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Vivendo uma vida longe dos temores que aprisionam

amor

Tenho pensado sobre como é viver com medo. Quantos temores enfrentamos no nosso dia a dia e quantas pessoas mergulham nisso e vivem debaixo de medo. 

Medo de doenças, medo de não sermos bons o suficiente para algo, medo do futuro, medo da morte.

Afinal, existem aqueles que têm medo de errar mais uma vez, medo de fazer escolhas equivocadas profissionalmente, medo de não passar nos testes da vida.

Aliás, muitos de nós estamos aprisionados por medos e a vida que hoje vivemos nos leva a dias e dias em temor.

No amor não há medo

“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.”  ‭‭1 João‬ ‭4:18‬ ‭

Enfim, tenho meditado nesse versículo e orado ao Senhor que me aperfeiçoe em amor. Não quero viver com medo.

Certamente o medo paralisa, o medo aprisiona, o medo faz reféns, o medo leva a morte física e espiritual.

O medo levará você e eu para longe da vida em plenitude que Deus nos chamou a viver.

O medo faz os homens serem escravos e o amor os tornam homens livres.

O amor levou homens a viverem o chamado de Deus, o amor trouxe vida a cada um de nós.

O amor tornou possível a redenção, pois Deus amou o mundo ao ponto de dar seu filho, seu único filho por amor a humanidade.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.” ‭‭ João‬ ‭3:16-17‬ ‭

O amor nos encoraja a lutar

Inegavelmente, Jesus foi aperfeiçoado no amor ao renunciar o medo e escolher a cruz por amor à todos nós.

Por muitos anos eu escolhi viver em temor e isso trouxe uma prisão sobre minha vida.

Então, escolhi abrir mão do medo que me levava a fugir da vida e decidi deixar Deus me curar. Eu escolhi ser protegida pelo amor.

“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” ‭‭2 Timóteo‬ ‭1:7‬

Então, o amor te dará coragem para lutar, para enfrentar o que for, o amor te fará vencer.

Certamente, o amor te levará a viver a jornada em plenitude. O verdadeiro amor irá te fortalecer dia a dia para viver longe dos temores desta era.

Portanto, minha oração por você hoje é que escolha viver o amor e renuncie o temor. Ao fazer isso, sua vida estará firmada no Deus que é poderoso para te guardar de todo mal.

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” .  Isaías 41:10

Revista-se de amor e o medo irá recuar.

Será que algum dia nós seremos capazes de conhecer o amor de Deus completamente?

Às vezes, após um sermão a respeito de Cristo, nos achamos conscientes sobre como somos amados por Ele. A sensação é ótima, mas na maioria das vezes não dura muito tempo. Passam-se alguns dias e paramos diante do nosso reflexo pensando: Meu Deus! Eu não conheço nada desse Seu amor. Ou talvez, por causa de alguém que viveu uma experiência profunda, dizemos a nós mesmos: Eu preciso de ajuda! Há muito ainda para conhecer.

É maravilhoso reconhecer isso em si mesmo. Mas será que “muito” não parece até ser uma palavra distante demais para nos manter animados/empolgados? As coisas parecem piorar quando alguém diz que não teremos tempo suficiente para conhecer qualquer coisa a respeito de Deus. Calma aí! Não seremos capazes de conhecer esse amor completamente? É difícil responder essa pergunta, já que a Bíblia não diz muito a respeito disso. Mas podemos ter certeza de uma coisa: se não conhecermos tudo sobre Ele aqui — o que é bem provável — com certeza, vamos fazer isso durante a eternidade.

Um amor incomparável

Se houvesse uma maneira de medir os sentimentos que alguém tem por outra pessoa, o amor de Deus estaria, definitivamente, na lista de sentimentos impossíveis de se medir. Assim como todos os seus demais atributos. Afinal, aquilo que pensamos entender a respeito dessa emoção divina, não se compara à 1% do que ela realmente é.

Em Efésios 1, Paulo convida seus leitores a compreenderem juntamente com todos os santos todas as quatro dimensões do amor de Cristo. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade. Apesar de estarmos dentro da probabilidade de não conhecer 100% do amor de Deus — ou talvez 1% dele — podemos conhecer uma porcentagem das suas dimensões.

Diante disso, podemos entender um pouco do porquê de reconhecermos nossa insuficiência no conhecimento do amor de Deus ao vermos alguém o experimentando mais profundamente. Isso serve para nos instigar a conhecê-lo mais. Aí está o “junto com todos os santos”: um incentivando o outro a ir cada vez mais profundo.

