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O chamado à oração

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“…Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores…” Mt 6:9-13

Na oração que ensinou aos discípulos, Jesus nos ensina a orar de forma corporativa. Pedindo ao nosso Pai, que dê o pão de cada dia e perdoe as nossas dívidas.

E assim como nessa oração, a bíblia está cheia de outros exemplos de orações corporativas; Não podemos olhar para a palavra e negar que Deus ordena sua benção quando há comunhão.

Em 2 Crônicas 20 vemos que Judá unindo-se em um jejum, buscando a bondade do Senhor. Josafá os chama a uma oração corporativa para clamar ao Deus todo poderoso.

Assim, a oração corporativa é oferecer a Deus as suas orações, junto com os outros Santos que crêem e concordam com a oração sendo feita.

Quando Deus quer nos visitar Ele procura um povo reunido como um só corpo, em um só coração e um só pensamento.

Portanto, a oração corporativa é uma unidade que se manifesta além de palavras faladas. O objetivo principal da oração é glorificar a Deus para que seu nome seja conhecido

Por que devemos orar corporativamente?

  • Para remover o que nos impede de sermos corpo de Cristo (Mateus 5:23 )
  • Lugar de unidade e honra: Quando marido e esposa oram juntos eles são levados a ter essa atitude um com o outro. (1 Pedro 3:7 )
  • Sermos confrontados com a desunidade e mágoas entre o corpo de Cristo (Efésios 4:26-27 )
  • Para que haja cura na oração uns pelos outros e no confessar de pecados (Tiago 5:16)
  • Para que haja avivamento na igreja a partir do lugar de oração. O avivamento só será liberado sobre uma igreja que vive em unidade e como os textos acima nos mostram, a oração corporativa esta intimamente ligada a vida em unidade.

Que possamos nos reunir como igreja para orar. Amém!

O cristianismo é um modo de vida no qual colocamos em prática a vida do próprio Cristo em ação no nosso dia-a-dia. Não um Cristo que se encaixe em nossos padrões ou sirva às nossas necessidades, um Cristo reciclado ou diluído. Precisamos conhecer Jesus e nos opormos contra as falsas ideias a respeito dele.

Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou? ” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas”. “E vocês? “, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou? ” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. Mc 8:27-29 

Jesus é o esplendor da glória de Deus e a expressão exata de sua natureza (Hb 1:3). Jesus é Deus, plenamente Deus e plenamente homem. Ele, como Deus, nos mostra quem Deus é; e como homem, Ele nos mostra quem nós deveríamos ser. Ele é o Verbo, o logos que traz sentido para todas as coisas (Jo 1:1). Através de Cristo, vemos a glória do Pai, cheio de graça e verdade.

Quem é Jesus?

Cristo é aquele que sempre existiu; Ele é desde sempre e para todo o sempre (Jo 8:56-58). Ao declarar isto, Jesus afirma que Ele é a realidade absoluta. O universo veio à existência a partir Dele e é inteiramente sustentado por Ele. Ele é Todo-poderoso e Sua palavra é o que preserva tudo que existe.

Assim, Jesus é imutável, Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. Por isso, Ele é constante e fiel em suas promessas. Ele é verdadeiro e não nega a si mesmo.

Jesus é o padrão da verdade. Tudo o que Ele faz está de acordo com a verdade de quem Ele é. Se nós conhecemos a Cristo, conhecemos a Deus porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9). Tudo o que é digno e admirável se resume na pessoa de Jesus. Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento; conhecê-Lo é conhecer as riquezas insondáveis do próprio Deus.

Ele é soberano sobre tudo, e haverá um dia em que Ele irá exercer sua autoridade e tudo será colocado debaixo da obediência de Jesus Cristo. Ele retornará com poder e glória. E naquele dia Ele nos servirá mais uma vez, porque Ele continuará sendo manso e humilde de coração (Lc 12:37).

Como reagir diante de descrição tão maravilhosa e grandiosa da realidade de quem é Jesus?

Como devemos viver a vida diante dessa realidade?

