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Nossa fé sem obras é morta.

“… a fé sem as obras é morta.” Tiago 2:20

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11.6

Quem, como eu, se emocionou e sentiu-se desafiado ao assistir o filme “Faith like Potatoes”? Em português recebeu o título “Fazendeiro de Deus”. É a biografia de Angus Buchan, um sul-africano, que ousou crer em Deus e plantou batatas em uma terra seca. Na última cena ele segura uma batata e diz que nossa fé deve ser tão palpável como ela. Esta cena nunca mais saiu de minha mente.

Os heróis da fé da galeria de Hebreus 11, bem como os de nossos dias, são seres humanos como nós. Eles são feitos da mesma matéria-prima e com desafios diários semelhantes aos nossos. Coincidentemente, Angus Buchan exerce ministério na África, que é um continente tão desafiador quanto o Brasil. Semelhantemente, lá eles têm problemas de infraestrutura, economia, escassez, pobreza, injustiça social dentre outros.

O que, então, nos distancia deles no que se refere a experimentar milagres diários? Já que, provisão, cura, libertação, ressurreição de mortos, multiplicação e outros tantos milagres também estão disponíveis para nós?

Resgatando a confiança na caminhada

Infelizmente, de uma forma geral, a Igreja se distanciou desta fé simples, e falo por mim mesma. Portanto, fé é um dom de Deus que precisa amadurecer através da prática, assim como qualquer musculatura precisa ser exercitada para crescer e se fortalecer.

É a revelação de quem Ele é, do poder que possui em Suas mãos e do amor que tem por nós, que nos leva a confiar e a viver por fé. Somos candidatos a uma vida de fé quando dizemos SIM para Jesus, mas muitos de nós perdemos a oportunidade de desenvolver nossa fé nEle porque simplesmente não ousamos.

Jesus, o autor e consumador da fé

A bíblia nos diz que Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.2). Por isso, quando cremos verdadeiramente, estamos nos movendo sobre algo que origina-se em Deus. É preciso ter a fé de Deus para exercer nossa fé. É um aspecto do caráter e da essência do próprio Deus que se incorpora ao nosso DNA à medida que o exercitamos.

Ele busca oportunidades de se relacionar conosco. Porque não fomos criados para viver uma vida independente do Pai. Já que, nascemos para depender dEle. Ele se agrada quando nos aproximamos com essa fé simples que move Seu coração e atrai Seu olhar em nossa direção.

Portanto, decidir crer é nossa parte. A dEle é repartir conosco de Sua própria essência sempre que estamos dispostos a abrir mão da lógica humana e das circunstâncias para solução de nossos problemas. Inegavelmente, aquele Jesus que multiplicou pães e ressuscitou mortos vive dentro de nós. Essa é uma realidade que precisamos acessar.

Semelhantemente, o Espírito que ressuscitou Jesus de entre os mortos não perdeu poder. Ele foi derramado em pentecostes e a promessa de Jesus é que Ele seria nosso consolador e que estaria sempre conosco (Jo. 14.26).

Saindo da zona de conforto

Imaginar que a vida cristã sem crer é possível, é ignorar o fundamento da obra da Cruz. Crer em Jesus, em Sua morte e ressurreição constitui a porta de entrada na jornada. Cada trecho do caminho exigirá medidas maiores de fé e dependência.

Correr riscos e voluntariamente buscar uma vida de renúncia e entrega é a receita para todo discípulo que deseja seguir os passos do Mestre. Permanecer em nossa zona de conforto não é uma opção para os que desejam andar como Ele andou.

“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo.” C.S. Lewis

Tenho meditado sobre o muito “murmurar”. O motivo por de trás dessa meditação,  é simples: eu ultimamente entrei no perigoso caminho da murmuração. Não gosto de escrever sobre coisas que particularmente não esteja vivendo ou até mesmo aprendendo. Acredito muito que, ser vulnerável, pode ajudar outras pessoas. Como sei também que isso pode me ajudar.

Murmurar é  um caminho que pode levar a morte. Essa semana, uma pessoa que amo muito, simplesmente me confrontou sobre as muitas reclamações que estava fazendo. E, fiquei chocada. Estava tão imersa nas pequenas lamúrias do cotidiano. Que não estava me dando conta de como aquilo estava se tornando tão corriqueiro, e até mesmo natural.

Depois desse confronto feito em um lugar de amor, parei para pensar no que isso significava. No porquê murmurar, quando posso simplesmente louvar.

As nossas palavras têm poder

As nossas palavras são poderosas, elas podem gerar vida, como também, podem gerar destruição. Dessa forma, comecei a meditar em Tiago 3. Que nos ensina da seguinte forma:


Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo. 

Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam. Podemos controlar o animal todo.

Tomem também como exemplo os navios;  embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto. Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade.

Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.” – Tiago 3:2-6

Quando  nos deparamos com essa realidade escrita por Tiago, o irmão de Jesus, começamos a perceber que tanto Tiago, como o próprio Cristo, valorizava a poderosa ferramenta chamada língua. Eles sabiam que a boca que reclama, não pode ser a mesma que louva.

O perigo de murmurar

“Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte?” Tiago 3:9-11

As escrituras, de Gênesis a Apocalipse, nos revelam que muitas pessoas entraram no perigoso caminho de murmurar, reclamar.

De tal forma, muitos perderam as dádivas. Principalmente porque não se calaram. E nós, muitas vezes, perdemos as bençãos por que reclamamos. Nós precisamos entender isso com urgência. E me coloco nessa importante missão. Não podemos ser aqueles que louvam ao Senhor e depois, com a mesma boca, usamos para a reclamação.

 Afinal, fomos criados para louvor, assim como tudo que há dentro de nós bendiga ao Senhor. Pare de murmurar, seja por algo simples. Seja por algo terrível. Apenas pare, você não quer entrar nessa jornada perigosa que te levará à morte.

Você é filho de Deus. E, isso já é um grande motivo para levantar as suas mãos e agradecer por Deus. 

                                                              “Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia!” Salmos 150:6

 

Hoje quero te contar uma história que sempre impactou minha vida. Vamos falar sobre a transformação de Gideão, e sobre a decisão de sermos transformados por Deus. 

Certamente, Gideão precisou escolher se tornar aquilo que Deus dizia sobre ele e não mais permanecer vivendo debaixo do medo e das sentenças.

Eu acredito no poder das palavras. Nós podemos enxergar o poder das palavras, sejam elas para vida ou para morte.

Aliás, em Provérbios encontramos um versículo que nos mostra isso. Vou usar a versão da Bíblia A Mensagem: “As palavras matam e geram vida; podem ser veneno ou um doce de primeira, você quem decide”. Provérbios 18:21

Antes de mais nada, Gideão tinha uma visão errada de si mesmo, e isso é muito comum acontecer.

Você e eu temos que ter nossa ótica curada. O nosso personagem nessa história de transformação precisou passar por essa cura para então conseguir viver plenamente o propósito que Deus o chamou.

Além disso, nós precisamos entender que iremos nos encontrar com essa mesma escolha que Gideão precisou fazer.

“Então o Anjo do Senhor veio e sentou-se sob a grande árvore de Ofra, que pertencia ao abiezrita Joás. Gideão, filho de Joás, estava malhando o trigo num tanque de prensar uvas, para escondê-lo dos midianitas. Então o anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: O Senhor está com você, poderoso guerreiro”. Juízes 6:11,12

O Senhor está com você

Primeiramente, observe a resposta que Gideão dá: “Ah, Senhor!” Gideão respondeu: “se o Senhor está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam quando dizem: ‘Não foi o Senhor que nos tirou do Egito?’ Mas agora o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos de Midiã”.   Juízes 6:13

Enquanto não existe cura em nossa visão de nós mesmos, essa sempre será a resposta. Culparemos a vida e as circunstâncias.

A pergunta aqui é a seguinte: Vamos escolher sermos poderosos guerreiros, homens valentes, ou continuaremos dando desculpas?

Então a conversa continua: “O Senhor se voltou para ele e disse: “Com a força que você tem, vá libertar Israel das mãos de Midiã. Não sou eu quem o está enviando?“ Juízes 6:14

Decida hoje ser quem Deus diz que você é. Ele te criou, com certeza sabe o que depositou dentro de você.

“Ah, Senhor”, respondeu Gideão, “como posso libertar Israel? Meu clã é o menos importante de Manassés, e eu sou o menor da minha família”.“Eu estarei com você”, respondeu o Senhor, “e você derrotará todos os midianitas como se fossem um só homem”.   Juízes 6:15,16

Gideão ouviu a voz de Deus

Se você continuar lendo a história verá que Gideão escolheu escutar Aquele que o estava chamado de poderoso guerreiro.

A história nos conta que Gideão liderou trezentos guerreiros, para que ele pudesse liderar e vencer ele precisou aceitar e entender que Deus não tinha errado ao escolher ele.

Deus usou palavras de afirmação na vida de Gideão, o Pai ama fazer isso, Ele sempre nos afirma e nos conta o que pensa sobre nós e nossa jornada. Deus sempre nos mostrará o que na verdade somos.

Inegavelmente o Pai criou filhos fortes, corajosos, íntegros, Ele os criou para viver as verdades do Seu amor.

