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O Rei esperado chegou!

A narrativa das Escrituras é uma história contínua do anseio pelo verdadeiro Rei. Desde a queda no Éden até a promessa da Nova Jerusalém, vemos a necessidade humana de um governante justo, contrastada com nossa incapacidade de encontrá-lo entre os homens. Essa jornada revela nossa fragilidade e a grandeza do plano redentor de Deus.

A Busca por um Rei no Antigo Testamento

Quando lemos sobre o povo hebreu, liderado por Moisés para fora do Egito, observamos o cuidado, o zelo e a proteção do Senhor em cada etapa da peregrinação. Deus, como um Pai amoroso, deu ao Seu povo a lei, um nome e uma identidade, selando uma aliança eterna com eles.

Ainda assim, em sua insatisfação, o povo pediu a Samuel que lhes desse um rei humano. Eles desejavam ser como as nações pagãs, com um governante visível para liderá-los. Esse pedido marcou uma rejeição à autoridade direta do Senhor.

A história que se segue, nos livros históricos da Bíblia, revela como rei após rei falhou em cumprir as expectativas de um governante justo e perfeito. A espera se tornou angustiante, e a promessa parecia impossível de ser cumprida. Séculos e gerações passaram, e o povo ainda aguardava pelo Ungido do Senhor, aquele que libertaria os cativos e anunciaria o ano aceitável do Senhor.

O Rei que Chegou de Forma Inesperada

Então, em meio à expectativa e ao silêncio, brilhou uma luz em uma noite escura de Belém. Longe dos palácios e dos holofotes, o Rei dos reis nasceu em uma cidade improvável, em uma estalagem improvisada, para um casal inexperiente.

O Deus Eterno se aproximou de nós de uma maneira inimaginável — tão perto que pôde ser visto, ouvido e tocado. O Verbo que criou todas as coisas tornou-se um bebê. O Maravilhoso Conselheiro precisou aprender a falar. O Deus Forte tropeçou incontáveis vezes até aprender a andar. O Pai da Eternidade entrou em nossa história com uma data e hora de nascimento. O Príncipe da Paz precisou fugir para o Egito como refugiado.

Esses contrastes destacam a grandiosidade do Natal: o Regente da criação, o Governante do cosmos, o Rei de todo o universo, escolheu estar entre nós.

A Alegria de um Rei Perfeito

O nascimento de Jesus trouxe uma alegria que não poderia ser encontrada em outro lugar. O povo aflito pode sorrir novamente, e os corações desanimados podem voltar a se alegrar.

Não há outro Rei justo, santo e perfeito. Não há outro que governe com força e mansidão, que compreenda nossa dor e nos conduza com amor. Já não precisamos mais colocar nossas expectativas em homens, governos ou lideranças falhas. O nosso futuro e destino repousam nos ombros do único e verdadeiro Rei.

Celebre o Natal, Celebre o Rei

Neste Natal, celebremos não apenas o nascimento de um bebê, mas a chegada do Rei que sempre esperamos. Celebre o Reino de Deus e o privilégio de sermos governados pelo único Rei perfeito, Cristo.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)

Feliz Natal!

A narrativa bíblica está repleta de personagens fascinantes, desde figuras amplamente documentadas até aquelas que aparecem brevemente, mas cujas histórias têm profundidade e significado. Entre essas personagens singulares está a profetisa Ana, mencionada apenas em três versículos no evangelho de Lucas. Embora sua história seja curta, ela nos oferece uma poderosa lição de fé, esperança e devoção.

Quem foi Ana?

O evangelho de Lucas nos apresenta a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser (Lc 2:36-38). Sabemos que ela era viúva e que, após perder o marido, dedicou sua vida a cultuar a Deus no templo, com jejuns e orações, dia e noite. Sua devoção era tão profunda que ela nunca se afastava do templo. Ana também é descrita como alguém que aguardava a redenção de Israel, e estava presente quando Maria e José apresentaram o menino Jesus no templo, segundo a tradição judaica.

Apesar de sua aparição breve, o relato sobre Ana nos revela muito sobre sua fé inabalável e sua prática espiritual diária. Sua presença no templo naquele dia específico não foi coincidência: foi o cumprimento de suas orações e da promessa de Deus.

A Esperança em Meio à Espera

O contexto em que Ana vivia era permeado por uma expectativa messiânica. O povo judeu respirava as promessas de redenção desde sua infância, aprendendo as histórias e profecias que apontavam para o descendente de Davi, cujo reino seria eterno (2Sm 7:16; Lc 1:32-33). Eles esperavam pelo Filho da Promessa, aquele que esmagaria a cabeça da serpente, conforme a profecia de Gênesis 3:15.

Ana não era diferente. Sua vida de oração e jejum demonstrava sua espera ativa pelo cumprimento das promessas de Deus. Décadas se passaram, mas sua fé permaneceu firme. Ela nos ensina que a espera pela intervenção divina não deve ser passiva, mas marcada por uma busca constante e fervorosa pela presença de Deus.

O que o testemunho de Ana nos ensina hoje?

Enquanto nos aproximamos das celebrações do nascimento de Jesus, a história de Ana nos convida a refletir sobre nossa própria expectativa pela redenção. Assim como Ana aguardou a primeira vinda de Cristo, somos chamados a esperar e orar pela Sua segunda vinda, quando Ele restaurará todas as coisas. A promessa permanece: nunca mais haverá dor, separação ou sofrimento. Ele enxugará toda lágrima (Ap 21:4).

