Fhop Blog

Por que um cristão deve saber sobre Israel?

 

Um cristão deve saber sobre Israel pois a compreensão do papel de Israel no plano de Deus é fundamental. E portanto, a Bíblia ensina que Deus escolheu Israel como seu povo e estabeleceu uma aliança com eles, conforme descrito em Deuteronômio 7:6-9. Além disso, a vinda do Messias, Jesus Cristo, foi profetizada nas Escrituras Hebraicas como um judeu.

“Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal”. Deuteronômio 7:6

Assim, um cristão deve saber sobre o papel de Israel no plano de Deus. Pois isso nos ajuda a entender, à luz da história bíblica, o propósito de Deus para a humanidade, conforme descrito em Efésios 1:7-10.

 

O que os cristãos querem dizer quando mencionam “Israel”?

  1. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó

Primeiramente, podem estar se referindo ao povo judeu que descende dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Eles são considerados os ancestrais fundadores do povo judeu e a base da história e das tradições da fé judaica. 

Segundo a narrativa bíblica, Abraão foi o primeiro patriarca a receber a promessa de Deus de que sua descendência seria numerosa e abençoada. Abraão teve dois filhos, Isaque e Ismael, mas a linhagem escolhida para continuar a promessa divina foi a de Isaque. Este, por sua vez, teve dois filhos, Jacó e Esaú. Jacó, que mais tarde teve o nome mudado para Israel, é considerado o terceiro patriarca.

E disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” (Gênesis 32:28)

Este versículo marca um momento importante na história bíblica, em que Deus renomeia Jacó como Israel, o que significa “aquele que luta com Deus”. A partir desse momento, Jacó é referido como Israel e é considerado o terceiro dos patriarcas fundadores do povo de Israel, juntamente com Abraão e Isaque.

  1. A parcela geográfica de terra prometida por Deus a Abraão

De acordo com o livro do Gênesis capítulo 15 da Bíblia, Deus fez uma aliança com Abraão prometendo que seus descendentes teriam a terra em que viviam como herança.

Assim, Deus prometeu essa terra, que é a atual região de Israel, como herança aos seus descendentes. E também, é conhecida por diferentes nomes ao longo da história, como Canaã, Palestina, Terra Prometida e Terra Santa.

  1. O Estado de Israel moderno

O Estado de Israel moderno foi fundado em 1948 após a Resolução 181 (II) das Nações Unidas de 29 de Novembro de 1947. Assim, esse Estado é governado por uma liderança secular, democraticamente eleita, o que significa que não há uma liderança religiosa que controla o país, mas sim uma liderança eleita pelo povo.

Embora a região prometida por Deus a Abraão na narrativa bíblica inclua uma área geográfica maior do que a atual área ocupada pelo Estado de Israel, o país ainda reivindica essa área como sua herança histórica e religiosa. No entanto, o Estado de Israel moderno ocupa consideravelmente menos terra do que a região prometida a Abraão na narrativa bíblica.

  1. A Igreja como o “Israel” de Deus

Há uma visão que considera a Igreja como o “Israel de Deus”, e essa visão é conhecida como “teologia da substituição”, ou “supersessionismo”. Ela sugere que a igreja cristã substituiu a antiga aliança entre Deus e o povo de Israel, e que agora os cristãos são os verdadeiros herdeiros da promessa de Deus a Abraão. 

No entanto, essa visão é controversa e não é aceita por todos os cristãos, especialmente pelos que se identificam com o judaísmo messiânico. E assim, nós, da liderança da FHOP, não concordamos com essa visão.

Nessa visão, a igreja é vista como o “Israel de Deus” porque “a fé em Jesus Cristo é o que realmente importa” e não o pertencimento a um grupo étnico ou nacional. Em outras palavras, a fé em Jesus Cristo é que faz as pessoas pertencerem ao verdadeiro Israel de Deus, e não a descendência biológica ou a obediência a um conjunto de regras e rituais religiosos.

 

O  mistério de Israel e a Igreja nos escritos de Paulo

A questão do mistério de Israel e da Igreja é uma das principais temáticas abordadas por Paulo em suas cartas. De forma simplificada, Paulo ensinou que Deus escolheu Israel como seu povo especial no Antigo Testamento, e que a salvação era para ser oferecida primeiro aos judeus.

Porém, muitos judeus rejeitaram Jesus como o Messias, e a salvação se tornou acessível também aos gentios (não-judeus) por meio da fé em Jesus. Assim, a Igreja é formada por judeus e gentios que crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Paulo afirma que esse plano de Deus para a salvação é um mistério que foi revelado a ele e aos outros apóstolos, e que antes não era completamente compreendido pelos seres humanos. Ele enfatiza que essa união entre judeus e gentios na Igreja é algo surpreendente e maravilhoso, e que revela a graça e o amor de Deus para com toda a humanidade.

A união entre judeus e gentios 

Em suas cartas, Paulo usa várias imagens para descrever essa união entre judeus e gentios na Igreja, como um corpo, um edifício, um novo homem e um povo escolhido. Ele também fala da responsabilidade da Igreja de ser uma testemunha da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade, e de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com o mundo.

Assim, o mistério de Israel e da Igreja nos escritos de Paulo é a revelação de que a salvação é oferecida a todos, judeus e gentios, por meio da fé em Jesus Cristo. Essa união entre judeus e gentios na Igreja é uma expressão da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade. Logo, o cristão deve saber sobre Israel pois a Igreja tem a responsabilidade de compartilhar essa mensagem de salvação com o mundo.

Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios. Romanos 11:25

 

Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, que não foi dado a conhecer aos filhos dos homens em outras gerações, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas pelo Espírito; a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. Efésios 3:4-6 

Com o retorno de Cristo, judeus e gentios que creem em Jesus Cristo serão unidos como um só povo de Deus.

Os mistérios de Deus e seu propósito na história redentora

O cristão deve saber sobre Israel pois entender que a noiva do Cordeiro será composta por judeus e gentios nos ajuda a perceber como Deus está unindo as duas comunidades. E assim, devemos saber como podemos colaborar para essa união.

Além disso, reconhecer a importância de Israel no plano redentor de Deus nos lembra de que Ele é fiel em cumprir Suas promessas. E portanto, nos lembra que Sua obra de salvação inclui todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica, desde que coloquem sua fé em Jesus Cristo.

1. O propósito de Deus.

A compreensão do que Deus está a fazer na história humana para colocar tudo sob a liderança do seu Filho.

2. A atividade de Deus:

Os detalhes de como Deus deve agir a fim de orquestrar o Seu plano. As Suas decisões baseadas na Sua perfeita justiça.

3. A estratégia de Deus:

Compreender porque é que Deus age da forma como age. Ele orquestrou a história, com sabedoria. E assim, trazer o maior número de corações humanos à plenitude do amor para com Ele. E isso, sem violar o livre arbítrio humano e com a menor quantidade de sofrimento.

