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Como cultivar uma vida de virtudes ao invés de vícios?

Evangelho

Você já se pegou sendo moldado em seu caráter por algum vício, hábito ruim, ou por algumas virtudes? É verdade que eles estão moldando a vida de cada indivíduo aos poucos.

É natural e muito mais fácil cultivar hábitos na vida sem pensar à respeito deles. Sem parar para refletir sobre eles, se estão sendo bons ou ruins; se agradam a Deus ou se não.

A vida está passando e a cada ano tem sido mais fácil se tornar mais ansioso, mais temeroso à respeito do futuro ou mais impaciente? Se algo na vida tem causado algum desespero aos filhos de Deus, é preciso parar e colocar esses desafios diante do Senhor como também, descobrir as respostas na Palavra.

O que a Bíblia adverte sobre cultivar vícios e virtudes?

Entendemos que as virtudes são qualidades que o Espírito Santo trabalha para imprimir naqueles que estão sendo transformados à semelhança de Cristo. Elas são inúmeras e podem ser demonstradas ao longo de toda a narrativa bíblica. Através de um Deus que se revela santo e que deseja formar um povo para si santo e irrepreensível, onde a adoração a Deus, as leis e essas virtudes serão escritas no coração dos homens.

Essas virtudes estão espalhadas em toda a Palavra de Deus, como por exemplo a sabedoria (em Eclesiastes e em Provérbios), a coragem (em Josué), a gratidão (principalmente em Filipenses), a justiça (nos Evangelhos), a humildade (na vida de Jesus) e, principalmente, os Frutos do Espírito (em Gálatas).

E os vícios são pecados e, que por desagradarem a Deus, não o glorificam como Deus, e, portanto, afastam os homens da comunhão com Ele. Eles também são descritos em toda a narrativa Bíblia tendo seu início em Gênesis com a queda de Adão e Eva.

Esses vícios são impurezas das quais todo ser humano é suscetível devido a sua natureza. As Escrituras advertem que o ponto crucial da relação entre a criação humana com o seu Criador é a comunhão com Deus, que direcionará a identidade dessas criaturas,  a fonte de todo sentido e a razão de se manter todas as virtudes.

E quais são alguns desses vícios? Por exemplo, a preguiça (descrita em Provérbios), o orgulho ou o egoísmo (descritos em várias porções das Escrituras), homicídios e roubos (descritos nos Dez mandamentos) e as obras da carne (descritas em Gálatas).

Cultivar virtudes para glorificar a Deus

Há uma diferença importante entre cultivar virtudes com o intuito de somente ser uma pessoa melhor, e viver de modo que glorifique a Deus. Entenda que Jesus mesmo diz que:  “bem aventurados os que choram, bem aventurados os pobres de espírito” (Mt 5:4). A diferença está em quem você adora.

Para os filhos de Deus, cultivar virtudes é caminhar na dependência do Espírito Santo e, antes de tudo, buscar conhecê-lo e adorá-lo. É primeiro maravilhar-se com Deus, para então maravilhar o mundo refletindo essas virtudes.

Além disso, antes de conquistar o mundo é preciso maravilhar-se com o único Deus verdadeiro de atributos infinitos.  Ademais, é ter em mente que as virtudes a serem impressas nos corações de carne refletem quem Ele é, e quem ele deseja que esses sejam.

Cristo, o mais virtuoso e sem pecado, o que o motivou a obedecer até a morte? Glorificar o Pai. No momento em que suou sangue, ele renovou o voto de entrega e submissão ao Pai. E por este mesmo motivo, o cristão é transformado pelo poder do Espírito Santo para glorificar cada vez mais o Pai.

A felicidade do mundo produz uma vida adequada e centrada em si mesmo, sem pretensões nenhuma de glorificar ou reconhecer a glória a Deus. Os cristãos não, uma vez que fazem parte de uma grande história sendo dirigida por Deus, desde há muito tempo, aguardam a volta de Cristo. Por isto, buscam ser aperfeiçoados!