Definitivamente, a jornada de conhecimento do amor de Deus não é tão curta como muitos podem imaginar. Talvez tome a nossa vida inteira. Porém, podemos ter certeza de que quando caminhamos por ela com outros ao nosso lado, ela se torna muito mais rápida.

Você já parou para pensar como temos facilidade de atirarmos pedras? Isso não é uma coisa que fazemos por simples maldade ou arrogância humana, na verdade, às vezes isso parte de nossas melhores intenções. Atiramos pedras porque julgamos ser o mais certo a fazer. Atiramos pedras porque queremos ser zelosos. Atiramos pedras porque não queremos pecar contra Deus. Mas para entrar em parceria com Cristo há algo que precisamos aprender, temos que deixar as pedras de lado e olhar através dos olhos do amor para: livrar “os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.” (Provérbios 24.11).

Como intercessores que buscam o coração do Pai, não podemos ser simplistas em nossas orações, mas precisamos aprender o coração de Cristo de forma profunda. Tenho pensando na história narrada em João 8.1-11. Diz a Bíblia, que os escribas e fariseus trouxeram até Jesus uma mulher surpreendida em adultério. Esses homens não desejavam que justiça fosse feita. O que eles realmente queriam era testar a resposta de Jesus e deixá-lo em uma situação difícil. Porque qualquer resposta dada naquela circunstância poderia quebrar tudo o que Jesus estava ensinando sobre o amor. Jesus não poderia ser a favor do pecado, não poderia consentir com o adultério. Mas também não poderia ser a favor da morte daquela mulher.

“Isto diziam eles tentando-o, para terem do que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.” João 8.6

A história, então, continua dizendo que aqueles homens insistiam em perguntar o que deveria ser feito àquela mulher, e Jesus com toda sabedoria lhes respondeu: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra.” (João 8.7b). Ao ouvirem o que Jesus lhes respondeu, eles foram acusados por suas próprias consciências e deixando as pedras partiram daquele lugar.

“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Provérbios 31.8-9

Jesus tem levantado um movimento de oração mundial sem precedentes na história da humanidade. Jesus tem nos convidado a entrar em parceira com Ele e clamar a favor da justiça. Ele quer que entremos em concordância com o seu coração. Mas precisamos aprender com sua ternura a orarmos a partir desse lugar de intimidade e discernimento. Só poderemos julgar retamente se tivermos em nós o coração de Cristo e a sua Palavra revelada, arraigada em nós, para não orarmos com as pedras nas mãos e não julgarmos precipitadamente.

Oremos: “Senhor, hoje escolhemos deixar as pedras. Queremos ser sensíveis a tua voz. Queremos orar para que venha o teu reino e sua vontade seja feita aqui na terra, como é no céu. Oramos para que nos dê um coração amoroso como é o Teu. Senhor, nós não queremos ter aliança com o pecado, mas nos ensina a julgar retamente. Enche o nosso coração de ternura e de discernimento do Espírito Santo para que possamos viver de forma digna do nosso chamado. Te amamos e nos entregamos a Ti.”

O amor furioso de Deus por nós é algo incompreensível e imensurável. Por mais que nossa mente natural e limitada, se esforce em codificá-lo, somos limitados para isso. Por isso, Paulo orou:

que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.” Ef. 3.17-19

A principal característica deste amor, é que Ele nos amou primeiro. I Jo. 4.19. Não começou por iniciativa nossa, mas iniciou em Seu coração.

A fúria deste amor se manifesta de diversas maneiras em nossas vidas. Desde a batalha que acontece por nossa alma, antes de nossa conversão, até a conquista diária do relacionamento com Ele.

As diversas estações de nossa vida provam o quanto Ele é paciente e longânimo conosco. Mesmo diante das dificuldades e de nossa inconstância, Ele nos ama apesar de nós mesmos. Jamais se ofende conosco.

Na verdade, o amor furioso dEle por nós, não oscila de acordo com nossos níveis de acerto ou erro. Pois, Ele não nos ama mais quando estamos incendiados por Ele, ou menos quando estamos estacionados em alguma viela, ao longo do caminho.

É nossa capacidade de corresponder a esse amor furioso que muda, à medida que nos dispomos a buscá-Lo. Por isso, engana-se quem pensa que pode superar Sua capacidade de nos amar.