 

O cristão deve saber que Deus usa Israel para preservar Sua palavra

No cumprimento dessas promessas, Deus usou Israel para preservar Sua palavra e revelar Seu caráter ao mundo. Ele os usou para dar à humanidade a lei, as Escrituras e os profetas, bem como para trazer o Messias, Jesus Cristo, ao mundo.

Através de Jesus, as promessas feitas a Israel são cumpridas. E por meio Dele, todas as nações agora têm a oportunidade de ser abençoadas. Logo, Israel é um “agente” para que tudo seja colocado sobe a liderança do Messias.

Interpretando Israel

Não podemos ignorar o mistério, pois o problema de não entendê-lo é que pode levar a interpretações errôneas das Escrituras e, consequentemente, a uma compreensão equivocada do plano redentor de Deus para a humanidade.

O dispensacionalismo e o aliancismo são duas abordagens teológicas que têm sido utilizadas para interpretar a Bíblia. Ambas têm seus pontos fortes e fracos, mas uma falha comum que ambas podem apresentar é a falta de
compreensão do mistério de Israel.

 

A igreja faz parte desse plano

O mistério de Paulo se refere à revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo. Se não entendermos o mistério de Paulo, podemos cair na armadilha de separar Israel e a igreja em dois povos distintos, com diferentes planos e propósitos de Deus para cada um deles. Isso pode levar ao erro de pensar que a igreja é uma espécie de plano “B” de Deus, criado somente depois que os judeus rejeitaram o Messias.

No entanto, a verdade é que Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo, e a igreja é uma parte essencial desse plano.

Digo a verdade em Cristo, não minto. Minha consciência dá testemunho comigo, no Espírito Santo, de que tenho grande tristeza e incessante dor no coração. Porque eu mesmo desejaria ser amaldiçoado e excluído de Cristo, por amor de meus irmãos, meus parentes segundo a carne. Eles são israelitas, e deles são a adoção, a glória, as alianças, a promulgação da lei, o culto e as promessas. – Romanos 9:1-4

Israel como conhecemos hoje não honra o nome de Deus como nação: secularizada e liberal, é uma nação que não guarda a Palavra, ou seja, não guarda os mesmos valores que nós, cristãos, guardamos. Sendo assim, como a Igreja deve se posicionar? 

Israel: Como a Igreja deve se posicionar?

A questão sobre Israel foi algo central para a Igreja primitiva. O apóstolo Paulo demonstrava pesar e tristeza pelo estado em que o povo judeu se encontrava (Rm 9:1-4). Apesar disso, ele afirmava que os judeus são inimigos do evangelho, sendo assim, inimigos de Deus, ainda que amados por Ele (Rm 11:28).

Havia várias promessas da parte do Senhor a respeito de uma nova aliança com Israel – que a Palavra de Deus, Seus preceitos e valores, seriam escritos no coração e na mente da nação judaica (Jr 31:31-34)

 O Senhor tem misericórdia e compaixão de quem Ele quiser

O atual estado de Israel não corresponde a essas promessas, mas isso não significa que Deus falhou em cumprir o que havia prometido. E, sabendo do fracasso que Israel infligiu sobre si mesmo, Paulo defende a integridade de Deus.

A promessa fala da salvação de Israel como uma eleição nacional e corporativa. Mas a salvação não se daria pela sua raça ou etnia, ou pelas suas conquistas (obras), mas pela graça (Rm 11:6). O Senhor tem misericórdia e compaixão de quem Ele quiser (Rm 9:15).

Embora buscassem fervorosamente, os judeus não conseguiram obter justiça para si pois acreditavam que poderiam conquistar a promessa por meio de obras quando, na verdade, ela seria alcançada pela graça e pelo amor expressado no Filho e na Sua morte (Rm 9:30-32; At 3:13- 16).

Mesmo que eles tenham rejeitado o Messias, de modo nenhum o Senhor rejeitou o Seu povo. Prova disso é que Deus guardou o remanescente de Israel: a Igreja primitiva (Rm 11:1-5).

Deus é capaz de enxertá-los de volta na oliveira

Muitos gentios foram acrescentados ao longo do tempo, mas também muitos judeus reconheceram Cristo como o cumprimento da promessa de Gênesis 3 e das promessas dadas a Moisés e aos profetas. Como exemplo temos Simeão e Ana, e os próprios apóstolos: homens e mulheres judeus que se converteram ao Senhor e abraçaram o Seu plano.

A grande maioria de Israel permanece até hoje com o coração endurecido com relação a Jesus. Paulo se refere aos endurecidos de coração como aqueles que pertenciam à mesma árvore do remanescente, e como galhos cortados pelo agricultor, foram arrancados da oliveira. Mas com respeito à salvação judaica, não haverá um acréscimo ao remanescente, e sim uma reversão do endurecimento  de  seus  corações  (Rm  11:23-24).  Aqueles  judeus  que  abrirem  mão  da  sua incredulidade, Deus é capaz de enxertá-los de volta na oliveira.

Salvação de Israel

A Igreja será um instrumento nas mãos do Senhor para a salvação de Israel. Por seu comprometimento com Israel, o Senhor fará com que a Igreja (gentios), em sua plenitude, desperte neles um ciúme espiritual; então o Senhor amolecerá o coração de Israel (Rm 11:11,25).

Quando olhamos para a cruz de Cristo, devemos ser gratos por tamanho amor e bondade, mas também cientes de sua severidade pois, assim como Ele arrancou os ramos originais (judeus) da oliveira por não crerem, pode também retirar os enxertos (gentios) que porventura não permanecerem firmes (Rm 11:18-22). Por isso, não devemos olhar para a Israel secularizada com arrogância ou desprezo. 

O  Senhor  tem  um  plano  em  seu  coração

Um  mistério  guardado  através  dos  tempos:  Ele encontrará uma Israel que não é perfeita e isenta de pecados, mas no momento certo, Ele removerá a sua cegueira espiritual (Rm 11:25-26; Mt 23:39).

O Reino Milenar de Cristo será plantado em Israel. No Dia do Senhor, Ele virá e governará a terra com justiça e a Sua promessa é que Ele habitará em Jerusalém para sempre (Ap 21:1-3).

Como a igreja deve se posicionar? Ainda que não seja possível entender completamente os conflitos envolvendo essa nação, nosso dever é orar por Israel – para que eles olhem para Jesus, e o seu coração de pedra se torne em coração de carne outra vez.

O cessar dos conflitos é uma paz provisória. Quando orarmos por paz em Jerusalém, oremos por Aquele que é o único que pode trazer a paz definitiva, o Rei da paz e da justiça. Oremos para que o Senhor acelere a hora em que um novo cântico será cantado em Israel.

Em tempos onde todo texto bíblico se torna um princípio para o favorecimento pessoal, como confiar e realinhar a vida para confirmá-la à Palavra de Deus? Como viver o Princípio de contemplar e se tornar como Cristo?

