Fhop Blog

Respondendo biblicamente a crise da nação

Nação

O Brasil é uma nação rica, mas por falta de sabedoria não sabemos como gerir nossos recursos. Lutamos diariamente para fazer da nossa pátria um lugar melhor para os nossos filhos, mas as batalhas são grandes; a corrupção e a imoralidade nos direcionaram a uma crise política. É necessário buscarmos nas Escrituras a orientação para responder de maneira sábia a esse momento de tensão.

“Ainda assim, atende à oração do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Senhor, meu Deus. Ouve o clamor e a oração que teu servo faz hoje na tua presença. Estejam os teus olhos voltados dia e noite para este templo, lugar do qual disseste que nele porias o teu nome, para que ouças a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar. Ouve as súplicas do teu servo e de Israel, teu povo, quando orarem voltados para este lugar. Ouve desde os céus, lugar da tua habitação, e quando ouvires, dá-lhes o teu perdão.” 2 Crônicas 6:19–21

Um Deus que restaura

O maior desejo do rei Davi era construir um templo onde Deus habitasse e fosse adorado. Essa missão no entanto foi entregue ao seu filho Salomão, que construiu o templo e reuniu a nação para dedicá-lo ao Senhor. No capítulo 6 de II Crônicas, a presença de Deus encheu o lugar e o rei se posicionou em oração. Por conhecer o coração do povo, Salomão sabia de sua tendência em desviar-se do Senhor e adorar outros deuses. Ele então clamou a Deus pedindo que os perdoasse todas as vezes que o povo se voltasse em arrependimento, que sempre que eles O buscassem em oração, Ele respondesse trazendo restauração para a terra.

“O Senhor lhe apareceu de noite e disse: “Ouvi sua oração, e escolhi este lugar para mim, como um templo para sacrifícios. Se eu fechar o céu para que não chova ou mandar que os gafanhotos devorem o país ou sobre o meu povo enviar uma praga, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra. De hoje em diante os meus olhos estarão abertos e os meus ouvidos atentos às orações feitas neste lugar” 2 Crônicas 7:12–15

Um chamado ao arrependimento

Deus responde a oração do rei. Se o povo se arrependesse e voltasse os olhos ao Senhor, Ele então perdoaria os pecados e sararia a terra. Cheios de temor aquela geração se posiciona e declara que “O Senhor é bom e suas misericórdias duram para sempre”. Entretanto ao passar dos anos, Israel desviou os olhos de Deus e voltou às velhas práticas de adoração a outros deuses. Dentro desse contexto, o Senhor levanta diversos profetas que, de diferentes formas clamam ao povo que voltem seus olhos para Deus, entre esses profetas encontra-se Joel.

“Agora, porém, declara o Senhor, “voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto.” Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça. Toquem a trombeta em Sião, decretem jejum santo, convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam o povo, consagrem a assembléia; ajuntem os anciãos, reúnam as crianças, aquelas que mamam no peito. Até os recém-casados devem deixar os seus aposentos. Que os sacerdotes, que ministram perante o Senhor, chorem entre o pórtico do templo e o altar, orando: Poupa o teu povo, Senhor” Joel 2:12–17

Um coração sincero ao Senhor

Uma importante lição que podemos aprender com este profeta, é sobre o peso que nossas orações tem diante do Senhor. Corações arrependidos, jejum e oração são capazes de tocar o coração de Deus e trazer mudança para a nossa nação.

Não podemos cobrar algo do governo que não vivemos. Se somos corruptos devemos clamar ao Senhor pedindo para que Ele nos sonde e alinhe em nós a realidade do Seu reino. Quando jejuamos, lutamos diretamente com a nossa própria humanidade. E declaramos que há um Deus com poder maior sobre nossa carne e também sobre o governo da terra. Quando nos arrependemos pela direção que nossa nação está tomando, estamos declarando a soberania do Senhor. E quando oramos, demonstramos que a nossa fé está, acima de tudo, nEle.

Ser cristão significa que vivemos nossa vida baseada na Palavra e isso requer posicionamentos. Em momentos de crise na nação, precisamos depositar a esperança em Deus e não em homens. Diante dos homens nós temos o poder de apenas um voto, no entanto temos a autoridade de, como filhos, nos posicionarmos. E clamarmos ao nosso Pai para que intervenha e mude o destino da nossa nação.

Esse ano teremos eleições no Brasil. Falar sobre nossa nação e a escolha de seus governantes não se trata de ser de direita ou esquerda. Por isso, sugiro que meditemos sobre nosso papel em nossa pátria. Já que isso não é uma questão política, e sim uma questão de reino.

Como todo brasileiro, eu já falei mal do Brasil (e me envergonho disso). Já tive vergonha de ser brasileira em momentos variados. Já me emocionei ao ouvir o hino nacional sendo tocado ao final de algum campeonato. Já vibrei diante de notícias que destacavam alguma conquista. Já chorei diante das derrotas, de escândalos.

Atualmente temos sido bombardeados com notícias de desordem. Mas como será que Deus vê o Brasil? Qual é o nosso papel de embaixadores de seu reino em nossa nação? A igreja tem um papel fundamental no desenrolar de fatos que acontecem no Brasil. Nosso papel, ao contrário do que muitos pensam, é relevante. Somos instruídos pela palavra a orar:

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador. I Tm. 2.1-3

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. II Cr. 7.14

Como seres humanos, falhos que somos, gostamos de achar desculpas e justificativas para nossos fracassos. Fazemos isso de forma privada e coletiva. Raramente assumimos nossa responsabilidade de ser agentes de mudança. É a bíblia que nos instrui a respeito do conhecimento que Deus tem a nosso respeito (Sl. 139). Isso inclui o lugar de nascimento, não acham? Portanto, não creio que nascemos brasileiros por acaso.

Somos responsáveis pelos rumos de nossa nação de maneira prática. Por isso, não podemos negligenciar nosso papel. Devemos orar, não só pelos governantes, mas também ser exemplos de bons mordomos. Jesus não nos orientou a termos um partido político. Alguns talvez tenham chamado para atuar nesse meio, e isso é legítimo.

Mas é mais do que buscar justiça social ou igualdade de condições e vida digna. Assim, nas pequenas coisas podemos ser testemunhas de um reino que não terá fim. Nosso modelo é Jesus. No Sl. 2.8, a palavra nos diz: “Pede-me e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão.

O Brasil é nossa herança! Portanto, lutemos por ela bombardeando os céus com nossas lágrimas e clamor. Acessemos o trono dAquele que tem poder pra remover reis e estabelecer reis (Dn. 2.21). Não negligencie seu papel. Não permita que o inimigo o distraia com coisas que não estão dando certo. Já que somos agentes do reino, temos que trazer a existência o que não existe. Porque os céus precisam invadir a terra.

O Brasil é uma nação linda. Tem muitos recursos naturais. Tem um povo guerreiro, que aprendeu a lutar. Somos hospitaleiros, alegres, acolhedores. Temos muitas coisas em nossa cultura que revelam o coração do Pai. O Brasil não é um engano. Essa nação nasceu no coração de Deus, assim como eu e você.

Por isso, oremos pelo Brasil, por seus governantes. Abençoemos nossa nação. Esse é nosso papel como brasileiros. É quando apresentamos nossa Pátria Amada ao Pai que ama, que exercemos nossa cidadania. Pois Ele deseja e tem poder para mudá-la.