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A importância do discipulado

A ideia de discipulado é clara desde a antiguidade. Os discípulos não queriam apenas saber o que um mestre sabia, eles queriam ser como seu mestre e viver como ele vivia.

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, ide e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:18-20 

Nessa passagem conhecida como “a grande comissão” podemos entender nosso chamado para o discipulado – fazer discípulos para Jesus. 

Isso foi o que Jesus fez quando chamou os discípulos para segui-lo. Ele os convidou para uma jornada em eles pudessem vê-lo caminhando em amor, retidão, justiça e piedade. Este é o desejo que Jesus, que o sigam, aprendam e andem como Ele andou. 

Ensinando a obedecer

Sim, é extremamente importante e parte essencial do discipulado ensinar as Escrituras, as verdades bíblicas e ensinar a interpretá-las. Até porque, se não entendermos de fato o que está escrito e se interpretarmos de forma equivocada os ensinamentos, como iremos obedecê-lo? Portanto, isso é da mais alta importância! Mas o ponto é que precisamos ir além disso. Jesus falou sobre “ensinar a obedecer tudo o que Ele nos ordenou” e isso vai além da parte teórica do estudo. Ele fala de levarmos outras pessoas a seguirem os passos Dele. Assim, obedecer o que Ele ordenou é feito de forma prática no dia a dia das nossas vidas.

Ele disse que deveríamos viver essa realidade, por isso não basta dizermos que Jesus mandou perdoarmos. Precisamos perdoar e mostrar como se perdoa. Desta forma, precisamos ser pessoas que andam com Cristo por tanto tempo, que se tornam parecidas com Ele, e assim, levamos outras pessoas nesse mesmo caminho. Precisamos ser aqueles que demonstram as atitudes Dele, que refletem o caráter Dele e isso deve ser feito na caminhada diária. Não se trata de uma mera transmissão de conteúdo, mas sim de ensinarmos com a nossa própria vida, o que é viver em Cristo. 

O custo do discipulado

Por isso, quando falamos de “ide e fazei discípulos”, estamos falando do ato de seguirmos a Jesus e do ato de ajudarmos outros a seguirem Ele. Há um custo para seguirmos a Jesus e ajudarmos outros a seguirem Ele. Isso é discipulado. É muito árduo você se encaixar na vida, nos planos e nas exigências de Jesus. O discipulado significa dizer que Jesus tem a primazia, que não mais vivemos nós, mas Cristo vive em nós. Em Cristo vivemos para a glória Dele e demonstrarmos isso através das nossas atitudes. Sempre que mostramos Cristo além de nós mesmos, estamos discipulando, levando outros a andarem como Jesus. Se, de fato, estamos em Cristo, somos seus discípulos, nunca deixamos de ser, e nessa jornada, temos o comando de ensinar aquilo que Jesus deixou para nós. Isso afeta diretamente tudo o que somos e como vivemos.

Que o Espírito Santo nos ajude a vivermos esse verdadeiro discipulado, caminhando juntos e ensinando a Palavra uns aos outros.

A igreja tem passado por grandes mudanças nas últimas décadas. Cristãos têm se movimentado de forma renovadora anunciando o evangelho. Cada vez mais círculos universitários são tocados por jovens apaixonados por Deus que não têm descansado até que todos à sua volta ouçam sobre o poder da salvação. Todos os dias ouvimos sobre novas mobilizações de evangelismo, treinamentos e envios missionários, temos impactado nossa “Judeia” e, quando digo isso, me refiro a estarmos alcançando aqueles que estão próximos a nós para, então, avançar e conquistar as nações. E, porque precisamos ter fome por Deus?

Assim como em Atos 1:8, quando Jesus ressurreto, prestes a ascender aos céus, disse àqueles que estavam reunidos com ele que eles seriam Suas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. E por todas essas iniciativas, somos felizes e damos graças ao Senhor. Porém, em contrapartida, em meio a tamanha oferta de alimento ao perdido, há algo essencial que pode estar nos faltando: A fome.

Veja essa conhecida frase de A. W. Tozer:

“Nós somos a soma da fome que temos”. Isso me faz pensar sobre o que é  que temos desejado, e como Deus tem respondido à sua igreja nesses dias. Estaríamos nós desejando e pedindo por fome? E, por que precisamos tanto assim da fome?

 Você, possivelmente, sabe que a falta de fome é um sinal de alerta. Quantas vezes já ouvimos nossos pais conversando preocupados a respeito do nosso estado de saúde ou de nossos irmãos ou irmãs, e eles dizem: “ele está sem fome, não quis comer nada o dia todo”.  A falta de apetite físico é um dos mais evidentes sinais de que algo não está bem com o estado físico de alguém. Essa mesma verdade se aplica à nossa vida espiritual. 

O que aprendi

Quando eu era criança, frequentemente buscava uma oportunidade de abrir um pacote de salgadinho antes das refeições ou tinha vontade de comer alguma “besteira” essa era a forma que minha mãe chamava os alimentos que não tinham o valor nutricional que eu precisava para me manter saudável, mas que, na minha opinião infantil, era a melhor refeição que eu poderia ter e, constantemente, nos comportamos da mesma forma na nossa vida espiritual, nos alimentando de “besteiras”, comendo de tudo, mas pouco sendo nutridos por um relacionamento profundo com Deus.