Na nossa plataforma de ensino, temos uma disciplina chamada: A Majestade de Cristo. Assim, em uma das aulas, o professor Allen Hood ensina sobre o princípio de contemplar e se tornar, e podemos chamá-lo de Princípio porque está em uma epístola paulina dirigida a uma comunidade cristã que vivia em Corinto.

Assim, em 2 Coríntios 3, Paulo nos ensina sobre a glória da nova aliança, que é superior à aliança antiga, baseada na Lei de Moisés. Portanto, esta não conduzia as pessoas à liberdade, porque o véu ainda estava sobre ela. Mas Jesus Cristo, o único capaz de fazê-lo, rasga o véu quando morre na cruz há cerca de dois mil anos atrás. 

 

“E não somos como Moisés, que colocava um véu sobre o rosto, para que os israelitas não fixassem os olhos no restante da glória que se dissipava. Mas a mente deles tornou-se insensível. Pois até hoje, quando ouvem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece e não lhes é retirado, pois somente em Cristo ele é removido. Sim, até hoje, sempre que Moisés é lido, há um véu sobre o coração deles.” 2 Cor. 3: 13 – 15

 

Sendo transformados è imagem de Cristo

Portanto, quando alguém se converte, o Espírito Santo traz a liberdade e com a face descoberta é possível contemplar a glória do Senhor. Sendo assim, aquele que está contemplando a Cristo é transformado de glória em glória na sua imagem!

 

“Contudo, quando um deles se converte ao Senhor, o véu é retirado. ‘O Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade’. Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho* a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, que vem do Espírito do Senhor.” 2 Cor. 3:16-18

 

Deus deseja ser contemplado

Então, quando falamos sobre imagem, podemos voltar onde, na Bíblia, essa ideia foi mencionada pela primeira vez. Isso se dá em Gênesis 1, quando o SENHOR decidiu criar o homem segundo à sua imagem e à sua semelhança.

 

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, sobre os animais selvagens e sobre todo animal rastejante que se arrasta sobre a terra. ” Gen. 1:26

 

Por isso, quando Deus visitava o homem e a mulher na virada do dia era para ser contemplado por eles Assim, a partir da contemplação eles dominavam sobre a criação sendo a imagem Dele sobre a terra.

Assim, os planos de Deus continuam imutáveis. Na impossibilidade do homem estar na presença divina depois da queda, o Senhor decidiu revelar-se aos homens, e essa revelação é progressiva na história da humanidade, mas na plenitude dos tempos, Deus envia Jesus Cristo nascido de uma mulher.

 

“No passado, por meio dos profetas, Deus falou aos pais muitas vezes e de muitas maneiras; nestes últimos dias, porém, ele nos falou pelo Filho, a quem designou herdeiro de todas as coisas e por meio de quem também fez o universo. Ele é o resplendor da sua glória e a representação exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder e tendo feito a purificação* dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, tornando-se superior aos anjos, a ponto de herdar um nome mais excelente do que eles.”  Heb. 1:1-4

 

Como podemos contemplar?

Vamos fazer a pergunta mais prática: como podemos contemplar a Jesus Cristo hoje, se Ele está assentado à destra do Pai nas alturas? Pela meditação na Palavra de Deus, a Bíblia nos revela Jesus! De forma prática, onde nossos olhos estão colocados? Onde nós passamos mais tempo contemplando, ou o que temos contemplado? Nos tornamos aquilo que contemplamos!

 

  • Separe um tempo diariamente para meditar nas Escrituras, não precisa ser, necessariamente, muito tempo, o mais importante é que seja todo dia. Se for 15 minutos, seja firme, decidido, e invista esse tempo diariamente!
  • Se possível, escreva a Palavra, separe um caderno e escreva, sim, escreva, não digite! Escreva versículos específicos e coloque onde você consiga ver várias vezes por dia.
  • Marque sua Bíblia, pinte com cores que tenham significado, faça desse tempo um momento de alegria!! Você está contemplando a Deus!

 

Quezia Monte – Facilitadora da Fhop School

Neste texto, iremos abordar a mensagem do profeta Isaías relacionada ao jejum que agrada a Deus. Isaías é um profeta conhecido por suas profecias sobre a vinda do Messias e é considerado o profeta das promessas. O livro de Isaías contém várias referências ao jejum. E assim, transmite a mensagem de que o jejum não deve ser apenas um ato ritual, mas sim uma expressão do compromisso pessoal de seguir a vontade de Deus e ajudar os outros.

Assim, Isaías, cujo nome significa “YAHWEH é salvação” ou “YAHWEH deu salvação”, era filho de Amós. Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Isaías, mas no capítulo 6 do livro de Isaías, é registrado o seu chamado a profetizar por meio de uma visão do trono de Deus no templo. Logo, nessa visão, Isaías é purificado de seus pecados por um serafim enviado por Deus e é comissionado a levar a mensagem de Deus ao povo.

“Então um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. 7 Com ela tocou a minha boca e disse: “Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado”. 8 Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós? ” E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me! ” Isaías 6:6-8

Foco das profecias de Isaías

Portanto, as profecias de Isaías estão principalmente focadas em Jerusalém e tratam de punição, juízo e redenção para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas. Porém, ele também traz palavras de conforto e esperança do Senhor. Suas profecias estão relacionadas a eventos que ocorreram durante o reinado de Ezequias.

O livro de Isaías e o jejum

O livro de Isaías contém várias passagens que mencionam o jejum. E portanto, Isaías 58 é um capítulo específico que aborda o tema do jejum e faz uma crítica aos jejuns hipócritas praticados na época. Assim, o profeta questiona a motivação por trás desses jejuns, destacando que eles eram realizados apenas para impressionar os outros e obter vantagens pessoais.

O verdadeiro jejum que agrada a Deus

Sendo assim, Isaías enfatiza que o verdadeiro jejum deve envolver uma atitude de humildade e serviço aos outros. Ele declara que um jejum que agrada a Deus é aquele que envolve ações como compartilhar comida com os famintos, fornecer abrigo aos sem-teto e vestir os que estão nus. Portanto, o jejum não deve ser uma forma de autopunição, mas sim uma maneira de nos aproximarmos de Deus e ouvir Sua orientação.

Vale também ressaltar o valor espiritual do jejum. O autor Pink afirma que o jejum reflete nossa falta de merecimento, nosso senso de inutilidade das coisas terrenas e nosso desejo de direcionar nossa atenção para as coisas do alto.

“Quando o coração e a mente são profundamente exercitados com relação a um assunto sério, especialmente o de um tipo solene e pesaroso, há uma indisposição para alimentar-se, e a abstinência a partir daí é uma expressão natural da nossa falta de merecimento, do nosso senso de inutilidade comparativa das coisas terrenas, e do nosso desejo de fixar a nossa atenção nas coisas do alto”. (A.W. Pink)

A superficialidade do jejum hipócrita

Então, Isaías repreende o povo por seu jejum hipócrita, que não produz resultados verdadeiros. O povo busca a Deus apenas de forma externa, cumprindo rituais religiosos, mas seu coração está distante do Senhor. Eles buscam o favor de Deus através do jejum, mas continuam envolvidos em práticas injustas, explorando seus empregados e se envolvendo em discussões e brigas. Deus não aceita um jejum vazio de verdadeira devoção e amor ao próximo.

“Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto”. Isaías 58:4

Logo, Isaías destaca que o jejum deve ser acompanhado por uma mudança de atitude e motivação. Afinal, não é apenas a abstinência de alimentos que agrada a Deus.

 

Como fazer um jejum que agrada a Deus

Diante disso, quero compartilhar alguns pontos práticos para fazer um jejum que agrada a Deus:

1. Jejue com propósito: jejuamos para nos colocar em fraqueza voluntária

O jejum é um dos métodos pedagógicos de Deus para doutrinar nosso corpo, mente e coração a escolher e buscar o que realmente importa, o que realmente é necessário. Então, esteja atento a cerca da motivação correta no jejum. O jejum centraliza a nossa santificação naquele que pode nos santificar. Além disso, o jejum alinha os nossos afetos e a nossa atenção, ou seja, enquanto a carne é enfraquecida o nosso homem interior é fortalecido e suprido com a verdadeira comida.

Então, antes de iniciar um jejum, reflita sobre qual é o seu propósito. Ore e peça a Deus que revele o que Ele quer que você alcance nesse tempo por meio do jejum

2. Jejue com humildade: jejuamos para romper com o orgulho e soberba do nosso coração

O jejum é uma forma de nos humilharmos diante do nosso Deus, reconhecendo que somos dependentes Dele em todas as áreas de nossas vidas. Assim, através do jejum, negamos a nós mesmos e buscamos a vontade de Deus acima das nossas próprias vontades.

Então, desenvolva devoção como uma expressão de nosso amor e busca constante de comunhão com nosso Deus em oração, meditação na palavra e louvor. Além do mais, ambos são uma forma de demonstrarmos nossa humildade e dependência de Deus em nossa jornada espiritual.

Lembre-se do que o Apóstolo Paulo nos incentiva em Romanos 12.1

Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se
ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Romanos 12:1

3. Jejue praticando a justiça e a misericórdia: Jejuamos para nos tornarmos cada vez mais parecidos com Jesus

O jejum é uma oportunidade para praticar a justiça e a misericórdia. Assim, ajude os necessitados, visite os enfermos, ore pelos desesperançados. Ou seja, faça algo concreto. Em devoção responda ao amor de Deus, que se manifesta em nossa vida diária, através de nossa obediência e serviço a Ele e ao próximo. Na verdade, viver uma vida de devoção a Deus é praticar a justiça e a misericórdia em todos os momentos.

Lembre-se do que Jesus nos ensinou em seu sermão do monte:

 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Mateus 5.6-7

4. Jejue buscando a comunhão com Deus: Jejuamos para estarmos sensíveis a sua voz e obedientes a sua vontade

O jejum é um convite para nos aproximarmos de Deus e ouvir Sua voz. Portanto, o propósito do jejum é buscar a Deus de forma mais profunda e intencional. Busque a comunhão com Ele por meio da oração, da leitura da Bíblia e da meditação.

5. Jejue se lembrando do alvo: Deus é o propósito primário do jejum

O jejum deve iniciar em Deus e ser guiado por Ele. Assim, mantenha seu foco no propósito do jejum e não desvie dele. Não permita que o jejum se torne uma mera prática religiosa, mas sim um ato de devoção a Deus e de serviço aos outros. Além de toda e qualquer recompensa que pode ser obtida através da prática do jejum, devemos faze-lo por amar mais a Ele, do que tudo que Ele pode nos dar.

6. Jejue para ser satisfeito Nele: Jejuamos para nos lembrarmos de que Ele é suficiente

O jejum é um grito dentro de cada um de nós, as coisas deste mundo não são capazes de nos satisfazer. “Fomos criados por Ti e para Ti. Traga-nos de volta mais uma vez a esse lugar”.

7. Jejue para cultivar a saudade: Jejuamos para cultivar a saudade pelo Noivo.

O jejum é, para nós cristãos, uma espécie de lamento e declaração de que as coisas não estão satisfatórias. Por mais que nossa vida esteja bem, por mais que sejamos prósperos, tenhamos boa saúde, família e riquezas, sabemos que nenhum dos prazeres dessa vida nos é suficiente, enquanto Jesus não estiver presente conosco.

Jesus foi questionado pelos discípulos de João Batista por que os Seus discípulos não
jejuavam.

“Então os discípulos de João vieram perguntar-lhe: Por
que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não? 15 Jesus respondeu: Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.” Mateus 9:14-15

A resposta de Jesus nos traz muita clareza sobre o jejum. A vinda de Jesus trouxe consigo um novo amanhecer. O Noivo estava no meio deles. Era tempo de festejar, não de jejuar. Jesus responde à necessidade de jejuar se referindo ao tempo em que Ele se ausentaria: “Então jejuarão”. A hora é agora!

 

Fome por Deus

Aqueles que anseiam andar em intimidade com Deus, devem ouvir esse convite de Jesus de jejuar, uma vez que o noivo não está presente. Além do mais, um dos propósitos do jejum é nos conectar com a fome que há no nosso coração por sua presença. E essa fome será saciada com o retorno do Noivo.

“A terra natal do jejum cristão é a saudade de Deus” – John Piper – Fome por Deus

 

Estamos vivendo algo sem precedentes em nossa geração: um movimento global de jejum e oração em prol dos propósitos de Deus pelo povo de Israel. Afinal, a Bíblia deixa evidente que o Senhor tem planos de salvação para seu povo eleito. Sendo assim, como igreja, devemos estar alinhados com o desejo do nosso Senhor de alcançá-los e clamar por salvação.

Durante esse período, nossa sala de oração se engajará nessa causa, e queremos compartilhar o que o Senhor tem falado conosco nesse tempo. Por isso, leia abaixo um cordel pela salvação de Israel, escrito por um dos nossos missionários intercessores, Eliaquim Benedito.

 

Um cordel pela salvação de Israel

I

Já se viu negócio desses

De alguém querer se portar

no estado de Direito

povo eleito se achar?

se hoje existe enxertado

é porque enraizado

Israel já estava lá

 

II

Do alto céu olhou pra Terra

Soberano criador

De Jacó a descendência

quis escolher o Senhor

p’ra si separou um povo

sobre eles um renovo:

sua Palavra, seu penhor

 

III

Passam dias, passam anos

suas histórias nós lembramos

suas palavras nós cantamos

reacendem nosso Amor

Mas dos tempos a mudança

Não anula a Aliança

Que fez o grande feitor

 

IV

Há uma promessa eterna

Feita à grande nação

graciosamente eleita

a semente de Abraão

Deus nunca voltou atrás

nem se esqueceu jamais

do que disse desde então

 

V

Há uma agenda sublime

que precisa ser lembrada

há gloriosa esperança

que deve ser propagada

Breve o Filho virá

e para si encontrará

sua noiva, sua amada

 

VI

Tão somente não caiamos

na possível tentação

de pensar que Israel

do nosso “sim” é o “não”

Segue sendo escolhida

por Deus amada e mantida

salvá-la-á forte mão

 

VII

De tantas nações da terra

o ungido do Senhor

judeu se mostrou ao mundo

o divino Redentor

numa cruz foi imolado

mas ao Céu ressuscitado

ascendeu em esplendor

 

VIII

Se ele disse que sim

Como diremos que não?

