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Ele não é mais um bebê na manjedoura

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O Verbo se fez carne: essa é a boa notícia do Evangelho! A mesma voz que no início disse “haja luz” foi pronunciada em meio a um povo que andava em grandes trevas. Logo, aqueles que estavam cegos, vagando como ovelhas sem pastor, agora podem enxergar a glória do Pai na face do Filho. A expressão exata de Deus, o reflexo da luz inacessível.

Nem as melhores expressões e adjetivos são capazes de descrever o mistério e o assombro da encarnação. Isto é do Deus eterno nascendo em uma simples estrebaria de Belém. No céu todos o reconheciam, portanto, na terra poucos o discerniram. Um bebê, na manjedoura sem nenhum traço que o destacasse dos demais. Humano como qualquer um, divino como nenhum outro!

Um menino nos nasceu

Essa revelação é grande demais para nossa limitada compreensão, mas ela não para aí. A obra da redenção revelada na encarnação é consumada na crucificação e confirmada na ressurreição. Assim, a manjedoura e a cruz estão intimamente ligadas como um emblema do Deus que despiu-se de Sua glória e abnegou a sua majestade para resgatar os Seus.

Hoje nos alegramos porque o Menino que nos nasceu, o Filho que nos foi dado, cresceu em graça e em conhecimento. Ele caminhou entre nós e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai. Logo, nos alegramos porque Ele se humilhou à mais baixa posição, e pela Sua obediência o Pai exaltou acima de todos. O governo está sobre os Seus ombros e o Seu Reino jamais terá fim.

 

Ele não é mais um bebê na manjedoura

A nossa oração por você hoje, é que ao contemplar o bebê na manjedoura, seu coração arda na certeza de que Ele é o mesmo Homem judeu descrito em Apocalipse 1:

¹³ E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
¹⁴ E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
¹⁵ E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
¹⁶ E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
¹⁷ E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
¹⁸ E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Apocalipse 1:13-18

Celebramos o nascimento de Jesus Cristo ansiando pelo Seu retorno glorioso! Ele nasceu, morreu, ressuscitou, está agora à destra do Pai, mas ficará no céu para sempre.

Levanta a mão quem ama o Natal! Provavelmente, você está com as mãos para cima. Aliás, eu garanto que você não vê a hora de poder sentar-se à mesa juntamente com seus familiares. E se porventura eles estiverem geograficamente distantes, a saudade será imensa.

Esse momento de estar à mesa me faz lembrar de que todos pertencemos a uma família ainda maior. Somos participantes de uma festa vindoura, um grande banquete de celebração.

Você já parou para pensar que quando se está à mesa na festividade natalina outras milhares de pessoas pelo mundo também estão? Portanto, mesmo todos sendo de famílias distintas partilham e compartilham das maravilhas da ceia de Natal? Assim, todos juntos ali têm o mesmo objetivo e estarão saciados e alegres. Logo, o natal tem uma razão. É não apenas o nascimento de um menino mas também um renascimento da esperança para os que creem na vida gloriosa de Jesus Cristo.

 

Eu não gostava do natal, mas…

Mas antes preciso confessar um pequeno detalhe: eu aqui, que vos escrevo, não gostava do natal. Vocês acreditam?!

O Natal me parecia uma data para gastar dinheiro, passar calor em comércios e novamente, passar calor. Até que ele me foi apresentado como um momento diferente e único de reflexão profunda que aponta para uma bendita ESPERANÇA.

E você deve se perguntar:

“Como assim esperança?! Irmã Elô, me desculpe a sinceridade, mas Jesus não nasceu em dezembro. Esperança? Muito provavelmente, você não passou o natal na minha casa. Quando nos reunimos há discordâncias, muito amigo secreto e discussão sobre política (risos).”

Amigos, certamente não os conheço pessoalmente e não tive o prazer de passar essa festividade com vocês. Bem sei que mesmo diante das peripécias que temos com as nossas famílias, há espaço para pensarmos sobre porque o natal nos oferece uma esperança. Gostaria de compartilhar essa porção das escrituras:

“O povo que andava em trevas viu uma grande luz sobre os que habitavam na terra da sombra da morte.

(…) Porque um menino nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. O seu domínio aumentará, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para estabelecê-lo e firmá-lo em retidão e em justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso”.

Isaías 9:2, 6-7.

Vejam, são as boas novas! Um deleite está preparado para os que creem. O Cristo, o Deus Encarnado, nasceu. Agora uma esperança foi dada a toda humanidade. Por meio do nascimento do Filho de Deus, que deixou toda sua Glória e majestade, podemos hoje experimentar uma sublime esperança. Uma grandiosa bênção nos foi concedida.

 

A bendita esperança

O Deus vivo que desceu dos céus veio para a salvação. Por esse motivo comemoramos. Por essa razão deveríamos estar com nossos irmãos e amigos, todos juntos no Natal, sentados à mesa para a celebração da vida, e além disso, nos lembrando que a luz dos homens, o primogênito de toda criação, Ele está nos mais altos céus e que um dia retornará.

Irmãos, certamente haverá um dia que estaremos à mesa e nos satisfazemos Nele.. Naquele dia, meus amigos, o Cristo ressurreto não terá de ir. Pelo contrário, o veremos face a face assim como Ele é e estaremos unidos para sempre. Essa é a esperança cristã. Ela é viva e celebra a vida de Jesus.

 

Gostaria de convidá-los para que neste Natal possamos trazer à memória a única certeza que temos: que Jesus veio a terra para nos dar vida e uma vida em abundância. Junto com sua família sente-se à mesa lembrando que estamos celebrando o Deus Emanuel,  e que um dia estaremos sentados com Ele em seu grande banquete.

Glórias nas alturas! Sejam a honra, a glória pelos séculos dos séculos a Jesus Cristo, a esperança viva!

O nosso Redentor vive!

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concedeu o seu favor.” Lucas 2:14

Feliz natal e boas festas!

Quero trazer uma reflexão de natal aqui e falar de uma pessoa que há muitos anos tenho compartilhado sobre sua vida. Não é uma personagem muito comum de se falar na época do natal. Por isso, eu quero trazer aqui um ângulo diferente da vida e do testemunho de Ana, a partir de Lucas 2.

Talvez a pergunta mais feita no período do natal é “Por que Jesus veio ao mundo?”, ou “Qual é o sentido e o motivo do natal?”. Logo, se você é pai de uma criança, com certeza já se deparou com alguma variação dessas perguntas aqui. Obviamente a resposta para nós é que o Natal tem tudo a ver com Cristo e precisa ter a ver com Ele.

Nesse tempo, temos a oportunidade de convidar Jesus para as nossas mesas e nossas conversas como em nenhum outro momento. Não podemos deixar nenhuma outra “magia” roubar do nosso coração ou dos nossos filhos o verdadeiro sentido do natal: o nascimento de Jesus.

