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O Amor Cobre Multidão de Pecados

jesus

O amor cobre multidão de pecados, é uma força condutora que nos dá vida e esperança. Outrora fomos pessoas quebradas e totalmente destituídas da glória de Deus, mas hoje, somos chamados a outorgar graça e misericórdia da mesma forma como as recebemos de Jesus. Ele nos ensina a perdoar aqueles que têm nos perseguido. Nos ensina a nos doar sem pedir nada em troca. Nos ensina a caminhar mais uma milha até mesmo com os nossos “inimigos”.

“Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.” 1 Pedro 4.8

O amor que o Senhor nos propõem é para ser vivido de forma intensa. Essa palavra: Amor, pode estar desgastada para muitos de nós, mas a questão é que Deus quer nos ensinar o verdadeiro amor, aquele que lança fora todos os nossos medos, aquele que nos dá uma visão profunda a respeito de quem somos em Deus e como podemos amar o nosso próximo assim como Ele ama.

Pedro continua nos dando formas práticas de demonstrar o amor fraterno aos nossos irmãos. Ele ressalta: “Sede hospitaleiros uns para com os outros, sem vos queixar.” (1 Pedro 4.9 – KJ). Receber alguém na intimidade do nosso lar é uma tarefa desafiadora para alguns de nós, não é mesmo? Pois isso, altera a nossa rotina e nos deixa sem a nossa tal “privacidade” e, às vezes, é bem cansativo ter que fazer “sala”, mas essa também é uma forma prática de amar. O amor vem embutido de praticidade, não são apenas meras palavras ditas em momentos de muita emoção. O amor é ação e não apenas palavras.

Servi uns aos outros de acordo com o dom que cada um recebeu, como bons administradores da multiforme graça de Deus. 1 Pedro 4.10 – KJ

Você já parou para pensar em todas as habilidades e dons dado ao homem? Todo o nosso “jeito de ser”, nossas diferenças e expressões? Agora, paremos um pouquinho para pensar em como temos “administrado” tais dons. Avaliemos o nosso jeito de viver e nos lembremos da multiforme graça de Deus. Deus em sua sabedoria e bondade deu dons aos homens, diversos e cheio de riquezas e nós somos administradores desses dons.

“Concluindo, tende todos vós o mesmo modo de pensar, demonstrai compaixão e amor fraternal, sede misericordioso e humildes, não retribuindo mal com mal, tão pouco ofensa com ofensa; ao contrário, abençoai; porquanto foi justamente para esse propósito que fostes convocados, a fim de também receberdes bênção como herança.” 1 Pedro 3.8-9

Mas lembre-se, o amor genuíno vem de Deus. Você e eu não podemos amar com o amor d’Ele sem Ele. Apenas seu Espírito Santo em nós aplica esse amor em nosso coração. Então, que hoje, nossa oração seja para que Ele derrame amor dentro de nós e que esse amor flua e transborde para aqueles que precisam ser amados. Lembre-se de nosso chamado, fomos salvos para um propósito, fomos chamados para abençoar.  O amor de Deus cobre multidão de pecados. Sim, o amor de Deus fez isso, o amor de Deus fará isso.

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” 1 Coríntios 13.13

 

Quando eu era criança, minha mãe tinha esse versículo espalhado por vários lugares pela casa: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” (Provérbios 19.12). Talvez era porque éramos uma família um tanto barulhenta de cinco filhos, um pai e uma mãe, e ela queria nos ensinar o valor de pensarmos antes de agirmos no calor da emoção. Ainda hoje, é impossível ler essas palavras em Provérbios sem refletir na importância de cultivar a paciência  e o domínio próprio.

Quando eu era criança íamos à Igreja em vários dias da semana e não apenas no domingo pela manhã. Lembro-me de muitas vezes ter dormido no colo do meu pai ou de minha mãe, e das canções cantadas durante o meu adormecer. Quando eu era criança lembro-me das muitas músicas infantis e das historinhas contadas pelos professores da Escola Bíblica Dominical. Sobre tudo me lembro de muitas vezes acordar pela manhã com as orações e canções dos meus pais. Mas, o que quero ressaltar com todas essas lembranças, é a  importância de ensinar os filhos o caminho da salvação, assim como declara o autor de Provérbios.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Provérbios 22.6

Que maior herança podemos deixar para as próximas gerações? Como podemos pagar o preço para que a Cultura do Reino seja estabelecida e o coração de gerações possam ser transformados? Ensina a criança. Sim, ensina a criança o caminho em que ela deve andar. Quando o Senhor libertou o povo do Egito e depois deu a Lei a Moisés, Ele ordenou que a história fosse contada de pais para filhos e de geração a geração.

