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Confie no Deus do amanhã

Confie no Deus do amanhã

Somos rápidos demais em nos preocupar com o amanhã e lentos em descansar e confiar no controle do Deus soberano. É tão fácil deixarmos os afazeres pra depois ou para o “infinito e além”, enquanto parece difícil que as preocupações do próximo mês não se façam presentes no dia de hoje.

Temos a tendência de andarmos ansiosos pelo que há de vir, como se pudéssemos resolver tudo. Entretanto, somos convidados a buscar o que realmente importa hoje, crendo que Deus tem a provisão necessária para o amanhã.

Cristo nos chama a uma vida plena, sem excessos ou faltas. É fato que a ansiedade é gerada pelo “excesso de futuro”. Não estou dizendo, de maneira alguma, que devemos viver como se não houvesse amanhã, é preciso sim responsabilidade. Mas andar demasiadamente preocupado com as circunstâncias vindouras revela a nossa falta de confiança no Dono do tempo.

É imperativo:

“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. (Mt. 6.34)

Deus está comprometido com todos

A garantia de que todas as demais coisas serão acrescentadas é vitalícia para aqueles que buscarem em primeiro lugar o Reino de Deus. Sendo assim, Deus está comprometido com todos aqueles que colocam nele a sua confiança. É impossível acrescentarmos sequer 1 hora a nossa vida por mais que nos preocupemos (Mt.6.27).Concluímos então, que o andar ansioso traz apenas desgaste e frustração.

Confiar em Deus não é como se estivéssemos entregando a produção do “pão” de amanhã nas mãos do açougueiro. Estamos confiando naquele que criou o próprio “trigo”, que sabe o que fazer e quando fazer para atingir o resultado perfeito. Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam (Rm.8.28).

A resposta eficaz diante das preocupações e ansiedade é o nosso posicionamento. Perante situações que geram desconforto precisamos orar. Ao nos depararmos com uma necessidade, devemos pedir a Deus a provisão. Em frente ao medo e incertezas é necessário clamar ao Senhor por direção e clareza.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Fp.4.6-7)

A oração traz a completa convicção de que Deus,  muito mais sábio do que eu, e capaz de me encher de toda a sabedoria, está no controle do que há e do que ainda virá. Orar muda não só as circunstâncias ao meu redor, mas muda tudo dentro de mim!

Ser mortal é prerrogativa de todo ser humano, já que todos morreremos. Mas, a imortalidade é tão real quanto o fato de que nossa existência terrena cessará algum dia. Em geral, pensamos pouco a respeito da brevidade da vida e de como os anos escoam por entre os dedos.

Temos a tendência de ocupar nossos dias com atividades que em geral não conectam-se com a eternidade de nossa essência. Envolver-se com atividades, traçar metas e viver os dias de forma intensa é legítimo. De fato é o que se espera que façamos.

Já que todo ser humano nasceu com um destino profético, uma missão, devemos perseguir nosso destino. Porém, ao fazê-lo, não devemos perder de vista o fato de que tudo à nossa volta é passageiro.

O que realmente tem valor é o que construímos e que perdurará pela eternidade. Tudo aqui é sombra de um reino eterno. O urgente não deve sobrepor o que é importante. Administrar corretamente as demandas é decisivo para atingirmos o alvo.

Redirecionando nosso foco

Jesus afirma que toda lei está contida no primeiro e segundo mandamentos. Isto é, amar a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos (Marcos 12. 29-31).

Muito próximo dos elementos do sacramento da Ceia do Senhor, seu próximo é o elemento mais santo percebido pelos sentidos. Se seu próximo for cristão, ele será santo num sentido quase tão semelhante, pois nele Cristo também está – o glorificador e o glorificado, o próprio Deus da glória está verdadeiramente oculto.” C S Lewis

Neste sentido, não existem pessoas comuns. Nunca nos relacionamos com alguém que não fosse imortal, assim como nós somos. Jesus está oculto na vida de cada um de nossos irmãos. Portanto, relacionar-se de forma verdadeira com eles é discernir o corpo e cumprir a lei.

O mortal sendo revestido da imortalidade

“Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.” 1 Coríntios 15.53,54

A realidade de que o mortal será revestido de imortalidade deve nortear nossas escolhas. Inegavelmente, esse deveria ser o pano de fundo de cada um de nossos dias. A eternidade está plantada em nossos corações em forma de semente. Por isso, nada nesta era é capaz de saciar nosso anseio de forma plena.

Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo…Se nenhum dos meus prazeres terrenos é capaz de satisfazê-lo, isso não prova que o universo é uma fraude. Provavelmente os prazeres terrenos não têm o propósito de satisfazê-lo, mas somente de despertá-lo, de sugerir a coisa real. Se for assim, tenho de tomar cuidado para, por um lado, jamais desprezar ou ser ingrato em relação a essas bênçãos terrenas, e, por outro jamais confundi-lo com outra coisa, da qual elas não passam de um tipo de cópia, ou eco, ou miragem.” C.S. Lewis

Você já ficou desapontado porque esperava que alguém tivesse mais maturidade? A única maneira que a imaturidade fica exposta é quando você caminha com os outros de perto e ferro afia o ferro. Isso é ser moldado à maneira de Cristo.

Engraçado que muitas pessoas amem esse verso:

“Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro.” Provérbios 27:17

Você já viu ferro sendo afiado? Não é um processo agradável, mas é como somos aguçados. Por quê? Por faíscas acontecendo. Isso significa que sua imaturidade é mais frequentemente revelada quando você interage com o povo de Deus, então prepare-se para faíscas. Prepare seu coração para ser gentil com os outros, e prepare-se (várias vezes em sua jornada) para descobrir que você não é tão maduro quanto você pensou que fosse. 

Estendendo amor e graça

Seja rápido para estender graça àqueles que o prejudicam e perdão para aqueles que o fazem mal. Na reunião dos santos, há bebês presentes, e há muitos bebês que podem se barbear. Bebês espirituais podem ter 50 ou 60 anos de idade.

A maturidade espiritual tem pouco a ver com o tempo gasto fazendo coisas religiosas que não provocam afeição ou constroem relações com Cristo, e é para isso que estamos trabalhando. 

Se nós dizemos: “Bem, eu quero amar Jesus, mas isso não significa necessariamente que eu precise da igreja… ” “O que Deus quer de mim é simplesmente que eu o ame”. Quando pensamos assim estamos em contradição com a Palavra de Deus, porque Ele nos chamou para amarmos uns aos outros. De fato, repetidamente nas Escrituras, diz: “uns aos outros… uns aos outros… uns aos outros…” Como e por quê? Porque ele cuidará de nós nesse lugar, e porque é nesse lugar que revelamos a multiforme sabedoria de Deus para o mundo, para os lugares celestiais, e nos tornamos sal e luz.

Moldado à maneira de Cristo – o papel da Igreja

Muitos de nós evitamos aprofundar nossos relacionamentos com pessoas porque fomos feridos por outros e queremos nos proteger, então essa proteção parece ser a melhor opção. Queremos proteger nossos corações, então passamos uma aparência de pertencer aquele lugar, sem pertencer. Conhecemos todo mundo, mas não conhecemos ninguém. Tudo fica na superficialidade.

Pensamos: “Eu vou proteger meu coração, mas vou aparecer nos finais de semana. Eu vou conhecer alguns nomes de pessoas. Eu vou, talvez, ir para um pequeno grupo uma ou duas vezes, mas eu provavelmente vou passar para outro depois disso. Eu vou me doar um pouco, mas não totalmente.” É possível que o que realmente causa essa barreira é que muitos de nós guardamos alguma mágoa, algum ressentimento, amargura e falta de perdão.

Você provavelmente foi consistentemente desapontado pela igreja, pelas pessoas. Você provavelmente foi ferido. Você provavelmente já viu coisas que não faziam sentido, que pareciam erradas, pesadas e desamorosas, pareciam julgadoras e erradas. Mas nesse lugar de falta de perdão quem acaba sofrendo somos nós e as pessoas mais próximas da gente.

Precisamos perdoar e abrir nosso coração para o povo do Senhor, sabendo que podemos ser machucados novamente, mas tendo a certeza que nesse lugar de comunhão é onde vivemos o verdadeiro cristianismo, amando, perdoando e servindo nosso próximo.