A passagem de Lucas 18:7-8 nos lembra:
“E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, mesmo que pareça demorado em responder-lhes? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do homem, achará fé na terra?”

Assim como Ana perseverou na oração e viu o Salvador, somos convidados a fazer o mesmo. É um chamado para alinhar nosso coração às promessas de Deus e buscar Sua presença com dedicação.

Um Convite à Oração e à Esperança

A história de Ana nos desafia a cultivar uma vida de oração constante e uma esperança inabalável. Neste tempo de Natal, quando celebramos o nascimento de Jesus, somos convidados a voltar nosso coração para a promessa da redenção final. Assim como Ana testemunhou o cumprimento de sua esperança, que sejamos encontrados fiéis, aguardando e orando, quando o Filho do Homem retornar.

Que possamos responder ao chamado de Deus, com fé, oração e um coração voltado para as promessas que Ele fielmente cumprirá.

A vida é feita de ciclos. Existem momentos de começo, meio e fim em diversas áreas de nossa existência – sejam relacionamentos, trabalho, ministérios ou projetos pessoais. Discernir quando um ciclo chegou ao fim é essencial para andar na vontade de Deus, evitando estagnação ou movimentos precipitados. Como cristãos, encontramos na Palavra de Deus orientações claras sobre como identificar esses momentos e agir com sabedoria. Este texto se baseia em três passagens fundamentais: Provérbios 3:5-6, Filipenses 1:9-10 e Provérbios 11:14.

1. Confie no Senhor e Busque Sua Direção

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3:5-6)

O primeiro passo para discernir o fim de um ciclo é confiar plenamente no Senhor. Nossa tendência humana é querer controlar todas as coisas, confiar no que vemos e compreendemos. No entanto, a Bíblia nos convida a entregar nossas dúvidas e incertezas ao Senhor, reconhecendo que somente Ele pode nos guiar com perfeição.

O “não te estribes no teu próprio entendimento” nos desafia a abandonar decisões baseadas exclusivamente na lógica humana ou nas emoções momentâneas. Isso não significa desprezar a razão, mas submeter nossos pensamentos e planos à vontade divina.

Muitas vezes, o fim de um ciclo pode parecer confuso ou até doloroso. Pode ser um emprego que já não traz mais paz, um relacionamento que perdeu seu propósito em Deus, ou um ministério que parece ter cumprido sua missão. Nesses momentos, a chave está em “reconhecer o Senhor” em todas as decisões, buscando Sua direção por meio da oração, jejum e meditação na Palavra. Deus promete “endireitar nossas veredas”, guiando-nos ao próximo passo com clareza e segurança.

2. Cresça no Amor e no Discernimento 

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e irrepreensíveis para o dia de Cristo.” (Filipenses 1:9-10)

Outra ferramenta essencial para discernir o final dos ciclos é o discernimento espiritual. Em sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo destaca a importância de crescer no amor em pleno conhecimento e percepção. Esse crescimento nos capacita a aprovar “as coisas excelentes”, ou seja, a distinguir o que é bom, agradável e perfeito diante de Deus.

O amor mencionado aqui não é apenas uma emoção, mas uma manifestação do fruto do Espírito que nos conecta com o coração de Deus. À medida que cultivamos esse amor, nossa percepção espiritual se aguça, permitindo-nos identificar quando algo já não está alinhado com o propósito divino.

Por exemplo, um ciclo pode estar chegando ao fim quando percebemos que ele já não glorifica a Deus, não edifica as pessoas ao nosso redor ou não nos faz crescer espiritualmente. Essa percepção não vem automaticamente; ela exige um coração rendido e atento à voz do Espírito Santo.

O discernimento também nos ajuda a evitar confundir desafios temporários com o término de um ciclo. Muitas vezes, Deus permite dificuldades para nos moldar e nos fortalecer, e não para que abandonemos algo prematuramente. Aqui entra a importância de buscar o conhecimento pleno, que só vem por meio de uma vida íntima com Deus.

3. A Importância da Sabedoria Coletiva 

“Não havendo sábia direção, o povo cai, mas na multidão de conselheiros há segurança.” (Provérbios 11:14)

Deus não nos chamou para caminharmos sozinhos. Quando enfrentamos dúvidas sobre o término de um ciclo, buscar conselhos sábios e espirituais é fundamental. Provérbios 11:14 nos lembra que a segurança está em ouvir conselheiros tementes a Deus.

Esses conselheiros podem ser líderes espirituais, pastores, mentores ou amigos de confiança que têm maturidade na fé. Deus frequentemente usa essas pessoas para confirmar Sua vontade em nossas vidas, trazendo clareza onde há confusão.

É importante destacar que o conselho deve estar alinhado com a Palavra de Deus. Não se trata de ouvir qualquer opinião, mas de buscar orientação de quem caminha com Deus e tem discernimento espiritual. Esses conselhos, em conjunto com a oração, ajudam a confirmar se é hora de encerrar um ciclo ou perseverar um pouco mais.

