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Vou Pescar! Quer ir comigo?

Vou pescar, disse Simão Pedro. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.”  Jo. 21.3

Quem de nós já não se decepcionou ou se frustrou com circunstâncias que tomaram rumos diferentes dos esperados? Isso aconteceu com os discípulos de Jesus, que andaram 3 anos e meio a seu lado. Atualmente, acontece conosco também.

A natureza humana é a mesma, independentemente de raça, cor ou idade. O pecado roubou-nos a capacidade de confiar no que já sabemos a respeito de Jesus e de seu plano conosco. A luta da carne contra o espírito é diária e real.

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”  Rm. 7.14

Mesmo que Ele já tenha nos falado e alertado para alguns percalços da jornada, ainda assim, nosso coração não captura a essência de seus ensinamentos e de suas orientações. Nossos olhos estão vendados, como estavam os de Paulo, e dos discípulos no caminho de Emaús.

Os discípulos haviam sido avisados sobre a necessidade de Jesus morrer, bem como a respeito da promessa de Sua ressurreição. Mas, diante da realidade da cruz, sua esperança esmoreceu. É provável, que seu primeiro pensamento tenha sido voltar ao lugar conhecido, à zona de conforto.

Voltar a pescar, no caso deles, significava tudo isso. Implicava em classificar os 3 anos e meio na companhia do Mestre como uma perda de tempo, ou, na melhor das hipóteses, como algo que não havia mudado seus destinos por completo.

Muitas vezes li trechos como estes, e outros tantos nos evangelhos, que revelam a dureza de coração dos discípulos, e espantei-me com tamanha cegueira. No entanto, meu coração é igualmente duro e, com frequência, entra em conflito.

Nossa pescaria pode estar acontecendo neste momento, ou quem sabe aconteceu recentemente, ou porventura está prestes a acontecer. A realidade é que, com frequência, abandonamos o lugar onde deveríamos estar, em busca de algo que nos traga um pouco de segurança.

Andar por fé exige desprendimento e perseverança. Confiar nas promessas, quando tudo desmorona ao nosso redor, denuncia nossas fragilidades, já que é neste momento que elas são reveladas. Quando fomos comissionados a ser pescadores de homens e voltamos a pescar peixes, no mínimo, precisamos de maior revelação de nosso chamado.

Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes.” Jo. 21:4-6

O que amo a respeito de Jesus, é que Ele foi pescar com eles. Ele sempre nos encontra onde estamos. Seu amor por nós é incompreensível. Ele nos busca em nossa pescaria quantas vezes for necessário. Ele é o bom pastor que deixa as 99 e busca a que se extraviou. Essa é a natureza de nosso Mestre. Foi assim há 2000 anos, continua sendo assim hoje.

Espere por um encontro com Ele em sua pescaria, mas lembre-se que será sempre mais sábio permanecer no lugar designado por Ele. O caminho de volta deverá ser percorrido, e ele pode significar uma volta a mais no deserto. Ele garantiu que não nos deixaria. Vale salientar também, que os peixes só aparecem quando Ele chega. Todo esforço isolado dEle não gera resultados.

 

Queremos  os montes, precisamos deles, estamos buscando um fôlego em meio a essa vida cheia de desafios, queremos um descanso.

Mas, muitas vezes os passos que estamos dando em direção aos montes encontrarão mais um deserto no caminho, e teremos que passar por mais lágrimas e mais uma longa espera.

O que fazer, como reagir, como nos posicionar, como continuar a andar quando já estamos tão cansados na jornada?

Perseverar é uma das palavras da minha vida, não escolhi ela, fui escolhida e abracei como uma ordem para os dias de dificuldade.

Perseverar em dias de alegrias é muito simples, se manter em fé em dias de adversidades é outra história.

Perseverar ou desistir, estamos diante de escolhas. Ele está nos dando a escolha. Hoje entendo que desistir não é uma opção, e que independente do monte ou do deserto eu preciso escolher glorificar ao Senhor do tempo e das estações.

“E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos”. Daniel 2:21

Precisamos entender que aquele que tem o amor do Pai tem seu favor, então não importa se você está com Ele num alto monte, ou se parece que acabou de entrar num deserto que não parece ter fim, receba o mais puro amor e saiba que o favor vem junto.

