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Disciplinas Espirituais – A Jornada da Oração

Disciplinas Espirituais

Oração. Uma disciplina espiritual tão importante na vida de todo cristão que almeja um relacionamento com Deus. Afinal, como se relacionar com alguém sem se comunicar com ela? Oração é a comunicação com Deus. E essa comunicação é diária e até o tempo todo. Sim! O tempo todo, pois podemos conversar com Deus em voz alta ou em pensamento.

Primeiramente, a oração está ligada a outras disciplinas como: a meditação da palavra, adoração, jejum, solitude e até o silêncio. Na verdade, orar é também estar em silêncio. Oração é ouvir e não só falar, entende? Aprenda a associar sua oração ao silêncio e aprenda a ouvir a Deus.

A oração é também uma disciplina espiritual que, quanto mais praticada, mais te fará querer orar o todo. Conforme oramos e vemos os resultados de nossas orações mais a nossa confiança no poder de Deus cresce. Consequentemente, oramos mais e mais. 

A jornada da Oração

A oração é uma jornada, por isso, devemos prosseguir em nossa vida de oração, pois como em todo relacionamento, como em toda boa conversa acontece, a oração se transformará em encontros maravilhosos nossos com Deus. Será o céu em nosso cotidiano. 

Cresceremos em conhecimento de quem Deus é por meio de sua palavra e cresceremos em relacionamento por meio da oração, pois é impossível crescer em relacionamento com alguém sem saber quem é esse alguém. Mas Deus se revela a nós e por isso podemos nos relacionar com ele. Isso é um tesouro de grande valor.

Os benefícios da jornada da oração

 Em princípio, o melhor ganho que temos na jornada da oração como disciplina é o fortalecimento espiritual. ”Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças”. Filipenses 4:6.

Por certo, os benefícios da disciplina da oração são tantos que é impossível descrever todos eles. Mas um dos benefícios que eu vejo ser tão relevante é que a oração traz a nós um genuíno autoconhecimento. Pois diante de Deus, nós não conseguimos esconder nada.

Logo, enxergamos a nós mesmos sob uma nova luz, e esse autoconhecimento seria impossível alcançar de outro jeito. É também por meio da oração que experimentamos profunda transformação, pois ela reordena nossos afetos. Podemos dizer então, que a oração é a chave para tudo o que necessitamos fazer e ser na vida.  

Fortalecimento Espiritual por meio da Oração

Por meio da oração, somos fortalecidos internamente. Se analisarmos as muitas orientações de Paulo, veremos que ele prioriza a vida interior. “Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade”. Efésios 3:16-18.

Note que no versículo citado acima, Paulo pede por “poder para compreender”.  Ou seja, conhecer melhor a Deus é do que necessitamos acima de tudo. Para Paulo, o bem maior de nossas vidas é a comunhão com Deus. De fato, se olharmos para a vida dele, tudo o que passou, as circunstâncias externas de sua vida, não seria possível passar por isso, se sua vida interior não estivesse fortalecida em Deus.

A oração é também uma disciplina espiritual que, prioriza nossa vida interior com Deus. Muitas pessoas baseiam sua vida interior nas circunstâncias exteriores. Paulo nos mostra que deve ser o contrário. Devemos basear nossa vida no amor imutável de Deus, senão, seremos assolados por tudo que acontece no mundo.

E aqui, cabe outro alerta. Priorizar a vida interior, não significa ser individualista. Conhecer mais a Deus, não é algo que fazemos sozinhos. Ela envolve nossa comunhão na igreja, a nossa participação na adoração comunitária e entre as muitas maneiras de conhecer a Deus está a oração tanto pública quanto privada. A intensidade e profundidade da oração privada e a da oração pública crescem juntas.

Seis conselhos para a prática diária da Oração:

  1. Comece seu dia com uma oração pela manhã. Se preciso for, acorde mais cedo. Antes de olhar os compromissos no seu celular, as mensagens recebidas nele, entregue seu dia ao Senhor. Uma simples oração pela manhã para ordenar seus afetos e pensamentos. Peça ajuda a ele para os desafios que você terá durante o dia.
  2. Se planeje para todos os dias conseguir ler alguns versículos ou até mesmo um capítulo da Bíblia e medite durante o dia.
  3. Faça pausas durante o dia e agradeça a Deus. Conserve um coração grato diante de Deus. Ações de graças fazem parte de uma vida de oração.
  4. Lembre-se durante seu dia, que orações rápidas são válidas, então sempre que possível ore. Antes de uma reunião, antes de uma prova, antes de quaisquer acontecimentos que te causem insegurança, entregue ao Senhor.
  5. Preste atenção durante o seu dia, em pessoas que Deus possa colocar diante de você e se tiver oportunidade, não deixe de orar por alguém também, ao longo do dia. Lembre-se que oração privada e pública crescem juntas.
  6.  E por fim, termine seu dia com uma oração. Entregando esse dia a Ele. 

As formas tradicionais de orações são experiências profundas a cada um, elas incluem adoração,confissões, ações de graças e súplicas. E não tem como essa disciplina não nos mudar ao praticarmos ela diariamente.

 Do dever ao deleite na Oração

Por fim, quero te dizer que não existe uma fórmula, um método para uma vida ideal de oração. Mas você pode começar como um dever e isso irá se transformar em um momento de prazer diante da presença de Deus. No começo, talvez, você não consiga ser tão fervoroso e claro, nem todos os dias serão iguais. Mas é por isso que a oração é também uma disciplina espiritual, algo pelo qual precisamos ordenar nosso espírito a fazê-lo. E lembre-se a oração é uma jornada.

Em Salmos 103, Davi ordena sua alma a adorar ao seu Criador: “ó minha alma, bendize ao SENHOR, e todo o meu ser bendiga seu santo nome. Ó minha alma, bendize ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”. Salmos 103:1,2. Aprenderemos a orar praticando a oração e meditando na palavra. Que o Senhor nos conduza nessa jornada da oração, para que possamos conhecê-lo e prosseguir em conhecê-lo. Deus te abençoe.

As disciplinas espirituais são praticadas pelo povo de Deus há muito tempo. Para os patriarcas, Deus aparecia, se manifestava e os orientava em como prosseguir, como orar e jejuar. Naquela época a palavra era transmitida oralmente, então vemos Deus orientando como ensinar aos filhos e como memorizar a palavra (Dt 6: 4-10). Ao longo de toda a história do povo de Deus,  nós vemos que esses recursos ajudavam as pessoas a se relacionarem com ele. Depois foi ficando mais estruturado.