Apesar de não ter tido filhos, aprendo muito ao observar pais dedicados e apaixonados educando seus filhos. A filiação natural, é uma “sombra” da filiação espiritual. Embora a experiência familiar de muitos nem sempre seja positiva, a grande maioria dos filhos foram muito desejados.

As lacunas existentes em nossa criação, não devem influenciar nossa ótica em relação ao quanto Ele nos ama. Fomos desejados por Deus. Nascemos como resultado de Seu amor furioso. Não somos um engano, nem precisamos conviver com nenhum vestígio de orfandade.

Quando posicionamos nosso coração, com a ajuda do Espírito Santo, no centro deste amor furioso, recebemos a revelação de nossa identidade e valor. Só em Jesus nossa real identidade de filhos é revelada. A valentia para encarar os desafios e contratempos, nasce neste lugar de descoberta de seu amor.

Minha oração é que recebamos mais revelação do quanto Ele nos ama. Do quanto a fúria deste amor nos protege e atrai. Que vivamos a plenitude do que sonhou para nós, quando sonhou conosco. (Sl. 139)

Talvez você não saiba, mas eu sou uma eterna insatisfeita. Acredito que Deus colocou dentro de cada um de nós, uma sede por mudanças.

Tenho pensado no que preciso fazer para viver uma mudança que traga um impacto  na minha vida, e neste mundo.

Eu amo uma vida que tem coisas agendadas, eu tenho horários para a maioria das coisas, não sei lidar com imprevistos.

Então, meus amigos,sabem que precisam marcar coisas comigo com antecedência.

E se eles desmarcarem em cima da hora não saberei o que fazer com o horário que separei.

Por que estou contando isso? Pra te dizer que Deus sempre sabe como nos posicionamos diante de mudanças.

Como Deus me conhece bem, começa a me preparar com tempo para as coisas que irão acontecer na minha vida.

Portanto ao escrever este texto, pensei em mim, em você que está lutando para escutar Deus neste tempo.

Portanto, independente do que você está vivendo, o Deus que se move em amor será o que você estiver necessitando nesta estação.

Eu preciso do meu Pai nesse tempo, passei quase três semanas pedindo para enxergar a bondade do meu Pai nos passos que dou na minha vida neste momento.

Num dia comum da última semana,  escutei algo que foi uma revelação que carregarei comigo de agora em diante.

Num dos sussurros de Deus escutei, você é a minha garotinha, a garotinha do Papai.

Se você soubesse o que isso causou em mim, isso moveu meu mundo.

Certamente eu nunca vou esquecer que sou a garotinha Dele.

Pela primeira vez senti que tinha direito de pedir coisas como uma filha, e Ele continuou falando que fará acontecer coisas que nem ousei pedir.

E que aquela que foi rejeitada e abandonada, foi escolhida por Ele.

 Ele me conhece e sabia que eu precisava escutar isso, porque estou com medo de me mover nesta nova estação.

Igualmente, Ele conhece você e sabe do que precisa ouvir para prosseguir neste tempo.

O que você precisa hoje para se mover em direção a um tempo novo?

Não desista por medo, acredite que mudanças incríveis irão acontecer, e não somente você será abençoado, mas todos a sua volta.

“Alargue o lugar de sua tenda, estenda bem as cortinas de sua tenda, não o impeça; estique suas cordas, firme suas estacas.
Pois você se estenderá para a direita e para a esquerda; seus descendentes desapossarão nações e se instalarão em suas cidades abandonadas. “     Isaías 54:2,3

Ás vezes, olhamos para o lado e pensamos que coisas boas não irão acontecer conosco.

Sabe a história de que sempre parece fácil para meu amigo e eu nunca iria conseguir isso que ele está vivendo?

Acredite, eu sei o que é isso, mas quero te dizer que assim como eu creio por mim, creio por você.

Iremos experimentar bondade e fidelidade. Minha oração por você hoje é que possa entender que nosso  Deus ama demonstrar bondade para com os seus filhos.

“Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver.” Salmos 23:6

Alegria, Amor e Liberdade! Você também anseia coisas como estas? O fogo de Deus queimando em teu coração uma vez mais, te levando para um lugar que homem algum pode te levar? Palavras não podem expressar claramente como Jesus transforma um coração sem esperança em um que crê.