Deste modo, o cristão precisa se lembrar que Jesus estabeleceu a centralidade de suas vidas e reordenou os seus amores. Por isso, a gestão de habilidades, do tempo e da capacidade de exercitar virtudes são decorrentes desta comunhão com Deus. Esta comunhão é a força motriz de se tornar uma pessoa melhor e mais feliz.

 Qual a raiz de todas as virtudes?

Pensar sobre virtudes sem mencionar o que as impulsionam, não tem sentido.  E diferente de todas as respostas de filósofos ao longo da história, o apóstolo Paulo respondeu com clareza esta pergunta. Ele afirmou que sem amor os sacrifícios mais nobres, as atitudes mais bonitas, não valeriam de nada. Porque o amor é a fonte de todas as virtudes.

Segundo o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13:

“O amor é paciente

O amor não é invejoso

O amor não se orgulha

O amor é benigno

O amor não se porta com indecência

O amor não busca os próprios interesses

O amor não se enfurece

O amor não guarda ressentimento do mal

O amor não se alegra com a injustiça

Mas o amor se alegra com a verdade

O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Assim, todas as virtudes estão reunidas em um só lugar e de lá todas elas partem, uma vez que do coração procedem as fontes da vida (Provérbios 4:23).

Então, amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento é o destino de todo cristão. Razão pela qual mais facilmente a mente, as emoções e as paixões do coração serão submetidas a Deus em comunhão e serão transformadas segundo sua vontade.

Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele. – John Piper

A comunhão com Deus precisa ser central na vida do cristão, porque este vive para ter relacionamento com Ele!

Moldando a rotina para moldar a mente

Para mudar os vícios e transformá-los em virtudes, segundo a Palavra de Deus, é necessário interferir essencialmente na rotina. Isto é, mudar a rotina é o meio mais efetivo de priorizar na mente e estabelecer no coração a comunhão com Deus.

Desse modo, isto moldará as prioridades de sua agenda de forma que eduque a sua mente e o seu corpo a se submeterem ao Senhor, como um culto racional a Deus, oferecendo-os como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 121:2).

Neste caso, as disciplinas espirituais fortalecerão o seu coração no lugar certo e o ajudaram a descansar em Deus quando as preocupações surgirem.  Ao invés de ser movido pela pressa, medo e por todos os outros vícios, a comunhão com Deus firmará os pés em rochas que não se abalam e produzirá em você mais da vida de Cristo.

A parábola dos talentos traz continuidade aos ensinos de Jesus, iniciado na parábola das dez virgens, no capítulo 25 do livro de Mateus. Essas duas parábolas estão ligadas a um comportamento de espera, onde percebe-se que cada parábola tem em seu contexto elementos semelhantes, mas intenções diferentes.

Na parábola das dez virgens Jesus nos mostra a necessidade da atenção com caráter interno, mas na parábola dos talentos Jesus nos fala da prática externa. Herbert Lockyer fala sobre a vigilância e ação, utilizando como exemplo o texto de Neemias 4:18.

“E os edificadores cada um trazia a sua espada à cinta, e assim edificavam, mas o que tocava a trombeta, estava junto de mim.” Hebert Lockyer

Loycker explica que esta é a combinação fornecida por essas duas parábolas: a parábola das dez virgens nos ensina a necessidade de vigilância e a dos Talentos, o dever do trabalho.

Esse contexto é importante para o melhor entendimento da parábola dos talentos. No antigo oriente, no tempo de Jesus, os ricos tinham uma prática bastante comum: quando esses senhores precisavam se ausentar da cidade, eles chamavam seus servos de maior confiança. E faziam deles os administradores de toda sua terra e seu dinheiro. Estes tinham liberdade para negociar e gerar lucro para o seu senhor no período que ele estivesse fora. É com base neste costume que a parábola dos talentos é contada. E não é difícil entendermos a sua mensagem: o senhor rico é o Senhor Jesus Cristo, e sua viagem se trata do período compreendido entre a sua primeira e a segunda vinda.

Mas o que eram esses talentos? O que Jesus estava querendo ensinar com essa parábola?

