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3 Atitudes para cultivar um conhecimento correto sobre Deus

palavra de Deus

Somos chamados cristãos por crermos e seguirmos Jesus, o Cristo. Nossa fé consiste em crer que Ele é Deus, encarnado.  Ou seja, se acreditamos que Jesus é além de um homem bom e altruísta que viveu na terra em algum momento, é realmente Deus, o que Criou e o que Sustenta todas as coisas pela palavra de sua boca. Então devemos dar importância e completa obediência a sua palavra e vontade, certo? É inegociável nos posicionarmos em cultivar um pensamento correto sobre Deus.

NOSSA MAIOR FRAQUEZA

Por que então vemos cristãos com o discurso e a prática tão confuso e desconecto? Por qual motivo não estamos mais parecidos com o Filho de Deus? Existe alguma razão para termos dentro da igreja opiniões diferentes sobre assuntos que a Bíblia já solucionou? A sensação que podemos ter as vezes é que cada cristão é seguidor de um Deus diferente.

Nos últimos anos tenho descoberto que o meu fraco entendimento de Deus é também minha maior fraqueza. E acredito que essa seja a resposta as peguntas acima. Assim, parte do processo de santificação tem sido encontrar em Jesus Cristo o conhecimento correto sobre Deus que redime, salva e restaura minha mente. E a resgata para o pensamento correto sobre Deus, sua vontade, sua natureza, obra, caráter e funcionamento. Se tornando a mais sublime fonte de força.

A questão aqui é:  como cristãos precisamos conhecer o nosso Deus. Não existe cristianismos real sem conhecimento de Deus (Jo 17:3). É impossível ter vida de oração consistente sem a beleza de Deus. Não existe obediência verdadeira sem entendimento do Senhor.

Como podemos corresponder a restauração do nosso pensamento sobre Deus? Listei três atitudes que considero importante para engajarmos nessa busca.

1 AJUSTAR A MOTIVAÇÃO

Acho importante tratar disso, pois diz respeito ao fundamento que estamos construindo algo. A pergunta é: por que eu quero conhecer a Deus? Por que eu quero estudar sobre Deus, ler livros, fazer um curso de teologia ou ir em um conferência?

A nossa motivação em conhecê-lo deve se centrar não em nós mesmos, mas Nele. Toda glória do nosso conhecimento deve voltar a Cristo. “Dele, por Ele é para Ele são todas as coisas”. A motivação errada pode nos levar ao orgulho e Paulo é objetivo em afirmar:

“[…] O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica.Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus.” 1 Co 8:1-3

Sendo assim devemos conhecê-lo para amá-lo mais, obedecê-lo corretamente que é vivermos dignos Dele e adorá-lo como Ele é digno de ser adorado (Cl 1:9-10). Essa deve ser nossa motivação!

2 LEITURA CORRETA DA BÍBLIA

Deus já tomou toda iniciativa de se fazer conhecido. A Bíblia é a palavra de Deus. E Jesus é a expressão exata do ser de Deus (Hb1:3), a máxima do seu desejo de se revelar.

Já ouvi muito no início da minha caminhada que precisava ler a bíblia e ter insights, revelações extraordinárias sobre o que estava lendo, que precisava ler o que estava nas “entrelinhas”. Isso é claro trazia frustração na maioria dos dias, pois não funcionava de forma tão romântica assim.

Nada mudou mais minha maneira de ler a bíblia do que crer que o que está escrito e como está escrito é exatamente a palavra de Deus que ele quer que eu entenda, creia e aplique.

É inquestionável o fato que a Bíblia foi escrita em outra época e direcionada para um povo real naquele tempo. Sendo assim é necessário sim que busquemos estudar e conhecer o contexto e a história. Isso para que tenhamos um leitura bíblica correta e aplicável para nós hoje milhares de anos após sua escrita.

Por isso te encorajo: estude a bíblia, leia-a como ela é. Mas também estude cosmovisão cristã. Analise e limpe se for preciso a lente que você tem usado para ler a palavra de Deus. Invista em buscar uma teologia correta.

