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Sobre o autor

Gabriella Conde

A correria frenética por satisfação, prazer e felicidade nos cerca e é bem conhecida por nós. A todo instante postagens e textos aparecem na nossa frente, de como podemos viver mais felizes ou aumentar nosso bem-estar e satisfação com a vida. A sensação bem presente nessa busca, porém, é muitas vezes a de correr em círculos. Nunca se alcança a plenitude dessas coisas com os recursos que temos disponíveis para isso.

PEÇAS QUADRADAS PARA O ESPAÇO REDONDO?

Primeiramente, vamos pensar um pouco. Parece um tanto sádico pensar que Deus, nosso Criador, idealizador dos nossos anseios, tenha nos criado com anseios que ficarão sem resposta. Imagina só se Deus tivesse criado nosso estômago, decretado que funcionaríamos para sentir fome, mas não tivesse inventado o alimento. Não faz sentido, certo? Soa cruel.

Da mesma maneira, não faz sentido sermos dotados de anseios de prazer, amor, relacionamento, apreço, alegria e não haver uma maneira de sacia-los.

O problema que quero trazer aqui não é exatamente com o que saciamos esses anseios, mas uma maneira sadia de saciá-los. Qual o plano original que Deus teceu para nos saciar?

A FÁBRICA DE ÍDOLOS x SER SATISFEITO

Certamente, aquilo que nos sacia têm uma boa parte do nosso coração. O coração humano vaga em busca daquilo que o transcenda. E essa tem sido uma preocupação do meu coração ultimamente. Pois, não falo de pecados necessariamente, mas de coisas legitimas e boas. Qualquer coisa, que não é o Deus verdadeiro, que ganhe o nosso coração, nos motiva, nos controla, servimos, ou onde buscamos esperança é um ídolo em potencial.

“O coração humano é uma fábrica de ídolos” (João Calvino)

Obviamente, nós temos nossos meios de nos prover satisfação. Na verdade, muitas vezes a um click encontramos alguns segundos de aparente alegria. O problema reside em fazermos das coisas a fonte que nos sacia. O fato é que, Deus, o criador de todas as coisas (Dt 10:14; Sl 24:1), é também a fonte da vida. Nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17:28).

Ele criou as boas dadivas, como a comida, os relacionamentos, a beleza, arte, música, esporte, trabalho, a natureza e tantas coisas. Mas, todas as dádivas são meios de desfrute e não o fim ou a fonte do nosso prazer e alegria. Nosso coração tende a colocar as coisas criadas no lugar do Criador, fazendo delas ídolos e não instrumentos para glorificá-lo.

A FONTE

Portanto se nossa fonte for Senhor, e encontrarmos deleite, prazer e completude Nele, estaremos com o coração no lugar correto para desfrutar de relacionamentos profundos sem idolatrá-lo, beber e apreciar comidas deliciosas sem fazer disso uma compulsão, trabalhar diligentemente sem fazer do serviço nossa fonte de significado e identidade. Servir outros com a motivação correta. Cuidar do nosso corpo sem cultuá-lo.

É certo que, consumir e abusar do uso dessas coisas para nos satisfazer e encontrar prazer, apenas nos expõe não só a idolatria, mas a encontrar o vazio que não se preenche. A sensação de correr em círculos que falamos inicialmente. Certos que mesmo fazendo qualquer dessas coisas, compulsivamente, não seremos plenamente saciados.

POR QUE BUSCAR SATISFAÇÃO?

Diante disso, me resta pensar que o inicio e o fim da nossa satisfação é o Senhor. Pois, Dele, por Ele e para Ele existimos, fomos criados e seremos satisfeitos. Dele sai a verdadeira fonte e quando encontramos a fonte Nele, nós nos voltamos para Ele.

Uma vez que nos encontramos com esse ponto, faz sentido o que John Piper diz: “Deus é mais glorificado em mim quando sou mais satisfeito nEle.” Adoração, ações de graça, e louvor fluem de um coração que encontrou contentamento. E a própria adoração nos trás deleite. Por isso devemos caminhar em satisfação. Fomos criados para sua glória. Um coração satisfeito vive integralmente em adoração, seja caminhando, se divertindo, conversando, comendo, descansando, trabalhando. Essa é a vontade do Senhor.

Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado.
Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o meu corpo repousará tranqüilo,
Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita.
(Sl 16:8-11)

 

O que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria? O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A Bíblia, os sermões, o cristianismo e o próprio Deus fazem inúmeros convites a buscarmos conhecimento e sabedoria. Sempre ouvirmos do quão importante é a leitura e o estudo da palavra. Mas não podemos fugir de encarar uma pergunta: o que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria?

