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Seguir o padrão de Cristo

mansidão

Seguir a “massa” é uma tendência quase natural da vida humana. Fazer o que outros estão fazendo ou imitar padrões (mesmo que estes estejam em desacordo com a palavra de Deus) parece “normal”. A maneira como vivemos, nos relacionamos e agimos revela o molde no qual nossa vida está sendo formada. Entretanto, somos, de modo imperativo, instruídos a não nos conformar com este mundo, mas experimentarmos uma mudança de mentalidade que resultará em transformação plena do nosso viver.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”   (Rm. 12.2)

Já pensou que você pode ser a mudança que deseja ver? Este século diz que pra crescer em qualquer área você precisa passar por cima de quem estiver a sua frente; ou que para ser considerado maduro, o ideal é não aceitar conselhos de ninguém; ou ainda que “amor é só de mãe, e olhe lá”. Exitem padrões criados, pré-estabelecidos para que as pessoas vivam da forma como estão vivendo.

A humanidade está desacreditada em muitos quesitos, principalmente no que diz respeito ao amor, tanto a Deus quanto ao próximo. Se não tivermos cuidado, nós, os que professamos a fé em Jesus (ou seja, que dizemos que morremos pra nós mesmos e que Cristo vive em nós), estamos fadados a vivermos como, nada menos, que hipócritas. Certamente não queremos ouvir de Deus, a nosso respeito, as mesmas palavras ditas ao povo por intermédio de Isaías:
“Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”          (Is. 29.13)
Devemos agir em conformidade com a fé que declaramos, seguir o padrão de Cristo. Se já não vivo mais eu, então é necessário que o caráter e a atitude de Jesus seja manisfestada através da minha vida.

“Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.” (Gl. 5.16)

Uma vida por meio do Espírito é o que nos capacita a viver de acordo com Cristo. O fruto do Espírito é ferramenta, é o “upgrade” que o nosso ser precisa pra agir de modo que agrade a Deus. O Senhor não nos pede que construamos uma casa sem nos fornecer os tijolos; isto é, ele não nos pede coisas difíceis demais, o seu fardo é leve e o seu jugo é suave. Amar o nosso próximo se torna possível quando estamos aperfeiçoados no amor do Pai; quando longanimidade , paciência e mansidão são parte da nova vida que ganhamos pela graça!

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gl. 5.1)

Jesus o exemplo perfeito. Embora o seu ministério tenha sido manifesto em apenas três dos seus 33 anos, sua renúncia foi de uma vida inteira, desde deixar o seu lugar ao lado Pai e toda a glória que tinha até, nascer em um estábulo e viver como o filho de um carpinteiro e, morrer como maldito. Essa com certeza foi uma trajetória que não se resume a apenas sua morte na cruz, mas relata a morte de um homem em vida! Jesus não vivia para fazer a sua vontade, mas a vontade do Pai que o enviou. “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (Jo. 5:30)

Jesus não tirou vantagens por ser igual a Deus, mas se esvaziou e se tornou servo de todos. Por que é então que, muitas vezes, queremos justificar os nossos atos maus com a fraqueza da nossa carne, com a nossa humanidade, achando que temos “direito” de revidar porque somos iguais aquele que nos feriu? Mas Jesus nos deu o exemplo perfeito e nos ensinou a amar! “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp. 2.3-8)

Cristo se tornou semelhante aos homens para que nós pudéssemos nos tornar semelhantes a Ele.  Ah, que maravilhas o seu sacrifício nos rendeu! Ele foi humilhado (Ele tinha poder para não ser, mas não usou disso enquanto viveu aqui); cuspiram nele, não o consideraram alguém de prestígio – pra muitos era apenas o filho do carpinteiro -, não creram nele, e por fim Ele se entregou aos que desejavam a sua morte. Em suas mãos as marcas dos cravos revelam toda a abnegação da sua vontade para realizar o propósito do Pai, as mesmas mãos usadas para salvar uma prostituta ao escrever algumas palavras na areia, e fazer lodo do barro para curar um cego, agora expostas à vergonha como um sacrifício agradável a Deus fazendo propiciação pelos nossos pecados, liberando de uma vez por todas o perdão a cada prostituta que ainda iria se arrepender e a cura a cada doente que clamaria pela restauração. Os pés que percorreram caminhos para anunciar a chegada do Reino de Deus, que foram lavados pelas lágrimas de uma mulher e enxugados pelos seus cabelos, agora imobilizados e cravados na madeira, no lugar para onde, pela vontade de Deus, caminhou até chegar. E ali estava Ele, no lugar da consumação, como cordeiro mudo, tudo suportou, por amor.