A palavra-chave aqui é comum a muitos de nós: comparação. Um dia me percebi profundamente frustrada e decepcionada comigo mesma, mas não sabia identificar a justificativa para isso. A questão é que me sentia frustrada com minha vida e fracassada em ser quem eu era. E em oração senti Deus sussurrar firmemente algumas perguntas e as faço a você hoje: qual medida você está usando para medir a sua vida? Com base em que você está definindo sucesso ou fracasso?

A partir daí começo a escrever esse texto. Comparação foi a resposta rápida e obvia (e bem dolorida) que veio em minha mente após essas perguntas. É  fácil pararmos para avaliar nossa vida e findar fazendo isso baseado na vida das outras pessoas. Porém, esse é um lugar perigoso para o nosso coração. O caminho sugerido é: silencie a voz da comparação na sua vida.

Até entre os discípulos de Jesus nós vemos isso. Quando Jesus restaura Pedro após a ressurreição, Pedro indaga Jesus sobre a vida de João. É claro que nitidamente Jesus não gosta muito da pergunta de Pedro e o responde deixando claro isso. (Jo 21:21-22). Vemos também os discípulos discutindo sobre quem seria o maior, e novamente Jesus apresenta uma nova mentalidade sobre medir grandeza (Mt 20:26)

Fruto da Comparação

A comparação surge da nossa natureza humana que é voltada para relacionamentos e pessoas. Somos seres sociais! Pensamos sobre as pessoas, precisamos de relacionamentos, e isso foi divinamente planejado. Porém, compartilhamos de uma natureza caída que distorce os aspectos da imagem de Deus em nós.

Por meio disso a comparação frutifica em inveja, inferioridade, medo, vergonha, fofoca, temor dos homens, maldade, incredulidade, superioridade, orgulho, presunção e a lista pode ir bem longe. Além de produzir dor emocional real e servir como catalisador pra o retrocesso ou estagnação. Ela também  nos afasta da singularidade e da porção e conjunto de dons e talentos que foi dada a cada ser humano, que revela Deus de maneira única e que é fruto de sua graça.

E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Por isso, é que foi declarado: “Quando Ele subia em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos homens”. (Ef 4:7-8)

Sobre sucesso

O caminho saudável para encarar é medir sucesso pessoal de acordo com sua própria vida, e não com a vida de outro. A sua pele só serve em você e a minha em mim. Então preciso avaliar a minha vida na medida e porção que o Senhor colocou sobre mim. Seremos considerados bem-sucedidos se estivermos no lugar correto para cada um, baseado na avaliação do Criador.

“Você não pode usar a aparência de outra pessoa para medir o valor da sua essência” (Pedro Calabrez)

Posso trazer um exemplo bem comum no meio da igreja. Algumas pessoas podem considerar que só serão cristãos bem sucedidos se optarem por trabalhar integralmente no ministério, em missões ou na igreja, e se sentem frustradas e inferiores por estarem na faculdade ou no mercado de trabalho. Mas devemos pensar será mesmo que Deus chamou todos para estarem no ministério eclesiástico? Claro que não! Posso ser bem sucedida como missionário ou como empresário dependendo do que é a minha porção de graça nesse tempo. Ele nos criou diferentes para que formássemos um corpo coerente.

Tudo bem não ser perfeito

Outro ponto no qual podemos caminhar é sobre buscar estar bem na própria pele. Aceitar que seremos bons em umas coisas e péssimos em outras. Seremos fortes em algumas áreas e cheios de fraquezas a serem vencidas em outras. E tudo bem! Sempre haverá alguém melhor ou pior que nós em uma coisa ou outra.

E sabe de algo? Deus não está se descabelando e andando de um lado para outro na sala do trono porque você não é perfeito. Ele já sabe o que nos tornaremos e confia no que o Espírito Santo está fazendo em nós até a sua vinda. (Fl 1:6) Ele é capaz de nos ensinar a manejar cada detalhe de fraqueza e força.

A ideia de buscar perfeição em nós mesmo é uma fantasia que não será concretizada, não existe perfeição fora de Deus. Nós caminhamos sendo justificados e aperfeiçoados em Cristo. E nesse contexto Paulo em Filipenses 3:16 dá uma dica interessante: “Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Ou seja ele nos adverte a viver de acordo com a graça que nos foi e nos vai sendo concedida. A comparação atrapalha esse fluir da graça, porque nos faz olhar para graça que há sobre as outras pessoas e ignorar a que o Senhor tem para nós.