A palavra “talento” utilizada na parábola vem do termo grego “talanton” e no mundo romano do primeiro século, um talento era uma moeda de mais alto valor, o equivalente a 20 anos de trabalho recebendo um salário mínimo mensal. Contudo, apesar de estar mencionando essa quantia grande de dinheiro, Jesus não está aqui ensinando teoria econômica, mas ele está transmitindo uma mensagem. Há uma grande influência dos textos judaicos no ensino sobre a fidelidade ao Senhor e esta é parte da base para o princípio usado nessa parábola, como veremos a seguir.

Encontramos similaridades entre a parábola e um escrito judaico chamado “Ahiqar 192”: “Se o teu senhor te confiar água para que guardes, e não te mostrares confiável nesta tarefa, como ele poderá deixar ouro na tua mão?” Claramente o ensino de Jesus deixa transparecer a influência judaica – Jesus era judeu e praticava o judaísmo – e seus discípulos, aos quais ele contou essa parábola eram judeus e esse discurso não era algo desconhecido de suas realidades.

Outro exemplo de influência de literatura judaica

Está relacionada à expressão encontrada nos textos de Mateus 25:29 e Lucas 19:26. Existe uma semelhança destes textos com o texto judaico “m ‘Abot 4.2”:

“Corre para cumprir o menor dos teus deveres como se fosse o maior deles e foge da transgressão; pois um dever traz outro depois dele e uma transgressão traz outra depois dela; mas o prêmio de dever cumprido, é outro dever a ser cumprido, e o prêmio de uma transgressão é outra transgressão.”

Este texto está relacionado com o ensino de Jesus sobre a recompensa que teremos no dia do seu retorno. Os talentos nada mais são do que os dons dados por Deus para a edificação de sua Igreja a fim de prepará-la para o dia das bodas do Cordeiro, assim como o evangelho da salvação, a graça, seu amor, sua revelação descrita nas Sagradas Escrituras. São dons dados por Deus, nada do que usufruímos é nosso, portanto todo o resultado produzido com o que recebemos do Senhor pertence a Ele.

Por isso Paulo nos diz:

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” 1 Coríntios 10:31

Cabe salientar que dons espirituais são aqueles listados em Efésios 4:11-12 e servem para o aperfeiçoamento do corpo de Cristo. Enquanto que habilidades são capacidades naturais inerentes à cada um de nós e que podem ser cognitivas, sociais ou físicas.

De acordo com a parábola, na distribuição dos talentos, um recebe cinco, outro dois e o outro um talento, e podemos perceber que os dons surtem efeitos em uns mais do que em outros. Não podemos esquecer que as verdades de Deus são reveladas a todos servos, mas alguns servos recebem entendimentos espirituais diferentes. Cada um recebe os talentos na medida correta, nunca vamos receber de Deus mais do que aquilo que vamos usar. O critério da divisão dos dons que recebemos do Senhor está intimamente ligado à capacidade de cada um. Isso nos informa que existem pessoas com capacidades maiores do que outras. Entretanto, não podemos olhar para essa informação e afirmar que Deus está fazendo acepção de pessoas ao distribuir os dons. G. H. Lang diz:

“Deus não tenta colocar um lago dentro de um balde”.

O homem que tem uma capacidade maior de entendimento ou de desenvolver algo, tem privilégio maior quanto ao servir e tendo uma carga mais pesada em carregar.

Talvez, esse entendimento relacionado à distribuição dos dons possa trazer desconforto à alguns, por inferir que alguns são melhores do que outros. No livro de 1 Coríntios, Paulo fala claramente como os dons são distribuídos e qual o objetivo de todos eles (1Co 12:7) “A cada um de nós é concedida a manifestação do Espírito para o benefício de todos”, e Paulo continua no mesmo capítulo. Mas agora falando como essa distribuição se dá (1Co 12:11):

“Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer”.

Quando observamos o servo que recebera apenas um talento, não podemos de maneira nenhuma desconsiderá-lo! É preciso entender que sua capacidade de administrar era limitada a um talento somente! Imagine se o Senhor lhe confiasse algo além das suas capacidades? Seria um desastre e provavelmente um motivo de grande frustração para este servo.

