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Em tempos onde todo texto bíblico se torna um princípio para o favorecimento pessoal, como confiar e realinhar a vida para confirmá-la à Palavra de Deus? Como viver o Princípio de contemplar e se tornar como Cristo?

Na nossa plataforma de ensino, temos uma disciplina chamada: A Majestade de Cristo. Assim, em uma das aulas, o professor Allen Hood ensina sobre o princípio de contemplar e se tornar, e podemos chamá-lo de Princípio porque está em uma epístola paulina dirigida a uma comunidade cristã que vivia em Corinto.

Assim, em 2 Coríntios 3, Paulo nos ensina sobre a glória da nova aliança, que é superior à aliança antiga, baseada na Lei de Moisés. Portanto, esta não conduzia as pessoas à liberdade, porque o véu ainda estava sobre ela. Mas Jesus Cristo, o único capaz de fazê-lo, rasga o véu quando morre na cruz há cerca de dois mil anos atrás. 

 

“E não somos como Moisés, que colocava um véu sobre o rosto, para que os israelitas não fixassem os olhos no restante da glória que se dissipava. Mas a mente deles tornou-se insensível. Pois até hoje, quando ouvem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece e não lhes é retirado, pois somente em Cristo ele é removido. Sim, até hoje, sempre que Moisés é lido, há um véu sobre o coração deles.” 2 Cor. 3: 13 – 15

 

Sendo transformados è imagem de Cristo

Portanto, quando alguém se converte, o Espírito Santo traz a liberdade e com a face descoberta é possível contemplar a glória do Senhor. Sendo assim, aquele que está contemplando a Cristo é transformado de glória em glória na sua imagem!

 

“Contudo, quando um deles se converte ao Senhor, o véu é retirado. ‘O Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade’. Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho* a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, que vem do Espírito do Senhor.” 2 Cor. 3:16-18

 

Deus deseja ser contemplado

Então, quando falamos sobre imagem, podemos voltar onde, na Bíblia, essa ideia foi mencionada pela primeira vez. Isso se dá em Gênesis 1, quando o SENHOR decidiu criar o homem segundo à sua imagem e à sua semelhança.

 

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, sobre os animais selvagens e sobre todo animal rastejante que se arrasta sobre a terra. ” Gen. 1:26

 

Por isso, quando Deus visitava o homem e a mulher na virada do dia era para ser contemplado por eles Assim, a partir da contemplação eles dominavam sobre a criação sendo a imagem Dele sobre a terra.

Assim, os planos de Deus continuam imutáveis. Na impossibilidade do homem estar na presença divina depois da queda, o Senhor decidiu revelar-se aos homens, e essa revelação é progressiva na história da humanidade, mas na plenitude dos tempos, Deus envia Jesus Cristo nascido de uma mulher.

 

“No passado, por meio dos profetas, Deus falou aos pais muitas vezes e de muitas maneiras; nestes últimos dias, porém, ele nos falou pelo Filho, a quem designou herdeiro de todas as coisas e por meio de quem também fez o universo. Ele é o resplendor da sua glória e a representação exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder e tendo feito a purificação* dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, tornando-se superior aos anjos, a ponto de herdar um nome mais excelente do que eles.”  Heb. 1:1-4

 

Como podemos contemplar?

Vamos fazer a pergunta mais prática: como podemos contemplar a Jesus Cristo hoje, se Ele está assentado à destra do Pai nas alturas? Pela meditação na Palavra de Deus, a Bíblia nos revela Jesus! De forma prática, onde nossos olhos estão colocados? Onde nós passamos mais tempo contemplando, ou o que temos contemplado? Nos tornamos aquilo que contemplamos!

 

  • Separe um tempo diariamente para meditar nas Escrituras, não precisa ser, necessariamente, muito tempo, o mais importante é que seja todo dia. Se for 15 minutos, seja firme, decidido, e invista esse tempo diariamente!
  • Se possível, escreva a Palavra, separe um caderno e escreva, sim, escreva, não digite! Escreva versículos específicos e coloque onde você consiga ver várias vezes por dia.
  • Marque sua Bíblia, pinte com cores que tenham significado, faça desse tempo um momento de alegria!! Você está contemplando a Deus!

 

Quezia Monte – Facilitadora da Fhop School

Estamos vivendo algo sem precedentes em nossa geração: um movimento global de jejum e oração em prol dos propósitos de Deus pelo povo de Israel. Afinal, a Bíblia deixa evidente que o Senhor tem planos de salvação para seu povo eleito. Sendo assim, como igreja, devemos estar alinhados com o desejo do nosso Senhor de alcançá-los e clamar por salvação.

Durante esse período, nossa sala de oração se engajará nessa causa, e queremos compartilhar o que o Senhor tem falado conosco nesse tempo. Por isso, leia abaixo um cordel pela salvação de Israel, escrito por um dos nossos missionários intercessores, Eliaquim Benedito.

 

Um cordel pela salvação de Israel

I

Já se viu negócio desses

De alguém querer se portar

no estado de Direito

povo eleito se achar?

se hoje existe enxertado

é porque enraizado

Israel já estava lá

 

II

Do alto céu olhou pra Terra

Soberano criador

De Jacó a descendência

quis escolher o Senhor

p’ra si separou um povo

sobre eles um renovo:

sua Palavra, seu penhor

 

III

Passam dias, passam anos

suas histórias nós lembramos

suas palavras nós cantamos

reacendem nosso Amor

Mas dos tempos a mudança

Não anula a Aliança

Que fez o grande feitor

 

IV

Há uma promessa eterna

Feita à grande nação

graciosamente eleita

a semente de Abraão

Deus nunca voltou atrás

nem se esqueceu jamais

do que disse desde então

 

V

Há uma agenda sublime

que precisa ser lembrada

há gloriosa esperança

que deve ser propagada

Breve o Filho virá

e para si encontrará

sua noiva, sua amada

 

VI

Tão somente não caiamos

na possível tentação

de pensar que Israel

do nosso “sim” é o “não”

Segue sendo escolhida

por Deus amada e mantida

salvá-la-á forte mão

 

VII

De tantas nações da terra

o ungido do Senhor

judeu se mostrou ao mundo

o divino Redentor

numa cruz foi imolado

mas ao Céu ressuscitado

ascendeu em esplendor

 

VIII

Se ele disse que sim

Como diremos que não?

