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Alcançando um coração repleto de sabedoria

Um coração repleto de sabedoria transborda paz, emana amor. É como o fluir de doces águas, que nos refrescam e nos acalmam. Por isso, quero convidar você a orar como o salmista, reconhecendo que um coração repleto de sabedoria vem de Deus e que Ele é o único que pode nos fazer alcançar tal coração.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” Salmo 90.12

A sabedoria do mundo é loucura diante de Deus. Pois, Ele apanha os sábios em suas próprias artimanhas. Porém, a sabedoria que vem de Deus é pura, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento, não é isso que nos revela Tiago?

“A sabedoria, porém, lá boa alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”. Tiago 3.17

Nesses dias em que temos orado pelo Brasil e por nós de forma pessoal. Também é preciso que peçamos ao Senhor que nos encha, e nos deixe repleto de sabedoria. Nossa terra precisa ser inundada por essa faceta do caráter de Deus. E, para que isso aconteça, temos que nos esvaziar daquilo que toma o espaço do Senhor em nosso coração.

Deus nos criou de forma maravilhosa demais. Ele nos ama, nos ensina e nos transforma de glória em glória. Ele quer nos dar um coração como do seu Filho Jesus, repleto de sabedoria e que transborde em paz, muita paz. Outro aspecto dessa sabedoria que vem de Deus, é o discernimento que Ele nos dá. Aprendemos a perceber o tempo e o modo das coisas, e o nosso papel diante do todo, mesmo que um “pequeno e simples papel”.

Mesmo que nem sempre nos sintamos tão sábios como gostaríamos, ainda assim, é preciso que permaneçamos firmes no Deus que nos ensina todas as coisas. E assim como Moisés orou, também peço ao Senhor:

“Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra de nossas mãos. Sl 90.17

 

Se temos um manual a respeito de como viver, com certeza encontraremos uma boa parte dele no sermão do monte.  Ali Jesus nos ensina sobre a “constituição” do Reino e nela os deveres consistem em perdoar, amar ao próximo, exercer misericórdia, ser manso… Isso parece bem diferente do que temos vivido Brasil e no mundo, não somente hoje, mas ao longo da história.

Nos deparamos hoje com uma grande crise política em nossa nação, para alguns políticos há sempre a necessidade de ter mais e mais, não importa se os ganhos são lícitos ou não, não importa se o povo será ou não prejudicado. O que é levado em conta é quanto será ganho em cada acordo, quanto mais será obtido em cada transação. O famoso: O que eu ganho com isso, tem superado suas obrigações. Nesse cenário, a misericórdia é uma palavra muitas vezes desconhecida aos nossos políticos, que ignoram a maior parte da população sobre a qual eles governam. Que buscam tanto conforto e esquecem que parte do nosso povo não tem nem mesmo os direitos básicos e necessários para sobrevivência.

Ao contrário do estilo de liderança exercido hoje no Brasil, Jesus nos ensinou sobre a importância da misericórdia, Ele falou sobre isso no sermão do monte e também citou uma parábola a respeito de um homem que obteve misericórdia de seu superior, porém não a exerceu sobre o seu empregado. Esse homem foi perdoado de uma enorme dívida que não poderia pagar, mas não perdoou uma dívida menor de alguém lhe devia ainda que lhe implorasse.

A misericórdia nos faz olhar para o outro, ela nos leva a compaixão e graça, nos impele a conceder favor e exercer bondade. Jesus não somente ensinou sobre ela, Ele foi a própria expressão da misericórdia quando entregou sua vida para pagar uma dívida que nós não poderíamos pagar. O que para nós foi um presente custou tudo para Ele, a nossa liberdade foi obtida por meio da entrega de sua vida. Ele nos ensina a exercera-la da mesma forma que a recebemos, talvez você não tenha muitos exemplos em sua casa trabalho ou em nosso governo. Mas com certeza Jesus morreu por você, logo o perdão de todo o pecado que você já cometeu em toda a sua vida, por meio da cruz, lhe é disponível. E se a misericórdia foi derramada de uma forma tão abundante sobre nós, porque não fazermos o mesmo?