Muitos têm enfrentado desertos por dias e até anos, isso desperta vários tipos de sentimentos nos corações. Quem sabe, você até pense que fora abandonado por Deus. Pode se ver oco e sem vida, por não conseguir ouvir a voz de Deus e nem sentir a Sua presença. São dias de lutas em que você pode estar sem vigor, mas lembre-se: Há Alegria, Amor e Liberdade e quero profetizar isso sobre você!

Quando morte espiritual tenta destruir as promessas feitas por Deus, é o momento de parar tudo e refletir sobre as coisas que estão fora do lugar, e assim como Davi, pedir ao Senhor que Ele não retire o seu Espírito e que reacenda o fogo de sua presença. Encontrar estabilidade no Senhor é o que é preciso. Davi sempre soube voltar para o Senhor e Nele se esconder apesar de suas debilidades e fraquezas. Ele era atraído e não resistia, e eu e você, como temos agido diante das circunstâncias da vida? Davi orava:

“Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.” Salmos 51.10-12

E aqui minha intenção não é gerar nem um tipo de culpa, pois Deus não age com base em manipulações ou acusações, pois simplesmente: Ele É Amor. Sim, querido amigo, eu sei o quanto é difícil lutar quando sente-se sem força, sozinho e sem perspectiva. Não quero aumentar seu jugo, pois sei que você mesmo já pode aperceber-se culpado suficientemente. O coração pode se tornar tão pesado, não é mesmo? E se as suas mãos se tornem como “atadas” e não sabe o que fazer para se livrar das aflições e ansiedades, destaco: Deus tem Alegria, Amor e Liberdade para lhe dar.

Uma amiga me sugeriu algo, um dia desses, quando lhe contava como estava ansiosa diante dos meus problemas e das decisões a serem tomadas. Ela me disse para evitar pensar em tudo que me atormentava por um dia, e depois, buscasse o Senhor a fim de ouvi-Lo com relação aos desafios. Sim, é isso mesmo, se permita cultivar pensamentos de alegria, tire férias mentais dos problemas, provavelmente eles estão aparentando ser maiores do que realmente o são. MUDE O FOCO!

Em II Samuel 7.1 há algo que me parece em letras garrafais, diz assim: “O rei Davi morava em seu palácio e o Senhor lhe dera descanso de todos os seus inimigos ao redor.” Ah! Será que isso lhe traz esperança? Davi enfrentou gigantes, exércitos, lutas familiares, problemas seguidos de problemas, mas Deus lhe dera descanso de todos os seus inimigos. E, essa é uma promessa para cada um de nós. Deus é Aquele que nos dá descanso em meio as nossas lutas e estações de desertos. Ele restaura o fogo outra vez, derramando vida, gerando liberdade.

Sim, Nele encontramos verdadeira Alegria, Amor e Liberdade! Nunca se esqueça que o Senhor Deus não mente. Cada uma de suas promessas são reais. Ele é Bom! Sua misericórdia dura para sempre e podemos descansar todas as coisas aos seus cuidados. Então, como Davi, eu e você possamos declarar em alta voz:  

“Ó Soberano Senhor, tu és Deus! Tuas palavras são verdadeiras, e tu fizeste essa boa promessa a teu servo. Agora, por tuas bondade, abençoa a família de teu servo, para que ela continue para sempre na tua presença. Tu, ó Soberano Senhor, o prometeste! E, abençoado por ti, bendita será para sempre a família de teu servo.” II Samuel 7.28-29

Vamos mudar o mundo? Esses dias um amigo, com quem estudei no terceiro ano do ensino médio, me enviou uma foto que tiramos na sala de aula, registrada há doze anos atrás. Na época eu ainda não conhecia o Senhor Jesus Cristo. Mas olhando para aquela foto me veio a memória as conversas nos corredores, as redações semanais, as rodas de debate, e me lembrei do meu discurso reacionário e do meu ardente desejo de mudar o mundo. Na verdade, creio que todos nós carregamos esse anseio de sermos relevantes e produzirmos impacto. Foi o próprio Criador que depositou essa semente de inconformismo em nosso homem interior, a fim de que isso um dia se traduza em uma força motriz para estabelecer mudanças, transformações e fazer de alguma maneira a diferença em nossa geração.

