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Seguindo o caminho, a verdade e a vida

verdade

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo. 14.6

Esse versículo tão conhecido e repetido pela maioria de nós, carrega uma profundidade quase infinita. Quando meditamos no fato de que Jesus é o caminho, então o caminho torna-se uma pessoa.

Assim também, verdade é uma pessoa. Igualmente, vida é uma pessoa. Jesus habitando em nós, na pessoa do Espírito Santo, traz consigo a verdade, a vida e Ele mesmo é o caminho.

Na teoria, sabemos que é fácil reconhecer que Jesus carrega em si mesmo todas as respostas de que precisamos. Mas, na prática, nem sempre acessamos essa fonte de riquezas, que é Ele mesmo dentro de nós.

A experiência do novo nascimento ultrapassa nossa capacidade limitada de entendimento. Fomos transportados do reino das trevas, para o reino do Filho do seu amor (Cl. 1.13). Assim como, fomos enxertados na videira (Jo. 15.5), e uma nova seiva corre dentro de nosso ser.

Essa nova natureza se manifesta de forma prática nas pequenas escolhas que fazemos. De forma quase que instintiva nossa nova natureza passa a guiar nosso olhar. A velha natureza é substituída gradativamente pela beleza do Filho.

Descobrindo o caminho rumo à maturidade

Inegavelmente, a maturidade não vem com um piscar de olhos. Ela ganha espaço, à medida que reconhecemos que é sábio confiar e entregar. O Espírito Santo é cavalheiro. Ele jamais irá nos obrigar a ouví-lo, ou quiçá, seguí-lo. Portanto, temos que voluntariamente fazer essa escolha em nosso cotidiano.

Os caminhos se bifurcam a nossa frente. Às vezes, estamos diante de encruzilhadas, onde todas as opções parecem corretas. Ficamos confusos, nos sentimos perdidos e por vezes abandonados.

Sem dúvida, é precisamente nesta hora que a verdade se manifesta. A verdade de quem Jesus é em nós, aponta o caminho, que nos conduz a vida.

Os desafios do caminho

Gostamos da rapidez da vida moderna. A informatização acrescentou velocidade em nossa comunicação. A informação é gerada com rapidez assustadora. No entanto, neste mundo barulhento, está cada vez mais rara a quietude. Muitos ruídos nos distraem, competindo entre si.

Portanto, devemos escolher aquietar o ruído interno, calando todas as outras vozes, a fim de ouvirmos o sussurro do Mestre. Para que, a vida seja liberada, o caminho seja revelado e a verdade possa nos guiar.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” Sl. 37.5

Não existe verdade fora dEle. Nenhum caminho nos conduzirá à vida eterna e abundante, que não seja Ele mesmo. Por isso, quanto mais longe andamos com Ele, tanto mais abandonamos ao longo do caminho.

O que deixamos para trás não tem poder de nos conduzir. Na cruz, Ele derramou a si mesmo, para que hoje, você e eu tivéssemos vida abundante. Ele nos convida a experimentar a morte que gera vida.

Minha oração é por mais dEle na minha e na sua vida. Escolhamos hoje morrer para nós mesmos, para que a verdadeira vida seja gerada em nós.

O amor furioso de Deus por nós é algo incompreensível e imensurável. Por mais que nossa mente natural e limitada, se esforce em codificá-lo, somos limitados para isso. Por isso, Paulo orou:

que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.” Ef. 3.17-19

A principal característica deste amor, é que Ele nos amou primeiro. I Jo. 4.19. Não começou por iniciativa nossa, mas iniciou em Seu coração.

A fúria deste amor se manifesta de diversas maneiras em nossas vidas. Desde a batalha que acontece por nossa alma, antes de nossa conversão, até a conquista diária do relacionamento com Ele.

As diversas estações de nossa vida provam o quanto Ele é paciente e longânimo conosco. Mesmo diante das dificuldades e de nossa inconstância, Ele nos ama apesar de nós mesmos. Jamais se ofende conosco.

Na verdade, o amor furioso dEle por nós, não oscila de acordo com nossos níveis de acerto ou erro. Pois, Ele não nos ama mais quando estamos incendiados por Ele, ou menos quando estamos estacionados em alguma viela, ao longo do caminho.

É nossa capacidade de corresponder a esse amor furioso que muda, à medida que nos dispomos a buscá-Lo. Por isso, engana-se quem pensa que pode superar Sua capacidade de nos amar.

Apesar de não ter tido filhos, aprendo muito ao observar pais dedicados e apaixonados educando seus filhos. A filiação natural, é uma “sombra” da filiação espiritual. Embora a experiência familiar de muitos nem sempre seja positiva, a grande maioria dos filhos foram muito desejados.

As lacunas existentes em nossa criação, não devem influenciar nossa ótica em relação ao quanto Ele nos ama. Fomos desejados por Deus. Nascemos como resultado de Seu amor furioso. Não somos um engano, nem precisamos conviver com nenhum vestígio de orfandade.

Quando posicionamos nosso coração, com a ajuda do Espírito Santo, no centro deste amor furioso, recebemos a revelação de nossa identidade e valor. Só em Jesus nossa real identidade de filhos é revelada. A valentia para encarar os desafios e contratempos, nasce neste lugar de descoberta de seu amor.