Devemos reconhecer o senhorio de Jesus Cristo sobre nós. Em meio a tantos afazeres e preocupações da vida, esquecemos que Ele é tudo o que importa e está no controle de todas as coisas. Por isso, devemos refletir que áreas da vida não temos submetido ao Seu senhorio. Coloquemos nosso ser mais uma vez diante Dele, pois Ele é digno de todo o nosso coração.

Devemos derrubar os ídolos do coração. Se Jesus não tem o senhorio dos nossos corações, então nós
temos levantado ídolos, colocando coisas acima Dele. Portanto, se colocamos nosso coração diante do
Senhor, Ele irá derrubar e quebrar todos os ídolos do nosso ser.

Precisamos conhecer a beleza de Jesus por meio da Palavra. Sendo assim, precisamos ler e meditar nas Escrituras,
onde temos a revelação de quem Ele é. Através da Bíblia, o Espírito Santo revela as verdades de Deus
para nós. Esse é o alimento diário que precisamos para manter o nosso coração aquecido.

Devemos clamar ao Espírito Santo que desperte nossos corações ao arrependimento. É necessário nos arrependermos para voltar a colocar Jesus como centro da nossa vida. Se Jesus não tem o seu lugar devido, então teremos desperdiçado os nossos dias.

Coloquemos o nosso coração diante do Senhor. Que o Espírito Santo abra os nossos olhos, brilhe Sua luz sobre os nossos corações e nos revele diariamente a beleza e a grandeza de quem Ele é.

Feliz natal!

A Esperança prometida

Vivemos um ano difícil, onde todos estamos cansados. Afinal, onde encontraremos a promessa do Natal de descanso?

O nascimento de Jesus não foi só um presente para os gentios, ele também foi um consolo e um conforto para os judeus.

A esperança prometida é Jesus. Em Isaías 40 há uma resposta para o cansaço coletivo:

“O que dizes, ó Jacó, e falas ó Israel, o meu caminho está escondido do Senhor e o meu direito passa despercebido ao meu Deus. Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da Terra não se cansa, nem se fatiga. O seu entendimento é insondável, ele dá força ao cansado, Ele fortalece o que não tem vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, os moços
cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão suas forças subirão como asas
como águias, andarão e não se fatigarão.” Isaías 40:27-31 

O Senhor quer e pode nos reencontrar em meio ao nosso cansaço e fortalecer a esperança de sermos renovados por meio dele.
O Senhor quer revelar a frustração do nosso coração. Acreditamos que só nós mantivemos a nossa parte da promessa, mas pensamos que Deus não manteve a dele.

Porém, no texto de Isaías 40 vemos que o tom do  diálogo do Senhor é de conversa, não de repreensão. Mas com o intuito de esclarecer as coisas.

O desejo do Pai é restaurar o nosso relacionamento com Ele.

Cremos no renovo da perspectiva da bondade e do amor de Deus na nossa casa. Pois o Senhor não tem limite de ânimo e de força. Ele não se fatiga.

Assim, aquele que não se cansa e sustenta todas as coisas, continua nos sustentando agora mesmo.

Você pode ficar cansado, exausto, mas o Senhor não fica.

O Senhor dá força. Ele não troca, vende, não põe condições a maneira que dá força para você. E ele faz isso doado-se a você.

Cair exausto é um sinal que nós temos corrido distantes de Deus, na nossa própria força e sozinhos. Hoje, admita para o seu próprio coração onde você se encontra e permita que o Senhor cresça sua força em você.

Sendo assim, vamos ser vulneráveis diante do Senhor e ter um diálogo tenro com Ele, pois Ele tem uma fonte inesgotável de ânimo para nós.

Entregue suas preocupações e deposite sua confiança no Senhor. Ele está pronto para ouvi-lo.

 

Vamos dar sequência a nossa série de Páscoa aqui no blog!

Neste texto, iremos refletir a respeito da passagem de João 12:1-8 em que, Maria de Betânia unge os pés de Jesus. A partir dessa história, entenderemos as peças fundamentais do que é uma verdadeira adoração extravagante que expresse o valor de Jesus.

“Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Ofereceram lhe ali um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando um frasco de bálsamo de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. E a casa se encheu com o perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos discípulos, o que haveria de traí-lo, disse: Por que este bálsamo não foi vendido por trezentos denários, e o dinheiro, dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão. Como responsável pela bolsa de dinheiro, retirava do que nela se colocava. Então Jesus respondeu: Deixa-a em paz; pois ela o guardou para o dia da preparação do meu corpo, para o meu sepultamento. Pois sempre tereis os pobres convosco; mas a mim nem sempre tereis.” João 12:1-8

O que move o coração de Deus?

Quando o valor da perfeição de Cristo e a intensidade das nossas afeições se correspondem, quando nós compreendemos o valor do Filho e respondemos à altura do Seu valor em nossa devoção, isso move o coração de Deus. O alto valor do Filho demanda uma resposta do nosso coração em adoração.

Maria, Lázaro e Marta veem esse valor perfeito em Jesus. Eles reconhecem a Sua graça, o Seu poder para ressuscitar os mortos (Jo 11:25-26) e expressam isso através de suas afeições.

Jesus buscava cultivar o amor deles para que, diante de Sua própria morte que ocorreria em poucos dias, os irmãos não perdessem sua admiração e fé em crer que Ele é a vida e a ressurreição.

Vemos aqui uma cena de profunda gratidão: Maria buscou o ato mais extravagante para expressar o inexplicável. Essa é uma atitude de um coração que correspondeu à altura do valor que há em Cristo Jesus.

Mas Judas questiona o valor dado a Jesus naquele momento. Suas palavras nos mostram que, quando os nossos corações não correspondem ao valor de Jesus, nós nos tornamos cegos, nossos valores são trocados e só conseguimos enxergar a nós mesmos e as nossas ambições.

Jesus responde a Judas (v. 7,8), apresentando três razões pelas quais ele deveria deixar Maria em paz. É extremamente importante entendermos essas três razões para alinharmos o nosso coração com o valor que há em Cristo e, assim, identificarmos se temos nos doado ao Senhor ao nível do Seu valor, ou se o temos diminuído, baseado na forma com que demonstramos a nossa devoção.

“A mim nem sempre tereis” (v. 8b).

A primeira razão está relacionada ao valor de Jesus. Muitas vezes não estamos conscientes da Sua presença, não compreendemos a preciosidade da presença daquele a quem louvamos e prestamos culto. Será que temos correspondido ao valor de Cristo, através das nossas afeições, em orar, jejuar e no servir?

Maria se ajoelha diante de Jesus e derrama esse amor generoso aos seus pés humanos. Mesmo o aspecto mais humilde e insignificante de Jesus é digno do nosso melhor, e infinitamente mais precioso do que qualquer presente ou qualquer ato de amor.

“E a casa se encheu com o perfume do bálsamo” (v. 3). Uma adoração sincera e verdadeira ao Rei Jesus nunca fica privada. Uma demonstração de afeto sincero e sacrificial, aquilo que entregamos de mais extravagante e cheio de gratidão por Jesus toca também outras pessoas e as abençoa. Acima de tudo, move e abençoa o coração de Jesus.

“Pois sempre tereis os pobres convosco” (v. 8a). A motivação dos nossos corações deve estar no próprio Deus, no valor que há em Jesus e no Pai. O amor ao dinheiro nos cega para compreender o valor de Cristo, e nos leva à morte. Aqueles que desejam ser ricos caem em tentação, em muitos desejos insensatos e prejudiciais que mergulham as pessoas na ruína e na destruição.

“Ela o guardou para o dia da preparação do meu corpo, para o meu sepultamento” (v.7). Jesus estava impedindo que Judas plantasse a falta de fé no coração de Maria. Era necessário que ela continuasse cultivando essas verdades em seu coração, e também no de Marta e Lázaro, que viram e provaram que Jesus era a ressurreição e a vida.

Hoje, ore e permita que a sua afeição seja extravagante, para que ela esteja à altura do valor que Jesus tem.

O que a bíblia ensina sobre o descanso? Neste texto vamos conversar sobre isso!

Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Efésios 5:17

O trabalho é bom, benção e não uma maldição. O problema é quando colocamos o trabalho como a única coisa que devemos fazer. 

É importante saber que o descanso não é para os fracos ou para os mortos, o descanso é para os homens e foi o próprio Deus que estipulou isso. Portanto,  o descanso não deve vir com o sentimento de perda. 

