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Cultivando uma vida de oração

Intimidade com Deus

Cultivando uma vida de oração

“Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; Mateus 21:13

Qual é a imagem que vêm à sua mente ao ler e ouvir sobre ser casa de oração? Na prática, como é para você cultivar uma vida de oração? Talvez o estereótipo que vem à mente é de alguém que vive numa bolha ou realidade paralela e seja super espiritual. E talvez se você acompanha os nossos turnos de oração, pode ser que já tenha tido uma ansiedade misturada com frustração, pela vontade de também ter a oportunidade de passar longas horas do dia num ambiente assim.

Não vou negar que é fantástico o privilégio de poder interceder com parte do Corpo de Cristo e ter um ambiente, como a sala de oração, para isso. Além disso, acredito que o Senhor chama pessoas para viverem integralmente e ministrar a Ele e ao seu povo, num contexto de sala de oração. Mas, até mesmo os missionários intercessores precisam ter uma vida de oração e intimidade com o Senhor que vai além da sala de oração, precisa ser expressada em sua vida diária.

Está acessível para todos nós.

Então, o ponto central da minha conversa com você hoje é que uma vida de oração está acessível para todos nós, cristãos, não é um chamado para pessoas super espirituais ou para vivermos em uma bolha. Porém, é um convite do Senhor em sermos os seus amigos, estarmos atentos a Sua voz e mantermos o diálogo com Ele em meio às nossas rotinas. 

Sem dúvidas, para cultivar uma vida de oração é preciso diligência. No entanto, não deve ser confundida com um estilo de vida impossível de ser alcançado ou para um grupo seleto de cristãos. Mesmo agora, enquanto escrevo esse texto, estou enfrentando dificuldades em cultivar uma vida diária de oração. Estou ainda lutando para ter mais diligência e descobrindo como me relacionar com o Senhor nessa nova fase.  – Após quase três anos servindo em uma sala de oração, agora estou vivendo num contexto de missão transcultural em um país com uma língua e cultura diferentes.

Além disso, não tenho mais disponível a mesma quantidade de horas para simplesmente focar em orar com meus amigos numa sala de oração e em minha casa no meu tempo a sós com o Senhor.

Não é sobre a nossa força

Mas o que tenho ouvido do Senhor nesse tempo, é que nunca foi sobre quantidade de horas, mas o quanto o meu coração é sincero e está rendido a Ele. Mais importa a qualidade e a intenção do coração. Porventura, você também esteja passando pela mesma situação. Talvez você esteja tentando equilibrar e conciliar diferentes funções e trabalhos, talvez seja universitário, missionário, está no mercado de trabalho ou acabou de se tornar mãe, por exemplo. Enfim, não importa muito se você acredita que as condições estão cooperando a seu favor ou não, o Senhor quer nos encontrar em meio às nossas rotinas caóticas. Porque uma vida de oração acontece no ordinário: aqui e agora. 

Devemos nos lembrar que é o próprio Senhor que sustenta o nosso relacionamento com Ele. Ele não pode ser baseado e apoiado em nossa própria força. Mas é o Espírito Santo que nos ajuda e guia a toda a verdade. Isso não exclui que precisamos ser intencionais em nosso tempo com o Senhor, porém creio que Ele nos dá estratégias e sabedoria em como lidar com as nossas rotinas.

Eu poderia dar uma lista de dicas de como você pode priorizar o seu tempo com o Senhor, mas na verdade não existe uma receita. Mas se você e eu pedirmos sabedoria ao Espírito Santo, Ele dará.

Em meio a rotina, mantenha o seu diálogo com o Senhor, abra o seu coração e exponha os seus sentimentos. Esteja sensível à voz Dele, pois o Senhor é extremamente criativo em falar conosco. Ele deseja nos encontrar no contexto em que estamos inseridos e nos nossos afazeres. 

Chamados para comunhão

Então, peça ao Senhor que retire o peso da religiosidade dos seus ombros e comece a olhar para Ele, para aquele que sustenta todas as coisas e que anseia se relacionar conosco. O próprio Senhor plantou em nós o desejo pela comunhão.

A Palavra é clara, você e eu somos Casa de Oração. Então, por que não apropriar-se dessa verdade e começar a viver a partir dessa realidade de onde você estiver? 

“Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles,

para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti.

Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. “João 17:20,21

Neste mês aqui no Blog, temos conversado sobre o nosso DNA, quem somos e quais os motivos para fazer o que fazemos. Me pego revisitando a história e lembro do primeiro texto que escrevi neste espaço, ele fala do Amor Voluntário da Noiva

Abro o site e leio o texto produzido há mais de seis anos. Muitas coisas aconteceram ao longo do tempo e esta história de amor continua a crescer. O amor de uma noiva para com o noivo, o amor da Igreja pelo seu Senhor.

O clamor da noiva apaixonada

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” Cânticos 8.6

Uma noiva apaixonada deseja o noivo sempre por perto. Se o noivo precisar se ausentar, ela não irá se conformar com a distância. Sente saudade que dilacera a alma. Pois, seu amor é como o fogo, é como intensas labaredas. Este amor não é passageiro ou superficial, é um amor que conduz ao compromisso mesmo em meio a necessidade de espera. Ela clama para que o noivo volte e permaneça eternamente ao seu lado.

O noivo lhe fez um pedido. Que ela o tenha como um selo em seu coração. O selo era um sinete feito de metal ou de pedra usado em torno do pescoço (sobre o coração) ou do braço. Podemos ler em Gênesis 38.18ª um trechinho da história de Judá e Tamar a respeito desse ornamento: “Respondeu ele: Que penhor te darei? Ela disse: O teu selo, o teu cordão…”.

