Fhop Blog

As canções de adoração no futuro da Igreja

fim dos tempos

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestosApocalipse 15:3,4

Sempre que começamos a estudar o fim dos tempos (escatologia) devemos enfatizar a preeminência da revelação de Cristo no assunto. Talvez isso surpreenda você, porém este é um valor importante deste estudo. Concorda com isso, a primeira palavra da profecia que inclusive dá nome ao livro:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer… Apocalipse 1:1

MATURAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DEUS

Apocalipse, do grego, quer dizer exatamente isto: Revelação. Perdoem-me a repetição, mas: Revelação de JESUS CRISTO. Essa parte é bem importante, pois, ainda que aborde outras ‘revelações’ não é a revelação de eventos curiosos nem a revelação do Anticristo, em primeiro lugar, como alguns pensam e até chegam ao estudo com o intuito de saber.

Se pararmos para pensar, os cristãos, na maior parte da história, amam e adoram um Homem que eles nunca viram. E aleluia por isso! A Bíblia, de fato, nos chama de abençoados por esta razão (Jo 20:29). Semelhantemente, o mundo não O conhece, pois está oculto de seus olhos, visto que seu entendimento e olhos espirituais foram cegados pelo princípe desta era (2 Co 4:4).

Contudo, não será sempre assim. Desde Gênesis, o desejo de Deus é comunhão com a humanidade. Ele deseja habitar entre nós. 

(…) Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. Apocalipse 21:3

À medida que a história da humanidade e de Deus se desenrola, a revelação progressiva acontece. Estamos cada vez mais perto de conhecermos plenamente como 1 Coríntios 13 profetiza: Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente (…) 1 Coríntios 13:12

OS TEUS OLHOS VERÃO O REI NA SUA FORMOSURA… Isaías 33:17

Os planos de Deus para o fim desta era revelam também Quem Ele é, pois Deus não tem crise de identidade e função. Quem Ele é e o que Ele faz, estão em perfeita harmonia. Quando Ele age, nós podemos ver parte de quem Ele é; e ao olhar para os Seus atos, olhamos para o Seu coração.

Ora, adoração é concordar com quem Deus é. Deus não fica mais santo quando nós cantamos “Santo, Santo, Santo”. Antes, porque nós recebemos tal revelação respondemos apropriadamente com palavras e atitudes. Nesse sentido, o conhecimento de Deus é a plataforma da adoração. Não podemos adorar genuinamente e completamente quem não conhecemos.

Isso quer dizer que enquanto os planos de Deus são revelados à Igreja nos dias vindouros, a Igreja crescerá em entendimento e, por conseguinte, em adoração.

O QUE CANTAREMOS NO FIM DOS TEMPOS?

Embora existam muitos temas importantes na narrativa do fim, cabe a nós neste espaço destacar alguns. Qual é o conteúdo predominante de adoração no fim dos tempos. O que  as Escrituras dizem a esse respeito? 

Na verdade, já foi dada a dica para descobrir qual o assunto principal do fim dos tempos… 

Jesus! É claro… Afinal, Ele sempre vai ser o assunto principal… Para sempre!

Mas a Bíblia também nos dá outras dicas do porquê adoraremos Jesus no fim. 

Veja, o livro do Apocalipse faz muitas referências a história da Páscoa. No versículo em destaque (Ap 15) bem como no capítulo 5, Jesus é o Cordeiro que foi morto e os salvos cantam a canção de Moisés e o cântico do Cordeiro. A mensagem é esta: o que o Senhor fará no futuro tem a ver com o que Ele fez no êxodo do Egito ao livrar Seu povo Israel do Faraó por meio dos Seus julgamentos.

Vemos que esses temas se repetem ao longo de outras canções do fim: e eles cantavam um cântico novo:

Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Apocalipse 5:9

Em síntese, o que Deus começou lá atrás com Abraão e Moisés ao criar um povo para Si e ao fazer aliança e promessas, nós veremos Ele cumprir no futuro. Jesus tem esperado por mais de 4.000 anos para ser reconhecido como o Libertador de Israel e Rei das nações. 

Desta forma, quando Ele fizer o que sempre prometeu a Israel e quando Ele tomar as nações por direito, nós estaremos fascinados por:

  1. Sua fidelidade em manter a aliança e promessa através dos séculos; 
  2. A sua mansidão, amor e paciência em esperar o momento certo da história para agir;
  3. A liderança perfeita ao usar os meios menos severos para produzir o máximo de amor voluntário no coração do Seu povo;
  4. Sua justiça, ao não deixar o mal impune, mas ao julgá-lo eternamente.