Dica Prática

Para concluir deixo um resumo de dicas práticas para silenciar a voz da comparação na sua vida: Fique em paz com quem você é, com suas fraquezas, seus defeitos, seus talentos e dons, sua personalidade e expressão de graça.  Submeta todas essas essas coisas ao governo dEle na sua vida, busque saber o que o Senhor quer fazer com isso. Desligue os gatilhos que levam você a comparação (ex.:conversas ou redes sociais são gatilhos bem eficazes em nos levar a comparação).  Busque uma vida para a audiência de um – isso é sucesso. Posicione seu coração na consciência do olhar do Senhor que não usa a mesmas medidas que nós para nos avaliar. Viva na confiança do bom pastoreio e liderança do Senhor sobre sua vida.

 

Nossa alma prisioneira anela ser livre. Mesmo depois da conversão, ou talvez, especialmente depois dela, adquirimos consciência do quanto estamos aprisionados. Ainda que as correntes sejam diferentes, nossa alma permanece cativa em muitos aspectos.

Na cruz, Jesus resgatou as chaves de nosso cárcere. O Espírito Santo é aquele que nos guia na direção correta. Ele conhece os atalhos que nos conduzirão para as raízes que alimentam estas prisões.

É dEle a tarefa de remover estas raízes de forma cirúrgica e precisa. Mas, é nossa tarefa  permitir que Ele acesse estes lugares escuros. Em geral, são lugares sombrios e doloridos. São gavetas que bloqueamos e que temos dificuldades em abrir.

“Nada nos deixa tão solitários quanto nossos segredos.” Paul Tournier

A natureza da liberdade

No livro A cabana, de William P Young, existem vários diálogos de Deus com o protagonista do livro (Mack). Destaco um trecho onde Deus explica a natureza da liberdade:

“Será que liberdade significa que você tem permissão para fazer o que quer? Ou poderíamos falar sobre tudo o que limita a sua liberdade? A herança genética de sua família, seu DNA específico, seu metabolismo, as questões quânticas que acontecem num nível subatômico onde só eu sou a observadora sempre presente. Existem as doenças de sua alma que o inibem e amarram, as influências sociais externas, os hábitos que criaram elos e caminhos sinápticos no seu cérebro. E há os anúncios, as propagandas e os paradigmas. Diante dessa confluência de inibidores multifacetados, ela suspirou, o que é de fato a liberdade?” William P Young

A complexidade de nosso ser nos leva a concluir que não temos real noção do quanto aprisionados ainda estamos. Somente com a ajuda do Espírito Santo conseguimos remover as camadas de engano que revestem nosso coração.

A suave voz do Espírito Santo

A voz do Espírito Santo é sempre mansa, como a de um cavalheiro, Ele nos convida a lidar com o que nos aprisiona e limita. Mais uma vez, o livro A Cabana apresenta um diálogo entre o Espírito Santo (Sarayu) e o protagonista (Mack). Esse diálogo se dá enquanto limpam um jardim:

Sarayu estendeu uma pá pequena para Mack e pegou o ancinho.

  • Para preparar este terreno, devemos arrancar as raízes de todas as plantas maravilhosas que estavam aqui. É trabalho duro, mas vale a pena. Se as raízes estiverem aí, prejudicarão as sementes que iremos plantar.
  • Certo — grunhiu Mack, enquanto os dois se ajoelhavam no terreno recém-limpo. De algum modo Sarayu conseguia enfiar as mãos mais fundo no chão e encontrar as pontas das raízes, trazendo-as sem esforço à superfície. Deixou as mais curtas para Mack, que usava a pazinha para arrancá-las. Depois jogavam as raízes numa das pilhas que Mack havia juntado antes.

…Sarayu foi na direção dele até invadir seu espaço pessoal.

  • E não é de espantar, Mackenzie, porque este jardim é a sua alma. Esta confusão é você! Juntos, você e eu estivemos trabalhando com um propósito no seu coração. E ele é selvagem, lindo e perfeitamente em evolução. Para você parece uma confusão, mas eu vejo um padrão perfeito emergindo, crescente e vivo. O impacto das palavras de Sarayu quase fez desmoronar todas as reservas de Mack.