Iremos até o fim

Junto à grande comissão

Lembrando de Israel

Elevando a voz ao Céu

Com ardente intercessão

 

IX

O anseio de Deus é o mesmo

por certo não vai mudar

Aos olhos que estão fechados

Ele quer se revelar

Mesmo com o passar dos anos

Ainda está em seus planos

Sua Israel salvar

 

X

Se de fato o conhecemos

logo o obedeceremos

em concordância andaremos

nos deixaremos gastar

nos muros da oração

em constante intercessão

Até que aquela nação

Nosso Deus venha salvar.

 

Eliaquim Benedito, missionário FHOP

Ter perseverança é de extrema importância para a nossa jornada de vida, e como cristãos, recebemos um convite continuo e diário a perseverar diante do Senhor.

Ao falar sobre esse assunto, Deus me lembrou da jornada do povo de Israel após a saída do Egito. Aquele povo estava peregrinando pelo deserto rumo a terra prometida. Sendo guiados por uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite.

E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite. (Ex 13:21,22)

Em primeiro lugar, o povo estava sob a direção de Deus e só poderia se mover a medida que a nuvem se movia. Quando a nuvem (ou a coluna) paravam, eles também paravam e ali tinham que permanecer.
Fiquei imaginando como foi essa viagem e acredito que houveram momentos onde o tédio tomou conta do povo. E se a nuvem demorasse muito para se mover? E se demorasse meses ou anos pra eles saírem do lugar?
Por fim, eles estavam em uma jornada buscando chegar em um lugar específico, uma terra prometida e ali iniciar uma nova vida. É muito provável que no coração deles havia pressa em viver tudo isso.

Perseverança também fala de permanecer fiel 

Assim como o povo de Israel no deserto foi chamado a obedecer a Deus e Suas direções, da mesma maneira devemos ter perseverança e sermos fiéis ao Senhor durante a nossa jornada.
De maneira idêntica isso ocorre conosco hoje, Deus nos chama a permanecermos fiéis a Ele independente de situações, lugares ou circunstâncias pela qual passarmos ou onde Ele nos levar. Devemos florescer onde o Senhor nos plantar, isso nos trará uma recompensa futura.

“O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção.” (Rm 2:6,7)

Como podemos permanecer?

Talvez você se pergunte, mas o que eu posso fazer para conseguir permanecer em momentos de dificuldade? Assim como devemos cuidar de nossa saúde para não adoecermos, também precisamos cuidar da nossa vida espiritual e de intimidade com Deus, em nossa rotina diária de oração e leitura bíblica. Certamente isso nos fortalecerá e nos ajudará a continuarmos fiéis quando circunstâncias contrárias surgirem.
Ademais, devemos seguir o exemplo do Apóstolo Paulo que perseverou até mesmo em suas prisões. Ele foi fiel ao seu encargo, e mesmo muitas vezes preso ou em tribulações, evangelizou, ensinou e doutrinou várias igrejas no primeiro século, bem como a igreja dos dias atuais com seus escritos.

No final da sua vida, vemos Paulo fazer a seguinte declaração:

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Tm 4:7,8

Devemos perseverar nos lugares onde Deus nos colocar

Visto que o povo que entrou na terra prometida, foi o povo que perseverou e foi fiel durante toda a trajetória pelo deserto podemos assumir que essa é a chave essencial que nos liga ao cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas. Pois aquele povo enfrentou adversidades durante caminho, e somente aqueles que não murmuraram e honraram a Deus desfrutaram do cumprimento da Sua promessa.
Independente do local onde estamos, se no início, meio, ou quase no fim da nossa jornada rumo a terra prometida, devemos permanecer fiéis e honrar ao Senhor em cada ciclo da nossa vida.

Por consequência, chegará o momento onde a nuvem irá se mover, e estaremos aptos a continuar a caminhada pois lições preciosas foram aprendidas na estação passada. Afinal de contas, são as lições dos lugares onde o Senhor nos coloca que vão nos dar força e capacidade para entrarmos em nossa “Canaã”.

Assim também, que possamos perseverar na nossa jornada cristã, e viver os nossos dias aqui na terra, com os nossos olhos no porvir. Nossa esperança é certa, e aquele que foi fiel até a morte espera que permaneçamos fiéis até o fim!

Apocalipse 2:10b: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”

 

Thais Neves –  missionária intercessora e facilitadora da Fhop School

 

 

 

Como desenvolver uma vida de oração? Eu lembro do dia em que o meu coração queimou diante de Deus. Ali fui preenchida por uma vontade imensa de conhecê-lo,de ouvir Sua voz e conversar com Ele. De forma muito prática, eu aprendi que toda comunicação entre eu e Ele não era muito diferente da comunicação que estabelecemos rotineiramente com as pessoas que surgem em nossa vida.

Estabelecendo um relacionamento

Através da oração podemos descobrir quem Deus verdadeiramente é. Então, quando estabelecemos relacionamento direto com Ele passamos a ouvir Sua voz audivelmente, ouvimos os Seus segredos e nos tornamos parte do privilégio, do milagre e da luta feroz através da ação do Espírito Santo que nos ajuda durante as nossas fraquezas.

A oração pode ser expressa de diversas formas, através da intimidade, orando e lendo a Palavra ou quando nos disponibilizamos a interceder por justiça, avivamento e transformação social. Assim, promover oração sobre outras pessoas também é uma forma de nos encontrarmos com Deus. Consequentemente fazemos as obras para o reino e mudamos o mundo.

Uma vida constante

Constância é essencial para o desenvolvimento de um estilo de vida de oração. Em virtude dela que recebemos a plenitude daquilo que Deus proveu para nós. Assim, o compromisso precursor é o de buscar pelo menos duas horas de oração por dia, encorajando também a ler-orar o livro de Apocalipse uma vez por semana.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Permanência e confiabilidade

Lembro ainda que foi no lugar de oração que eu mais me senti segura e me conectei com o Espírito Santo. Diversas vezes buscamos, por exemplo, opiniões, amor, segurança e confiabilidade em pessoas e comumente nos esquecemos da disponibilidade de Deus e o quanto Ele ama nos ouvir, sejam coisas boas ou até notícias que abalam os nossos corações. Deus nunca se cansa de ouvir a voz sedenta dos Seus filhos.