Lembre-se: como você entende você crer e como você crer você vive.

3 MEDITAÇÃO

A última prática que é eficaz que quero trazer aqui é meditar. Entre inúmeros conceitos sobre o que seja a meditação quero tomá-la aqui como: transformar em oração o conhecimento sobre Deus para assim torná-lo conhecimento de Deus.

É falar com Deus sobre Ele mesmo. Processar junto com o Espírito Santo o conhecimento. (Efésios 1:16-19). O teólogo e escritor J. I. Parker em seu livro O Conhecimento de Deus traz o conceito que cabe bem aqui:

Meditação é o ato de trazer a mente as várias coisas conhecidas sobre os procedimentos, as peculiaridades, os propósitos e as promessas de Deus: pensar, deter-se nelas e praticá-las na própria vida. É a atividade do pensamento santo conscienciosamente apresentado diante de Deus, sob seus olhos, com seu auxílio e como meio de comunhão com ele.

Sendo assim, o convite que vem do coração de Deus aos cirstãos é:

Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor. (Os 6:3). Essa é a vida eterna conquistada por Jesus para nós. 

Os salmos são uma fonte de louvores a Deus que, assim como o salmista nos convida a assumir uma postura de confissão da grandeza de Deus em toda a obra criada, nós podemos fazer isso mesmo diante de dificuldades.

Em tudo podemos reconhecer a soberania de Deus, a atividade divina e seu propósito em nossas vidas, mesmo que não entendamos no momento. O que precisamos aprender com Davi é encontrar prazer nos preceitos do Senhor.

O Salmos 19 nos ajudará a entender o lugar da Palavra de Deus em nossa vida.

Salmos 19: uma surpreendente correlação com a Torá, o Tabernáculo e o Templo de Jerusalém

O livro de Salmos nos ajuda a enxergar a Palavra de Deus como um lugar de refúgio onde quer que estejamos. Para os hebreus no Antigo Testamento, a Torá, tinha o intuito não só de revelar quem era Deus, mas de ser uma bússola para o coração humano. Ela era o “espaço sagrado” em que eles poderiam colocar suas raízes e extraírem vida da presença de Deus.

Assim também com o Tabernáculo. Ele era o santuário móvel onde se carregava a arca da aliança. Lembra o que a arca da aliança comportava? Isso mesmo, a presença de Deus. Este era o segredinho de Deus desvendado em seu plano ao longo do tempo, por enquanto, um arquétipo do que viria ser Deus habitando entre os homens.

Mais tarde com Salomão, o Templo de Jerusalém seria uma forma um pouco mais robusta do desejo de Deus que apontava para Cristo. Era praticamente um microcosmo, segundo N. T. Wright, uma pequena versão do mundo todo. Sim! O Templo de Jerusalém fazendo referência ao ato da criação, o mundo que Deus criou em Gênesis.

Aquilo que chamamos de “lugar de Deus” era a própria Palavra de Deus ensinando, pedagogicamente, e orientando o coração humano. Em outras palavras, era o Verbo habitando na palavra (Torá), no Tabernáculo e no Templo, como um protótipo de toda a narrativa de redenção. Transparecia o desejo de Deus por sua criação redimida, renovada e por sua presença e glória.

Os céus declaram sua glória

Em Salmos 19, o salmista reconhece que toda a criação proclama a glória de Deus e anuncia as obras de suas mãos. Assim, o salmista faz uma releitura do templo, como uma extensão do espaço sagrado.

Deus habitando no meio de seu povo e seu povo habitando em seu Deus.

“Nesse contexto, Salmos remete à intenção dupla do criador: que o Templo de Jerusalém sirva de sinal não apenas do propósito de Deus de inundar a criação com sua presença gloriosa, mas também de seu anseio por encher o coração, a mente, a imaginação e a vontade do seu povo com a mesma glória.” N. T. Wright

Este salmo 19 parece apontar para o reinado de Cristo, em que sua voz será ouvida por toda a terra (Salmos 19:4) e sua Palavra capaz de reordenar a vida com sabedoria (Salmos 19:7).