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao Senhor, teu Deus, e guarde todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Ouve; pois, ó Israel, e atenta em os cumprires, para que bem te suceda, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te disse o Senhor, Deus de teus pais. Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” Deuteronômio 6.1-7

Se pararmos para pensar em nossa história, podemos perceber que os maiores problemas estabelecidos em nossas emoções vieram de nossa infância: insegurança, medo, baixa auto-estima etc. Pois o Diabo sabe onde nos marcar e ele veio para matar, roubar e destruir. Mas Deus também sabe onde nos marcar e  Ele cura o nosso coração e nos liberta das mentiras do passado para que sejamos melhores pais, amigos e mestres de nossas crianças. Precisamos ensinar a Palavra e a identidade que nossos “filhos” têm em Cristo e como elas podem amar a Deus sobre todas as coisas. E esse ensino vem pelo ouvir e pelo exemplo.

Que Deus derrame graça sobre nossas vidas para olharmos como Jesus olhou as crianças embaraçadas e, ensinando aos seus discípulos, falou: “deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. (Lucas 18.16).”

Existe um grande contraste entre o fariseu e o publicano, e Jesus fala dessa realidade em algumas parábolas. Não quero apenas jogar palavras em uma folha mas, na verdade, quero que você, que lê esse texto, possa entender aquilo que Jesus quer ensinar quando contou tais histórias. O contraste existe e cabe a nós escolher o nosso modelo.

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros.” Lucas 18.9

O que primeiro podemos notar é que Jesus ensinava pessoas independente de quem elas eram ou de como estavam seus corações. Porque Ele ama ensinar seus caminhos e mudar nossos conceitos quebrados. Ele ama reconstruir nossa mentalidade. Ele quebra os nossos paradigmas e nos ensina a ter um olhar mais profundo sobre os assuntos mais simples e diversos dos quais possamos imaginar.

O Senhor sonda o coração do homem, Ele conhece as nossas mazelas e as faltas em nosso caráter. Quando Ele vê nosso orgulho, egoísmo ou justiça própria Ele se aproxima e nos diz que tipo de coração lhe agrada. Ele nos conta o que espera de nós e como podemos encontrar êxito em nossa vida como filhos de Deus. Ele considera o nosso contraste, mas quer nos levar um passo além.  

Então, temos a história do fariseu e do publicano e o “formato” de oração seguido por eles. Pensemos que cada um orou segundo os conceitos e a estrutura de pensamento que possuíam. Eles oraram conforme viam a si mesmos e conforme se relacionavam com Deus.

“O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo” (Lucas 18.11). Isso é bastante interessante, não é mesmo? Até a postura corporal do fariseu condizia com suas palavras e o que ele pensava de si próprio. Ele se julgava superior por não ser como os “outros”, até mesmo como o publicano. Ele se julgava superior por cumprir a lei e os ritos religiosos estabelecidos em sua comunidade. Ele se comparou com base em comportamento e concluiu que seu estado era muito superior ao dos demais homens, roubadores, injustos e adúlteros e, por isso, o “zeloso” fariseu sabia como desprezar o seu próximo.

Todos temos que ser gratos pela salvação, mas também temos que guardar os nossos corações e saber que o que recebemos não é pelas nossas ações ou merecimento, mas sim, por causa da Cruz e do sacrifício remidor de Jesus. Que nossas orações sigam o modelo de humildade verdadeira, assim como o do publicano que reconheceu o seu estado de pecado e pediu para que a graça de Deus fosse derramada sobre si. Ele reconheceu que Deus poderia ser propício a ele e era esse o seu clamor. Qual é o seu contraste? Com quem você quer se parecer?