E esses falsos alimentos nos mantêm saciados e impedem que a fome exerça seu papel fundamental: fazer com que comamos aquilo que vai definitivamente nos sustentar e nutrir. A fome, quando não saciada, resulta em fraqueza. Portanto, ao ter fome nosso corpo naturalmente se encarrega de nos mostrar que precisamos nos alimentar. E, se nos sentirmos mal, é por conta da falta de alimento que pode ser altamente prejudicial às atividades relacionadas à sobrevivência. E mais que isso, a inanição pode dar fim à vida.

Continuando nosso paralelo com nossa vida espiritual, comumente estamos dentro da igreja rodeados de bons ensinamentos, lemos bons livros, temos acesso à informação e a pessoas que são boas influências para nós espiritual e intelectualmente. Temos um lugar saudável para crescer e, ainda assim, nos encontramos incompreensivelmente apáticos. Este é um enorme perigo na vida do cristão. Temos ao nosso alcance tudo que precisamos para nos satisfazer, mas escolhemos viver uma vida distante dos banquetes que a presença de Deus pode nos oferecer. Precisamos aprender a nos posicionar contra a apatia e a falta de ânimo. Precisamos clamar para ter fome por algo de Deus. 

Observe como é paradoxal:

Ao mesmo tempo que saímos da igreja em busca do perdido, intensificando trabalhos evangelísticos e investindo em mobilizações específicas em escolas, hospitais, orfanatos, casas de prostituição e em muitos outros lugares, para atender a todas essas pessoas famintas e oferecer-lhes a verdadeira comida, dentro da igreja experimentamos um aumento da frieza e indolência que só a falta de fome pode explicar.

Sei que pode parecer confuso, acredito que paradoxos geralmente têm essa característica: nos movem a pensar em busca de entendê-los no início e, depois que o compreendemos, terminam nos impactando por sua força contraditória. Observar algo que não corresponde à lógica ou ao senso comum deve rapidamente nos despertar para a realidade e nos impulsionar a caminhar com intencionalidade e clareza. O que está acontecendo que as pessoas chegam à igreja famintas, mas depois, contentam-se com a apatia?

Sempre que um ano chega ao fim eu começo a perguntar para Deus qual será o tema da minha vida na próxima estação e qual é a área em que eu devo focar no próximo ano. Peço um versículo bíblico que indique algum âmbito da minha vida em que Deus queira revelar mais do Seu caráter. Há alguns anos atrás, quando comecei a orar neste sentido, percebi que eu já vinha sentindo meses antes um desejo grande de ver uma manifestação maior dos dons do Espírito Santo, tanto na minha vida, quanto na das pessoas que eu liderava e na minha igreja. Era um clamor por avivamento, uma vontade de ver as evidências da manifestação do poder de Deus no meio do seu povo.

A fome por Deus como um presente

Então, senti claramente o Espírito Santo falar ao meu coração: “Peça por fome de Deus, esse é o melhor presente (dom) que você poderia receber”. Essa frase me deixou vulnerável diante de Deus. Eu comecei a perceber que, embora estivesse me alimentando nEle, precisava manter-me em um lugar de fome. E que isso não está relacionado ao meu tempo de devocional com Deus, a preparar meus estudos bíblicos ou manter uma vida cristã saudável. Mas a um desejo desesperado por mais de Deus que só Ele mesmo poderia gerar em mim. Do que adianta o poder sendo manifesto, pessoas sendo tocadas e milagres acontecendo, se estamos saciados?

Se não temos um intenso clamor por um encontro pessoal com Deus e nos contentamos em tocar apenas Suas manifestações externas, quando estamos espiritualmente desnutridos por estarmos nos alimentando somente do mover, é assim que, quando menos esperamos, a indiferença e mornidão são mascaradas por um senso de sucesso espiritual, porque vemos o Reino sendo manifesto. Em outras palavras, do que adianta este Reino se manifestar externamente enquanto em nosso interior permanecemos apáticos e inertes em nossa busca pessoal rumo ao coração de Deus? E eu não penso que desejar a manifestação do poder de Deus seja errado. Penso apenas que esse desejo deveria ser uma consequência de quem está desesperado por Deus e tem uma fome que transforma e reorganiza a intenção pela qual buscamos poder. 

Sermão do Monte

Muitos chamam o Sermão do Monte de constituição do Reino de Deus, isso significa que nele nós encontramos direções para viver um estilo de vida que aponta para esse Reino. Nesta mensagem, Jesus nos chamou à perfeita obediência e sua própria vida na terra é o modelo em que devemos nos espelhar. No sermão do monte Jesus menciona oito bem-aventuranças, que são direcionamentos para nós, além de servirem como parâmetros para analisarmos nossa jornada em Deus ao longo dos anos. Quero destacar uma dessas bem-aventuranças que está escrita em Mateus 5:6:

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados”. 

A fome por Deus

Trata-se primeiramente de um clamor no íntimo, um anseio ardente por uma vida que esteja alinhada com a santidade de Deus e de uma busca incansável por amá-lO com todo o coração, mente e forças. Quando Jesus declara que é bem-aventurado, feliz ou alegre aquele que tem fome e sede por JUSTIÇA, Ele não está se referindo à justiça no sentido de justificação ou salvação, nem de julgamento e condenação. Jesus diz por justiça a retidão moral, o desejo profundo por ter uma vida separada e de total entrega, estes terão seus anseios satisfeitos.

Entendemos justiça como um alinhamento, como a criação funcionando corretamente, da maneira que o criador a formou para estar. A justiça a qual aqueles que têm fome receberão é a da integridade em suas próprias vidas, nas vidas daqueles que os cercam e na sociedade. Sim, estes que têm fome estendem este desejo às pessoas que influenciam e aos ambientes que frequentam. A palavra “saciados” também tem neste texto uma conotação diferente daquela a qual estamos acostumados.