Iremos até o fim

Junto à grande comissão

Lembrando de Israel

Elevando a voz ao Céu

Com ardente intercessão

 

IX

O anseio de Deus é o mesmo

por certo não vai mudar

Aos olhos que estão fechados

Ele quer se revelar

Mesmo com o passar dos anos

Ainda está em seus planos

Sua Israel salvar

 

X

Se de fato o conhecemos

logo o obedeceremos

em concordância andaremos

nos deixaremos gastar

nos muros da oração

em constante intercessão

Até que aquela nação

Nosso Deus venha salvar.

 

Eliaquim Benedito, missionário FHOP

Precisamos entender o plano de Deus para a humanidade, e a Igreja e Israel fazem parte desse plano. Nos escritos de Paulo, ele fala sobre o mistério que se refere a revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo.

Portanto, Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo. Então, a igreja é parte desse plano. Porém, existem abordagens teológicas que são utilizadas para interpretar a Bíblia, que são o dispensacionalismo e o aliancismo. Essas abordagens possuem pontos fortes e fracos. Porém, possuem uma falha que leva a uma falta de compreensão do mistério de Israel.

 

Dispensacionalismo e aliancismo

O aliancismo e dispensacionalismo são duas abordagens teológicas diferentes para compreender a história da salvação e o papel de Israel e da igreja nesse processo. Portanto, cada abordagem apresenta implicações significativas na compreensão da relação entre o povo judeu e o cristianismo e, por consequência, na história do antissemitismo.

Dispensacionalismo: duas árvores de salvação

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

 

O dispensacionalismo é uma abordagem que divide a história da salvação em diferentes períodos chamados dispensações, cada uma com um conjunto específico de regras e requisitos.

Segundo essa abordagem, Deus frequentemente testa e oferece uma oportunidade única de salvação em cada uma dessas dispensações. O arrebatamento da igreja é um evento futuro em que os crentes verdadeiros em Jesus Cristo serão retirados do mundo antes da tribulação, para Deus voltar a lidar com Israel na grande tribulação.

Aliancismo: uma árvore de salvação substitui a outra

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto.

Já o aliancismo é uma abordagem que vê a salvação como um processo contínuo, que começa com a primeira aliança de Deus com Adão e Eva e continua através das outras alianças estabelecidas por Deus com a humanidade, culminando na nova aliança em Jesus Cristo. Cada uma dessas alianças é vista como uma etapa importante na história da salvação, mas a nova aliança em Jesus Cristo é a última e final, e não haverá outra.

Consequência do Aliancismo e do Dispensacionalismo

Como já foi dito, ambas as abordagens teológicas têm implicações significativas para a história do antissemitismo. A teologia do aliancismo pode levar à compreensão de que a igreja substitui Israel como o povo escolhido de Deus. Isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

O problema central do aliancismo reside na sua incapacidade de diferenciar entre Israel e a Igreja. Em virtude disso, a corrente reinterpretou uma série de textos do Antigo Testamento, que falam sobre as promessas para Israel a serem cumpridas no fim dos tempos, a posse da nova terra, o milênio, a grande tribulação, dentre outros.

As raízes do aliancismo

Contudo, tal método interpretativo é bastante alegórico, lembrando o antigo método alegórico da escola alexandrina, que teve Orígenes como um de seus representantes, mas que acabou sendo condenado pela Igreja.

Vale ressaltar que essa interpretação do aliancismo tem suas raízes no antissemitismo medieval e isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

Uma árvore não substitui a outra

A ideia de que uma árvore de salvação substitui a outra pode levar à interpretação equivocada de que Deus rejeitou os judeus e escolheu os cristãos como o novo povo escolhido.

Por outro lado, a teologia do dispensacionalismo pode levar a uma compreensão equivocada de que Deus perdeu o controle da história. A ideia de que Deus precisaria retirar a igreja do mundo antes da tribulação pode levar a uma mentalidade de escapismo.

Deus nunca perdeu o controle

Conforme as Escrituras, pode-se afirmar que todo o sofrimento do povo judeu na história da humanidade não ocorreu sem a supervisão e controle de Deus. A Bíblia ensina que Deus é soberano sobre todas as coisas, incluindo o sofrimento do Seu povo escolhido. Um exemplo disso é o livro de Jó, onde Deus permitiu que Satanás afligisse Jó, mas manteve sempre o controle da situação.

Além disso, a Bíblia nos mostra que Deus usa o sofrimento para cumprir Seus propósitos e planos soberanos. Por exemplo, no Antigo Testamento, podemos ver que Deus usou a escravidão no Egito para libertar o povo de Israel e levá-los à terra prometida (Êxodo 12:40-42).

Assim, nos dias de hoje, Deus também pode usar o sofrimento do Seu povo para realizar Sua vontade. Isso não significa que Deus cause o sofrimento, mas significa que Ele pode permiti-lo para nos moldar e nos tornar mais como Cristo (Romanos 8:28-29):

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:28,29

E quando Deus restaurar Israel, como prometeu em Sua Palavra, será uma ocasião gloriosa. A Bíblia nos diz que Jesus Cristo retornará para estabelecer Seu reino na Terra e Israel desempenhará um papel importante nesse evento (Zacarias 14:1-9).

 

Inclusão ou Teologia da Promessa

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

De acordo com a visão de inclusão radical, o plano divino não se limita apenas ao povo judeu, mas abrange todas as nações. Deus prometeu a Abraão (Gn 12:1-3) que todas as nações da Terra seriam abençoadas através dele. E essa promessa se cumpriu em Jesus Cristo, o salvador de toda a humanidade, tanto judeus quanto gentios. O apóstolo Paulo, em suas cartas aos Romanos e Efésios, fala extensivamente sobre a inclusão de todas as nações na salvação divina. Em Efésios 2:11-13 vemos:

Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Efésios 2:11-13

 

Igreja e Israel

Conforme a igreja amadurece espiritualmente, ela passa a compreender com mais clareza o papel de Israel no plano divino e como sua própria existência está conectada a isso. Isso envolve reconhecer que a igreja não substitui Israel, mas que ambas as partes são essenciais para a realização do plano divino de salvação da humanidade. Juntos, judeus cristãos (a Israel de Deus) e gentios cristãos compõem o que chamamos de povo de Deus.