Nosso tempo não é infinito nessa terra, por isso é importante aproveitarmos ele da melhor forma e da maneira que agrade ao Senhor. 

Usando o tempo de maneira sábia

Os tolos são os que vivem de qualquer maneira, não devemos ser assim. Devemos aprender a remir nosso tempo, usá-lo de forma sábia, porque os dias são maus. 

Shabbat é um tempo de descanso 

O princípio de descanso está presente na bíblia desde a criação do mundo 

Deus não descansou por estar cansado, Ele é todo poderoso, não precisa descansar. Ele estava nos ensinando um princípio. 

Descanso não é sobre preguiça. 

Deus não nos criou para sermos preguiçosos e ociosos, provérbios nos ensina muito a respeito disso. Mas não podemos negar que é necessário tempo de descanso. 

A falta de descanso pode indicar nossa falta de confiança em Deus. Por acharmos que temos o controle de tudo, pensamos que quando não estamos trabalhando, estamos perdendo. Não acreditamos que Deus está cuidando de nós. 

O homem precisa do descanso e entender que ele não é o Senhor da sua própria vida.  Se vivemos de uma forma que não conseguimos descansar, temos vivido como escravos.

Nosso sucesso não vem da nossa produção e daquilo que podemos fazer. Podemos ser ativistas dentro da igreja e não agradar a Deus com a nossa vida. 

Além disso, a maneira como gastamos nosso tempo, demonstra quem o nosso coração adora. Por isso, devemos refletir sobre as nossas atividades e discernir sobre como as exercermos.

Assim, neste início de ano reflita mais sobre o descanso e coloque como prioridade em sua rotina. Afinal, isso é um princípio o Senhor

Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Romanos 8:32

A vida é feita de transições. E se não soubermos lidar com isso, não saberemos lidar com a vida. Mudanças trazem o novo, desconhecido e incerto. E devemos ter total confiança Nele durante essas transições.

Muitas vezes, não queremos confiar em Deus, e sim na nossa vontade. Pois o desconhecido nos paralisa e nos deixa ansiosos. Por isso, a estratégia para transições é confiar no Senhor, fixar os olhos Nele.

2 Coríntios 2:5 – Paulo escolheu fazer-se fraco, apresentando Jesus aos Coríntios para
que Ele agisse no meio deles.

Apoiados na força do Senhor

Transição tem a ver com realizar a boa obra, segundo a vontade de Deus. Assim, Deus permite situações, para que o agir Dele prevaleça e Ele nos mostre que não é na nossa força, e sim por meio e estratégia Dele.

Deus permite transições para que os nossos olhos não fiquem por muito tempo nos homens, e sim Nele.

E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. Juízes 7:2

Gideão era estrategista de guerra, e pensou que tudo estava sob seu controle. Deus não permitiu que o exército completo fosse à guerra, pois Israel pensaria que a vitória foi por força deles, e não de Deus. Gideão recebeu uma estratégia sobrenatural de Deus e precisou confiar nisso.

Devemos lembrar que no final do dia, o Senhor dos Exércitos é Ele, a glória é somente Dele. Os pensamentos Dele são sempre maiores que os nossos. Se individualmente permanecermos Nele, então corporativamente estaremos Nele também.

Deus é o Senhor das transições

Assim, não devemos temer transições e o desconhecido. Porque é Jesus que edifica a igreja, e vai continuar edificando.

Sobre nós está a responsabilidade de discipular homens que se pareçam com Ele. O apóstolo Paulo pregava com eloquência, mas se Deus, que era o fator decisivo, não fosse a experiência real, a casa não seria edificada.

Em Mateus 16, Jesus disse que Ele edificaria sua igreja, abrindo o caminho de volta ao Pai.

Hebreus 3:6 – “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se
tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”.

Assim, fazemos parte de uma noiva que está sendo preparada por Jesus em meio à transições. Somos cooperadores da obra! Nos momentos de mudança, devemos voltar os nossos olhos para Deus, pois Ele está liderando a igreja.