“O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18.13 – JFARA)

“Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”. (Lucas 18.13 – NVI)

Jesus nos ensina a trocar a roupa de comparação e presunção por um coração cheio de fé e humildade. Trocar o desprezo por honra, o julgamento por graça e compaixão. Não, nós não queremos viver uma vida cheia de pecado e o Senhor é realmente poderoso para nos fortalecer e nos ajudar a vencer nossas lutas, mas é preciso cultivar o amor e a honra uns para com os outros e, principalmente, para com o nosso Deus. Lembre-se: “Todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” (Lucas 18.14)

É difícil ter quando nos sentimos distante dos nossos sonhos e promessas. Esperar contra a esperança pode ser um desafio em tempos de crise e insegurança. Mas hoje podemos escolher crer ao invés de duvidar. Podemos escolher confiar. Podemos nos jogar nos braços do Senhor Jesus que nos amou e continuará nos amando até o fim.

Pela fé nós podemos lidar com aquilo que ainda não vemos. Pela fé podemos ver a noite escura e ter esperança que o amanhã vai raiar trazendo um sol quente e crescente. Pela fé cremos que todas as coisas foram criadas pela Palavra e cremos que a Palavra se fez carne, habitou entre nós e nos dá uma nova história.

“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. ” Hebreus 11.1-3

Às vezes fico pensando na vida de e em como o seu mundo desmoronou-se do dia para a noite e de repente tudo o que ele tinha acabou-se em questão de minutos. Que fé existia no coração desse homem, que mesmo ao se deparar com as maiores tragédias da vida, não blasfemou, mas continuou honrando a Deus com seus lábios. Mesmo quando ele perdeu tudo que amava, ele não pecou contra o Senhor.

“e disse: Nu saí do  ventre da minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó 1.21-22

Após isso, Jó teve seu corpo tomado por tumores. Sua própria esposa lhe sugeriu amaldiçoar a Deus e que Jó se entregasse à morte. Ainda assim, ele manteve a sua integridade para com o Senhor.

“Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 2.9-10

Podemos continuar observando sua história, todos os seus questionamentos para com Deus, o seu pedido de morte, o seu desejo de desistir e até alguns conselhos equivocados da parte de seus amigos. E toda essa jornada foi um processo em que seus olhos e sua fé foram dilatados. Pois Jó passou a conhecer a Deus mais profundamente.

Chegamos ao capítulo 42 do livro de Jó: “Então, respondeu Jó ao Senhor: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (v-1-2). Quando Jó fez essa afirmativa, ele ainda não tinha tido a sorte restaurada. Diante do processo, a fé e a convicção de Jó continuou a crescer. Ele prosseguiu declarando que os propósitos de Deus não poderiam ser frustrados. Que suas promessas seriam, de fato, cumpridas e realizadas.

Não sei qual estação você está vivendo, se perto ou longe das promessas. Mas, sei que hoje podemos declarar em alta voz: Deus, eu sei que tudo tu podes fazer e que nenhum dos teus planos e projetos se perderão pelo caminho, porque sim, eu sei que teus planos não serão frustrados.  

Você já se perguntou, por que Jesus é chamado de verbo? Essa pergunta é muito importante para conhecermos características preciosas do Salvador!

Ao meditar sobre o motivo da comparação entre Cristo e a palavra (Ele sendo o próprio Verbo), a princípio parecia-me que desta maneira Deus queria nos mostrar  sutileza. A “poesia”, digamos assim, existente na caminhada de fé.

Surpreendentemente os resultados dessas questões foram uma sequência de informações que me levaram a compreender a urgência de uma postura cristã que balançasse meu coração e me fizesse ser radical em amar à Deus! Em buscar viver sob a influência de uma profunda revelação das escrituras e do Espírito Santo que é o próprio testemunho do Verbo que se fez carne.

“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle e, sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. JOÃO 1: 1-4

Não existe nada mais poderoso do que o Verbo presente desde o princípio. Não existe sutileza nas descrições deste verbo tão poderoso!

É a Palavra que continua movendo paz e guerra ao longo da história. O verbo apazigua, mas também confronta.   A palavra revela nossos corações, ela dá forma. A Palavra desvela imagens, nos permitiu compreender a imagem do Deus invisível. O verbo estabeleceu uma ponte e reconciliou o irreconciliável: Deus e os homens!