 

Além disso, à medida que a igreja cresce, ela compreende como pode trabalhar em conjunto com Israel para cumprir o plano de Deus na história. A cooperação e a união entre judeus e gentios são fundamentais para a realização do propósito divino na história.

Um intercessor que se posiciona em oração pelo que está no coração de Deus, é chamado a perseverar e permanecer. Em Isaías 62 a Bíblia nos mostra que Deus estabeleceria seus atalaias sobre os muros da oração. E estes não dariam descanso ao Senhor até que Ele restabeleça Jerusalém como objeto de louvor na terra.

 

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Quem eram os atalaias?

A importância dos atalaias na defesa da cidade é um tema que nos remete aos tempos bíblicos e que ainda tem muito a nos ensinar. Afinal, esses guardas eram fundamentais para manter a segurança dos muros da cidade, pois sem eles, os inimigos poderiam facilmente invadi-la.

Os atalaias eram responsáveis por ficar atentos aos movimentos dos inimigos durante a noite, já que nesse período os espiões podiam subir os muros e avaliar as fraquezas da cidade. Além disso, caso os guardas adormecessem durante o turno, eles poderiam ser severamente punidos, até mesmo com a morte, uma vez que a segurança da cidade dependia deles.

 

Precisamos estar atentos

Essa analogia pode ser aplicada também à nossa vida espiritual, pois a missão que as Escrituras nos convidam a viver não é uma missão de festa ou de folga, mas sim uma vida de esforço, luta, disciplina e posicionamento constante. Assim como os atalaias precisavam estar alertas para garantir a segurança da cidade, nós também precisamos estar atentos para manter nossa vida espiritual em segurança.

Na história da igreja, o lugar da oração muitas vezes foi negligenciado, mas Deus sempre agiu por meio de poucos, por meio de pessoas improváveis e incapazes, que foram forjadas pelo Senhor e estavam aptas para o trabalho. No entanto, na dinâmica da intercessão, é possível ver que Deus usa a fraqueza das pessoas para mostrar o Seu poder e obter a vitória.

 

O intercessor nos muros da oração

Vamos abordar três aspectos que se encontram em um intercessor que se coloca nos muros da oração. Identificação, agonia e autoridade.

 

  1. Identificação

O intercessor deve se identificar com aqueles pelos quais ele intercede. Jesus, como o nosso  Eterno intercessor, que intercede por um mundo perdido, tomou a nossa natureza sobre si mesmo. Ele aprendeu a obediência mediante todas as coisas que ele sofreu, ao ser tentado em todos os pontos como somos. Logo, o nosso Salvador conquistou essa posição com a mais completa autoridade. A identificação deve ser o ponto de partida na vida dos vigias.

 

pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 4:15

 

  1. Agonia

Todo aquele que prova dessa identificação, também prova da agonia por meio do Espírito no lugar de intercessão (Rm 8:26-28). Sendo assim, vemos que essa agonia cresce à medida que morremos para nossos desejos naturais, e por meio do próprio Espírito O escolhemos. 

Existem exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão: Moisés quando orou pelo povo após o pecado de idolatria (Ex 32:32). Assim como Paulo que expressou uma profunda dor por causa de seus irmãos (Rm 9:3). Contudo, poderíamos citar diversos exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão. Logo, o amadurecimento da intercessão é o Espírito compartilhando os gemidos conosco.

 

  1. Autoridade

O intercessor que se identifica, é levado a agonia, enfim, conhece a autoridade. Afinal, a intercessão identifica o intercessor de tal modo como servo sofredor, que dá a ele, um lugar que nem todos alcançam: Mover o coração de Deus. 

Logo, esse tipo de intercessão, é a intercessão que move o coração de quem ora, ao ponto de levá-la ao coração de Deus, e por haver ali a concordância, move o coração de Deus em realizar, manifestar, transformar o desígnio.

 

 Os intercessores

Certamente, os trabalhadores que o Senhor comissiona para Sua missão, partem desse lugar. Digamos que essa experiência da intercessão é a incubadora de homens e mulheres que realizam um trabalho efetivo e relevante diante de Deus. Logo, eles são fruto de orações agonizantes e perseverantes. 

Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 1 Tessalonicenses 2:4

 

Uma compreensão profética do intercessor

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Esse texto além de falar sobre o chamamento do Senhor aos seus trabalhadores ao lugar de oração, fala sobre uma perspectiva futura e profética do fim dos tempos. Portanto, o Espírito derramará um espírito de súplica e graça (Zc 12), e o Movimento de Oração chegará em seu ápice. 

Assim, oração e intercessão é um dos principais temas da profecia do fim dos tempos. No entanto, haverá um grande conflito no fim desta era entre dois movimentos globais de oração. O anticristo dará poder a um movimento de falsa adoração (Ap 13:4,8,12,15), porém o movimento liderado por Jesus será muito mais poderoso!

 

Intercessores em tempo integral

Essa passagem de Isaias 62 se dá com a restauração de Jerusalém como objeto de louvor na terra. A dimensão de 24/7 dessa promessa implica em que alguns intercessores e ministérios são chamados a se dedicar à intercessão como uma ocupação em tempo integral.

Contudo, a compreensão dos versículos 1-5 são cruciais para então cumprirmos 6,7. Que traz o entendimento do amor, das afeições de Deus sobre Seu povo, e o nosso engajamento no clamor por Israel.

 

A identidade da igreja é casa de oração

Enfim, é necessário deixar claro que o se levantar em intercessão, não é apenas de ter causas ministradas. Na verdade, é cooperar, trabalhar para o retorno do Senhor. Salmos 96 e 98 apontam profeticamente que sobre um período futuro em que adoração e intercessão ao Senhor se levantará em toda terra.

Afinal, essa será a identidade da Igreja: ser uma casa de oração. Is 56:6,7:

E os estrangeiros que se unirem ao Senhor para servi-lo, para amarem o nome do Senhor e para prestar-lhe culto, todos os que guardarem o sábado sem profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança, esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Isaías 56:6,7

 

Ou seja, isso chegará ao conhecimento de todos, não apenas do Senhor, que a Igreja é um lugar de clamor e louvor. Deus levantará seus atalaias nos muros da oração.

 

Una-se a nós em jejum e oração por Israel, baseado em Isaías 62. Há um movimento global de oração sem precedentes acontecendo hoje mesmo, clique no link e saiba mais sobre como participar:

Jejum Isaías 62 – Uma assembléia solene global

 

Brenon Batista – Líder de Intercessão na FHOP

Nesse mês de maio, nós iremos nos unir com cristãos de várias partes do mundo em prol de um jejum de 21 dias e estaremos orando por Israel, em um movimento global de oração. E aproveitando esse tema, vamos esclarecer a importância que Israel tem para nós cristãos. Talvez você esteja confuso ou não saiba porque orar por Israel. Nós não acreditamos que a igreja substituiu Israel nos planos de Deus, muito pelo contrário, acreditamos na centralidade de Israel nesse plano e é sobre isso que conversaremos hoje. 