 

Testemunhos de natal

Algumas pessoas testemunharam dos eventos em torno do nascimento de Jesus. Como Isabel, prima de Maria, por exemplo. Ela afirma que Jesus é o Senhor dentro de um contexto onde a expectativa messiânica descansava no coração de um povo aparentemente desamparado e esquecido por Deus.

Ela chama um bebê de “meu Senhor” (Lucas 1:42-43). E eu pergunto, quem alguma vez tratou uma criança com tanta honra, com tanta dignidade? Assim como os pastores que afirmaram que Jesus, aquele bebê, – não haveria de ser – mas que Ele era o Salvador.

Em Lucas 2:26 Simeão também afirma que Jesus é o Cristo. Portanto, foi lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não veria a morte antes de ter visto o Cristo. Dessa forma, falar desses temas no período do Natal nos traz de volta ao nosso diálogo: “Por que devemos saber quem é Jesus e não só o que Ele fez por nós?”

 

Quem exatamente é Ana?

³⁶ Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar
³⁷ e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite.
³⁸ Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Em Lucas 2, José e Maria estão levando o menino Jesus, de acordo com a lei mosaica, para apresentá-lo no templo no oitavo dia para ser circuncidado. Portanto, a Bíblia diz que Ana servia no templo dia e noite durante décadas. Ela chega ali no momento exato em que Maria e José estão com o menino no colo.

A Bíblia diz que essa mulher era uma profetiza, filha de Fanuel da tribo de Aser. Essa tribo fazia parte das 10 tribos que foram para o norte e foram expulsas da terra. E se dispersaram quando Babilônia invade Israel.  De alguma forma, Ana encontra de volta o seu caminho até Jerusalém.

Contudo, Ana era viúva há muitos anos. Aproximadamente 60 anos, aliás. E desde que ficou viúva ela nunca se afastou do templo. Ela se dedicava à oração dia e noite e assim, toda sua vida girava em torno desse lugar. Além disso, era piedosa, tinha zelo pela casa de Deus e amava o povo de Deus. Ela simplesmente vivia para adorar e servir a Deus.

 

O testemunho de Ana

Outra coisa interessante que nos é dito sobre Ana, é que ela tinha um dom profético. Sendo assim, ela era alguém que recebia uma revelação direta da parte de Deus. O Senhor deu esse presente especial para Ana, que foi cultivado através do seu caminhar próximo com Ele. Dessa forma, sua mente podia ser iluminada pelo Espírito de Deus, e ela tinha discernimento do que estava acontecendo e podia transmitir a outras pessoas.

Quando Ana chega no templo e se depara com Maria, José e o menino Jesus ela dá “graças a Deus”. Eu imagino que haviam muitas pessoas ali. Os sacerdotes que trabalhavam no templo, outros meninos que seriam apresentados também. Porém, Ana chegou e discerniu que aquele não era um menino qualquer.

Aquela mulher entendeu o que o Senhor estava fazendo naquele templo. Muitos não perceberam, embora eram pessoas que afirmavam falar em nome de Deus. Eles não viram e não sentiram Deus. Um homem comum, como Simeão – que não era um sacerdote e ninguém importante – que reconheceu que Deus estava no meio deles. E além dele, Ana que chega ali, e é revelado para ela que o menino era aquele a quem eles esperavam há séculos.

De profetiza a evangelista

Ali, diante dos olhos de Ana, o menino que a Bíblia profetizou que haveria de vir. E assim, diferente de todos os outros testemunhos que falamos antes aqui, Ana diz que Ele é o redentor. Ela proclama e conta a todos a respeito da redenção de Israel.

Ana era uma profetiza, e agora se torna uma evangelista. Ela assume esse papel de anunciar sobre o Salvador. Assim, a Bíblia nos diz que a mensagem de Ana era essa: Ele é o redentor, o resgatador que nos comprará de volta do domínio do mal, o que nos resgatará das mãos dos inimigos de Deus.

No primeiro natal, ao ver Jesus, Ana dá graças a Deus e testemunha dele a todos que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

O que é um redentor?

Redenção é uma palavra que todo cristão deveria conhecer e ser capaz de explicar o que significa. Além do mais, Ana poderia ter saído para testemunhar e ter falado tantas outras características de quem Ele era. Todavia, no contexto do primeiro natal, o testemunho de Ana foi dizer ao povo de Israel que o Redentor chegou.

Quando ela disse que a redenção de Israel chegou, ela está dizendo que o resgatador disposto a pagar o preço para tirá-los debaixo do domínio que eles estavam e colocá-los debaixo de outro domínio. Afinal, um resgatador, no sentido bíblico, era aquele pagaria o preço do resgate.

 

Uma história de redenção

Muito se fala no Novo Testamento sobre a redenção, sobre sermos redimidos por Cristo. Portanto, Ana não tinha as palavras de Paulo e nem mesmo os Evangelhos. Logo, ela olhava para o Antigo Testamento e entendia “redentor” no contexto do que essa porção das Escrituras nos mostra sobre isso.

Neste caso, vemos no livro de Êxodo o grande propósito de Deus que é reunir um povo de cada tribo, nação que o ame, o adore, o glorifique e desfrute dele para sempre. E a história da redenção começa com um homem chamado Abraão e a partir de sua linhagem o redentor haveria de vir. Contudo, até então não se sabia qual seria o preço a ser pago pelo resgate. Além disso, toda a história do Antigo Testamento mostra um Deus redimindo o seu próprio povo.

 

O Redentor vive!

²⁵ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
²⁶ E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Jó 19:25,26

 

Ana estava esperando este Redentor. Ela viu e acolheu o menino Jesus pois ela sabia quem Ele era. Com seus 84 anos, talvez Ana não viveu tempo suficiente para ouvir os ensinamentos de Jesus 30 anos depois. Mas a sua esperança era que um dia viria o seu Redentor.

Portanto, nenhuma mente consegue entender perfeitamente como será o dia em que a profecia em que Jó declara se cumprirá. O dia em que Deus se levantará sobre a terra e seus olhos o veriam. Mas ele declarou tão profundamente que a obra do Redentor se estende além dessa vida. Hoje já podemos desfrutar de parte do que Cristo comprou, mas o melhor e a maior parte de tudo ainda está por vir.

Deus resgatará seus filhos e filhas e o mundo inteiro será redimido. Haverá novos céus e nova terra. Tudo será novo! Essa é a esperança que o Redentor trouxe!

Essa é a esperança do natal!

 

Pr. Vinicius Sousa

Palavra do culto da Fhop Church do dia 3 de Dezembro de 2021

 

Assista abaixo:

Culto Fhop Church: Reflexões de Natal: O testemunho de Ana

O senhorio de Deus é suficiente para atrair o meu amor por Ele?”. Esse foi o questionamento que veio ao meu coração enquanto meditava em Marcos 12.30. Será que Ele tem sido suficiente para ser o meu único amor?