4. Sinais de que um Ciclo Pode Estar Chegando ao Fim

Embora cada situação seja única, alguns sinais podem indicar o término de um ciclo:

  • Falta de paz interior: Quando Deus nos guia, Ele nos concede uma paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7). A ausência dessa paz pode ser um indicativo de que algo precisa mudar.
  • Cumprimento do propósito: Se o objetivo pelo qual algo foi iniciado já foi alcançado, pode ser um sinal de que é hora de avançar para novos desafios.
  • Confirmações divinas: Deus frequentemente usa Sua Palavra, situações e conselheiros espirituais para confirmar Sua vontade.
  • Falta de crescimento: Quando algo já não contribui para o nosso crescimento espiritual, emocional ou profissional, pode ser um indicativo de que o ciclo chegou ao fim.

5. Agindo com Fé e Obediência

Discernir o final de um ciclo exige fé e coragem. Muitas vezes, deixar algo para trás pode parecer assustador, especialmente quando envolve zonas de conforto. No entanto, a obediência a Deus sempre traz recompensas maiores.

Lembre-se de que o fim de um ciclo não é o fim da jornada. Pelo contrário, é uma oportunidade para que Deus faça algo novo em sua vida. Como Isaías 43:19 nos ensina, Deus está sempre pronto para “fazer um novo caminho no deserto e rios no ermo”.

Conclusão: A Vontade de Deus Como Nossa Âncora

Discernir o final dos ciclos é um exercício de confiança, amor e discernimento. Por meio de Provérbios 3:5-6, aprendemos a depender completamente do Senhor. Filipenses 1:9-10 nos desafia a crescer no amor e no discernimento, enquanto Provérbios 11:14 nos lembra da importância da sabedoria coletiva.

Ao aplicarmos esses princípios à nossa vida, podemos avançar com segurança, sabendo que Deus está no controle de todas as coisas. Confie n’Ele, busque Sua direção e permita que Ele guie seus passos. Afinal, o término de um ciclo é, muitas vezes, a porta para algo ainda maior que Deus deseja realizar em você e por meio de você.

Deus te abençoe! 

Eu amo os paradoxos que giram em torno da encarnação de Jesus. Seu nascimento, Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição, todos os passos que Ele deu gritam alto a bondade e a misericórdia de um Deus zeloso. Tudo declara o caráter do Pai e aponta para um plano maior, estruturado muito antes da fundação do mundo. Jesus é o elemento que conecta e dá sentido a todas as Escrituras, Ele é aquele de quem a Lei e os profetas falavam o tempo todo, o Messias prometido.  

“[…] o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”  Isaías 9:7

Jesus Cristo é o centro de tudo

Toda a história, todos os ecos e todos os anseios do coração humano encontram consonância em quem Ele é. Isso significa que é tudo sobre Ele: o plano, a execução e a consumação. Não há nenhum fato na história que escape da bela pintura que o Pai das luzes desenhou. Desde a queda, quando o homem em seu orgulho tentou dar sentido a si mesmo, até a restauração de todas as coisas quando tudo convergirá em Cristo, uma só narrativa é contada: a história do Filho de Deus.

Adão e Eva pecaram e através deles o pecado foi introduzido à humanidade, e o que aconteceu com Deus? Ele permaneceu inabalável. Em nenhum momento o Senhor foi pego de surpresa pelo homem, jamais Ele precisou reagir a algum movimento do ser humano. Nosso Deus não tem plano B, sua vontade é boa, perfeita, agradável e soberana. De fato, o zelo do Senhor foi o que manteve a promessa e a esperança viva geração após geração, em todos os períodos da História o Senhor levantou homens e mulheres comprometidos em proclamar o Reino e o Rei que estavam por vir.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6

E Ele veio

Jesus veio sem parecer, nem formosura, longe dos olhares dos grandes, tão simples. Nenhum manto real o envolvia, mas o governo de tudo estava sobre os seus ombros. Nenhuma festa o recebia aqui na terra, mas todo o universo jubilava. A criação que gemia com tanta expectativa agora via a Sua esperança nascer.

Que doce noite! Que momento santo! O povo que andava em densas trevas viu grande luz, um menino nasceu e em sua fragilidade Ele exalava o amor furioso do Pai. Ali, num lugar afastado do oriente médio, nascia um homem como nenhum outro em toda história, humano como todos, divino como ninguém. Deus conosco.

Hoje contamos essa história de trás para frente, como participantes da graça que Ele estendeu a nós. Mas se fossemos nós naquela estalagem de Belém, provavelmente perderíamos as nuances desse evento por sua tamanha simplicidade e naturalidade. Não havia glamour algum, mas o Rei da Glória adentrava pelos portas do tempo para trazer Boas Novas de Paz e inaugurar um caminho que ninguém mais poderia abrir.

Ele continua sendo nossa esperança

Essa esperança permanece viva hoje, porque Ele revelou sua glória a cada um de nós, caminhou em graça e em verdade transbordando o coração do Pai e reconciliando homens e Deus. Ele não apenas se esvaziou e se tornou homem. Mas Ele trilhou o caminho da obediência e foi fiel até a Cruz.

No momento da sua morte também não houveram holofotes, grandes homenagens e discursos comovidos. Ele bebeu o cálice da ira do Pai, pagou o preço pelos pecados de toda a humanidade. Mas se engana quem pensa que a Cruz foi o palco do sofrimento, que foi o fim trágico da história.