Acompanhando a narrativa bíblica, vemos que as sinagogas e os cultos surgem. E depois, com Jesus, fica ainda mais claro, pois ele mesmo praticava essas disciplinas no seu dia a dia. Ele se retirava para orar sozinho, participava na sinagoga (Mc 1:21), ouvia a leitura do pergaminho, dos rolos e meditava nessas palavras. Vemos os próprios discípulos perguntando a ele como deveriam orar. Nas cartas de Paulo temos muitas orientações para nos esforçarmos em ter uma vida de devoção, na meditação, na oração, no ensino da palavra, no servir ao próximo e por aí em diante (Col. 1:9-12). Dessa forma, percebemos que as disciplinas estão presentes e são necessárias na vida dos cristãos desde sempre.

A prática das disciplinas espirituais enquanto esperamos em Deus

A maioria de nós pensa erroneamente que Deus irá nos transformar e que nós não precisamos fazer nada. E é por pensar assim que vemos tantos cristãos infrutíferos, imaturos e com uma fé superficial. Precisamos ver a relação que há na vida prática com a nossa fé.  E é aqui que as disciplinas entram. Para nos ajudar a trazer o foco do nosso dia a dia para Deus e a nos lembrar de uma maneira muito mais intencional que Ele existe. E nesse processo, o Espírito Santo irá nos transformar, mas agora conosco intencionalmente buscando isso. Você percebe a diferença?

As disciplinas espirituais nos ajudam em nossos momentos de espera. O que fazemos enquanto esperamos em Deus? As disciplinas são recursos que nos ajudam a ver que Deus está conosco enquanto esperamos nele. Estamos sendo formados a imagem de Cristo nessa espera. E as disciplinas espirituais são recursos que nos colocam intencionalmente em contato com Deus. Então enquanto esperamos nele, nós não ficamos sem fazer nada e apenas esperamos a ação do Espírito Santo. Não! É uma espera ativa.

Usamos nosso tempo, nossa energia, nossa mente. Nós nos submetemos à ação do Espírito Santo, consciente disso. Qual é o mínimo que se espera de um cristão? Que ele ao menos leia a bíblia e tenha uma vida de oração. Essas duas são as principais disciplinas espirituais de onde todas as outras se desenvolverão.  Não há desculpas para o exercício das disciplinas espirituais. 

Disciplinas Espirituais individuais e coletivas

Existem disciplinas que praticamos individualmente, como o silêncio. Para uma boa leitura e meditação da palavra, precisamos do silêncio. A solitude, onde nos retiramos para um tempo de oração a sós. Vemos no evangelho de Lucas, Jesus fazer muito isso. Uma disciplina que eu acho muito interessante é a simplicidade. Ela tem a ver com escolhas que fazemos. Porque temos a tendência de complicarmos e nos ocuparmos com tantas coisas ao invés de simplificar. O descanso é também uma disciplina que muitas vezes ignoramos.  

Temos disciplinas que praticaremos em conjunto, como o servir e a submissão. Praticamos elas quando ajudamos e nos submetemos uns aos outros no serviço mútuo. A memorização  e o estudo da palavra também são disciplinas que praticamos no coletivo. Enfim, são muitas opções para nos ajudar a abranger uma vida de devoção para todo o nosso dia, para toda a nossa semana. E não apenas no domingo ao irmos para o culto, por exemplo. Tem a ver com a nossa rotina de vida. Afinal, somos cristãos em tempo integral e não apenas aos domingos.

Exercer as disciplinas de forma errada

O que dá sentido ao nosso tempo? Como enxergamos a realidade de nossa vida? O que buscamos para trazer felicidade à nossa vida? Se essas questões não estiverem baseadas na revelação de Deus na palavra, tudo o que fazemos ao longo do nosso dia estará distorcido. E a nossa prática das disciplinas estará também. Sabe como? Quando praticamos as disciplinas como barganha com Deus. Por exemplo: vou fazer jejum porque eu quero que Deus faça tal coisa por mim.  

Essas distorções nas práticas espirituais estão ligadas a uma compreensão errada. Talvez hajam pensamentos assim: eu sou uma pessoa boa, então vou fazer tal disciplina porque Deus vai se comprometer comigo no que eu quero. Em retorno ao que eu faço, Ele me dá algo. Como se as nossas obras mudassem a ação de Deus e o desejo dele em nos abençoar ou não. Corrija esse pensamento. Pois as disciplinas são recursos que usamos para nos moldar ainda mais a imagem de Cristo. Jesus é o nosso exemplo. Ele nos ensinou como nos relacionarmos com o Pai através de sua vida aqui. 

A prática das disciplinas nos molda à imagem de Cristo

A palavra nos ensina que Deus é Senhor sobre tudo e que Ele está agindo agora mesmo, redimindo todas as coisas, inclusive a nós mesmos.  Que Jesus veio, invadiu nossa realidade, morreu e ressuscitou e está à direita do Pai já reinando com poder sobre todas as coisas. Deus não está distante. Então até a redenção total, cada ação nossa importa porque está relacionada com a ação de Deus no mundo hoje. 

Por isso, praticar as disciplinas no dia a dia, nos molda à imagem de Cristo. Deus está conosco ao longo do nosso dia. Compreender isso é o primeiro passo para uma grande mudança em nossa renovação de mente. Não fazemos isso sozinhos, isso nos leva ao segundo passo, a nossa participação em uma comunidade de fé. A comunhão dos santos, pessoas que compreendem essa narrativa, essa realidade de vida, que ensinam umas às outras e incentivam umas às outras. Com o encorajamento mútuo, o carregar os fardos uns dos outros. Nos levando às práticas das disciplinas espirituais e assim estamos sendo moldados à imagem de Cristo. Refletindo a sua imagem ao servir a ele e ao próximo.

Que Deus ajude todos a viverem de forma digna ao chamado dele. Que possamos refletir sua imagem, sendo moldados pelo Espírito Santo. Deus está ativo nesse processo de nos transformar. Que alegria saber disso.

Originalmente publicado em 06 de Agosto de 2021

Qual o objetivo de se praticar as disciplinas espirituais uma vez que já estamos salvos em Jesus Cristo? A resposta para este questionamento já levou muitos de nós para algum desses caminhos diferentes em um momento da nossa vida: o de condenação e o de espiritualidade sadia.