Quando, literalmente falando, temos fome de comida, comemos e então ficamos saciados, a fome passa. Diferente do “saciar-se” que recebemos como recompensa pela fome e sede de justiça, dito por Jesus, que tem em si a capacidade de gerar ainda mais fome. Você consegue entender como isso funciona? Você tem fome, é saciado, e em consequência, você fica com mais fome.

Por exemplo, sabe quando em um culto ou conferência você é tomado pelo Espírito e experimenta algo novo em Deus e tem um profundo encontro com Ele? E quando você volta para casa, você quer continuar vivendo aquela experiência em cada segundo da sua vida? Quer ler a bíblia todo o tempo, ouvir músicas que falem sobre Jesus e mudar tudo para viver só para Ele? É isso! Uma fome por Deus e por tudo dEle, nEle e para Ele que vai ser saciada. E isso, ao invés de diminuir a sua fome, vai aumentá-la.

É o que podemos chamar de saciedade insatisfeita: Você é saciado, mas não deixa de ter fome! 

Eu amo que estamos nos movendo, que temos em mente que precisamos de avivamento e falamos disso como nunca antes. Avivamento é o tema de conferências e o alvo de estudos. Quando buscamos a palavra “avivamento”. Mas o avivamento é apenas o fruto, sua semente é a fome. Seria viável obter o fruto sem a semente? Possivelmente há uma inversão de valores. Nosso anseio maior não deve ser o avivamento, mas a fome por Deus, e em consequência, o avivamento virá.

Quando cristãos famintos começarem a lamentar, clamar e se arrepender de seus pecados e dos pecados da sua geração, pedindo que a justiça e retidão de Deus invada sua sociedade, Deus se moverá para saciá-los, e Sua resposta será o verdadeiro avivamento esperado há tempos. Um avivamento que se inicia em corações quebrantados dá espaço para o Espírito de Deus agir. Então, a sujeira é lavada, o arrependimento é evidente. Um anseio para que a terra conheça Deus em verdade toca o povo tão profundamente, que homens são tomados por uma fome sem tamanho, não conseguem se conter e utilizam-se das plataformas para tornar Jesus conhecido. A fome gera o avivamento e o avivamento gera mais fome.

Por mais que você não possa produzir a fome em si mesmo, você pode posicionar-se para recebê-la do Senhor. Peça! É assim que você receberá a fome. Faça como aquela viúva persistente de Lucas 18 e bata até que a porta se abra. Persiga!

Minha oração

Que Deus aumente a fome pelo conhecimento de quem Ele é na igreja brasileira. Que o Seu povo tenha a certeza de que esta fome será satisfeita e a resposta trará um avivamento que resultará em retidão e alinhamento. Não só para a igreja, mas para nossa nação em todas as suas esferas. E se, porventura, a resposta não vier neste tempo, diante dos meus olhos, minha certeza é que mais cedo ou mais tarde ela virá. A promessa é sobremaneira encorajadora. Deus está dizendo que a fome será saciada, que este clamor será respondido e que o Seu povo receberá uma resposta às suas orações. Isso ocorrerá nestes dias ou no Reino que está por vir!

Provavelmente, esse título chamou a sua atenção e espero profundamente que, ao ler esse texto, o seu entendimento sobre profetizar seja ampliado. Nada de místico. Nada de complicado. Simples e fácil, é assim que  gosto de pensar no profético. Acessível a todos, prático para todos que desejam caminhar nos mistérios do Espírito. 

“Sempre que fazemos Seu coração apaixonado ser conhecido, profetizamos” – Mike Bickle

Você deseja saber quem pode profetizar?

Bom, em Atos 2 menciona que todos nós podemos profetizar e que toda a carne assim o faria. Você, portanto, pode profetizar e deve profetizar. Você quer motivos suficientes para fazer isso? Olhe ao seu redor, os tempos e as estações estão gritando pela manifestação daqueles que abrirão as suas bocas e que falam as verdades do Reino de Jesus. 

Você pode olhar ao seu redor? Por favor, faça isso, note como as coisas estão terríveis. Ainda pensa que precisa de mais motivos para profetizar sobre a nossa geração? 

Você tem o Espírito Santo dentro de você, Ele é real e conhece o coração de Deus. Há poder habitando em seu interior, você sabe o que Ele clama? Sabe o que Ele diz? Ele clama maranata, ora vem, maranata. 

“O Espírito e a noiva dizem: “Vem! ” E todo aquele que ouvir diga: “Vem! ” Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida”. Apocalipse 22:17

Ele clama, junto com a noiva de Cristo, para que Ele volte. Clama para que nós, os filhos de Deus, profetizem por nossa geração para que corações se voltem a Deus, o Pai, e ao seu Filho. 

Por que profetizamos?

Para que o coração do Pai seja liberado aos seus filhos. Eu e você somos aqueles que ouvem a voz de Deus, através de uma vida de oração, através de uma vida direcionada pela bíblia, somos aqueles que jejuam. 

Somos os amigos de Deus que se movem por meio do seu Espírito, direcionando a nossa geração em um caminho de amor. Falamos e vivemos em um único propósito: manifestar a vida de Cristo nessa terra e levar a sério a jornada em busca do amor. 

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”  2 Pedro 1:21

Algo interessante e importante que precisamos entender é que o Espírito Santo fala ao nosso coração, que as palavras proféticas não são produzidas por homens, e sim, através do relacionamento constante com o Espírito. 