Tenho pensado sobre como é viver com medo. Quantos temores enfrentamos no nosso dia a dia e quantas pessoas mergulham nisso e vivem debaixo de medo. 

Medo de doenças, medo de não sermos bons o suficiente para algo, medo do futuro, medo da morte.

Afinal, existem aqueles que têm medo de errar mais uma vez, medo de fazer escolhas equivocadas profissionalmente, medo de não passar nos testes da vida.

Aliás, muitos de nós estamos aprisionados por medos e a vida que hoje vivemos nos leva a dias e dias em temor.

No amor não há medo

“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.”  ‭‭1 João‬ ‭4:18‬ ‭

Enfim, tenho meditado nesse versículo e orado ao Senhor que me aperfeiçoe em amor. Não quero viver com medo.

Certamente o medo paralisa, o medo aprisiona, o medo faz reféns, o medo leva a morte física e espiritual.

O medo levará você e eu para longe da vida em plenitude que Deus nos chamou a viver.

O medo faz os homens serem escravos e o amor os tornam homens livres.

O amor levou homens a viverem o chamado de Deus, o amor trouxe vida a cada um de nós.

O amor tornou possível a redenção, pois Deus amou o mundo ao ponto de dar seu filho, seu único filho por amor a humanidade.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.” ‭‭ João‬ ‭3:16-17‬ ‭

O amor nos encoraja a lutar

Inegavelmente, Jesus foi aperfeiçoado no amor ao renunciar o medo e escolher a cruz por amor à todos nós.

Por muitos anos eu escolhi viver em temor e isso trouxe uma prisão sobre minha vida.

Então, escolhi abrir mão do medo que me levava a fugir da vida e decidi deixar Deus me curar. Eu escolhi ser protegida pelo amor.

“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” ‭‭2 Timóteo‬ ‭1:7‬

Então, o amor te dará coragem para lutar, para enfrentar o que for, o amor te fará vencer.

Certamente, o amor te levará a viver a jornada em plenitude. O verdadeiro amor irá te fortalecer dia a dia para viver longe dos temores desta era.

Portanto, minha oração por você hoje é que escolha viver o amor e renuncie o temor. Ao fazer isso, sua vida estará firmada no Deus que é poderoso para te guardar de todo mal.

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” .  Isaías 41:10

Revista-se de amor e o medo irá recuar.

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13

“Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” Marcos 9:50

 

Ser sal em meio a uma geração que carece de respostas e que anda tateando, é a principal missão de um cristão. As donas de casa sabem que temperar um alimento exige dosagem adequada dos ingredientes.

Inegavelmente, um prato pode estar saborosíssimo e não se perceber a presença de sal nele. No entanto, quando a dosagem está inadequada, ou para mais ou para menos, o sabor fica comprometido.

Diz-se que a diferença entre o veneno e o remédio está na dose. Assim é com o tempero e com nosso procedimento diante do mundo. O equilíbrio precisa estar presente em nossas ações, palavras e escolhas.

O tempero que carregamos, e que é capaz de temperar o mundo que nos rodeia, precisa ser aplicado em doses corretas. Não é pelo muito falar que convencemos quem quer que seja a respeito de nossa fé.

Ao contrário do que muitos pensam, o falar nem sempre é o mais indicado. O exemplo sempre falará mais alto do que qualquer discurso, por mais eloquente que seja. Santo Agostinho entendeu isso. É dele a frase:

Pregue o evangelho todos os dias, se necessário, use palavras.” Santo Agostinho

O sal que conserva esta geração

O sal não só tem o papel de temperar, mas de conservar o alimento. Como todo bom brasileiro, gostamos de churrasco e de charque, que são belos exemplos de carnes temperadas e conservadas com sal, respectivamente. Assim como a carne, outros alimentos podem ser preservados com o uso de sal.

Este é um outro aspecto de nosso papel na sociedade. Já que, nossa oração e presença, nos mais diversos setores da comunidade, promovem conservação e acrescentam sabor. Cada um, seja como estudante, profissional, dona de casa, é agente de conservação por onde quer que passe.

Por isso, não devemos minimizar a importância que cada um tem. O lugar estratégico onde Deus nos coloca precisa de sal. Deus se importa com a vida daqueles que não O conhecem e nos dá a chance de ser seus braços e pernas nesta terra.

Portanto, um sorriso, um abraço, um olhar muitas vezes representam o que as pessoas à nossa volta precisam. Nosso mundo carece de referências. Cada um de nós, por menos que tenha, possui mais do que qualquer um que não conheça Jesus ainda.

Temperando com sal e ousadia

Existe um lugar que eu e você somos chamados para ocupar. Este lugar é estratégico e Deus conta conosco. Ninguém pode nos substituir nesta missão, já que somos únicos.