O caminho da condenação nos fez acreditar que poderíamos ser salvos e justificados pelas nossas próprias obras, ao praticar as disciplinas espirituais. Nos sentimos orgulhosos e poderosos, porque “parecíamos” mais santos do que os outros. Isso é semelhante aos fariseus que Jesus descreveu, orando e jejuando com um coração cheio de orgulho pelo seu sacrifício espiritual.

Por outro lado, podemos aprender com o Senhor Jesus que nos tornamos cada vez mais maduros em nosso relacionamento de intimidade com Deus quando praticamos as disciplinas espirituais, diferentemente dos fariseus que usavam as  disciplinas com o interesse de se autopromover.

 

Disciplinas espirituais: um caminho para a maturidade

 

Quando pensamos na palavra “disciplina”, geralmente, o que vem à nossa mente de imediato é uma ideia de sacrifício e perseverança. E logo nos lembramos da disciplina empenhada por atletas que precisam de alta performance para alcançar seus objetivos.

Eles se exercitam para que seu corpo seja capaz de corresponder ao máximo em curto tempo e sob pressão. Sua alimentação é balanceada e sua rotina é bastante abnegada, para serem capazes de ganharem um prêmio.

Nesse caso, eles entendem que o resultado não será imediato, mas demandará tempo e repetição no secreto, longe dos olhos das pessoas. Exigirá mudança de hábitos e constância para se aperfeiçoarem a cada dia. 

Aprendi com um querido pastor que assim também funciona a nossa vida espiritual. As disciplinas espirituais funcionam como esse preparo físico do atleta. Ela é o caminho para a maturidade. A maturidade espiritual não é medida pelo muito saber, mas pela obediência, por um coração que ouve as palavras de Cristo e as pratica.

Da mesma forma que ocorre com os nossos músculos ou com novos hábitos que desejamos agregar e que exige repetição, assim também a precisamos exercitar a nossa vida espiritual. Mas para qual objetivo?

 

Disciplinas espirituais: fortalecidos em nosso homem interior

 

Jesus tinha uma vida exterior e pública capaz de atender aos necessitados e de conversar com os doutores da lei, nutrida por uma vida interior prática. Ele só poderia fazer milagres e transmitir a sabedoria e a salvação do Reino de Deus, depois de anos praticando sua espiritualidade no secreto, ou até mesmo antes de tomar algumas decisões ou de falar. 

Pois Eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me deu ordens sobre o que Eu deveria dizer e o que proclamar. João 12.49

Ele nos ensinou a ouvir as suas palavras e as praticar comparando com alguém que constrói a sua casa na rocha. Os cristãos que não praticam as suas palavras constroem sua casa na areia. As tempestades da vida virão e eles estarão suscetíveis a cair por qualquer vento.

O objetivo de praticar as disciplinas espirituais é fortalecer nosso homem interior.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. 2 Coríntios 4:16

 

Disciplinas espirituais: uma vida de intimidade com Deus

 

Praticar as disciplinas espirituais não é uma caminhada solitária, mas intencional. É uma jornada que percorremos na companhia do Espírito Santo de Deus nos levando à estatura do varão perfeito que é Cristo.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Efésios 4:13-15

Não se trata de práticas para obter salvação, porque já somos filhos amados de Deus. Também não se trata de uma tentativa de sermos mais amados por Deus, porque já fomos comprados pelo seu sangue. Trata-se de uma graça divina, que apesar de gratuita, é de alto preço. 

Praticar as disciplinas espirituais é um convite de Cristo para todo cristão que deseja seguir os passos de seu Mestre e vivermos a vida abundante, pisando em cada pegada deixada pelo caminho, até nos tornarmos como ele e nos encontrarmos na glória.

 

Conclusão

 

A prática das disciplinas espirituais não tem o objetivo de nos tornar introvertidos ou alienados do mundo, mas de despertar nosso interior para saborearmos melhor a realidade que Deus criou. Neste processo, a Shalom de Deus equilibra os amores do nosso coração para buscarmos a Deus acima de todas as coisas e amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.

Não percebemos o quanto os amores constantemente moldam nossos desejos. Por mais que saibamos o quanto nossa cultura imediatista preza pelo consumismo, não nos damos conta do quanto nosso interior é orientado por esses padrões. As disciplinas espirituais vão na contramão disso. Quanto mais buscamos viver os passos de Jesus, mais encontramos nele o tesouro da vida.

Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. Gálatas 6.14

 

O principal objetivo das Disciplinas Espirituais é nos fazer parecidos com Jesus. A verdade é que não precisamos “adivinhar” quem Deus É, como Ele age e qual é o seu caráter. Mas podemos conhecê-lo se andarmos com Ele. As Disciplinas Espirituais ajudam nesse processo, que também é possível chamar de santificação.

Boa parte de nós teme a palavra disciplina! Talvez por ela ter sido aplicada em um contexto de injustiça. Por exemplo, quando eu era criança, levei algumas surras e era natural ouvir minha mão dizendo: “Estou te disciplinando porque te amo e não quero ver você sofrendo!”. Sim, eu sei que essa era a verdade profunda do coração dela, mas isso não anula as surras que foram dadas de forma injusta. Por outro lado, posso dizer que em outros momentos, a disciplina aplicada trouxe grande ensino e me fez crescer em maturidade.

Antes de mais nada, é importante entender que a disciplina não é um castigo e nem precisa ser um suplício. Afinal, quantas pessoas têm sido extremamente disciplinadas quanto a sua vida profissional a fim de realizar seus objetivos particulares e de negócios? E por que boa parte dos cristãos encontram grande dificuldade para se esmerar em sua vida com Deus? Simples: a luta contra carne continua por aqui! Saiba, porém, que as Disciplinas Espirituais é um meio de graça que o Senhor nos deixou para crescermos em nosso relacionamento com Ele.

 Quais são as Disciplinas Espirituais?

“Disciplinas Espirituais são as disciplinas pessoais e corporativas que promovem crescimento espiritual. São hábitos de devoção e cristianismo experimental que têm sido praticadas pelo povo de Deus desde os tempos bíblicos.”  Donald S. Whitney

Quando nos referimos a este termo, estamos falando a respeito de: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. São ações práticas da fé que motivadas por amor profundo a Deus gera transformação pessoal.