A Cruz foi o palco da glorificação do Filho de Deus, foi o ponto alto do Seu Plano Eterno, pois foi pelas Suas feridas que nós fomos sarados, pelo Seu sofrimento que recebemos a vida eterna e pelo Seu sangue que Ele comprou para Deus povos de todas as tribos, línguas e nações.

A história continua…

A história do Filho de Deus não acabou. O Homem judeu que está assentado à direita do Pai e que tem um nome que é sobre todo nome não ficará no céu para sempre. Ele em breve retornará para a terra, virá para os seus e nós o receberemos. Ele tomará a herança que lhe é devida, todo joelho se dobrará, toda língua confessará e nós reconheceremos o Amado das nossas almas. Esse dia queima em nosso coração e em dias como hoje nos lembramos da promessa, do plano perfeito criado por Ele e que só depende Dele. Não tem como dar errado. Essas são Boas Novas de Paz!

Feliz Natal! 

Existe uma história por trás do Natal que responde a pergunta: Por que Jesus teve que vir?

Essa deveria ser a base da nossa fé em Cristo, mas confesso que muitas vezes demorei a pensar na resposta. É uma longa e profunda história, então vamos dividir em partes. 

A narrativa Bíblica inteira caminhou para o dia em que um menino nasceu em Belém. Mas por que ele era esperado? Por que Jesus teve que tomar forma de homem? O que trouxe o criador para dentro da sua criação?

A grande história de Deus tem basicamente quatro partes: criação – queda – redenção – consumação. Isso você precisa ter vivo na sua mente. Todos esses trechos da grande história são cercados pela verdade de que: “Deus amou o mundo de tal maneira…”

  1. DEUS CRIOU

Primeiramente, a Trindade em transbordante amor e plenitude cria o mundo, pelo poder de sua palavra, todas as coisas no céu, na terra e debaixo da terra vieram a existir. No sexto dia de criação eles decidem:

– “Façamos o homem, à nossa imagem e semelhança”. E assim o homem e a mulher foram feitos (Gn 1:26-27). 

Assim, sua missão era cultivar e guardar aquele jardim que foram colocados. A criação estava sob seu domínio e lhes foram ordenados que sujeitassem a terra e a povoassem. Uma única ordem negativa lhes foi dada: -”comam de tudo o que  a terra dá, menos de uma, a árvore que está no centro do jardim.” O comer desse fruto proibido os daria o conhecimento do bem e do mal.  

     2. O HOMEM CAIU

Porém, posteriormente, no capítulo 3 de Gênesis um novo capítulo da História se inicia. A única coisa que o homem e  mulher não poderiam fazer, isto eles fizeram: comeram do fruto da árvore que estava no centro do jardim. Caíram na tentação de querer ser como Deus; na prepotência de desejaram serem senhores da sua própria história. 

Então, ali o pecado entrou no mundo e com o pecado a morte. A imagem de Deus no homem foi deformada, adulterada e agora uma outra natureza lutava para ser atendida dentro deles. A história de toda a humanidade foi redirecionada naquele dia. Eis agora o nosso grande problema: “todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus”.

O grande problema da humanidade

Primeiramente, para entendermos a seriedade da vinda de Jesus precisamos estar conscientes do estrago que o pecado causou. O Deus Criador, criou o universo em um design perfeito e inclinado ao lugar certo: Ele mesmo. O homem foi criado com anseios que encontravam resposta plena unicamente em Deus, como a chave certa para abrir uma fechadura. Mas o pecado tirou o cosmo inteiro do seu eixo. Os anseios continuaram os mesmo, mas outra coisa fora de Deus começou a ser cogitada. 

Qual o problema do mundo? O pecado. 

Por que? Por causa dele, Deus não é adorado como deveria, a criação feita para sua glória não exerce essa função e pior ainda, adora outras coisas criadas. Se Deus não é o centro tudo está desalinhado

O que isso causa? A autodestruição da humanidade pela própria humanidade e desperta ira de Deus. 

     3. DEUS DESEJOU A REDENÇÃO QUE CARECEMOS

O pecado não é o fim da história

Todavia, por mais trágico que seja a história até aqui,  o pecado não foi o fim da história. No mesmo capítulo de Gênesis, onde a queda é relatada, uma promessa é revelada: 

“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gn 3:15)

Aqui a esperança brilha. Esse versículo é considerado um de proto-Evangelho, porque é a primeira declaração da intenção redentora de Deus após a queda. A semente de Eva (um descendente, um filho), iria pisar e derrotar a serpente que o haviam persuadido a pecar, esse descendente seria ferido, mas não derrotado. 

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16

Essa é uma promessa Messiânica! Desde Gênesis 3 o Natal é aguardado. O nascimento de Jesus é uma promessa de redenção cósmica. Naquele bebezinho em um estábulo de Belém, era o Filho de Deus e nele repousava a missão de tomar para Deus o que lhe era por direito. Ele era capaz de resgatar toda a criação, preencher o abismo que separava o homem de Deus, absorver o juízo de Deus num madeiro para perdão dos pecados e por fim restaurar a criação à comunhão perdida no Éden. 

  1. NO SEGUNDO ADÃO ESTÁ A CONSUMAÇÃO DA REDENÇÃO

Certamente, era necessário redimir a história. Isso significa fazer todas as coisas convergirem na Divindade outra vez, assim como elas foram criadas para ser (Efésios 1:10). E todas as gerações após Adão e Eva aguardavam a semente; só o próprio Deus poderia absorver toda a ira de Deus contra o pecado do mundo nele mesmo. 