 

O que Davi encontrou?

“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. “ Salmos 19:7-10

Davi compôs este salmo glorificando a Deus por sua lei que é perfeita e restaura a alma (Salmos 19:7). Ele meditava nela e descansava na confiança da fidelidade do Senhor. Ele sabia que por mais que seus sentimentos, em inúmeros momentos pudessem ser inconstantes, a lei do Senhor era suficientemente fiel para ele confiar.

É simplesmente esplêndido ver a doçura com que Davi descreve a Lei do Senhor (Torá): como mais desejável que o puro ouro e mais doce que os favos de mel. Ele sabia que sua Palavra era boa e capaz de trazer sabedoria, de iluminar os olhos e, é a verdade.

Davi encontrou descanso e nos convida a fazer o mesmo. Como seria bom se nós pudéssemos descansar e nos alegrarmos na Palavra de Deus como ele fez. Provavelmente, recarregaríamos mais temor a Deus e menos temor dos homens em nossa vida.

 

Como Deus queria se revelar a Davi

Algo que não pode deixar de ser mencionado são os atributos que Deus revelou a Davi neste salmo. Um Deus que diferente de todos os outros deuses dos povos vizinhos da época, ele era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Este Deus não era apenas o Deus dos deuses, a maior entidade divina no universo segundo os gregos atribuíam a Zeus naquela época, mas o Criador do universo. Aquele cuja glória preenche toda a terra e não compartilha espaço com nenhum outro deus.

A soberania de Deus é um atributo muito presente neste salmo. Do começo ao fim, Deus é Senhor de todas as coisas e a ele nós devemos satisfação. Davi se considera servo de Deus (Salmos 19:13), reconhece seu pecado e confia que os preceitos do Senhor são capazes de torná-lo íntegro.

Como Davi, somos totalmente dependentes da graça e do favor de Deus. E o fato de não reconhecermos isso é como andarmos cegos, sem direção, desenfreados seguindo as inclinações do nosso coração. Sem os preceitos do Senhor, nosso coração é como uma fábrica de ídolos e uma criança sem limites, entregue a todos os desejos!

 

Salmos 19 para o dia-a-dia

Este salmo enfatiza muito a recompensa de seguir o Senhor. O cristão que está buscando uma vida diária de relacionamento com Deus encontra prazer na lei do Senhor.

A liberdade cristã o conduz, não a capacidade de obedecer a Deus impunemente, mas, antes, na capacidade de obedecer-lhe espontaneamente, sem nenhum impedimento eficaz, segundo Merril Tenney.

Uma vida diante de Deus, retratada como uma extensão do espaço sagrado, que era restrito somente ao Templo, agora, em Jesus, o mistério é revelado.

Tudo é para a glória de Deus, tanto na igreja como fora dela. Nos prazeres, na adoração, na obediência a Deus e na forma como vamos gerenciar com sabedoria a vida que ele nos deu.

A leitura deste salmos à luz da revelação de Cristo nos mostra que os preceitos do Senhor enchem o nosso intelecto, motivações e prazeres com sua glória. Para qual propósito? Para que a multiforme sabedoria de Deus seja manifestada por meio da igreja aos principados e poderes nas regiões celestiais (Efésios 3:10).

Desejo que este salmo seja um doce convite para sermos cheios da glória de Deus e revelá-la ao nosso tempo hoje através de uma vida de obediência a Deus.

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que enfrentaram situações de sofrimento e esses exemplos podem nos ensinar muito. Mas, afinal, como permanecer perseverante quando as dificuldades parecem gritar mais alto do que as respostas para elas? E como a Bíblia pode transformar o coração em meio aos momentos de desespero?

