Não sei qual a sua história Bíblica preferida, nem mesmo qual é o seu “herói”, mas lembre-se: as narrações são verdadeiras e são exemplos que nos inspiram a ir além de nossas fraquezas. Quando a força nos faltar, vamos lembrar que a graça do Senhor nos basta, pois o seu poder nos aperfeiçoa mesmo em nossas fraquezas.

III – O Coração se encontra os caminhos aplanados

“… bem aventurado o homem… cujo coração se encontra os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.” Salmos 84.5-6

Às vezes, nosso coração se torna duro, como o coração de pedra descrito pelo profeta Ezequiel (36.26). Mas o Senhor tem o poder de amolecer nosso coração e o encher de ternura. Retirando todo peso e raiz de amargura – “Que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela.” (Hebreus 12.15b).

Este homem bem-aventurado, mesmo no vale de Baca (que significa lágrimas), faz dele um manancial. Mesmo no deserto haverá água fresca, sombra e proteção. Os tempos áridos produzirão bons frutos. Caminhos aplanados sugerem liberdade, nivelamento e ausência de obstáculos para prosseguir. Essa realidade nem sempre é física, mas espiritual e começa de dentro para fora.

“Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelho trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado.” (Hebreus 12.12-13)

“O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.” Isaías 26:7

Gratidão é uma palavra que está em voga. Infelizmente no excesso do uso de uma palavra ela perde o significado. Pode se tornar descartável, sem o devido peso e valor. E mesmo que essa palavra esteja sendo usada em excesso, de fato, pensar em caminho plano é ser agradecido a Deus e poder caminhar em fé.

IV – Confia no Senhor

“Ó Senhor dos Exércitos, feliz é o homem que em ti confia.” Salmos 84.12

O segredo da felicidade está na confiança em Deus. E o que é confiar? É parar de tentar controlar tudo à nossa volta e saber que não estamos sós. É contar com a ajuda do céu. É se jogar sem medo de cair ou se machucar. Descansar é repousar seguro nos braços do Pai, sabendo que Ele é Soberano sobre todas as coisas que acontecem e que nada pode fugir do seu controle e permissão. Nada pode impedir o seu braço forte de agir.

Podemos dizer que confiar é saber que, mesmo que não entendamos certas circunstâncias, ainda assim, o amor de Deus nos basta. Não tem a ver com paralisia física ou emocional, mas tem a ver com fé e convicção de cuidado. Deus nunca nos abandona ou deixa de nos amar. Precisamos mudar o padrão de pensamentos e reconhecê-Lo pelo caminho.

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” Provérbios 3:5-6

O mais importante é o amor

“Eu, porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salvação.” Salmos 13:5

Acima de tudo, amor de Deus nos dá confiança para adentrarmos em Seus átrios, isto é: para viver diante de Sua Presença. É o Seu amor que nos fortalece e nos faz corajosos. É o Seu amor que nos faz livres no caminho. É o Seu amor que nos faz confiar.

Como está o teu coração? Qual tem sido os teus desafios? E como construir caminhos planos? Que hoje Jesus possa iluminar nossas vidas e gerar em nós a felicidade que vem d’Ele. Não deixe de compartilhar conosco sua história. 

Muitos de nós estamos em uma longa jornada esperando que as promessas do Senhor em nossas vidas, se tornem realidade. Temos impressões em nossos corações, grandes sonhos e o desejo de sermos profundos em nosso relacionamento com Cristo Jesus. Mas tudo quanto se relacionam as promessas, ainda parecem muito distante. Em meio a espera, podemos ficar exaustos. É preciso coragem e determinação para mantermos nossos corações em fé.

Lembro-me da história de Josué. E de como Deus o encorajou a manter-se firme diante dos desafios que teria que enfrentar para conquistar a terra prometida. Além disso, o Senhor o exortou a ter o cuidado de guardar a lei e não se desviar dela. Nem para a direita e nem para a esquerda.

“Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.” Josué 1.7

O cumprimento das promessas de Deus estão diretamente ligadas a obediência. Significa que é preciso guardar aos princípios estabelecidos por Deus em sua Palavra. E isso, não é nenhum tipo de legalismo, mas de vida para os que amam a Deus.

Então, a pergunta que não quer calar é: Quanto o nosso coração tem sido amoroso para com o Deus ao ponto de obedecermos a sua Palavra?