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Efésios 2:14-16

Jesus enquanto a Palavra, deu forma à beleza dos céus, ele veio para escrever em nossos corações as frases da eternidade. Ele escreveu na história o registro do amor!

De gênesis a apocalipse Ele simplesmente é e a cada nova frase Ele continua sendo,  criando, para sempre. Ele revelou a paz de forma violenta ao pronunciar e agir sobre a criação. Ao gritar o “está consumado” que mudou o século dos séculos. É Ele quem falou e fala sem nem sequer usar palavras, com o silêncio de Sua presença, com o fogo em Seus olhos. Quando O vemos os textos e versos mais comoventes da história são revelados: o amor sincero e verdadeiro que não foi manifesto somente na cruz, mas no convite ao casamento eterno.

Eu não sei quanto a você que lê esse post, mas a mim, o Salmo 23 traz boas recordações. Me lembro das canções que eu cantava, das divertidas melodias e da alegria que gerava em mim ser desafiada a confiar no cuidado de Deus. Sim, “o Senhor é o meu pastor e nada me faltará” (Salmo 23.), esse foi um dos primeiros versículos que aprendi em minha infância e que marcou minha história com o Senhor.

Acho incrível que a Palavra do Senhor se renova, porque aquilo que nos é ensinado se torna cristalizado dentro de nós e em meio a nossa caminhada. Essas palavras se destacam em letras garrafais saltando brilhante as nossas vistas. Elas não são apenas recordações, mas são vida em nós. 

As ovelhas felpudas e branquinhas de nossas histórias infantis são tão lindas ao nosso olhar de criança e o pastor está sempre ali perto delas para lhes cuidar. Ele as leva para pastos verdejantes, ele as leva junto à mansas águas, ele as protege de animais ferozes e perigosos.

O pastor amigo é alguém corajoso que enfrenta o leão e o urso. Ele não mede esforços para cuidar do seu rebanho. Ele conhece cada ovelha pelo nome, pois foi ele mesmo que as nomeou. Davi foi um pastor de ovelhas que se tornou um rei. Ele conhecia a realidade de pastor e, por isso, utilizou essa metáfora em seus escritos. Mas, além disso, ele também entendia que diante de Deus ele é que era ovelha necessitando de cuidado. Ele sabia que precisava de descanso e em Deus ele depositava confiança e dependência.

Jesus é o supremo pastor que conhece suas ovelhas e dá a vida pelas ovelhas. As ovelhas ouvem a sua voz. O mercenário não é assim, ao ver um lobo a se aproximar do rebanho, ele foge porque seu coração não ama. Mas o Senhor Jesus nunca nos abandona, nem um minuto sequer Ele nos deixa só, mas nos ensina confiança mesmo nos momentos mais difíceis de nosso viver.

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim. ” João 10.11-14

Hoje, Ele quer nos mostrar o caminho que devemos seguir. Hoje, Ele quer nos pegar sobre os ombros para que conheçamos o seu perfume e a melodia de sua voz. Sabe por que ouvimos e conhecemos a sua voz? Porque estamos perto o suficiente para ouvi-lo e sentirmos o seu cheiro.

Hoje Ele quer nos levar a pastos verdejantes, hoje Ele simplesmente quer nos fazer repousar. Então, faça uma oração de entrega e lance sobre Ele tua ansiedade. Viva seu dia a partir desse lugar de repouso e descanso. Ouça a sua voz e sinta o seu perfume.

“Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. ” Apocalipse 3.20

O Maravilhoso Deus ama se revelar, Ele quer se fazer conhecido. Ele esconde muitos segredos de homens sábios e reis poderosos e simplesmente escolhe mostrar seus mistérios a pessoas tão comuns como eu e você. Ele nos chama a prosseguir em conhecê-lo e se colocando à porta nos diz: “Sim, estou aqui para conversar enquanto comemos”.

Pense agora nos melhores amigos que você tem, e como é bom quando se encontram para partilhar gostosas refeições. Há tanto barulho e liberdade diante da mesa, brincadeiras e sorrisos. Há amor e alegria, além do prazer de estarem juntos. São nesses momentos que alma e coração são alimentados, não apenas corpo físico, mas sublimes sentimentos e emoções co-criados. Da mesma forma o nosso espírito se torna vivo porque Jesus sopra sobre nós o fôlego de sua presença.