A conversão nos confere acesso à fonte de todas as respostas. Jesus é aquele que conhece o que está escondido. Por isso, cada vez que somos agentes dEle nesta terra, salgando esta geração, exercemos nosso papel de filhos e herdeiros. Assim, estamos em missão 100% do tempo, quando entendemos essa verdade.

A porção de Jesus que carregamos é suficiente para temperar os que nos rodeiam. Portanto, saiba que seu tempero faz diferença. Creia que sua presença e a vida de Jesus em você, tem poder para conservar e temperar a vida daqueles que vivem vidas insossas e sem significado a sua volta.

Antes de ir para à cruz Jesus, pediu ao Pai que nos mantivesse no mundo, ao invés de simplesmente nos isentar de viver essa vida terrena. Isso é intenso! É, também, um pouco diferente do que normalmente somos ensinados em nossas igrejas. Não é verdade?! Costumamos ouvir que há uma cisão entre o mundo secular e o sagrado.

“Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.” ‭‭(Jo 17:15-16‬).

Porém, percebemos por meio do pedido de Jesus ao Pai, que o estar nesse mundo é parte do nosso chamado, e mais que isso, é a essência indivisível de quem nós somos. Ele nos criou a partir do pó com o propósito de refletir a Beleza do Criador. No entanto, há algo que precisamos entender, devemos considerar que estar no mundo, não é sinônimo de seguir a ordem que o governa desde a queda do homem.

 Devemos estar nele proclamando o evangelho de Cristo. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15).

Jesus pediu que estivéssemos na terra a fim de que fôssemos sal e luz, metáfora que descreve o impacto do povo de Deus em meio a essa era. Como sal, devemos desacelerar a degradação numa sociedade pecaminosa e provocar nas pessoas sede por Jesus. Assim, a luz expõe as trevas e aponta a direção correta. Então, como luz existimos para revelar a verdade sobre Jesus, através de nossas palavras e ações para um mundo cheio de escuridão. (Mt 15:13-14).

“Você pode amar e servir a Deus com o seu trabalho”

Essa verdade me impactou, desde a primeira vez  que a ouvi, durante a aula de Desenvolvimento Pessoal do Tim Fraim, no Intensivo Fascinação. Entender que amar a Deus compreende todas as expressões e aspectos da minha vida, e não apenas minhas atividades na igreja, mudou totalmente minha perspectiva do que significa adorar a Deus em Espírito e em verdade. E, compartilho acerca disso com a intenção de que seja esclarecedor para você também.

Bom, isso significa que você pode servir e amar a Deus em todo tempo, mesmo que não seja servindo em tempo integral numa igreja, casa de oração, ou no campo missionário. Assim sendo, o dia mais comum da sua vida é tão santo quanto seus momentos mais intensos na presença de Deus, para Ele tudo é sagrado. Não há nada fora do Seu alcance e da Sua soberania. Foi Ele quem criou todas as coisas, a terra e tudo que nela existe (Ne 9:6). Sem dúvida, Ele é Senhor sobre tudo e tudo é para sua glória. (Jo 1:3). 

E, como já conversamos anteriormente, Deus nos criou para governarmos e dominarmos as coisas sobre a terra (Gn 1:26). Ele nos deu uma função de liderança sobre a criação, logo, é preciso trabalho para exercê-la, certo? Certo. Trabalho, é uma vocação gerada em nós por Deus. Expressamos a essência Dele em nós por meio do trabalho das nossas mãos e os esforços da nosso intelecto. Portanto, vocação implica numa ocupação, seja no mundo dos negócios, na educação ou em quaisquer outras áreas.

Não buscar sua vocação é perder sua identidade!

Sua vocação te direciona no seu chamado maior, que é amar a Deus sobre todas as coisas. E já sabemos que isso não está limitado a secular ou sagrado. Se trata daquilo que você faz com a sua vida, aquilo que você foi criado para fazer. Sendo esse um serviço divino a Deus. É a forma como nós cumprimos o nosso propósito.

Partindo do entendimento de que trabalho é o que nos faz humano; e de que é parte para o que fomos criados. Quando você deixa de buscar seu chamado e não avança, você está desconsiderando parte importante da sua identidade. Pois até o próprio Deus trabalhou, criou todas as coisas e imprimiu em nos Sua imagem e semelhança.

Isso nos diz que parte do nosso chamado na vida como cristão é declarar algo. E fazemos isso onde estamos. As pessoas devem saber que você conhece a Deus. Como? Por meio da forma como você trabalha. Através de como você age, compreende o mundo e dialoga com os mais diversos aspectos da vida. A maneira como você vive o evangelho no seu trabalho semanal pode impactar mais vidas e trazer transformação às pessoas como a poderosa pregação do evangelista no domingo à noite.

