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Conhecendo a Cristo e sendo Luz nas Nações

missão

Desde o início as escrituras sempre apontaram que o nosso chamado é caminhar sendo luz sobre as nações da Terra. Deus chamou Abraão para se mover em direção ao desconhecido e lhe disse:

“Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:1-3

Jesus detém toda autoridade nos céus e na terra. Ele nos comissionou a ir pelo mundo fazendo discípulos de todas as nações (Mateus 28.18-20). A luz não deve ser escondida, mas precisa estar em um alto lugar para iluminar todo ambiente. E ela brilha onde há escuridão. Um povo sem o conhecimento de Deus não pode enxergar claramente.

Para ser salvo, o homem precisa invocar o nome do Senhor. Mas, como invocarão aquele que não conhecem e como o conhecerão se não há quem conte as boas novas da salvação?

“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? Como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” Romanos 10.13-15

Chamados para iluminar

Como foi sua experiência quando você foi encontrado por Cristo? Lembra-se como seu coração queimava de amor e irradiava a luz de Jesus? Talvez, já tenha até ouvido alguém lhe dizer que você é diferente e que tem uma luz no olhar. Deus nos libertou do império das trevas e nos trouxe para o reino do filho do seu amor (Colossenses 1.13).

Quando somos embriagados por esse amor tão profundo de Deus, sentimos um sol surgindo dentro de nós. Pois a própria luz de Cristo nos ilumina de dentro para fora. E quando somos iluminados também queremos iluminar.

Após um período de trevas em minha vida, Deus começou a me restaurar. E em momentos de oração nos meus devocionais eu via o mapa do mundo a minha frente. Mesmo de olhos fechados aquele mapa gritava. Meu coração queimava pelas nações (a verdade é que ainda queima). Eu sabia que Jesus me amava e agora ele estava compartilhando comigo seu coração amoroso pelas Nações.

Muitas vezes, vivemos um evangelho bairrista que só se preocupa com o seu entorno. Nosso bairro e cidade é o máximo que conseguimos pensar. Só conseguimos olhar evangelismo e discipulado da perspectiva de que nossa igreja local crescerá. Mas, Deus nos chamou para mirarmos as nações, seja: indo, orando e/ou contribuindo.

Somos a resposta que o mundo precisa

A Bíblia afirma que Deus é luz (1 João 1.5). E Jesus é manifestação plena da luz: “ele é a luz do mundo” (João 1.3). Jesus é a Palavra por qual todas as coisas foram criadas e subsistem. Ele é a verdade que liberta o homem das mentiras. E o que é a mentira se não escuridão? Porém, Jesus é a luz dos homens (João 1.9). Gosto muito da versão king James, diz assim: “A Palavra é luz verdadeira que, vinda ao mundo, ilumina a toda humanidade.”

O papel que está intrínseco em nós como Igreja é ser sal e luz. O sal, além de dar sabor também preserva os alimentos da putrefação. E a luz desfaz as trevas. Como cristãos, não devemos nos moldar ao sistema do mundo, mas nos opormos a ele em amor. As nações estão clamando pela manifestação dos filhos de Deus da mesma forma que a natureza. E, nós temos a resposta: Jesus.

Quando somos iluminados, só podemos responder iluminando. Quando amamos a Deus profundamente, também amamos revelá-lo ao mundo. O mundo não possui luz própria, sua fonte de luz é o sol. Da mesma forma, as nações precisam da luz de Deus. A luz que brilha e glorifica o Pai. Precisamos caminhar sendo luz e sal.

Sendo luz: Dicas práticas para quem deseja ser missionário nas nações

Quem sabe você é alguém que tenha sido chamado para servir na esfera da religião como um missionário. Existe várias formas de chegar as nações e cumprir o seu propósito pessoal. Pense um pouco em seus dons e talentos, habilidades e também no povo que você deseja servir? Pesquise sobre o povo, o local, o modo como eles vivem, sua língua e cultura.

Treinamento – é muito importante ser treinado em uma Agência Missionária. Então, busque pesquisar quais são relevantes e tem a ver com o projeto que você deseja desenvolver. Aqui no fhop, por exemplo, você servirá em diversas frentes tendo a Sala de Oração como coração do nosso trabalho. Algumas outras agências são:

JOCUM – Jovens Com Uma Missão tem levado o evangelho a todas as Nações e possuem uma gama de trabalho bem ampla (áreas de influência da sociedade).

