Rasgue o coração e não as vestes

Rasgue o coração e não as vestes

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de seu manto enchiam o templo. Acima dele havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. E clamavam uns aos outros: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E as bases das portas tremeram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou até mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz; e tocou-me a boca com a brasa e disse: Agora isto tocou os teus lábios; a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu disse: Aqui estou eu, envia-me.” Isaías 6:1-8

A visão de Isaías

A morte do rei Uzias veio acompanhada de tristeza e incertezas para o povo de Israel. No ano em que este grande rei morreu, Isaías teve uma visão do Senhor, o Rei dos reis, o Rei soberano cujo reinado jamais terá fim.

Aquele que Isaías viu era o próprio Jesus (João 12:41) em toda a sua glória. Jesus se assenta eternamente no trono como o Rei que reina sobre todas as coisas. Ele permanece sempre o mesmo.

As vestimentas do rei representam o seu poder e autoridade. O manto daquele que se assenta no trono dos céus é tão imenso que ocupa toda a sua habitação (v. 1); não há um único centímetro quadrado em toda a criação que não esteja sob o domínio e autoridade de Cristo.

Como seres celestiais criados para estar na presença de Deus, suas seis asas tinham sua finalidade (v.2):

a) a glória de Deus é intensa a ponto de ofuscar o brilho do sol (Apocalipse 21:3) e por isso os serafins
precisam cobrir os seus rostos.

b) como habitam no lugar da plenitude da glória de Deus, os serafins cobrem os seus pés, vigiando e cuidando onde eles os colocam.

c) eles voavam ao redor do trono, de modo que contemplavam todo o esplendor da glória de Deus.

Os serafins exaltam o Senhor a um lugar mais alto e separado de tudo e de todos, declarando a verdade suprema da Sua santidade (v. 3).

A Santidade de Deus

Santidade diversas vezes se refere a algo separado única e exclusivamente para o uso de Deus, tornando-o santo, sagrado. Porém, quando a Palavra se refere ao Senhor como Santo, significa que Ele é acima de tudo e de todos. Ele é incomparável.

A glória de Deus é a manifestação dos Seus atributos; é a forma como conseguimos contemplar aspectos do Seu caráter. Quando nós entendemos que o Senhor é bom, podemos dizer que vimos a Sua glória pois Ele nos revelou um aspecto da Sua santidade.

Ao olharmos para Cristo, também contemplamos a glória de Deus. Cristo é a imagem do Deus invisível, a expressão exata de quem Deus é.

Quando contemplamos a glória de Deus e compreendemos quem Ele é, somos constrangidos a ponto de gerar temor em nossos corações (v.5). Ninguém pode permanecer em Sua presença sem se tornar consciente da sua própria miséria e pecaminosidade.

Um chamado para nós: Rasgue o coração e não as vestes

Em Joel 2:12-14, o profeta exorta o povo a rasgar não as suas vestes, mas a rasgar o seu coração. Assim, o nosso encontro com o Senhor deve nos levar ao arrependimento, reconhecendo nossa pequenez diante dele e a necessidade de sermos transformados.

Então, a vida cristã se trata de conversão após conversão. À medida que o Senhor revela as áreas da nossa vida onde precisamos nos arrepender, nós vamos sendo transformados de glória em glória.

É impossível conhecer o Senhor e permanecer o mesmo (1 João 1:8-9). Porque  quando contemplamos Sua glória, somos constrangidos ao arrependimento; se não somos é porque não conhecemos a Deus. Se o Senhor tem nos visitado, isso deve gerar um santo temor nos nossos corações. O que resultará também em nós uma mudança interior e exterior.

Sobre o autor

Diego Sikelero

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