Ele olhou de novo o jardim das duas, seu jardim, e era mesmo uma confusão, mas ao mesmo tempo incrível e maravilhoso. E, além disso, Papai estava aqui e Sarayu adorava a confusão. Era quase demais para compreender e de novo suas emoções cuidadosamente guardadas ameaçaram se derramar.” William P Young

Decida libertar sua alma

Cada um de nós tem diante de si a escolha diária de lidar com as prisões da alma. Nosso jardim não será limpo de uma única vez. Essa limpeza é recorrente, já que a vida está presente. Evoluímos diariamente na direção de nosso destino.

Quando a alma prisioneira encontra-se com seu Libertador, não é só gratidão que brota de forma abundante, mas nossa capacidade de frutificar. No entanto, é importante entender que Deus não passa a nos amar mais depois que somos mais livres. Nossa capacidade de corresponder ao Seu amor é que é potencializada, à medida que somos libertos.

Ele nos ama e nos recebe exatamente do jeito como estamos hoje. Permanecerá nos amando independentemente de nós mesmos. Ele não se ofende com nossa indiferença e apatia, mas temos opção de conhecê-LO, à medida que posicionamos nosso coração. Por isso, lidar com o que compete com Seu amor, é amá-LO. É ficar parecido com Ele.

Amigos de um Deus poderoso

Você compreende que podemos ser amigos de Deus? Que podemos ser tocados em nosso coração pela forma como Moisés era amigo de Deus?  Podemos ser motivados a poder falar com Deus assim como Moisés falava.  Acredito que cada cristão, que deseja crescer em amor por Deus, deveria ansiar por ter comunhão com o Senhor.  Assim como Moisés que teve comunhão com o Senhor.

“e tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação. E aconteceu que todo aquele que buscava o senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. e acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda. 9 e sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o senhor falava com Moisés.” – Êxodo 33: 7-11

Uma coluna de glória, a presença do Senhor, vinha sobre Moisés. À medida que a presença de Deus vinha, ela enchia o lugar onde eles se encontravam. Este tipo de encontro não era para o povo de Deus.  Ao povo era permitido apenas permanecer na porta de suas tendas e assistir o que poderia acontecer com Moisés.

Deus conversava com Moisés

As possibilidades do que aconteciam com Moisés devem inspirar o nosso coração. Ao lermos essa passagem, podemos observar que Moisés e Deus podiam falar como um homem que fala com seu amigo. Deus se comunicava com Moisés de uma maneira que era íntima, privada e poderosa.

Então ele disse: “Rogo-te que me mostres a Tua Glória.” (Êxodo 33:18)

Que o nosso ser seja tocado à medida que observarmos este verso. Eu quero ver a Glória de Deus. E eu creio que você também. Assim, precisamos desejar com fervor ver a manifestação da glória de Deus.

Este clamor estava vindo de Moisés enquanto ele desfrutava de uma conversa particular, em que Deus podia falar com ele em uma nuvem. Mesmo nesse diálogo poderoso com Deus, Moisés continuou a persistir em uma amizade verdadeira. Desejou ver a manifestação da glória do Senhor.

O rosto de Moisés resplandeceu

“E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com ele. Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele.”  (Êxodo 34:29,30

O impacto do ter um diálogo com Deus realmente deixava um resíduo físico sobre o corpo de Moisés. E mais em frente, nos versículos seguintes, vemos que ele tinha que colocar um véu sobre sua face por causa da Glória que repousava sobre ele. Somente o resíduo da glória de Deus sobre Moisés era tão poderoso que impossibilitava com que o povo até mesmo olhasse para ele.

Estes encontros, de conversas com Deus,  mudaram a vida de Moisés. Experimente hoje o poder de dialogar com Deus. Experimente a glória de se comunicar com um Deus que deseja ser nosso amigo. Que isso possa mudar a sua vida, assim como mudou a vida de Moisés.

O que fazer durante a espera de um novo tempo? Como nos posicionar diante da perspectiva de uma mudança?

Afinal, entre a espera e a realidade de um tempo novo, qual é a nossa posição e o que cabe a nós para agirmos de forma efetiva?

Portanto, respondo a você o que tenho visto através da palavra. Diante de circunstâncias adversas ou até de iminentes mudanças, homens e mulheres de Deus se posicionam, lutam e avançam.