“Ame o Senhor, o Seu Deus, de todo coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.”

Marcos 12.30

Afinal, quando estamos em um lugar de suficiência e confiança plena no amor de Deus todas as coisas perdem o seu valor. Assim, fixamos os nossos olhos nele, Ele se torna o único e mais importante. Jesus ensina que amar a Deus sobre todas as coisas, requer atitude de coração. Ou seja, implica em atribuirmos ao Senhor o valor e a estima que Ele merece. Logo, amar a Deus é verdadeiramente desejarmos ter comunhão com Ele, vivermos com obediência e sinceridade a sua vontade na Terra.

 

A intencionalidade do amor

Amar a Deus sobre todas as coisas, nos faz entender que Ele deve ser amado com todas as forças e a capacidade que o homem possui. Aliás, este é o alicerce e o resumo do propósito da existência humana. “Amar” é um mandamento e é algo além de um sentimento que nasce por força alheia à nossa vontade. Isto é algo que devemos cumprir em todas as ocasiões, não só quando recebemos alguma coisa do Senhor.

Logo, amar a Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma significa por vezes ter coragem para fazer o que Ele nos manda, mesmo sem entender. É, portanto, escolher obediência como fez Abraão, provando que amava ao Senhor mais do que o próprio filho.

Trata-se de um amor que não se iguala, nem se dobra a qualquer outro. Por mais legítimos que sejam nossos amores, de modo algum eles podem competir com o amor que é devido a Deus. Provavelmente este era o entendimento de Paulo quando diz que considera tudo como perda se comparado a sublimidade do conhecimento de Cristo.

 

Amar a Deus de todo o coração

“De todo o coração”, essa expressão se repete várias vezes na Bíblia. Como em Jeremias 29:13 “Buscar-me–eis e me achareis quando me buscar de todo o coração”. Mas o que significa “de todo o coração”? Isto significa o homem por inteiro (como Provérbios 4: 23), significa a sinceridade de sentimentos. São todas as afeições do ser humano desejando pelo seu criador, amando-o intensamente mais do que a qualquer outra coisa criada.

Deus tem um propósito! Ele deseja ter um relacionamento de intimidade com o homem e quando entendemos isso, algo já começa a mudar em nossas vidas, nossos questionamentos, nossa busca por respostas e nossa mente buscando a Deus. Essa fome por Deus vem, quando estamos vazios de nós mesmos, livres do antropocentrismo, egoísmo ou apego as coisas terrenas, a fome nasce quando apenas percebemos que dependemos dele, cada partícula do nosso ser foi criada com um desejo inapagável pelo Deus eterno.

Desde que tenho meditado sobre esse texto, tenho entendido que, o Senhor tem feito um convite a nós, de encontrarmos suficiência nele e em suas escrituras, e além disso, é imprescindível termos coragem para tirar as distrações do nosso caminho, para que assim nossa oração possa ser como o diálogo da noiva para com o seu Amado em Cantares 2: 15, que o Amado das nossas almas possa tirar tudo aquilo que tem nos afastado e distraído do seu amor. Ele nos amou primeiro e este já é motivo suficiente para que o amemos com tudo o que somos.

Isabella Cardoso Peres – Aluna do Fascinação Turma 19

 

Na track de comunicadores do Intensivo Fascinação, os alunos produzem textos a partir de uma meditação bíblica. Leia aqui mais textos dos nossos alunos:

Estabelecendo uma cultura de intimidade

Lembre-se do primeiro amor

O que vem à sua mente quando ouve sobre gratidão? Positividade, good vibes, músicas, educação?

Gratidão na Bíblia não é tratado como um prática de positividade ou mantra de pessoas que escolhem determinado estilo de vida mais holístico. Mas também não se trata só de canções ou de uma liturgia obrigatória da oração.

Além do mais, a Bíblia é cheia de imperativos que dizem: “deem graças”, “sejam gratos” ou “rendam ações de graças”. Ou seja, gratidão na Bíblia é fruto de corações que louvam ao Senhor por conhecerem seu ponto de vista e percebem sua natureza graciosa em todas as circunstâncias da vida.

Dessa forma, vamos destacar apenas duas das coisas que aprendemos sobre gratidão na Bíblia que vai ajudar seu coração a reposicionar os afetos em relação a vida, e espero que te ajude a terminar essa leitura com desejo de não apenas se grato, mas de adorar a Deus em tamanha gratidão.

 

Gratidão é sobre perspectiva

Em todas as situações existem diversos lados para se olhar e dependemos de onde estamos vendo as coisas, a gratidão pode ser a postura mais lógica ou a mais insana. Em Apocalipse, João recebeu a revelação de Jesus Cristo a cerca do final dos tempos. Então, vamos ser sinceros e confessar que já tivemos medos de certos relatos das visões descritas no livro de apocalipse. É aterrorizante dependendo de que lado da história você está.

Mas em Apocalipse 4 e 5 marca uma transição de cenas no livro. Assim, o capítulo 6 inicia a descrição de juízos, dos selos e taças. Porém, perceba como começa o capítulo 4, a voz que falava com João vinha de uma porta aberta no céu e lhe disse “sobe aqui”. E o que João encontra ao subir nada mais é do que a sala do trono de Deus!!!!

 

“¹ Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: “Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas”. ² Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém.”  (Apocalipse 4:1,2)

 

É desse lugar glorioso que ele vê todo o resto de Apocalipse. Será que esse não é um doce convite de Deus para nós sobre perspectiva? Se também subirmos ao trono da graça (Hb. 10) e passarmos a enxergar a vida na perspectiva de Deus, não seríamos mais gratos, considerando sua bondade de perto e percebendo sua vontade como boa perfeita e agradável? Tenho certeza que sim.

Do lado da história de Deus a história inteira é sobre Ele e o final é glorioso. Ver da forma que Ele vê é radiante.

 

Gratidão é fruto de quem é consciente da Graça

É comum no novo testamento que quando o escritor fale sobre ações de graça instrua o leitor a fazer isso por meio de Cristo:

¹⁷ Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:17)

 

Logo, o envio do filho é a prova inegável do tamanho da graça de Deus dispensada a nós. E graça é favor imerecido. Além disso, é comum sermos confrontados contra a meritocracia – de fato esse não é o molde do evangelho. Porém, se você toma consciência da história de Deus, o que de fato, sinceramente, nós merecemos? 

A Bíblia conta a história da humanidade como pecadora, inimiga de Deus. Essa, carente da graça, e mesmo assim sendo perseguida pela bondade, amor e misericórdia que propicia redenção e salvação – por meio do Filho. O que a humanidade merecia era a morte, a separação eterna de Deus. O que eu e você realmente merecemos é juízo, castigo e desgraça. 

A boa e surpreendente notícia é que não é isso que recebemos. O que Deus nos oferta é infinita graça por meio de Jesus Cristo, que por sua vida, morte e ressurreição nos oferece a vida que não merecemos, a vida que nunca sequer conseguiríamos conquistar por nossa força.