A história de Josué e a promessa da terra prometida

Você já leu o livro de Josué? Já imaginou todas as guerras que ele lutou e sua relação com Deus? Em como se tornou corajoso a medida em que obedeceu as ordenanças do Senhor? Quando lemos a Bíblia é muito importante usarmos a imaginação para nos conectarmos com a história.

Coragem não é algo que vem do nada, ela se torna real à medida que andamos com Deus e obedecemos aos seus mandamentos. Josué foi um homem corajoso porque experienciou em sua caminhada o que Deus pode fazer. Ele foi o sucessor de Moisés. Presenciou os milagres e atravessou o deserto servindo seu líder. E quando sua hora de liderar chegou, já havia muita sabedoria em seu coração. Também havia grande referência do que Deus tinha feito no deserto. Seu livro começa com uma promessa feita por Deus:

Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado como eu prometi a Moisés.” Josué 1.3

Aquilo que Deus prometeu aos hebreus saídos do Egito, transpassou gerações. Não era apenas para Moisés, mas foi o legado de Josué. Além disso, Deus também disse a Josué:

 

“Ninguém te poderá resistir todos os dias de tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei.” Josué 1.5

Sê forte e corajoso

“Sê forte e corajoso, porque tu farás esse povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. (v-6) Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. (v-7) Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas nem te espantes, porque o Senhor teu Deus, é contigo por onde quer que andares. (V-9)” Josué 1.6,7,9

Se observarmos o primeiro capítulo de Josué, concluímos que por três vezes Deus manda que ele fosse: forte e corajoso. Deus sabia dos grandes desafios que o povo teria que enfrentar e a chave estava em permanecer n’Ele e se manter perseverante.

Em nossas vidas também não é diferente. Todos os dias há inúmeras provas de fé que temos que passar. Muitas vezes, nos sentimos fracos e desencorajados. Isso, sem falar na ansiedade que tenta roubar nosso coração de Deus e nossa paz.

Os desafios vão se tornando maiores à medida que caminhamos. Jesus nos avisou que neste mundo passaríamos por aflições, mas que mantivéssemos o bom ânimo. Pois Ele venceu o mundo.

Onde construímos nossa casa?

Onde temos construído nossa casa? Na rocha ou na areia? Quais têm sido nossos alicerces? Pois, certamente tempestade vai soprar. Se estivermos firmados na Palavra, teremos vida e esperança. Mas se nosso coração e alma oscilam, nossa força se esvai pelos dedos, como areia do mar.

Quando nosso coração se sentir duvidoso e as crises em nossa fé baterem na alma, devemos voltar nosso coração a Jesus e nos lembrar que, sem Ele, nada podemos fazer. Devemos nos lembrar do Salmo 1, que não andamos no conselho dos ímpios. Antes, o nosso prazer está na Lei do Senhor, e na sua lei meditamos dia e noite.

Assim, seremos como árvores plantadas junto a corrente das águas. Que no devido tempo dá o seu fruto e cujo a folhagem não murcha. E TUDO quanto ele faz será bem-sucedido.

A mesma palavra também está presente no texto Bíblico de Josué: “… para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.”

O padrão de sucesso do mundo é bem diferente do padrão de Deus. A presença de Jesus nos dá forças para caminharmos em fé independente de circunstâncias externas. Independente do quanto aparentemente demore suas promessas. Mas também é verdade que, quando obedecemos a Palavra Viva e suas diretrizes, benção estará sobre nós e será como um sinal para que os ímpios creiam em quem Deus É.

Conclusão

Começamos esse artigo sendo encorajados a sermos fortes e corajosos da mesma forma que Josué foi instigado a fazê-lo. Aprendemos que obediência a Palavra está diretamente ligado a sermos abençoados e bem sucedidos. E isso independente de circunstância externas. Há grande alegria em conhecermos ao Deus que nos salva e nos ensina a sermos corajosos. Mantenhamos nosso coração Nele.

Em que circunstâncias Deus tem te feito forte e corajoso? Lembre-se de suas promessas. Conte-nos como tem sido sua jornada de fé e como a Palavra tem sido firmada em seu homem interior? Vamos amar saber o que Deus tem feito em sua vida.

Achará o filho do homem fé na terra?

Muita coisa tem acontecido no mundo. Violência desenfreada, rumores de guerras, terremotos, muitos suicídios, depressão e fome. Consequentemente ao olhar para as aflições do mundo nós seres humanos entramos em uma busca por respostas para compreender os por quês ou a real razão da dor e sofrimento.