Comer é algo tão cotidiano, não é mesmo? Todos os dias fazemos as nossas refeições, é necessário, é imprescindível para nosso fortalecimento e para a vida. E essa é a figura que Ele se utiliza para dizer que todos os dias Ele quer estar conosco. Basta apenas abrirmos o nosso coração e deixar que Ele entre, e Ele estará cotidianamente em nossa mesa.

“Se alguém ouvir a minha voz” – Nossa capacidade de ouvir precisa ser apurada, porque de fato Ele é um Deus que fala, mas nossas inseguranças e medos podem fazer calar sua voz, sem falar na descrença que sentimos quando muitas vezes inconscientemente duvidamos de seu amor por nós, e queremos tomar a força ou por merecimento o que Ele nos deu na cruz.

Como ouvi-lo? Como vê-lo? Como senti-lo? Como deixar que Ele participe todos os dias, em todos os momentos? Deus não é um Deus carente, Ele não está desesperado a porta pedindo por atenção. Mas Ele nos dá o privilégio de caminhar com Ele e vivermos em amor, mas precisamos ouvir a sua voz.

Lembre-se: você tem liberdade para entrar no Santo dos Santos, o véu se rasgou. Pelo sangue de Jesus há acesso a sala do trono. Há um lugar de paz onde podes descansar. Ache o seu melhor lugar, não apenas externamente, mas dentro de seu próprio interior. Deixe que o Espírito de Deus que habita em você o leve a esse lugar de entendimento e de revelação do caráter de Jesus. Tome o livro de amor em suas mãos, sim, abra a sua Bíblia e deixe que o Espírito Santo de Deus te guie nessa aventura maravilhosa de conhecê-Lo, de sentar-se à mesa junto d’Ele apenas para cear.

Ao nos depararmos com a maldade humana é preciso lembrar que temos a quem recorrer, clamaremos a um Deus que tudo vê. Pois o Senhor não tem prazer na morte do ímpio, mas que o reino da Luz sobressaia sobre qualquer escuridão.   

“… Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva…” Ezequiel 33.11

Quando paramos para ver os noticiários, muitas vezes, o nosso coração se torna perplexo diante de tantas perversidades. São tantas notícias ruins, tantas tragédias e tanta maldade da humanidade caída que podemos ficar sem nenhuma esperança. Nesses momentos, nós clamaremos por justiça, pois os que têm sede e fome de justiça serão saciados.

Mas é preciso saber que nem sempre aquilo que chamamos de justiça é, de fato, a mesma justiça de Deus. A justiça de Deus sempre tem um propósito redentor. Não é apenas um castigo ou vingança pelos pecados e maldades cometidos por um ser humano em escuridão e trevas.

Essa é uma questão complexa e precisamos pensar em como não exercer justiça própria e julgamento humano. Em contrapartida, não podemos fechar os nossos olhos e compactuar com a maldade. Precisamos nos levantar em favor da verdade e do amor sendo voz para aqueles que não tem voz, nos lembremos, porém, que Deus não tem prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta dos seus maus caminhos e viva.

Mas, como exercer justiça com o coração certo? Só existe uma forma de fazermos isso: olhando através dos olhos de Cristo. Você já parou para pensar no significado da cruz? Todas às vezes em que nosso coração se deparar com a maldade diante de nós, com os crimes hediondos e com o abuso, temos que olhar para o sacrifício de Jesus na cruz, Ele verá o fruto do seu penoso trabalho e ficará satisfeito com o seu conhecimento, o Servo Justo, justificará a muitos. Isso não significa que liberar perdão não seja dolorido e desafiador, também não significa que temos que abrir as portas das cadeias e deixar homens maus soltos por aí em nome da graça. Mas, significa que nossa motivação estará alinhada com o coração de Deus.

Lembra da mulher pega em adultério e de como Jesus lhe estendeu as mãos e lhe disse: “onde estão os teus acusadores? Vá e não peques mais”. Precisamos clamar por justiça, mas precisamos fazer isso com a motivação certa e com a perspectiva do coração de Deus. Que sua esperança se renove n’Ele e que Ele nos dê sabedoria diante desse mundo mal, para exercermos justiça verdadeira e amor proposital.

“Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, se não para ser revelado. ” “…. Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará. ” Marcos 4.22 e 24

Sim, diante deste mundo mal, nós levantaremos as nossas vozes e clamaremos por justiça. Clamaremos a um Deus que tudo vê e Ele prontamente nos responderá.

Há dias que nos sentimos vazios e sem chão, temos tantas expectativas, mas não sabemos que passo devemos dar para alcançar nossos sonhos. Nesses dias em que a ansiedade tenta roubar nossa paz, devemos nos lembrar que tudo ficará bem, pois todas as coisas passarão, mas o Senhor sempre estará conosco. Se hoje é um desses dias, em que sente suas forças se esvaindo, lembre-se que o Espírito de Deus mora dentro de você, Ele sonda e conhece todas as coisas e ora a nosso favor.

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. ” Romanos 8.26

Além das montanhas de nossas desesperanças e diante do rio do amor de Deus há um trono, e nesse trono Jesus se assenta e espera pelas nossas orações feitas com um coração sincero. Não há milagre grande demais que o Senhor não possa realizar, e nada poderá nos separar do seu amor.

“Que diremos, pois à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, por ventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas. ” Romanos 8.31-32

Por amor Deus entregou o seu Filho, por amor o próprio Filho se entregou. A força propulsora do amor é generosidade e bondade. E com generosidade Ele se apresenta a nós. Isso muda nossa perspectiva ao o buscarmos, isso muda o nosso tom de voz. Já não há mais medos ou dúvidas porque sabemos que podemos nos achegar a Ele com confiança. Confiança que seremos ouvidos. Confiança que somos amados. Confiança que seremos atendidos.

Jesus é nossa Rocha firme e o homem que construir sua casa na rocha não será abalado, mesmo que soprem as tempestades. Mas, o homem que constrói sobre a areia, certamente perderá sua casa.

Derrame sobre Ele suas orações, seus sonhos e projetos. Dias sem chão são dias de possibilidades porque Ele nos faz crescer em amor experimentando a graça sublime. Ele te mostrará o caminho que deve seguir. Faça algo prático em resposta ao Seu comando e prossiga firmemente em amor. O chão se reconstruirá aos seus pés.

“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. ” Rm 8.19.

As nações estão clamando pela manifestação dos filhos de Deus, esse é o desejo latente de toda a criação. Precisamos manifestar a Jesus, mas só podemos manifestar que somos filhos de Deus se estivermos convictos que somos filhos de Deus. Fomos chamados a revelar a Jesus da perspectiva dos filhos, não dos servos.

Quando somos imaturos em nossa fé, podemos agir como escravos, mas quando amadurecemos começamos a agir como aquele que possui a herança. Isso significa que temos parte em tudo que é do Pai. Além de nos acolher, Jesus também nos chama de amigos. Agora somos aqueles a quem Ele tudo pode contar. “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi do meu Pai vos tenho dado a conhecer”. João 15.15

E não há nada mais poderoso que esse amor que nos chama de filhos, que nos atrai, nos envolve e nos transforma. Tudo o que fizermos no reino do seu Filho não é na tentativa de “comprá-lo” mas é fruto desse amor gigantesco e real.

Um dos aspectos mais lindos nesse relacionamento de amizade é a Sua lealdade, independente das circunstâncias que enfrentamos Ele se mantém fiel. Deus não nos chamou para um mundo mágico, sem problemas ou desilusões. Enfrentamos tragédias, dores, lutas, mas nada disso é maior que o Seu amor em nós. O amor não significa ausência de sofrimentos, mas é a presença do Pai mesmo nos momentos mais sombrios e escuro de nossas vidas.

O dia mal pode chegar para qualquer pessoa, mas quando ele chegar qual vai ser sua resposta diante das aflições da vida? Deus está nos convidando à maturidade. Não o desejamos por aquilo que Ele pode nos dar, mas apenas porque desejamos sua face. O desejamos porque somos filhos e amamos revelá-lo ao mundo. Sua luz nos ilumina e como resposta brilhamos para as nações. Que sejamos a manifestação do Seu amor.