 

Estamos melhores do que merecemos

Não importa o cenário que você esteja enfrentando hoje, você está melhor do que você merece – isso é graça. No pior cenário, de calamidade, injustiça e dor  você e eu temos um bom pastor que se compadece, e cruza de forma bem presente o vale da sombra da morte conosco se for preciso. Em meio às pressões da vida, sua graça nos deixou um Consolador, um Ajudador para nos ajudar em meio a jornada – isso é graça!

E nos cenário de realização, alegria, festa, sonhos realizados, fascínio pelo ordinário, como poderíamos merecer tanta bondade? Na verdade não merecemos, isso é a Graça! Não foi nosso dinheiro, esforço, bondade e integridade que conquistou, foi o favor imerecido de Deus.

Pensar assim não faz a gratidão ser a postura mais apropriada sobre a vida? Agora mesmo enquanto escrevo esse texto e medito nessas palavras sinto a consciência disso me arrastar ao louvor de ações de graças. 

 

No dia bom e no dia mau essa é a postura apropriada

Encerramos reforçando o convite bíblico de fazer da gratidão a ação mais lógica para aqueles que estão do lado de Deus na história. Responda as bênçãos de Deus na sua vida com um coração grato pela natureza graciosa de Deus. Mas também lide com as dificuldades e ansiedades com ações de graças respondendo ao convite de Jesus que diz “sobre aqui, deixa eu te mostrar a minha perspectiva sobre as coisas”. E confie na garantia que o apóstolo Paulo deixa aos filipenses sobre isso.

 

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6,7)

 

Você provavelmente já escutou ou até mesmo cantou essa frase aqui “os que olham para Ti estão radiantes, Senhor”. Certo? Convidamos a Débora Rabelo, líder de louvor da fhop music para falar sobre o processo de composição da música “Os que olham para Ti”.

A Débora é casada com Hamilton Rabelo, ambos são missionários da fhop. Eles disseram “sim” ao Senhor para a missão de estabelecer uma cultura de devoção por meio do louvor e da adoração. E eles têm instruído a igreja para o lugar de devoção e adoração através de canções feitas a partir do lugar de oração e do estudo da Palavra.

 

Uma jornada de composição

Essa canção nasceu de uma forma muito natural. Como muitas canções que nascem aqui, ela também surgiu a partir de um coro que fiz em um acampamento sobre oração na minha antiga igreja em 2016. Nós estávamos em um momento de oração bem especial após a ministração da palavra. Lembro-me que cantava “Jesus we love you” (Jesus te amamos), e de repente, surgiu o coro: ‘amor presente é o teu amor, nunca me desamparará, eu olharei na tua face, verei a tua glória!’

Depois disso, o Hamilton me pediu para gravar, porque achou lindo! Assim, por anos, esse coro ficou guardado apenas no gravador do meu celular. Então, em 2018 nós decidimos finalizar essa canção, e assim, dedicamos um tempo juntos pra criar o verso e pré-coro.

Contudo, quando ela já estava finalizada percebemos que um outro refrão (que havia surgido nos nossos turnos da sala de oração) combinava muito com ela.

Logo, tivemos a ideia de colocar como ponte a parte que diz: ‘tudo pode até passar, eu continuo olhando para ti, tudo pode até mudar eu continuo olhando para ti pois tu és o Senhor que arrebatou meu coração’.

Depois disso, tivemos a certeza de que estava finalizada.”

 

A Bíblia por trás da canção

Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Salmos 34:5

Salmos 34.5 foi a maior inspiração pra essa música. Além desse, outro texto que falava muito ao meu coração naquela época era Salmos 103 que nos mostra a verdade sobre o poder do amor de Deus.

Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Salmos 103:12

Ele escolheu nos amar independente dos nossos erros, da nossa inclinação ao pecado. Ele afasta de nós as nossas transgressões e nunca nos deixa. O seu amor vai além dos céus.

Essa palavra estava falando forte ao meu coração no período em que escrevemos os versos. Além disso, o fato de que ao olhar pra Ele nos tornamos cada vez mais parecidos. Ao olhar pra Ele e não para as circunstâncias ao redor, somos iluminados e fortalecidos na jornada.”

 

Olhando para Ele para encontrar forças

Quando eu compus o refrão, eu travava uma luta contra a ansiedade mas nem sequer sabia disso. Existiam muitos conflitos na minha mente, nas minhas emoções mesmo eu já conhecendo a palavra e servindo ativamente na minha igreja. Eu já era uma líder há bastante tempo. Já ensinava sobre diversos assuntos na minha igreja local. Amava ardentemente o Senhor e servir a Ele. Mas eu não entendia o que acontecia dentro de mim.

Por muitas vezes eu carregava bastante culpa e julgamento dentro de mim por achar que aquela ‘bagunça interna’ era falta de caráter ou algo assim. Assim, a minha saída, o meu ‘bote salva vidas’ no meio daquelas guerras internas, era me apegar à presença de Deus.

Portanto, lembro-me de gastar horas e horas só com Jesus no meu quarto. Me derramava diante dele e recebia do seu refrigério. Ali, eu cantava para Ele e percebia de maneira intensa a sua presença comigo. Ele me dava forças pra continuar. 

Logo, o versículo 5 do salmo 34 falava tão forte ao meu coração naquela época que constantemente eu me lembrava dele no momento das crises. Eu pensava: ‘não importa o que acontece aqui dentro de mim, tudo o que eu preciso é olhar para Ele’.

A âncora da minha alma era me lembrar das Suas palavras.

Eu amava o Senhor e a sua presença. Servir a Ele em comunhão com minha igreja era a maior alegria da minha vida, então tudo o que eu fazia era me apoiar nele. 

E assim, no meio disso tudo surgiu o refrão de os que olham para ti. E por muitas e muitas vezes cantar essas verdades me sustentaram em meio às crises”.

 

Por que devemos cantar a Palavra?

“Cantar as escrituras é uma forma de alimentar a nossa alma com verdadeira comida. Isso nos satisfaz, alimenta, encoraja e nos fortalece na jornada.

Eu realmente acredito no poder da Palavra cantata porque na minha jornada até aqui, por DIVERSAS vezes eu fui encorajada a prosseguir na caminhada cristã através de mensagens em forma de canções.

Por diversas vezes Deus falou comigo, me consolou, me deu uma nova perspectiva, renovou a minha esperança, tudo através da Palavra cantada.

Além do mais, existem canções que são como feixes de luz entrando por um pequeno espaço na janela, em um quarto escuro. Canções que serão uma mensagem a um coração aflito prestes a desistir de tudo. Além de ser Luz para escuridão daquela alma que acha que é o fim da linha.

 

Eu sempre me lembro do conselho de Paulo: 

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Cl 3.16

Cantar a palavra de Deus é importante porque é uma forma de edificação pessoal e também da nossa comunidade local.”