Segundo Donald S. Whitney, “Deus usa três catalisadores básicos para nos mudar e nos conformar à semelhança de Cristo, mas somente um pode ser amplamente controlado por nós.”

Catalisadores de transformação:

O primeiro catalisador destacado por Donald são as pessoas: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro (Provérbios 27:17). O Senhor usa os relacionamentos nos ensinando a amar até mesmo os nossos inimigos. Somos aperfeiçoados e crescemos através da comunhão dos santos. Aprendemos a receber perdão e a perdoar.

O segundo, são as circunstâncias: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28). Nada acontece sem a permissão do Senhor e mesmo em meio às pressões do dia a dia e aos problemas que enfrentamos, temos esperança e convicção de fé. Entendemos que nada pode nos separar do amor de Deus e sabemos que o Senhor está sempre conosco.  

Estes dois catalisadores são externos e não é possível ter controle sobre eles. Porém, quando se trata do terceiro, das Disciplinas Espirituais, Deus age em nós de dentro para fora. Além disso Donald afirma:

“As Disciplinas Espirituais também diferem dos outros dois métodos de mudança porque Deus nos concede uma medida de escolha a respeito do envolvimento com elas. Nós muitas vezes temos pouca escolha em relação às pessoas e circunstâncias que Deus traz às nossas vidas, mas podemos decidir, por exemplo, se iremos ler a Bíblia ou jejuar hoje.”

 Buscando santidade através das Disciplinas Espirituais

“Não devemos simplesmente esperar pela santidade, devemos buscá-la.” Donald S. Whitney

Não podemos pensar que a santidade cairá de paraquedas sobre nós ou que fluirá milagrosamente do nosso interior sem que Cristo seja a nossa primazia. Em The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado), Dietrich Bonhoeffer deixa claro que a graça é grátis, mas não é barata. Além disso, existe um propósito para a manifestação da graça.

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2:11-14

Jesus pagou um alto preço para que tivéssemos acesso ao Pai. Nós podemos nos relacionar com o Senhor e isso acontece através da meditação (estudo e leitura da Palavra), da oração, da adoração, e de uma vida de fé condizente com as escrituras. Sim! Não é pelo nosso esforço humano que chegamos a Deus, é pela fé, e pelo mover do Espírito Santo em nós. Mas, é neste lugar de ligação que o Senhor deseja nos manter.

Jesus afirmou que só daremos frutos se permanecermos ligados na videira (João 15). Mas lembre-se, o propósito de seu coração é que sejamos seu povo exclusivo e dedicado à prática de boas obras. As Disciplinas Espirituais são importantes para crescimento em santificação. Por este motivo, apresentarei algumas delas neste devocional.

Disciplinas Espirituais: Meditação na Palavra

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16,17

A Bíblia é o Livro de Deus. Com ela podemos conhecer o Senhor. Podemos aprender sobre o caráter e o coração do Pai e a respeito do Filho. A Bíblia exorta, mas também consola. Ele refrigera a nossa alma e nos ensina como proceder em amor. 2 Coríntios 3:6 nos diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica. Não se pode compreender a Palavra sem a revelação do Espírito Santo.

Para ter consistência no relacionamento com as Escrituras é importante encontrar tempo para a leitura. Sabia que se ler 15 minutos por dia, terá lido a Bíblia toda em menos de 1 ano? E se ler 5 minutos por dia, lerá a Bíblia toda em menos de três anos. Ter um plano de leitura te ajudará a manter o foco. Além de lê-la, aprenda a meditar nela. O que isto quer dizer? É preciso parar para refletir sobre o ensino.

Saiba, porém, que a Bíblia foi escrita por homens usados por Deus, em um determinado tempo e para pessoas e situações específicas. No Método Indutivo do Estudo Bíblico, por exemplo, aprendemos a:

  • Observar – o que o texto diz
  • Interpretar – o que o texto significou para os ouvintes primitivos e,
  • Aplicar – o que o texto significa para nós hoje.

Apenas se lembre que, como descrito no Salmo 1, aquele que tem prazer na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite, será como uma árvore plantada junto a corrente de águas, que dará fruto.

Disciplinas Espirituais: Oração

“Dediquem-se a oração” Colossenses 4:2

“Orem continuamente”1 Tessalonicenses 5:17

Orar é uma forma de amar. Pois, quando nos colocamos diante do Senhor, nós falamos sobre o que pensamos, sentimos, desejamos, mas também aquietamos a nossa alma para ouvir o Pai, e aprendemos a orar com o Espírito Santo. Além disso, Jesus já esperava nossas orações, assim como os nossos jejuns. Afinal, está escrito:

“E quando vocês orarem…” Mateus 5:5

“Mas quando você orar…” Mateus 6:6

“E quando orarem…” Mateus 6:7

“Vocês, orem assim…” Mateus 6:9

 “Por isso lhes digo: Peçam;… busquem;… batam…” Lucas 11:9

“Então, Jesus contou aos seus discípulos… que eles deveriam orar sempre…” Lucas 18:1

Mais que uma imensa lista de pedidos egoístas, a oração nos dá oportunidade de entrar em parceria com Deus para orarmos segundo a sua vontade e conforme a sua Palavra. Falamos de volta para Ele o que Ele já tem falado sobre nós.

Disciplinas Espirituais: Jejum

“Quando vocês jejuarem, não fiquem com uma aparência triste, como os hipócritas; porque desfiguram o rosto a fim de parecer aos outros que estão jejuando. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, a fim de não parecer aos outros que você está jejuando, e sim ao seu Pai, em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.” Mateus 6:16-18

Outra Disciplina Espiritual é o jejum, o que não é apenas se abster de alimentos para perder alguns quilinhos. A abstinência voluntária tem um propósito espiritual. Na Bíblia, existem jejuns particulares, congregacionais e até nacionais, chamados por uma liderança e com o fim de arrependimento, por exemplo.  Mas, existem outros exemplos bíblicos de jejum e te encorajo a pesquisar sobre eles.

Jesus disse que os seus discípulos jejuariam quando chegasse a hora. Ele também nos ensinou um padrão de jejum, que como tudo que diz respeito às Disciplinas Espirituais, tem a ver com a motivação do coração. Se orarmos, lemos a palavra ou jejuarmos apenas para sermos vistos pelos homens ou para cumprir uma regra, então, já recebemos a nossa recompensa. Entretanto, tudo que for feito em secreto será recompensado pelo próprio Deus.