Portas Abertas – é marcada pelo trabalho em países onde cristãos são perseguidos. Você pode saber mais sobre as histórias do irmão André e como ele contrabandeava Bíblia para países fechado da cortina de ferro. Já o

Povos e Línguas – atua como um movimento interdenominacional com a missão de mobilizar pastores brasileiros para o envio de missionários. Te dará informações que te ajudaram a orar pelos povos.

Enfim, há uma série de agências e bases missionárias para quem sente o desejo de ir às nações. Além de orar é muito importante pesquisar sobre elas. Além disso, é primordial estudar o idioma local do povo a quem você quer servir e se preparar para os possíveis choques de adaptação cultural.

Seja estratégico – Há países que não permitem a entrada de cristãos, então não temos acesso como missionários. Mas, é possível entrada através do mercado de trabalho e as mais diversas profissões. Você pode ir como profissional liberal, estudante, empresário ou algo do tipo. É importante pensar estrategicamente. Ouvi testemunho de irmãos que tem um café e trabalham como baristas em países fechados para o evangelho.

Outra forma de pensarmos estrategicamente é voltarmos nossos olhos para os refugiados e estrangeiros. Quantos refugiados e estrangeiros temos no Brasil? Eles podem ser alcançados. E quantos árabes, indianos e povos de todas as nações vivem fora de seu país de origem?

Conclusão: Sendo luz para as nações obedecendo ao IDE de Jesus

É preciso compreender que fazer discípulo de todas as nações é uma ordenança e não o que muitas vezes denominamos de chamado. Talvez, alguns nunca pisarão em outros países, mas sempre podemos adotar um povo em oração. Podemos ser parceiros desses missionários que são enviados por Deus aos quatro cantos da terra.

E devemos investir nossos recursos (financeiros e emocionais) e nosso tempo para que o evangelho seja pregado em todos os lugares do mundo e em todas as línguas. Só assim apontamos a luz de Jesus. Sendo luz, nos tornamos a manifestação do amor do Pai.

Você também deseja ser luz nas nações? Como você tem se envolvido com o trabalho missionário? 

De que forma podemos ser Igreja de Cristo fora das quatro paredes? A igreja possui uma função fundamental na sociedade, pois ela revela a glória e a sabedoria de Deus. Isto é possível porque Jesus separou discípulos que ouvem as suas palavras e fundamentam suas vidas por elas. O ato de considerar a vida em Jesus mais valiosa que qualquer ambição é o tesouro dessas pessoas.

Por isso, revelar a glória de Deus é a atuação mais preciosa da igreja, pois nela está a resposta que o mundo precisa. Ainda mais diante da evidência de que presenciamos tempos difíceis, mesmo sendo uma época em que a democracia, os direitos e deveres têm mais espaço nas legislações do que nunca antes, o papel da Igreja extravasa o ambiente dos cultos.

E isto não significa a necessidade de mais eventos e reuniões, nem debates públicos sobre religião. Mas tem a ver com a influência que cada cristão exerce em seu lugar de trabalho e ambiente social.

Qual a nossa vocação como Igreja?

Somos chamados para duas funções importantes, como indivíduos e como Igreja. Como cristãos, somos chamados a sermos coerentes enquanto amamos a Deus e às pessoas, e como Igreja, a compartilharmos da mesma fé e adorarmos a Deus. Nos reunimos pelo mesmo propósito e ajudamos uns aos outros para que sejamos igualmente edificados.

Podemos frequentar a universidade, apreciar artes, e habitar em um mundo cheio de regras onde as pessoas tentam ser boas e corretas. Mas o que há de diferente em quem somos? Todo mundo não está tentando agir com bondade, pelo simples e convincente fato da necessidade do bem-comum e da vida em sociedade?