Eis aqui um convite a nos parecermos mais com Jesus, vivendo os princípios do Seu Reino, pois à medida que os aprendemos e andamos neles, nos pareceremos mais com  Cristo, nos distanciando da ganância do nosso próprio coração, tornando-nos livres para exercer misericórdia, que é manifesta através da graça, bondade e compaixão. Ela devolve a esperança àqueles que  a recebem. Não é isso que desejamos que os nossos políticos exerçam? Não é o que desejamos para a nossa nação? Que comece em nós, sejamos os agentes de transformação que manifestam o Reino dos céus na terra, assim como Ele fez conosco façamos a outros, então entenderemos o que é estender misericórdia e a criação verá os filhos de Deus se manifestando.

“E seu Pai, que vê no secreto, o recompensará”. – Mateus 6:18

Uma das coisas mais incríveis sobre o jejum é que ele tem que ser feito em secreto. Mesmo jejuando em comunidade ou com um grupo de pessoas buscando um só propósito, ainda há no mais secreto do coração a intenção que pode ser boa ou não.

Quando nós escolhemos nos privar de alimento ou entretenimento, olhando para os olhos de apenas um (Jesus), movemos o coração do pai. A verdade é que não deve ser uma abstinência feita para que homens louvem nossa espiritualidade ou vejam o quão comprometidos somos com Jesus. Não foi para que as pessoas vejam o quanto nós sofremos por amor ou como ‘incrivelmente’ nós terminamos um jejum longo.

Faça do tempo de jejum um momento de profunda conexão com o Senhor. Esteja atento aos sinais, à voz do Pai, aos pequenos sussurros do Espírito. Vá ao lugar de quietude, de tranquilizar seu coração. Vá até o lugar secreto mais uma vez. E nesse lugar secreto e íntimo, o Pai nos vê e nos recompensa.

Uma das coisas mais belas é quando nós construímos uma história em Deus que somente nós e ele vemos, mais ninguém. Aquela história que é guardada e vivida no profundo do coração. Isso talvez fira o orgulho, corrija mazelas da nossa alma. Mas ao aprendermos a beleza de um sacrifício feito aos olhos do Senhor, ah, isso transforma tudo. E com certeza você verá como o pai tem grande prazer em nos recompensar por isso.

Que em meio ao seu jejum você reflita sobre como tem colocado seu coração. Ao decidir permanecer e rejeitar a tentação de um bom jantar ou uma festa cheia de comida. Lembre-se que apenas Deus e somente ele é a quem você responde e se entrega.

Nesses dias certa insatisfação foi gerada em meus coração. E um grande desejo pelo simples surgiu. Tenho sido mais observadora nessa estação, e isso fez com que os meus olhos ficassem mais atentos aos detalhes. E, dessa forma, tenho percebido que o simples é belo.

Não sei se isso acontece com a grande maioria das pessoas, ou se em particular tem ocorrido apenas comigo. Mas, quando você se abstêm de certas coisas, seja, um jejum ou por necessidade de desapego. Manifesta-se sensibilidade em nosso interior.

Sabe aquela saudade? Quando você fica longe de alguém que ama e sente falta. Você se sente mais sensível. Começa a notar coisas em você que não sentiria se não tivesse passado aquele tempo longe.

Exato! Quando você e eu entramos em um jejum, isso coloca as nossas vidas em contato com a sensibilidade. Em particular, quando entro em um propósito, sinto imediatamente o toque do Senhor. Ele me trás para um lugar onde preciso parar tudo e ficar atenta ao que Ele deseja me ensinar.

