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Sobre o autor

Brenon Batista

Um intercessor que se posiciona em oração pelo que está no coração de Deus, é chamado a perseverar e permanecer. Em Isaías 62 a Bíblia nos mostra que Deus estabeleceria seus atalaias sobre os muros da oração. E estes não dariam descanso ao Senhor até que Ele restabeleça Jerusalém como objeto de louvor na terra.

 

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Quem eram os atalaias?

A importância dos atalaias na defesa da cidade é um tema que nos remete aos tempos bíblicos e que ainda tem muito a nos ensinar. Afinal, esses guardas eram fundamentais para manter a segurança dos muros da cidade, pois sem eles, os inimigos poderiam facilmente invadi-la.

Os atalaias eram responsáveis por ficar atentos aos movimentos dos inimigos durante a noite, já que nesse período os espiões podiam subir os muros e avaliar as fraquezas da cidade. Além disso, caso os guardas adormecessem durante o turno, eles poderiam ser severamente punidos, até mesmo com a morte, uma vez que a segurança da cidade dependia deles.

 

Precisamos estar atentos

Essa analogia pode ser aplicada também à nossa vida espiritual, pois a missão que as Escrituras nos convidam a viver não é uma missão de festa ou de folga, mas sim uma vida de esforço, luta, disciplina e posicionamento constante. Assim como os atalaias precisavam estar alertas para garantir a segurança da cidade, nós também precisamos estar atentos para manter nossa vida espiritual em segurança.

Na história da igreja, o lugar da oração muitas vezes foi negligenciado, mas Deus sempre agiu por meio de poucos, por meio de pessoas improváveis e incapazes, que foram forjadas pelo Senhor e estavam aptas para o trabalho. No entanto, na dinâmica da intercessão, é possível ver que Deus usa a fraqueza das pessoas para mostrar o Seu poder e obter a vitória.

 

O intercessor nos muros da oração

Vamos abordar três aspectos que se encontram em um intercessor que se coloca nos muros da oração. Identificação, agonia e autoridade.

 

  1. Identificação

O intercessor deve se identificar com aqueles pelos quais ele intercede. Jesus, como o nosso  Eterno intercessor, que intercede por um mundo perdido, tomou a nossa natureza sobre si mesmo. Ele aprendeu a obediência mediante todas as coisas que ele sofreu, ao ser tentado em todos os pontos como somos. Logo, o nosso Salvador conquistou essa posição com a mais completa autoridade. A identificação deve ser o ponto de partida na vida dos vigias.

 

pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 4:15

 

  1. Agonia

Todo aquele que prova dessa identificação, também prova da agonia por meio do Espírito no lugar de intercessão (Rm 8:26-28). Sendo assim, vemos que essa agonia cresce à medida que morremos para nossos desejos naturais, e por meio do próprio Espírito O escolhemos. 

Existem exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão: Moisés quando orou pelo povo após o pecado de idolatria (Ex 32:32). Assim como Paulo que expressou uma profunda dor por causa de seus irmãos (Rm 9:3). Contudo, poderíamos citar diversos exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão. Logo, o amadurecimento da intercessão é o Espírito compartilhando os gemidos conosco.

 

  1. Autoridade

O intercessor que se identifica, é levado a agonia, enfim, conhece a autoridade. Afinal, a intercessão identifica o intercessor de tal modo como servo sofredor, que dá a ele, um lugar que nem todos alcançam: Mover o coração de Deus. 

Logo, esse tipo de intercessão, é a intercessão que move o coração de quem ora, ao ponto de levá-la ao coração de Deus, e por haver ali a concordância, move o coração de Deus em realizar, manifestar, transformar o desígnio.

 

 Os intercessores

Certamente, os trabalhadores que o Senhor comissiona para Sua missão, partem desse lugar. Digamos que essa experiência da intercessão é a incubadora de homens e mulheres que realizam um trabalho efetivo e relevante diante de Deus. Logo, eles são fruto de orações agonizantes e perseverantes. 

Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 1 Tessalonicenses 2:4

 

Uma compreensão profética do intercessor

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Esse texto além de falar sobre o chamamento do Senhor aos seus trabalhadores ao lugar de oração, fala sobre uma perspectiva futura e profética do fim dos tempos. Portanto, o Espírito derramará um espírito de súplica e graça (Zc 12), e o Movimento de Oração chegará em seu ápice. 

Assim, oração e intercessão é um dos principais temas da profecia do fim dos tempos. No entanto, haverá um grande conflito no fim desta era entre dois movimentos globais de oração. O anticristo dará poder a um movimento de falsa adoração (Ap 13:4,8,12,15), porém o movimento liderado por Jesus será muito mais poderoso!

 

Intercessores em tempo integral

Essa passagem de Isaias 62 se dá com a restauração de Jerusalém como objeto de louvor na terra. A dimensão de 24/7 dessa promessa implica em que alguns intercessores e ministérios são chamados a se dedicar à intercessão como uma ocupação em tempo integral.

Contudo, a compreensão dos versículos 1-5 são cruciais para então cumprirmos 6,7. Que traz o entendimento do amor, das afeições de Deus sobre Seu povo, e o nosso engajamento no clamor por Israel.

 

A identidade da igreja é casa de oração

Enfim, é necessário deixar claro que o se levantar em intercessão, não é apenas de ter causas ministradas. Na verdade, é cooperar, trabalhar para o retorno do Senhor. Salmos 96 e 98 apontam profeticamente que sobre um período futuro em que adoração e intercessão ao Senhor se levantará em toda terra.

Afinal, essa será a identidade da Igreja: ser uma casa de oração. Is 56:6,7:

E os estrangeiros que se unirem ao Senhor para servi-lo, para amarem o nome do Senhor e para prestar-lhe culto, todos os que guardarem o sábado sem profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança, esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Isaías 56:6,7

 

Ou seja, isso chegará ao conhecimento de todos, não apenas do Senhor, que a Igreja é um lugar de clamor e louvor. Deus levantará seus atalaias nos muros da oração.

 

Una-se a nós em jejum e oração por Israel, baseado em Isaías 62. Há um movimento global de oração sem precedentes acontecendo hoje mesmo, clique no link e saiba mais sobre como participar:

Jejum Isaías 62 – Uma assembléia solene global

 

Brenon Batista – Líder de Intercessão na FHOP