Paulo fala sobre os diferentes dons em 1 Coríntios 12, e no versículo 28 ele fala sobre o dom de socorrer. Se analisarmos o dom como “somente socorrer” estaremos sendo precipitados, pois esse dom não é menor ou maior do que os outros. Mas juntos edificam o corpo de Cristo e farão com que a igreja desempenhe seu papel central.

A distribuição desigual dos dons tem muito a nos ensinar

Isso porque vamos perceber que o Senhor sempre sabe o que faz e nunca nos confia uma missão a qual não poderemos realizar. Aqueles que têm o privilégio de receber cinco talentos, a exemplo dos grandes pregadores, evangelistas e mestres, pessoas com grande capacidade de ensinar a outros, portadores de habilidades para comunicar as verdades espirituais, são pessoas que possuem grandes responsabilidades e se espera muito mais desses do que dos outros.

Aqueles que possuem dois talentos estão em uma posição mais discreta, onde possuem habilidades limitadas e não estão muito em evidência, recebendo do Senhor essa porção. Quanto ao servo que recebeu um talento, ele mesmo desprezou aquilo que recebeu do Senhor e não cumpriu com sua missão. Atitude que denuncia que este servo não conhecia ao seu senhor.

Honra e recompensa

Contudo, aqueles dentre nós que menos têm, recebem a responsabilidade de servir ao Senhor com o que possuem. E se o servirem fielmente com o pouco que ele concedeu, serão honrados e recompensados. A verdadeira arte de viver é aceitar nossas limitações que foram concedidas por Deus, e não lutar contra elas murmurando ou mostrando insatisfação com aquilo que recebeu do Senhor.

No serviço para Deus, é melhor estar em último, com fidelidade, do que ser o primeiro com deslealdade, entendendo que sempre se esperará mais do que possui mais talentos. Um exemplo claro dessa responsabilidade está no livro de Tiago (3:1), quando ele afirma que aqueles que ensinam terão uma responsabilidade maior que outros e ainda serão julgados de uma forma mais severa. Em nossa caminhada cristã, aquilo que será recompensado não se refere às nossas capacidades intelectuais ou o nosso brilhantismo em gerenciar os dons. Seremos recompensados pela devoção e pela fidelidade ao Senhor. Como falou Herbert Lockyer: “Se não podemos ser um Moisés, sejamos semelhantes a Arão ou a um levita inferior e leal”.

Outro aspecto importante

Além da responsabilidade, outro aspecto importante é a diligência. Ao lermos o texto com atenção, observaremos que os dois servos que receberam mais talentos “saíram imediatamente”. Isso demostra a importância dada à diligência e a preocupação dos servos em fazer com que o talento recebido gerasse lucro, pois não sabiam quando seria o retorno do seu Senhor.

Mais uma vez, Jesus nos ensina acerca do seu retorno através do texto de uma parábola. Os cristãos de hoje parecem não estar preparados para lidar com a escatologia de Jesus, como estavam os cristãos do passado. Com isso os sermões dessa parábola na era moderna, estão mais ligados ao tempo presente, firmados naquilo que chamamos de pensamento do sucesso “quanto mais tenho mais favorecido por Deus eu sou”. Porém, o sucesso que essa parábola está se referindo está relacionado com uso que se faz da mensagem do reino.

A fidelidade deve estar associada ao ensino de Jesus sobre o tempo presente e o futuro, e o conhecimento do Reino nos traz uma responsabilidade adicional. O fato da demora da “parousia” não nega a fé escatológica, mas reforça a questão da fidelidade. Esses dois servos eram diferentes quanto aos talentos recebidos, mas idênticos quanto à obediência, diligência e fidelidade ao seu senhor; entretanto, receberam uma recompensa idêntica, independente do número de talentos recebidos. O que irá conquistar a aprovação do Senhor quando ele retornar, não é a fama que conquistamos com os talentos, mas a fidelidade que mostraremos enquanto O aguardamos.