Saiba, a Bíblia continua infalível e poderosa para operar na vida das pessoas. Em meio a tantas preocupações ou mesmo à falta de vontade de perseverar na fé, a Bíblia revelará quem é Deus e as verdades que Ele coloca dentro do coração do cristão.

É por causa desta verdade que permanece em nós e que estará conosco para sempre. 2 João 2,3.

É necessário selar a Palavra do Senhor no coração. É necessário guardá-la profundamente no seu interior. Entender quem realmente o ser humano é, dói, mas é importante para este depender do Senhor e se manter alerta.

 

A verdade é eterna

A Bíblia revela que sua verdade não é passageira. Ela não se limitou ao passado, mas continua autêntica, infalível e com a mesma autoridade até os dias de hoje. Jesus disse a respeito de si mesmo se revelando como a resposta que o coração humano precisa para viver. 

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. João 14:6

Jesus é a verdade à respeito do que a vida deveria realmente ser: verdadeira e eterna.

E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3

Este versículo mostra que a vida eterna é conhecer a Cristo, o único Deus verdadeiro enviado ao mundo. Portanto, a verdade da Bíblia não é um paliativo para as situações de dores, porém ela estabelece a vida no seu interior. 

Se trata do caminho que a cultura não é capaz de lhe proporcionar. Se trata da verdade que não será necessário criar para si. E do mesmo modo, se trata da vida que a liberdade por si só não é capaz de lhe suprir. Mas a vida eterna está em conhecer a Cristo, e portanto, conhecer sua obra na cruz. Para isso é importante crer no que Deus fez ao vir ao mundo e em quem Ele é.  

 

A verdade da Bíblia é viva e eficaz

Se não fosse a verdade da Palavra de Deus, a fé não teria valor. Ela não é passageira como os sentimentos humanos, mas é viva e poderosa para falar à alma humana. 

Porquanto a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

É um privilégio poder contar com a verdade de Deus todos dias e saber que as suas misericórdias são eternas e incontáveis. Elas permanecem como jóias sobre o interior, são mais preciosas do que o ouro que perece (1 Pedro 1:7).

E a ressurreição de Cristo é a comprovação de que Jesus tem poder até sobre a morte e que o fato de Ele ter vindo ao mundo e morrer, Ele, sim, é capaz de amar como ninguém nunca já fez.

A ressurreição e a vida estão nas mãos dele, e portanto, Ele é a salvação para o perdido.

 

A verdade produz novidade de vida

A Palavra de Deus, a bíblia, produz vida abundante. Deus promete bem aventuranças por meio de um arrependimento sincero. A comunhão e intimidade com Deus são possíveis através de uma vida de oração fundamentada na Palavra, tendo-a como alicerce.

Por isso, mesmo em meio às aflições ou também aos momentos alegres, Jesus continua a ministrar sua vontade aos relacionamentos, e continua suprindo as necessidades do coração humano frágil. Mesmo diante de uma sociedade cética, Ele continua a despejar graça comum.

Mas esta mesma sociedade carece de referência cristã em amor e em atitudes que exalam a graça de Cristo ao mundo, pessoas que vivem uma nova vida em Cristo Jesus.

O mais importante na vida é conhecer a Cristo. É conhecer seu caminho, a fonte de todo o caminhar, para que seja possível uma vida em comunidade e em abundância. Não existe outro caminho melhor, então, continue sempre estudando e meditando nas Escrituras até o dia do Seu retorno. A Bíblia sempre terá muito a ensinar.

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.

 

Deus nos traduz, mesmo quando não sabemos o que dizer. Essa afirmativa pode até parecer estranha para alguns de nós, mas é verdade. Muitas vezes, nosso vocabulário se torna limitado diante do caos de nossos dissabores. Nesses dias, em que palavras nos faltam, podemos perceber que Deus continua sendo Fiel e nos alcança com graça e amor.