Então, encontrar valor naquilo que você faz e entender quem você é no que executa, revelará Jesus. Com isso, te encorajo a encontrar sua identidade em Deus e revelá-la em seu trabalho! Portanto, deleite-se em quem Ele diz que você é e então você encontrará prazer naquilo que faz e será pleno para trabalhar, criar, desenvolver e liderar.

Sua vocação é uma forma de servir a Deus

Olhe mais de perto o que a Bíblia diz a respeito de seu trabalho: tudo quanto você fizer, você deve fazê-lo “como ao Senhor e não como a homens”. (Ef. 6:5-7). Você deve trabalhar “de todo o coração, como para o Senhor e não para homens”. (Cl 3:22-24).

Você nota a incrível importância dessas expressões? O trabalho não é apenas uma forma de passar o tempo e ganhar dinheiro. O seu trabalho é na verdade um serviço que você presta ao próprio Senhor!

Meu desejo é que você faça algo no lugar do trabalho, que leve Deus a encontrar você. De uma forma que você nunca o encontrou antes. Faça bem, com excelência! Leve a sério seu trabalho, o que Ele confiou sobre você. Encontre Jesus em seu trabalho, naquilo que você faz! Vai ser incrível!

Definitivamente, os dons e talentos são dados por Ele a nós e a nossa função é aperfeiçoá-los. É tornarmos peritos no trabalho que executamos, escolhemos. (Ex 31: 1-3). Assim, cabe a nós sermos excelentes e especialistas. Ninguém deve nada a nós. É nós que devemos tudo a nós mesmos.

Consequentemente, o seu chamado é sobre levar as características de Cristo, aonde for, naquilo que você faz. A forma como você se porta, fala, trata as pessoas falará a respeito de Jesus. Ele vive em você agora. É Ele quem você segue. 

Existe tanto valor estampado quando dedicamos tempo a algo. Seja em conversas, cuidado, momentos que aprendemos ou ensinamos, livros que lemos ou séries que assistimos… Independente do que seja, todos somos transformados por aquilo que investimos nosso tempo.

Quando paro para refletir sobre o propósito de um devocional percebo que é mais do que um momento de meditação. Trata-se de uma troca, a qual ninguém sai perdendo. Ele me captura com Sua beleza enquanto a minha fraqueza exposta não O assusta. Devocional não é só um compromisso em sua agenda. Devocional é o que sustenta um relacionamento íntimo com o Senhor, é a formula secreta daqueles que amam a Deus.

Dias bons e ruins não são o bastante para definir nossa devoção; no dia bom é a Ele nossa gratidão, já no dia mau, Ele é no nosso socorro. Ele é a porção diária necessária para vivermos.

O que devo fazer?

O melhor disso tudo é que não existem regras. Não existe um padrão exato para seguir ou um protocolo a cumprir. Esse relacionamento íntimo e individual que temos com Deus nos permite adaptarmos nosso estilo de devocional. Ler, ouvir, escrever e falar são formas de comunicação. Isso é o devocional: estabelecermos um tempo de comunicação simples e exclusiva com Deus.

Ao gastarmos esse tempo nas escrituras veremos nossa realidade e cultura serem confrontadas. Nela está o início e o fim de toda revelação que podemos ter, enquanto nós lemos a Palavra. Ela também nos lê e nos conduz ao caminho de volta para o verdadeiro sentido que fomos criados.

Esse tempo investido em conhecer as verdades bíblicas nos dirige para conhecermos o Autor. Assim, conheceremos e provaremos dos Seus atributos, Seu amor e Sua soberania. Como em I Coríntios 13:12 afirma, por enquanto O vemos através de um espelho sujo. Ainda sim seremos conquistados ao olhar para Ele através da Sua escritura. Se hoje é apenas isso que temos de possibilidade, por quê não pular nas profundezas do conhecimento sobre Ele? Por que não investir um pequeno tempo hoje que será a realidade de toda minha eternidade?

Eternidade sem fim

De fato, ao buscarmos um relacionamento com Deus hoje nós provamos uma pequena fatia da eternidade sem fim. Existem homens que provaram dessa realidade. Davi, por exemplo, viveu uma jornada íntima com Deus. Da sua juventude até o fim dos seus dias, em momentos de escassez e em momentos de reinado. Independente das suas fraquezas, a sua intimidade com o Senhor é o que o fez ser conhecido como alguém que carregava um coração segundo o do seu Deus.

Nós podemos ser aqueles que vivem um relacionamento íntimo com o Senhor. O convite já foi feito e nós temos livre acesso a Ele, basta apenas uma iniciativa nossa.