De maneira crucial, o Apóstolo Paulo chama Jesus de segundo Adão (1 Co 15:45-49). O primeiro Adão (isso inclui toda a humanidade) caiu, pecou, se rebelou e não deu a Deus a glória que lhe era devida. O segundo Adão veio em missão de redenção, para apontar para o mundo o Pai, a sua origem, existência e alvo final. Ele veio para mostrar o que deveríamos ser e o que ainda seremos. 

Por isso, ele precisava vir como homem para mostrar ao homem como ser homem. Mas também precisava ser Deus, porque só Deus poderia gerar uma redenção nessa proporção de uma vez por todas. 

POR FIM

Por fim, a vinda de Jesus a Terra se resume em – Redenção – e nesse contexto essa palavra é sinônimo de fazer novas todas as coisas, acabar com governo do pecado, restaurar a imagem de Cristo em nós e derrotar a morte. Ou seja, fazer com que todo o cosmo volte a operar como foi criado para operar e assim Deus seja plenamente glorificado em tudo. O Natal é o nascimento da nossa redenção

Assim, vale ressaltar também que a vinda de Jesus tem como desfecho final a sua segunda vinda. E o natal também nos lembra que a obra de redenção inaugurada naquela manjedoura em Belém terá um fim glorioso na nova Jerusalém. A semente prometida esmagará a serpente e colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés, e o último deles é a morte.

+++ leia mais sobre o Natal 

A oração não é um privilégio reservado a poucos, nem uma tarefa exclusiva para líderes ou pastores. É, antes de tudo, um convite ao diálogo direto com Deus, estendido a todo o Corpo de Cristo. Cada cristão, independente de sua experiência ou posição, recebe esse chamado. Neste blog, vamos conversar sobre como a oração é para todo o Corpo de Cristo, desde sua dimensão individual até sua expressão corporativa, e por que devemos praticá-la juntos.

Oração: Um Convite para Todos Nós

A oração é uma oportunidade extraordinária de diálogo com Deus. Esse convite não é reservado para os mais experientes na fé ou para aqueles que ocupam cargos de liderança na igreja. Pelo contrário, Deus estende esse chamado a todos os Seus filhos. Seja você um novo convertido ou um cristão com décadas de caminhada, a oração é para você.

Através da oração, Deus deseja um relacionamento pessoal e íntimo conosco. Ele conhece a sua voz e jamais a confundirá com a de outro. Como Pai amoroso, Ele não faz acepção de pessoas e se achega aos corações quebrantados e contritos (Salmos 34:18). Sua proximidade não depende de mérito, mas de Sua graça e do Seu amor incondicional.

Todo o Corpo de Cristo é Chamado a Interceder

A oração e a intercessão não são responsabilidades exclusivas de um grupo específico ou de um ministério dentro da igreja. Cada cristão tem o privilégio e o encargo de se apresentar diante do trono da graça para interceder não apenas por suas próprias necessidades, mas também por tudo aquilo que importa ao coração de Deus.

Mas como sabemos o que importa ao coração de Deus? A resposta está na Palavra. As Escrituras revelam os propósitos e os planos de Deus, direcionando nossas orações. Quando oramos de acordo com a Sua vontade, expressa na Bíblia, alinhamos nossos corações ao Dele, cumprindo o chamado de intercessão que Ele confiou a todo o Corpo de Cristo.

Da Oração Individual à Oração Corporativa

A oração começa no secreto, em um relacionamento íntimo e pessoal com Deus. No entanto, essa prática individual deve transbordar em oração corporativa. Como igreja, somos chamados a orar juntos, concordando em espírito e propósito. A reunião de oração fortalece nossa unidade como Corpo de Cristo e nos leva a interceder por causas, nações, pessoas e situações de injustiça.

Quando oramos corporativamente, nos conectamos ao coração de Deus e nos unimos como um só corpo, clamando pela vontade Dele. Essas reuniões não são apenas momentos de intercessão, mas também oportunidades de edificação mútua e alinhamento ao propósito divino.

Por Que Devemos Orar Corporativamente?

  1. Para remover barreiras e restaurar relacionamentos no Corpo de Cristo
    Em Mateus 5:23-24, Jesus ensina que, antes de apresentarmos nossas ofertas a Deus, devemos reconciliar-nos com nossos irmãos. A oração corporativa nos confronta com a necessidade de resolver conflitos e restaurar relacionamentos, permitindo que o Corpo de Cristo funcione em unidade.
  2. Para promover unidade e honra
    1 Pedro 3:7 destaca que marido e esposa devem orar juntos para que suas orações não sejam impedidas. Essa dinâmica de unidade e respeito também se aplica à igreja, pois quando oramos juntos, promovemos atitudes de honra e consideração uns pelos outros.
  3. Para receber direção e sabedoria de Deus
    Em Atos 13:2-3, enquanto a igreja adorava e jejuava, o Espírito Santo deu instruções específicas para enviar Paulo e Barnabé. A oração corporativa é um momento em que Deus fala claramente à igreja, guiando suas ações e decisões.
  4. Para trazer cura e restauração
    Tiago 5:16 nos lembra da importância de confessar pecados uns aos outros e orar para que haja cura. Na oração corporativa, experimentamos restauração e somos renovados, tanto espiritualmente quanto emocionalmente.
  5. Para clamar por avivamento
    O avivamento nasce do lugar de oração. Uma igreja que ora em unidade, alinhada à vontade de Deus, está preparada para receber e sustentar o mover do Espírito Santo.