Alinhar as nossas expectativas sobre o que é o conhecimento e a sabedoria que o Senhor nos convida é primordial para mantermos o coração no lugar correto. O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A SABEDORIA DO MUNDO

Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. (1 Coríntios 3:19)

Quando Paulo faz tal afirmação já seria de se esperar que o que Deus define como sabedoria não seria algo óbvio para nós. Pelo contrário, é confuso e até mesmo contrário à nossa própria definição.

Tenho a constante impressão que buscamos aprender e conhecer para sermos independentes. Educamos as nossas crianças a aprenderem a fazer coisas sozinhas como tomar banho, comer, estudar, para que não precisem outrora de seus cuidadores. E sempre aplaudimos quando elas são capazes de fazer coisas sozinhas.

Inconscientemente projetamos essa dinâmica na caminhada cristã. Nosso movimento revela que precisamos aprender logo a como sermos cristãos perfeitos com o proposito de não precisar mais do Senhor para viver. A sensação de “para de perturbar Deus” com nossa incapacidade.

SEMELHANTES A ADÃO

Enquanto Deus desmascarava e trazia consciência ao meu coração sobre a dinâmica que eu estava seguindo, constrangedoramente, me lembrei de Adão e Eva no Gênesis. Atente-se ao convite da serpente convencendo Eva de comer do fruto proibido:

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:4-6)

O desejo e a tentação de ser como Deus, autor da história, ainda hoje nos persegue. De forma camuflada, acreditamos que obter conhecimento (mesmo que de Deus), nos coloca mais perto da cabine de comando e governo da nossa existência. Sejamos sinceros, estamos prontos e ansiosos para dar nosso grito de independência. E talvez acreditamos que a semelhança de como quando éramos crianças seremos aplaudidos por Deus por termos feito as coisas sozinhos.

O PLANO DE DEUS

Porém, esquecemos que o desejo e o plano primário de Deus é comunhão. É que vivamos para sua glória. E viver para a sua glória envolve que tudo que fazemos, absolutamente tudo, deve voltar em mérito e gloria para ele. E só a jornada de dependência nele, e consciência que vivemos, nos movemos e existimos (At 17:28) por meio dele lhe rende tal glória (At 17:28).

Para Adão, Deus ia lhe mostrando e dizendo a cada passo sobre o bem e o mal. Depois da queda Adão passa a decretar e categorizar por si mesmo o certo e o errado. Sentiu vergonha do que Deus não se envergonhava, se escondeu quando deveria ser encontrado, teve medo do que antes não era assustador.

QUAL O FRUTO DO CONHECIMENTO E SABEDORIA EM DEUS?

Então afinal, qual é o fruto do conhecimento e sabedoria em Deus? Posso dar alguns nomes: pobreza de espirito, humildade, mas aqui quero usar a palavra dependência.

Quanto mais acessamos o autoconhecimento e entendemos o conhecimento acerca dos processos da vida e do ser humano, o natural é crescermos em consciência da lacuna que há em nós, da limitação e a da ausência de poder em nós mesmo para própria salvação e santificação. E quanto mais conhecimento de Deus, consciência de sua grandeza e soberania, mas certeza deveria vir que Ele deve ter toda preeminência em nossas vidas. O resultado desses insigths devem ser sempre um gemido de “eu preciso de Deus.”

A sabedoria que Deus está disposto a dar a todos os que lhe pedem é a sabedoria que nos une a Ele.

VIVER SABIAMENTE

Viver sabiamente é viver no temor do Senhor (Prov 9:10.) Aliançados em relacionamento e não em um jugo de regras e fórmulas de como viver a vida de maneira que compre nosso lugar na eternidade. A maneira de Deus de trilharmos essa jornada chamada vida, é pela estrada da dependência. Sim, nem sempre é confortável para nosso ego ansioso.

Porém a intenção Dele é caminhar cada passo do viver em relacionamento. Ele não quer nos dar a fórmula da vida ideal. Ele é a vida, a jornada, o caminho. Ele jamais vai nos entregar a chave para existirmos à parte Dele, porque simplesmente não existe essa possibilidade. Tudo foi criado por ele, existe Nele e é sustentado por ele. O máximo que fazemos é passarmos a vida lutando e negando essa verdade, ofendidos com sua Soberania.

Hoje, te convido a avaliar os frutos do seu conhecimento. Considere, e se a medida que você alcança o que chamamos de maturidade você precisa menos de Deus, reavalie que tipo de sabedoria você tem absorvido.Todavia, se a medida que você cresce em conhecimento mais necessidade de Deus você sente, permaneça. Esse é o caminho!