 

Orar por Israel é a certeza de orar a vontade de Deus

Você já teve dúvidas sobre se suas orações estão alinhadas com a vontade de Deus?  Embora Deus ouça todas as orações, nem todas são respondidas. Deixa eu te dar uma dica muito valiosa: ore por Israel e você verá que essa oração certamente será respondida pois ela é a vontade de Deus. As vezes pensamos que não temos fé suficiente em nossos pedidos. Mas se tem um tópico de oração pelo qual podemos ter certeza que é a vontade de Deus, esse tópico é Israel. Sabe por que eu afirmo isso? Porque é promessa de Deus.

O profeta Isaías se refere a quem ora por Israel como “vigias” em Isaías 62:6-7: “Ó Jerusalém, sobre os teus muros coloquei vigias, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra”. Ou seja, pessoas que não descansam até que a vontade de Deus se cumpra em relação a Israel. Junte-se a esses vigias e ore por eles, confiando na promessa de Deus.

 

Quatro motivos para orar por Israel

Se você está em busca de razões para orar por Israel, aqui estão algumas delas. Orando por Israel, primeiramente, devemos nos lembrar que Deus está no controle do endurecimento e abertura dos olhos de Israel, e confiar que suas promessas serão cumpridas. Como igreja cristã, é importante amar e orar pelos nossos irmãos judeus, lembrando sempre que Jesus é judeu. Algumas razões específicas para orar por Israel incluem:

 Ore pela salvação dos judeus

Conforme Romanos 11:26. Muitos judeus não conhecem a verdadeira natureza de Jesus e o consideram apenas um fundador de uma nova religião. Um dos motivos mais relevantes de oração é para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido. Quando lemos Atos 15, vemos que o cenário ali era diferente, a pergunta deles era: “seria possível os gentios seguirem um Messias de Israel?”. Hoje, ouvimos que os judeus não creem em Jesus. O que aconteceu? Muitos judeus não sabem o que é seguir Jesus, muitos deles acreditam que Jesus foi o fundador de uma nova religião. Essa religião, o cristianismo,  na visão deles adora três deuses ao invés de um único Deus. Esteja orando por Israel e ore para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido, seu Senhor e Salvador;

Ore pela proteção de Israel

Como mencionado em Jeremias 31:38. Existe um movimento significativo para aniquilar essa nação, e devemos orar pelos inimigos de Israel, incluindo terroristas pertencentes a grupos extremistas ou mesmo cristãos confusos que acreditam que essa nação não deve existir. Pode parecer estranho mas o fato de Deus escolher Israel para cumprimento de seus propósitos no mundo, irrita a muitos e requer muita fé de nossa parte para confiar na soberania de Deus. É preciso sim muita oração sobre esse motivo;

Ore pela paz em Jerusalém

Conforme Salmos 122:6. Apesar de ser uma cidade importante para Deus, Jerusalém ainda enfrenta conflitos políticos e sociais. Há muito pecado e muita disputa em ambos os lados da cidade, a paz política só será possível no retorno de Jesus mas devemos batalhar pela paz de Jerusalém em oração. Jerusalém está fora das principais rotas comerciais e não tem importância estratégica para um exército conquistador. Se fosse apenas uma batalha física, seria difícil entender o raciocínio por trás disso. Mas sabemos que é espiritual, Deus escolheu habitar no meio de Jerusalém (Zacarias 8:3). Ore para que haja paz nessa cidade e para que Deus proteja seus habitantes;

Ore para o cumprimento das promessas de Deus para Israel

Conforme Isaías 60. Deus tem um plano para esse povo e prometeu que sua glória brilhará sobre eles. Declare essas promessas em suas orações e confie que Deus cumprirá sua palavra.

 

A Importância de Israel na Fé Cristã

Nessa conversa, espero ter ajudado a perceber a importância de Israel para a nossa fé cristã. É interessante lembrar que Jesus era judeu, ele não era cristão ou seja, seguidor de Cristo, ele era o próprio Cristo e  seu nome em hebraico é Yeshua . Maria sua mãe, não era católica e João seu primo, não era da igreja batista, ambos eram judeus também. Portanto, tenha ciência que ao ignorar o povo judeu, estaremos ignorando aonde se iniciou a revelação de Deus. Embora Jesus tenha pregado entre gentios, isso trouxe dificuldades para que seus irmãos judeus o reconhecessem como o Messias prometido. No entanto, chegará o dia da reconciliação. Veja o que diz em Zacarias 12:10:

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e súplicas de misericórdia, para que, quando olharem para mim, para aquele a quem traspassaram, o pranteiem como se pranteia filho único, e chorar amargamente por ele, como se chora por um primogênito”. Zacarias 12:10

Foi providência de Deus todos esses anos de rejeição por parte dos judeus para benefício e salvação de todos nós. Por isso, participe conosco desse jejum por Israel, entendendo a relevância dessa nação tanto para o cristianismo quanto para o retorno de Jesus. Não esqueça que o nome Jesus hoje para os judeus pode parecer gentil demais, mas Ele é o próprio Cristo.

E por fim, vamos lembrar que a importância de Israel não está apenas no passado, mas também no presente e futuro, conforme as promessas de Deus. Junte-se a nós nesse jejum e esteja orando por Israel, e confie na soberania de Deus para cumprir suas promessas.

 

O capítulo 6 do evangelho de Mateus é parte do maior sermão dado por Jesus: O sermão do monte. Além disso, é conhecido como a constituição do reino. Assim, Jesus chama Seu povo à perfeita obediência e a ter isso como alvo principal em sua vida. Portanto, naquela época, haviam grupos de pessoas, como os fariseus. Eles eram líderes que queriam ser vistos pelos outros como santos, como impecáveis perante a lei. Por isso, oração em público era uma maneira de obter atenção e admiração. No entanto, Jesus via e sabia o que havia por trás desses “atos de fé”. Por isso, ensinou ao seu povo que a essência da oração não é fazer em público somente, mas sim em viver para apenas um olhar. E assim, ter um relacionamento íntimo e privado com o Pai.

“Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê o que é secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)

Deste modo, orar somente onde somos vistos indica que o público verdadeiro não é o Senhor. Cristo estava chamando a atenção dos motivos por trás dos atos expostos. Portanto, a questão não é o local em si em que oramos ou a escolha entre a oração pública e privada, mas sim entre a oração sincera e hipócrita. Assim, Jesus nos conduz de volta ao relacionamento íntimo e sincero com Ele. 

 

 

O Senhor enxerga a sinceridade do coração 

O que seria então a oração secreta e sincera? Nas escrituras podemos observar diversos exemplos de homens e mulheres que eram intencionais em buscar ao Senhor no lugar secreto. Logo, é para esse lugar que somos chamados: o lugar da oração, onde permanecemos conectados com Deus. Dessa forma, o próprio Jesus é o nosso maior exemplo de comunhão pois Ele mantinha uma vida constante de oração e de busca ao Pai. 