A Oração Corporativa como Base para o Avivamento

O avivamento que tantos anseiam começa no lugar de oração e se manifesta onde há unidade. Sem essa base, o Corpo de Cristo permanece fragmentado, incapaz de refletir a glória de Deus plenamente. A oração corporativa é mais do que uma prática; é um alicerce que sustenta a igreja, prepara os corações e abre os céus para que o Espírito Santo opere.

Quando oramos juntos, concordando com a vontade de Deus revelada nas Escrituras, nos tornamos um canal para Sua obra. Mais do que um dever, a oração corporativa é um privilégio que nos conecta à visão de Deus e nos fortalece como um corpo unido.


Portanto, a oração é para todo o Corpo de Cristo. É um convite à comunhão com Deus, um chamado à intercessão é uma prática que fortalece a unidade entre os irmãos. Seja no secreto ou em comunidade, cada cristão tem o privilégio de se achegar ao trono da graça. Não deixe de atender a esse chamado. Ore, interceda e veja como Deus transforma o Corpo de Cristo por meio da oração.

Ó, minha alma, lembre-se dos porquês, não se esqueça de onde Ele te tirou e para onde Ele está te conduzindo.

Lembre-se do porquê

O Espírito Santo está nos amadurecendo e nos santificando até o Dia do Senhor, essa é a jornada das nossas vidas. Estamos sendo preparados para encontrar a Cristo e sermos para Ele uma Igreja gloriosa, santa e inculpável.

Porém, quando olhamos para nós mesmos e enxergamos o nosso atual estado, somos tentados a nos desanimar. Isso porque sabemos o quão pecadores, falhos e imaturos ainda somos. Diante desses desafios a imagem de uma Noiva sem mancha, ruga ou coisa semelhante (Ef. 5:21-27), à altura do Seu Noivo, pode parecer muito distante, mas Deus é capaz e suficiente para nos conduzir até lá.

Lembre-se do “como”

Para esse fim, Deus nos levará por altos e baixos, montes e vales, banquetes e desertos. Logo, Ele não nos poupará das provações, nem nos privará da provisão, pois sabe o que está fazendo. Deus está formando a imagem de Cristo em nós, produzindo em Seu povo um caráter aprovado e nos fazendo dignos da nossa vocação. Por essa razão, Ele não desperdiçará nenhuma oportunidade de nos tornar mais parecidos com Ele.

Isso quer dizer que esse processo na maior parte do tempo não será confortável, afinal, estamos mudando, não apenas de comportamento, mas tendo a nossa natureza transformada. Sendo assim, nos despir do velho homem não é uma tarefa fácil, é impossível que a façamos sozinhos, dependemos do Espírito Santo nessa busca.

Lembre-se do caráter de Deus 

Experimentaremos emoções difíceis em meio a essas instabilidades da vida, seremos tentados a desacreditar e parar na caminhada, e é nesse momento que precisamos lembrar a nossa alma de quem é o nosso Senhor. Como o salmista expressou no Salmo 103, nós também precisamos reconhecer o caráter do nosso líder e as boas obras que Ele já realizou em nossa vida, isso nos dará a esperança e a certeza de que alcançaremos a linha de chegada: 

Bendiga ao Senhor a minha alma! Não esqueça de nenhuma de suas bênçãos!
É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão […]
O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades.” Salmos 103:2-4,8-10

Conhecer o caráter de Deus e trazer à memória os seus feitos, sua bondade e sua misericórdia é o que sustentará a esperança em nosso coração. Saber que a Sua fidelidade não se abala com as mudanças da vida, e que Ele completará a boa obra que começou em nós é o que nos dará paz em meio às adversidades.

Ó, minha alma, vá até o fim!

Portanto, não desanime! Não volte atrás! Embora as tribulações pareçam infindáveis e impossíveis de superar, elas são leves e momentâneas à luz do peso de glória que está sendo produzido em nós.

O Deus da esperança está conosco e ao confiarmos Nele transbordamos de alegria e paz!

Como o desânimo nos encontra?

Todos os dias, enfrentamos a corrida contra o tempo. A rotina nos chama, os ruídos ao redor aumentam, e, de repente, percebemos que estamos desanimados e sobrecarregados. Sentimo-nos sem direção, sem propósito e sem esperança.

Por que isso acontece tão facilmente? Na maioria das vezes, é porque damos ouvidos a muitas vozes ao nosso redor. Procuramos respostas em pessoas, relacionamentos e até em vícios que nos oferecem alívio momentâneo. Contudo, ignoramos a verdadeira fonte de esperança: a Palavra de Deus. Assim, acabamos buscando respostas em lugares que não podem satisfazer nossas necessidades mais profundas.

A Palavra de Deus: Um Convite à Esperança

A Bíblia nos dá uma resposta clara. Em Romanos 15:4, lemos:
“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.”