É importante entendermos que Jesus não veio ao mundo somente para morrer na cruz, mas para nos ensinar como caminhar e como é o seu viver, sendo um exemplo para nós, para que com Ele possamos morrer e viver a sua vida. Pode ser que muitos nos julguem bobos, inocentes, burros, e até mesmo loucos pelo nosso modo de agir em mansidão, perdoando, dando a outra face, mas assim como Cristo, seremos honrados por Deus ao andar como o seu amado Filho andou; é a Ele que desejamos agradar. O que podemos dizer de uma Deus que deixou a sua glória para se fazer carne e morrer por homens injustos? Isso sim é loucura para os que não compreendem, mas para nós que cremos é o poder de Deus! (I Co. 1.18). Este mesmo poder que opera em nós e nos habilita a viver como Ele!

 

“Cristo em nós a esperança da Glória” (Cl 1:27). Ao fazer essa declaração, sob a plena inspiração do Espírito Santo, Paulo estava falando do mistério que estava oculto desde as gerações passadas, mas que aprouve a Deus, na plenitude dos tempos manifestar aos seus santos, aos quais Deus fez conhecer das riquezas da sua glória entre os gentios. Clarificando a todos que as promessas do evangelho não diziam respeito tão somente ao povo de Israel, mas a todos os homens, tribos, povos, línguas e nações.

Nós, os que esperamos em Cristo portamos uma esperança gloriosa, a esperança da constante revelação do nosso Senhor Jesus Cristo, que outra vez voltará para cumprir todas as coisas. E o fascínio que envolve essa espera é poder, em certa medida de plenitude, poder experimentá-la no dia de hoje, por meio do Espírito de Cristo que habita em nós, e que é o penhor dessa esperança.

A partir dessa verdade anunciada, não só desfrutamos dessa expectativa como também, a nós nos foi possibilitado comunicá-la pela maneira digna – com toda humildade e mansidão – que diligenciamos a nossa vida.

O cristão genuíno é uma memória constante diante de um mundo caído, carente de esperança, de  um padrão de paz, justiça e alegria, não condicionados ao humor das circunstâncias, porém possível vivê-lo por meio do evangelho.

Somos a memória de um padrão de justiça que não se pode compreender pelas lentes de Aristóteles. Gandhi mesmo disse que se todos os livros sacros fossem queimados e restasse apenas o Sermão do Monte, ainda haveria esperança para humanidade.

Nem se a contribuição de todos os grandes vultos da história fossem somados poderiam sequer, se aproximar da glória que na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo foi e será revelada. E a boa nova é que essa glória, essa beleza habita em nós, e nos faz vozes do amar. Mensageiros do anseio que o céu possui de vir para a terra e estabelecer todas as coisas com perfeito amor, perfeita justiça, perfeita paz e perfeita unidade.

Amados, a consciência dessa esperança e de seu efeito prático, é de suma importância para a missão que precisamos desempenhar, enquanto estamos peregrinando nesse lado da eternidade. Estamos a falar de uma glória que se manifestará de maneira magnífica, quando o Filho do Homem voltar com seus anjos e se assentar no trono da sua glória (Mt 25:31), e que deve ser traduzida no dia que se chama hoje pela nossa maneira simples de viver, quer quando comamos quer quando bebamos, isso deve revelar essa glória que tanto aguardamos.