A palavra profética é a interpretação humana de algo revelado pelo Espírito Santo em nossas mentes, corações; para uma pessoa, nação e situação. Uma das definições que mais trouxe clareza em minha jornada é de que a Profecia é o testemunho de Jesus e o que está em Seu coração para Seu povo. 

  “…Adora a Deus, pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.”  Ap 19:10

Quando você compreende que profecia está relacionada a Jesus, as coisas mudam, não é mesmo? Você entende que o “eis que te digo”, que o “assim diz o Senhor”, precisa ser carregado do temor de Deus.

Existem muitos que, no calor da emoção, profetizam palavras totalmente equivocadas, e meu papel aqui não é falar quem profetiza certo ou quem está fazendo errado, quero apenas trazer clareza que nós não devemos falar aquilo que Jesus não falaria a uma determinada pessoa. 

Você deseja profetizar?

Faça como Jesus faria. Você deseja liberar uma palavra que edifica? Faça como Jesus e libere aquela palavra a uma pessoa. Você já imaginou Jesus liberando uma palavra profética? Bom, Ele era palavra de vida, Ele mesmo era o caminho, a verdade e a vida para gerar transformação na vida das pessoas.

E o nosso papel é fazer a vida de Jesus conhecida, fazer o amor Dele conhecido as pessoas. Você acha mesmo que Jesus brigaria ou falaria palavras que machucaria a sua amada noiva? Não! Então por que nós, muitas vezes, denegrimos e machucamos com as supostas “palavras proféticas” ?As nossas palavras devem carregar amor de Deus, sim, precisam carregar verdade, mas jamais palavras de condenação. 

Foi-nos deixado o livro mais poderoso, foi-nos deixado instruções e ferramentas. Você precisa de inspiração? Bom, mergulhe nas escrituras que é a palavra de Deus. Lemos e estudamos as palavras do Senhor para colocá-las em prática. Para que sejamos cartas vivas e escritas do amor de Deus para as pessoas. Se alimente daquilo que te fará cheio, para que, assim, você libere sobre a nossa geração sedentas palavras de vida eterna.

Foi-nos deixado o Espírito da verdade que convencerá o mundo sobre o pecado.  Entre em parceria com o Espírito do vivo Deus, ouça o que Ele tem a ministrar em seu interior e libere os mananciais de águas vivas que estão dentro de ti.

O mundo precisa escutar sobre as verdades do amor sacrificial de Cristo

O amor de Deus precisa ser experimentado por todos, a vontade de Deus é que todos sejam salvos, que todos tenham a revelação do seu filho Jesus. Então, meus amigos, está na hora de nos levantarmos como os conhecedores do amor de Deus, como filhos do soberano. Está na hora de profetizarmos sobre o vale dos ossos secos, para que eles venham a ter vida. 

“Mas o que profetiza, fala aos homens para edificação, encorajar e consolação.” 1Cor 14:3

As palavras proféticas precisam liberar essas três definições: O edificar, o encorajar e o consolar. É necessário que as nossas palavras sejam sempre carregadas com amor genuíno. 

Você foi chamado para viver para Deus, seja no seu trabalho, em sua universidade e até mesmo estando em ministério integral. Você tem tudo o que precisa dentro do seu interior. E tem o Espírito de ousadia, de amor, equilíbrio, o Espírito de poder. Então, libere as palavras de vida em abundância. 

“Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia.” –  1 Coríntios 14:1

 

Eu amo o salmo 91. Ele me ensinou tudo sobre o lugar secreto. E me moldou quando eu era recém convertida aos 16 anos de idade e continua sendo um ponto de referência para mim nos meus 50 anos. Assim como toda a bíblia, ele é intemporal. 

Vamos dar uma espiadinha no salmo 91:1-2:

“Aquele que habita no esconderijo do altíssimo à sombra do Onipotente descansará.  Eu direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio a minha fortaleza e nEle confiarei.” 

Primeiro abordo este salmo com curiosidade. Quero saber quem escreveu e por quê. Quero saber quais são as verdades eternas que este salmo carrega e como eu poderia aplicá-las em minha vida. O que eu amo fazer enquanto medito nas escrituras é ler devagar, enxergar através do que está escrito e tornar aquilo pessoal. Substituir meu nome onde é aplicável e tornar aquele versículo um trampolim para minha oração.

A história do provável autor do Salmo 91

Muitos teólogos diriam que Moisés escreveu o Salmo 91. Bem, não temos certeza do autor, mas vamos supor que foi mesmo Moisés… Como você provavelmente deve saber, Moisés liderou seu povo por 40 anos em um deserto, em um trajeto que levaria apenas 11 dias para completar!

Eu e meu marido Dwayne já fizemos algumas viagens internacionais, e se tem uma coisa que eu sei, é que quando você tira uma pessoa da zona de conforto dela, mesmo o adulto mais forte, vai fraquejar em algum momento. E vamos combinar que a designação de Moisés não foi nada fácil!

Moisés não via a si mesmo como um líder nato, ou como um grande comunicador. Ele tinha que lidar com o medo.  E o povo que ele liderava, reclamava bastante! Em um certo momento, eles até preferiram voltar à escravidão para comer melhor. Que designação de liderança difícil! Moisés experimentou muita pressão vinda de sua tribo de seguidores. A maioria dos líderes teriam desistido antes de cumprir tal tarefa, mas Moisés correu para o lugar secreto e encontrou força na intimidade do relacionamento com o Senhor. 