 

Uma oração para os que olham para Ele

“A minha oração é que ao ouvir essa canção muitos sejam renovados no Senhor. E assim, possam sentir e perceber a presença do amado independente da estação que estiverem. Que a mensagem dessa canção seja uma inspiração também a buscarem uma vida de maior intimidade com Deus.

Eu oro por convicção do amor de Deus invadindo os corações, que a certeza da imutabilidade do Senhor seja clara em cada um. Que como diz na ponte da música, “tudo pode até passar e mudar mas eu continuo olhando para ti” muitos se encham de força para prosseguir independente do que vier enfrentar no futuro.

Eu oro pra que aqueles que enfrentam ansiedade sejam curados. Os que enfrentam enfermidades como a depressão sejam INVADIDOS pela luz do Senhor. Que sejam renovados no seu interior. Que Jesus de fato seja a âncora da alma de cada um.”

 

Ouça aqui: “Os que olham para Ti”

 

Leia também:

Por trás da canção: Cantai!

Você conhece a canção “Cantai” da fhop music? Convidamos o Caio Freitas, líder de louvor da fhop, e compositor dessa música para nos contar o que existe por trás da canção, qual foi o processo de composição e os textos que ele usou para compor. Vamos lá?

 

Cantai: uma instrução para a igreja

“Cantai foi escrita em 2020, durante os dias que estávamos aos poucos retornando à rotina no período da pandemia. Nós, líderes de louvor, estávamos estudando um livro que se chama ‘Cante – como o louvor transforma sua vida, sua família e igreja’ (Keith e Kristyn Getty, 2018). Este livro traz uma realidade sobre o significado da expressão de louvor de uma igreja que caminha no conhecimento de Deus. Logo, vendo a necessidade de instruir nossa igreja local nessa temática, nasceu a música ‘Cantai’.

Assim, a partir desse tema, criei a melodia e a letra dos versos. Era madrugada, continuei escrevendo e terminei toda a letra. Então, fiz uma chamada de vídeo para o Felipe, nosso produtor musical, e ele me ajudou a finalizar a ponte e organizar a estrutura da música. Finalizei a música em 1 hora e meia mais ou menos, depois dessa ligação”.

 

A Bíblia por trás da canção

“O texto bíblico por trás da canção é Salmos 96, além de trazer também a temática do primeiro mandamento, de Marcos 12:30, que nos ordena a amar ao Senhor com toda a força, alma e entendimento”

 

¹ Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. ² Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia. ³ Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas. ⁴ Porque grande é o Senhor, e digno de louvor, mais temível do que todos os deuses. ⁵ Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o Senhor fez os céus. ⁶ Glória e majestade estão ante a sua face, força e formosura no seu santuário. ⁷ Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor glória e força. Salmos 96:1-7

 

Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. Marcos 12:30

A mensagem por trás da canção

“Penso que a criação, por si só, é uma expressão de louvor a Deus, assim como a vida e tudo que foi criado. Dessa forma, precisamos como filhos expressar a nossa essência quando estamos adorando a Deus. Mas isso requer movimento: mãos levantadas, coração humilde, palavras de afeição e gratidão. Além disso, palmas, cânticos e hinos espirituais. Ele estabeleceu assim, porque Ele é digno.

Por muito tempo me senti um pouco travado na hora de expressar adoração, reverência e louvor com meu corpo. Me sentia em um lugar de julgamento vendo pessoas mais livres que eu. Portanto, eu vi que faltava conhecimento da minha parte. Além do mais, Deus é criativo e expressivo em sua natureza.”

 

A importância de cantarmos a Palavra

“Cantar a Palavra nos livra de cantarmos sobre nós mesmos pois nisso, não existe poder e nem mesmo revelação. Cantar a Bíblia é a forma de curar a nossa geração do egocentrismo, e voltar os nossos olhos para aquilo que verdadeiramente edifica e transforma.

Eu oro para que quando ouvirem essa canção, as pessoas se sintam livres para expressar a Deus a adoração que Ele considera aceitável. Cantem alto, gritem de alegria, batam palma com toda força!”

 

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Por trás da canção: Nosso coração queima

Render graças talvez seja um dos maiores desafios daquele que segue a Cristo. Isso ocorre porque demonstrar agradecimento a Deus por todas as circunstâncias, sejam elas favoráveis ou difíceis, é um sinal de confiança, algo custoso na prática. Logo, um dos significados que mais gosto sobre palavra render é o ato de “fazer cessar a resistência, vencer, submeter-se” ou em outra definição pessoal, se render é se desarmar. Assim, Deus em sua infinita grandeza e sua soberania manifesta sua glória, e nós, respondemos com adoração e louvor, entendendo que louvar não é se ausentar de guerra, mas ter certeza de quem está à frente dela. Enquanto um povo rendia graças, o Senhor foi lutar a guerra, uma batalha que Ele mesmo disse a Josafá: “é minha! ”. Assim, como posicionar nosso coração nesse lugar de plena confiança que o rei de Judá se submeteu?

“Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao Senhor e o louvarem pelo esplendor de sua santidade, indo à frente do exército, cantando: “Deem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre. ” (2 Crônicas 20:21)

 

Um estudo de caráter

O capítulo 20 do Livro de 2 Crônicas descreve o reinado do rei Josafá no século IX a.C., em um contexto de divisão do antigo Reino de Israel em Judá e Israel. Enquanto Josafá governou Judá, o Reino do Norte, Israel, estava sob influência pagã e liderança corrupta. É muito interessante olhar para os reinados em I e II Crônicas como um estudo de caráter, pois a História nos apresenta dois tipos de rei: os que foram obedientes e os infiéis.

Portanto, Josafá, certamente se enquadra na categoria de reis que foram zelosos para com o Senhor. Assim, em 2 Crônicas 17:3-4 diz que “O Senhor esteve com Josafá, porque ele andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai, e não buscou os baalins. Pelo contrário, buscou o Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos, e não segundo as obras de Israel.” Dessa forma, Josafá foi importantíssimo na história por promover um certo tipo de reforma em Judá, restaurando a adoração a Deus e removendo ídolos.

 

Liderando em oração

No capítulo em questão, vemos que o rei enfrenta uma ameaça de invasão e o desenrolar da história foi uma sequência de acontecimentos que acabaram em uma majestosa vitória. Primeiro os inimigos se reúnem contra Judá, a nação responde se reunindo para buscar a Deus juntos, Josafá então, lidera a assembleia em oração. Houve uma rendição sincera nessa atitude. Havia medo da parte do rei? Sim. O medo, no momento em que o rei se viu cercado, foi uma reação natural diante de um perigo. É como se ele estivesse dizendo: “Senhor, estamos alarmados, precisamos de Ti agora! ”

Na oração de Josafá a primeira coisa que ele faz é reconhecer a grandeza de Deus, veja 2 Crônicas 20:6:

e disse: — Ó Senhor , Deus de nossos pais, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão está a força e o poder, e não há quem te possa resistir”

Assim que reconhecemos a grandeza de Deus, a nossa pequenez é exposta. Josafá poderia ter recorrido a qualquer outra coisa, mas o que ele fez foi procurar a orientação de Deus a partir do lugar da oração. E Deus respondeu a oração de Josafá e a promessa de vitória é dada através de um profeta. Deus disse a Josafá e ao povo que eles deveriam se acalmar, e apenas contemplar a salvação do Senhor a favor deles.