Lugar de intimidade

A oração nos leva a um lugar de intimidade com o Pai, nos livra de todo e qualquer esgotamento, nos energiza para amarmos a Deus acima de todas as coisas e nos faz transbordar de amor pelos outros. Ter uma vida de oração é algo que devemos ansiar e não fazer por mera obrigação. Orar nos leva ao encontro dEle.

Por que devemos orar?

Deus quer que o nosso coração esteja conectado com o dEle em uma parceria sincera e profunda. Você não está errando quando decide questionar todas as coisas ao Pai, na verdade, esse é um princípio fundamental do Reino. No entanto, devemos sempre perguntar e não guardar os questionamentos dentro de nós. Saiba que você pode confiar em Deus e confessar para Ele todas as suas alegrias, angústias e frustrações.

“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. (Filipenses 4:6)

Um compromisso real

Por fim, pense que hoje você tem um compromisso muitíssimo importante com um Rei, talvez você pense em muitas coisas, prepare sua fala ou anote coisas que você não quer deixar de falar durante o encontro de vocês. Dessa mesma forma devemos reconhecer o nosso tempo de oração. Desse modo, devemos nos comprometer com o Senhor e colocar os nossos compromissos sagrados como encontros que não devemos perder. Ele é o grande Rei e devemos desejar a Sua presença.

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Como adorar a Deus em meio à dor

Ainda que sejam uma garantia em nossas vidas, os momentos de sofrimento dificilmente vêm acompanhados de euforia e empolgação. E, em meio aos sentimentos conflituosos que podem surgir nos trechos mais penosos da nossa caminhada, podemos sentir que é impossível agradar e adorar a Deus enquanto somos tomados pela dor. 

O que adoração tem a ver com dor?

A adoração não é restrita a um momento durante o culto congregacional, nem tampouco à música. Ela está presente ao longo de todo o nosso dia, desde que abrimos os olhos pela manhã até repousar a cabeça no travesseiro à noite. 

Em todas as nossas ações adoramos algo ou alguém. Quando agimos de acordo com o egoísmo nato da pecaminosidade que habita em nós, adoramos a nós mesmos. Em contrapartida, quando obedecemos à Palavra de Deus e nos movemos pelo Espírito, estamos adorando ao Senhor. Se a adoração é uma resposta à revelação de quem Deus é, então em tudo nossas vidas deve expressar aquilo que já contemplamos dEle.

E é aí que a dor entra. Os sofrimentos fazem parte dos nossos dias desse lado da eternidade, e a forma como reagimos a eles pode ser uma adoração ao Senhor – ou não. 

Corra para Ele, não dEle

Ao longo da jornada, nos depararemos com situações em que a grande pergunta “por quê, Deus?” invadirá nosso coração, e dele sairá frustração e revolta contra o Senhor.

À medida que somos tomados por esses sentimentos, muitos de nós podem tomar um caminho contrário ao que leva a Deus. Em uma tentativa frustrada de nos escondermos dEle, o movimento de fuga nos afasta do Pai e distancia um relacionamento que deveria ser íntimo.

Resistir a este ímpeto nem sempre é tarefa fácil, mas mesmo em meio ao turbilhão de emoções precisamos nos lembrar de que um Ajudador está disponível – e disposto – a nos conduzir no caminho que leva ao Pai. E, quando deixamos de correr dEle e passamos a correr para Ele, caminhamos pelo vale com a certeza de que Ele nos acompanha.

Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4 

Ore em todo o tempo

Ao escrever aos Tessalonicenses, Paulo os presenteia com uma série de conselhos que permanecem extremamente válidos nos dias de hoje, sendo um deles orai sem cessar (1Tessalonicenses 5:17). Isto é, em todos os momentos.

Ainda que em meio a algumas circunstâncias possa parecer impossível permanecer em oração, há poucas coisas tão efetivas a se fazer em meio à dor quanto orar.

Os justos clamam, e o Senhor os ouve; livra-os de todas as suas angústias. O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado; ele salva os de espírito arrependido. As aflições do justo são muitas, mas o Senhor o livra de todas elas.” Salmos 34:17-19

Uma vez que nos posicionamos diante do Senhor, não precisamos fingir que está tudo bem. A oração é um lugar de entrega, onde nosso coração partido pode ser derramado diante de Deus.

Busque nEle sua alegria 

Parece contraditório falar de alegria enquanto falamos de dor. Janet Erskine Stuart disse: “A alegria não é a ausência de sofrimento, mas a presença de Deus.”. Mesmo em meio ao sofrimento mais profundo, há alegria para aqueles que estão no Senhor.

Alegria não é sorrir o tempo todo, nem tampouco é a ausência de tristeza. Na verdade, a alegria diz respeito a fixar os olhos na eternidade e manter o coração esperançoso nas coisas do alto. É lembrar (e confiar) que o Senhor permanece inabalável mesmo enquanto somos abalados.

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas videiras; ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado do estábulo e não haja gado nos currais; mesmo assim, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Habacuque 3:17-18

Seja grato

Sede gratos por todas as coisas, pois essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” 1Tessalonicenses 5:18

Esse singelo versículo guarda uma exortação poderosa sobre gratidão. Não raramente nos questionamos sobre a vontade de Deus, buscando compreender coisas que nos foram encobertas. Porém, a revelação contida na Palavra é suficiente. Ao escrever aos irmãos em Tessalônica, Paulo nos deixou (de forma bem clara, inclusive) um dos desejos do coração do Pai, que de forma desenfreada tantas vezes ignoramos.

Somos instruídos a ser gratos sempre, ainda que não nos sintamos propensos à gratidão e que as circunstâncias não nos ofereçam motivos para agradecer. Quando nos posicionamos com ingratidão nosso coração endurece e não obedecemos a vontade revelada de Deus sobre nossas vidas.

Por outro lado, com o coração grato e satisfeito em Deus estamos adorando a Ele, caminhando na Sua suficiência e glorificando-O à medida que reconhecemos que o Seu amor é tudo de que precisamos.