O amor irá te sustentar na longa espera e o favor guiará seus passos em direção as promessas.

Montes nos dão uma perspectiva privilégiada, desertos nos tornam mais fortes.

Talvez, como eu, você hoje esteja andando com lágrimas nos olhos, pense que o importante é continuar a caminhar, não desista, a colheita vai chegar, nosso dia de vibrar de alegria está logo à frente.

Nosso Deus não nos esqueceu e também não perdeu o controle em nenhum momento da história.

Ele é Deus e sua liderança de amor está nos conduzindo a dias de romper.

“digam aos desanimados de coração: “Sejam fortes, não temam! Seu Deus virá, virá com vingança; com divina retribuição virá para salvá-los”.

Isaías 35:4

Olhe para Cristo, deixe que a Paz que excede todo o entendimento envolva seu ser e continue a crer.

Aquele que começou a boa obra tem poder para completar ela.

Minha oração hoje, por mim e por você é para que mesmo que pareça que os céus estão em silêncio, nós continuemos a crer e a perseverar, assim, veremos nossa esperança ser renovada e poderemos sorrir diante do futuro.

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia,
pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. 2 Coríntios 4: 16,17

 

 

 

Você também deseja conhecê-Lo? Mas, como conhecer a um Deus inescrutável? Que olhos não podem ver e nem há plena compreensão dos seus caminhos? Pois somos homens, limitados em ações e pensamentos, e Deus é o Criador do Universo.

Ao voltarmos a Sua Palavra, podemos perceber que sobre nós há um convite bem explícito, um desafio que faz todo o sentido e, até mesmo uma ordenança, de que prossigamos em conhecê-Lo. De que o busquemos de todo o nosso coração e nos satisfaremos n’Ele. Um Deus que não se pode sondar, mas deixa-Se conhecer por amor. Sim, sem dúvida, podemos conhecê-Lo.

Davi falava sobre essa verdade. Ele amava o Senhor, e mesmo a despeito de suas falhas e pecados, encontrou o coração do Pai. A ele foi revelado segredos insondáveis, sobre o passado e o futuro. E no seu presente aprendeu sobre força e fé. Foi tirado de trás das malhadas para se tornar um principe em Israel. Um homem segundo o coração de Deus… você imagina os motivos que o levaram a ter esse título? Em seus lábios repousou certo salmo que dizia:

“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” Salmos 25.14

“O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.” Salmos 25.14

Deus quer nos contar os planos que tem, sobre nós, sobre a terra e todas as coisas que está a fazer. Podemos conhecer Seu Caráter, Bondade e Fidelidade. Podemos conhecer a Paternidade do Seu coração, mesmo que a nós nos é limitada a visão.

Nos últimos anos temos falado muito a respeito de “Uma Coisa”, aquilo que realmente importa, o que é indispensável em nossas vidas. O cultivarmos a presença de Deus, o ansiarmos e buscá-Lo tão intensamente, mais do que qualquer outra coisa. Nesse processo, temos tidos bons momentos e também períodos de deserto e sequidão. Mas, é possível conhecê-Lo porque este é o desejo de Seu coração para cada um dos que amam a Deus.

Perseverança é a chave para uma vida de temor ao Senhor. Em dias que são bons e em dias que são terríveis, O buscamos. Quando sentimos e quando não sentimos. Não como legalistas e religiosos, mas como aqueles que confiam na Sua Palavra e que O amam de todo o coração. Como aqueles que sabem o que “Uma Coisa” significa.

De forma prática é preciso separarmos tempo para estar com o Senhor: em Oração, Meditação na Palavra e Adoração. Sim, fazemo-o em todo tempo, mas também é algo prático e um hábito a ser gerado em nossa agenda quando nos posicionamos em fechar a porta atrás de nós, para apenas estar com Ele.

Que nosso amor a Jesus não sejam meras palavras, que O conhecermos não seja apenas uma visão do futuro. Que a cada dia nosso amor se intensifique e que o desejo de estar a sós com Ele, se torna vivo em nós.