As pessoas buscam ser boas e fazer as coisas corretamente, por isso entendemos que a moralidade não existe só nas leis, mas também intrinsecamente em cada indivíduo. Entretanto, as leis por si só não detém o impulso de desobediência das pessoas. Em Cristo, porém, já fomos perdoados, e só Nele podemos viver não mais buscando sermos bons e aprovados, porque Nele já fomos aceitos. Nele podemos viver o verdadeiro amor e exercer misericórdia por simplesmente apreciarmos fazer isso. 

Cristãos com uma missão

Como indivíduos atuamos na sociedade, vivemos, cozinhamos, respeitamos as regras e temos opiniões. A nossa vocação como cristãos é expressar a glória de Deus enquanto existimos e somos úteis em uma área específica. Anunciar o amor e a misericórdia de Cristo deve ser o nosso intuito, por serem frutos que correspondem à salvação em Cristo.

Deste modo, não buscamos a aprovação das pessoas, mas os títulos que obtemos são dados pela graça de Deus. Com eles exercemos funções que cooperam com a edificação da Igreja e com a vontade de Deus para a sociedade e o local em que estamos inseridos.

Portanto, como discípulos de Cristo, nossa presença na sociedade deve ressaltar o valor da graça e da misericórdia de Cristo como uma luz que não pode ser escondida, por ser diferente de tudo o que a rodeia. Esta luz será revelada por meio da excelência, da honestidade, do serviço às pessoas, do fazer amizades e de demonstrar o amor de Cristo. E tudo isso, não seria possível desacompanhado da vida particular de devoção.

Igreja que revela a bondade de Deus 

Como Igreja precisamos identificar a bondade de Deus no mundo, o que faz com que a humanidade, as cidades e a vida como um todo sejam preservadas. Juntos, manifestamos a vida de Deus enquanto ajudamos com sabedoria os necessitados, visitamos os enfermos, discipulamos enquanto acompanhamos a vida de famílias, dentre outros.

Como Igreja, não apenas respondemos a causas emergenciais, nos sentindo com o dever cumprido, mas precisamos conhecer aquele a quem estamos alcançando, entrar no mundo dele e nos relacionar através de uma amizade que edifica. O intuito é discipular e levar essa pessoa ao amadurecimento da fé. Muitas vezes, apenas sanar as suas necessidades momentâneas não será o suficiente. Alguns casos são problemas crônicos, que exigirão maneiras diferentes de apresentar o evangelho, e demandarão um discipulado e acompanhamento efetivo.

A parábola do bom samaritano de Lucas 10:25-37 é um exemplo bem interessante de um amor extravagante: 

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? ” “O que está escrito na Lei? “, respondeu Jesus. “Como você a lê? ” Ele respondeu: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes.

Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? ” “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo”. Lucas 10:25-37

A parábola nos conta uma história de alguém que amou além do mínimo, e que isso é o esperado de alguém que ama Jesus. Isso pode ocorrer de diferentes maneiras, mas a mensagem principal é a de amar sem reservas. 

A criação aguarda a revelação dos filhos de Deus

E assim, entendemos que este processo de nos tornar parecidos com Jesus, e portanto, de juntos sermos Igreja, revela a glória e a sabedoria de Deus no momento presente, onde vivemos. Até o momento de Sua volta, anunciaremos a eternidade que virá, o grande dia em que os filhos de Deus serão de fato filhos, e não mais dominados pelos desejos deste mundo.

Ser Igreja nos exigirá a semelhança a Cristo, e esta nos demandará crescer em conhecimento de Deus através da Palavra e revelar este conhecimento em nossas vidas. A nossa certeza é que esta semelhança será efetivada na ressurreição dos mortos, no retorno de Jesus, ainda que isso hoje acarrete em sofrimento. Enquanto isso, a criação aguarda com expectativa a revelação dos filhos de Deus.

A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Romanos 8:19

E nós continuaremos revelando Sua sabedoria e glória através de uma expressão individual coerente e expressão de amor coletivo.

 

Imagens de pobreza, liberdade e justiça social povoam minha mente desde minhas memórias mais infantis. Lembro-me de que, desde criança, quando assistia filmes com esses temas, não segurava minhas lágrimas. A sede por liberdade e justiça é extrema e até difícil de explicar. Sem dúvida, esse é um dos motivos de ter me tornado missionária.