Ademais, a espera pode e deve ser ativa de muitas formas. Deus nos deu armas como jejum e oração, mas também nos mostrou exemplos para que pudéssemos avançar em direção a um tempo novo.

Diante de nós está a perspectiva de um novo ano, uma nova estação, novos desafios, novos limites a serem vencidos. Existe uma parte que nos cabe neste tempo. Precisamos nos posicionar e ir de encontro ao que Deus está fazendo através da nossa história.

O que Ester nos ensinou

Tenho lembrado do tempo de preparação que Ester passou até se tornar rainha na Pérsia. E até mesmo o tempo em que ela também se preparou diante da possibilidade de morte do seu povo.

Aliás, Ester viveu entre a perspectiva e a realidade de um novo tempo e ela se preparou para esses dois momentos.

Em um primeiro momento, Ester se preparou para essa possibilidade de um tempo novo e ao chegar diante disso, os esforços dela tiveram resultado favorável.

“Ela foi levada ao rei Xerxes, à residência real, no décimo mês, o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. Ora, o rei gostou mais de Ester do que de qualquer outra mulher, e ela foi favorecida por ele e ganhou sua aprovação mais do que qualquer das outras virgens. Então ele lhe colocou uma coroa real e tornou-a rainha no lugar de Vasti”. Ester 2: 16,17

A rainha Ester enfrentou a possibilidade da morte e extinção do seu povo e ela se posicionou em oração e jejum, mas também deu passos práticos em direção ao livramento e para que a promessa se cumprisse.

“Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei”. Ester 4:16

Abraão ouviu a voz de Deus

A palavra está repleta de exemplos de fé ativa.Sim devemos esperar aos direções do Pai, mas também devemos caminhar em direção a essas palavras.

Afinal, pense em Abraão que escutou a ordem sobre sair de sua terra e de sua parentela e ir ao encontro de uma outra terra.

Aliás, também podemos lembrar da unção de Davi e sua espera ativa até o trono. O pastor de ovelhas sabia que Deus tinha chamado ele como rei, e perseverou até que a realidade da promessa chegou.

Todos temos diante de nós a perspectiva de um novo tempo. Como vamos nos mover ditará o tempo e cumprimento dessas palavras.

Então, como você irá encarar este novo ano que se inicia?

Sobretudo,  como irá enfrentar os desafios?

Aliás, consegue entender que algo grandioso está prestes a acontecer?

Prepare seu coração

Prepare-se, Deus está vindo de encontro a você, caminhe em direção a Ele.

Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o”. Isaías 30:21

Desejo a cada um de vocês um ano cheio das direções do Senhor e que possa crer que a bênção e a prosperidade estão sobre você e sua família.

Alargue o lugar de sua tenda, estenda bem as cortinas de sua tenda, não o impeça; estique suas cordas, firme suas estacas. Pois você se estenderá para a direita e para a esquerda”. Isaías 54:2,3

Deus abençoe!

O foco do nosso coração determina os rumos de nossas vidas. Portanto, nossas escolhas são feitas, instintivamente, baseadas em onde está nosso foco. Estudos recentes da neurociência indicam que nossas reações, escolhas e linguagem baseiam-se em 10% de uma memória consciente e 90% no inconsciente.

Inegavelmente, desde o nascimento e até mesmo na gestação, acumulamos experiências, lembranças e aprendizado que formam quem somos. Decidir assumir o controle de nossa mente e emoções é tarefa que não conseguimos exercer sem a parceria do Espírito Santo.

Por isso, Paulo orientou sobre a importância da renovação da mente. O conhecido texto de Romanos 12.2 diz: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

A renovação da mente a que Paulo se refere, nada mais é do que manter o foco, ou seja, permanecer olhando para o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.2). A determinação deste ato define o quanto experimentaremos dEle nesta era.

Restabelecendo o foco

No entanto, não é incomum perdermos o foco. Já que, mais do que em outras gerações, as distrações são diversas e atraentes em nossos dias. Elas disputam nosso olhar e são apelativas. Salomão entendeu que sobre tudo o que devíamos guardar, nosso coração deveria receber maior atenção.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4.23

Portanto, quando perdemos o foco, o caminho de volta precisa ser trilhado. É importante reconhecer o que nos distraiu ou quiçá nos encantou mais do que o próprio Deus. O ponto de partida será sempre usar nosso livre arbítrio para escolher olhar para Ele novamente.