E, no início deste texto, manifesto que há uma insatisfação em meu coração e, meus amigos, estou sendo vulnerável. Jesus tem me ensinado sobre o “simples”. Ele tem me feito olhar para o que Ele fez e continua fazendo.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.” Filipenses 2:5-7

Jesus agiu em plena simplicidade. Poderia escrever milhares de palavras bonitas que tocam o seu coração, o fazendo chorar. Porém, não é esse o objetivo, a porção das escrituras já falam por si. A vida de Cristo nos ensina e nos inspira.

Sejamos simples, assim como Jesus. Amigos, as máscaras caem, capas fazem com que os nossos pés tropecem. Muitas vezes, fazemos da nossa vida uma necessidade de mostrar aos outros o que é “importante” deixando a verdade esquecida. A verdade é a vida de Jesus em nós; a esperança da glória.

Que a simplicidade, a bondade de Jesus, entre em nossos corações. Trazendo a verdadeira revelação de que as coisas desta terra passarão. A traça e a ferrugem irão destruir muitas coisas, mas se nós olharmos para os ensinamentos de Cristo, o caminhar, o falar de Jesus teremos tesouros eternos. Sejam as nossas atitudes as mesmas de Cristo Jesus.

A vida Cristã,  e em especial a vida de um precursor é tomada por desafios. Eu sinceramente acredito que o maior desafio é ter todas as suas motivações e atitudes vindas no lugar de fazer no Secreto. O Precursor é aquele que anuncia e indica a vinda de algo ou de um acontecimento. Ele tem um estilo de vida intencional, preparando o caminho para a vinda de Cristo.

Esse estilo de vida e suas atividades são postas a todos nós no sermão do monte:

O servir e o Dar (Mt. 6:1-4). São as obras de justiças, o nosso doar de serviço e finanças.

Orar (Mt. 6:5-13), é gerar a intimidade com ele.

Abençoar (Mt. 5:44/6:14-15). Abençoar os adversário é a expressão plena do perdão.

Jejuar (Mt. 6:16-18), é entrar na disciplina para crescermos espiritualmente.

João Batista é o melhor exemplo de precursor. Ele anunciava ao mundo a vinda do Messias, e do seu reino (Mt. 3:2). O ponto chave é que ele já carregava consigo todos esses compromissos (Mt. 3:4/3:6), mesmo antes de Jesus ter os deixado explícitos no sermão do monte.

Como Sabemos , o Sermão do Monte é a constituição do Reino de Deus ( ou dos céus) . Assim como na nossa cultura (ou no reino terrestre) temos nossos compromissos de cidadãos, isso também se aplica ao reino de Deus. É o que Jesus faz quando declara estes compromissos. Mas ao invés de ser algo imposto, ele poe essas atitudes como uma oportunidade de recebermos mais Graça. Ele nós da uma oportunidade de sermos recompensados. Assim como um pai tem prazer em recompensar o filho após um bom desempenho na escola, ou quando arruma todo o seu quarto. Isso não é uma barganha, e sim, o simples prazer e caráter de um Deus galardoador.

Diante disso, nós como igreja e como precursores da segunda vinda de Cristo; Precisamos ter também esse estilo de vida intencional. Temos que estar sensíveis e perceber todas as oportunidades que Deus esta nos dando para exercer as atividades do reino. Porém tais atitudes devem ser feitas diante da audiência de Deus. Ainda sobre João Batista, ele viveu sua vida no Deserto, longe do grande centro e e tudo que fazia era pra levantar a gloria unicamente a Jesus. E é nesta perspectiva do lugar secreto que Ele espera. A vida do precursor é viver intencionalmente nas atividades do reino, debaixo da confiança no Deus Galardoador, aquele que ver no secreto e o recompensará (Mt 6:6).

O jejum é uma ferramenta poderosa para alcançarmos a Deus. Em nossa comunidade, uma das frases mais comuns e significativas utilizada para pregar sobre este tema é: “O jejum é o processo de abraçarmos uma fraqueza voluntária que nos aproxima de Jesus”.