E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.” Gênesis 1:12

O princípio da semeadura está presente na criação. Esse princípio natural é também um princípio espiritual. Portanto, tanto no natural quanto no espiritual, a semente produz segundo sua espécie.

O solo do nosso coração absorve a semente que depositamos e produz de acordo com sua espécie. Existe poder em cada semente para gerar e multiplicar sua essência. No entanto, a qualidade do solo também determina que tipo de colheita teremos. Não basta a semente ser adequada, quando o solo é rochoso ou espinhoso.

Inegavelmente, todos gostariam que 100% dos nossos frutos fossem bons. Mas, a realidade aponta numa direção inversa. Nem sempre a colheita é de apenas bons frutos. Muitas vezes ao regar o solo, onde semeamos boas sementes, regamos também sementes ruins.

A semente do joio e do trigo

O joio e o trigo crescem ao mesmo tempo, e como explicou Jesus, precisamos permitir que cresçam juntos, e então a distinção do que deve ser descartado fica evidente. Pois, quando antecipamos o processo, corremos risco de danificar o trigo.

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?

E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.” Mateus 13:24-30

O Espírito Santo é nosso aliado na tarefa de descartar o joio. Toda má semente pré-existente em nosso solo, e que carrega potencial de produzir segundo a sua espécie (nossa velha natureza), será descartada a seu tempo.

A semente eterna do Filho que acolhemos

A semente do Filho que acolhemos é eterna. Ela tem potencial de produzir frutos abundantes em nosso interior. Temos garantia que, à medida que for regada, florescerá. A vida dEle em nós foi acolhida em formato de semente e certamente dará frutos.

“A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim.” Salmos 89:36

“A sua alma pousará no bem, e a sua semente herdará a terra.” Salmos 25:13

Por isso, nossa tarefa é regar o solo e limpá-lo, removendo as pedras e tudo que compete com o projeto de Deus para nossas vidas. Temos certeza que a seu tempo, a colheita será abundante, se não esmorecermos.

Portanto, semeie boas sementes. Regue-as e cultive-as com dedicação. No entanto, não estranhe o aparecimento de frutos indesejados. Todo solo que for regado e cultivado gerará uma colheita. As más sementes também produzirão, mas suas raízes serão removidas por completo, no tempo adequado. Assim, não brotarão novamente.

Cuidar do jardim de nosso coração é tarefa de todo cristão. Vigiar em relação ao tipo de semente que acolhemos, garantirá uma colheita farta, de bons frutos. Ao identificar uma semente indesejada, peça ajuda ao Espírito Santo para removê-la. Ele é o agente do Noivo, que prepara nosso jardim. O desejo do Noivo é deleitar-se conosco em nosso jardim.

Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.” Cantares 4:12

Como cristãos, uma das coisas das quais precisamos nos livrar, é da dicotomia entre “sagrado” e “secular”. E isto tem tudo a ver com nossa cosmovisão. Isto é, a forma como “vemos” o mundo. Dicotomia é uma palavra de origem grega que nos dá a ideia de divisão entre dois elementos. Ela é formada pela junção de “dikho” (dois) e “tomia” (cortar) sendo traduzido como “cortado em duas partes.”

Assim pois, quando pensamos em  algo dicotômico, pensamos em elementos opostos entre si. Por exemplo: corpo e alma, sagrada e secular, mundo e igreja. A verdade é que muitos dos conceitos que carregamos, não são respaldados pelo que a Bíblia ensina. Mas, herdamos essas ideias de nossa “cultura religiosa”.

Jesus nos diz que somos a luz do mundo. Que uma cidade não pode ser escondida sobre um monte. E que a luz tem o papel de iluminar os que se encontram em trevas. A luz clareia todo o ambiente e expulsa a escuridão. Quando homens veem as boas obras dos salvos, o testemunho de Jesus se faz glorioso entre eles.

“Vós, sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam suas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está no céus.” Mateus 5.14-16

E se a igreja sumisse?

Que diferença faria se a sua ou a minha igreja desaparecessem? Seria notado o nosso sumiço? Ou a nossa existência tem passado despercebida? Provavelmente, se uma padaria ou uma bar fossem retiradas de seu endereço atual, causaria um tanto de alvoroço para seus clientes, não é mesmo? E, nós como “povo de Deus”? Que tipo de impacto temos causado em nossa rua, bairro e arredores? Apenas barulho e incomodação ou de fato mudanças e relacionamentos? Temos sidos testemunhos vivas de Cristo?

Houve momentos na história em que acreditamos que, como cristãos, não era preciso nos preocuparmos com a estrutura da sociedade. Para alguns, esse não é nosso papel, mas que devíamos nos concentrar apenas na salvação da alma. E que a medida que salvação acontecesse, a sociedade melhoraria.  