A palavra “habitar” no salmo 91 significa: sentar, permanecer, residir. Moisés encontrou um descanso profundo no Senhor. Eu imagino que seu maior desejo era  estabelecer e habitar na terra, mas Moisés encontrou isto NO SENHOR. E ele conseguiu fazer isso no meio daquela loucura de jornada que ele levava, feito um nômade, transitório e sem raízes. Sim! Alí mesmo ele encontrou descanso ou sua “casa” no Senhor!

O significado de lugar secreto

A natureza do secreto é privado ou íntimo. Você não sai gritando um segredo. Você chega bem pertinho do outro para que ele possa sussurrar em seu ouvido um segredo. O lugar secreto é um convite para se achegar a Deus de uma maneira bem pessoal.

Cresci em uma família grande. Eu tinha cinco irmãos e vivíamos em uma casa pequena. Encontrar um lugar secreto era sempre um desafio, então, eu procurava solitude em lugares criativos. As vezes, meu local era me aninhar na curva de um galho de uma árvore ou simplesmente colocar um cobertor por cima da mesa da cozinha e entrar embaixo dela para curtir meu “oásis” particular. Mas meu lugar preferido era um parque que ficava próximo da minha casa e dava para ir a pé. No centro do parque existia um grande arbusto que tinha um formato oval grande. Eu não sei exatamente como eu descobri meu esconderijo secreto. Acho que  uma bola saiu rolando e foi parar lá no meio do arbusto e aí eu fui procurá-la e enquanto eu rastejava procurando pela bola eu acabei encontrando aquele belo esconderijo.

Uma vez que você empurrava as folhas, você poderia ficar de pé dentro do arbusto, porque os galhos criavam um arco e as folhas eram tão grossas que quem estava do lado de fora não podia enxergar o interior, tornando ali um local de refúgio perfeito! Passei horas da minha infância naquele lugar secreto que eu havia descoberto. Eu beijei meu namoradinho de 6 anos de idade na bochecha ali naquele esconderijo, contei meus segredos mais profundos para uma amiga ali também. Aquele era o segredo que eu mais bem guardava e que eu jamais contaria a não ser para o amigo em quem eu mais confiava. 

A beleza do lugar secreto

Eu não era crente quando criança, mas eu sabia do valor de um lugar secreto. O background da minha família era cheio de loucura e caos e no lugar secreto eu podia fugir de tudo e encontrar paz. 

Agora, como cristã, eu entendo mais ainda o valor de se encontrar esse lugar de refúgio no Senhor. Este conceito pra mim não é um luxo, é uma necessidade. Eu dependo do meu momento íntimo, de quietude com o Senhor, como um recurso principal para o prazer, a segurança e a intimidade. As circunstâncias nunca serão ótimas para encontrar Deus. Nós vivemos regularmente na loucura. Mas quão doce é no meio de circunstâncias malucas entrar neste lugar secreto com Deus. Eu preciso disto! Almejo isso! Fui feito pra isso!

As vezes ajuda ter um lugar que facilita o lugar secreto, mas ele é mais do que um local físico, é um estado de ser.  Você pode, por exemplo, entrar no lugar secreto em um metrô abarrotado de gente, ou quando está preso no trânsito, ou simplesmente fechando os seus olhos e imaginando você se arrastando até a sombra do Altíssimo. O lugar secreto é uma postura do coração e você pode entrar nele em todas as estações da sua vida, independente de qualquer circunstância.

A vida é muito mais louca pra quem não vive neste lugar secreto com o Senhor. Eu preciso de refúgio durante as tempestades da vida, mas mais que isso, eu preciso de um lugar de descanso profundo e conforto. Estar sozinha com Jesus é ser reabastecido. Eu não me liberto disso e nunca vou. Eu sou totalmente dependente do Senhor, porque longe dEle eu não tenho nada de bom.

Orando o Salmo 91

Eu quero te encorajar a orar este Salmo 91 e encontrar verdades sobre Deus. Faça da intimidade com o Senhor sua prioridade, porque este é o lugar onde você recebe o seu combustível para continuar diariamente sua vida no meio de um mundo louco e que nunca para. Você nunca se arrependerá de fazer do Senhor seu refúgio!

Pergunte a si mesmo: “o que tem me distraído para não correr para o Senhor?” ou “que mentiras eu tenho acreditado sobre a natureza de Deus que me mantém nesta vida distante dEle?”. É hora de realmente ser honesto consigo mesmo e com o Senhor e começar a viver com a prioridade de amá-Lo com todo seu coração, mente, alma e força!

 

Começo esse texto afirmando que Jesus, o Rei, em breve voltará. Nunca pensei sobre a volta de Jesus, como o tenho feito nestes últimos anos. E, diante da perspectiva de um novo ano que está para começar, isso se torna algo que enche meu coração de esperança.  

Então, quero que você entenda que todas as vezes que se finda um ciclo, é para que comece outro, e que assim como é no mundo natural, também é no espiritual. 

Ademais, não pense somente nas batalhas que você e eu iremos enfrentar neste próximo ano. Com este texto, meu desejo é  que seu coração se encha de esperança e fé.

Esperando a sua volta 

Sabe, sempre penso em como os discípulos se sentiram ao ver Jesus uma última vez quando Ele foi levado aos céus.Observe o versículo abaixo: 

“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.

E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco,

que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos 1:9-11

Sempre penso que cada um desses homens esperaram Jesus até o seu último dia nesta terra, com a mesma esperança e a mesma até o fim. 

Contudo, a verdade de que Ele voltará, tem que ser uma das nossas maiores certezas. Pois nisto está a nossa esperança!

Inegavelmente, eu sou da parte dos que o aguardam ansiosamente, pois meu amor a Ele me garante que tenho parte na sua volta. 