Originalmente publicado em 13 de agosto de 2021

Jesus é o principal modelo de generosidade. Ele nos amou tão intensamente que derramou sua vida na cruz. Se hoje, eu e você sabemos o real sentido dessa palavra (AMOR), foi porque o Senhor decidiu se doar de forma extremamente bondosa rasgando o véu que nos separava dele.

Em 1 Coríntios 11.23, lemos: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isso em memória de mim.”

Da mesma forma que Ele doou sua vida, Ele nos chama a abrir mão dos nossos direitos para privilegiar aqueles que estão à nossa volta. Dar é melhor que receber (Atos 20.35). Para isso, é preciso ATITUDE e não apenas palavras. É nossa ação que demonstra que permanecemos nele:

Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. 1 João 3:16-18

A generosidade de que estamos falando é reflexo do amor transbordante que recebemos em nosso encontro com Jesus e vai muito além do dinheiro. Somos generosos quando saímos de nossa zona de conforto para consolar alguém que Jesus ama e de alguma forma deixarmos sua vida mais leve. Ser generoso é se tornar um sinal de Deus para outro ser humano.

 

Sendo generoso e experimentando generosidade

“O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. Provérbios 11.25

Em nossa jornada como cristãos podemos passar por várias situações. Em alguns momentos, seremos a mão generosa a abençoar, mas em outras ocasiões, podemos ser exatamente aqueles que recebem o socorro. Você já experimentou generosidade? Como missionária, vivi muitas dessas experiências.

Em um período em que me preparava para um projeto específico em missões, eu precisava de uma grande quantia em dinheiro para viajar de Curitiba até São Paulo para pedir um visto internacional. Nessa ocasião, compartilhei meu projeto em um culto na Base de Almirante Tamandaré, da qual fazia parte.

Depois de alguns dias, um missionário me procurou dizendo que Deus tinha lhe dito que era para ele me dar uma oferta. O detalhe dessa história, é que meu novo amigo deu tudo o que possuía para suas despesas e compromissos, apesar de num primeiro momento ter questionado a Deus sobre ofertar, mesmo querendo me ajudar. Era um valor bem alto que cobriria todas as minhas despesas. Ele teve que ter uma atitude de fé e confiança. Minha provisão veio através de sua obediência à voz de Senhor e de seu desapego ao dinheiro.

Da mesma forma que recebi, também tive várias oportunidades para servir, tanto através de uma oferta, como limpando uma casa, cuidando de uma criança, disponibilizando meu tempo para ouvir e orar com alguém necessitado.

Pense nos seus vizinhos e nas pessoas que estão no seu trabalho. Existe uma forma de deixar suas vidas um pouco mais leves mesmo que por um instante? Há como demonstrar amor em uma ação prática? Muitas são as necessidades dos homens e existem tantas privações emocionais, ansiedade, medo e dor. Eu e você podemos exercer generosidade quando paramos de olhar para nós mesmos e passamos a ver o outro através dos olhos de Jesus.

 

Não damos pelo que temos, mas pela fé em Jesus

“O cobiçoso cobiça todo dia, mas o justo dá e nada retém.” Provérbios 21.26

A cobiça e o egoísmo são naturais ao homem. Porém, como cristãos, não somos chamados a viver mais como homem natural e sim como homem espiritual. Somos desafiados a andar como Jesus andou e a viver no Espírito, vencendo nossos medos e insegurança e confiando em Deus. Enquanto o cobiçoso retém, passamos a dar com alegria, porque nosso coração se enche de fé e sabemos que seremos supridos.

Não é uma troca. Não abençoamos ou exercemos generosidades para receber um bem ou prosperidade. Essa não é a motivação de um coração sincero. Mas, o transbordar do amor de Deus nos constrange de tal forma que a nossa única ação é agir como Jesus sempre agiu. Pois, generosidade e compaixão fazem parte dos valores do Reino de Deus.

Tocando o leproso, curando os enfermos, cuidando daqueles que não podiam se cuidar. Multiplicou os pães e alimentou uma multidão. Transformou a vida de pecadores. Amou os não amados, os rejeitados, Ele acolheu. Isso é generosidade. Seu testemunho mudou a vida de seus discípulos que seguiram o seu testemunho fazendo tudo o que Ele ensinou.

Ninguém está excluído de exercer generosidade. Qualquer um de nós por menor que seja o nosso recurso pode se doar com graça e amor, se compadecendo do aflito e do irmão. Isso não é sobre dinheiro, mas sobre as motivações do coração.

Não damos sobras, mas damos o nosso melhor porque essa é a vontade de Deus. Somos generosos porque Deus é generoso e bom em tudo o que faz.  Ele criou todas as coisas para o nosso deleite: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas” Salmos 104.24

 

Desafio Prático:

  •         Pense em como Deus tem sido generoso com você. Anote alguns itens.
  •         Ore em como ser generoso de forma prática nesta semana.
  •         Faça uma lista de 5 maneiras de ser generoso de forma simples no seu dia a dia.
  •         Escolha 2 ações de sua lista e as coloque em prática. 

 

 Generosidade significa: ”virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício do outro”. Ou seja, ser generoso é dar, mas não esperar retorno, buscar apenas a satisfação do outro. Que virtude mais preciosa! Você sabia que andar em generosidade é uma orientação bíblica para nós? Iremos tratar sobre esse assunto em nosso blog nesse mês.

Existe alegria ao ser generoso

Quando lemos a segunda carta de Paulo à igreja de Coríntios, o capítulo 9 nos traz um texto cheio de detalhes sobre generosidade. Apesar de ser um texto usado para o momento das ofertas, ele nos traz um aspecto da generosidade que é muito verdadeiro: o aspecto de dar com alegria. ”Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria”. 2 Coríntios 9:7.

Nesse sentido, perceba que a generosidade dá sem peso ou remorso, não espera retorno. Ao contrário do avarento que também dá, mas com a atitude errada em seu coração, como uma obrigação e espera por algum reconhecimento ou vantagem. Aliás, outro aspecto que percebemos da generosidade é o prazer nessa atitude.

Logo, existe alegria ao ser generoso. A generosidade não diz apenas ao valor monetário, temos tanto a dar para alguém. Nosso tempo, nosso conhecimento, nossa força, nossas palavras sim, nossas palavras. Podemos abençoar e elogiar as pessoas, orar por aqueles que precisam, nós podemos visitar as pessoas e dispor do nosso tempo. Tudo isso faz parte de um coração grato que se expressa em generosidade e amor. Não temos desculpas para não sermos generosos.