“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor; como a alva, sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como chuva serôdia que rega a terra.” Oséias 6.3

Alguns foram chamados para serem uma voz, outros têm sido ecos que contam mentiras.  Uns acreditam serem famosos e terem uma voz, mas para Deus, eles são meros desconhecidos e o que falam não passam de ecos.  Agora, outros fazem Deus se levantar do Trono e se mover em seu favor.

Quando uma pessoa entende seu propósito, ela assume a capacidade de ser uma voz para sua geração. Um dos meus maiores receios é não ser aquilo que Deus me chamou, é não cumprir em plenitude meu destino.

A história não é apenas feita de grandes homens, ela é feita de homens corajosos.  Alguns desses, até mesmo, perderam suas vidas para que a mensagem fosse pregada e propagada. Eu afirmo a você o que escutei do Abba algum tempo atrás: “Você é uma voz para mim, você nasceu para ser uma voz”.

Sempre penso no povo que estava indo em direção a terra prometida, que poderia escutar Deus e pediu para que somente Moisés escutasse o que Ele queria falar.  Nunca teria renunciado o privilégio de escutar ao Senhor e os seus conselhos. Escutar ao Senhor é uma das coisas que mais amo, Sua voz me acalma e me move.

Acordar com Sua voz pelas manhãs, ouvir suas perguntas durante minhas caminhadas, escutar seus segredos, me tornam uma voz que tem impacto e que realmente tem algo a dizer.  Moisés, José, Davi, Daniel, Paulo, Pedro somente foram eficazes porque Deus era Aquele que os ensinava como ser uma voz para este mundo.

Se você não escutar Deus, propagará ecos de engano, e suas palavras não irão mudar nem mesmo a sua própria vida.

Saiba que terá um preço alto a pagar por ousar ser uma voz que expressa verdades para este mundo.

Ouse declarar verdades e você conquistará inimigos, Ester, Jeremias, João Batista foram ousados e isso trouxe inimigos e ameaças para a vida deles.

Talvez você se assuste com isso que acabei de declarar, mas é uma verdade, entenda que ousar ser quem Deus te chamou incentivará a muitos, mas também afastará outros.

Mas permaneça e não desista de ser a voz que proclamará os céus sobre as pessoas. Seja em qual nível ou esfera você estiver, viva plenamente o que  Deus te criou para ser.

Somente aqueles que têm um relacionamento profundo com Deus saberão diferenciar os ecos de engano que nos cercam e ousarão mudar o mundo através das suas declarações vindas direto de um coração que conhece seu Deus.

Entenda quem você é e lute incansavelmente para ser o que Deus te criou e, então, milagres maiores do que aqueles que você ora e sonha irão acontecer. Nada menos que plenitude na jornada te tornará satisfeito.

“Uma voz clama: “No deserto preparem o caminho para o Senhor; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus”. Isaías 40:3

Deus tem te levado vez após vez de volta ao caminho original para que você viva a plenitude. Ouse ser a voz que se levantará nessa geração para proclamar as verdades de Deus a respeito do Reino.  Ouse viver as declarações que você faz, então, o mundo entenderá que você carrega uma mensagem real e fiel.

Minha oração, hoje, é para que sejamos o que fomos chamados, que possamos ser renovados para que vivamos  plenamente o que Deus nos criou para viver.

“Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”.

(Isaías 40: 29-31).

 

 

Não sei o que vem a sua mente quando ler esse título, mas quero começar dizendo que é real: Estamos Julgando Deus. Na verdade isso acontece com tanta frequência que nem mesmo percebemos. Quer ver como? Que tipo de pensamento você reprime e abafa quando lê passagens bíblicas de Deus derramando juízo sobre cidades, pessoas? Ou quando algo ruim acontece na sua própria vida ou no mundo? Ou nos momentos em que a presença de Deus não está tão perceptível e sua voz não está audível?

Muitas vezes ao ver ou passar por situações assim me vieram perguntas: que tipo de Deus é esse? Por que Ele faz isso? Por que Ele não impede tal coisa? Por que Ele permite o mal? São perguntas difíceis de se responder, bem difíceis na verdade, mas que uma hora ou outra na nossa jornada elas precisarão ser respondidas. Só assim a nossa fé será firmada.