Por outro lado, temos aqueles que acreditam que não importa o que fazemos, pois as coisas continuarão piorando, então, apenas foquemos na eternidade. Segundo Don Grattus, esse tipo de pensamento causou a “teologia da retirada”, um afastamento deliberado do “mundo” e a criação de uma subcultura “religiosa”.

Impacto Social e mudanças relevantes

Há poucos dias, estive em uma palestra de um ativista social cristão. Ele contou seu testemunho de como começou a se envolver em movimentos sociais e se tornou um mobilizador de voluntários em prol da sociedade civil.

Tudo começou quando esse irmão foi “confrontado” por um vizinho. Ele conhecia detalhadamente como funcionava a célula em seu apartamento, pois narrou todos os detalhes do encontro. O vizinho, de fato, pontuou que apesar de todo “barulho” e “comilança”, nunca tinha visto eles fazerem nada além disso. É claro que estou contando tudo de forma bem resumida.

Mas o “confronto” gerou uma atitude extremamente positiva naquele grupo. Tinha ocorrido uma enchente e o grupo decidiu escrever e-mails para suas listas de contatos. Com a finalidade de levantar recursos para comprar colchões para os desabrigados. Que grande surpresa! Em poucos dias conseguiram levantar uma grande quantia em dinheiro, bem maior do que imaginavam. Então, eles se tornaram resposta para uma calamidade. Além disso, aquela experiência mudou radicalmente a cosmovisão de muita gente.

Abraçando uma teologia de comprometimento

Don Grattus é um missionário que trabalha com povos muçulmanos envolvidos em uma cultura arraigada em corrupção. Ele tem paixão pelo tema de transformação e conta o testemunho de como impacto pode ser gerado quando abraçamos uma teologia de comprometimento. Ele afirma:

“Abracei uma teologia de comprometimento, que rejeitava a dicotomia entre “sagrado” e “secular” e insistia em que Deus é soberano sobre todas as áreas da vida, e que Sua verdade deveria ser aplicada em todos os setores da sociedade. Era uma teologia de vitória (não de retirada) que declarava que mesmo uma pequena minoria de cristãos, se realmente comprometida com a Palavra, podem fazer uma diferença substancial na sociedade. Mas não era utopia, pois reconhecia que perfeição jamais será alcançada nesta era e que, cada geração de cristãos deve renovar seu compromisso de expressar a verdade bíblica em sua nação.” Don Grattus

Contextualizando nossa cosmovisão

Como vocês sabem, nossa sala de oração aqui na fhop é o coração do nosso “trabalho”. Acreditamos que Deus nos chamou para ter um relacionamento profundo de amor com Ele. Como Maria, sabemos que apenas “uma coisa” nos é necessária. Uma coisa é estar com Ele. Uma coisa é andar como Jesus andou. Uma coisa é sermos suas cartas e testemunho vivo.

Não agimos pela força de um braço forte, mas na unção e no poder do Espírito Santo de Deus. Com uma cosmovisão bíblica e arraigada no Senhor. Olhemos para a vida de José que foi um líder em sua época. Olhemos para a vida de Daniel que não contaminou-se com as iguarias do rei. Manteve a fé. E, mesmo na corte foi luz e resposta em muitas ocasiões. Olhemos para a rainha Ester e como foi determinante seu papel em um período de perseguição para os hebreus.

Sua área de influência

Quem sabe você é um político, um professor, um empresário ou mesmo uma dona de casa. Lembre-se: Você pode fazer a diferença mesmo na vida de uma única pessoa. E independente das esferas em que Deus te plantou, você é importante e especial. Dê pequenos passos em fidelidade e observe o Senhor te surpreender. Que a luz de Jesus se manifeste brilhante através da sua e da minha vida. Que possamos andar sobre as águas, assim como Pedro andou. Em fé, em amor ao Senhor, em boas obras e em obediência a Palavra de Deus ordenada. Com uma cosmovisão Bíblica bem clara.

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31

Você tem servido voluntariamente em alguma área da sociedade civil? Tem algum projeto para o social que engloba crianças, jovens, idosos ou algum grupo minoritário? Tem vontade de fazer algo do tipo? Quer saber mais sobre cosmovisão Bíblica? Deixe-me saber como tem sido essa experiência para você e mesmo os seus sonhos para sua cidade e para o Brasil?

