Antiquado ?

Eu amo olhar para a vida de Jesus como homem, e observar como Ele nunca fez questão de se autopromover, mas pelo contrário, sempre deixou claro de que Ele apenas fazia o que via o Pai fazer. Isso é uma lição e tanto! Ainda mais para nós que estamos inseridos numa sociedade onde parece que o valor está cada vez mais atrelado a inovações. Segundo o nosso contexto, quando algo não sofre a intervenção de novas ideias, modelos ou métodos, então isso se torna antiquado, e infelizmente fazemos dessa realidade o padrão para o cristianismo.

Vamos olhar por um instante para quando Paulo escreve a igreja de Éfeso: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10). Outra versão diz: “… para vivermos em boas obras, as quais Deus preparou no passado para que nós as praticássemos hoje”. Em uma interpretação simples, podemos entender que não se trata de criarmos boas obras, mas sim vivermos nelas. Obras que já foram feitas por Jesus há muito tempo. Obras que só Ele pôde criar.

As vezes estamos no afinco de estabelecer o reino, e se perguntássemos para Deus: “Senhor, o que posso fazer? ”, tenho a impressão de que Ele nos responderia: “O mesmo que Jesus já fez. Nada de novo”.

E quais seriam essas boas obras senão a de amar? Jesus, no sermão do monte, diz que Ele mesmo veio cumprir as leis e os mandamentos que já tinham sido ensinados, e certa vez Jesus disse que o maior mandamento é o de amar a Deus e ao nosso próximo como a nós mesmos, e em toda sua vida, Ele nos deixou o exemplo de como fazê-lo.

Olhemos para Jesus. Ele obedeceu e respeitou as estações e os tempos; Ele curou os enfermos; estendeu misericórdia àqueles que a sociedade e até a própria família já tinham abandonado e desprezado; Ele perdoou inúmeras vezes; colocou a vontade de Deus como prioridade; Ele ensinou pacientemente; não rejeitou os pequeninos; Ele amou os órfãos e as viúvas; sofreu calado; se esvaziou de toda sua glória e morreu pelos Seus amigos, mas também pelos inimigos. Em resumo, Jesus viveu e andou em amor, e de igual maneira, devemos imitá-lo. Fazer o que Ele já fez.

O evangelho não precisa ser recriado, inovado ou até adaptado, mas o evangelho precisa ser vivido.

Isso não é uma crítica a boas programações, eventos, estratégias e etc, porque isso são boas coisas, desde que não comprometam as boas obras das quais ele nos chama para viver.

Por fim, me lembro do que Jesus também disse no sermão do monte: “Assim deixai a vossa luz resplandecer diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:16). Sendo assim, quero te desafiar a dar espaço para que o Espírito de Deus se mova em nós, a ponto de resplandecermos a verdade do reino de Deus, e que como filhos possamos revelar um Deus que ama a sua criação, essa que tem clamado por socorro e que aguarda ansiosamente nossa manifestação.

Que sejamos nós aqueles que, como representantes de Deus, vão alcançar os perdidos; apregoar as verdades que libertam; socorrer os necessitados; curar os enfermos; que doarão os seus dias e suas forças para fazer Jesus conhecido! Que nós sejamos aqueles que irão “escandalizar” e surpreender o mundo através da manifestação do evangelho antigo, o evangelho de Jesus!

Sobre o autor

Gustavo Nogueira GUGA

Uma resposta

  1. Simples,mas profundo, é perceptível que as pessoas busquem mais serem admiradas por homens do que por Deus.
    Entendemos através das escrituras que o que fazemos,precisa ser para o Senhor,se quisermos ser vistos pelos homens,isto é obra morta,as maiores e mais lindas experiências que vivi tanto no particular como ministrando pessoas vi ,senti e presenciei a presença de Deus sem ser vista por absolutamente ninguém. Este é o nosso chamado,está deve ser nossa motivação,como vc disse…….o modelo já existe, não precisamos inventar nada,se conseguirmos imitar a Cristo já é muito.❤

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