Mas ele me disse: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de muito boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.” 2Coríntios 12:9

Se permita ser transformado

Em algumas circunstâncias pode parecer impossível enxergar propósito na dor, mas temos a garantia da Palavra do Senhor sobre isso.

Meus irmãos, considerai motivo de grande alegria o fato de passardes por várias provações, sabendo que a prova da vossa fé produz perseverança; e a perseverança deve ter ação perfeita, para que sejais aperfeiçoados e completos, sem vos faltar coisa alguma.” Tiago 1:2-4

Aqui está um dos motivos pelos quais passamos por momentos difíceis e dolorosos em nossa caminhada: para produzir perseverança e aperfeiçoar nosso caráter. Nas estações tranquilas e também naquelas em que tudo parece estar fora do lugar, o Senhor está fazendo Sua obra em nós (Filipenses 1:6), a fim de nos moldar à Sua semelhança (2 Coríntios 3:18).

Se permita ser consolado

Ao reconhecermos o processo gracioso do Senhor em nossas vidas, somos convidados a abaixar as nossas defesas e permitir que o Espírito Santo traga consolo aos nossos corações. 

Quando Jesus vai até Lázaro, a pedido das irmãs Marta e Maria, Ele sabe que seu amigo ressuscitará. E, nestas circunstâncias, a Palavra nos diz que: 

Ao vê-la chorando [Maria], e também os judeus que a acompanhavam, Jesus comoveu-se profundamente no espírito e, abalado, perguntou-lhes: Onde o pusestes? Responderam-lhe: Senhor, vem e vê. Jesus chorou.” João 11:33-35

O Senhor chorou e comoveu-se com a dor e lamento do coração de Sua amiga. Ela derramou aos pés dEle suas lágrimas, e Ele chorou com ela. Assim também Ele chora conosco, se compadece de nós e se comove com a dor em nosso coração.

Jesus não tem medo do nosso sofrimento. Pelo contrário, Ele adentra a nossa dor ao invés de ficar alheio a ela. Ele continua perto de nós, mesmo quando tudo que temos para Lhe oferecer são as nossas amargas lágrimas.

Existem aspectos de Deus que somente conhecemos em meio ao sofrimento. Se a adoração é uma resposta àquilo que conhecemos de Deus, então nossas ações devem refletir aquilo que contemplamos em Sua face quando vivenciamos a dor.

Há beleza nos pedaços, mesmo quando não vemos. Por enquanto, O adoramos com aquilo que temos, mesmo em meio às dores. Mas algo belo está sendo construído com aquilo que foi partido em pedaços e, um dia, será manifestado plenamente. Nesse mesmo dia, “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram.” (Apocalipse 21:4).

Não haverá mais sofrimento, e Ele continuará sendo adorado, por toda a eternidade.

Eclesiastes 3

Hoje vamos falar sobre o poder que o tempo tem de nos formar com base em Eclesiastes 3. O início do livro de Eclesiastes nos traz uma perspectiva sobre o sentido da vida e, logo nos primeiros versos vemos Salomão falando que tudo na vida é vaidade.

Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade – Eclesiastes 1:2

 

O livro de Eclesiastes traz muito mais do que uma simples constatação da limitação da nossa vida, muito mais que uma visão fatalista ou uma visão determinista da realidade a qual estamos inseridos. Fala de uma limitação humana que todos nós nos deparamos. Salomão, aquele que escreveu o livro de Eclesiastes, um homem que foi um dos maiores sábios da Bíblia, constatou que tudo o que ele teria construído na sua vida também seria vaidade. Nos primeiro 1 e 2 ele nos fala de vaidades de vaidades. A poesia hebraica usa palavras repetidas para dar o sentido de superioridade, de destaque. Vaidades além das vaidades, uma vaidade suprema.

Salomão fala do sentimento de inutilidade em permanecer trabalhando, em permanecer fiel. Ele questiona os motivos de continuarmos trabalhando, enquanto sabemos que, ao morrer, nada será levado conosco. Ao falar do tempo, muito se fala da tortura que é viver sabendo que o tempo passa. Saber que existem dias, horas, segundos. O tempo não pode ser resgatado, e é impossível voltar atrás para ganhá-lo de volta.

Todos nós corremos atrás do tempo.

Corremos atrás do tempo no trabalho, da vida, de diversão, de realizações, de conquistas. Porém, muitas vezes esquecemos que há também o tempo de derrotas, fraquezas e silêncio. É difícil lidar com algo que parece estar escondido, porque sobre essas coisas não temos controle. 

Tudo tem uma ocasião certa, e há um tempo certo para todo propósito debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de deixar de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora; tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de ficar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.Eclesiastes 3:1-8

 

Esse é um poema formado por 14 pares de contraposições e a primeira coisa que precisamos entender está no primeiro versículo – existe sabedoria na soberania de Deus em nos dar o tempo que temos. 

Quando dizemos que não temos tempo pra nada, existe algo que está em desordem: não estamos conseguindo administrar o tempo que o Senhor nos deu. A ênfase no texto não diz que existe um tempo para acontecer aquilo que nós desejamos, mas que há um tempo determinado porque há um Deus soberano que controla o tempo. Achamos que o tempo que estamos construindo é conforme nós queremos, e por isso nos frustramos, porque esse tempo é referente àquilo que Deus preparou. 

Quando nossas mentes estão no futuro, não conseguimos viver no presente. Esse é um dos maiores males que carregamos: nossos olhos estão fixos no futuro que ainda não aconteceu. Viver no futuro, considerando os problemas do passado e estando no presente é algo traumático. Quando vivemos dessa forma, as feridas do passado, a urgência do presente e a ansiedade do futuro nos perseguem. 

Deus não tem pressa.

Deus não tem pressa, Ele faz tudo dentro do Seu tempo. A vinda e morte de Jesus são o exemplo perfeito disso, pois toda a vida dEle foi pautada no tempo certo de todas as coisas acontecerem.

Enquanto a terra durar, não deixará de haver plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.” Gênesis 8:22

Essa fala vem logo depois do dilúvio e da aliança que o Senhor faz com Moisés, prometendo jamais destruir a terra com água outra vez. Esse versículo é uma promessa: enquanto a terra durar, haverá frio, calor, chuva, sol, dia e noite. Quando passamos pelo inverno, desejamos que chegue logo o verão, quando chega o verão, sentimos falta do inverno. Nós temos dificuldade em lidar com as estações. 