 

Prostrados em rendição

A primeira resposta dada ao Senhor, logo após Josafá e o povo ouvirem de Deus foi prostrar-se em rendição. Eles não precisaram proferir nenhuma palavra a mais, o ato de estar em silêncio com o rosto em terra já diz muito sobre a profundidade dessa adoração. Deus ama quando voltamos nosso coração em rendição, creio que é a vontade Dele para nós assim como a bíblia reafirma em Lucas 10:27 “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu entendimento”.

2 Crônicas 20:18 descreve:

 “Então Josafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém também se prostraram diante do Senhor e o adoraram”.

Que precioso deve ter sido esse momento, a adoração e louvor genuínos de um rei que escolheu, assim como Davi, confiar no Senhor, sem se apoiar no seu próprio entendimento (Provérbios 3:5). Que se posicionou não só com o seu corpo, mas com seu coração, atribuindo ao Senhor a glória que Ele merece! (Salmos 29:2). É possível lembrar do episódio de Davi e Golias em 1 Sm 17:47, onde Davi diz:

 “Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos”. 1 Sm 17:47

 

A glória é do Senhor

Após consultar o povo, o rei designou cantores para o Senhor e ordenou que fosse à frente do exército. Qual era o propósito de tudo isso? Qual era a razão de Deus ter feito os cantores irem a frente? Somente e unicamente para a glória Dele! Não foi a primeira vez que Deus usou uma circunstância de caos e guerra para manifestar a Sua glória. Quando compreendemos isso, passamos a lidar com as adversidades de outra maneira, saímos do lugar de murmuração, de medo e ansiedade para um lugar de gratidão. Davi escreve em Salmos 27:2-3:

“Quando homens maus avançarem contra mim para destruir-me, eles, meus inimigos e meus adversários, é que tropeçarão e cairão. Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante. ” Sl. 27:2-3

Precisamos ter uma vida de rendição, uma vida de adoração e louvor se quisermos ser como os adoradores que o Senhor procura. É surpreendente saber exatamente as palavras cantadas naquele momento: “Deem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre”. Uma verdadeira expressão de gratidão a Deus, glória a Ele, que guerreia por nós. Por que Deus faria isso? Porque Ele é amor, e a Palavra diz em Salmos 100:4-5:

“Entrem por suas portas com ações de graças e em seus átrios com louvor; deem-lhe graças e bendigam o seu nome. Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações” Sl. 100:4-5

 

3 ferramentas para uma vida de rendição

Diferente de séculos atrás, hoje não vivemos em um contexto de guerras e ameaças de invasão conforme descrito na Bíblia, mas isso não quer dizer que não temos nada a aprender com essas histórias, pelo contrário, estudar os conflitos e a vida dos antigos reis nos ensinam a não errar e a entender as atitudes as quais Deus se agrada. As maiores batalhas do cristão – pelo menos no nosso contexto –  hoje, acredito serem as batalhas dentro da nossa mente e contra nós mesmos. Dá para contar nos dedos as vezes em que fui grata e expressei verbalmente a Deus a minha gratidão nos últimos dias, isso já é um exemplo de como somos esquecidos e acostumados com a rotina. Com isso, deixo aqui 3 ferramentas para cultivar uma vida de rendição:

1. Oração

Estabelecer um estilo de vida que tem oração como prioridade no dia, isso inclui a meditação nas Escrituras. Também inclui fazer como Josafá fez diante do seu problema, ele orou reconhecendo quem Deus é e levando sua causa até Ele. Comece agradecendo pela manhã louvando a Deus pela sua fidelidade segundo Salmos 59:16: “mas eu cantarei louvores à tua força; de manhã louvarei a tua fidelidade”.

2. Entrar em parceria com Deus

Está totalmente ligado ao estilo de vida de oração. É estar atento a voz do Senhor, ser intencional em buscar de Deus o que o próprio Deus quer, é basicamente ser alguém que não faz as coisas movido pelo que acha. Assim como Josafá aconselhou em 2 Crônicas 18:4: “Mas acrescentou: “Peço-te que busques primeiro o conselho do Senhor”.

3. Se desarmar

Explicando isso, lembro de alguns momentos em minha vida em que quis parecer ser forte, diante de Deus e dos homens, vezes em que eu quis “dar uma mãozinha” para Deus, em outras palavras, eu queria estar no controle (no controle da minha vida, dos meus sentimentos, do meu trabalho, do meu futuro, da minha vida financeira…). Quando a gente se desarma, a gente se submete. Submissão é obediência, e obedecer é amar, como disse Jesus em João 14:21: “Aquele que tem os meus mandamentos e obedece a eles, esse é o que me ama”. Se desarmar é falar “Senhor eu deixo o seu amor me vencer pois não há nada do que eu faça que seria melhor do que te entregar tudo. ” (Spoiler: o amor Dele sempre vence!)

 

A nossa resposta

Não existe absolutamente nada, maior que Deus. Enfrente os problemas, desde o mais simples até o mais complexo, sabendo que eles sempre serão inferiores ao Senhor e ao que Ele tem para nós. Nenhuma guerra é maior que Ele. Essas são atitudes daqueles que amam e reconhecem que Deus tem o controle de suas vidas, independentemente das circunstâncias que venham a enfrentar.

Minha oração é que, à medida que conhecemos mais a Deus, passemos a ter como cerne da nossa adoração a beleza e esplendor do Senhor, assim como aqueles homens que se colocaram à frente em adoração e louvor, rendendo graças em meio a uma situação tão incerta, eles provavelmente entenderam aquilo que o salmista declara em Salmos 96:6: “Glória e majestade estão diante dele, força e formosura, no seu santuário”. Depois dessa revelação da beleza de Deus, qual outra resposta daremos ao Senhor, se não a rendição em adoração? Que nos levantemos e passemos a contemplar quem Deus é, pois Ele sim já foi a frente, antes mesmo que soubéssemos. Ele já venceu, por isso cantai ao Senhor, todas as terras; proclamai a sua salvação, dia após dia!

 

Júlia Santana de Sousa – Aluna do Fascinação Turma 19

Salmos, o livro que contém poesia de uma maneira tão profunda que pode ser apreciado em grandes doses por aqueles que apreciam essa forma de escrita. Portanto, gostaria de trazer um pouco do significado da palavra Salmos e suas características. 