Escrito por: Gabriella Conde – facilitadora Fhop School

A suficiência de Cristo. Não sei você mas quando leio essa frase suspiro fundo. Ao mesmo tempo que penso o quão longe estou da real compreensão dessa verdade. O apóstolo Paulo escrevendo aos Colossenses traz essa verdade logo no início da sua carta. Quero te convidar a ler cada frase pausadamente: 

“O qual [Cristo] é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse”

(Colossenses 1:15-19)

O cômodo evangelho muitas vezes pregado nos coloca de frente a um Jesus, com mais cara de bom samaritano. Um  homem bom e altruísta, que se destacou apenas pelo que fez aos pobres e aos doentes. Porém, a realidade mas poderosa a Seu respeito,  a verdade que ofendeu os fariseus e mestres da lei, é que Jesus é Deus. E porque Ele é Deus, Ele é criador de todas as coisas, o idealizador da existência, Ele conhece todos os processos que envolvem o viver. Ele planejou cuidadosa e soberanamente cada coisa. 

A tensão idólatra

A tensão que nós cristãos enfrentamos está no fato de que “a realidade é Cristo’’ (Cl 2:17). Nossos pensamento ou sentimentos, podem no máximo ser sombra da realidade, que é Ele. Então por qual verdade viveremos? Quem reinará na nossa realidade? Nós ou o Senhor?

Quantas vezes nos encontramos colocando o que sentimos e pensamos como o indicador da verdade. Nos medimos e medimos as pessoas pela nossa própria verdade. Vivemos como centro de nossa própria existência. Como bons idólatras, colocamos a nós mesmos como reis de nossas vidas, adoramos e honramos nossas vontades tão bem. Insistimos em caminhar pelo que sentimos e não pela Verdade absoluta de Cristo. Podemos nomear isso de idolatria, antropocentrismo e pecado. Contudo, além disso, isso nos engana e nos afasta da realidade perfeita, da vida abundante e do amor real do Senhor.

A vida eterna é esta

Cristo é suficiente porque tudo que foi necessário para que existência viesse a tona estava e habita nele. Não precisamos de Cristo e mais alguma outra coisa. É difícil entendermos isso, mas é real! Quando encontramos Ele, encontramos plenitude. Nele habita corporalmente a plenitude da divindade. Toda realidade descansa perfeitamente Nele.

Paulo decidiu nada saber a não ser Cristo (1 Co 2:2). Ele é suficiente para vivermos a vida daqui a eternidade.  Essa é a vida eterna (Jo 17:3). Se quisermos reconhecer o Seu senhorio, precisamos dar o passo de nos achegarmos as Escrituras, e conhecê-lo. Essa é base da nossa fé e da nossa confiança em sua natureza. A construção de crescer na convicção da suficiência de Cristo se estabelecerá a medida que O conhecemos. 

Na certeza que quer reconheçamos ou não Ele reina, e não está a disputando um trono. Não reconhecermos só nos aprisiona em uma falsa realidade. A realidade porém a Cristo.

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.

 

A palavra-chave aqui é comum a muitos de nós: comparação. Um dia me percebi profundamente frustrada e decepcionada comigo mesma, mas não sabia identificar a justificativa para ele. A questão é que me sentia frustrada com minha vida e fracassada em ser quem eu era. E em oração senti Deus sussurrar firmemente algumas perguntas e as faço a você hoje: qual medida você está usando para medir a sua vida? Com base em que você está definindo sucesso ou fracasso?

A partir daí começo a escrever esse texto. Comparação foi a resposta rápida e obvia (e bem dolorida) que veio em minha mente após essas perguntas. É  fácil pararmos para avaliar nossa vida e findar fazendo isso se fundamentado na vida das outras pessoas. Porém, esse é um lugar perigoso para o nosso coração. O caminho sugerido é: silencie a voz da comparação na sua vida.

Até entre os discípulos de Jesus nós vemos isso. Quando Jesus restaura Pedro após a ressurreição, Pedro indaga Jesus sobre a vida de João. É claro que nitidamente Jesus não gosta muito da pergunta de Pedro e o responde deixando claro isso. (Jo 21:21-22). Vemos também os discípulos discutindo sobre quem seria o maior, e novamente Jesus apresenta uma nova mentalidade sobre medir grandeza (Mt 20:26)

Fruto da Comparação

A comparação surge da nossa natureza humana que é voltada para relacionamentos e pessoas. Somos seres sociais! Pensamos sobre as pessoas, precisamos de relacionamentos, e isso foi divinamente planejado. Porém, compartilhamos de uma natureza caída que distorce os aspectos da imagem de Deus em nós.

Por meio disso a comparação frutifica em inveja, inferioridade, medo, vergonha, fofoca, temor dos homens, maldade, incredulidade, superioridade, orgulho, presunção e a lista pode ir bem longe. Além de produzir dor emocional real e servir como catalisador pra o retrocesso ou estagnação. Ela também  nos afasta da singularidade e da porção e conjunto de dons e talentos que foi dada a cada ser humano, que revela Deus de maneira única e que é fruto de sua graça.