Que nosso coração possa ansiar mais do que tudo o dia em que nos encontraremos com o nosso Senhor!

Que possamos ter uma vida de diligência e fidelidade sabendo que o Senhor é galardoador daqueles que o buscam! Apocalipse 22:12 diz: “Eis que venho em breve, a minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez”. Em sua graça, o Senhor nos deu dons e talentos para que possamos realizar as boas obras, e estas serão recompensadas! Este é o galardão da graça, que cada um de nós receberá de maneira completamente justa e apropriada! Naquele dia, todo santo será recompensado por Deus, por causa das suas obras, de forma que a obra iniciada nesta vida será finalizada. E a glória de Deus brilhará em cada santo para o louvor do Seu nome.

Mais textos sobre Parábolas bíblicas.

Nessas semanas estamos aprendendo as características daquelas pessoas que viraram, estão virando e virarão o mundo de cabeça pra baixo. E temos visto que só existe uma formula: Imitando Cristo e caminhando como Ele caminhou. Parece obvio, não é? É, mas isso não tira o desafiador e gratificante dessa jornada cristã.

PARTIDÁRIOS DE CRISTO

O termo “cristão” foi utilizado pela primeira vez na Antioquia como um apelido para aqueles que professavam serem seguidores de Cristo. Cristão pode ser entendido como “o pequeno Cristo” ou “partidário de Cristo”. Sim, no início, é provável que esse apelido fosse usado como uma forma de desdém ou escárnio. Mas, esse termo foi aceitado pelos cristãos primitivos e nos acompanha até os dias de hoje. 

Somos seguidores de Cristo e nosso alvo é viver como Ele viveu, porque O amamos e almejamos caminhar conforme os desejos do Seu Coração.

Na atualidade, muitos duvidam da existência de Jesus, mas ninguém pode ficar indiferente diante da Sua pessoa. Ele viveu de tal forma que temos que definir um posicionamento: O seguimos ou O rejeitamos.

Por isso, se você ama Jesus e deseja ser um imitador dEle, vamos estudar algumas formas de nos parecer mais com o nosso Mestre:

CRESCENDO NO FRUTO DO ESPÍRITO

Jesus, sendo 100% homem e 100% Deus foi nosso maior exponente em caminhar baixo a dependência do Espírito Santo. Ele nos mostra o caminho da dependência absoluta ao Pai. Cada palavra falada vem do Pai, cada doente curado foi por indicação do Pai, cada milagre feito foi pelas instruções celestiais. No livro de Atos, vemos o mesmo padrão nos discípulos ao tal ponto que muitos teólogos sugeriram que seja chamado ao invés do “livro dos atos dos apóstolos” como o “livro dos atos do Espírito”. Em cada evento, em cada projeto ou viagem pessoal percebemos a presença do Espírito guiando, orientando e corrigindo.

Hoje temos como característica de um cristão que este desenvolva o fruto do Espírito (Gálatas 5:22 -25) como reflexo da vida de Cristo gerada em nós. O fruto, composto por: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio são desenvolvidos por meio do nosso relacionamento com o Espírito. Muitos cristãos lutam pelas próprias forças para gerar esse fruto, sem sucesso porque isso não depende deles.

Para desenvolver o fruto do Espírito é preciso caminhar num relacionamento com Deus, conhecer da sua palavra e caminhar em obediência. O apóstolo Paulo sinala em Romanos 8:14 que são filhos de Deus aqueles que são “guiados pelo Espírito”, não aqueles que “tem” o Espírito, isso implica que o Espírito deve ter um papel ativo e protagonista nas nossas vidas e quanto mais próximos ficamos dEle, mas podemos conhecer do Seu coração e agir como Ele.

CRESCENDO NA VERDADE

Jesus falou: “Conhecereis a verdade e ela os fará livres”, e também Ele apresentou-se como a Verdade. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6). Por isso, conhecer a Bíblia, permanecer nela nos leva para o relacionamento íntimo com Aquele que é a Palavra de vida.

