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Encontrando Um Tesouro Escondido

filho

O encontro com a verdade parte de uma busca por sentido. Essa busca pode ser oriunda de decepções ou do simples vazio que acompanha o ser humano até o encontro com Cristo. Necessariamente esse impulso quase voluntário para fora de nós mesmos é a inclinação natural por encontrar o sentido original, o tesouro da existência.

Antes mesmo de minha conversão, em minha busca por verdades uma frase ecoava em minha mente como um sussurro de que existiria algo maior do que eu mesma. Do que meus próprios questionamentos e respostas: “Quem procura a verdade, consciente ou inconscientemente, procura a Deus” Edith Stein

Eu amo pensar na ideia de que a verdade é um tesouro escondido, de que necessitamos buscá-la ainda que o anseio do coração de Deus seja revelá-la o mais breve quanto possível.

    “O reino dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e tendo achado uma de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou”.(Mateus 14:44-46)

Isso demonstra o desejo do Senhor por parceria. Demonstra a faceta de um Deus amoroso, tal como o pai que se esconde de forma parcial de um pequeno filho com a intenção de ser encontrado para que o filho sinta-se como quem acabará de desvelar um precioso presente. Então quer dizer que o Deus do universo brinca de esconde-esconde?

Sim! Em algum sentido porque faz parte de sua natureza nos conduzir a missões de procura, entrega e recompensas. Não porque Ele precisa se autoafirmar como alguém grande mas, para que descubramos que somos capazes de encontrá-lo em meio ao caos, em meio a muitas vozes.

Nós nascemos com uma busca instintiva pelo criador. Nosso coração anseia por verdades que nos digam quem somos e qual é a nossa visão de vida. É justamente o espaço dessa verdade, o nosso coração, a habitação perfeita de um Deus poderoso!

A melhor parte disso é que quando encontramos esse precioso tesouro escondido, percebemos que desde o princípio Ele estava perto. Ali mesmo, parcialmente visível e, que no final das contas nós é quem fomos encontrados. Nós é quem fomos atingidos pelo amor de Alguém que sempre desejou nos completar!

 

 

Desde o começo de sua jornada, Jesus obedeceu aos mandamentos, se submeteu a todas as profecias, cumpriu toda a justiça. Na ocasião de seu batismo, João tentou dissuadí-lo a não batizá-lo, pois sabia desde o ventre quem Jesus era e não se achava digno desse papel. Antes era ele quem desejava ser batizado por Jesus. Nessa ocasião, vemos os céus abertos e o Espírito de Deus descendo como pomba, e altaneiramente a voz do Pai troveja: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.17)

Deus manifesta todo amor pelo Filho afirmando sua identidade, afirmando o prazer e alegria que Ele tinha em Jesus. Da mesma forma somos filhos amados do Pai, fomos feitos filhos, mas quando Ele nos olha, quem Ele vê? Há nele o mesmo prazer?

O objetivo destas perguntas não é trazer nenhum julgo sobre nós. O que nos faz filhos é o simples fato de que Ele nos adotou através de Jesus. Não existe nada que possa nos separar desse amor, não há nada que façamos ou deixamos de fazer para aumentar tal amor. Mas é importante entendermos que dar prazer ao coração do Pai é uma resposta pessoal e individual que acontece quando escolhemos viver um estilo de vida de obediência, assim como Jesus.

Se observarmos profundamente as histórias narradas nos Evangelhos, podemos perceber que nem mesmo a religião é o que dá prazer a Deus, afinal, ninguém cumpria mais a lei que os fariseus. Eles eram tão zelosos, ainda assim, lhes faltava algo a compreender sobre o amor do Pai. Isso significa que não é apenas uma lista de regras a cumprir ou uma questão somente de erros e acertos. O Pai já te ama do jeito que você é e cada um de nós tem uma fórmula certa de darmos prazer a Ele. Lhe damos prazer quando escolhemos responder ao seu amor.

Damos prazer ao Pai quando escolhemos confiar mesmo sem compreender o que Ele está fazendo em nossa jornada. Damos prazer ao Pai quando, em meio ao medo e as nossas inseguranças, nós escolhemos buscá-lo com um sacrifício de louvor em nossos lábios. Damos prazer ao Pai quando mesmo que as promessas pareçam distantes, nós esperamos contra a esperança. Há tantas formas de dar prazer ao Pai, mas isso acontece sobretudo quando decidimos responder ao seu amor mesmo sem merecermos e simplesmente o aceitamos sem desistir de caminhar com Ele.

Que sejamos aqueles a quem o Pai diz: Filho amado, você me dá muito prazer!