E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Por isso, é que foi declarado: “Quando Ele subia em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos homens”. (Ef 4:7-8)

Sobre sucesso

O caminho saudável para encarar é medir sucesso pessoal de acordo com sua própria vida, e não com a vida de outro. A sua pele só serve em você e a minha em mim. Então preciso avaliar a minha vida na medida e porção que o Senhor colocou sobre mim. Seremos considerados bem-sucedidos se estivermos no lugar correto para cada um, baseado na avaliação do Criador.

“Você não pode usar a aparência de outra pessoa para medir o valor da sua essência” (Pedro Calabrez)

Posso trazer um exemplo bem comum no meio da igreja. Algumas pessoas podem considerar que só serão cristãos bem sucedidos se optarem por trabalhar integralmente no ministério, em missões ou na igreja, e se sentem frustradas e inferiores por estarem na faculdade ou no mercado de trabalho. Mas devemos pensar será mesmo que Deus chamou todos para estarem no ministério eclesiástico? Claro que não! Posso ser bem sucedida como missionário ou como empresário dependendo do que é a minha porção de graça nesse tempo. Ele nos criou diferentes para que formássemos um corpo coerente.

Tudo bem não ser perfeito

Outro ponto no qual podemos caminhar é sobre buscar estar bem na própria pele. Aceitar que seremos bons em umas coisas e péssimos em outras. Seremos fortes em algumas áreas e cheios de fraquezas a serem vencidas em outras. E tudo bem! Sempre haverá alguém melhor ou pior que nós em uma coisa ou outra.

E sabe de algo? Deus não está se descabelando e andando de um lado para outro na sala do trono porque você não é perfeito. Ele já sabe o que nos tornaremos e confia no que o Espírito Santo está fazendo em nós até a sua vinda. (Fl 1:6) Ele é capaz de nos ensinar a manejar cada detalhe de fraqueza e força.

A ideia de buscar perfeição em nós mesmo é uma fantasia que não será concretizada, não existe perfeição fora de Deus. Nós caminhamos sendo justificados e aperfeiçoados em Cristo. E nesse contexto Paulo em Filipenses 3:16 dá uma dica interessante: “Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Ou seja ele nos adverte a viver de acordo com a graça que nos foi e nos vai sendo concedida. A comparação atrapalha esse fluir da graça, porque nos faz olhar para graça que há sobre as outras pessoas e ignorar a que o Senhor tem para nós.

Dica Prática

Para concluir deixo um resumo de dicas práticas para silenciar a voz da comparação na sua vida: Fique em paz com quem você é, com suas fraquezas, seus defeitos, seus talentos e dons, sua personalidade e expressão de graça.  Submeta todas essas essas coisas ao governo dEle na sua vida, busque saber o que o Senhor quer fazer com isso. Desligue os gatilhos que levam você a comparação (ex.:conversas ou redes sociais são gatilhos bem eficazes em nos levar a comparação).  Busque uma vida para a audiência de um – isso é sucesso. Posicione seu coração na consciência do olhar do Senhor que não usa a mesmas medidas que nós para nos avaliar. Viva na confiança do bom pastoreio e liderança do Senhor sobre sua vida.

A palavra-chave aqui é comum a muitos de nós: comparação. Um dia me percebi profundamente frustrada e decepcionada comigo mesma, mas não sabia identificar a justificativa para isso. A questão é que me sentia frustrada com minha vida e fracassada em ser quem eu era. E em oração senti Deus sussurrar firmemente algumas perguntas e as faço a você hoje: qual medida você está usando para medir a sua vida? Com base em que você está definindo sucesso ou fracasso?

A partir daí começo a escrever esse texto. Comparação foi a resposta rápida e obvia (e bem dolorida) que veio em minha mente após essas perguntas. É  fácil pararmos para avaliar nossa vida e findar fazendo isso baseado na vida das outras pessoas. Porém, esse é um lugar perigoso para o nosso coração. O caminho sugerido é: silencie a voz da comparação na sua vida.

Até entre os discípulos de Jesus nós vemos isso. Quando Jesus restaura Pedro após a ressurreição, Pedro indaga Jesus sobre a vida de João. É claro que nitidamente Jesus não gosta muito da pergunta de Pedro e o responde deixando claro isso. (Jo 21:21-22). Vemos também os discípulos discutindo sobre quem seria o maior, e novamente Jesus apresenta uma nova mentalidade sobre medir grandeza (Mt 20:26)

Fruto da Comparação

A comparação surge da nossa natureza humana que é voltada para relacionamentos e pessoas. Somos seres sociais! Pensamos sobre as pessoas, precisamos de relacionamentos, e isso foi divinamente planejado. Porém, compartilhamos de uma natureza caída que distorce os aspectos da imagem de Deus em nós.