Pensando sobre Deus

A imagem que carregamos do Deus que servimos é tão importante, mas pouco pensamos sobre isso. E acabamos caindo no erro de pensar que nossa ideia de Deus é realmente Deus. Porém na maioria das vezes não são! Elas acabam não passando de projeções, fantasias e preconceitos acerca Dele, carregadas de frustração e julgamentos humanos que se baseiam em nossa própria experiência pessoal e na nossa visão de mundo.

A.W. Tozer disse que:

“Se fosse possível extrair de um homem uma resposta completa à pergunta ‘O que vem a sua mente quando você pensa sobre Deus?’, talvez pudéssemos prever com certeza o futuro espiritual daquele homem. […]”.

A forma como enxergamos Deus, vai influenciar a forma com lemos a Bíblia, como respondemos aos tempos de crise, como nos relacionamos com as pessoas, até mesmo a forma como nos vemos, ela vai dizer também até onde vamos nessa jornada, que tipo de amor temos por Ele e como vamos representar e apresentar Deus para o mundo. O conhecimento de Deus é o mais importante conhecimento que podemos buscar ter. Deus falou através do profeta Oséias que o seu povo perecia porque lhes faltavam conhecimento acerca Dele. Isso é sério!

A falsa percepção de Deus

Jesus em João 17:3 deixa claro o que é a vida eterna: é o conhecimento do único Deus verdadeiro e Jesus Cristo. Quero te fazer pensar hoje: O Deus que você segue, crê, ora e conhece é o Deus Verdadeiro? O primeiro passo para conhecer o Deus verdadeiro é identificar as falsas imagens, percepções e julgamentos que carregamos Dele e nos desfazer delas. Paulo em 2 Coríntios 10:5 fala sobre destruir todo conselho e altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus na nossa mente.

É necessário identificarmos onde estamos julgando Deus, pois na maioria das vezes ou vamos criar um deus ruim, malvado, carrancudo, que odeia, manipula o homens, os faz sofrer os machuca e que está indiferente aos sofrimentos e necessidades deles, ou por outro lado, vamos criar um deus conveniente aos nossos próprios desejos que se resume em bondade e amor, é permissivo e legalista, está no mesmo patamar que os homens sendo assim um deus fraco, passivo, não soberano e que acaba sendo inútil como deus.

A Bíblia fala que existe inimizade da nossa natureza contra Deus, então, “Um deus criado nas sombras de um coração decaído será naturalmente uma imagem falsa do Deus verdadeiro.” (A.W.Tozer –Conhecimento do Santo). Sendo assim o julgamos e o vemos com nossas lentes sujas, arranhadas e embaçadas.

O convite a conhecer o Deus Verdadeiro

Na verdade o convite que Deus faz a nós todos os dias é para encará-lo. De maneira ilustrada porém real, penso que é olhar Ele de perto, olho no olho, cara a cara sabe? Ter coragem de olhar de perto atributos Dele que talvez você tenha medo de encarar. Fazer a Ele as perguntas difíceis, expor os pensamentos “proibidos” que carregamos sobre Ele e nos achegar a Ele em arrependimento pela forma que o julgamos e pelo fraco conhecimento e consciência que carregamos Deles.

E pela contemplação e leitura das Escrituras descobrir e experimentar- ou provar e ver, nas palavras do salmista, – que tipo de Deus é o nosso Deus, que tipo de bondade é a Sua bondade, que tipo de amor é o Seu amor, que tipo de ira é a Sua Ira e assim por diante.  

Que tipo de deus é o seu Deus?

O Deus que a Bíblia revela é um Deus que em essência é transbordante de amor, um Deus que trabalha em favor dos homens, que faz todas as coisas cooperarem para o bem daquele o amam, que mesmo no meio do sofrimento Ele permanece Bom e está conduzindo a história da forma menos dolorida possível para nos conduzir a sua vontade, ao seu plano perfeito de amor.