Porém, nessa busca muitas vezes adquirimos uma mentalidade de um Deus punitivo, nos baseando que Deus se relaciona conosco por meio de uma justiça retributiva alicerçada nos nossos méritos e deméritos. Todavia atribuir a dor, o sofrimento e a tragédia a um ato punitivo de Deus é, tão cruel como a tragédia em si. DEUS NÃO É UM SÁDICO.

Colocamos Deus em uma posição de tolo, incompetente, apático ou até mesmo de um Deus perverso. Mas edificar uma mentalidade assim, certamente nos levará a um lugar de desesperança e descrença. Só conseguiremos prever um futuro de dor, medo e tristeza.

O Juiz iníquo

“Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. “Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ “. E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? ” Lucas 18:1-8

Na cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem contrário a Deus. E que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Ele era juiz mas não estava interessado em fazer justiça.

Dessa forma Jesus expressa através dessa comparação a enorme distância entre um ego absoluto que só pensa em si mesmo e o coração de Deus. Jesus nos assegura que se o juiz da parábola, mesmo sendo injusto, sádico e apático atendeu ao pedido da viúva por causa da sua insistência, quanto mais justiça nos fará Deus.

Com base nesse raciocínio, o estímulo de Jesus à oração partiu do princípio que o coração de Deus é aberto para nós se move na nossa direção e não um Deus que está contra nós. É desejo de Deus abençoar as pessoas que estão sofrendo, Ele nos quer abençoar e não amaldiçoar, Deus quer restaurar e não nos punir e castigar com tragédias. Esse é o nosso Deus. Um Deus que se relaciona conosco movido e de acordo com a sua graça.

Não nos trata segundo os nossos pecados nem nos retribui de acordo com as nossas culpas”. Sl 103: 10

Fé e oração

Um detalhe importante é que Lucas posicionou essa parábola sequencialmente após uma exposição escatológica feita por Jesus. No capítulo 17 o Senhor falou sobre o período difícil que seus seguidores suportariam antes de seu retorno (Lucas 17:22,23). Jesus alertou que esse período seria longo e traria um sofrimento progressivo até culminar no dia de seu retorno.

É impossível compreendermos de maneira completa as razões relacionadas a dor e sofrimento humano. Jesus disse que passaríamos por aflições e que os dias que precediam a sua vinda seriam como nos dias de Noé.

Diante dessa realidade, Ele exorta seus seguidores a perseverar em oração. Pois, a oração determina a regra da fé. Em Tiago 1:3 diz que “A prova da sua fé produz perseverança”.

Achará porventura fé na terra? Essa pergunta retórica indica que a fé será escassa. E Jesus sabia disso. Em outras palavras é como se Ele dissesse “Ei meu seguidores, vai acontecer muita coisa ruim na terra, vocês vão precisar permanecer em fé, e sabe como? Vivendo em oração incessante para que permaneçam em fé. Orem pedindo justiça, peçam pela minha restauração, peçam pela restituição”.

Orem sem cessar

As aflições virão de diferentes modos. Acredite, Deus não é o nosso algoz. Se o seu coração tem se abalado diante das aflições do mundo, ORE. Se a única ferramenta de auxilio que você tem para oferecer à aqueles que estão em meio a tragédias, for a oração, então ORE.  Transforme o grito de desespero em oração e encontrará paz. Isso nos fará suportar aquilo que não podemos mudar.

Finalmente, Deus é o nosso refúgio e fortaleza.  Torre forte, Pai da misericórdias e Deus de toda consolação. Aquele que cavalga pela justiça e verdade, aquele defende a causa do oprimido e faz justiça aos pobres. O Salmista diz: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. Salmos 121:1-2

Deste modo quando permanecemos no lugar de oração, resinificamos a nossa vida à luz da eternidade.

“Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Um novo céu e uma nova terra.  Apocalipse 21:4

 

Escrito por: Jéssica Gotelip – Facilitadora Fhop School

A história de Ester não é apenas uma referência para a mulher cristã. Mas para toda aquela que quer ser uma mulher corajosa. Essa simples órfã, que se tornou rainha, nos inspira a sermos ousadas em fé. Mesmo diante das maiores adversidades e perigos que possamos enfrentar! Ela nos ensina o caminho da intercessão. Nos ensina a ousadia de uma mulher que crê e que sabe se preparar para as questões da vida. Tanto ao nível espiritual, como físico.