Por meio disso a comparação frutifica em inveja, inferioridade, medo, vergonha, fofoca, temor dos homens, maldade, incredulidade, superioridade, orgulho, presunção e a lista pode ir bem longe. Além de produzir dor emocional real e servir como catalisador pra o retrocesso ou estagnação. Ela também  nos afasta da singularidade e da porção e conjunto de dons e talentos que foi dada a cada ser humano, que revela Deus de maneira única e que é fruto de sua graça.

E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Por isso, é que foi declarado: “Quando Ele subia em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos homens”. (Ef 4:7-8)

Sobre sucesso

O caminho saudável para encarar é medir sucesso pessoal de acordo com sua própria vida, e não com a vida de outro. A sua pele só serve em você e a minha em mim. Então preciso avaliar a minha vida na medida e porção que o Senhor colocou sobre mim. Seremos considerados bem-sucedidos se estivermos no lugar correto para cada um, baseado na avaliação do Criador.

“Você não pode usar a aparência de outra pessoa para medir o valor da sua essência” (Pedro Calabrez)

Posso trazer um exemplo bem comum no meio da igreja. Algumas pessoas podem considerar que só serão cristãos bem sucedidos se optarem por trabalhar integralmente no ministério, em missões ou na igreja, e se sentem frustradas e inferiores por estarem na faculdade ou no mercado de trabalho. Mas devemos pensar será mesmo que Deus chamou todos para estarem no ministério eclesiástico? Claro que não! Posso ser bem sucedida como missionário ou como empresário dependendo do que é a minha porção de graça nesse tempo. Ele nos criou diferentes para que formássemos um corpo coerente.

Tudo bem não ser perfeito

Outro ponto no qual podemos caminhar é sobre buscar estar bem na própria pele. Aceitar que seremos bons em umas coisas e péssimos em outras. Seremos fortes em algumas áreas e cheios de fraquezas a serem vencidas em outras. E tudo bem! Sempre haverá alguém melhor ou pior que nós em uma coisa ou outra.

E sabe de algo? Deus não está se descabelando e andando de um lado para outro na sala do trono porque você não é perfeito. Ele já sabe o que nos tornaremos e confia no que o Espírito Santo está fazendo em nós até a sua vinda. (Fl 1:6) Ele é capaz de nos ensinar a manejar cada detalhe de fraqueza e força.

A ideia de buscar perfeição em nós mesmo é uma fantasia que não será concretizada, não existe perfeição fora de Deus. Nós caminhamos sendo justificados e aperfeiçoados em Cristo. E nesse contexto Paulo em Filipenses 3:16 dá uma dica interessante: “Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Ou seja ele nos adverte a viver de acordo com a graça que nos foi e nos vai sendo concedida. A comparação atrapalha esse fluir da graça, porque nos faz olhar para graça que há sobre as outras pessoas e ignorar a que o Senhor tem para nós.

Dica Prática

Para concluir deixo um resumo de dicas práticas para silenciar a voz da comparação na sua vida: Fique em paz com quem você é, com suas fraquezas, seus defeitos, seus talentos e dons, sua personalidade e expressão de graça.  Submeta todas essas essas coisas ao governo dEle na sua vida, busque saber o que o Senhor quer fazer com isso. Desligue os gatilhos que levam você a comparação (ex.:conversas ou redes sociais são gatilhos bem eficazes em nos levar a comparação).  Busque uma vida para a audiência de um – isso é sucesso. Posicione seu coração na consciência do olhar do Senhor que não usa a mesmas medidas que nós para nos avaliar. Viva na confiança do bom pastoreio e liderança do Senhor sobre sua vida.

 

Permaneça consciente!

Viver a vida no automático não é uma boa forma de se vivê-la, tão-pouco viver nosso relacionamento com Deus no automático, com certeza, não é a forma que Ele pensou quando nos criou. Acredito que uma das coisas que mais gera sofrimento, em nós hoje, é a falta de estarmos conscientes de quem Deus é. Como também o nosso baixo conhecimento sobre ele. Por isso quero te fazer esse desafio hoje: Permaneça consciente!

Pensa comigo: quantas vezes você estava com algum problema? De alguma forma Deus comunicou verdades com você sobre Ele ser bom. Declarou sobre Seu amor, ou Seu poder, e foi como se todo aquele problema tivesse sido reduzido a quase nada?

É sobre esse lugar que estou falando. Temos a tendência de achar que se trata de nós, mas é tudo sobre Ele.  Quando mantemos nosso olhar em nós mesmo sofremos. Quando não o conhecemos como Ele de fato é sofremos. E quando não estamos conscientes de quem Ele é também sofremos.