No versículo 6, a palavra grega traduzida por “quarto” é tameîon, que significa despensa, câmara de armazenamento. Logo, esse termo é usado, porque se refere ao único cômodo da casa que tinha uma porta que podia ser fechada, o que não havia nos outros. Assim, isso nos remete à um local privado, solitário, de intimidade, um lugar que era íntimo e escondido. É portanto, nesse quarto, ao fechar a porta, que podemos nos expor ao Senhor. Nesse lugar podemos viver para apenas um olhar. Pois ali, ninguém nos assiste, ninguém nos olha, a não ser o próprio Deus.

 

O Deus que nos conhece

Salmos 139 nos mostra que o Senhor conhece o íntimo do nosso ser, Ele é o Criador, logo não há nada em nós que Ele não saiba. É a partir de um relacionamento com o Pai que o lugar de oração. Ali, é possível conhecê-lo e ser conhecido por Ele. O próprio Cristo instrui a buscá-lo no secreto, pois nesse lugar não é preciso provar nada, não existe performance, não existe hipocrisia. Isso é viver para apenas um olhar.

 

 

Edificando um altar de intimidade com Deus 

É isso que Davi diz nos Salmos 27:4. Ele entendeu que a única coisa que importava e tinha valor era habitar nesse lugar de relacionamento com Deus. Em Mateus 6:6, a palavra secreto é dita a respeito do Pai e associado a forma com que Ele nos vê, mas não é associada a recompensa. Ou seja, a recompensa que Deus promete para quem vive para apenas um olhar, não é material e nunca é dada aqueles que buscam somente a recompensa.

No verso anterior, (Mateus 6:5) o Senhor fala a respeito dos que oram em público para serem vistos e afirma que a recompensa deles é justamente a visibilidade. Eles fazem para os homens, logo recebem a recompensa que lhes é devida. Porém, se eu vivo realmente para a audiência e o olhar apenas do Senhor, vai chegar um momento em que Ele trará a recompensa eterna. 

É automático para nós seres humanos associarmos recompensa com visibilidade, e infelizmente essa é uma concepção muito errada. Antes de qualquer outra coisa, nossos olhos precisam estar fixos em Jesus, em nos tornarmos um lugar de oração para que no momento certo, Ele possa nos recompensar da maneira devida.

 

 

Josué tinha um coração voltado para o lugar secreto

Quando olhamos para as escrituras, vemos o exemplo de Josué. O texto de Josué 4:3-9, menciona 2 altares que são construídos para o Senhor, um interno e um externo, os dois constituídos por 12 pedras. O altar externo é construído pelo povo, como um memorial para que todos que vissem aquele altar, lembrassem do Deus de Israel e dos seus feitos. Já o outro, o interno, foi feito por Josué, sozinho, no meio do rio Jordão, um local escondido e que ninguém vê. 

Na cronologia dos fatos, vemos que o altar interno foi construído primeiro. Ou seja, Josué antes de construir o que seria visível para todas as pessoas, ele se preocupou em erguer algo somente para Deus. Antes de fazer algo para ser visto publicamente, ele se importou com a audiência mais importante. Se observarmos o texto, vemos que o altar externo foi totalmente proporcional ao interno, ou seja, não podemos querer desfrutar de algo que não conquistamos na intimidade com o Pai. 

Isso é um apelo a voltarmos ao lugar em que somos vistos pelo Senhor e nos importarmos apenas em agradá-lo, precisamos nos preocupar apenas em construir nosso altar interno, e deixar que no momento certo, o próprio Deus erga o altar externo, como consequência do que vivemos. 

 

 

Viver para apenas um olhar

O Senhor nos convida a todo tempo ao lugar de intimidade, o lugar da oração. Ele nos ouve no secreto e após nos encontrar nesse lugar, Ele expõe de forma pública, para que as pessoas vejam quem o Cristo é. A nossa recompensa não é e nunca deve ser o nosso objetivo por trás da busca pelo Senhor, mas sim a consequência de uma vida devota e totalmente entregue. 

Que Cristo nos ensine a amá-lo verdadeiramente e a buscar o que realmente importa. Que através das disciplinas espirituais, a nossa revelação e entendimento de quem Ele é, cresçam. Precisamos entender que o Senhor é o maior interessado em se fazer conhecido, Ele quer se revelar, nós só precisamos parar para ouvi-lo e estudá-lo através da escrituras

 

Ana Stédile – Aluna do Fascinação Turma 18

As Disciplinas Espirituais são um tema muito relevante a serem abordados nestes dias. 

Agora, antes de falarmos sobre a graça e o nosso esforço, quero esclarecer um pouco sobre as disciplinas. 

As disciplinas espirituais são: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. 

Portanto, com isso em mente podemos tratar da graça e do nosso esforço dentro das disciplinas. 

Quero te dar um exemplo sobre graça e as disciplinas espirituais, algo que tenho em mente sobre estes dois assuntos e sua aplicação. 

Eu tenho um corpo físico onde não me foi necessário criar minhas pernas ou meus cabelos, minhas mãos, eu nasci e ganhei este corpo, assim é com a graça. 

Definitivamente, a graça é um favor imerecido, uma benção, um dom. 

 

sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:24 

 

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Tito 2:11 

 

Um exemplo de graça, esforço e disciplinas espirituais 

Agora, pense sobre o esforço humano, eu tenho um corpo, mas também necessito cuidar dele: comer alimentos que irão nutri-lo de vitaminas, fazer exercícios que poderão ajudá-lo a estar saudável. 

Nesse sentido, aqui faremos uma conexão entre o esforço e as disciplinas. 

A graça é gratuita, mas isso não quer dizer que não exista uma parte que envolve nosso esforço. 

Deus através do seu filho, Jesus, nos concedeu o direito à salvação e a vida eterna. 

As disciplinas espirituais são o meio de nos manter em conexão com essa graça. 

Precisamos entender que existe a parte que nos cabe dentro do legado deixado por Deus para cada um de nós como cristãos. 

Jesus em todo o tempo nos instruiu a orar, jejuar, dar generosamente, aprender com as escrituras, ter comunhão e adorar. 

Se isso não fosse necessário, Jesus não nos deixaria como algo a ser feito. 

Observe estes versículos 

Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora? “, perguntou ele a Pedro. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mateus 26: 40-41

 

Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão. Lucas 5: 33-35

 

Inegavelmente, vemos claras declarações sobre jejum e oração que são parte das disciplinas espirituais. 

Qualquer tipo de disciplina exige esforço até que se torne parte de nossos hábitos. 

Certamente, se formos analisá-las formam parte de nosso relacionamento com Deus e isso não deveria ser visto como algo penoso, mas como um prazer e também parte de quem somos.

Que agora mesmo possamos entender a graça da maneira correta e viver plenamente uma vida na qual disciplinas espirituais são um meio a desenvolver nosso caráter e nossa vida de comunhão com Jesus. 

 

Deus te abençoe