Vivamos e ensinemos com toda autoridade – pelo nosso exemplo e pela nossa pregação – essa geração a renunciar a impiedade e os conceitos desse mundo, vivendo de maneira sóbria, justa e aguardando a bem-aventurada esperança que é canal de purificação (1 Jo 3:3), até o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2:11-13)

E para findar essa singela reflexão, lembremos que a esperança da glória na mais devota de suas expressões fala a respeito de uma Noiva que está esperando o seu Noivo, para o casamento mais exuberante de toda a história; onde finalmente seremos como Ele, teremos um corpo como o Dele. Sejamos todos nós purificados e alicerçados nessa esperança.

 

 

 

Andar em mansidão ou humildade não é o mesmo que o temperamento de timidez da personalidade. Lembra? Que em um texto anterior mencionei sobre isso. Trouxe também que mansidão não é enraizada no temor dos homens e na baixa autoestima.

Mansidão é ter o poder sobre nosso egoísmo. Por natureza, pensamos que merecemos um tratamento melhor de Deus e das pessoas em nossas circunstâncias. E sejamos vulneráveis nesse momento, muitas vezes agimos com motivações erradas. E mais uma vez reforço, mansidão é ter o poder sobre o nosso egoísmo.

Os mansos desejam que Jesus seja a fonte e o dono de tudo o que possuem. Por isso, eles são gratos pelo que têm e usam tudo com um espírito de serviço e com generosidade. Eu realmente gosto e desejo ter um coração que anda em mansidão.

Sabemos que por natureza, somos preocupados com nós mesmos. E temos o senso de que merecemos mais honra, dinheiro e favor do que recebemos. Isso resulta num senso de merecimento que reclama, exige mais privilégios. E honra por conta de como estimamos nossos dons, realizações, dedicação, ou posição.

Precisamos entender que um coração manso é algo necessário. Agora se enxergarmos que tudo o que temos recebido é um dom da graça, então não responderemos com uma atitude orgulhosa ou presunçosa. Se posicionarmos o nosso coração de uma forma graciosa, de mordomia a Deus. Praticando um espírito de serviço. Andaremos em mansidão.

“Pois, quem te faz diferente dos demais? E o que tens que não tenhais recebido? E, se o recebeste, por que te orgulhas, como se não o tivesse recebido? 1 Coríntios 4:7

O ponto desse texto hoje é de que mesmo com uma natureza egoísta, podemos sim, caminhar com um coração humilde. Um coração prestador de gentilezas e generosidade. Mesmo que em nosso íntimo possamos pensar: “Como alguém ousa ignorar ou recusar alguém tão dotado, dedicado e merecedor como eu?”. Mesmo com orgulho e ego latente, podemos e devemos desenvolver uma vida igual a de Cristo.

Os mansos sabem que merecem a disciplina de Deus. Que merecem ser moldados pelo Senhor. Sabem que qualquer medida de bênção que Ele lhes concedeu diante das pessoas são para serem cultivadas no secreto.

Os mansos abraçam tarefas importantes ou tarefas braçais com gratidão.  Sabendo que estão obtendo mais do que merecem de Deus. Os humildes se recusam a manipular ou exercer pressão nas pessoas para que elas os promovam.

Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” Filipenses 2:1-8

Os mansos encontram sua identidade em Cristo Jesus e andam como Ele andou.

Os mansos

A mansidão sempre me intrigou, ela sempre fez com que meu coração reagisse de uma forma incomum. O que eu quero dizer é que a mansidão sempre foi um tanto incompreendida por mim e por muitos outros.

Imaginava que pessoas mansas eram as omissas. E que se calavam em toda e qualquer situação. Muitas vezes, usei essa palavra para elogiar pessoas. Até mesmo, achei interessante elogiar com: Nossa! Como você é manso. E motivo é bem simples, muitas vezes, notei a minha liderança usando essa palavra. Sendo muito sincera, fazia isso sem saber ao certo o que mansidão era.