Uma forma de revolucionar nosso entorno é não acreditando nas mentiras que o sistema imoral deste século quer nos impor. Conceitos sobre o que é ser bem sucedido, de como deve ser vivenciada a feminilidade ou a hombridade são ensinos que já temos na Bíblia e precisamos crescer no conhecimento da Palavra, porque ela revela a Verdade. Ela revela a pessoa de Jesus, o seu plano perfeito para a humanidade ou seja nós, coerdeiros com Cristo. 

Precisamos urgentemente voltar uma e outra vez para as Sagradas Escrituras, pois nela nós achamos vida, graça e fortaleça para ser direcionados, ela é a nossa bússola que nos leva para Jesus. 

CRESCENDO NA GRAÇA

Jesus foi aquele que não fechou a porta ante aqueles marginais da sociedade da sua época. As pessoas indignas ficavam perto e seguiam-no, foi assim que pessoas como Maria Magdalena e Zaqueu não só se aproximaram para Jesus senão que as suas vidas foram transformadas por completo!

Nós, como cristãos podemos ser essas mãos que acolhem como acolheu Jesus. Ser essas mãos que acolhem com graça e misericórdia para com os que nos rodeiam.

Podemos fazer a diferença no nosso entorno. Podemos mostrar graça para com os nossos parceiros de trabalho, escola, para os  nossos empregados ou mesmo para o nosso vizinho que faz coisas pra nos deixar chateados, como deixar o lixo no lugar errado!

VIRANDO O MUNDO DE CABEÇA PARA BAIXO COMO CRISTO

È no dia a dia, no rotineiro da nossa vida onde marcamos a diferencia. É no nosso caminhar diário, com a nossa família, parceiros e pessoas que nos rodeiam onde podemos derramar o amor, a graça e  a verdade através da vida de Cristo que é gerada em nós.

Vivamos conforme fomos chamados, vivamos conforme a nossa identidade somos “pequenos Cristo” na rua, no trabalho ou onde for, espalhando a Verdade que habita em nós.

 

Escrito por: Betiana Saucedo Delgadoo – Facilitadora Fhop School

No texto passado vimos que há uma distorção no homem desde o Éden por causa do pecado. Por causa disso, nossa visão de mundo, de vida e de Deus precisa ser virada de cabeça para baixo, para assim a também sermos como aqueles que viraram o mundo de cabeça para baixo em Atos 17:6. No texto de hoje, vamos ver em diferentes cenários e contextos bíblicos o porquê de colocar em prática a nova vida que Cristo exige de nós.

Jesus, enquanto nosso Senhor e Mestre, nos ensina a respeito de uma conduta e um posicionamento cristão. Em seus extensos e confrontadores sermões Ele não simplesmente nos dava suposições de afazeres diários, mas nos apresentava a única forma de permanecermos como seus seguidores. Nos ordenou que fossemos por todo o mundo (Mc 16.15) e ensinássemos a todas as nações (Mt 28.19) a respeito de Suas palavras e da obediência necessária às mesmas (Mt 28.20). Guardar os mandamentos ditos pelo Senhor e obedecê-los é a exigência inicial da fé, pois nos é fundamental para um cristianismo saudável, aonde amamos o nosso Senhor e provamos de Seu amor (Jo 14.21).

A OBEDIÊNCIA É A MELHOR OFERTA DE AMOR

Samuel, porém, respondeu: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros.  – 1 Samuel 15:22

Nessa passagem, por meio do profeta Samuel e das atitudes de Saul, o Senhor nos ensina que de nada vale fazermos o que aos nossos olhos parece ser o melhor, mas com isso contrariarmos uma ordem específica e pontual de Deus.

Saul, por meio de seus esforços e poder, pensando que o Senhor se admiraria de sua perspicácia, quis alterar um pouquinho aqui e ali a forma detalhada com a qual Ele ordenou que fossem destruídos os amalequitas. Enquanto isso, o profeta Samuel cheio de temor, recebe do Senhor a revelação das ações de Saul e então, irado o exorta e confronta. Denuncia seu comportamento, corrigindo-o.