Existe um anseio em meu coração em estar neste dia e poder fazer parte deste tempo no qual veremos justiça de um Rei que reina sobre tudo. 

Renove sua esperança, o Rei voltará

O começo e o fim, Aquele que uniu o que é humano e o que é glorioso. 

Definitivamente, o novo ciclo que está adiante de você não é apenas mais um ano, mas significa que estamos mais perto da volta de Jesus. 

Ele voltará para aqueles que ansiosamente clamam por sua volta. 

Neste último dia do ano, eu, mais uma vez, me uno a tantas vozes de tantas línguas nas nações e digo as palavras finais deste versículo: 

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve! ” Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20 

Por isso, te incentivo a manter seus olhos fixos Naquele que chamou você para seu Reino de Amor e Justiça. 

Minha oração por você que está lendo este texto são as palavras do Salmos 121.

Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?

O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,

sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!

O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita.

De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.

O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.

O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre. Salmos 121: 1-8

Deus te abençoe e Feliz 2020! 

 

 

Nossas emoções são as coisas que nos guiam mais do que todas as outras. Elas podem nos guiar de uma forma disfuncional ou correta. E a realidade de como isso acontecerá, depende totalmente de nós.

Diante dessa realidade, para ter uma vida de qualidade precisamos aprender a tomar decisões sábias. Grande parte das disfuncionalidades em nossas vidas é resultado da falta de habilidade que temos em tomar decisões inteligentes. E se há algo que nos influencia no momento de tomada de decisão são justamente nossas emoções! Especialmente, se não entendemos o que elas estão tentando nos dizer.

Saber interpretar o que sentimos é algo importantíssimo, caso contrário, a verdade e a realidade nunca serão a base usada para tal. Ou seja, a chave está em aprender a interpretar aquilo que nossas emoções estão dizendo sobre nós! Precisamos entender nossas emoções e, dessa forma, conseguir tomar decisões melhores para a vida. 

Inteligência emocional

Para conseguir realizar melhores decisões precisamos desenvolver inteligência emocional. Isto é,  a habilidade de reconhecer e entender o que nossas emoções estão falando sobre nós. Nossas emoções são informações. Use-as!

Se olharmos e reconhecermos tudo aquilo que compõe nossa vida, saberemos como tudo isso afeta o que sentimos e também as pessoas ao nosso redor.

Suprimir ou ignorar nossas emoções não é a resposta, afinal de contas, elas são reais! Mas, é necessário reconhecer que aquilo que elas estão nos dizendo e o que estamos sentindo são coisas distintas. Precisamos compreender cada uma delas separadamente. 

Inteligência emocional é também sobre compreender que cada indivíduo almeja alcançar um objetivo. Ela nos ajuda a canalizar nossos sentimentos de forma constante, até que os objetivos que queremos sejam alcançados. 

E por fim, é sobre administrar nossas emoções de forma que não sejamos reféns dela e, principalmente, que não importa como estamos em nossa vida, mas sim que estamos dando vida aquilo que estamos fazendo!

Enquanto cristãos, temos a consciência de que nossa realidade e visão de mundo é distorcida por conta da queda. Mas, para aqueles que estão em Cristo, os Frutos do Espírito são uma realidade presente em seu dia a dia. E inteligência emocional é apenas uma ramificação do domínio próprio gerado em nós, pela graça, por meio do trabalho do Espírito Santo em nós!

“Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas coisas!” – Gálatas 5:22-23

“Uma vez que vivemos pelo Espírito, sigamos a direção do Espírito em todas as áreas de nossa vida.” – Gálatas 5:25

Alguma vez você já gravou um áudio no whatsapp para alguém e depois ouviu o seu próprio áudio?
Geralmente, nosso primeiro pensamento é: eu não tenho essa voz! Ou você se vê em um vídeo e acha estranho o que está fazendo, quando na verdade é exatamente assim que você se parece e assim que é a sua voz!

É isso é o que chamamos de autoconsciência: olhar para si e ver quem você realmente é, e ainda mais, a autoconsciência também nos ajuda a entender como somos percebidos pelas outras pessoas.

Autoconsciência: qual lente utilizamos?

Provavelmente você já se fez essas perguntas: Qual o sentido da vida? O que significa existir?O objetivo de se perguntar isso é nos trazer a autoconsciência. Essas são perguntas fundamentais de toda humanidade.

O problema é que muito do que vivemos no momento, reduzimos a uma “vida ruim”, quando na verdade um dia ruim é apenas um dia ruim. É um período de tempo de 24 horas que foi apenas difícil. Enquanto isso, em nossa mente, estamos tentando preservar nossa auto imagem que temos de todas as pessoas e criamos mecanismos de defesa chamados de “falsas realidades”. 

Criamos cenários em nossa mente em que interpretamos as situações para nos defender, ao invés de olharmos para aquilo que realmente está acontecendo. Ou seja, muito do que acreditamos sobre nós mesmos não é verdade, nós não temos uma visão honesta de quem realmente somos.

Conscientes e confiantes

E o que a autoconsciência faz é iniciar um processo em que começamos a olhar honestamente para onde estamos. 

“Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou.” – João 8:14

Basicamente, o que Jesus está falando é: “Se eu digo algo sobre mim mesmo, é verdade.”

Quem pode dizer algo como isso sobre si?