Nessa breve reflexão vamos estudar um pouco sobre o Salmo 27 e o que a vida de Davi nos ensina sobre contemplar a beleza de Deus.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?
Quando os malfeitores me atacaram para me destruir,
eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, ficarei confiante.
Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois no dia da adversidade ele me esconderá na sua habitação;
no interior do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. (…) Salmos 27:1-14

Observando o contexto

Ao lermos o salmo 27, notamos que o coração de Davi está cheio de temores por causa dos grandes desafios pelos quais vinha passando. Mas ao elevar os seus olhos para o Senhor, ele encontrou a forma de ter um coração não temente às más notícias e tribulações. Assim, ele permaneceu confiante ao contemplar a beleza do seu Deus.

Davi possuía um histórico de contemplar a narrativa de Deus ao longo da história. Quando ele afirma que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes (v. 13), ele não tem em vista as suas circunstâncias, e sim, a ação do Senhor na história. Deste modo, ele põe a sua fé e confiança naquilo que Deus irá fazer.

Além disso, Davi não esperou a chegada dos momentos de crise para cultivar uma vida de devoção. Ele cultivou
esse estilo de vida desde sua juventude, ao estudar e meditar na história do seu povo. Ali ele contemplava a beleza da liderança de Deus.

Existe sempre uma oportunidade para começarmos a cultivar esta vida de contemplação.

Os diferentes aspectos da beleza de Deus

Existem várias facetas da beleza de Deus. Podemos contemplar a cruz e sermos fascinados pela beleza da sua obra nas nossas vidas. Gálatas 6:14 diz que devemos nos gloriar na cruz de Cristo; devemos nos fortalecer naquilo que foi conquistado na cruz, para assim perseverarmos até o fim.

Podemos contemplar a beleza da aparência física de Jesus, bem como o seu caráter. Apocalipse 5 descreve o Cristo glorificado que é adorado dia e noite por anjos fascinados pela Sua beleza.

Podemos contemplar a beleza da liderança do Senhor sobre nossas vidas. O salmo 23 nos revela que
Ele é um bom pastor que guia nossas almas, nos faz descansar e nos cerca de bondade e
misericórdia.

Como podemos perseverar?

Acima de tudo, contemplar a beleza de Deus é a chave para permanecermos fiéis até o fim, e perseverar em
tempos de crise e escuridão que ainda virão sobre a terra. Por isso, devemos escolher olhar para a beleza que
existe no Senhor, a beleza que existe na sua forma de liderar a história, e a beleza que Ele produz em
nós, mesmo em meio à dor, tribulação e perseguições.

Morar na casa do Senhor significa ter comunhão espiritual e pessoal com Ele, tendo garantia do Seu favor, do Seu amor e da Sua bondade. Devemos ansiar por habitar na Sua presença, habitar em comunhão com Ele. Como resultado, quando habitamos em Sua casa, nos tornamos familiares do Senhor e conhecemos o Seu coração. Ele está disposto a se revelar por meio de relacionamento com aqueles que desejam ser seus amigos.

Assim, a revelação de quem Deus é precisa ser real na nossa vida; precisa fazer parte do nosso dia a dia.
Em outras palavras, devemos diariamente nos examinar à luz de quem Ele é; à luz da Sua palavra e da Sua vontade. Essa é a única forma de conseguirmos caminhar na luz e perseverar até o fim: contemplando quem Ele é,
contemplando os seus feitos e contemplando a sua boa, perfeita e agradável vontade.

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de seu manto enchiam o templo. Acima dele havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. E clamavam uns aos outros: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E as bases das portas tremeram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou até mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz; e tocou-me a boca com a brasa e disse: Agora isto tocou os teus lábios; a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu disse: Aqui estou eu, envia-me.” Isaías 6:1-8

A visão de Isaías

A morte do rei Uzias veio acompanhada de tristeza e incertezas para o povo de Israel. No ano em que este grande rei morreu, Isaías teve uma visão do Senhor, o Rei dos reis, o Rei soberano cujo reinado jamais terá fim.

Aquele que Isaías viu era o próprio Jesus (João 12:41) em toda a sua glória. Jesus se assenta eternamente no trono como o Rei que reina sobre todas as coisas. Ele permanece sempre o mesmo.

As vestimentas do rei representam o seu poder e autoridade. O manto daquele que se assenta no trono dos céus é tão imenso que ocupa toda a sua habitação (v. 1); não há um único centímetro quadrado em toda a criação que não esteja sob o domínio e autoridade de Cristo.