Desse modo, o amor é a ação que caminha junto da generosidade. Paulo mais uma vez nos lembra disso: “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que eu entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me traria benefício algum”. I Coríntios 13:3.

Não há desculpas para não sermos generosos

Ademais, precisamos enxergar a necessidade do outro, lembre do exemplo dos amigos de Jó que não foram bons amigos em seu momento mais difícil, porém, a atitude generosa de Jó de interceder por eles fez com Deus o abençoasse em dobro. Pois o coração generoso é assim visto por Deus, como alguém que reflete os atributos do próprio Deus generoso e está sempre buscando favorecer o outro.

Ou seja, andar em generosidade é a expressão de uma vida que muito recebe e por isso é grato. Podemos ser generoso no nível que estamos, seja ele qual for. Não há desculpas para  não sermos generosos. Quer exemplos práticos e simples? Comece elogiando pessoas a sua volta, isso tornará o dia do seu próximo mais leve. Que tal embelezar alguém com uma peça de roupa sua? Não aquela roupa já surrada, pelo contrário dê o seu melhor, dê com alegria. Não há ninguém que não possa ser generoso, até as viúvas pobres que vemos na bíblia eram generosas. A generosidade motivada pelo amor entende que o próximo é toda pessoa que precisa de algo, sendo assim, ela te faz perceber o outro.

Para exemplificar, eu conheci uma pessoa que marcou minha vida com sua generosidade. Ela era muito simples, aposentada e que precisava comprar todo mês seus remédios, ou seja, ela não teria como ser generosa distribuindo esmolas ou dando dinheiro às pessoas próximas a ela. Mas ela nunca deixava você sair da casa dela de mãos vazias, ainda que fosse um pano de prato de presente, uma dúzia de ovos de suas galinhas de estimação ou mesmo um docinho que ela recém tinha assado.

É melhor dar do que receber

Sem dúvida, pessoas generosas não medem esforços para alegrar a vida do outro, até porque isso é o que enchem elas de prazer. E acredite no que a bíblia diz: “ é melhor dá do que receber”. E como já vimos não se preocupe com dinheiro, a generosidade vai além. Deus deu algo a nós que dinheiro nenhum no mundo cobriria o valor: seu Filho.

Por fim, nós podemos expressar nossa gratidão a Deus, estendendo generosidade ao nosso próximo. Não espere a ocasião certa, pois a generosidade não mede esforços e não exige nada. Lembre-se sempre: existe alegria em ser generoso. C.S. Lewis disse: “Há uma doce teologia do coração que só se aprende na escola da renúncia”. Que tal começarmos hoje mesmo a praticar um coração movido pela generosidade?

Deus abençoe!

Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus”. 2 Coríntios 9:11.

Vamos falar um pouco sobre generosidade? 

Primeiramente vamos entender a definição do que é generosidade. 

Segundo o dicionário é: qualidade de generoso ou virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem; magnanimidade. 

Generosidade implica geralmente em atos que beneficiam outras pessoas, mas ao praticar generosidade nós naturalmente nos tornamos mais felizes e realizados. 

Há maior felicidade em dar do que em receber”. Atos 20:35b 

Um coração grato levará você e eu a praticar generosidade de uma forma muito natural e abençoadora. 

Acredito que quando vivemos gratidão ao Senhor inegavelmente iremos expressar gratidão em cada uma das áreas da nossa vida. 

Praticar generosidade pode e deve transformar nossa vida. 

A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido. Provérbios 11:25 

Quando generosidade é algo que faz parte do que somos chamados a ser, coisas grandiosas acontecem em nossas vidas. 

 

O que acontece quando expresso generosidade? 

Uma das primeiras coisas que vai acontecer será você se conectar mais com Deus.

Ao expressar generosidade nos tornamos mais sensíveis para escutar ao nosso Pai. 

Pessoas generosas são cheias de amor, bondade e felicidade. 

Generosidade geralmente contagia as pessoas ao nosso redor. Generosidade sempre irá atrair pessoas. 

Essas são apenas algumas coisas que acontecem aqueles que são generosos. 

Observe os versículos abaixo: 

 

E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;

Conforme está escrito:Espalhou, deu aos pobres;a sua justiça permanece para sempre.

Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;

Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus.  2 Coríntios 9: 8-11 

 

Aqui Deus quer nos ensinar através das palavras de Paulo algo muito maior do que somente semear nossas finanças. 

A generosidade fala de coisas muito mais importantes do que somente semear nossos recursos financeiros. 

Podemos e devemos semear nosso tempo tanto para Deus como para as pessoas. 

Aliás, num momento no qual o tempo é tão valioso como o ouro, ser generoso com o seu tempo é uma expressão maravilhosa de amor e bondade. 

Podemos ser generosos quando pagamos uma conta para alguém, quando paramos nosso carro para ajudar alguém que está necessitando. 

Semelhantemente quando separamos roupas ou sapatos dos muito que já temos e doamos para os que não tem. 

Quando pensamos em uma ou nas muitas crianças que necessitam de ajuda em países menos favorecidos e enviamos algo para que elas tenham quem sabe um natal mais cheio de alegria. 

 

Filhos de um Deus generoso 

Deus é a máxima expressão de generosidade. 

Aquele que deu seu próprio filho em favor de todos nos pode ensinar muito sobre o que é ser generoso. 

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16 

Observe a palavra ¨deu¨ , aqui vemos o quanto nosso Deus é poderoso em doar e não exige nada menos do que a mesma expressão de cada um de nós. 

Seus filhos precisam expressar atos de doar sem medidas e não porque temos muito ou nos sobra, mas simplesmente porque isso é parte do que somos Nele. 

Deus espera que você e eu andemos em generosidade porque Ele em sua natureza é generoso. 

Necessitamos ser generosos ao ponto de que isso seja nosso estilo de vida e não atos eventuais. 

 

Expressamos generosidade ao compartilhar o evangelho

Com toda certeza que quando levamos a mensagem de Jesus é uma das maiores expressões de generosidade. 

Infelizmente essa geração está muito mais preocupada com quantos seguidores pode obter do que quantos seguidores já levaram aos pés do salvador. 