Há em mim um desejo de ver Jesus enchendo a terra com sua graça e seu amor. De ver os pobres sendo alimentados. E, pessoas sendo libertas de prisões, sejam elas físicas ou emocionais. Tudo isso parece tão grande quando nos deparamos com tamanhas injustiças, não é mesmo? Um desafio maior que nós mesmos, mas não impossível para Deus.

Como Igreja de Jesus, precisamos entender que nosso chamado vai muito além que meramente cumprir o IDE. Somos chamados a promover transformações sociais, afinal, essa é a vontade de Deus e de sua justiça. Pois, todo avivamento real gera mudanças na sociedade e isso é o que podemos observar ao longo da história cristã.

Sejam generosos com os famintos

“Este é o tipo de jejum que quero ver: Quebrem as correntes da injustiça, acabem com a exploração do trabalho, libertem os presos, cancelem as dívidas. O que espero que façam é: Repartam a comida com os famintos, convidem os desabrigados para a casa, coloquem roupa nos maltrapilhos que tremem de frio, estejam disponíveis para sua família… Se vocês eliminarem as injustiças, pararem de culpar as vítimas, cessarem de fazer fofoca sobre o pecado dos outros, forem generosos com os famintos e começarem a se dedicar aos oprimidos e marginalizados, sua vida começará a brilhar na escuridão…” Isaías 58.6-10 

Você já parou para pensar o que Deus vê quando olha para nossas ações como Igreja de Jesus? O intuito dessa questão não é gerar culpa, mas liberdade para sermos luz na terra. Afinal, a luz não deve ser escondida debaixo da mesa, mas tem que ser colocada em um alto lugar para iluminar todo ambiente.

Existe grande contradição quando dizemos que amamos a Deus, mas não amamos o nosso próximo, por quem Jesus deu a própria vida. O amor não consiste em palavras, mas em ações. E uma de suas faces é a generosidade.

No texto de Isaías 58 somos confrontados a realizar boas obras. Liberdade e justiça social fazem parte deste conceito. Todo paradigma religioso precisa ser trocado por ações que justifiquem nossa pregação. Não basta orarmos, adorarmos ou jejuarmos em buscas de nossas ambições egoístas. Devemos ser uma igreja missional que não se prende entre quatro paredes.

Justiça Social: Este é o jejum que escolhi

A lista narrada em Isaías é bem prática e é como se tivesse sido escrita para os dias de hoje, apesar de ter sido escrita antes de Cristo e para os israelitas. Porém, ela nos dá uma ideia bem clara e bastante sugestiva de todas as coisas que podemos oferecer ao Senhor como boas obras. Mesmo sabendo que não somos salvos por nossas obras, e sim pelo sacrifício de Cristo, não podemos negar o que agrada a Seu coração. E o que Deus deseja de nós?

  •         Quebrem as correntes da injustiça;
  •         Acabem com a exploração do trabalho;
  •         Libertem os presos;
  •         Cancelem as dívidas;
  •         Repartam a comida com os famintos;
  •         Convidem os desabrigados para a casa;
  •         Vistam roupas nos maltrapilhos que tremem de frio;
  •         Estejam disponíveis para sua família;
  •         Eliminem as injustiças;
  •         Parem de culpar as vítimas;
  •         Cessem de fazer fofoca sobre o pecado dos outros;
  •         Sejam generosos com os famintos;
  •         Se dediquem aos oprimidos e marginalizados;

Restaurando Identidades e Relacionamentos

“Pai do órfão e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada. Deus faz com que o solitário viva em família; tira os cativos para a prosperidade…” Salmos 68.5-6ª

“Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado, para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.” Salmos 113.7-8 

Deus não tem nenhum tipo de compromisso com a pobreza, miséria e solidão, mas Ele ama liberdade e justiça. No jardim, Ele olhou para Adão e viu que o homem estava só. Não que Adão estivesse solitário, mas o Senhor tem esse plano maravilhoso de gerar famílias e filhos. Então, fez para Adão uma companheira valorosa. O pecado, a tudo destruiu, trazendo ao mundo miséria e solidão. Porém, Deus sempre visa a restauração. Tanto dos relacionamentos como do governo e multiplicação.

O que será que Deus vê quando olha pessoas marginalizadas e presas em suas histórias traumáticas e tão dolorosas?