Tão valiosa quanto essa constatação, de identificarmos o desejo no nosso homem interior e aceitar isso de maneira sábia, é a feliz conclusão que alcançamos quando descobrimos a maneira ideal pela qual essa mudança do mundo deva se processar. Depois de jornadear por esses anos na reflexão de como mudar o mundo, a convicção que hoje cheguei é de que: O ponto de partida dessa mudança é o meu próprio mundo primeiro. E a maior alegria de olhar para essa foto registrada doze anos atrás, quando eu tinha apenas os filósofos e os personagens de super heróis como inspiração para essa revolução, é saber que hoje mais do que todos os contos, histórias e devaneios filosóficos, minha maior fonte de inspiração para uma revolução genuína é o livro da vida, o evangelho de Cristo.

Nada mais revolucionário; nada mais transformador; nada mais fascinante; nada mais enigmático; nada mais profundo; nada mais belo. Os adjetivos que conhecemos são poucos para expressar aquilo que o Evangelho do Senhor Jesus Cristo é. Em resumo: O EVANGELHO É O PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO DE TODO AQUELE QUE CRÊ. O Evangelho de Cristo é a única resposta – e ao mesmo tempo a suficiente – para a plena transformação do mundo. Um propósito que parte em primeiro mudar o homem, para que na mudança do homem, o mundo possa ser mudado.
Quando adentramos para o cenário do tempo histórico em que o Senhor Jesus Cristo veio à Terra cumprir sua missão, sabemos pelas escrituras que os judeus esperavam um rei que realizasse uma mudança no cenário externo; um rei que deporia os opressores de Israel e estabelecesse o seu governo. O que eles não tinham entendido – nem mesmo os discípulos mais próximos do Mestre – é que o REINO INICIALMENTE NÃO VIRIA COM APARÊNCIA VISÍVEL – pois o objetivo era a mudança do mundo interior primeiro. Um Reino de Amor, justiça, paz e Alegria estabelecido dentro do coração do homem, e fluindo em todos os lugares a partir do interior.

Nesse momento amados, quando chegamos a um período de transição – início de um novo ano – onde temos uma nova oportunidade de fazer o bom uso do cronos, planejar metas, projetar sonhos, desenvolver propósitos. Nada mais poderoso do que abrir o Espelho da Vida e receber o reflexo Dele em nós, e nesse processo que contará com a cooperação do Espírito Santo, sermos transformados à Sua Imagem, de fé em fé, de glória em glória. Já foi dito pelo pregador, que a Bíblia é “o único livro que em todas vezes que formos lê-lo, leremos com o autor do nosso lado”.

Vamos mudar o mundo? Sim, a começar pelo nosso primeiro. A começar pelo mundo infinito que existe dentro de nós e que é o território mais disputado da terra. O lugar mais disputado não está no Oriente Médio – apesar de serem bastante – o território mais disputado da Terra, quiçá do Universo, é o coração do homem. É aqui que o céu deseja reinar em primeira instância, a fim de que Reinando lá, no mundo exterior possa ser transformado.
Para finalizar, lembro-me do apóstolo Paulo. De um voraz perseguidor da Igreja e do Evangelho, tornou-se o homem mais influente do seu tempo. A mudança do seu homem interior, o levou a impactar nações e continentes. Poderia aqui citar tantos outros exemplos, que foram agraciados com a mudança do seu homem interior e que por isso foram figuras que marcaram a história e trouxeram contribuição genuína para a humanidade. O Céu está convidando aqueles que se deixarão ser achados, e após serem achados permitirão e cooperarão com o Espírito de Deus para que o evangelho mude seu homem interior, e com isso muitos outros recebam da mesma graça.
Vamos mudar o mundo!?

Ao ser indagado pelo escriba qual era o primeiro dos mandamentos, Jesus, em sua habilidade inigualável de dizer muito falando pouco, recita o shemá e proclama que em primeiro lugar se deve amar a Deus sobre todas as coisas, com toda alma, força e entendimento e em segundo, semelhante ao primeiro, deve-se amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12:28-31).

Sem dúvida nenhuma estamos vivendo tempos de restauração como igreja, onde o Senhor tem nos conduzido a recolocar o primeiro e o segundo mandamentos em seus respectivos lugares de direito.

Partindo dessa realidade de que, de fato a Igreja brasileira tem vivido esse tempo de reforma, ao menos na sua grande maioria, é válido ressaltar que a compreensão desses alicerces não se consuma tão somente em os entendermos intelectualmente, mais do que isso, necessário se faz experimentá-los na prática. O que perpassa inevitavelmente em sermos introduzidos em processos, a fim de que as bases desse amor sejam aperfeiçoadas dentro de cada um de nós, individual e coletivamente.