Portanto, diante do momento mais perigoso de sua vida, Ester decidiu arriscar-se. Ela entrou na presença do rei Assuero, mesmo sem ter sido convidada por ele. Esse ato seria mortal se o rei não lhe estendesse o cetro. Porém, ela percebeu que era seu papel clamar em favor dos Judeus exilados. Independentemente de sua vida correr risco. Isso não significa que no processo, não sentirá temor. Na verdade, ela teve que se preparar por meio de jejum. Ela ainda conclamou seu povo a jejuar. Ou seja, se posicionou de forma individual. E também levou seus irmãos a jejuarem, sendo assim uma líder excelente.

Então, Deus a encheu de grande coragem. Ester entendeu seu propósito naquela geração e andou em fé. Enfrentou os medos e a própria insegurança. Foi ousada, sábia e estratégica. Então, em resposta aos temores, ela disse: “… se perecer, perecerei.”

Duas mulheres, dois destinos

No do livro de Ester, vemos a história sendo narrada. O rei Persa, Assuero, dá um banquete para mostrar toda a sua glória. Então, ele chama a rainha Vasti para se apresentar diante dos povos e príncipes. Pois, desejou que todos vissem o quanto ela era bela. Vasti se nega a atender o seu marido e rei. E isso foi motivo para grande escândalo. Pois os homens temeram que o gesto da rainha, fosse seguido por todas as mulheres do reino. Então, ela é banida e perdeu para sempre a sua coroa.

“… Vasti não entre jamais na presença do rei Assuero; e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela.” Ester 1.19b

Em Susã, capital Persa, havia um Judeu exilado chamado Mordecai. Ele adotou a filha órfã de seu tio. Hadassa, também chamada de Ester: “era bela, de boa aparência e formosura”. O rei havia concordado que a rainha seria substituída. Aquela que caísse no agrado do rei, reinaria em lugar de Vasti. Assim, ajuntaram muitas moças e Ester estava entre elas.

“Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem ajuntadas muitas moças na cidade de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram também Ester à casa do rei, sob os cuidados de Hagai, guarda das mulheres. A moça lhe pareceu formosa e alcanço favor perante ele; pelo que se apressou a dar-lhe os unguentos e os devidos alimentos, como também sete jovens escolhidas da casa do rei; e fez passar com as suas jovens para os melhores aposentos da casa das mulheres.” Ester 2.8-9

A órfã se torna rainha

Duas mulheres bonitas, histórias cruzadas e a vida dos Judeus por um fio. Uma rainha que perde a coroa e uma órfã que se torna rainha. Será que Ester havia imaginado que seu fim seria melhor que o começo? Nossas tragédias humanas não podem nos impedir de termos um fim magnífico quando aprendemos a enfrentar nossos medos, assim como agiu Ester.

A beleza de uma mulher

Mesmo sendo uma mulher bela, Ester teve que passar por um processo de embelezamento. Todo esse tratamento durava um ano. Eram-lhe dado banhos com óleo de mirra, unguentos, perfumes, especiarias. Nenhuma candidata poderia entrar na presença do rei de qualquer jeito. Era preciso se preparar.

Isso me faz pensar em nós como mulheres. E como devemos manter um padrão elevado de cuidado pessoal. Sei que pode ser um desafio. Principalmente, se cairmos em comparação. Precisamos respeitar nossas diferenças. Não é uma questão de padronizar a beleza, mas nos aceitarmos como somos. Devemos nos amar e nos cuidar. Devemos tirar o peso e nos dar o devido alento.

Lembro-me de uma vez que senti-me preterida por um rapaz. E, ao me olhar no espelho perguntei: “Quem você pensa que é? Você acha mesmo que ele te olharia?” Na verdade, a minha visão estava quebrada. A voz que ouvi não era minha, muito menos a de Deus. Muitas vezes, temos dado atenção às vozes do diabo que tenta distorcer e ferir a nossa identidade. É preciso arrependimento diante do Senhor e pedido de perdão por esse pecado, se temos agido assim.