Os cultos pagãos acreditavam ter poder de controlar aquilo que a própria natureza construía. Através de seus ritos, buscavam modelar o tempo a seu bel prazer. Dentro da própria Igreja vemos campanhas que visam adiantar ou atrasar o tempo de Deus conforme os nossos desejos. Muitas vezes esses movimentos dentro da Igreja vêm de corações legítimos, que de fato desejam buscar o Senhor. Porém, precisamos estar convictos de que o tempo do Senhor é perfeito e Ele não erra.

Acalmemos nosso coração.

Nós estamos inseridos em um período de tempo, e não temos como fugir dele. Acalmemos nosso coração, pois tudo acontecerá conforme o plano soberano de Deus. Servimos um Deus que está cuidando de nós, independente do que aconteça. 

Deus constrói um tempo de espera para a própria terra dar seus frutos. Ela precisa descansar e então há um tempo específico onde a terra estará preparada para frutificar novamente. Sempre que se tenta plantar algo fora da época correta, esse trabalho é em vão. As sementes lançadas são jogadas fora. Precisamos perceber quando o terreno está fértil para então lançar as sementes. 

Nós temos a visão unidimensional de Deus. Sempre olhamos para uma visão só do Senhor. Pensamos em Deus como aquele que planta, rega e colhe e esquecemos que Ele também é aquele que poda, arranca e mata. Existe um Deus que planta e prospera, mas que também arranca e mata aquilo que precisa ser morto. Quando temos a visão completa de Deus, O vemos como aquele que faz desabrochar a flor mas também como aquele que a arranca da terra.

O Deus que dá a vida é o mesmo que a tira. 

E eu vos contarei o que hei de fazer à minha vinha: Tirarei a sua cerca para que sirva de pastagem; derrubarei a sua parede para que seja pisada;” Isaías 5:5

O mesmo Deus que prometeu uma terra próspera ao Seu povo também foi o que anunciou (e executou) sua destruição. Ele é o Deus que levanta e que derruba. Ele faz todas essas coisas, dentro do Seu tempo.

A maioria das pessoas usa Eclesiastes para descrever o caráter de Deus. E, de fato, estamos falando do caráter soberano do Senhor. Se Deus é soberano sobre as estações, então Cristo é o Senhor do tempo. Por meio da Sua ressurreição, Ele rege toda a eternidade. Jesus veio no tempo da plenitude, ou seja, no tempo determinado para a Sua vinda. Nem mais cedo, nem mais tarde, Ele veio no tempo exato.

Ora, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo adequado.” Romanos 5:6

Nós não sabemos qual será a próxima estação da nossa vida, mas isso não deve nos levar ao desejo de controlar o tempo, porque não temos esse poder.

Espere pelo tempo de Deus

Confie que Deus conhece o tempo certo para todas as coisas. Se confiamos nEle, precisamos confiar que Ele sabe o que faz com o tempo. Se você está em um momento de espera, espere. Quando compreendemos que o momento é de espera, de aguardar o Senhor falar, então devemos esperar. Somos chamados a andar em fé, e isso significa permanecer na vontade do Senhor, ainda que isso signifique ficar em um lugar de espera.

Viva sua vida sabendo que há um tempo para morrer

Todos nós temos um tempo determinado para morrermos. Este momento já está definido. Quem determina se ainda temos algo a fazer na terra ou não é o Senhor. Muitos creem que “quem tem promessa não morre”, mas não é isso que define quando morreremos.

Faça bom uso do tempo que tiver

A Bíblia fala de remir o tempo e usá-lo para a glória de Deus. Isso significa usar bem nosso tempo, priorizar as coisas que devem ser priorizadas e não desperdiçar nosso tempo. Precisamos de tempo para comer, para dormir, para trabalhar, para descansar. Não devemos ignorar aquilo que nos foi imposto.

Da mesma forma que há tempo para começar algo, também existe o tempo para terminar algo. É difícil administrar isso, mas temos o Espírito conosco. Não temos o poder de controlar o tempo, mas com a ajuda do Senhor podemos usá-lo com sabedoria.

No tempo dEle, aquilo que Ele estabeleceu acontecerá, de acordo com a Sua boa, perfeita e agradável vontade. 

 

“Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo”. Salmos 27:4

Contemplar a beleza de Deus e inquirir no seu templo deve ser o objetivo central de nossas vidas. Neste lugar de fascínio e contemplação é onde temos diálogos com o Senhor e entramos em um relacionamento com Ele.

No verso acima, vemos riquezas nas palavras declaradas pelo rei Davi. O poder desta passagem está em sua simplicidade. Trata-se de um texto muito simples, mas que requer uma mudança de vida radical. Mesmo em meio às nossas imperfeições, devemos buscar inspiração na Palavra de Deus e Sua instrução para corrigir o nosso caminhar.

Neste texto, Davi não falava apenas dos anos em que viveu, mas também da era vindoura em que Cristo
irá reinar. Ele fala de uma realidade eterna para o povo de Deus. Portanto, ao contemplar a beleza de Deus e ser fascinado por Ele, estaremos focando agora naquilo que iremos fazer por toda a eternidade adiante de nós.

Contemplar a beleza de Deus

Em Apocalipse 4, João é levado aos céus e adentra a sala do trono de Deus, onde seres viventes contemplam o divino hora após hora, minuto após minuto, e o adoram sem cessar (Ap 4:8).

A realidade à qual Davi responde é uma realidade experimentada ao redor do trono de Deus constantemente. E é ali que se encontram os nossos destinos.

Assim como João contemplou o trono de Deus, nós também contemplaremos a beleza e o fascínio que, por milhões de anos, fascinam anjos.

Quando afirmamos que o nosso desejo é contemplar a beleza de Deus, estamos colocando os nossos olhos em algo eterno. Hoje podemos experimentar parcialmente aquilo que faremos por toda a eternidade.

A confissão de Davi em Salmos 27:4 é o resultado de uma vida inteira de escolhas e decisões. Davi não afirma que este era um único desejo do seu coração, mas expressa que o seu objetivo principal era viver uma vida sincera de devoção e piedade diante de Deus. É então que essas palavras deixam de ser apenas um objetivo e se tornam uma realidade.