Alguém que é muito autoconsciente. Uma pessoa consciente e confiante daquilo que é. Alguém que diz: sei de onde vim e sei para onde vou. Aquele que entende a realidade de passado e presente, mas se move em direção a uma realidade futura. Uma pessoa confiante é alguém sabe quem é, e ninguém consegue mudar essa perspectiva de sua mente, pois ele sabe a  respeito de si mesmo e a realidade da verdade. 

Criados à imagem de Deus

Em Mateus 16 vemos Jesus perguntando sobre o que mundo está falando a seu respeito. Nesse capítulo ele nos ensina a respeito da autoconsciência e de como a igreja funcionará. Vemos que  precisamos analisar quais são os nossos valores, quem são nossos pais e qual o contexto em que estamos inseridos. E a autoconsciência nos ajuda a encontrarmos essas respostas e com que seja mais fácil olhar o que está acontecendo ao nosso redor e avaliar essa realidade.

Precisamos entender que somos únicos e criados à imagem de Deus. Porém, quando se trata das nossas emoções, de como nós percebemos o mundo, todos nós estamos em luta. E muitas vezes a luta é sempre a mesma, apenas manifestadas de formas diferentes, e isso, tipicamente, vai resultar em alguma disfuncionalidade em nossas vidas.  Portanto, precisamos da graça do Senhor e de Sua Palavra pra entendermos quem somos e nossas emoções também corresponderem conforme o que Ele pensa a nosso respeito. 

E uma última pergunta em relação a autoconsciência, seria para aqueles que querem se tornar líderes: vocês estão dispostos a parar de olhar para outras pessoas, querendo entender o que há de errado com elas e começar a olhar para si e tentar entender o que há de errado consigo mesmo?

Portanto…


“Examinem a si mesmos. Verifiquem se estão praticando o que afirmam crer. Assim, poderão ser aprovados. […]” – 2 Coríntios 13:5.

Onde está sua fé? Ela pode estar ancorada em você mesmo, nas suas próprias habilidades, ou em Deus. O que tenho para dizer é para que não construa um castelo de areia

“Você pode ter tudo o que você quiser!” 

“Sonhe alto!” 

“Pense grande!” 

Esses são imperativos comuns em nossos dias e, de certa forma, não estão errados. O próprio Deus colocou o anseio por grandeza em nossos corações. Porém, se você pensa em ser grande fora da dependência de Deus, permita-me dizer que é apenas uma questão de tempo para ver o seu belo castelo de areia desmoronar.

Não é que Deus nos boicote ou fique zangado por deixá-lo fora dos nossos planos. A verdade é que todo projeto de vida que não está alicerçado Nele já inicia programado para ruir. A areia é maleável, fácil de manipular e em pouco tempo podemos construir o que quisermos. Mas, por mais que desejemos uma solução mágica para realizar nossos sonhos, não é assim que a vida funciona. Para edificar uma casa segura é necessário esforço e persistência, porque não é a fachada que sustenta a casa quando os ventos vêm. É o seu alicerce, e para isso, precisamos bem mais do que um balde e uma pá.

Perseverando em Deus

Da mesma forma, possuir uma fé sólida demanda tempo, relacionamento com Deus e uma vida de devoção. As soluções rápidas e instantâneas que nos são oferecidas aos montes, não são sustentáveis. Precisamos da verdade pura e sem mistura. E se a fé vem pelo ouvir, também é fato que a ação do evangelho em nós não pára por aí. Uma vez que a verdade é plantada em nossos corações precisamos perseverar até que sua raiz rompa o solo do nosso coração de pedra, se espalhe e torne o sustento da nossa vida cristã.

Para permanecer firme não basta apenas ter uma teologia saudável e dominar o conhecimento das Escrituras. É necessário viver à luz daquilo que você crê. Pois o maior insensato é aquele que ouvindo a verdade da Palavra não permite que ela abale suas estruturas e reconfigure o seu estilo de vida. Da mesma forma que sua fé não pode estar baseada em suas emoções, a revelação de quem Deus é não pode ocupar apenas a superfície do seu intelecto. Deixe o Evangelho habitar em você, permita que as verdades da Bíblia afetem o seu dia a dia. Leva tempo lançar os fundamentos de uma casa. Custa um longo processo até que desponte à vista de todos, o que está sendo produzido no subsolo. Mas uma coisa é certa: aqueles que confiam no Senhor e Nele depositam toda sua vida, jamais serão abalados.

Não construa um castelo de areia, mas esteja fundamento nas verdades de Deus.

Falar a respeito de quem é Jesus pode ser fácil para alguns. Para outras pessoas, porém, é um desafio. Neste devocional, não queremos repetir conceitos estabelecidos por homens, mas mergulhar no conhecimento de Deus. Então, como podemos conhecer Jesus e saber quem Ele é? No livro de João temos uma resposta dita pelo próprio Mestre.

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” João 5.39

Deus usou homens, movidos pelo Espírito Santo, para comunicar as Escrituras e revelar a obra salvadora de Cristo e o propósito do Senhor para a vida do ser humano. “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelos Espírito Santo.” 2 Pedro 1.20-21

Desejar conhecer a Jesus sem ter um compromisso diário com a sua Palavra é, de fato, contraditório. Para conhecer mais e mais nosso Salvador, precisamos reconhecer que somos ramos da videira e que precisamos permanecer n’Ele. Meditar na Lei do Senhor nos fará como árvores plantadas juntos ao ribeiro de águas que sempre dá o seu fruto. Quem é Jesus pra você?

Jesus é o Filho de Deus

Várias vezes nas escrituras temos o registro dessa verdade. Jesus se referia a Deus como seu Pai. E isso foi uma das coisas que mais irritou os publicanos e fariseus. Muitos judeus intentaram tirar sua vida. E, mesmo quando satanás o desafiou a provar que era o Filho de Deus, Jesus não teve dúvida quanto sua identidade. Ele sabia quem era.