O declínio do conhecimento dos Santo é a raiz de nossos problemas. Uma descoberta da majestade de Deus seria um grande progresso na cura de cada um destes transtornos.(A.W Tozer)

Mantenha os olhos em quem Ele é

Estamos em um tempo que muito se fala de autoconhecimento e autoconsciência. E eu estou longe de não concordar com a importância disso. Mas o ponto que precisamos entrar é que o caminho de conhecer a Deus precede o autoconhecimento.  

O caminho mais seguro e sem atalhos para  conhecer a si mesmo é primeiro conhecer o Autor e Criador de todas as coisas. Se conhecer sem conhecê-Lo é queda, mas conhecê-Lo e se enxergar da perspectiva Dele é graça.

O brado que vem das Escrituras de várias forma é: mantenha os olhos em quem Ele é! Inúmeras passagens bíblicas escritas por aqueles grandes profetas, apóstolos e homens de Deus do passado ressaltam a importância de manter o olhos no Senhor; eles entenderam o valor disso. Manter os olhos Nele significa estar consciente.

Não é só saber que Ele é bom, é estar consciente da sua bondade. Não é só saber que Ele vê todas as coisas. Mas é estar consciente que seus olhos particularmente assistem a todo tempo. Atentemos para esse salmo:

 

Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. (Sl 34:4,5)

Deus é a melhor lente para se enxergar toda a realidade.

Quando estamos de olho em Quem é o nosso Deus, quando estamos contemplando e admirando seus atributos não somos facilmente abalados. Esse salmo é bem intenso quando fala sobre estar “radiante de alegria” e “jamais” mostrar decepção. Essas são expressões que nos parecem exageradas. Todavia, a realidade é que a verdade condicionada e  viva dos “que olham para ele”. Ter a noção e entendimento de quem é nosso Deus é a melhor lente para se enxergar toda a realidade.

A dor, o sofrimento, os dias maus, as pressões internas e externas, são reais e constituem a vida humana. Porém, como respondemos a elas fará toda a diferença. E nesses últimos tempos tenho percebido e buscado experimentar que buscar o conhecimento de Deus. E essa é a forma mais poderosa de lidar com as demandas da vida. Conhecê-lo nos dá graça para suportar mais do que naturalmente suportaríamos.

Conhecê-lo nos dá graça

Sendo assim, este é um lugar tão seguro e inabalável. Pois se trata do Seu Caráter que não sofre um milímetro sequer de variação. Em João 17:11 Jesus pede ao Pai que guarde no Nome Dele aqueles que são Dele. Isso significa estar guardado em quem Ele é, quanto mais o conhecemos mais seguros podemos caminhar, menos as provações nos abalam.

Quanto mais  O conhecemos mais temos a consciência que não se trata da nossa história, mas da História de Deus que Ele nos insere nela. Quanto mais estarmos conscientes de quem Ele é, mais longe nosso coração estará da ofensa contra Deus e contra as pessoas.

De maneira prática torne seu lugar de oração em um diálogo com Deus sobre quem Ele é. Diminua o tempo que você gasta orando e lamentado por você mesmo e peça que Ele lhe desperte a consciência sobre os atributos Dele. E de maneira intencional olhe para as escrituras  medite e contemple “tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé” (Hb 12:2).

 

Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos. (Ef 1:17,18)

A Graça vence

Nessa jornada um paradoxo se coloca repetidamente a nossa frente. A nossa fraqueza e os nossos processos de amadurecimento, versus o zelo e o compromisso do Senhor.

Confesso que não é uma luta pacífica. Com isso, adianto o resultado: a graça vence e sua fraqueza não pode contê-lo.  Por causa disso, encontramos alegria em sermos vencidos pelo Seu Amor furioso. Que nos coloca afinados a história que Ele está orquestrando.

Não sei, se é só comigo, mas você já passou por momentos que quase desiste de você mesmo? É como perder a esperança sobre ser o que deve ser. Como se toda a força que você fizesse pra ser  simplesmente não estivesse funcionando. Você está com aquele sentimento de estar cansado, de si mesmo? Cansado das próprias fraqueza? Do próprio pecado?  Ao olhar para si só consegue enxergar essas coisas. Sentimentos como impotência, desesperança, frustração, e muita vergonha são quase palpáveis nesses momentos.

Incontáveis vezes me peguei diante de Deus frustrada. E até ofendida por não conseguir mudar certas coisas em mim. Questionando o porquê Ele não as mudava. Na audácia de achar que eu sou a mais interessada na minha transformação (risos).