Obedecermos com temor e precisão ao que o Senhor nos exige é responsabilidade séria. Sua vontade e Seus caminhos são perfeitos (Is 55.8-9), portanto não devem haver ressalvas ou desconfianças em nossa obediência e em nosso amor para com Ele. É necessário nos lembrarmos de que se o Senhor nos ordena algo, em primeiro lugar, Ele está apoiado em Sua infalível (Sf 3.5; Nm 23.19) e imutável natureza (Tg 1.17), em Sua boa e agradável vontade (Rm 12.2) para, inerrante e firme, nos delegar um serviço ou uma conduta enquanto servos. Sendo assim, não devemos recuar em nossa devoção.

 Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno.  – João 15:14

ELES PREFERIRAM ACATAR AS ORDENS DO VERDADEIRO SENHOR

Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus.
Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”.  –
Atos 4:19,20

Havia no templo de Formosa um coxo de nascença pedindo esmolas. Apoiados nas palavras cheias de autoridade ditas pelo Mestre, de que aqueles que cressem Nele fariam as mesmas obras que Ele fez e outras ainda maiores (Jo 14.12), Pedro e João estendem compaixão, e por meio disso o Senhor opera cura. Um sinal que glorificava a Deus e creditava o testemunho da ressurreição de Cristo, anunciado logo em sequência por Pedro e João! Naquele dia, cerca de cinco mil homens creram na Mensagem.

Momentos depois, apreendidos e julgados pelas autoridades, líderes religiosos e mestres da lei, foram advertidos a não anunciarem mais tais palavras que tanto confrontava e deixava-os perplexos. Entretanto, Pedro declara que isso seria impossível, já que eles não podem deixar de anunciar, não podem desobedecer ou optar por outra conduta de vida senão a do cristianismo que ama e anuncia seu Salvador.

Se não compreendermos a necessidade em nossas miseráveis e passageiras vidas  de um propósito maior (ICo 15.19; Tg 4.14), de uma vida eterna (Jo 17.3), de uma era vindoura (Hb 13.14), jamais tomaremos passos de fé, ousadia e confiança como os passos dos apóstolos na Igreja primitiva. Movidos de amor por Cristo, de zelo pela Boa Nova da cruz e de anseio pelo Reino dos Céus, eles não consideravam suas vidas mais importantes do que a missão da obediência. Não consideravam seu bem estar sociocultural mais relevantes do que o proclamar da Verdade libertadora. Logo, se vivemos enquanto seguidores que estão negando a si mesmos (Lc 9.23), por que deveríamos buscar um procedimento diferente em nossa jornada?

A MENSAGEM DA RECONCILIAÇÃO QUE MOSTRA A VERDADEIRA PERSPECTIVA

E ele nos deu esta mensagem maravilhosa de reconciliação.
Agora, portanto, somos embaixadores de Cristo; Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: “Reconciliem-se com Deus!”.  –
2 Coríntios 5:19b-20

É por devoção, amor e obediência que devemos então viver de maneira digna de nossa vocação (Ef 4.1). Viver diante dos olhos de Deus é preocupar-nos com a forma que Ele deseja nos ver, e por consequência disso, rendermo-nos ao Seu tratamento profundo e pessoal. Anunciarmos a Verdade do Evangelho e testemunharmos dela com nossas vidas, por muito o amarmos e por sermos seus embaixadores na Terra, aos quais Ele confiou a mensagem da reconciliação!

Perguntas práticas precisam passar por nossa mente e serem respondidas. Como viveremos diante disso? Qual o estilo de vida que Jesus propõe para nós que revoluciona nossa vida e nosso contexto?

 

Ana Bomediano – Facilitadora FhopSchool

Atos dos apóstolos é cheio de histórias de grandes feitos, milagres, pregações que atraíram multidões e pessoas que viraram o mundo de cabeça para baixo (At 17:6). Talvez você seja uma pessoa com grande anseio de fazer a diferença, transformar o mundo ou mesmo inspirar sua pequena zona de influência. E pensar sobre essas histórias te enchem de desejo por imitar esses que viraram o mundo de cabeça para baixo. Mas antes de nos tornarmos como aqueles homens, precisamos saber o porquê, qual o âmago de toda a questão.