A beleza mais importante

A beleza mais importante não é a externa. Não é a aparente. Mas é a que vem de dentro para fora. Tem a ver com o nosso caráter, com quem somos em essência e se nos parecemos com Jesus. Às vezes, vamos para extremos. Amamos a beleza ou odiamos o que ela possa representar. Principalmente, o que é nos dito pela moda. Precisamos nos ver através dos olhos amorosos de Jesus e beleza viverá em nós. Lembre-se:

“Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição.” Provérbios 11.22

“Enganosa é a graça e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” Provérbios 31.30

Coragem e sabedoria

A mulher corajosa precisa andar em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. Algo impressionante sobre Ester é que ele era notada. Precisamos nos perguntar: qual o motivo? Em várias ocasiões a vemos alcançando favor. Isso tem a ver com o propósito de Deus, mas também com a forma que ela se portava. Ela tinha um coração humilde e era sábia para ouvir os conselhos que lhe eram dados, tanto por Mordecai como por Hegai, guarda do rei.

Em primeiro lugar, quando órfã, Ester foi adotada por Mordecai. Lhe pareceu formosa a Hegai, guarda das mulheres, e “alcançou favor perante ele”. Ele lhe deu os melhores aposentos e as servas do rei, além disso, o eunuco lhe dizia o que fazer. Fico imaginando Ester curiosa perguntando aquelas servas, como o rei vivia, do que ele gosta… Ester recebia favor de todos quanto lhe viam e o rei a amou mais do que a todas as outras mulheres.

“Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a tomara por filha, quando lhe chegou a vez de ir ao rei, nada pediu além do que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E Ester alcançou favor de todos quanto a viam. O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.” Ester 2.15-17

Propósito e destino

A história de Ester certamente é inspiradora. Além disso, ela não perde para nenhuma outra heroína dos nossos tempos. Temos falado tanto em empoderamento feminino, mas a Bíblia já revela mulheres fortes que se sobressaíram em sua época. É verdade que a força de uma mulher corajosa está em Deus.

Se tornar rainha da persa foi apenas o início de novos desafios. A vida dela e de seu povo corria perigo por causa da perseguição de Hamã. Sendo assim, ela estava diante de uma escolha. Ou seja: compreender o que Deus iria fazer através dela e pedir ao rei pelo Judeus ou tentar salvar a própria pele. Quando questionada por Mordecai, ela decidiu ousar.

“Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.” Ester 4.13-16

Uma mulher corajosa como eu e você

Cada uma de nós deseja ter uma vida relevante. Tanto homens como mulheres, devemos deixar nossas marcas. É verdade que Deus quer nos usar. Assim como Ester, devemos compreender nosso papel na história. Sim, quem sabe se foi para um tempo como este que estamos aqui?

Histórias têm sido contadas para que possamos aprender com elas e sermos fortalecidos com o que outros passaram em suas jornadas.

Hoje quero falar com você sobre homens de fé, e como é possível mudar o curso das nossas  histórias se tivermos fé.

Eu amo estudar histórias. Aliás, perdi a conta dos livros que li sobre biografia de avivalistas ou sobre avivamento. Esses livros incendiaram meu coração.

Quero fazer um comparativo para você dos heróis que podemos ler em Hebreus 11 e também te contar um pouco de outros que vieram depois deles.

Então primeiro quero que você observe esse versículo abaixo:

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”.  Hebreus 11:1

Certamente a fé é o fundamento de algo que você espera, mas também é a prova daquilo que você não vê.

A história é pontuada por homens e mulheres que tiveram que exercer fé durante suas jornadas.

Aliás, Hebreus 11 nos mostra muitas verdades nas quais podemos nos aprofundar.

“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” Hebreus 11:6

Inegavelmente, Ele existe e com toda a certeza recompensa aqueles que o buscam.

Deus tem chamado muitos, como chamou Abraão e Hudson Taylor

“Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo.” Hebreus 11:8  

A história de Abraão muitos de nós conhecemos. Quero te contar um pouco sobre quem foi Hudson Taylor.

A história do grande Hudson Taylor consegue sempre me levar às lágrimas. Ele foi um desbravador através da sua fé e coragem.

Hudson Taylor foi um missionário inglês que viveu na China por 51 anos. E enviou mais de 800 missionários para uma obra grandiosa naquela nação.

Hudson ousou impactar uma nação e o que ele fez até hoje é contado.  A China foi impactada por esse homem de fé.

Como Abraão, esse missionário também foi para uma terra desconhecida e viveu experiências por causa da fé.

Aliás, eu indico que você pesquise a história desse grande missionário. Certamente a vida dele irá tocar seu coração.

Histórias de homens comuns que ousaram viver o extraordinário

Existem tantos nomes daqueles que ousaram viver pela fé: George Muller, George Whitefield, John e Charles Wesley, Jonathan Edwards, Charles Finney, Billy Graham, Leonard Ravenhill. Igualmente não poderia esquecer de Kathryn Kuhlman e Aimée Semple McPherson, esses ousaram viver e propagar uma fé incansável.   