 

Significado de “salmos”

Os Salmos, cujo título em grego significa “canções sacras acompanhadas de instrumentos” e o título hebraico se traduz como “louvores“, são uma coleção de cânticos e poemas religiosos escritos por várias pessoas em diferentes épocas. Dessa forma, esses textos poéticos são uma parte da cultura israelita desde a antiguidade até os dias de hoje.

Composto por 150 capítulos, o livro dos Salmos abrange uma ampla gama de emoções e expressões de fé. Os Salmos podem ser classificados em várias categorias, incluindo salmos de louvor e adoração, lamentação e tristeza, salmos de ação de graças, salmos sapienciais e salmos reais.

Essas composições poéticas da tradição judaica desempenham um papel vital nas práticas de adoração e devoção. Muitas vezes cantados ou recitados durante serviços religiosos, os Salmos conectam o indivíduo com o divino, oferecendo palavras de louvor, gratidão, busca por orientação e consolo em momentos de dificuldade.

Ao longo dos séculos, este livro transcendeu as fronteiras religiosas e culturais, sendo apreciado por pessoas de diferentes credos e tradições espirituais. Além disso, seu conteúdo poético e sua mensagem de fé, esperança e renovação continuam a ressoar com os leitores até os dias de hoje.

Sem sombra de dúvidas, os Salmos é um livro recheado de adoração e devoção, na minha humilde análise um livro profundo e completo que expressa o anseio de muitos corações já que foi escrito por mais de uma pessoa. 

 

Salmos e a adoração 

A importância dos salmos no contexto adoração é tão abrangente que me faltariam palavras para expressar aqui o quanto podemos adorar a Deus através desse livro. Sendo assim, de uma maneira poética e extravagante, os Salmos expressam o profundo anseio do ser humano de adorar ao Criador de todas as coisas. 

A exemplo disso, quero repartir alguns versículos que expressam isso de maneira profunda. 

 

Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade. 

Salmos 29:2

 

¹ Graças te dou, Senhor, de todo o meu coração; cantarei louvores a ti diante dos deuses.² Prostro-me diante do teu santo templo; louvo teu nome por teu amor e tua fidelidade, pois engrandeceste acima de tudo teu nome e tua palavra.³ Quando eu clamo, tu me respondes; coragem e força me dás.⁴ Os reis de toda a terra te darão graças, Senhor, pois todos eles ouvirão tuas palavras.⁵ Sim, cantarão a respeito dos caminhos do Senhor,  pois a glória do Senhor é grande. 

Salmos 138:1-5

 

Os dois exemplos acima são Salmos do rei Davi, e ele foi talvez o mais famoso salmista deste livro. O rei Davi conseguiu expressar suas dores, pecados, anseios, devoção, mas inegavelmente o que mais ele expressou em seus salmos foi adoração. 

 

Além do que podemos expressar

Adoração e os Salmos têm uma grande conexão. Além do mais, muito disso se deve a que ao nos aproximarmos do nosso Amado, de alguma maneira nossa língua irá expressar o que nossos olhos podem enxergar e o que nosso coração consegue sentir. 

Dessa forma, cantar, orar, declarar, meditar e adorar através dos salmos se tornará uma maneira de aprofundar seu relacionamento com Jesus. 

 Lindas palavras comovem meu coração; recitarei um belo poema a respeito do rei, pois minha língua é como a pena de um habilidoso escritor. Salmos 45:1

 

Poesias em adoração 

Certamente existem muitos motivos para adorar ao Senhor. Afinal, a criação foi feita para adorar ao rei. Além disso, dentro de cada um de nós existe um anseio por declarar o quão poderoso, soberano, maravilhoso e incrível Ele é!  Portanto, aprender sobre o caráter e os atributos de Deus te levará a uma vida de adoração a Ele. 

Assim, nesse livro você e eu podemos encontrar ferramentas e chaves para acessar a esse lugar. O qual os salmistas adentraram em louvor e adoração a Ele. E dessa forma, adorar a Jesus pode se tornar tão simples como respirar, inclusive se tornar uma necessidade diária. 

  Ó Deus, tu és meu Deus;

 eu te busco de todo o coração.

  Minha alma tem sede de ti;

  todo o meu corpo anseia por ti

  nesta terra seca, exausta

  e sem água.

  Eu te vi em teu santuário

  e contemplei teu poder e tua glória.

  Teu amor é melhor que a própria vida;

  com meus lábios te louvarei.

  Sim, te louvarei enquanto viver;

  a ti em oração levantarei as mãos.

  Tu me satisfazes mais que um rico banquete;

  com cânticos de alegria te louvarei.

  Quando me deito, fico acordado pensando em ti,

  meditando a teu respeito a noite toda.

  Pois tu és meu auxílio;

  à sombra de tuas asas canto de alegria.

  Minha alma se apega a ti;

  tua forte mão direita me sustenta. 

Salmos 63:1-8

 

Adoradores verdadeiros 

 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. João 4:23

 

Esse versículo em João fala que o Pai procura esses verdadeiros adoradores que adorarão a Ele em espírito e verdade. Mas você consegue imaginar a grandiosidade disso? 

Espero que Deus possa encontrar em você e em mim um desses muitos adoradores que irão passar sua vida adorando a Ele em espírito e verdade! E assim, haverá homens e mulheres cujo anseio é exaltar ao nosso Deus como Ele merece e farão isso através das suas vidas! 

Contudo, precisamos entender que adoração está plenamente ligada à plenitude. Porém, isso vai muito além dos nossos cultos aos domingos. Isso exige ir além dos nossos limites e forças para prestar adoração ao Rei.

Vamos voltar à essência da adoração extravagante, adoração por amor e uma maneira perfeita de começar isso é descobrindo a poesia da adoração através dos Salmos. 

 

Que Deus te abençoe! 

Provavelmente você já deve ter ouvido muitas definições sobre o que é adoração. Portanto, dentre todas as definições de adoração, a pessoa de Jesus deve ser o foco daquilo que reunimos para fazer como igreja, ou de qualquer momento do nosso dia-a-dia. Nosso coração deve estar fascinado por Deus, pois se Jesus não for o alvo e o foco da nossa adoração, jamais estaremos O adorando. Dessa forma, quero falar aqui sobre o significado de adoração em espírito e em verdade, e essa vai muito além de uma boa canção no período de louvor.

Muito além de canções

Embora as canções que cantamos nos ensinem sobre quem Deus é, nos instigam a amar mais a Deus, ou nos confronta a vivermos uma vida de devoção, esse momento simplesmente não define o que a adoração em espírito e em verdade significa.

Adorar significa concordar com quem Deus é. Sendo assim, sempre que erguemos nossas mãos e declaramos: “Tu és exaltado, Tu és digno“, ou seja, todas as vezes em que concordamos com quem Ele é, existe uma fagulha de adoração nascendo em nosso meio.