Ele não é um ditador que trabalha para seus próprios fins egoístas, nem mesmo manipulador, pelo contrário é um Rei Soberano que serve o seu povo, provê de si mesmo para sustentá-los e que toma a iniciativa para se revelar e se relacionar com seus filhos. Um Deus que mostra o caminho certo a seguirmos e apresenta gratuitamente graça suficiente para caminharmos Nele. Um Deus pleno que não precisava de nós mas num transbordar de comunhão da Trindade nos coloca nesse fluxo de amor e comunhão com Ele. Um Deus que desde a eternidade se propôs a criar, amar, salvar e se revelar.

Enfim, poderia escrever páginas e páginas sobre quem Ele é e como Ele é, mas desejo mesmo que você entre (ou continue) agora mesmo nessa jornada para a cada dia fazer com que a sua ideia de Deus esteja mais próxima do verdadeiro Deus, tirando assim, Deus do banco dos réus, colocá-lo no seu devido lugar na sua vida, vê-lo com as lentes corretas e ficar em paz com quem Ele É, e assim poder amá-lo em plenitude de todo coração, alma, força e mente.

Que reino é esse? Um reino de um Rei que nasce numa manjedoura, morre numa cruz, senta com a prostituta e come com o cobrador de impostos. Certamente, é um reino às avessas. É provável, que ninguém em sã consciência iniciaria seu reinado desta forma.

Igualmente, a constituição deste reino só pode ser interpretada e seguida por cidadãos nascidos de novo. Pessoas que abandonam sua pátria e têm saudades de uma pátria celestial, que nunca viram. Abraão inaugurou essa peregrinação em busca do desconhecido.

Neste reino, a morte gera vida. Os últimos são os primeiros. A mente não acompanha, nem é capaz de codificar, os mais simples acenos que indicam a direção a ser seguida. Não são os fortes que vencem as batalhas neste reino. Já que, nele, quando somos fracos, aí é que somos fortes.

Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” Jo. 12:24

“Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.” Mt. 20.16

“Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes;” I Co. 1.25, 27

Ou seja, considerar a vida do reino possível sem a ação do Espírito Santo, é insanidade. Tentar viver o sermão do monte, ou qualquer outra orientação deixada por Jesus, com nosso intelecto ou nossas habilidades é frustrante.

O reino inaugurado por Jesus é um reino às avessas, mas cabe a pergunta: Às avessas do que? De uma mente limitada pela ação do pecado? De uma sociedade que se deteriora em busca do prazer? Da alucinada busca do conhecimento ou poder?

Na verdade, fomos encontrados por Jesus dirigindo na contra-mão. Isto é, estávamos numa autoestrada que nos conduzia diretamente para um despenhadeiro. Nosso mundo está às avessas, e Jesus veio consertá-lo. Curiosamente teimamos em manter nossos olhos no temporal, isso nos desestrutura.

É engraçado constatar que sempre que somos orientados a enxergar o invisível e escolher o eterno, ficamos confusos. Nossa tentativa de verbalizar nossos conflitos diante dAquele que não conhece, começo nem fim de existência, é patética. Jó tentou, mas quando o Criador entra em cena, sua argumentação desaparece.

A eternidade não cabe em nossa mente, mas tem o tamanho exato do nosso coração. É lá, no lugar de habitação do Espírito Santo, que recebemos a linguagem capaz de traduzir, e a força necessária para obedecer os estatutos deste reino.

De uma coisa podemos ter certeza, o reino é eterno. Não terá fim, assim como seu Rei. Fomos antecedidos por pessoas que mataram gigantes com uma funda, foram jogados na fornalha e não se queimaram, dormiram com leões. O Rei multiplicou pães, andou sobre as águas, deu vista aos cegos e fez andar aos coxos.

Portanto, seja o que for que esteja distraindo-o de perseguir, com todas as forças, o relacionamento com o Rei deste reino às avessas, deve ser eliminado. No novo nascimento, recebemos olhos que veem o invisível. Ouvidos que escutam o inaudível. Temos dentro de nós a semente do eterno. Nada nesta ordem de coisas traduzirá o que nos espera.

Em conclusão, vale a pena se lançar sem reservas na direção do Único que nos conhece por completo. Podemos apostar todas as fichas nEle, mesmo quando tudo ao nosso redor conspira em outra direção.