Certamente, o arrependimento é parte integrante de nossa jornada. Ele não acontece de uma única vez, como quando nos convertemos. Ao contrário, o ato de se arrepender será repetido inúmeras vezes ao longo de nossa jornada. Já que, faz parte do processo de santificação.

O processo de justificação é instantâneo e pode ser comparado a um elevador que nos eleva de uma posição inferior à posições superiores em segundos. Já o processo de santificação é diário e é como subir degraus de uma escada.

Na eternidade, a posição que adquirimos na conversão equivalerá a posição conquistada com a santificação. Até lá, nosso papel é vigiar em relação ao que permitimos que entre e ocupe lugar em nosso coração.

A beleza por trás de manter o foco

Saber que Deus está empenhado em chamar nossa atenção nos envaidece. Imaginar que o Criador do universo se importa conosco a ponto de saber quantos cabelos temos em nossa cabeça (Mateus 10.30) é assustador.

Quando entendemos que o Deus de Abrãao não deseja que Isaque ocupe um lugar que é só dEle no coração do patriarca, começamos a discernir o quanto esta disputa é séria. Portanto, não podemos negligenciar nosso papel de estar atento às distrações, eliminando-as sempre que necessário.

Ter o olhar capturado pela beleza e santidade de Jesus é permitir que Ele nos tome por completo. Os olhos dEle passeiam por toda terra buscando aqueles cujo coração é totalmente dEle (II Crônicas 16.9).

“Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.” Madre Teresa de Calcutá

Nosso foco estando nEle, e nEle somente, é garantia de felicidade verdadeira. Ele não se contenta com menos e não é sábio que desejemos menos que isso. Nosso olhar deve ser capturado pela audiência de um único homem: Jesus.

“A primeira impressão é a que fica”

Certamente todos já ouvimos, e é provável que muitos já tenham usado a frase: “A primeira impressão é a que fica!”. Ou talvez já nos deparamos com alguém que consideramos ter deixado uma “má impressão”, e por este motivo a rotulamos com diversas definições. Porém, ter impressões a respeito de alguém não significa conhecer de fato esta pessoa.

Infelizmente, pensamentos errados sobre algo ou alguém geram ações erradas: não queremos nem chegar perto; falamos mal (o que nem sabemos na verdade); ignoramos, etc. Fica claro desta forma, que a visão que temos a respeito de alguém resulta em atitudes baseadas nessas convicções; e nem sempre elas estão corretas.

O que vem a sua mente quando você pensa em Deus?

Em seu livro “O conhecimento do Santo”, A.W. Tozer disse: “Aquilo que nos vem a mente quando pensamos em Deus é a coisa mais importante a respeito de nós mesmos.”. O que vem a sua mente quando você pensa em Deus? E o que isso diz a respeito de si mesmo? Logo, se estamos baseados em mentiras a respeito de Deus, então não estamos sobre base alguma, pois não há sustento fora da verdade, e a triste consequência é a ruína de nós mesmos.

Recentemente foi noticiado que um homem que pensava em Deus como mau e injusto, que fazia acepção de pessoas, invadiu uma igreja e esfaqueou alguns membros com a intenção de matá-los. Muitas vezes pensamos que Deus é mau porque nós somos maus; que Ele é injusto ou infiel porque nós somos.

Contudo, esquecemos que, apesar de termos sido feitos à imagem e semelhança do Criador, herdamos de Adão a natureza pecaminosa, que leva nossas ações para longe de Deus.

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”

(Is. 55:8-9)

 

O Pai foi revelado a nós

De antemão Deus proveu um caminho para conhecermos plenamente quem Ele é e sermos transformados. Por meio de Jesus, o Filho unigênito, o Pai foi revelado a nós. Assim, todos os que creem experimentam das verdades sobre o Rei dos reis, o Aba Pai, o Deus Todo-poderoso que é o mesmo ontem, hoje e sempre.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.”

(Jo. 14:6-7)

Definitivamente, é impossível que o conhecimento de Deus não gere em nós conformidade à Sua imagem. Afinal, saber que Deus é bom, fiel, imutável, justo, amoroso, e infinitamente mais do que podemos imaginar, muda nossas atitudes em relação a Ele, a nós mesmos e ao próximo.