Em certas ocasiões, aqui no FHOP, eu não conseguia compreender orações feitas por alguns irmãos. Ao meu ver, tais orações pareciam até mesmo conter certa “heresia”. E eu me perguntava: “Como pode alguém se dirigir a Deus nesse tom e com esses termos?” Um dia, entendi em meu coração que, apesar de nossas fraquezas e limitações, Deus nos traduz. Pois, Ele conhece o nosso coração de forma íntima e pessoal. Ao contrário da minha falta de compreensão e julgamento, o Senhor entende e preenche as lacunas, quando não sabemos como orar.

“Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar.” Romano 8.26

Quando Ana estava no templo, desesperada por não ter um filho, amargurada de coração e em meio as suas dores e aflições, orou ao Senhor. Mas foi tomada como bêbada por Eli e por ele foi repreendida, pois apenas mexia os seus lábios sem que dele saísse qualquer som. Porém, Deus a entendeu perfeitamente.

“Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente.” I Samuel 1.10

A vida de Ana nos ensina uma lição preciosa. Não importa o tipo de frustração que sentimos e mesmo que nosso coração esteja amargurado, podemos confiar naquele que nos conhece tão bem. Podemos derramar sobre Ele nossas lágrimas e nossas dores. E, às vezes, isso é tudo que possuímos, não é mesmo? Devemos nos lembrar: Deus nos traduz em meio aos nossos desalentos.

Deus não resiste ao humilde! Devemos parar para pensar nessa verdade: Deus não se opõe aos quebrantados e aos contritos de coração. Ele está sempre disposto a ouvir e nos salvar, pois isso faz parte de seu caráter de justiça e bondade.

Se voltarmos para a Palavra, para os ensinamentos Bíblicos, saberemos como nos dirigir a Trindade. Com humildade e respeito, consideração e honra, e com muita sinceridade. Pois não há ninguém como o Senhor; Somente Ele é Digno. Falamos de volta para Deus Suas promessas e nos lembramos de quem Ele É e que sempre Será.

“No dia em que eu clamei, tu me acudiste e alentaste a força da minha alma. (v-3) O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes…” Salmos 138.3,6

Hoje, se as palavras nos faltarem, nos lembraremos: Deus nos traduz, por isso não calaremos a voz do nosso coração, mas derramaremos diante d’Ele a nossa alma, e mais uma vez nos deliciaremos no Deus da nossa salvação.

A palavra está bem perto

Alguém já leu Deuteronômio? É claro, sem dúvida você já deve ter lido. Bom, então você provavelmente tenha notado o que está escrito em Deuteronômio 30:11-16, meus amigos, meu coração foi tremendamente tocado, experimentei um mexer no meu “interior”.

O texto começa com a seguinte frase: “O que hoje lhes estou ordenando não é difícil fazer, nem está além do seu alcance”. Eita! não sei se essa é a linguagem apropriada para colocar no texto, mas gostaria que você entendesse a minha reação. Eita, eita e eita! Deus deixa bem claro “não é difícil”, qual a desculpa que você tem dado ao Senhor, sobre não andar em seus caminhos?

“Não está lá em cima no céu, de modo que vocês tenham que perguntar: “Quem subirá ao céu para consegui-lo e vir proclamá-lo a nós a fim de que lhe obedeçamos? “Nem está além do mar, de modo que vocês tenham que perguntar: “Quem atravessará o mar para consegui-lo e, voltando, proclamá-lo a nós a fim de que lhe obedeçamos? ” Deuteronômio 30:12-13

 

As verdades do Senhor

Sabe, muitas vezes, somos aqueles que negligenciamos as verdades do Senhor. Usamos desculpas, damos argumentos com embasamentos errados para dizer que ler a palavra é complicado. Falamos que é difícil até mesmo memorizar um pedacinho da bíblia, agora a moda é: Tenho TDA, sou hiperativo, minha concentração é terrível, não consigo, realmente minha vida é muito agitada para a meditação da palavra do Senhor.

Meu coração se entristece, imagino o que não deva acontecer com o Espírito? Sei bem que Ele conhece a nossa natureza e, principalmente, que o ser humano gosta de colocar as suas responsabilidades nos outros.