O Senhor sempre tem um plano perfeito, nada pode fugir ao Seu controle. Mesmo com grandes desafios que o homem possa enfrentar, é certo que, o Amor é o que o Senhor quer nos ensinar. Ele desvela o nosso coração e o transforma à medida que seguimos pelo caminho, fortalecendo nossa fé e nos oportunizando viver uma vida corajosa.

Desde a criação o Senhor tinha um projeto bem pensado sobre o todo, sim, o plano perfeito. E, mesmo sabendo de tudo o que poderia acontecer, decidiu nos dar a liberdade para escolher. No Jardim, Adão e Eva resolveram se arriscar, o pecado surgiu como semente no ser, e todos nós nascemos com essa semente entranhada em nós.

Deus mandou o Salvador. O próprio Filho de Deus nasceu como um menino. Se tornou o Novo Adão. Perfeito! Puro e Bom. Entregou a vida por amor ao homem pecador. Levou sobre Si nossos pecados, nos libertou por suas pisadores. Nos transportou de um império de trevas para o Reino do Amor.

“Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, em quem temos a plena redenção por meio do seu sangue, isto é, o perdão de todos os pecados.” Colossenses 1.13-14

A morte não pode vencê-lo, pois no terceiro dia Ele se levantou vitorioso. O véu se rasgou e hoje temos livre acesso a Ele. Sim, podemos nos recolher em nosso quarto a fim de ouvir sua voz. Conhecê-lo em intimidade e amor e sermos cheios pelo poder de Seu Espírito. Podemos Encontrá-Lo na Palavra e até mesmo nas circunstâncias mais difíceis, quando somos esticados e desafiados.

Você também acredita nessas verdades: de que nada foge dos propósitos de Deus e que Jesus reinará para sempre? Você consegue se lembrar de que, Ele estaria conosco até a fim? O plano perfeito de Deus inclui voltar para reinar sobre a terra. E mesmo que tenhamos que enfrentar oposições sem tamanho, há em nós a certeza de que Jesus será a nossa retaguarda, de sua Glória será derramada sobre nós. Ele tem o plano perfeito e as trevas não poderão vencê-Lo.

“Porque eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos, mas sobre Ti o Senhor virá surgindo, e a Sua Glória se verá sobre Ti.” Isaías 60.2

Que hoje possamos olhar para nossa vida, através dessa verdade. Nada foge dos propósitos do Senhor. Que nosso amor aumente mesmo em dias tenebrosos. Que possamos responder ao Senhor, tendo um coração totalmente ALINHADO ao d’Ele.

Queremos encontrar Jesus em nossa jornada, onde iremos reconhecer o Cristo e segui-lo, nosso nome será mudado e nossa busca será alinhada da forma correta. Queremos perseguir e sermos perseguidos por Aquele que pode nos derrubar a ponto do mundo nunca mais ser o mesmo depois disso. Queremos Cristo, tão ardentemente como Paulo entendeu que queria.

Paulo achou  que buscava combater uma falsa religião ou até mesmo um grupo que queria confusão. Ele acabou encontrando o Cristo ressurreto, Ele encontrou a vida, e tudo mudou depois disso. Sempre penso que Paulo, no fundo, estava perseguindo o Mestre, os meios nada convencionais o levaram aquele encontro quando ele estava próximo a  Damasco.

“Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu.Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue? “Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor? ” Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue”.

Atos 9: 3-5

Estou falando de Paulo hoje com você para te falar que sua história é uma coisa única mas, primeiramente, você precisa entender e abraçar o que Deus propôs para sua jornada. Escute o chamado do Mestre e abrace os processos da sua jornada. Um dia, anos atrás eu disse: Deus talvez se eu tivesse tido uma família com pai e mãe como todo mundo, minha vida teria sido diferente, sabe o que ouvi? “Você gostaria de ter tido outra história?” Pensei comigo e ao analisar, respondi:” Não Senhor  essa é a minha história e eu não trocaria ela”.

Ele voltou a falar e me disse: “Isso mesmo, sua história formou você, você entende o mundo através de tudo o que passou, por isso, pode dar valor para algumas coisas e olhar as pessoas com um olhar de alguém que vê além”.