Como filhos de Deus, viver os processos dinâmicos para conhecermos mais do amor do Aba é uma questão de permanência no propósito que Ele estabeleceu. Jesus disse aos discípulos em suas últimas palavras antes da crucificação, quando falou acerca de uma vida frutífera a eles, os recomendou da importância deles permanecerem em Seu amor (Jo 15:9).

A exemplo do que aconteceu com os discípulos, que depois da ascensão de Cristo viveram tribulações, angústias, perseguições, somos também expostos a todos os tipos de intempéries e situações desconfortáveis e, elas cumprem o propósito de nos levar ao aprofundamento no conhecimento do amor de Cristo. Pois em todas essas coisas ele é triunfante, e nos faz mais do que vencedores. O mesmo AMOR que venceu a morte na cruz, continua vivo, e em nós, é plenamente poderoso para conosco vencer todas as coisas.

Em uma de suas memoráveis orações registradas nas escrituras, o apóstolo Paulo ora pedindo ao Pai força no homem interior, a fim de que Cristo habite pela fé no coração daquela igreja, com o intuito de que em comunhão, eles entendam as dimensões do amor e o experimentem o amor que excede todo entendimento para que eles possam alcançar a plenitude (Ef. 3:14-21).

Refletindo nessa oração, cremos que somos convidados pelo amor ágape, a um lugar para vivermos uma vida que a rigor excede o nosso entendimento. Há momentos que a leveza desse amor afronta nossa ideia de firmeza, como há momentos que Ele se manifesta de maneira firme, desafiando nossa suavidade. Ou seja, o amor ágape por vezes ofende a nossa mente para fortalecer nosso coração, para nos habilitar a ter uma compreensão poli dimensional (largura, altura, cumprimento e profundidade). E nesse processo, seremos movidos a experimentar dessa dança dinâmica do amor, cujo destino é a plenitude.

Para ser pleno nesse AMOR necessário se faz participar das aflições de Cristo, mesmo que por um poucochinho de tempo e muitíssimo menos intensa do que as que o nosso Amado viveu. Ainda assim Ele não nos poupará, visto que nelas está sendo produzido em nós um peso eterno de glória.

É ofensivo para nós, as vezes, vivermos algo que nos é incomodo como uma perda de um ente querido, um negócio que não prospera, aquele familiar que por mais que receba a ajuda de todos não quer mudança, ou outras situações afins, e continuar cultivando em nosso coração a mesma pureza de amor e confiança na liderança do Senhor. Mas nenhum de nós estamos imunes a vivermos experiências desconfortáveis. Na verdade, ousaria dizer que elas acontecerão na vida daqueles que vivem piamente o propósito celestial, por que por meio delas somos oportunizados a experimentar mais da realidade do amor de Cristo.

Ó vento sul, ó vento norte, sopra em nosso jardim (Cantares 4:16)! Essa oração tem sido ouvida e respondida pelo Noivo amado. Temos passado pelas noites escuras das nossas almas, mas a partir das convicções desse amor que já foram derramadas em nossos corações pelo Espírito Santo, temos triunfado e iremos trinfar, sob o estandarte da sua liderança, cumprindo toda a jornada.  Ah que ousado amor! Ah quão imensurável! Ele está conosco! O estandarte dEle sobre nós é o amor! Que possamos amadurecer nesse amor, e dar esse fruto, a fim de que ele desfrute daquilo que Ele mesmo cultivou em nós.

Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
1 João 4:16

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”  I Co. 13:13

Proponho uma reflexão entre a junção destes dois versículos tão conhecidos. Se Deus é amor, e não existe nenhum outro atributo que O represente melhor, ou que devamos perseguir mais do que este aspecto, com o que isso se parece na prática?

O amor nunca se revela na passividade ou indiferença. Ele precisa ser expressado de forma prática, buscando suprir uma lacuna, falta ou ausência de algo ou alguém.

Em geral, é melhor praticado e experimentado sem a utilização de palavras, embora elas possam ser utilizadas pra expressá-lo muitas vezes.

É no silêncio e anonimato que o praticamos de forma mais verdadeira e eficiente. Seja através de uma oração que fazemos em favor de uma necessidade alheia, ou quando abrimos mão de nosso conforto pra ajudar alguém, ou ainda quando escolhemos a privação em prol do suprimento de outrem.