Como seres celestiais criados para estar na presença de Deus, suas seis asas tinham sua finalidade (v.2):

a) a glória de Deus é intensa a ponto de ofuscar o brilho do sol (Apocalipse 21:3) e por isso os serafins
precisam cobrir os seus rostos.

b) como habitam no lugar da plenitude da glória de Deus, os serafins cobrem os seus pés, vigiando e cuidando onde eles os colocam.

c) eles voavam ao redor do trono, de modo que contemplavam todo o esplendor da glória de Deus.

Os serafins exaltam o Senhor a um lugar mais alto e separado de tudo e de todos, declarando a verdade suprema da Sua santidade (v. 3).

A Santidade de Deus

Santidade diversas vezes se refere a algo separado única e exclusivamente para o uso de Deus, tornando-o santo, sagrado. Porém, quando a Palavra se refere ao Senhor como Santo, significa que Ele é acima de tudo e de todos. Ele é incomparável.

A glória de Deus é a manifestação dos Seus atributos; é a forma como conseguimos contemplar aspectos do Seu caráter. Quando nós entendemos que o Senhor é bom, podemos dizer que vimos a Sua glória pois Ele nos revelou um aspecto da Sua santidade.

Ao olharmos para Cristo, também contemplamos a glória de Deus. Cristo é a imagem do Deus invisível, a expressão exata de quem Deus é.

Quando contemplamos a glória de Deus e compreendemos quem Ele é, somos constrangidos a ponto de gerar temor em nossos corações (v.5). Ninguém pode permanecer em Sua presença sem se tornar consciente da sua própria miséria e pecaminosidade.

Um chamado para nós: Rasgue o coração e não as vestes

Em Joel 2:12-14, o profeta exorta o povo a rasgar não as suas vestes, mas a rasgar o seu coração. Assim, o nosso encontro com o Senhor deve nos levar ao arrependimento, reconhecendo nossa pequenez diante dele e a necessidade de sermos transformados.

Então, a vida cristã se trata de conversão após conversão. À medida que o Senhor revela as áreas da nossa vida onde precisamos nos arrepender, nós vamos sendo transformados de glória em glória.

É impossível conhecer o Senhor e permanecer o mesmo (1 João 1:8-9). Porque  quando contemplamos Sua glória, somos constrangidos ao arrependimento; se não somos é porque não conhecemos a Deus. Se o Senhor tem nos visitado, isso deve gerar um santo temor nos nossos corações. O que resultará também em nós uma mudança interior e exterior.

O que a história de Bartimeu tem em comum com a nossa? Quais são as lições que podemos extrair dessa narrativa? Na reflexão de hoje vamos entender de que forma podemos crescer em intimidade e desejo por mais de Deus.

“…E Jesus lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu
volte a ver. Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi
seguindo Jesus pelo caminho. ” Mc 10:46-52 

A cura do cego Bartimeu foi a última realizada por Jesus, antes que ele subisse ao calvário. Jesus estava passando por Jericó, a caminho de Jerusalém, onde ele sabia que seria crucificado.

Na grande multidão havia não apenas seguidores de Jesus, mas outros judeus a caminho de Jerusalém para celebrarem a Páscoa, a fim de não passarem por Samaria. Nessa mesma cidade Jesus encontra-se com Zaqueu, o cobrador de impostos, assim como o cego Bartimeu.

Histórias semelhantes

Do mesmo modo que o cego Bartimeu, todos nós nascemos com uma cegueira espiritual. Até que o Senhor brilhou sua luz sobre nós e através do Espírito Santo recebemos a revelação de Jesus e do seu amor.  Nos trazendo a consciência de que antes éramos cegos e que não percebíamos que necessitamos de Deus.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” Romanos 3:23

Não somente cegos, mas também pobres, nascemos destituídos da glória de Deus. Fomos criados para um propósito específico. Porém, o pecado adentrou na humanidade e devido a ele fomos separados de Deus, o que nos coloca em um estado de pobreza.

Essa cegueira é “tratada” de glória em glória, por mais que nossos olhos tenham sido abertos pelo Senhor, ainda não o conhecemos em sua plenitude. Portanto precisamos que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento para que possamos conhecer mais de Deus.