Veja o que este salmo nos diz: De jejuar estão enfraquecidos os meus joelhos, e a minha carne emagrece”. Salmos 109:24

Pense como durante esses períodos em que estamos jejuando  somos conduzidos a este lugar onde até mesmo nossas forças são enfraquecidas, revelando dependência e abrindo espaço para a fome que cria em nossos corações uma condição de maior sensibilidade.

Quando abrimos mãos de prazeres lícitos para encontrar Jesus, estamos declarando que a graça do Senhor é totalmente suficiente. Neste momento, podemos ter a convicção de que o Seu poder será aperfeiçoado em meio às nossas fraquezas, de que o perceberemos como Aquele que preenche as nossas almas e sacia nosso apetite.

“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” .2 Coríntios 12:9

Minha oração é que nestes dias a nossa fome espiritual possa ser aguçada como uma necessidade de intimidade com Jesus. Que o clamor pela ausência do Noivo seja liberado sobre nós como uma grande expectativa de que podemos encontrá-lo. “…Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão”. Mateus 9:15b.

Que a presença de Cristo possa tomar nosso interior como um prazer superior, como  nenhum alimento é capaz de fazer. Que sejamos conduzidos ao lugar onde essa fraqueza voluntária é convertida em paixão profunda pela presença de Jesus!

Para qualquer tipo de propósito que façamos com o Senhor, é preciso que Ele nos sonde. Nossos corações e intenções precisam estar alinhados ao Dele. Acredito que você já saiba que hoje começamos o nosso jejum e isso é muito especial para nossa comunidade. E, independente de você estar participando de forma direta ou não, gostaria de compartilhar um pouco do que está em meu coração, porque há sim um tipo de jejum que Ele escolheu e podemos andar com propósito.

Sempre que penso em jejum, me lembro de Isaías 58 e de como o nosso coração pode se tornar enganoso, pois mesmo tendo aparência do bem, podemos à présent simplesmente sermos levados pela hipocrisia e o egoísmo  “cuidando dos nossos próprios interesses” e apenas exigindo do Senhor aquilo que desejamos. Por isso é tão importante estarmos alinhados com a Palavra de Deus e aquilo que ela nos ensina. Precisamos caminhar com propósito.

Está escrito: “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4.2-3). É importante ressaltar o que Tiago nos afirma: nada temos porque não pedimos e muitas vezes porque não pedimos com as motivações certas. Se trago à tona essa exortação não é para que ela gere em nós culpa ou aflição. Na verdade, o Senhor deseja atender nossas orações e nos dar um coração como o Dele. Ele tem prazer no nosso prazer. Ele ama nos dar alegria e paz. Não é isto também que você e eu tanto desejamos?

O Salmista nos afirma, Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmo 37.4). Se nos colocamos voluntariamente nesse  lugar de fraqueza, através do jejum, é porque amamos b.m. pharmaceuticals o Senhor e reconhecemos nossa dependência Dele por meio de um coração humilde e quebrantado. Que nossa oração, jejum e propósito sejam feitos com um profundo espírito de amor por Jesus.

Então, como comunidade FHOP gostaríamos de estender o nosso convite para este tempo de consagração ao Senhor, de alinhamento naquilo que Ele deseja de nós como Igreja  e de forma coletiva, mas também como indivíduos singulares que somos. Neste tempo estaremos jejuando especialmente por: Nossa Geração e pelo Brasil, por um Romper Pessoal e para crescermos em nossa capacidade de Amar mais a Jesus.

Daniel foi um homem muito amado pelo Senhor. Um homem sábio, líder em sua geração. Alguém que governou em seu tempo como um homem temente ao Deus verdadeiro. Ele teve uma vida dedicada ao Senhor, uma vida de uma oração e uma vida de jejum. Sobre ele está escrito: “Homem muito amado!”. Que hoje o Senhor diga o mesmo sobre nós.

“Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer… Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.” Daniel 10.11a-12

Jesus é aquele que semeia a boa semente. Ele alimentou a multidão. Curou os doentes e feridos. Transformou a dor do homem sem esperança em motivo de alegria. Se assentou com pecadores, não teve medo de confrontar os legalistas. Se tornou um mestre, mas também um amigo acessível. Contou histórias que mudam o rumo da nossa vida. Ensinou a verdade em amor. Pois ele semeia a boa semente com bondade e doçura.

“Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.” Marcos 4.3

Já falamos aqui que Jesus utilizava as parábolas para ensinar e destacar ao povo o que precisava ser conhecido. Ele usava uma linguagem metafórica e enigmática que podia ser compreendida por qualquer pessoa, ao menos em parte, mas era necessário parar para ouvir e refletir sobre suas palavras. O Espírito de Deus quer nos ensinar todas as coisas, mas precisamos ter uma postura de coração que se abre para aprender e compreender as revelações de Jesus.

Em Marcos 4.1-20, Jesus contou sobre o semeador que semeia a boa semente, mas que há diversas formas de recebermos essa mensagem. Tudo depende do tipo de solo em que as sementes serão lançadas. Davi, no Salmo 139  pediu ao Senhor que sondasse o seu coração, esse é um exemplo a ser seguido por nós. Que o Senhor nos faça enxergar onde temos falhado em nossas vidas.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139.23-24

Que nada possa nos impedir de sermos um bom solo. Que o Senhor prepare a terra, tire as pedras e os espinhos, e que sejamos frutíferos na boa obra que Ele tem nos chamado a participar. Que nosso coração seja receptível a Palavra e a revelação de Jesus. Que assim como Davi, possamos pedir ao Senhor que sonde o nosso coração e nos faça ver os nossos maus caminhos.

O que Deus tem falado ao seu coração nos últimos dias? Qual mensagem tem sido plantada em seu interior? E como você tem respondido ao Senhor? Não esqueça de regar essa semente por menor que ela possa parecer. Pois os frutos virão, se não forem sufocados pelo mundo, ou roubados pelo Diabo, e pelas angústias e tribulações.

A boa semente tem sido plantada em nós, que hoje ela possa crescer e frutificar. “Os que foram plantados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem,  frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um”. (Marcos 4.20)

“Bem aventurado o pobre de espírito porque dele é o reino dos céus”…Tenho que confessar algo: cresci na igreja, mas nunca havia entendido bem essa citação das escrituras. Eu ficava bem confusa com essa declaração, pensando sobre o que isso poderia ser.

Mas, estudando sobre um dos mais famosos ensinamentos de Jesus, o sermão do monte, aprendi finalmente do que Ele estava falando. E é sobre essa bem aventurança que vamos falar aqui.

Pobreza de espírito é o estado de todo ser humano, porém bem aventurados são aqueles que reconhecem o quão pobres são em si mesmos e que não há nada que possam produzir que mude esse estado. É reconhecer nossa falta e carência diante de Deus.

Pobreza é a falta do necessário à vida. Quando olhamos para nós e nos deparamos com a  inabilidade de produzir vida em nosso próprio espírito, somos levados ao reconhecimento da pobreza espiritual. Não podemos comparar-nos a outras pessoas para justificar nosso “nível”  de vida interior, precisamos nos comparar a palavra de Cristo e nos contrapondo a ela, só nos resta admitir que não podemos andar em tão elevado padrão sem ajuda, ou seja, não alcançamos ainda o essencial e tampouco podemos faze-lo sem a intervenção do próprio Deus.