Íntimos da Palavra

Não há como conhecer a Deus sem conhecer o Deus da Bíblia. Aqueles que querem sinceramente ser pessoas que buscam “uma coisa”, devem embarcar na jornada de conhecê-Lo através da Sua Palavra – ela é a principal ferramenta e uma dádiva do Senhor para que o conheçamos.

Não podemos substituir o estudo rigoroso da Bíblia. É preciso ler e permitir que as palavras se tornem vida dentro do coração. Muitos mantém um relacionamento simplesmente místico com Deus, falando palavras bonitas e românticas, mas se esquecem que contemplá-Lo é de fato conhecer o Deus que está por trás das Escrituras.

Um lugar de fascínio não é um suplemento nutricional da vida espiritual. Viver o reino de Deus em primeiro lugar exige uma total reorganização da vida inteira em torno deste objetivo.

Jesus prometeu algo para aqueles que buscam primeiro o Seu reino e a Sua justiça, em outras palavras, aqueles para quem a busca pelo fascínio e a beleza são o ponto central de suas vidas, e a promessa é que Ele cuidaria de acrescentar todas as demais coisas (Mt 6:33).

Essa é a experiência do reino de Deus: somos servos do Rei quando nossas prioridades e decisões são centradas na sua orientação, e nossas vidas são vividas em prol do Seu reino.

Deuteronômio 28, 29,30 

Confie na liderança de Deus

Deuteronômio conta com uma série de sermões pregados por Moisés em seu último mês de vida. Quando paramos para analisar o livro de Deuteronômio, temos um apanhado de reuniões nacionais que Moisés estava tendo com o povo. E no capítulo 28 Moisés fala suas últimas palavras para o povo de Israel. 

E se você soubesse que está falando com seus entes queridos pela última vez, aqueles que você ama, que investiu sua vida, dedicou seu esforço, seu dinheiro, que alerta você daria a essas pessoas em seus momentos finais de vida? O que realmente importa nessa hora final?

Uma instrução divina

Moisés termina o capítulo 29 do livro de Deuteronômio dando uma instrução divina:

As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei.” – Deuteronômio 29:29

Essa passagem parece simples, mas é muito profunda. Ele está dizendo: Israel, as coisas que não foram da vontade de Deus dar um motivo, um destino, essas coisas não pertencem a nós conhecê-las, elas pertencem ao nosso Senhor. Mas, tem algumas coisas que Deus intencionalmente quis revelar a nós, e essas são nossas. Porque Deus as fez reveladas. 

A soberania de Deus

Depois de anos liderando o povo, essa foi a mensagem que Moisés deixou para eles – Existem duas maneiras para se viver, um caminho no qual a nação será abençoada e um caminho onde a nação será amaldiçoada.

Imagine que você faz parte desse povo e está ouvindo essa pregação final de Moisés. O que provavelmente todos nós pensaríamos neste momento: Moisés, qual será o futuro da minha família agora que vamos entrar na terra prometida? Como será a vida dos meus filhos, o futuro da nossa nação? Que tipo de mundo eles vão herdar, que tipo de nação teremos? 

Precisamos lembrar que a soberania divina se manifesta em duas formas: momentos em que você entende, e momentos que não entende. Momentos que o Senhor revela a nós os seus propósitos, e outros momentos que não nos é revelado. 

As coisas secretas pertencem ao Senhor

A verdade declarada de forma tão simples em Deuteronômio 29:29 é que as coisas secretas pertencem ao Senhor e as reveladas pertencem a nós, e nossa vida inteira é dividida nessas duas partes – coisas que Deus manteve em segredo, e outras que Deus lhe revelou e ele confiou a nós.

Como cristãos enfrentamos situações e fazemos perguntas para as quais não temos respostas. Além disso, pessoas ao seu redor, por sermos cristãos, farão perguntas esperando respostas, e você não terá. E com isso, podemos cair em uma armadilha muito perigosa – inventar e dar as respostas erradas, tentar ser como Deus, mas não nos compete ter todas as respostas. Nunca tenha medo de dizer “eu não sei”, principalmente se você é alguém que ensina a Bíblia. Não faz parte da fé fingir ter uma resposta para cada pergunta. Não faz parte da vida cristã elaborar eloquentemente todos os motivos. 

É maduro abraçar o desconhecido de Deus, e saber que ele manteve coisas ocultas, porque a fé está nisso. Seguir a Cristo e seguir o Deus da história é sobre abraçar também os caminhos desconhecidos Dele, os caminhos que Ele não quis fazer conhecido a você. 

A fé é convidada a se curvar

A fé é convidada a se curvar diante do mistério daquilo que Deus manteve oculto de nós. Simplesmente confiar que o Deus da promessa tem o controle daquilo que não temos. As coisas reveladas, Moisés diz, elas são dadas para que você siga o Senhor. Para que depositemos a fé com incertezas em um Deus que não é abalado. Mesmo quando nos sentimos perplexos e não entendemos. Se há coisas não reveladas que você não entende, que sacodem sua vida, olhe para o lado e veja as coisas então reveladas, entenda-as como um convite para permanecer ancorado em Cristo. 

A Bíblia diz em 2 Coríntios 5.7Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.” Em outras palavras, Paulo está dizendo – nós vivemos pelo o que cremos e em quem cremos, não vivemos porque temos todas as respostas das nossas dúvidas e temores.  Vivemos e caminhamos não porque temos como alvo as respostas para tudo, mas pelo Senhor que orquestra todas as coisas. 

Medo e incerteza do futuro

Chegará o dia em que a fé se transformará em algo que poderemos ver. Chegará o dia em que nós o conheceremos, como por Ele somos conhecidos. Já parou pra pensar que quando estivermos face a face com o Senhor, esse elemento tão fundamental da vida Cristã, chamado Fé, não será mais utilizado. Você não precisará mais da fé, porque tudo que esperava se materializou. Mas, esse dia ainda não chegou e até aquele dia, a fé é convidada a se curvar diante do mistério que Deus manteve oculto. 

A incerteza do futuro estava sobre o povo de Deus naquela época. E muitas vezes nós também somos assolados pelo medo e incerteza do que virá. As perguntas que temos a respeito da nossa vida e daqueles que amamos de fato não pertencem a nós, mesmo quando achamos que sim.