Deus os conhece e tem para muitos um futuro de glória, pois ele tira o homem do meio do lixo, do abandono e o coloca em um lugar de honra. Ele faz com que aquele que perdeu a esperança e vivia em esterilidade de vida; tenha uma família, um lar.

Deus é Aquele que restaura a identidade do homem ferido. Troca suas vestes de tristeza por vestes de alegria. Transforma a visão limitada de si mesmo e o leva  muito além de suas expectativas e sonhos.

Mas como Ele fará isso? Estaremos dispostos a dar nossa vida para que a justiça social de Deus aconteça na Terra? Eu e você temos que ser as respostas que o mundo procura. Liberdade e justiça social estão à porta quando seguimos o exemplo de Jesus.

“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade aos algemados.” Isaías 61.1

A Dignidade Humana na semelhança de Deus

Um dos motivos de haver tanta injustiça é o fato de não percebermos o valor intrínseco do homem. Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nos fez como coroas da criação. Ele nos ama mais do que podemos compreender.

“Quando contemplo os céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe o domínio sobre as obras de tua mão e sob seus pés tudo lhe pusestes…” Salmos 8.3-6

Li a história de uma criança na Índia que estava morrendo à escassez porque sua família não a alimentava. Ela era a segunda menina em sua casa e, como talvez já saiba, ser desse gênero nessa cultura é considerado o pior dos carmas. Para os pais, “uma segunda filha era uma responsabilidade a mais: você tem que alimentá-la durante 10 a 12 anos, tratá-la, educá-la e então você tem que endividar para que se case… os sogros podem torturar a menina para extrair um maior dote de seus pais. Sua vida inteira é dor e sofrimento.” disse Vishal Mangalwadi, em seu livro Verdade e Transformação. Você pode saber mais sobre essa realidade assistindo o documentário:” It’s a girl”

Quem de nós lutará em favor de justiça social?

Como na história acima, podemos perceber que há muitas pessoas presas em conceitos culturais errôneos, onde injustiça é aceita com naturalidade. Pensando dessa forma, a lógica de matar uma criança de fome não é tão dura quanto condená-la a uma vida de sofrimento e dor. Essa história de infanticídio não é única. Se um bebê é indesejado na cultura ocidental, qual é a solução que o mundo propõe? Sim, você já sabe a resposta. Há mais escravos nos dias de hoje quanto já houveram ao longo da história da humanidade. Os marginalizados, refugiados de guerra, órfãos e viúvas continuam diante de nossos olhos…  Quem de nós lutará em favor de justiça social? Quem estará disposto a se envolver, se tornando resposta e libertador?

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. João 8.36

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13

“Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” Marcos 9:50

 

Ser sal em meio a uma geração que carece de respostas e que anda tateando, é a principal missão de um cristão. As donas de casa sabem que temperar um alimento exige dosagem adequada dos ingredientes.

Inegavelmente, um prato pode estar saborosíssimo e não se perceber a presença de sal nele. No entanto, quando a dosagem está inadequada, ou para mais ou para menos, o sabor fica comprometido.

Diz-se que a diferença entre o veneno e o remédio está na dose. Assim é com o tempero e com nosso procedimento diante do mundo. O equilíbrio precisa estar presente em nossas ações, palavras e escolhas.

O tempero que carregamos, e que é capaz de temperar o mundo que nos rodeia, precisa ser aplicado em doses corretas. Não é pelo muito falar que convencemos quem quer que seja a respeito de nossa fé.

Ao contrário do que muitos pensam, o falar nem sempre é o mais indicado. O exemplo sempre falará mais alto do que qualquer discurso, por mais eloquente que seja. Santo Agostinho entendeu isso. É dele a frase:

Pregue o evangelho todos os dias, se necessário, use palavras.” Santo Agostinho

O sal que conserva esta geração

O sal não só tem o papel de temperar, mas de conservar o alimento. Como todo bom brasileiro, gostamos de churrasco e de charque, que são belos exemplos de carnes temperadas e conservadas com sal, respectivamente. Assim como a carne, outros alimentos podem ser preservados com o uso de sal.