Jesus é Aquele maior que Moisés derrotando o Faraó escatológico que é o Anticristo e nós cantaremos o que Moisés cantou em Êxodo 15 a nível global:

Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao Senhor: “Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro! Êxodo 15:1

 

CÂNTICO NOVO

Nas Escrituras, o que Israel e a Igreja vão cantar no fim dos tempos é chamado de cântico novo. Todas as vezes que este termo aparece, ele está relacionado ao fim.

Cantem ao Senhor um novo cântico, pois ele fez coisas maravilhosas; a sua mão direita e o seu braço santo lhe deram a vitória! O Senhor anunciou a sua vitória e revelou a sua justiça às nações. Ele se lembrou do seu amor leal e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a vitória do nosso Deus. Salmos 98:1-3

Talvez isso decepcione alguns. Alguém poderia pensar: não seria mais animador se a resposta para a questão inicial fosse algo diferente nunca ouvido nem pensado antes?

Na verdade, o cântico novo não tem um conteúdo novo, mas é uma resposta ao agir de Deus naquele momento. O que o Senhor vai fazer? O que Ele sempre disse que ia fazer. O Cordeiro vai assumir o que é Seu por direito.

Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra(…) O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos. Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei gritos como a parturiente, e ao mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. Isaías 42:10-13, 14

Ao longo da semana temos conversado aqui no blog sobre sermos casa de oração. Neste devocional, vamos falar um pouco sobre a relação entre a nossa identidade eterna como casa de oração e o fim dos tempos.

Em Isaías 56:6-7 diz assim:

“E os estrangeiros que se unirem ao SENHOR para cultuá-lo e amar o nome do SENHOR, tornando-se assim seus servos, todos os que guardarem o sábado, sem profaná-lo, e os que abraçarem a minha aliança, eu os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”

Somos casa de oração

Como dissemos nos devocionais anteriores, uma das identidades primárias da igreja no Novo Testamento é como casa de oração. A igreja nunca foi feita para existir separada da sua identidade eterna de casa de oração. Inclusive, o próprio Jesus falou sobre isso em Mateus 21:13, citando a promessa de Isaías:

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;

Todo este movimento que tem surgido na igreja global, de resgatar o espírito profético de oração e intercessão do tabernáculo de Davi, não é algo novo e não é exclusivo de alguns ministérios. Segundo Mike Bickle, Deus está estabelecendo um novo paradigma em sua igreja, que na verdade é tão antigo quanto Isaías 56. É uma resposta da igreja ao que o Espírito Santo está gerando no lugar de intimidade, jejum e oração.

A igreja está despertando para a sua identidade eterna de casa de oração. Não é algo somente para esta era, mas algo que faremos no Milênio e na eternidade: a comunhão com Deus e a participação nos seus planos. Isso é o que Deus sempre desejou para Sua Igreja.

O lugar de oração no fim dos tempos

Qualquer cristão atento percebe que estamos vivendo em tempos próximos do fim. Porém, não precisamos nos desesperar, pois fazemos parte de um povo que não será pego de surpresa. À medida que a perversidade, a iniquidade e as trevas aumentam, Deus chama a sua igreja para ser a luz na escuridão e participar do que Ele deseja derramar sobre a terra nos últimos dias. E como faremos isso?

Nosso primeiro impulso como seres frágeis e amedrontados é tentar buscar soluções humanas para a crise. Isto é, queremos respostas práticas, queremos encontrar uma nova abordagem ou uma nova solução. Queremos algo inédito e que nos ajude a sair dessa crise vitoriosos.

Entretanto, quanto mais lemos as Escrituras, vemos que Deus tem a mesma ideia desde Isaías. Ele deseja que a sua igreja caminhe em jejum e oração, vigiando e sendo sentinela sobre os muros. Seremos luz na escuridão, sustentando a Grande Comissão a partir de uma vida de intimidade como casa de oração.

Quando o próprio Deus promete que seremos casa de oração, Ele não está falando sobre algumas igrejas locais ou ministérios específicos. Deus estava falando sobre toda a sua igreja, o corpo de Cristo, profetizando que caminharíamos em um estilo de vida de profunda intimidade e cooperação com o Espírito Santo na terra.

A igreja no fim dos tempos estará vigilante às profecias bíblicas e à voz do Senhor, não se desesperando, mas buscando a Deus intimamente e acima de tudo. Além disso, Deus nos promete que encontraremos alegria neste lugar. Ou seja, é caminhando em nossa verdadeira identidade como igreja que experimentamos a alegria do Senhor. Essa alegria nos sustentará para permanecermos com Ele até o fim.