E pelo Espírito – gentilmente – o Senhor me lembrava que a fidelidade Dele ultrapassa (e muito) a minha, o compromisso Dele comigo é muito mais inabalável que o meu para com Ele, que Seu amor por mim não pode ser maior do que já é, diferente do meu por Ele que ainda está crescendo e amadurecendo.

Ele está feliz

Sabe esses momentos? Eles são orquestrados pelo Senhor, eles fazem parte do plano divino para nos moldar. Eles fazem parte das “coisas que cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28); mesmo que doa, incomode, nos pressione, nos desconstrua ou nos “quebre”. Ele não está aborrecido ou frustrado, Ele está feliz. Deus pode ser comparado com uma mãe que não se chateia com o processo de crescimento e desenvolvimento de seu bebê, todavia se alegra com isso.

 

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fl 1:6)

 

Acredite: não é dor inútil! O processo e a provação são expressões do zelo e do compromisso do Senhor com o meu e o seu coração, e mais do que isso ele está comprometido com a história que Ele planejou para humanidade, história de redenção e relacionamento.  E falando em compromisso, como é uma injeção de esperança essa verdade a respeito de Deus.

Ele é Deus zeloso! Seu zelo é forte como a morte, como fogo consumidor e ardente, Seu amor é intenso em te buscar no mais profundo pecado, furioso em lutar por você, sua fraqueza não pode contê-Lo, e Ele está comprometido em te tornar irrepreensível, a imagem do seu Filho até àquele Dia; e sabe que tipo de compromisso é esse? É eterno, antes de eu ou você existirmos Ele já estava comprometido.

Enquanto estamos sendo fiéis Ele a dois, cinco, dez, vinte anos Ele é fiel de forma atemporal, é incontável os anos da Sua fidelidade, é parte do seu ser eterno e da sua intenção em nos ter com Ele. É infinito, é intenso, imutável e inabalável.

 É o Senhor quem está construindo algo em nós.

Por isso há alegria no meio dessas estações. Não estou falando de maneira hipócrita, que mesmo triste e pressionado internamente você vai sair rindo por ai, porém estou afirmando que há real satisfação, profundamente arraigada no propósito do Eterno, o deleite de entrar em sintonia com a história Dele, alcançando plenitude é o que Tiago fala.

 

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria sempre que passarem por qualquer tipo de provação, pois sabem que, quando a sua fé é provada, a perseverança tem a oportunidade de crescer. E é necessário que ela cresça, pois quando estiver plenamente desenvolvida vocês serão maduros e completos, sem que nada lhes falte.” (Tg 1:2-4)

 

Quero lembrar de algo hoje: há deleite e alegria no processo e na provação que sua graça nos atrai. É o Senhor quem está construindo algo em nós.  Por causa de seu favor imerecido Ele está transformando em beleza o que era fraqueza (Is 61:3). É a mão Dele nos tocando mesmo quando sentimos que é pressão, faz parte do moldar, são Suas mãos que seguram o nosso coração, podemos confiar nisso (Is 64:8).

Podemos nos alegrar no processo porque a estrada que Ele revela a escuridão que ainda há em nosso coração é o mesmo que logo Ele derramará luz (Sl 18:28). O caminho que Ele ressalta nosso pecado e fraqueza é o caminho que Ele  fortalecerá o amor e nos deixará puros (Sl 66:10). A noite escura que Ele nos abala precede o amanhecer que Ele nos colocará sob firme fundamento (Os 6:1). O dia que nos humilhamos terminará com revelação do que somos no coração Dele (Mt 23:12). A oração que pedimos por misericórdia Ele responderá também com sublime e abundante graça (Sl 103:10). Deixe isso te vencer; não podemos esgotar Sua graça!

Não sei o que vem a sua mente quando ler esse título, mas quero começar dizendo que é real: Estamos Julgando Deus. Na verdade isso acontece com tanta frequência que nem mesmo percebemos. Quer ver como? Que tipo de pensamento você reprime e abafa quando lê passagens bíblicas de Deus derramando juízo sobre cidades, pessoas? Ou quando algo ruim acontece na sua própria vida ou no mundo? Ou nos momentos em que a presença de Deus não está tão perceptível e sua voz não está audível?

Muitas vezes ao ver ou passar por situações assim me vieram perguntas: que tipo de Deus é esse? Por que Ele faz isso? Por que Ele não impede tal coisa? Por que Ele permite o mal? São perguntas difíceis de se responder, bem difíceis na verdade, mas que uma hora ou outra na nossa jornada elas precisarão ser respondidas. Só assim a nossa fé será firmada.

Pensando sobre Deus

A imagem que carregamos do Deus que servimos é tão importante, mas pouco pensamos sobre isso. E acabamos caindo no erro de pensar que nossa ideia de Deus é realmente Deus. Porém na maioria das vezes não são! Elas acabam não passando de projeções, fantasias e preconceitos acerca Dele, carregadas de frustração e julgamentos humanos que se baseiam em nossa própria experiência pessoal e na nossa visão de mundo.