Em primeiro lugar, a Palavra de Deus nos ensina e nos fortalece. Quando abrimos a Bíblia, encontramos uma fonte inesgotável de refrigério, consolo e direção. Mais do que isso, a verdade contida nas Escrituras desmascara as mentiras que frequentemente invadem nossos corações. Ela nos ajuda a discernir o que é bom, justo e correto, além de nos ensinar como viver de maneira que agrada a Deus.

Por outro lado, quando negligenciamos a leitura da Bíblia, ficamos expostos às mentiras e falsas promessas do mundo. Sem o alicerce da Palavra, somos facilmente conduzidos pelos ventos das circunstâncias, como folhas sem rumo. A narrativa bíblica, no entanto, nos lembra que fomos criados com propósito, redimidos por Cristo e chamados a esperar pela consumação perfeita do plano de Deus.

O Deus da Esperança: Uma Promessa de Alegria e Paz

Sendo assim, Deus não nos deixa abandonados, Ele nos dá vida e direção. Ele Se revela como o Deus da esperança. Em Romanos 15:13, Paulo nos encoraja com estas palavras:
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”

Este versículo nos lembra que Deus não apenas oferece esperança, mas também nos capacita a vivê-la. Quando confiamos Nele, experimentamos alegria e paz que transcendem as circunstâncias. Ele nos convida a lançar nossas dúvidas e medos aos Seus pés, confiando que Ele é suficiente para suprir tanto nossas necessidades cotidianas quanto nossas questões mais profundas sobre a vida.

Como Renovar Sua Esperança Hoje

Agora, pare um momento e reflita. Quais são as preocupações que têm ocupado sua mente? Onde você tem depositado suas expectativas?

Se, por acaso, você tem buscado respostas em lugares que não podem satisfazer, é hora de mudar de direção. Permita que a Palavra de Deus seja o ponto central do diálogo em seu coração. Deixe que ela lave seus pensamentos, renove sua mente e traga clareza para suas escolhas. Ao fazer isso, você experimentará a paz que vem da esperança viva em Deus.

O Deus da esperança está disponível hoje. Ele deseja encher sua vida de alegria, paz e confiança, para que você transborde em esperança pelo poder do Espírito Santo. Então, confie Nele, volte-se para Sua Palavra e viva a segurança de quem caminha rumo às Suas promessas.

Como uma verdadeira família de oração, a igreja representa um lugar de comunhão profunda com Deus e entre os irmãos, unindo pessoas de todos os povos em um só propósito de adoração e relacionamento.

A Promessa de Isaías 56:7: Uma Casa de Oração para Todos os Povos

Em Isaías 56:7, Deus faz uma promessa extraordinária: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos“. Esse versículo, portanto, revela o coração de Deus em acolher não apenas o povo de Israel, mas também os gentios. Ele deseja atrair todas as nações ao Seu santo monte para adorá-Lo e oferecer sacrifícios. Com essa promessa, Ele anuncia que todos os estrangeiros, antes afastados de Sua presença, agora podem se aproximar e encontrar um lugar em Sua casa.

Assim, essa promessa aponta para um futuro onde todos terão acesso à adoração e ao relacionamento com Deus. O que antes pertencia apenas a um grupo específico, agora Deus oferece a toda humanidade, criando um convite universal à comunhão com Ele.

Jesus Reitera a Promessa: A Casa de Oração Redefinida

Em Mateus 21:13, Jesus reafirma essa promessa. Ao chegar ao Templo, Ele encontra mercadores transformando aquele lugar sagrado em um mercado. Tomado de zelo, Jesus expulsa os vendedores e lembra a todos que o Templo é um espaço para oração e comunhão com Deus. Ele declara: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.

Aqui, Jesus nos ensina sobre o verdadeiro propósito do Templo. Ele deseja que o Templo seja um lugar de adoração acessível a todos, onde cada um possa se aproximar de Deus em oração e devoção. Ao expulsar os mercadores, Ele nos mostra que a verdadeira adoração deve sempre ter prioridade sobre os interesses mundanos.

A Igreja como Casa de Oração: Nossa Identidade em Cristo

A Igreja de Cristo nasce desse chamado ao encontro e à comunhão. Em Cristo, essa promessa finalmente se cumpre, reunindo todos os povos, tribos, línguas e nações. Por meio de Seu sacrifício, Jesus abre um novo e vivo caminho para que todos possam se achegar ao Pai. Assim, em Cristo, experimentamos reconciliação e inclusão nessa “conversa eterna” com Deus.

Portanto, nossa identidade como Igreja é a de uma casa de oração. Somos mais do que uma simples comunidade; formamos uma família espiritual. Como filhos e filhas, Deus nos garante um lugar à mesa. Agora, podemos nos achegar ao trono da graça com ousadia, confiantes de que Ele nos ouve. Essa identidade de casa de oração não é um simples título; ao contrário, é um chamado para vivermos em constante comunhão com Deus, tanto individualmente quanto com nossos irmãos e irmãs.

Ser uma Família de Oração na Prática

Então, o que significa ser uma família de oração? Primeiro, precisamos entender que cada um de nós é sacerdote diante de Deus. A oração, portanto, não é uma tarefa exclusiva de líderes ou pastores; é, na verdade, uma responsabilidade e um privilégio de todos os cristãos. Esse conceito de sacerdócio universal nos ensina que cada um de nós pode se aproximar de Deus diretamente para interceder, orar e adorá-Lo.