“Mas ele lhe disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violavam o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” João 5.17-18

“Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai…” João 14.8-9

Quando Jesus foi batizado por João Batista, o céu se abriu e ouviu-se a voz de Deus dizendo: “Este é o meu Filho amado, em que me comprazo.” Mateus 3.17. O próprio Deus afirmou a identidade de seu Filho e abençoou as suas obras na terra.

Jesus: Ele veio para nos Salvar 

Em Gênesis, vemos o Senhor criando todas as coisas e fazendo o homem a sua imagem e semelhança. Com o pecado de Adão e Eva a humanidade foi separada de Deus. Mas Deus continuou amando o homem. Em João 3.16 podemos ler que: “… Deus amou ao mundo de tal maneira que Deus o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jesus nasceu da virgem Maria. Foi concebido pelo Espírito de Deus para se tornar o salvador do mundo, para que nós fossemos feitos filhos por adoção.

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gálatas 4:4,5

Jesus Cristo: Deus e homem

A Teologia Reformada afirma a humanidade plena e a divindade plena de Jesus. Essa visão é chamada de doutrina da “união hipostática” Ela expressa a união perfeita entre a natureza humana e a natureza divina de Jesus numa só pessoa. Ou seja, Deus o Filho se tornou plenamente humano sem perder nenhum dos seus atributos divinos. Ao meu ver, este é um dos aspectos mais impactante do Evangelho: Deus se tornando homem para nos salvar.

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:5-11 

Primeiro, Ele nos criou à sua semelhança. Depois, Ele se tornou a nossa semelhança para nos remir. Como diz a canção: “O Criado se vestiu da criatura.” O herdeiro de tudo está assentado à destra do Pai.  Então, diga-me: quem é Jesus para você?

Conclusão:

Nosso maior chamado é conhecer a Jesus. Todos os dias Ele nos convida a voltarmos ao jardim para estar com Ele e aprendermos com sua mansidão. Nosso salvador é 100% homem e 100% Deus. Ele entende nossas lutas e está conosco para nos ajudar. Nas Escrituras encontramos revelação de quem ele é e seu propósito para as nossas vidas. Ele é o Filho de Deus, nosso amigo leal e verdadeiro.

Conhecê-lo é a jornada da nossa vida e continuará sendo na eternidade. Há segredos do Senhor a serem desvendados quando nos assentamos diante de seus pés em oração e adoração. Debrucemo-nos sob as escrituras e conheçamos seu coração.  

A forma como Deus age tem sido algo que me chama atenção. Às vezes, parece que “de repente” Ele faz algo. Outras, parecem que são realizadas depois de longos “processos”. A verdade é que o Deus que se move “de repente” é o mesmo que se move através de longos  “processos”. 

Se você observar as histórias da Bíblia e as histórias de pessoas que o cercam verá que existem mudanças repentinas e outras que levam muito tempo para acontecerem. 

Talvez você olhe para a situação de Daniel e de seus amigos quando foram levados para a Babilônia como algo ruim….Peço que ouse olhar como algo que foi um “de repente” de Deus. 

Veja:

“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou.

E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus.

Então o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza;

jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.

O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei.” Daniel 1:1-5 

Sem processos em sua vida não haveria base para os “de repente” de Deus. 

Então, o que vemos aqui é que Deus geralmente produz um processo, logo após um “de repente”. 

Observe também a história de Davi, o pastor de ovelhas que tinha um relacionamento com Deus e que era ensinado por Ele. Isso é um processo. 

Então, o profeta Samuel foi enviado para ungir Davi como rei, naquilo que chamo de mais um “de repente”. Muitos pensariam que imediatamente Davi iria ao trono, mas não, Deus tinha um longo processo. 

Ademais, Deus sabe todos os “de repentes” que estão diante do seu caminho e Ele também sabe sobre cada um dos processos que você precisa passar. 

Aliás, não menospreze nenhum deles. O mesmo Deus que se move em “de repentes”, também ama os processos. 

“De repente” trata de mudanças naturais e espirituais; processos estão relacionados a crescimento e maturidade.

Pense em uma mulher tentando engravidar depois de tantas tentativas frustradas, que nada mais são que os processos. Aí de repente ela consegue gerar um filho. 

Inegavelmente, ninguém contesta a alegria dos “de repentes” de Deus, mas também ninguém deve esquecer os processos. 

Abraão, Ester, José, Davi, Débora, Daniel, Paulo, Pedro são provas do que Deus pode fazer com um “de repente” e com uma série de processos. 

Certamente, eu não sei qual é o seu processo, ou talvez seja um “de repente” pelo qual você está passando. Mas quero que você leia algo que eu tenho no meu coração e que foi colocado pelo Senhor: seja grato pelo longo processo do inverno ou pelo de repente do florescer de uma primavera. 

“O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.” Salmos 9:9,10 

Enfim, que você confie Nele, seja nos “de repentes”, ou nos processos. Mesmo sem entender, prossiga e persevere. Deus não esqueceu de você no meio de suas situações. 

Se una a mim em oração: 

Pai, eu oro por todos os que estão lendo este texto e mesmo que o processo seja longo não os deixe desistir, mas antes os fortaleça e os faça entender que você venceu tudo por nós na Cruz. Que os processos sejam a base para os de repentes e que em Ti sejamos sempre mais que vencedores e gratos por tudo. 

Deus te abençoe.