Minha oração é que recebamos mais revelação do quanto Ele nos ama. Do quanto a fúria deste amor nos protege e atrai. Que vivamos a plenitude do que sonhou para nós, quando sonhou conosco. (Sl. 139)

Ser vulnerável é um grande desafio para a nossa geração. Em nosso tempo as pessoas falam tanto sobre imagem pessoal e força, que imagino faltar um pouco mais de verdade nas nossas ações. E a necessidade da ‘boa aparência’ pode ser apenas um pano escondendo as dores e os medos que estão dentro.

Todos nós passamos por momentos difíceis e que nos desafiam a crescer. E cada um de nós lida de forma diferente do outro. Nossas respostas aos problemas dependem da forma com que enxergamos a realidade e também dos recursos emocionais que temos. Mas isso não precisa e nem deve te assustar.

Houve momentos em que passei pelos problemas ‘similares’ ao de alguém próximo e me senti totalmente sem esperança. A comparação fez com que me sentisse sem forças enquanto outras pessoas superavam as adversidades com muita tranquilidade. E nesse momento eu pensei ter que me parecer forte, pois, aliás, tenho um Deus que me enche de , certo? Bom, a história foi um pouco diferente.

Deus, assim como diz em Salmo 139, conhece nosso coração em detalhes. Ele sabe tudo sobre nós. Então, por qual motivo iria eu querer produzir uma aparência de fé que ele não estava pedindo a mim? E por que iria eu comparar a minha fé ou jornada com a de outra pessoa?

Quando Deus nos leva a viver estações difíceis, seu interesse não é que representemos uma falsa fé. Na verdade, ele usa situações assim para nos ensinar como a verdadeira fé se parece. E quando encaramos nossa fragilidade, nossas falhas, fraquezas e deficiências emocionais, então damos um primeiro passo para vivermos livre de toda dor.

Deus não fica assustado quando você e eu pensamos em desistir. Ele não fica bravo ou decepcionado quando nossa reação é medo. Tudo continua sob controle e ele não está comparando os filhos que tem.

Se você parar para pensar vai ver que exatamente agora tem alguém vivendo o sonho que você deseja alcançar. Alguém que está exatamente em uma montanha muito parecida com a que você quer subir. Seja o sonho de ser mãe, de entrar para a universidade ou viajar para o exterior. Cada um está vivendo algo diferente e nós teremos que viver as nossas próprias conquistas.

Ana, mãe de Samuel, foi uma mulher que não teve receio de ‘derramar sua alma’ diante de Deus. Quando era estéril, se permitiu sentir a própria dor e não abraçou o orgulho. E eu te convido a meditar nessa história hoje (1 Samuel 1).

Nós, sim, precisamos ter esperança diante do futuro. Temos um Deus poderoso e que nos dá forças. Nele nós vamos viver conquistas e superar desafios. Mas se hoje tudo o que você precisa fazer é correr para um colo e chorar, então saiba que Deus tem o colo e ele não te condena por isso.

Quando nos encaramos de frente e permitimos Deus nos amar em nossas fraquezas, vamos tocar algo precioso. Eu toquei.

Talvez algumas situações vão surgir apenas para experimentarmos esse aspecto do caráter de Deus. Aquele que jamais desiste de nós e que de nossa fraqueza, nos revela poderosa força.

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.” – Isaías 40:29

Uma das características mais admiráveis de alguém é a fidelidade. Fidelidade significa um compromisso com aquilo que assumimos. É um zelo com a verdade, é  a honestidade com a reprodução de uma mensagem.

Nós somos chamados a testemunhar a respeito de Cristo com nossas vidas, a levar uma mensagem sincera que manifeste a Palavra que liberta, a Palavra da verdade.

“Como o frescor de neve no tempo da ceifa, assim é o mensageiro fiel, para com os que o enviam, porque refrigera a alma dos seus senhores”. Provérbios 25: 13.

Provérbios continua nos instruindo de forma totalmente prática, sobre como podemos manifestar o coração do Senhor com nosso estilo de vida.

Descobrimos que em meio ao ardor e a sequidão, a nossa “missão” de carregar a Palavra que a nós foi confiada, chega como refrigério para aqueles que a recebem e fazem sorrir o coração do nosso amado Senhor!

Podemos desenvolver um caráter que deseja agir em fidelidade: um dos atributos mais incríveis de Deus, que podemos não somente experimentar, mas manifestar como uma verdade digna de ser revelada.

Não existe separação entre fidelidade e sinceridade, sendo assim, agir em fidelidade é agir contra as mentiras que aprisionam os homens e carregar vida para lugares escuros e sem esperança. Vencer mentiras é ter coragem para cumprir nossa missão de vida, de sermos valentes pela verdade.

Aplicar a verdade é trazer refrigério onde a sequidão dita as regras. Carregar a Palavra da verdade exigirá de nós ousadia e perseverança para revelar o caráter tenro mas totalmente posicionado do evangelho.

Nós temos um modelo perfeito, dAquele que viveu de forma fiel até o fim, manifestando somente Aquilo que era a vontade do Pai sem nada acrescentar, sem nada deixar de falar: Jesus, a fiel testemunha! (Apocalipse 1:5).

Que essa palavra tão sábia nos impulsione a desejar e buscar a fidelidade, uma das características que revela a real sabedoria, removendo prisões que antes impediam a entrada da genuína luz!