Algo interessante é ler o capítulo 10 de Romanos, quando Paulo fala sobre a justiça e da razão pela qual Israel não conseguiu obtê-la. Paulo põe a responsabilidade da falta de retidão nos ombros de cada indivíduo. Há uma responsabilidade em nossas vidas, pela forma que vivemos “a palavra de Deus”.

Ele sabe que quando os pecadores são trazidos à presença da soberania divina, a sua reação mais frequente é tentar se justificar, colocando a responsabilidade pelo seu pecado em Deus. De modo que somos responsáveis diante do Senhor.

O ser humano é o único responsável pelo seu estado. Qualquer tentativa de se ocultar atrás da soberania divina e da doutrina de eleição é inútil, pois não há como se desculpar pelo pecado pessoal ou se esquecer dele.

Em Romanos 10, Paulo usa as palavras de Deuteronômio 30:11-14 para demonstrar que a justiça vem da fé não está distante e nem é inacessível, mas está tão próxima quanto a boca de uma pessoa, o quanto está próxima ao seu coração. Tudo o que a pessoa deve fazer é se render, crer em Jesus e confessar essa convicção.

Mas a justiça que vem da fé diz: “Não diga em seu coração: ‘Quem subirá ao céu? ’ ( isto é, para fazer Cristo descer ) ou ‘Quem descerá ao abismo? ’ ” ( isto é, para fazer subir Cristo dentre os mortos ). Mas o que ela diz? “A palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração”, isto é, a palavra da fé que estamos proclamando:Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação. Como diz a Escritura: “Todo o que nele confia jamais será envergonhado”. Romanos 10:6-11

Há um poder ainda maior, meus amigos, aqueles que entendem que a palavra está perto e que ela é vida e transforma, entende que é por meio dessa palavra que a salvação vem. Você compreende que confessando com sua boca a palavra (Jesus), fazendo o nome de Jesus exaltado. Quando a palavra em nossos corações é vida, faz que Jesus seja glorificado através das nossas vidas.

Quando alguém ama a Deus e obedece a Sua vontade, porque tem prazer nos Seus mandamentos, os princípios divinos são entesourados em seu coração . Isso permite que Deus fortaleça a alma e a nossa vida. Quando vivemos a vida de Jesus, aquele que chama: Palavra de Deus, então esses estendem a outros a graça salvadora.

“Sim, a palavra está bem próxima de vocês; está em sua boca e em seu coração; por isso vocês poderão obedecer-lhe”. Deuteronômio 30:14

 

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. ” – 1 João 1:9

Durante o jejum nosso corpo passa por um tempo de purificação alimentar, mas nossa alma também passa por um processo de limpeza. Por isso, é natural que alguns comportamentos nossos ou de outros nos causem um pouco de desconforto. Estamos sendo refinados e, para isso, algumas coisas precisam vir à tona em nosso coração.

Deus também pode usar o tempo de jejum para nos revelar áreas que ainda não estão submetidas ao seu domínio. Alguns pecados serão alertados dentro de nós pelo próprio Espírito Santo, que deseja a nossa santificação.

Lembre-se de que tudo o que acontece durante o período de jejum não é em vão. Você está se alinhando com o coração de Deus, então é normal que tudo o que não está alinhado comece a ser sacudido.

Dedique um tempo para pedir ao Espírito Santo que sonde seu coração e traga convencimento e arrependimento. Confesse os pecados à medida que você os reconhece.

O Senhor é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar. Essa é a certeza que temos diante dele!

Não desista do jejum somente porque identificou uma área de fraqueza. Esse também faz parte do processo do jejum, então se abra para viver a liberdade que o Senhor quer trazer. Quando você identificar uma falha, vá até o lugar de oração e se volte para a palavra de Deus. Deixe que a bondade e o amor redentor de Deus te alcance em meio aos dias mais difíceis. É assim que vemos claramente como nossa força vem dele e não de nós.