Pois essa promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar. Atos 2:39

 

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Romanos 8:18

 

Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor. – 2 Coríntios 5:8

Não se preocupe com a sua vida, com coisas que você não controla e não pode mudar. Viva de acordo como alguém que vive para o reino e a justiça de Deus. Deixe o amanhã de fato nas mãos de Deus. Sua vida dedicada ao Senhor não será em vão. 

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. – 1 Coríntios 15:58

Como encaramos as dúvidas do agora? 

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. – 1 João 3:2

Em meio a sua jornada de luta e resistência sobre o pecado, coloque seus olhos no Senhor e no dia em que você se parecerá mais com o que Ele é. E enquanto isso não acontece, aceite o convite de permanecer e confiar Nele, com uma fé rendida e que abraça a crença na soberania deste Deus. 

A parábola do filho pródigoLucas 15:11:32

As parábolas de Jesus contidas em Lucas 15 nos ensinam verdades eternas do coração de Deus. Nos últimos cultos conversamos com nossa igreja sobre a parábola da ovelha perdida, a parábola da dracma perdida e a parábola do filho pródigo. 

Hoje vamos compartilhar sobre a mensagem ministrada através de Lucas 15:11-32 – A parábola do filho pródigo. Se você perdeu alguma das ministrações anteriores, confira em nosso canal do Youtube essa série de pregações e seja abençoado por essa mensagem. 

Aquele que se assenta e come com os pecadores.

Lucas 15 é uma narrativa sobre os perdidos mas também uma narrativa a respeito daquele que se assenta e come com os pecadores, que tem o anseio de revelar o seu amor para os perdidos. 

Em todas as parábolas temos expressões e simbologias para os perdidos, A ovelha, por exemplo, representa a pessoa que não foi encontrada pelo salvador, que sequer sabe que foi perdida. Temos também a dracma, que simboliza aquele que se perde dentro da própria casa, por descuido, por acidente, E por último o filho pródigo, que é aquele que já fez o caminho até a casa, já se assentou à mesa com o Pai, e por escolha própria deseja se afastar do corpo e ir para longe de casa. 

A última parábola representada em Lucas 15 não fala apenas do filho pródigo, fala de dois filhos perdidos, e um terceiro pródigo, que é o próprio pai. Assim como o filho mais novo esbanjava e desperdiçava seu dinheiro com coisas que não eram importantes, vemos descrita a graça e misericórdia do Pai gasta com filhos pecadores. Vemos um pai dando lugar na mesa do banquete e perdão para os filhos que não mereciam. Um pai que expressa seu amor, graça, misericórdia e bondade. Dois filhos com imagens erradas de si mesmos – um dos filhos achava que merecia algo do pai, e outro acreditava que não merecia nada. Assim como eles não viam o Pai da maneira que deveriam enxergar. 

O caminho da Conformidade moral e do Autoconhecimento

Jesus está usando aqui os dois filhos de maneira geral como dois caminhos que usamos para encontrar felicidade e realização na nossa vida. Os dois caminhos são: Conformidade moral e Autoconhecimento ou auto realização, e ambos são uma lente pela qual enxergamos nossa história. O Caminho da conformidade moral é como o filho mais velho, que acredita que irá alcançar salvação por seguir estritamente a lei. Conformistas, responsáveis, julgam os que não respeitam a lei. E o caminho do autoconhecimento é representado pelo filho mais novo – julgam os fanáticos, os de mente fechada e falam que eles são o problema do mundo.

O procuramos para receber o que queremos.

O filho mais novo é aquele que já trilhou o caminho até a casa do pai, já teve seu encontro com Jesus, mas que em algum momento permite que seu coração esfrie e toma a decisão de sair da casa do pai, ceder aos seus desejos, aos pecados. Ele desejava as riquezas do pai, mas não desejava por seu pai. Não tinha o desejo de se relacionar com o pai, mas desfrutar da herança prometida a ele.

O grande problema do filho mais novo, e muitas vezes o nosso, é que queremos nos sentar à mesa com o pai apenas quando há interesse de receber algo em troca, não para criar relacionamento.

Quantas vezes nós nos aproximamos de Deus com interesse que ele nos dê algo ou responda nossas orações.

Uma jornada de imprudência

A partir do versículo 13 de Lucas 15, até o versículo 17, o filho mais novo entra em uma jornada de miséria, de desgraça em sua vida. Ele pede ao pai sua herança, e o pai divide suas riquezas. O filho mais novo toma posse de suas coisas e toma seu caminho, vivendo sua vida de forma pródiga. Ele gasta até o momento de não sobrar nada e as coisas começarem a piorar na sua vida. 

Constantemente entramos nessa jornada de imprudência e como consequência disso acabamos nos sentindo sozinhos, sem poder contar com ninguém. Essa é a hora de reconhecer nossa condição, nossa realidade e o único caminho para deixar de comer com porcos é voltar para o Pai. 

Quando o filho cai em si (versículo 18 e 19), ele começa a traçar um plano para retornar a casa do pai. Tudo que ele planejou falar demonstra uma coisa: ARREPENDIMENTO. O arrependimento é o convencimento de que precisamos voltar aos braços do Senhor. Muito além de uma dor interior, uma vergonha pelas nossas escolhas, o arrependimento genuíno sempre deve gerar em nós um movimento.

O filho volta e começa a dizer o que tinha preparado, fala para o pai o aceitar como um empregado. Nosso senso de justiça própria nos faz dividir a graça. Pensamos em uma graça presente para sermos perdoados, mas uma graça ausente para sermos restituídos ao lugar que o Senhor planejou para nós. Cremos que Deus pode nos perdoar, mas esquecemos que nosso Deus é pródigo e derrama sobre nós o seu amor mesmo sem merecermos. Ele nos devolve nossa identidade de filho mais uma vez, nos chama a sentar com Ele junto a mesa.

3 elementos para seu filho.

O pai não deu uma oportunidade sequer para o filho pedir para ser um dos seus empregados. O pai estava na verdade restituindo a autoridade do filho de ser amado. E isso está expresso nos 3 elementos que o pai mandou trazer para dar ao seu filho. 