“Que mais direi? Não tenho tempo para falar de Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas, os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões, apagaram o poder do fogo e escaparam do fio da espada; da fraqueza tiraram força, tornaram-se poderosos na batalha e puseram em fuga exércitos estrangeiros.
Houve mulheres que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Alguns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior. Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles”.   Hebreus 11: 32-38a

Finalizo meu texto e espero que você tenha sido instigado a conhecer muito além do que eu reparti aqui.

Deus chama homens e mulheres comuns e transforma a história através deles

Algum desses que citei, influenciou sua fé e sua jornada de alguma forma? Te convido a conhecer e se deixar inspirar pela trajetória desses e de outros grandes missionários. Você provavelmente tem alguém bem próximo que adoraria ouvir de você o quanto ele(a) te inspira.

 

Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de colocar a mão na massa e criar algo que seja relevante para o mundo? A sua mente criativa não para e você fica a buscar ideias e pensar nas coisas que poderia realizar? Então, se levanta e pega uma coisa, e outra, e não se cansa de inventar. Pois foi Deus que nos fez assim, somos chamados a criar e a promover transformações até maiores do que podemos imaginar.

Você já parou para pensar em Noé construindo um objeto estranho no meio do nada  para um evento totalmente improvável? Chuva? Todos poderiam estar se perguntando o que seria essa tal chuva que Noé estava prevendo. E, certamente a maioria das pessoas estavam duvidando e achando que Noé e sua família tinham perdido o juízo. Mas a alma daquele homem sabia que a única coisa a se fazer era obedecer e continuar a construir a arca. Continuar a criar, cortar madeira, encaixá-las e terminar o projeto divino.  

“Então disse Deus a Noé: “Chega! É o fim da raça humana. A violência está por toda parte. Vou dar fim a isso. Construa você mesmo um grande barco de madeira. Faça compartimentos nesse barco. Revista-o com piche por dentro e por fora. Ele deve medir cento e quarenta metros de comprimento, vinte e cinco de largura e quinze de altura. Faça um teto para o barco e coloque uma janela a meio metro do teto, ponha uma porta na lateral e faça três andares: o de baixo, o do meio e do cima. Eu farei desabar sobre a terra um dilúvio que destruirá tudo o que tem vida debaixo do céu. A destruição será total. Mas farei uma aliança com você…” Gênesis 6.13-18a (A Mensagem)

Noé usou toda a imaginação. O que Deus lhe propusera a fazer, cada detalhe, ele o fez como o Senhor determinara que o fizesse. Ele esculpiu, entalhou, pintou, mediu, cerrou, cortou. Trabalhou com as mãos, carregou peso. Planejou e concluiu de forma excelente um “lugar” de salvação. Um lugar de acolhimento que trouxera livramento aos seus. E assim, perpetuar a aliança que Deus manteve com os homens. Não que a ideia tivesse sido dele, não. Ele fora um excelente executor no plano projetado por Deus. Em sua criatividade ele obedeceu, em sua obediência ele co-criou. Ele deve ter tido muitos gastos naquela operação e trabalhou muito para cortar toda aquela madeira e transportá-la para o local adequado. Mas ele era assim, um homem que agiu por fé diante das ordenanças do Senhor.

“Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.” Hebreus 11.7

Deus preservou uma amostra de sua criação, seres humano e animais.  E manteve a aliança com o homem. Deus fez de Noé um co-criador com Ele, usando-o para construir o “grande barco” que não submergiu. Mas acolheu e se tornou salvação. Essa obra estabelecida é uma figura da obra de redenção final de Cristo, em que Ele comprou para Deus, por meio do sacrifício na cruz, os seus, a quem Ele ama.

“e entoavam novo cântico dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua e nação.” Apocalipse 5.9

Nós os seres humanos, somos criaturas D’Ele, feitos a sua imagem e semelhança. E muitos dias esse desejo latente de criar vem sobre nós com a força de um maremoto. Michael Card, em seu livro “Criatividade – Rabiscando na Areia”, afirma que: “Somos impulsionados a criar nesse nível profundo e indescritível da alma porque fomos todos confeccionados a imagem de Deus, que é uma artista.” O que a história de Noé nos ensina? Que podemos ser co-criadores com Deus. Além disso, Jesus também foi um “simples marceneiro”, mas Ele é o Rei que nos remiu e nos dá a salvação.