Contei isso para você entender que Paulo não esqueceu seu passado, o que viveu era parte dele, mas Paulo usou as coisas para o Reino. Ele não ficou pelo caminho se culpando a cada passo por  aqueles que condenou. O Paulo que perseguiu o povo, se tornou o Paulo que levou muitos a conhecer o caminho que levava ao Cristo.

Quando assumimos que estamos escutando Deus nos chamar,abraçaremos os processos. Paulo escutou o chamado do Mestre e abraçou cada um dos processos, fosse estar diante de autoridades ou passando uma temporada em alguma prisão.

Precisamos entender que Deus sabe tudo o que depositou dentro de nós, e Ele entende quando estaremos diante de dias onde nosso sim será necessário para prosseguir a caminhada. Paulo prosseguiu, passou o restante de sua vida depois daquele encontro respondendo ao chamado e abraçando os processos da jornada.

“São eles servos de Cristo? — estou fora de mim para falar desta forma — eu ainda mais: trabalhei muito mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes.Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites.Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar.Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos.Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez”. 2 Coríntios 11: 23-27

Abrace seus processos, levante-se  e prossiga. Eu estou estou abraçando meus processos e prosseguindo, continuo perseguindo o Mestre, quero mais encontros com Ele, quero encontrá-lo a cada passo do caminho. Eu quero Cristo, quero viver minha vida e marcar a história como Paulo fez.

“Nesse momento alguns conselheiros e astrólogos se aproximaram do rei Nabucodonosor, e denunciaram os judeus, alegando: “Ó rei, vive eternamente!” Tu decretaste que todo homem que ouvisse o aviso emitido pelo som da corneta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da flauta dupla, e de várias músicas executadas por muitos instrumentos, todos tocando juntos, deveria imediatamente prostrar-se em terra e adorar a grande estátua de ouro;e qualquer pessoa que não se prostrasse e adorasse seria lançada numa fornalha de fogo ardente. Contudo, há alguns homens judeus que tu nomeaste para zelar pelos negócios da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque, Abede-Nego, que não fizeram caso de ti nem de tuas ordens, ó rei; não cultuam aos teus deuses, tampouco adoram a imagem de ouro que tu ergueste!” (Dn 3:8-12)

Acredito que todo cristão já ouviu falar sobre os três homens na fornalha. Se você não ouviu essa história na escola dominical provavelmente a ouviu no refrão de alguma canção. Mas quer saber algo que realmente me chama atenção na vida desses homens? É o quanto eles estavam comprometidos com o que acreditavam, não importando o quanto isso lhes custasse.

Que tal lembrarmos da origem deles? Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos à Babilônia quando Jerusalém foi sitiada por Nabucodonosor, além de Daniel e outros jovens, como nos mostra os versos a seguir: 

“Mais tarde o rei ordenou a Aspenaz, seu mordomo e chefe dos oficiais da sua corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobrezaJovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus”. (Dn 1:3-4)

A questão é que podemos achar linda a história ou nos emocionarmos com as canções, mas estaríamos nós dispostos a irmos tão longe quanto esses homens? Permanecendo em pé enquanto muitos se prostram diante de injustiças, corrupção, idolatria, ventos de doutrinas e coisas como essas, capazes de nos levar a apostasia da fé?

Será que acreditamos no que pregamos a ponto de entregar por essa causa nossa própria cabeça? Ou ao menos acreditamos a ponto de nos tornarmos a prática dessa mensagem? Vejamos o que Paulo escreve para a igreja de Tessalônica:

“Porque o nosso evangelho não chegou a vós somente por meio de palavras, mas igualmente com poder, no Espírito Santo, e em plena certeza de fé. Sabeis muito bem como procedemos em vosso benefício quando estávamos convosco”. (I Ts 1:5).

O evangelho não consiste somente em palavras, o que dizemos acreditar requer ações e isso quase sempre exige sacrifício e renúncia. O que torna a palavra viva é a nossa morte.

Soa lhe familiar que alguns poucos homens eram fiéis em uma terra corrompida? Soa-lhe familiar o fato de muitos serem levados de Jerusalém para a Babilônia, porém se ouvir falar de apenas quatro deles? O que houve com os demais?