Adoração é uma resposta

Adoração também é uma resposta a quem Deus é. Vemos em Apocalipse 4:8 que João tem um vislumbre do que acontece na sala do trono, e ali o Senhor é adorado. À medida em que Ele é contemplado, a resposta dos que estão ali é declarar quem Ele é e lançar as suas coroas diante dele:

 

⁸ E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
⁹ E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre,
¹⁰ Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
¹¹ Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.

Apocalipse 4:8-11

Logo, vemos nesse texto que adoração não tem nada a ver conosco. Na verdade, ela existe desde a eternidade passada e continuará existindo na eternidade futura. Adoração existe simplesmente porque o Senhor é digno de ser adorado. Ela começa nele e terminará nele.

 

A natureza da verdadeira adoração

Quando falamos em adoração em espírito e em verdade, o episódio que vem à mente é o de Jesus e a mulher samaritana à beira do poço. Esse é um dos diálogos mais conhecidos das escrituras.

Nessa conversa em João 4, Jesus traz muita clareza sobre o que Deus espera de nós como adoradores. Ele diz:

Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. João 4:22,23

Havia um conflito entre judeus e samaritanos sobre o lugar onde a adoração deveria acontecer. Jesus traz um esclarecimento sobre isso dizendo: “vocês estão preocupados com o lugar, mas vocês adoram quem vocês não conhecem”. Portanto, adoração não envolve apenas boas intenções, a adoração pressupõe uma resposta adequada à revelação divina do vivo Deus.

Em definição pode-se dizer que na adoração em espírito e em verdade as nossas afeições devem ser empregadas juntamente com o intelecto e que o nosso homem interior deve servir com o corpo, alma, mente e espírito. Ou seja, não dá para adorar somente levantando as mãos e propagar um som com nossa vez sendo que nossa mente e intelecto está à mercê de outras coisas.

Desse modo, a natureza da adoração deve governar o modo como adoramos. Alguns estudiosos dizem que o objetivo da adoração determina a sua condição. Isto é, o Deus que fez o homem à sua imagem e semelhança, espera que o homem o adore em conformidade ao seu valor e caráter revelado nas escrituras.

Como Deus deseja ser adorado

Adorar em verdade

Talvez você não saiba disso, mas um dos aspectos da idolatria é adorar uma ideia de quem Deus é, sem que Ele seja isso. Ele revelou Seu caráter nas Escrituras, logo, ao nos achegarmos a Ele devemos adorá-lo conforme aquilo que Ele mesmo revelou de Si. Sendo assim, qual é o tipo de adoração que o Pai procura?

Um escritor chamado Vanhoozer diz que “o modo como adoramos molda o modo com nós cremos”. Ou seja, se a nossa adoração é vazia e superficial a nossa fé será vazia e superficial. Por isso, é muito importante a leitura da Palavra para que possamos conhecer ao Deus que estamos adorando. Dessa forma, não correremos o risco de formar em nossa mente uma imagem daquilo que desejamos que Ele seja.

Dessa forma, não posso adorar ao Senhor quando tudo me vai bem, porque assim eu vejo a bondade de Deus. Mas quando as circunstâncias não são boas, e eu creio que Ele continua sendo bom, porque Ele não muda.  Que possamos adorá-lo como uma árvore plantada junto a ribeiros de água, que produz bons frutos ou como uma casa firmada sobre a rocha.

Adorar em espírito

Quando adoramos em espírito, podemos adorá-lo em qualquer lugar. Ou seja, não estamos condicionados às quatro paredes, ou aos cultos de domingo. Nós temos o Espírito de Deus habitando em nós, então podemos adorá-lo na rua, no trabalho, na nossa casa, nas tarefas mais ordinárias e corriqueiras do dia-a-dia.

Não sei se você parou para pensar, mas o Criador de todas as coisas, que não tem falta de nada, e que não precisa da nossa adoração, procura por aqueles que O adorem em espírito e em verdade.

Além disso, Ele é um Pai que procura não por amigos, colegas ou sobrinhos, mas filhos que O adorem em espírito e em verdade. E quando nós o adoramos nós somos transformados e somos moldados à sua imagem e semelhança. À medida em que o conhecemos, o contemplamos, respondemos em adoração, e isso nos transforma, nos muda. Ou seja, a adoração não muda quem Deus é, ela muda quem eu sou.

Uma vida de adoração

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31

Uma vida de adoração é uma vida que faz tudo para a glória de Deus. Adoração tem a ver com as nossas escolhas, com nossas renúncias. Isso envolve pegar o pacote completo de quem somos e render àquele que é digno de todas as coisas.

Não existe uma vida dupla de adorador diante dos olhos de Deus. Ou seja, não sou um adorador apenas quando “entro na igreja”. Toda a minha existência deve ser rendida à Cristo, não apenas aos fins de semana, nos turnos. Quem O adora em espírito vive uma vida inteira para a glória do Senhor em todos os aspectos da sua realidade.

 

O louvor nos momentos de culto

Por outro lado, também devemos ter o zelo e o temor de nos lembrarmos diante de quem nós estamos enquanto adoramos. Por isso, é de suma importância ter entendimento sobre a natureza da adoração e saber que cantar é também uma atividade teológica, e é uma forma de adoração.

Muitos já devem ter ouvido que o momento de louvor é para nos preparar para o tempo da Palavra. Na verdade, o louvor já nos ensina através de canções cristocentricas e teologicamente corretas.

Contudo, o louvor nos leva a contemplar quem Deus é, e cantar é uma atividade teológica e um dos gestos mais vívidos da conexão entre a teologia e doxologia. Teologia é o estudo de Deus e doxologia significa “louvor”. Ambos caminham juntos, ou seja, não há verdadeira adoração sem teologia. Portanto, a teologia deve nos conduzir a uma resposta de louvor.

Dessa forma, quanto maior for o nosso conhecimento e nossa compreensão das verdades das Escrituras, mais elevada será a nossa resposta.

 

Qual será nossa resposta?

Nós fomos criados para expressar a infinita dignidade da glória de Deus. C.S. Lewis vai dizer “nós não seremos capazes de adorar a Deus nas ocasiões mais sublimes se não tivermos adquirido o hábito de adorá-lo nas coisas mais simples”.

Dessa forma, precisamos entender que não existem tarefas em que Deus se sente mais honrado e mais adorado que outras. O adoramos no lavar a louça, no servir ao próximo, no ser mão, ser filho. Nos dias mais escuros e frios ou nos mais iluminados e quentes. Em todas as tarefas o Senhor pode ser glorificado.

Ele é um Deus vivo que ama se relacionar conosco, por isso, devemos contemplá-lo e render a nossa vida e o nosso dia-a-dia a Ele. A adoração é uma resposta genuína de um coração que compreende quem Deus é e reconhece  Seu valor.

O Pai procura aqueles que o adoram em espírito e em verdade, que olham para Ele e são transformados à medida em que O adoram, qual será a nossa resposta diante disso?