Você já parou para pensar que Deus é quem foi o criador de todas as profissões que existem no mundo? E que todas elas estão nEle? Isso nos diz que Ele conhece e domina cada profissão. (Ele é chamado de O arquiteto, O construtor; O edificador. É um trabalhador e nos chama ao trabalho. Ele é um professor; O jardineiro, O pastor. Ele é o oleiro que forma as coisas do barro). Mas ainda assim, muitas vezes nos questionamos se o que fazemos no mercado de trabalho, é sagrado, santo… se agrada a Deus. Não sei você, mas eu já me peguei pensando sobre isso algumas vezes.

Normalmente, somos levados a esse pensamento por acharmos que o que está fora da igreja ou meio cristão/evangélico não vem de Deus. E isso é uma visão distorcida da realidade. Pois Ele criou TODAS as coisas (Gn 1:1). Trabalho é o que nos faz humano. É parte para o que fomos criados. Logo estaremos no mundo exercendo-o. Esse desencontro começa porque nós costumamos dividir, separar aquilo que Deus criou entre sagrado e secular. Usamos da dicotomia, na qual dividimos a realidade. Observa comigo.

Então a gente meio que escolhe. “Eu trabalho no mercado de trabalho. Então tenho uma vida secular”. Logo, já que não é ministério, não é santo, é só um emprego. Mas Deus não criou o mundo dividido entre sagrado e secular (Cl 1:16). Tudo foi criado por Ele, para Ele e por meio dEle. Seu chamado não é secular ou sagrado. Não há separação. Tudo é santo para Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (Jo 1:3). Você pode estar no mercado de trabalho e adorando a Deus. Em Deus criador, toda realidade é santa. O que podemos separar é o mundo físico do espiritual. 

Chamados a multiplicar, governar a terra e exercer domínio sobre a criação

“Então Deus os abençoou e disse: “Sejam férteis e multipliquem-se. Encham e governem a terra. Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que rastejam pelo chão”. (‭Gênesis‬ ‭1:28‬ ‭NVT)‬‬

Em Gênesis, o Senhor nos diz que fomos criados para multiplicar e encher a terra, e dominar tudo que se move sobre ela. Que fomos chamados a governar/subjugar a terra, para ter atividade, trabalho, no mundo. Não é incrível! Então no momento que nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus, nos foi dado um trabalho, um chamado: frutifiquem, liderem, dominem.

Logo, antes do pecado acontecer já havia trabalho, uma vocação e um propósito para a humanidade. Isso aconteceu antes do pecado entrar no mundo; durante o ministério de Jesus e depois do ministério de Jesus, até os dias de hoje. É algo que jamais mudou. Chamado ao trabalho acontece durante toda história. 

O trabalho permanecerá

Saiba que independente do lugar ou posição que você está, você é chamado a viver um propósito. O chamado não é para você, mas sim para um propósito, o qual você ofertará ou oferecerá ao mundo.

Deus colocou Adão no jardim para trabalhar e porque queria estar com Adão no lugar de trabalho. Não podemos fazer nada sem Deus; e Ele quer fazer as coisas conosco. Porém, muitas vezes nós temos negligenciado o que Deus quer fazer conosco nesse lugar. Lembre-se: o Senhor não vai te chamar para fazer algo que Ele não esteja junto com você. É uma parceria.

Em Isaías (65:21) diz que quando Jesus voltar Ele irá restaurar as coisas. Entretanto, Ele não vai retirar o trabalho. Irá restaurar a plenitude da alegria para aquilo que você foi chamado para fazer. Sendo assim, você terá um corpo ressurreto, mas ainda assim, irá trabalhar com suas mãos.

Todos somos chamados a sermos missionários

Uma vez que compreendemos que para Deus não há separação entre secular e o sagrado. E que o nosso chamado começa em Gênesis com o momento que fomos criados à imagem de Deus, no qual nos foi dado um trabalho: frutifiquem, liderem, dominem. Entendemos que trabalho é parte para o que somos chamados a fazer sobre a terra. Está tudo bem sobre está no mercado de trabalho, se o Senhor te chamou à isso. 

Agora, todos nós somos chamados a fazer missões. Independe de onde estamos, pois não depende da região geográfica ou ambiente, seja no mercado de trabalho ou servindo em tempo integral em uma casa de oração. Para Deus o que importa, é onde está nosso coração. É para a intenção do coração que Ele olha. E, em todos os lugares podemos impactar pessoas ao falarmos do amor de Jesus. Ao vivermos como testemunhas de Cristo.

O objetivo, a missão, é que o amor dAquele que nos amou primeiro alcance as pessoas em nossa volta, da Galiléia até os Confins da terra. E que nós sejamos o ‘cano’ — que transborda pelas duas pontas — fazendo jorrar desse amor inesgotável e puro. Amor esse que excede todo conhecimento… com o qual a criatura já era amada pelo seu criador, antes mesmo de O conhecer.