AQUELES QUE OFENDERAM O MUNDO

“Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, ” (Atos 17:6)

Imagina o cenário: Paulo e Silas chegam em Tessalônica, e o fato de por três sábados lhe apresentarem na cidade as escrituras, trouxe alvoroço, transtorno, confusão e divisão. A mensagem que ofendia a mente dos judeus e dos gentios, era: JESUS É O CRISTO! (Atos 17:1-3)

Eles estavam virando o mundo de cabeça para baixo, na perspectiva humana, claro. Mas, por dois motivos: Primeiro, Jesus era Deus, mas não se parecia com o Deus que os judeus haviam idealizado ou construído na sua mente. Jesus, ser o Cristo de Deus ofendia a sabedoria judaica. Não era esse tipo de Cristo que eles esperavam, por isso o rejeitaram. Segundo, Jesus era Rei; os gentios não aceitavam que houvesse outro governante, além de César. Eles não entendiam que Jesus não se tratava de um rei político, mas do rei majestoso de toda a realidade.

O confronto ali revela a guerra de cosmovisões, existente e inevitável. De um lado a mentalidade humana, caída, gentílica e judaica. E do outro a apresentação de um reino que foi inaugurado em Cristo, controverso e difícil de engolir para eles.

QUAL MUNDO ESTÁ DE CABEÇA PARA BAIXO?

É importante voltar onde tudo começou. O problema começa bem antes da vinda de Jesus e dos apóstolos e se estende não só até o livro de Atos, mas até nós, hoje.

Todos conhecemos a história. Pelo poder de sua palavra Deus criou todas as coisas e do pó da terra Ele fez o homem, a sua imagem, conforme a sua semelhança (Gn 1:26-27). Adão aprendia de Deus o bom, belo e verdadeiro. Sua inteligência e razão eram cultivadas a semelhança do Criador. Mas, o pecado entra na história, a ambição por ser como Deus e o desejo de independência, o arrasta para a rebelião (Gn 3:6-7). E sua visão agora é desconectada da fonte original.

A visão, percepção e maneira de ver o mundo e a vida agora, para o homem, se tornava cada vez mais antagônica a de Deus. O mundo vira de cabeça para baixo no Éden. A cosmovisão distorcida, tira Deus do centro, motivo e fim de todas as coisas e coloca o homem (Gn 3:10-11)

Esse é nosso problema. Nossa natureza caiu em tamanho abismo e distância do plano original. O que antes Deus chama bom, belo e verdadeiro, o homem passa a questionar e passa ele mesmo ditar seu veredito, sobre o bom e o mau (Gn 3:23 e 23)

ANTES DE MUDAR O MUNDO

Essa é a primeira consciência que deve nascer em nós, antes de querermos revolucionar o mundo. Precisamos perceber a necessidade de redenção, nossa e de toda criação (Rm 8:22-23). O mundo precisa de um salvador que o reconcilie com o Criador, que alinhe o sentido e o filtro pelo qual enxergamos e vivemos a vida.

O contraste é necessário. Quando o Espírito abre os olhos do nosso coração para conhecer e ver o Senhor, a primeira coisa que deve surgir é arrependimento da nossa condição caída. Ele é o padrão. Ninguém melhor que o Criador do mundo para fornecer uma visão correta de propósito, funcionamento e destino de mundo e criação.

Vale lembrar o que isso custa. Como dito anteriormente, é uma guerra. Esses homens e o próprio Jesus foram perseguidos e odiados pelo seu alinhamento com a verdade eterna, portanto não podemos esperar coisa diferente disso. Virar o mundo de cabeça para baixo não é um status quo do cristão moderno, é revolução! Revolução que começa por dentro, transtorna e confronta nossa mentalidade, e quando se torna ações certamente trará, no mínimo, desconforto a nossa volta.