Dessa forma, somente sendo transformados por meio da renovação da nossa mente (pensamentos; intelecto; cosmovisão) poderemos experimentar a vontade de Deus que é plenamente boa, perfeita e agradável (Rm.12.2).

Aproximamos do Senhor

À medida que nos aproximamos do Senhor com um coração sincero, descobrimos mais de sua identidade. As simples “impressões” sobre Deus são substituídas ou atestadas pelas verdades expostas e maravilham a todos que as acessam. Então, as falácias se resumem a nada diante da realidade de um Deus que é amor e fidelidade; que derrama sem contenção a misericórdia e busca incansavelmente o que se perdeu. O fato é que, absolutamente, nada pode mudar quem Deus é; mas descobrir quem Ele é pode mudar completamente quem nós somos!

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

(Rm. 8.38-39)

“… a fé sem as obras é morta.” Tiago 2:20

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11.6

Quem, como eu, se emocionou e sentiu-se desafiado ao assistir o filme “Faith like Potatoes”? Em português recebeu o título “Fazendeiro de Deus”. É a biografia de Angus Buchan, um sul-africano, que ousou crer em Deus e plantou batatas em uma terra seca. Na última cena ele segura uma batata e diz que nossa fé deve ser tão palpável como ela. Esta cena nunca mais saiu de minha mente.

Os heróis da fé da galeria de Hebreus 11, bem como os de nossos dias, são seres humanos como nós. Eles são feitos da mesma matéria-prima e com desafios diários semelhantes aos nossos. Coincidentemente, Angus Buchan exerce ministério na África, que é um continente tão desafiador quanto o Brasil. Semelhantemente, lá eles têm problemas de infraestrutura, economia, escassez, pobreza, injustiça social dentre outros.

O que, então, nos distancia deles no que se refere a experimentar milagres diários? Já que, provisão, cura, libertação, ressurreição de mortos, multiplicação e outros tantos milagres também estão disponíveis para nós?

Resgatando a confiança na caminhada

Infelizmente, de uma forma geral, a Igreja se distanciou desta fé simples, e falo por mim mesma. Portanto, fé é um dom de Deus que precisa amadurecer através da prática, assim como qualquer musculatura precisa ser exercitada para crescer e se fortalecer.

É a revelação de quem Ele é, do poder que possui em Suas mãos e do amor que tem por nós, que nos leva a confiar e a viver por fé. Somos candidatos a uma vida de fé quando dizemos SIM para Jesus, mas muitos de nós perdemos a oportunidade de desenvolver nossa fé nEle porque simplesmente não ousamos.

Jesus, o autor e consumador da fé

A bíblia nos diz que Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.2). Por isso, quando cremos verdadeiramente, estamos nos movendo sobre algo que origina-se em Deus. É preciso ter a fé de Deus para exercer nossa fé. É um aspecto do caráter e da essência do próprio Deus que se incorpora ao nosso DNA à medida que o exercitamos.

Ele busca oportunidades de se relacionar conosco. Porque não fomos criados para viver uma vida independente do Pai. Já que, nascemos para depender dEle. Ele se agrada quando nos aproximamos com essa fé simples que move Seu coração e atrai Seu olhar em nossa direção.

Portanto, decidir crer é nossa parte. A dEle é repartir conosco de Sua própria essência sempre que estamos dispostos a abrir mão da lógica humana e das circunstâncias para solução de nossos problemas. Inegavelmente, aquele Jesus que multiplicou pães e ressuscitou mortos vive dentro de nós. Essa é uma realidade que precisamos acessar.

Semelhantemente, o Espírito que ressuscitou Jesus de entre os mortos não perdeu poder. Ele foi derramado em pentecostes e a promessa de Jesus é que Ele seria nosso consolador e que estaria sempre conosco (Jo. 14.26).

Saindo da zona de conforto

Imaginar que a vida cristã sem crer é possível, é ignorar o fundamento da obra da Cruz. Crer em Jesus, em Sua morte e ressurreição constitui a porta de entrada na jornada. Cada trecho do caminho exigirá medidas maiores de fé e dependência.

Correr riscos e voluntariamente buscar uma vida de renúncia e entrega é a receita para todo discípulo que deseja seguir os passos do Mestre. Permanecer em nossa zona de conforto não é uma opção para os que desejam andar como Ele andou.

“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo.” C.S. Lewis