Ao contrário do que alguns pensam, envolve confronto, envolve “poda”. É demonstrado através de disciplina, assim como no abraço.

O modelo foi estabelecido em Jesus e certamente é preciso o amor de Deus para amar a Deus e ao próximo. E porque fomos criados a sua imagem e semelhança, somos sim capazes de amar e precisamos ser amados.

Nascemos com a necessidade de experimentá-lo. Nossas entranhas clamam por isso e só somos completos quando amamos e somos amados.

O amor é uma pessoa: Jesus.

Quando finalmente e definitivamente entendermos que isso é o que importa, tudo mais perderá o sentido e o valor. Começaremos a entender que o eterno em geral é invisível aos olhos. Aquilo que permanece está escondido em oportunidades diárias que temos de amar.

Um dia estaremos todos diante dos olhos dAquele que nos conhece por inteiro. Neste dia, apenas uma pergunta será feita: Você aprendeu a amar?

Que resposta daremos a esta pergunta? Reavaliemos nossa rotina, nossas prioridades, a forma como utilizamos nossos recursos e nosso tempo. Antecipadamente permitamos que o Espírito Santo sonde nossos corações e mentes e encontre a resposta pra esta única pergunta.

Que sejamos conhecidos pelo amor, e que todo resto seja o resto.

Jesus o exemplo perfeito. Embora o seu ministério tenha sido manifesto em apenas três dos seus 33 anos, sua renúncia foi de uma vida inteira, desde deixar o seu lugar ao lado Pai e toda a glória que tinha até, nascer em um estábulo e viver como o filho de um carpinteiro e, morrer como maldito. Essa com certeza foi uma trajetória que não se resume a apenas sua morte na cruz, mas relata a morte de um homem em vida! Jesus não vivia para fazer a sua vontade, mas a vontade do Pai que o enviou. “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (Jo. 5:30)

Jesus não tirou vantagens por ser igual a Deus, mas se esvaziou e se tornou servo de todos. Por que é então que, muitas vezes, queremos justificar os nossos atos maus com a fraqueza da nossa carne, com a nossa humanidade, achando que temos “direito” de revidar porque somos iguais aquele que nos feriu? Mas Jesus nos deu o exemplo perfeito e nos ensinou a amar! “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp. 2.3-8)

Cristo se tornou semelhante aos homens para que nós pudéssemos nos tornar semelhantes a Ele.  Ah, que maravilhas o seu sacrifício nos rendeu! Ele foi humilhado (Ele tinha poder para não ser, mas não usou disso enquanto viveu aqui); cuspiram nele, não o consideraram alguém de prestígio – pra muitos era apenas o filho do carpinteiro -, não creram nele, e por fim Ele se entregou aos que desejavam a sua morte. Em suas mãos as marcas dos cravos revelam toda a abnegação da sua vontade para realizar o propósito do Pai, as mesmas mãos usadas para salvar uma prostituta ao escrever algumas palavras na areia, e fazer lodo do barro para curar um cego, agora expostas à vergonha como um sacrifício agradável a Deus fazendo propiciação pelos nossos pecados, liberando de uma vez por todas o perdão a cada prostituta que ainda iria se arrepender e a cura a cada doente que clamaria pela restauração. Os pés que percorreram caminhos para anunciar a chegada do Reino de Deus, que foram lavados pelas lágrimas de uma mulher e enxugados pelos seus cabelos, agora imobilizados e cravados na madeira, no lugar para onde, pela vontade de Deus, caminhou até chegar. E ali estava Ele, no lugar da consumação, como cordeiro mudo, tudo suportou, por amor.

É importante entendermos que Jesus não veio ao mundo somente para morrer na cruz, mas para nos ensinar como caminhar e como é o seu viver, sendo um exemplo para nós, para que com Ele possamos morrer e viver a sua vida. Pode ser que muitos nos julguem bobos, inocentes, burros, e até mesmo loucos pelo nosso modo de agir em mansidão, perdoando, dando a outra face, mas assim como Cristo, seremos honrados por Deus ao andar como o seu amado Filho andou; é a Ele que desejamos agradar. O que podemos dizer de uma Deus que deixou a sua glória para se fazer carne e morrer por homens injustos? Isso sim é loucura para os que não compreendem, mas para nós que cremos é o poder de Deus! (I Co. 1.18). Este mesmo poder que opera em nós e nos habilita a viver como Ele!