Este é um outro aspecto de nosso papel na sociedade. Já que, nossa oração e presença, nos mais diversos setores da comunidade, promovem conservação e acrescentam sabor. Cada um, seja como estudante, profissional, dona de casa, é agente de conservação por onde quer que passe.

Por isso, não devemos minimizar a importância que cada um tem. O lugar estratégico onde Deus nos coloca precisa de sal. Deus se importa com a vida daqueles que não O conhecem e nos dá a chance de ser seus braços e pernas nesta terra.

Portanto, um sorriso, um abraço, um olhar muitas vezes representam o que as pessoas à nossa volta precisam. Nosso mundo carece de referências. Cada um de nós, por menos que tenha, possui mais do que qualquer um que não conheça Jesus ainda.

Temperando com sal e ousadia

Existe um lugar que eu e você somos chamados para ocupar. Este lugar é estratégico e Deus conta conosco. Ninguém pode nos substituir nesta missão, já que somos únicos.

A conversão nos confere acesso à fonte de todas as respostas. Jesus é aquele que conhece o que está escondido. Por isso, cada vez que somos agentes dEle nesta terra, salgando esta geração, exercemos nosso papel de filhos e herdeiros. Assim, estamos em missão 100% do tempo, quando entendemos essa verdade.

A porção de Jesus que carregamos é suficiente para temperar os que nos rodeiam. Portanto, saiba que seu tempero faz diferença. Creia que sua presença e a vida de Jesus em você, tem poder para conservar e temperar a vida daqueles que vivem vidas insossas e sem significado a sua volta.

Missões são iniciativas com objetivo de propagar a Palavra de Deus. Elas podem ser feitas dentro de um contexto de igreja, mas também em lugares onde as dificuldades são extremas. Onde as pessoas precisam ouvir falar do pai da esperança, Jesus. Às vezes, missão está relacionada a trabalhos humanitários, onde Jesus é levado por meio de comida, água, mantimentos básicos e sorrisos, abraços. Mas missões também podem estar relacionadas a intercessores, músicos, cantores. E todos os que vivem para que o nome de Jesus seja levado aos quatro cantos do mundo.

Missões é um chamado para aqueles que acreditam no chamado de Jesus. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)

Missões, aquelas citadas ali em cima, as que não necessariamente humanitárias, ainda é um assunto muito novo aqui em nosso país. As vezes, é até polêmico. Inclusive no contexto cristão. Poucos são os que entendem que dedicar a vida para levar salvação, independente da atividade que esteja sendo exercida, é missões. Isso quer dizer que você pode ser escritor, secretário, designer gráfico, fotógrafo, professor. Ou trabalhar com finanças, ou com marketing, ou com limpeza. Se o contexto do seu trabalho é levar Jesus, você é missionário.

Jesus por todos os lugares

O grande desafio é mostrar para as pessoas que Jesus não pode ser encontrado só na igreja, ou em retiros e conferências. Ou que só é possível fazer missões em lugares de extrema pobreza, de fome, de necessidades. Claro que precisamos representá-lo lá! Mas Ele também precisa estar em sites, blogs, redes sociais, eventos, músicas. E para que Ele seja encontrado em todos esses lugares, é preciso trabalhar intencionalmente e assim, a engrenagem funciona.

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:18-20

Missionário intercessor

Você já ouviu falar nesse termo: missionário intercessor? Realmente não é um termo muito comum, mas, é cada vez mais usado. Essa função dentro da igreja de Cristo tem crescido. Esse termo surgiu junto com um modelo de fazer casa de oração, chamado Harpa e Taça. São pessoas dedicadas ao ofício integral de ministrar primariamente ao Senhor e então às pessoas. São músicos, mas também uma série de pessoas com funções importantes para o bom funcionamento desse ambiente de adoração.

Esse termo será cada vez mais conhecido entre os cristãos, pois o modelo Harpa e Taça tem sido abraçado por casas de oração por todo o mundo, já que os seus componentes práticos, como os coros participativos e a centralidade na Palavra, tornam as orações individuais um clamor coletivo e sustentável. Assim, sabemos que missão é ajudar o que mais precisa, inclusive pode ser alguém que está bem próximo. Mas fazer missões podem ser também todo trabalho que envolve o objetivo de fazer o nome do Senhor ser conhecido.