O alvo da oração é o ouvido de Deus.”  Essa frase de C. H. Spurgeon, de certa forma, resume o que deveria ser óbvio, mas nem sempre é.

Quando oramos, deveríamos ter em mente quem nos ouve. Não só no que se refere a posição que ocupa, de Criador e Governador de todo universo, mas também ao ouvido de Pai que nosso Deus possui.

NEle reside todo poder para mudar nossas circunstâncias e o desejo de fazê-lo, pelo simples fato de que nos ama. Por isso, a expectativa de ser respondido está intrinsecamente associada à revelação que temos de quem Ele é. Quanto mais revelação tivermos de Seu caráter redentivo e de Seu amor incodicional, maior será nossa certeza que Ele nos responderá.

Similarmente, a convicção da resposta também envolve revelação de como Ele nos vê. Saber quem somos nEle, e conhecer o valor que Ele atribui a nossa vida, é igualmente imprescindível ao acessarmos sua presença. A expectativa da resposta será potencializada, quando o acesso é fundamentado na revelação de nossa filiação. A posição de herdeiros nos garante acesso irrestrito e irrevogável.

Embora nossa falta de fé, na maioria das vezes, não esteja associada a incapacidade dEle em nos atender, pode ser afetada pela falta de revelação de quem somos nEle. Em geral, é nossa baixo autoestima que limita nossa ousadia. 

“Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” Sl 94.9

“Ó Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.” Sl. 54.2

Seja qual for a circunstância que esteja nos impedindo de correr na direção de nosso chamado ou destino, ela é menor do que a capacidade de Deus de modificá-la.  Já que, nenhuma enfermidade ou limitação é grande suficiente para ameaçar Sua soberania e poder.

Certamente o ouvido de Deus está atento ao nosso clamor. Nossa fé e determinação são testadas quando nos aproximamos dEle. Nossos sussurros são ouvidos. Ele está mais atento do que conseguimos perceber ou avaliar.

“Sussurros, que não podem ser expressos em palavras, são freqüentemente orações que não podem ser recusadas.” C. H. Spurgeon

Por isso, sussurre hoje aos ouvidos dAquele que ouve, tendo a certeza de que Ele se importa. Inegavelmente, Ele tem poder para trazer a existência, em sua vida, aquilo que não existe.

“…porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hb. 11.6

Sim, eu e você podemos experimentar dessa verdade: A proteção de um Deus que é forte. Mesmo nos momentos de perigo, coragem podem nos inundar. Então, vamos falar dessa realidade e como temos vivido em proteção mesmo quando estamos adormecidos. Se buscarmos em nossas memórias poderemos nos lembrar de fatos que demonstram milagres de livramento, e quantas vezes vamos contá-los? Davi dizia:

“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” Salmos 34.7

Esses dias me lembrei de um episódios de quando criança. Você também dormia abraçada com bonecas e ursos de pelúcia? Muitas vezes ficava com medo e via olhos vermelhos em meus brinquedos, então eu orava e me aquietava no Senhor. E, simplesmente, adormecia em paz esquecendo-me da sensação de perigo.

Uma vez eu cozinha na antiga Agência Missionária em que servia, e ao acender o forno uma grande bola de fogo explodiu bem na minha frente. Confesso que senti grande pavor porque todo o meu corpo poderia ter sido queimado. Porém sai daquela situação com apenas cheiro de galinha sapecada, nada mais que uns pelinhos tostados, ilesa. É, Deus é bom e nos protege nas mais inusitadas situações.

A Bíblia também nos relata incríveis histórias de livramento, o próprio povo de Israel quando saiu do Egito passou pelo mar vermelho de forma milagrosa e extraordinária, pois o mar se abriu diante deles, mas ao exército de faraó se tornou em águas mortíferas. E o que dizer de Daniel na cova dos leões?

Este homem possuía espírito excelente, e por isso tornou-se destaque entre os sátrapas. E o rei pensava em torná-lo líder entre todo reino, isso suscitou inveja, mas não havia do que acusar Daniel, então intentaram contra sua fé. Armaram-lhe uma cilada que nem mesmo o rei poderia livrá-lo.

“Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que ele te livre.” Daniel 6.16

Nós também temos no fé testada, somos falsamente acusados e é como se estivéssemos diante de feras. Mas, assim como Daniel, também podemos ser protegidos pelo Deus que é forte. O Senhor tem cuidado de nós.

“Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou a Daniel com voz triste; disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive eternamente! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achado em mim inocência diante dele…” Daniel 6.19-22

Não há arrogância em Daniel ao tratar com o rei, ele tinha um coração humilde, houvera apenas boas notícias de livramento e o testemunho do poder do Senhor, sim! O Deus que é forte fechou a boca dos Leões. O Deus que é forte salvou a Daniel, e Ele é Aquele que também nos salva.

Acredito que, muitas vezes, não temos noção completa do favor de Deus e de tudo o que Ele tem feito para nos livrar. Que hoje, possamos orar como Jesus nos ensinou:

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6:9-13

Mas livra-nos do mal… Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! Que sejamos gratos porque o Deus que é forte tem nos protegido.

“Nesse momento alguns conselheiros e astrólogos se aproximaram do rei Nabucodonosor, e denunciaram os judeus, alegando: “Ó rei, vive eternamente!” Tu decretaste que todo homem que ouvisse o aviso emitido pelo som da corneta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da flauta dupla, e de várias músicas executadas por muitos instrumentos, todos tocando juntos, deveria imediatamente prostrar-se em terra e adorar a grande estátua de ouro;e qualquer pessoa que não se prostrasse e adorasse seria lançada numa fornalha de fogo ardente. Contudo, há alguns homens judeus que tu nomeaste para zelar pelos negócios da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque, Abede-Nego, que não fizeram caso de ti nem de tuas ordens, ó rei; não cultuam aos teus deuses, tampouco adoram a imagem de ouro que tu ergueste!” (Dn 3:8-12)

Acredito que todo cristão já ouviu falar sobre os três homens na fornalha. Se você não ouviu essa história na escola dominical provavelmente a ouviu no refrão de alguma canção. Mas quer saber algo que realmente me chama atenção na vida desses homens? É o quanto eles estavam comprometidos com o que acreditavam, não importando o quanto isso lhes custasse.

Que tal lembrarmos da origem deles? Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos à Babilônia quando Jerusalém foi sitiada por Nabucodonosor, além de Daniel e outros jovens, como nos mostra os versos a seguir: 

“Mais tarde o rei ordenou a Aspenaz, seu mordomo e chefe dos oficiais da sua corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobrezaJovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus”. (Dn 1:3-4)

A questão é que podemos achar linda a história ou nos emocionarmos com as canções, mas estaríamos nós dispostos a irmos tão longe quanto esses homens? Permanecendo em pé enquanto muitos se prostram diante de injustiças, corrupção, idolatria, ventos de doutrinas e coisas como essas, capazes de nos levar a apostasia da fé?

Será que acreditamos no que pregamos a ponto de entregar por essa causa nossa própria cabeça? Ou ao menos acreditamos a ponto de nos tornarmos a prática dessa mensagem? Vejamos o que Paulo escreve para a igreja de Tessalônica:

“Porque o nosso evangelho não chegou a vós somente por meio de palavras, mas igualmente com poder, no Espírito Santo, e em plena certeza de fé. Sabeis muito bem como procedemos em vosso benefício quando estávamos convosco”. (I Ts 1:5).

O evangelho não consiste somente em palavras, o que dizemos acreditar requer ações e isso quase sempre exige sacrifício e renúncia. O que torna a palavra viva é a nossa morte.

Soa lhe familiar que alguns poucos homens eram fiéis em uma terra corrompida? Soa-lhe familiar o fato de muitos serem levados de Jerusalém para a Babilônia, porém se ouvir falar de apenas quatro deles? O que houve com os demais?

Essa pergunta também está sendo feita à nossa geração. Temos clamado por avivamento, mas ele vem acompanhado pelo martírio. Onde estão os homens e mulheres que não se dobram diante de uma cultura imoral e corrompida, mas que vivem de acordo com a cultura do céu? Aqueles que não estão se conformando com esse século, antes estão sendo transformados dia após dia pela renovação do entendimento, morrendo para si mesmos para manifestar a vida de Deus?  Aqueles que levam Jesus por onde passam, cuja vida exala o bom perfume de Cristo?

O mercado de trabalho em todas as suas esferas, o governo, as universidades…O mundo está clamando por homens corajosos como os da fornalha, que andam de acordo com o que acreditam e permanecem em pé, quer vivam, quer morram.

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. (Mc 8:34-35)