Até que senti Jesus me convidando a desbravar o conhecimento por trás da mansidão. O tempo me mostrou, Jesus me revelou algo simples e verdadeiro em como era vital que andássemos em mansidão. A bíblia nos mostra a palavra mansidão em vários momentos nas escrituras. 

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;” Mateus 5:5 

Jesus e o sermão do monte

Jesus ensinando aos seus discípulos no sermão do monte, uma das pregações mais importantes que Jesus já fez na terra. Fazendo uma declaração importante, que os mansos herdarão a terra.

Queridos, Jesus disse que os mansos herdariam a terra. Agora deixe me explicar algumas das definições de ser manso no Novo Testamento em grego. A palavra mansidão é “praotes”, que significa “gentileza” e “humildade”.

A raiz dessa palavra é “praus”, que significa “suavidade”. Em algumas versões, veremos que o termo “praotes” é traduzido em Gálatas 6.1, como “brandura”.  E, como “cortesia”em Tito 3.2.

A bíblia também nos apresenta mansidão como um fruto do Espírito,  fruto esse que era manifesto em Jesus diante de seus carrascos e acusadores, em meio ao espancamento e humilhação, não emite palavra de maldição, mas com grande demonstração de sua imensa mansidão, disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).

Andar em mansidão

Jesus ensinou sobre mansidão, mostrando que pelos frutos conhecemos as pessoas. Aqueles que possuem os frutos do Espírito esses serão conhecidos pelos frutos que carregam. E seremos conhecidos por Cristo.

É importante entendermos a andar em mansidão. Lembre-se: Jesus ensinou sobre isso. 

Aqueles que são cheios de brandura. Cortesia e gentileza, esses serão os que herdarão a terra. Esses são participantes da sua glória.

 

Quem é Jesus para você? Há tantas respostas para essa pergunta, e nós sabemos disso simplesmente pelo fato dela ter sido feita pelo próprio Jesus há alguns milhares de anos atrás. Vejamos como Mateus descreve esse episódio: “E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo
”. (Mt 16:13-16)
Todos temos algo a dizer sobre Jesus, até mesmo os céticos. Isso porque sua vida impactou a terra. Até mesmo os que não acreditam no fato Dele ser o Filho do Deus vivo, não podem ignorar que a história se divide em antes e depois de Cristo.

Ao declarar que Jesus era o Filho do Deus vivo, Pedro estava afirmando a deidade de seu mestre, em outras palavras, o Filho do homem era Deus.

Isso já bagunça um pouco nossa cabeça, mas ainda é suportável, porém tem algo que faz ela quase explodir, e isso é o fato de Deus viver como homem para que os homens possam se tornar a imagem de Deus. E para tanto, Ele, que não havia cometido nenhum pecado, recebeu a ira de Deus por toda a injustiça cometida pela humanidade. Desceu ao mais baixo lugar de humilhação e vergonha para nos levar ao lugar de mais alta honra.

Jesus é aquele que tomou sobre si as nossa enfermidades, e as nossas dores levou sobre si. Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades. Levou nosso castigo, para que tivéssemos paz (Is 53:5-7).

Jesus, sendo Deus, poderia a qualquer momento dizer basta. Mas Ele “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte
de cruz”. (Fl 2:7-8).

Não houve uma pessoa na história da humanidade que tivesse tamanho poder contido em tão grande humildade. Jesus não somente foi uma pessoa exemplar, mas nos mostrou como Deus é (Cl 1:15). Pois esteve entre nós, como nós, sendo Deus. Como homem Ele conhece todas as nossas fraquezas, medos, anseios… A humanidade de Jesus nos dá confiança para chegar diante Dele, não somente porque Ele nos criou, mas porque esteve em nosso lugar.

O estilo de vida que Jesus viveu ofendeu a mente dos religiosos de sua época, Ele mostrou valor a quem ninguém se importava. Livrou uma prostituta a ponto de ser apedrejada, lavou os pés de seus seguidores. Se sentou à mesa com pecadores, sem levar em conta da  sua própria reputação.