Essa pergunta também está sendo feita à nossa geração. Temos clamado por avivamento, mas ele vem acompanhado pelo martírio. Onde estão os homens e mulheres que não se dobram diante de uma cultura imoral e corrompida, mas que vivem de acordo com a cultura do céu? Aqueles que não estão se conformando com esse século, antes estão sendo transformados dia após dia pela renovação do entendimento, morrendo para si mesmos para manifestar a vida de Deus?  Aqueles que levam Jesus por onde passam, cuja vida exala o bom perfume de Cristo?

O mercado de trabalho em todas as suas esferas, o governo, as universidades…O mundo está clamando por homens corajosos como os da fornalha, que andam de acordo com o que acreditam e permanecem em pé, quer vivam, quer morram.

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. (Mc 8:34-35)

 

Viver a unidade no corpo de Cristo é um enorme desafio para nossa carne. A definição de unidade é confundida, com certa frequência, com unanimidade. Nenhuma palavra poderia estar mais distante do verdadeiro sentido de unidade do que unanimidade, já que a verdadeira unidade é experimentada na diversidade.

Uma sinfonia seria um belo exemplo do que a unidade produz. Sinfonia significa: todos os sons juntos. A beleza da diversidade dos instrumentos, que unidos produzem sons mesclados e complementares, é o que deveríamos gerar quando nos reunimos.

Nosso maestro, o Espírito Santo, é quem sabe como reger essa orquestra. Ele concedeu os dons a cada um e equipou-nos com características únicas. Quando conectada a outros, a peculiaridade de nossa existência, que é limitada mas insubstituível, produz beleza.

Erramos quando pretendemos ocupar papéis que não são nossos. Nosso lugar foi previamente desenhado pelo grande Regente. É igualmente errado assumir que os que nos rodeiam deveriam nos imitar. Pensar como pensamos não deve ser pré-requisito de aceitação. É a pluralidade a responsável pela harmonia, mas tropeçamos nela quando ignoramos nossa identidade e a do outro. O caos se instala quando a esfera de ação não é respeitada e conhecida.

A afinação dos instrumentos que compõem uma orquestra é determinante para que a harmonia aconteça. O texto de provérbios nos garante que somos afinados uns pelos outros (Pv. 27.17). É o convívio com as diferenças que nos molda e nos deixa mais parecidos com nosso Mestre, extraindo de nós um som cada vez mais puro. Nossa tendência, no entanto, é buscar zonas de conforto, onde nossa heterogeneidade não seja exposta e confrontada. Por isso, com mais facilidade subtraímos aquilo que não codificamos, ao invés de adicionarmos as diferenças que nos complementam.

Esquecemos, no entanto, que a melodia só ocorre quando outros sons são agregados ao nosso som. Os solos fazem parte da partitura, mas eles só atingem seu ápice quando antecedidos e sucedidos por outros instrumentos da orquestra.

Nossos olhos precisam estar postos no Maestro, Ele conhece a hora certa em que nosso instrumento deve ser agregado ao grupo. A entrada no tempo errado ou a permanência excessiva pode comprometer a beleza do espetáculo. Jesus sabia que extrairíamos aplausos entusiasmados da plateia quando aprendêssemos o valor da unidade. Não é à toa que Ele orou:

E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim.Jo.17.20-23

Jesus não só pede ao Pai que gere unidade entre nós, como eleva-a ao padrão do relacionamento que a Trindade vive entre si. Ao sacrificarmos nossa vontade em favor do outro em nome da unidade, alinhamos nosso coração com o de Deus. Essa conduta agrada ao coração do Pai e está presente na vida do Filho.

Gosto do texto de Francisco de Assis que diz: “Pregue o evangelho todos os dias, se necessário, use palavras.” A unidade é um aspecto da pregação do evangelho sem palavras a que referiu-se Francisco de Assis. Ela fala mais alto do que qualquer discurso porque nos deixa parecidos com Jesus. Só em Jesus isso é possível, por isso, precisamos da intervenção do Espírito Santo diariamente em nossa jornada para que nossa individualidade conceda lugar à coletividade. Que os sons que emitimos estejam em harmonia com os sons dos demais e que o espetáculo glorifique ao Pai.