Há tanto que Deus deseja fazer em nós e através de nós. Olhando para os evangelhos somos confrontados com o estilo de vida que Jesus nos chamou a viver e a autoridade que Ele nos deu para fazer até mesmo, obras maiores do que Ele mesmo fez. Porém nós nos acostumamos com a vida e permitimos que coisas do dia a dia adormeçam nosso coração, nos acostumamos com a mediocridade. Viver no estado de pobreza espiritual significa viver em uma área de desconforto. Reconhecer que o que temos é insuficiente e precisamos constantemente de mais de Deus, estando inconformados com qualquer coisa que seja menos do que plenitude. Jesus nos diz que se nós que somos maus sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem. Essa fome, é justamente para que Ele nos dê mais.

Ser pobre de espirito é reconhecer que não podemos amar o nosso próximo como a nós mesmos sem a ajuda de Deus, assim como não podemos curar o enfermo ou se compadecer do necessitado, estender misericórdia ou ser manso… Quão escassos dessas riquezas somos em nós mesmos, e somente com a ajuda de Deus podemos viver essa realidade. O que temos comparado ao que está disponível a nós, só nos faz perceber que não temos nada.

Podemos conhecer a Deus muito mais do que conhecemos hoje, se o conforto não for maior do que a pobreza. Há mais de Deus acessível a nós e Ele está nos chamando a andar em uma nova realidade, Ele está nos convindo a subir ao monte do Senhor e conhece-Lo. Quando experimentamos a dor da separação, a dor da distância daquilo que poderíamos ter e do que temos hoje estaremos apenas no início de pobreza de espírito.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; (Mt 5:5) O segredo para sermos bem sucedidos em Deus, é ter uma identidade de alguém que é amado e que ama. A identidade de quem é amado, é conhecer o Deus Pai que tem você como filho amado; e a identidade de quem ama é adquirida através da mansidão.

   Mansidão é andar em amor e graça, trazendo outros a esta mesma condição. É a maneira que reconhecemos tudo que temos e a maneira que usamos com o espirito de servidão e generosidade. Então é como se para sermos bem sucedidos perante Deus, é ter a consciência do quanto somos devedores a Deus por todos os recursos que ele nos da, e reconhecer nossas faltas diante do compartilhar esses recursos com as pessoas. Ter o coração humilde para saber que o que temos hoje foi dado por Deus…  Sejam dons, talentos, poder de influência, liderança e ate a estabilidade financeira; Agir com mansidão é pegar todos esses recursos dado a você e elevar outras pessoas, usa-los para proteger e servir ao invés de dominar e controlar.

Eu como musico, com frequência ouço de pessoas o desejo a aprender, e ate pedidos de ajuda para crescer musicalmente. Minha batalha pessoal é me livrar do orgulho e servi-los com o que sei. Aplica-se também quando você pode fazer todos os maiores solos ou interpretações musicais, mas se coloca em humildade pra servir o grupo.  Você pode ser um cantor que participa de um coral, e é preciso livrar-se da competitividade e crescerem todos juntos em amor.

Ser manso quando se é líder, é olhar para a Bíblia. Os maiores líderes da bíblia foram aqueles que tinham o caráter manso.  Foi Assim com Moisés (Nm 12:3) que era paciente e humilde (manso). Também Davi que era o homem segundo o coração de Deus, escrevia salmos sobre a recompensa de ser manso, mesmo antes do sermão do monte. (Sl. 37:11) Ele foi manso em todas as estações da sua vida. O maior exemplo de líder manso é Jesus!  O único Traço de caráter que Jesus alegou acerca de si mesmo foi a sua mansidão (Mt.11:29). Ele mas do que ninguém abriu mão de todos os seus títulos e de todo seu poder, e se colocou na posição de servo. Para Elevar todos os discípulos e a igreja para reinar junto a Ele ( Jo 17:24).

Se Entendermos que o  amar o próximo é agir com mansidão, se entendermos o poder da mansidão de elevar o próximo, de ajuda-los a não desistirem e a manterem a fé. A mansidão é o segredo de ser bem sucedido, Pois aquele que quiser ser o primeiro sirva a todos. (Mc 10:44)