Ele nos amou quando ainda estávamos perdidos em nossos pecados e por meio de sua morte, nos trouxe vida. Jesus é aquele que transforma cinzas em beleza e prepara um lugar à sua mesa ao mais vil pecador.

Eu gostaria de definir, querido leitor, quem é Jesus para mim, porém todas as descrições parecem insuficientes diante de quem Ele realmente é. Cristo em mim é a esperança da glória. Ele me lava pela sua palavra para apresentar-me a Si mesmo como uma igreja gloriosa. Ele conhece cada palavra que nem mesmo saiu dos meus lábios, conhece os meus maiores temores e anseios. Eu não tenho para onde fugir de Sua presença e nem quero! Eu encontrei um motivo pelo qual viver, e ele se chama Jesus.

E então, caro amigo, quem é Jesus para você?

Se temos um manual a respeito de como viver, com certeza encontraremos uma boa parte dele no sermão do monte.  Ali Jesus nos ensina sobre a “constituição” do Reino e nela os deveres consistem em perdoar, amar ao próximo, exercer misericórdia, ser manso… Isso parece bem diferente do que temos vivido Brasil e no mundo, não somente hoje, mas ao longo da história.

Nos deparamos hoje com uma grande crise política em nossa nação, para alguns políticos há sempre a necessidade de ter mais e mais, não importa se os ganhos são lícitos ou não, não importa se o povo será ou não prejudicado. O que é levado em conta é quanto será ganho em cada acordo, quanto mais será obtido em cada transação. O famoso: O que eu ganho com isso, tem superado suas obrigações. Nesse cenário, a misericórdia é uma palavra muitas vezes desconhecida aos nossos políticos, que ignoram a maior parte da população sobre a qual eles governam. Que buscam tanto conforto e esquecem que parte do nosso povo não tem nem mesmo os direitos básicos e necessários para sobrevivência.

Ao contrário do estilo de liderança exercido hoje no Brasil, Jesus nos ensinou sobre a importância da misericórdia, Ele falou sobre isso no sermão do monte e também citou uma parábola a respeito de um homem que obteve misericórdia de seu superior, porém não a exerceu sobre o seu empregado. Esse homem foi perdoado de uma enorme dívida que não poderia pagar, mas não perdoou uma dívida menor de alguém lhe devia ainda que lhe implorasse.

A misericórdia nos faz olhar para o outro, ela nos leva a compaixão e graça, nos impele a conceder favor e exercer bondade. Jesus não somente ensinou sobre ela, Ele foi a própria expressão da misericórdia quando entregou sua vida para pagar uma dívida que nós não poderíamos pagar. O que para nós foi um presente custou tudo para Ele, a nossa liberdade foi obtida por meio da entrega de sua vida. Ele nos ensina a exercera-la da mesma forma que a recebemos, talvez você não tenha muitos exemplos em sua casa trabalho ou em nosso governo. Mas com certeza Jesus morreu por você, logo o perdão de todo o pecado que você já cometeu em toda a sua vida, por meio da cruz, lhe é disponível. E se a misericórdia foi derramada de uma forma tão abundante sobre nós, porque não fazermos o mesmo?

Eis aqui um convite a nos parecermos mais com Jesus, vivendo os princípios do Seu Reino, pois à medida que os aprendemos e andamos neles, nos pareceremos mais com  Cristo, nos distanciando da ganância do nosso próprio coração, tornando-nos livres para exercer misericórdia, que é manifesta através da graça, bondade e compaixão. Ela devolve a esperança àqueles que  a recebem. Não é isso que desejamos que os nossos políticos exerçam? Não é o que desejamos para a nossa nação? Que comece em nós, sejamos os agentes de transformação que manifestam o Reino dos céus na terra, assim como Ele fez conosco façamos a outros, então entenderemos o que é estender misericórdia e a criação verá os filhos de Deus se manifestando.