Entretanto, ser uma família de oração vai muito além da prática individual. Existe uma expressão de oração que só experimentamos juntos, na comunhão dos santos. Em nossas comunidades locais, pequenos grupos e igrejas, fortalecemos os vínculos com nossos irmãos e com Cristo, a cabeça do Corpo. Nesse ambiente, construímos e nutrimos relacionamentos; ali, a unidade da igreja como família se torna real. Deixamos de ser apenas indivíduos e nos tornamos um só corpo, uma comunidade de fé que ora e intercede unida.

A Nova Aliança e o Sacerdócio Universal

Na Nova Aliança, Deus nos chama para sermos um povo sacerdotal. Em 1 Pedro 2:9, a Bíblia nos descreve como “sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus”. Esse chamado nos confere uma proximidade com Deus que antes era reservada aos sacerdotes de Israel. Esse sacerdócio universal é uma das marcas da Nova Aliança que Jesus inaugurou e nos permite ser uma casa de oração para todos os povos.

Como família de oração, Deus nos convida a interceder pela nossa comunidade, cidade e pelo mundo. Ele nos convida a confiar que nossas orações podem transformar realidades. Assim, ao vivermos essa identidade, participamos da missão de Cristo, levando a luz de Deus a um mundo que precisa de esperança e redenção.

A Igreja como Família de Oração

Concluímos, portanto, que a Igreja é muito mais do que um prédio ou organização. Somos a família de Deus, um povo chamado para orar, adorar e interceder. Como igreja, Deus nos convida a ser uma casa de oração para todos os povos – um lugar de acolhimento, comunhão e relacionamento com Ele. Em Cristo, Ele nos une em uma só fé, um só Senhor e uma só esperança. Cristo nos faz membros uns dos outros, superando nossas diferenças e nos unindo em amor.

Ser uma família de oração é, de fato, um chamado para cada um de nós. Que possamos viver essa identidade em nossa vida de oração pessoal e comunitária, respondendo ao convite de sermos um lugar de encontro entre Deus e a humanidade. Afinal, como casa de Deus, nossa oração reflete o amor e o propósito Dele para o mundo.

Jesus é a Palavra Viva que transforma o nosso viver. Quando somos impactados pela revelação de quem Ele é, nós somos libertos por essa verdade. Todas as mentiras ao nosso redor vão sendo combatidas uma a uma. Orar a Palavra é trazer à luz esses princípios ordenados e descritos na Bíblia. Isso poderá mudar drasticamente o nosso futuro, pois nos levará a um nível de liberdade e alegria indescritível.

O Verdadeiro Discípulo Permanece na Palavra

A característica de um discípulo verdadeiro de Jesus é permanecer em Sua Palavra, e por que não orar a Palavra? Quando passamos a conhecer Jesus de forma mais profunda pela meditação e oração, nesse processo de entrega, vamos nos tornando, de fato, livres de tantas mentiras ditas a nós. Porque Ele simplesmente vem e começa a desvendar nossos olhos. “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.31-32. A verdade é uma pessoa que demonstrou seu amor da forma mais radical, até a morte de cruz.

A Verdade que Liberta

Por exemplo, o que o mundo diz sobre muitos de nós? Talvez que não somos pessoas bem-sucedidas, que não alcançamos nossos objetivos, ou quem sabe, que somos fracos… Mas o que a Bíblia diz a nosso respeito? Que somos amados, que Cristo pagou um alto preço pela nossa vida, que somos Filhos de Deus. Então, nós podemos pegar a verdade de Deus descrita em Sua Palavra e tomá-la como promessas para nós. E assim, fazer dessas verdades nossa oração.

Combatendo Mentiras com a Palavra de Deus

Passamos a concordar com as verdades ditas por Deus sobre nós ao invés das mentiras ditas pelo mundo ou por nossas histórias traumáticas. Além disso, combatemos todas as setas enviadas pelo diabo contra nossa identidade, contra as dúvidas lançadas em nossa mente sobre o caráter e a fidelidade de Deus. É importante orar a Palavra, e Paulo fala a respeito de levar a mente à obediência de Cristo:
“Pois as armas da nossa guerra não são terrenas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas! Destruímos vãs filosofias e a arrogância que tentam levar as pessoas para longe do conhecimento de Deus, e dominamos todo pensamento carnal, para torná-lo obediente a Cristo.” 2 Coríntios 10.4-5

Armas Poderosas em Deus

Não importa que tipo de fortaleza nós temos que enfrentar. A questão é que as nossas armas não são carnais ou terrenas, mas poderosas em Deus. Mesmo que tenhamos que combater oposições demoníacas e o sistema deste mundo caído, o Senhor nos deu recursos para guerrear. Ele nos deu a Sua Palavra e liberou Sua autoridade sobre nós. Ele nos deu o Espírito Santo que nos ajuda e nos dá poder para viver segundo a Sua vontade e em mover sobrenatural. Crescemos nisso por meio da oração, intercessão, adoração e estudando a Palavra.

Proclamando as Verdades de Deus

Nós proclamamos Suas Verdades por meio de nossas orações. Proclamamos as verdades de Deus a respeito de nossas vidas, de nossa nação e dos povos da terra. Nós creditamos, isso mesmo, nós damos crédito, confiamos, declaramos a Palavra porque confiamos naquele que a deixou para nós. Para que pudéssemos conhecê-lo e fazê-lo conhecido.