Jesus não veio ao mundo para ser servido, Ele veio para servir. 

O que nos leva a pensar que conosco seria diferente? 

como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Mateus 20:28

Generosidade nos protege dos desejos imediatistas deste tempo e também cria em nós riquezas eternas. 

 

Sou generoso quando oro por algo ou alguém 

Cremos no poder da oração e talvez você nunca tenha ligado a generosidade. 

Mas as duas coisas caminham juntas. Pessoas generosas entendem o poder de semear suas orações. 

Orar por uma causa, carregar peso de oração por uma nação ou por uma pessoa  é claramente expressar generosidade. 

Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. Jó 42:10 

Primordialmente precisamos entender em qual lugar estão os nossos tesouros e se eles são eternos ou temporais. 

Quando nossos corações não entendem que ser generoso é muito além de ter ou não, dar ou reter, então ainda estamos buscando tesouros temporários. 

Mas quando nosso coração já entendeu o poder de uma vida generosa então nosso tesouro é daqueles que duram para sempre. 

Nosso amigo Jó entendeu isso em plenitude. 

Hoje convido você a refletir em tudo o que aprendemos neste texto e deixe Deus falar ao seu coração sobre como expressar ainda mais generosidade em sua vida diária. 

Que o Senhor nos ensine hoje a sermos mais generosos e que possamos ter um estilo de vida de generosidade. 

 

Vamos orar? 

Senhor Jesus, necessitamos da sua ajuda hoje porque queremos nos parecer cada dia mais contigo, nosso amado mestre e salvador. 

Nos ensina hoje o que é generosidade e que possamos ser generosos em tudo e de todo o nosso coração. Que sobretudo possamos entender o poder e a alegria da generosidade em um mundo que necessita tanto de pessoas que olham para o seu próximo, o enxerga e principalmente o ajuda em tudo o que é preciso. 

Que generosidade seja uma marca da tua parte em nós e que esse também seja nosso estilo de vida. Amém 

Quando jejuamos uma das principais mudanças que deve acontecer é em nós mesmos. Jejuamos por entender que isso nos leva para mais perto do mestre, isso posiciona nosso coração, e também nos aproxima de nosso Senhor.

 

Jesus ao ser questionado sobre o motivo pelo qual seus discípulos não jejuavam,  responde desta maneira: 

 

Então os discípulos de João vieram perguntar-lhe: “Por que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não? ” Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão. Mateus 9: 14,15 

 

Aqui claramente vemos que jejuar posiciona nossos olhos no Mestre, o Noivo já não está em carne ao nosso lado, então este é o tempo de jejuar. 

O que acontece quando jejuamos? 

 

Ao jejuar iremos adquirir uma sensibilidade maior para as coisas dos céus. Nossos ouvidos se tornarão mais aptos para escutar a voz de Deus e obedecer. Jejuamos para calar nossa carne e elevar nosso espírito as coisas do alto. 

 

Jejum aliado a uma vida de oração podem te colocar em um nível de intimidade muito maior com o Senhor. 

 

Jejuamos para receber direções e obter respostas às nossas orações como Daniel fazia. 

 

Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza. Daniel 9:3 

 

Ao jejuar mudamos coisas dentro de nós. O jejum tem o poder até mesmo de modificar a atmosfera e as circunstâncias como aconteceu quando Ester jejuou: 

 

Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci. Ester 4:16 

 

Se você conhece a história de Ester sabe que ela não pereceu. Deus escutou as orações e viu o jejum, trouxe livramento tanto para Ester como para o seu povo. 

 

Realidade dos céus 

 

Quando jejuamos calamos todas as outras vozes que cercam nossas vidas, podemos escutar nosso Deus e até mesmo ouvir aos céus. Também purificamos nossa mente e alinhamos nosso coração a tudo o que é eterno. 

 

Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6:10 

 

Este versículo é uma das minhas mais recorrentes orações. Se você já recebeu uma oração minha ou me escutou orar, saberá que eu sempre clamo para que a realidade do céu invada a terra. Acredito que uma vida de jejum e oração traz os céus para muito mais perto de cada um de nós. 

 

Te convido hoje a um tempo de consagração em jejum e oração, não pelo que Deus pode fazer por você, mas pelo que Ele é. Jejue por ter anseio pelo Noivo, jejue por amor a Ele

 

Deus te abençoe. 

 

A prática do Jejum

O jejum tem sido praticado ao longo da história do evangelho. Em muitas épocas e situações distintas podemos observar personagens e líderes se levantando para convocar o povo de Deus a jejuar e orar, demonstrando assim, total dependência do Senhor. Não sei qual é a sua referência bíblica preferida quando se trata da prática do jejum, mas neste devocional, quero refletir a respeito de alguns homens que podem nos ensinar sobre essa disciplina espiritual.

Esdras e o jejum de uma comunidade

Esdras retornou a Jerusalém após um longo período de exílio do povo de Deus. Era preciso restaurar a nação e isso não se limitava a uns poucos escolhidos. Muitos seriam os perigos enfrentados no decorrer do caminho e ele sabia muito bem dessa realidade.

Quando Artaxerxes o enviou de volta para Jerusalém, o escriba sentiu vergonha de pedir um exército para protegê-los, pois tinha dito ao rei que a boa mão do Senhor os guardaria. Porém, diante de tudo o que podia lhes acontecer, de todos os perigos e tragédias, do medo e das inseguranças, vemos Esdras conduzindo o povo por um caminho de confiança e total dependência a Deus. Um caminho de humildade e reconhecimento de que a proteção de Deus é melhor que a proteção dos homens.

“Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso. Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam. Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu”. Esdras 8:21-23

E você sabe o que aconteceu durante a travessia? Deus ouviu o clamor do seu povo e respondeu aquele jejum com proteção e tudo mais que eles precisavam. E essa história não é diferente do que o Senhor quer e pode fazer por nós.

Libertação que se iniciou com Jejum

História semelhante ocorreu com Neemias que também era um refugiado, um copeiro do rei dos Persas. Quando seu irmão veio visitá-lo, ele ouviu sobre a condição lamentável de sua nação:

“veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá; então, lhes perguntei pelos judeus que escaparam e que não foram levados para o exílio e acerca de Jerusalém”. Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derrubados, e as suas portas, queimadas”. Neemias 1.2-3

Aquela notícia foi terrível para o coração de Neemias, ele se assentou, chorou, lamentou e jejuou. Você consegue imaginar tal realidade em nossos dias? Nos momentos em que formos pegos pelas más notícias ao assistirmos os jornais ou vemos a internet? As tragédias assolam a humanidade, a cidade onde moramos e até mesmo os vizinhos ao redor. Lamentamos, às vezes choramos, mas até que ponto nos compadecemos de forma a “perder” a fome para buscarmos a Deus. Pode ser difícil perder a fome, mas podemos jejuar voluntariamente se nosso coração se quebrantar no Senhor.