  • A melhor roupa: A roupa tem a ver com um indicativo da classe social. Jesus, enquanto contava essa parábola, estava revelando a graça de Deus aqueles que o ouviam. E Isaías 61:3 fala sobre isso, o Senhor nos veste com veste de justiça e santidade. 
  • Anel: a maior das restituições. O filho pegou toda a riqueza do pai e gastou. Quando dá o anel, o pai está restituindo ele ao lugar de administrador dos seus bens. Ele está restituindo o filho ao lugar de que nunca deveria ter saído.
  • As sandálias: os escravos não usavam sandálias. Provavelmente o próprio pai pegou sua roupa e sua sandália e colocou no seu filho mais novo. O Senhor continua restituindo ao seu povo o poder de ser chamado de filho amado, resgatando seu filho.

Senhor continua restituindo ao seu povo o poder e a autoridade de ser filho amado. 

Isso foi algo que o filho mais velho não entendeu. O filho mais velho era dedicado aos afazeres do seu pai, mas muito mais pecador do que imaginamos. Representa as pessoas que se sentem ofendidas quando as coisas não saem como elas queriam, que veem Deus agir e acham injusto, se sentem ofendidos com Deus ou com as pessoas. 

Você já se sentiu assim? Nos sentimos ofendidos por ver Deus abençoar outra pessoa enquanto em nossas vidas não acontece nada. Esse é o perfil do filho mais velho. Ele traça todo um plano de vida e quando as coisas não acontecem do seu jeito, ele se ira. O filho mais velho é justo aos seus próprios olhos, tem uma linguagem humilde, mas o coração está cheio de orgulho. 

Vemos no versículo 27 de Lucas 15 que quando ele escutou sobre o retorno do seu irmão para casa, ele ficou furioso. Da mesma forma que o filho mais novo fez o pai sentir vergonha, agora o filho mais velho teve atitudes de vergonha para com seu pai. O pai estava exultante ao celebrar a volta do seu filho, e o filho mais velho decide ficar do lado de fora da festa, com uma postura de não concordar com seu pai. Muitas vezes nos portamos dessa maneira, ficamos do lado de fora olhando o que Deus está fazendo porque não concordamos.

Precisamos lembrar que somos pecadores

O filho mais velho olha para aquela festa e não consegue celebrar a vida do irmão. No versículo 28 o texto diz que o coração dele se encheu de ira. O pai chega até ele e suplica para que seu filho volte para a celebração e esse filho mais velho justifica todo o seu sentimento, diz que se sentiu injustiçado. 

Constantemente pensamos que Deus tem alguma divida conosco e que ele precisa nos consultar para fazer algo. Esse sentimento é muito mais comum do que pensamos, pois nosso coração é tentado a achar que merecemos alguma coisa. Precisamos lembrar que somos pecadores e pedir por misericórdia todos os dias. 

No versículo 29 o filho questiona o amor do Pai. O filho mais velho é aquele tipo de pessoa que tem dificuldade de sentir o amor de Deus. Nós muitas vezes somos assim, gastamos nosso tempo com orações cheias de petições, gastamos nosso tempo com afazeres ministeriais, mas não temos tempo de relacionamento com o Senhor. 

O Senhor nos faz um convite hoje.

O Senhor nos faz um convite hoje, para entrarmos no banquete e deixarmos de ser como esses filhos. Ambos os filhos queriam o que o pai tinha, ambos queriam as riquezas e autoridades para serem senhores de si. E o que nós precisamos fazer diante dessas algemas da nossa própria perdição?

Precisamos entender que o pai de Lucas 15 está conosco. Que podemos nos arrepender e correr para os braços do Senhor, pois ele nos receberá. 

O nosso convite hoje é para o arrependimento, para colocarmos o Senhor no lugar que lhe é devido, em um lugar de relacionamento.

Você aceita esse convite?

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.” Salmos 45:1

Como compor a partir das Escrituras? O que devemos considerar ? Nesse texto vamos refletir sobre o processo criativo para compor canções bíblicas e compartilhar algumas dicas e instruções de como fazer isso.

Pontos que precisamos considerar ao compor canções baseadas na bíblia:

1) A Bíblia é a Palavra de Deus 

2 Timóteo 3.16-17 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”.

2) Devemos fazer tudo para a glória de Deus, e a Palavra de Deus glorifica-o

Salmos 45.1 – “Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do rei”.

3) Precisamos ter em mente que o nosso objetivo na composição é instruir uma geração/povo por meio da Teologia cantada

4) Quando compomos a partir da perspectiva bíblica, não corremos o risco de cantar emoções/sentimentos. Cantamos as verdades da Palavra de Deus.

Salmos 101.1 – “Cantarei a lealdade e a justiça. A ti, Senhor, cantarei louvores!”.

5) Utilize a Bíblia na prática

Seja coerente biblicamente, ou seja, fiel ao texto. Aborde o texto como um pregador o faria. Não economize tempo e energia, tenha comentários e uma bíblia de estudo, procure o que as palavras significam no original em grego ou hebraico.

Use o método de estudo indutivo, certificando-se de observar uma passagem ou história antes de saltar à interpretação ou aplicação. Ore para que o Espírito Santo lhe dê discernimento e entendimento. Medite. Lembre-se das advertências que a Bíblia dá àqueles que ensinam, porque – quer você goste ou não – sua música ensinará algo.

6) Seja criativo

É importante lembrar que não estamos falando sobre músicas para memorizar as Escrituras. Há permissão criativa para alterar um pouco o texto e escolher a melodia que melhor represente o significado e o sentimento da passagem bíblica.

Então, divirta-se com dispositivos literários como metáfora, personificação, paradoxo, e até mesmo alegoria. Experimente um ponto de vista diferente. Diga-a de uma forma diferente ou nova, e considere utilizar a linguagem moderna ou analogias.

7) Não desista: continue

Queremos te encorajar a criar o hábito de escrever canções baseadas nas Escrituras. Uma música bíblica é um sermão cantado e assim como acontece com as crianças, nós adultos podemos arraigar verdades eternas em nossos corações através dessas composições.

Há tesouros preciosos na Palavra. Tudo que você tem a fazer é apenas cavar. E enquanto você usa seus dons na
música e em composições para expor e ensinar a Palavra de Deus, o seu coração será transformado, a Igreja será encorajada e Deus será glorificado.

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