“Bem aventurado o pobre de espírito porque dele é o reino dos céus”…Tenho que confessar algo: cresci na igreja, mas nunca havia entendido bem essa citação das escrituras. Eu ficava bem confusa com essa declaração, pensando sobre o que isso poderia ser.

Mas, estudando sobre um dos mais famosos ensinamentos de Jesus, o sermão do monte, aprendi finalmente do que Ele estava falando. E é sobre essa bem aventurança que vamos falar aqui.

Pobreza de espírito é o estado de todo ser humano, porém bem aventurados são aqueles que reconhecem o quão pobres são em si mesmos e que não há nada que possam produzir que mude esse estado. É reconhecer nossa falta e carência diante de Deus.

Pobreza é a falta do necessário à vida. Quando olhamos para nós e nos deparamos com a  inabilidade de produzir vida em nosso próprio espírito, somos levados ao reconhecimento da pobreza espiritual. Não podemos comparar-nos a outras pessoas para justificar nosso “nível”  de vida interior, precisamos nos comparar a palavra de Cristo e nos contrapondo a ela, só nos resta admitir que não podemos andar em tão elevado padrão sem ajuda, ou seja, não alcançamos ainda o essencial e tampouco podemos faze-lo sem a intervenção do próprio Deus.

Há tanto que Deus deseja fazer em nós e através de nós. Olhando para os evangelhos somos confrontados com o estilo de vida que Jesus nos chamou a viver e a autoridade que Ele nos deu para fazer até mesmo, obras maiores do que Ele mesmo fez. Porém nós nos acostumamos com a vida e permitimos que coisas do dia a dia adormeçam nosso coração, nos acostumamos com a mediocridade. Viver no estado de pobreza espiritual significa viver em uma área de desconforto. Reconhecer que o que temos é insuficiente e precisamos constantemente de mais de Deus, estando inconformados com qualquer coisa que seja menos do que plenitude. Jesus nos diz que se nós que somos maus sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem. Essa fome, é justamente para que Ele nos dê mais.

Ser pobre de espirito é reconhecer que não podemos amar o nosso próximo como a nós mesmos sem a ajuda de Deus, assim como não podemos curar o enfermo ou se compadecer do necessitado, estender misericórdia ou ser manso… Quão escassos dessas riquezas somos em nós mesmos, e somente com a ajuda de Deus podemos viver essa realidade. O que temos comparado ao que está disponível a nós, só nos faz perceber que não temos nada.

Podemos conhecer a Deus muito mais do que conhecemos hoje, se o conforto não for maior do que a pobreza. Há mais de Deus acessível a nós e Ele está nos chamando a andar em uma nova realidade, Ele está nos convindo a subir ao monte do Senhor e conhece-Lo. Quando experimentamos a dor da separação, a dor da distância daquilo que poderíamos ter e do que temos hoje estaremos apenas no início de pobreza de espírito.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; (Mt 5:5) O segredo para sermos bem sucedidos em Deus, é ter uma identidade de alguém que é amado e que ama. A identidade de quem é amado, é conhecer o Deus Pai que tem você como filho amado; e a identidade de quem ama é adquirida através da mansidão.

   Mansidão é andar em amor e graça, trazendo outros a esta mesma condição. É a maneira que reconhecemos tudo que temos e a maneira que usamos com o espirito de servidão e generosidade. Então é como se para sermos bem sucedidos perante Deus, é ter a consciência do quanto somos devedores a Deus por todos os recursos que ele nos da, e reconhecer nossas faltas diante do compartilhar esses recursos com as pessoas. Ter o coração humilde para saber que o que temos hoje foi dado por Deus…  Sejam dons, talentos, poder de influência, liderança e ate a estabilidade financeira; Agir com mansidão é pegar todos esses recursos dado a você e elevar outras pessoas, usa-los para proteger e servir ao invés de dominar e controlar.