Por mais que fisicamente ele fosse cego, Bartimeu espiritualmente via bem o suficiente para entender que era o próprio Messias que passava diante dele. Por entender quem estava ali, ele clamava.

Ao chamá-lo de “filho de Davi”, ele reconhecia que Jesus era o Messias, uma vez que está ligada a promessa de que o trono de Israel seria entregue a descendência de Davi. Foi a fé de Bartimeu que o fez clamar cada vez mais alto.

Como desejar por mais de Deus?

Assim como as pessoas que passavam, tentavam calar a voz de Bartimeu, muitas coisas na nossa vida tentam calar o nosso clamor, a fim de nos tirar do lugar de busca ao Senhor. Por mais que conheçamos a Cristo, muitas vezes nos vemos distantes de Jesus. Devido a situações e circunstâncias, pensamentos e ideias na nossa mente, o sentimento de vergonha ao nos sentirmos impuros, todas essas coisas nos fazem parar de clamar, nos afastando de Deus.

Bartimeu nos ensina em sua situação, que por mais que ele estivesse sujo, era a esse estado que ele se encontrava, era a necessidade que ele possuía que o fez clamar para que Cristo se revelasse a ele.

Da mesma forma que Bartimeu sabia que sua maior necessidade era ter os olhos abertos, precisamos acima de qualquer coisa que possamos pedir do Senhor, ter os nossos olhos abertos para que possamos ver a Ele e conhecê-lo.

Ao conhecermos quem Deus é, todas as outras coisas tomam o seu devido lugar.

Amém!

“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.”  Hebreus 11:7

Ter fé é temer a Deus. Mas, existem 2 tipos de temor descritos na Bíblia. Um desses tem pavor e terror do Senhor, este é um temor ruim que tem medo de Deus, que foge de Deus.

O que é verdadeiramente temer a Deus?

Se você está em Cristo, estamos falando de um temor reverencial. Para o justo, temer ao Senhor não é ter medo de Deus, mas ponderar como viver a vida com reverência.

Temer ao Senhor é ficar maravilhado com a grandeza de quem Ele é, nosso coração é tomado de reverência por sua santidade e majestade.

Noé foi temente à Deus. O Senhor havia anunciado a ele que iria julgar a terra, então Noé movido por santo temor acreditou naquilo que Deus falou.

A construção da arca durou por volta de 120 anos, Noé deu boa parte da sua vida para construir uma arca, porque Ele confiava em Deus.

A postura de Noé de reverência e obediência mostra que ele foi movido pelo temor do Senhor – e é isso que o sustentou todos esses anos a fazer a vontade Deus.
Noé temeu ao Senhor e em reverência cumpriu tudo o que Deus falou para que fosse feito, ele creu até o fim.

Jeremias 32.40 – O temor do Senhor é um presente de Deus, algo que Ele coloca em
nossos corações;
Filipenses 2.12 – É um presente que não tira nossa responsabilidade de continuar
caminhando com temor e tremor;
Salmos 130.3-4 – O temor divino é um fruto do perdão;

Por que temer?

O temor do Senhor nos ajuda entender quem Deus é e isso nos impede de caminhar no pecado. Ele é digno de reverência, e se eu estou pecando, eu não estou dando a reverência que lhe é devida.

Se não há o temor do Senhor, cada um vive segundo sua própria vontade, segundo aquilo que acha certo, é o temor do Senhor que nos ajuda a nos afastar do pecado.

O Senhor nos presenteia com a vida e nós temos a responsabilidade de viver de tal forma que iremos glorificá-lo, que iremos viver temendo a Ele numa fé verdadeira.

Se nós temermos a Deus, isso nos livrará de outros temores, outros medos. Noé não temeu estar errado, porque ele creu nas verdades de Deus. Porque se Deus prometeu algo, Ele irá fazer.

Precisamos do temor do Senhor aceso em nossos corações. Que nós vivamos uma vida que é governada pelo Senhor, com os joelhos prostrados diante dele, como sacrifícios vivos diariamente à Ele – porque nós tememos a ele
porque Ele é digno e nós sabemos quem Ele é.