Ao lermos a oração de Neemias no capítulo 1 de seu livro, mais uma vez somos tomados por um exemplo de confissão de pecados, humilhação e dependência de Deus. Esse é um dos propósitos do jejum: tornar nosso coração terno para com Jesus. Deus resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde (Tiago 4.6).

Quando uma comunidade se reúne para orar e jejuar

Atualmente não resido em Florianópolis e uma das coisas que mais sinto falta é de poder jejuar em comunidade como na fhop. Jejuar traz desafios, e fazer esse propósito como comunidade local é extremamente poderoso, tanto no coletivo como individualmente.

Hernandes Dias Lopes afirma que: “Jejuar é se abster de algo legítimo, bom, para apropriar-se de algo melhor. Se abster do alimento do corpo para buscar comunhão com Deus.”  

Quando os recursos humanos se esgotam é o momento providencial para voltarmos a Deus em oração e jejum, pois a ajuda de Deus é mais poderosa que a ajuda de homens fortes.

Lembre-se que o próprio Jesus só começou seu ministério após ser batizado e passar por um longo período de 40 dias de jejum. Isso foi o que ele mostrou como a preparação para o seu lançamento como líder e salvador dos homens.

Neste jejum, nosso foco de oração tem sido: A Igreja de Cristo; Um romper do Senhor no Brasil e a Conferência Onething 2022

Um convite a fraqueza

Não sei como você chegou nesse texto, confesso que o título não é nada atrativo. Afinal, quem convida alguém a fraqueza? E quem em sã consciência aceitaria? É um convite radical direcionado a corações apaixonados. Vamos falar sobre o jejum e um dos efeitos dele sobre nós: fraqueza

Se você já aceitou o desafio de fazer um jejum alguma vez na vida, você já deve saber que o jejum é como uma prensa, ele extrai de nós o que temos para ser extraído. É desconfortável e por vezes agoniante. 

Desejos não concedidos são barulhentos

Um dos chamados intrínsecos no chamado ao jejum é o convite a abraçar fraqueza voluntária.  Quando intencionalmente nos abstemos de prazer, conforto ou necessidades humanas básicas, como a comida ou entretenimento, podemos ver saindo de nós várias respostas. Literalmente não deixamos de alimentar e fortalecer quem normalmente tem a voz de comando na nossa vida e isso tem um efeito colateral.

Somos seres nascidos e criados para prazer. Somos formados por desejos. Não percebemos muito isso até que esses desejos não sejam supridos. Quando suas vontades são negadas eles como crianças birrentas, fazem escândalo querendo serem obedecidos a qualquer custo.

Mike Bickle fala que “Uma das primeiras coisas que descobriremos quando nos entregarmos ao jejum e à oração, e ao silenciar a carne é que nosso clamor interno é mais escandaloso do que imaginávamos. Nada revela o quanto nossos desejos e anseios são barulhentos até eles terem seus apelos negados.” (As Recompensas do Jejum, pg. 75)

Esse barulho nos denúncia: não somos tão fortes ou espirituais como achávamos, somos fracos e necessitados de misericórdia urgente. Por incrível que pareça na constituição do reino de Deus isso é uma coisa positiva e boa para nós. 

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. – Mateus 5:3,4

Por que eu abraçaria a fraqueza? 

Essa resposta é simples: porque Jesus abraçou a fraqueza! Vamos lembrar das palavras de instrução de Paulo em Filipenses 2:

Tenham a mesma atitude demonstrada por Cristo Jesus. Embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano. Quando veio em forma humana, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz.  Filipenses 2:5-8

O jejum é um dos métodos pedagógicos de Deus para doutrinar nosso corpo, mente e coração a escolher e buscar o que realmente importa, o que realmente é necessário. É como bradar ao Senhor, mesmo em dor e agonia da nossa carne: “- Deus, você é a coisa mais importante, posso viver sem comida, sem prazeres, sem conforto, mas não posso viver sem você!”. E pregar para a própria alma: “- Oh minh’alma, deleite-se no Senhor, todo seu anseio é pelo seu Criador. Você será suprida, Ele é suficiente”.

Catalizador de santificação 

A exposição a fraqueza do jejum vai nos deixar mais conscientes de como ainda somos carnais, idólatras, egocêntricos e egoístas. Nosso único escape nesse cenário é correr para Deus, que por outro lado está abastecido de graça abundante e pronta para ser liberada em nossa direção. Graça essa que vem com favor para viver de maneira digna do chamado e pulsantes no primeiro e maior mandamento: amar ao Senhor com todo coração, alma, força e entendimento. A consciência pode ser encaminhada ao arrependimento e logo a transformação.

Alinha os afetos – “teu amor é melhor que o vinho”

O jejum vai fazer a carne perder forças, ser desmascarada e morrer. Ao mesmo tempo que seu homem interior será fortalecido e abastecido com a verdadeira comida, seus afetos e desejos serão reconduzidos e reeducados. Ou seja, o prazer em Deus aumenta. 

Chegaremos cada vez mais à percepção de que “o seu amor é melhor que o vinho” (Cantares 1:2). Essa declaração não diz só que Deus é melhor que o pecado, mas que ele também é melhor que os prazeres lícitos. Nossos amores serão realinhados a viver a premissa que Deus é melhor que a mentira, inveja, imoralidade e drogas. Mas também aprenderá que Deus é melhor que comida gostosa, um bom casamento, amor dos filhos, sucesso no emprego, ministério ungido. 

A dinâmica do reino é confusa e de cabeça para baixo para nós, porém é completamente o tipo de vida que fomos criados para ser e funcionar, ainda que o pecado nos puxe ao contrário. Minha oração por nós é que o anseio pela intimidade e conexão com Deus nos faça como Maria de Betânia, João Batista, Daniel e Paulo que escolheram a sua coisa mais importante que organiza nossas prioridades e anseios. Abraçando a fraqueza foram fortes em Deus.