Eu como musico, com frequência ouço de pessoas o desejo a aprender, e ate pedidos de ajuda para crescer musicalmente. Minha batalha pessoal é me livrar do orgulho e servi-los com o que sei. Aplica-se também quando você pode fazer todos os maiores solos ou interpretações musicais, mas se coloca em humildade pra servir o grupo.  Você pode ser um cantor que participa de um coral, e é preciso livrar-se da competitividade e crescerem todos juntos em amor.

Ser manso quando se é líder, é olhar para a Bíblia. Os maiores líderes da bíblia foram aqueles que tinham o caráter manso.  Foi Assim com Moisés (Nm 12:3) que era paciente e humilde (manso). Também Davi que era o homem segundo o coração de Deus, escrevia salmos sobre a recompensa de ser manso, mesmo antes do sermão do monte. (Sl. 37:11) Ele foi manso em todas as estações da sua vida. O maior exemplo de líder manso é Jesus!  O único Traço de caráter que Jesus alegou acerca de si mesmo foi a sua mansidão (Mt.11:29). Ele mas do que ninguém abriu mão de todos os seus títulos e de todo seu poder, e se colocou na posição de servo. Para Elevar todos os discípulos e a igreja para reinar junto a Ele ( Jo 17:24).

Se Entendermos que o  amar o próximo é agir com mansidão, se entendermos o poder da mansidão de elevar o próximo, de ajuda-los a não desistirem e a manterem a fé. A mansidão é o segredo de ser bem sucedido, Pois aquele que quiser ser o primeiro sirva a todos. (Mc 10:44)

Ele é manso e não há ninguém que nos ama tão profundamente como Jesus. Há tantas coisas lindas descritas sobre sua vida na Bíblia, mas ainda há mais a conhecer sobre seu caráter e afeição. Jesus tanto amou e se entregou para nos servir. Você alguma vez conseguiu sentir tal amor? Amor que constrange. Amor que cresce e nos envolve como uma suave brisa e frescor penetrante, que nos inunda de dentro para fora.

Você já imaginou os dias d’Ele vividos aqui na terra como um bebê de pés pequenos, mãos suave, olhos expressivos e sorriso cativante? Ele ia crescendo em força e graça – “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” Lucas 2.52 – Ele sabe tudo sobre você e eu, Ele conhece nossas lutas e humanidade. Ele sabe. Ele sabe porque Ele escolheu viver como um homem, em um corpo de homem. Ele escolheu se identificar conosco. Ele sempre escolheu a mansidão, porque Ele é manso e humilde de coração.

“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” Mateus 11.29

Você já parou para pensar em como Ele tratou as mulheres e as crianças? Ele devolve a dignidade ao homem pecador. Ele cura as feridas de nossa alma porque levou sobre Si as nossas dores e enfermidades. Ele nos faz ir além de nós mesmos, além de nossos limites e pecados, porque Ele continua a nos atrair e nos mostra o caminho que nos leva a paz.

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53.4-5

Allen Hood, descreve mansidão como: “poder sob controle associado a gentileza e humildade, é quando poder e força são usados para proteger e servir ao invés de dominar e controlar. Não é um estilo de personalidade, mas sim o uso da personalidade para se colocar abaixo do próximo”. Ser manso não é ser fraco, ser manso é ser como Jesus que lavou os pés dos discípulos e os chamou de amigos.

Ele não está distante, inerte, indiferente às nossas tentações e lutas. Ele está emocionalmente envolvido e totalmente comprometido com a nossa vida e história, tanto que se entregou por nós. Mas, às vezes, vivemos tão distantes dessa realidade de amor.

Quando entendemos que Ele é manso tudo muda ao nosso redor, mesmo a forma como oramos, a forma como nos relacionamos com o Pai, o Filho e o Espírito. Nossas orações se tornam profundas e nosso coração doador, assim como o d’Ele o é.

Você também quer ser parecido com Ele? Você quer amar como Ele ama? Não há outro lugar onde experimentaremos tanta plenitude de alegria que não em seu amor leal, que não em sua mansidão. Então, declare seu amor por Ele, e deixe que o amor d’Ele por você te vença.