A.W. Tozer disse que:

“Se fosse possível extrair de um homem uma resposta completa à pergunta ‘O que vem a sua mente quando você pensa sobre Deus?’, talvez pudéssemos prever com certeza o futuro espiritual daquele homem. […]”.

A forma como enxergamos Deus, vai influenciar a forma com lemos a Bíblia, como respondemos aos tempos de crise, como nos relacionamos com as pessoas, até mesmo a forma como nos vemos, ela vai dizer também até onde vamos nessa jornada, que tipo de amor temos por Ele e como vamos representar e apresentar Deus para o mundo. O conhecimento de Deus é o mais importante conhecimento que podemos buscar ter. Deus falou através do profeta Oséias que o seu povo perecia porque lhes faltavam conhecimento acerca Dele. Isso é sério!

A falsa percepção de Deus

Jesus em João 17:3 deixa claro o que é a vida eterna: é o conhecimento do único Deus verdadeiro e Jesus Cristo. Quero te fazer pensar hoje: O Deus que você segue, crê, ora e conhece é o Deus Verdadeiro? O primeiro passo para conhecer o Deus verdadeiro é identificar as falsas imagens, percepções e julgamentos que carregamos Dele e nos desfazer delas. Paulo em 2 Coríntios 10:5 fala sobre destruir todo conselho e altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus na nossa mente.

É necessário identificarmos onde estamos julgando Deus, pois na maioria das vezes ou vamos criar um deus ruim, malvado, carrancudo, que odeia, manipula o homens, os faz sofrer os machuca e que está indiferente aos sofrimentos e necessidades deles, ou por outro lado, vamos criar um deus conveniente aos nossos próprios desejos que se resume em bondade e amor, é permissivo e legalista, está no mesmo patamar que os homens sendo assim um deus fraco, passivo, não soberano e que acaba sendo inútil como deus.

A Bíblia fala que existe inimizade da nossa natureza contra Deus, então, “Um deus criado nas sombras de um coração decaído será naturalmente uma imagem falsa do Deus verdadeiro.” (A.W.Tozer –Conhecimento do Santo). Sendo assim o julgamos e o vemos com nossas lentes sujas, arranhadas e embaçadas.

O convite a conhecer o Deus Verdadeiro

Na verdade o convite que Deus faz a nós todos os dias é para encará-lo. De maneira ilustrada porém real, penso que é olhar Ele de perto, olho no olho, cara a cara sabe? Ter coragem de olhar de perto atributos Dele que talvez você tenha medo de encarar. Fazer a Ele as perguntas difíceis, expor os pensamentos “proibidos” que carregamos sobre Ele e nos achegar a Ele em arrependimento pela forma que o julgamos e pelo fraco conhecimento e consciência que carregamos Deles.

E pela contemplação e leitura das Escrituras descobrir e experimentar- ou provar e ver, nas palavras do salmista, – que tipo de Deus é o nosso Deus, que tipo de bondade é a Sua bondade, que tipo de amor é o Seu amor, que tipo de ira é a Sua Ira e assim por diante.  

Que tipo de deus é o seu Deus?

O Deus que a Bíblia revela é um Deus que em essência é transbordante de amor, um Deus que trabalha em favor dos homens, que faz todas as coisas cooperarem para o bem daquele o amam, que mesmo no meio do sofrimento Ele permanece Bom e está conduzindo a história da forma menos dolorida possível para nos conduzir a sua vontade, ao seu plano perfeito de amor.

Ele não é um ditador que trabalha para seus próprios fins egoístas, nem mesmo manipulador, pelo contrário é um Rei Soberano que serve o seu povo, provê de si mesmo para sustentá-los e que toma a iniciativa para se revelar e se relacionar com seus filhos. Um Deus que mostra o caminho certo a seguirmos e apresenta gratuitamente graça suficiente para caminharmos Nele. Um Deus pleno que não precisava de nós mas num transbordar de comunhão da Trindade nos coloca nesse fluxo de amor e comunhão com Ele. Um Deus que desde a eternidade se propôs a criar, amar, salvar e se revelar.

Enfim, poderia escrever páginas e páginas sobre quem Ele é e como Ele é, mas desejo mesmo que você entre (ou continue) agora mesmo nessa jornada para a cada dia fazer com que a sua ideia de Deus esteja mais próxima do verdadeiro Deus, tirando assim, Deus do banco dos réus, colocá-lo no seu devido lugar na sua vida, vê-lo com as lentes corretas e ficar em paz com quem Ele É, e assim poder amá-lo em plenitude de todo coração, alma, força e mente.