A noiva transborda de amor e mantém a esperança de que o noivo logo retornará. Mas, ela não fica passiva, parada, esperando que o acaso o traga para casa. Doente de amor ela se prepara com seus enfeites e perfumes. E é intencional em espalhar sua mensagem. Ela quer que todos saibam que seu coração pertence ao amado de sua alma.

“Filhas de Jerusalém, jurem: se encontrarem o meu amado, digam que estou morrendo de amor.” Cânticos 5:8.

O casamento

Talvez você esteja ou já esteve apaixonado. Consegue se lembrar de como é a sensação? Do sentimento de que nada mais importa do que estar nos braços do seu amor e desfrutá-lo com intensidade e prazer? Quando se está perto o tempo passa rapidamente. Porém, quando se está distante é como uma cena em câmera lenta, isso sem falar na perda do apetite. Não se pensa em outra coisa, se não no objeto de devoção.

A Bíblia enfatiza a analogia do casamento, a Igreja é a Noiva que se casará com Cristo, o Noivo. Ela sente saudade, se prepara para o casamento, é intencional em sua forma de viver. Ela espera pelo amado de sua alma e conta a todas as Nações a mensagem do amor de Deus pelos pecadores. Enquanto espera, ela se junta ao Espírito e clama para que o Noivo venha.  

 “O Espírito e a noiva dizem: — Vem…” Apocalipse 22.17

 Mas como se preparar?

“Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.” Mateus 9:15

A Igreja apaixonada ama a Deus de todo o coração e acima de qualquer coisa. Por isso oramos dia e noite e por isso jejuamos e nos preparamos para as bodas do Cordeiro. Pois, queremos ser como as virgens prudentes da Parábola contada por Jesus. As insensatas possuíam lamparinas, mas o óleo não era suficiente para uma espera um pouco mais demorada. As prudentes, porém, além de suas candeias, tinham porções a mais de óleo, suficientes mesmo que o noivo demorasse. (Mateus 25.1-13).

“Amarás o Senhor, o teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.” Marcos 12.30

Acima de qualquer ato religioso, a Igreja do Final dos Tempos será extremamente amorosa. Em primeiro lugar para com Deus e depois para com o próximo. E aqui não falo de placas denominacionais e instituições organizadas, mas de uma Igreja invisível espalhada pela face da terra. Igreja a qual as portas do inferno não subsistirá (Mateus 16.18).

Como povo de Deus, nosso chamado é viver o primeiro mandamento, amar a Deus acima de todas as coisas. E este é um dos preceitos do porquê somos Casa de Oração. Como noiva de Cristo, amamos o Senhor sem reservas, entendendo o nosso papel e propósito e clamamos pela sua volta. Uma coisa é certa. A história não acabou e no final teremos um casamento.

A forma como os cristãos lidam com a saúde mental importa e nós precisamos falar sobre isso. Se a nossa espiritualidade tem nos desumanizado, ela precisa ser revista. Desumanizar significa tentar camuflar ou hiper-espiritualizar um problema ao invés de trazer redenção para ele. 

Quando nos convertemos, a nossa conversão significa que entramos em um processo de santificação e não de desumanização. A conversão não é nos tornamos meta humanos ou seres humanos mais angelicais.  Nossa conversão é na verdade adentrarmos no caminho de sermos seres humanos como fomos criados para ser. Isso implica que não fomos blindados de certas coisas intrínsecas a humanidade, mas diz que existe um padrão divino de humanidade que o Senhor está nos atraindo.

Três perspectivas

Dentro disso eu quero te trazer três verdades, para uma nova perspectiva a respeito de saúde mental.

  1. A consciência de Deus sobre o homem

Primeiramente, Deus ele é consciente do nosso estado e da nossa natureza. No Éden, Deus criou o primeiro Adão como ser humano perfeito, o plano original do que ele deveria ser, mas o pecado entrou e deformou muita coisa além da moralidade, todo o cosmo sofreu o prejuízo da queda. Porém, Deus tem consciência da nossa natureza pré pecado e da nossa natureza pós pecado. Ele nunca foi e nem será surpreendido.

Quando Jesus veio, como o segundo Adão, ele estabelece de novo o novo padrão. Não um padrão de super espiritual mas de um ser humano como Ele desejaria que nós fossemos humanos. O que desagrada a Deus é o nosso pecado e independência contra Ele. Nossa natureza é caída e vulnerável em todas as áreas. Somos vulneráveis nosso corpo a doenças e cansaço, em nossa alma a sentimentos e emoções bagunçadas, nos nossos relacionamentos, na forma como nós lidamos com a gente e com as outras pessoas. Absolutamente  tudo isso está vulnerável e atingido pela queda. 

Essa perspectiva pode remover a culpa exacerbada exercida pelo acusador, pela mente, pelas pessoas sobre quem está assumidamente em um momento de fragilidade e adoecimento mental, ou sofrimento de qualquer âmbito. Nada disso fugiu da soberania de Deus.

2. O Evangelho é a boa-nova para todas as coisas criadas

Partindo disso, o segundo ponto é que o evangelho tem resposta para todas as áreas. Ele é a boa notícia para o seu corpo, ele é a boa notícia para sua alma e para seu espírito. Assim como ele é a boa notícia até mesmo para a natureza que vai ser redimida. Nós usarmos o evangelho apenas para trazer respostas para o mundo espiritual é desperdiçar uma parte dele tão preciosa e que nós precisamos para a nossa saúde. E constantemente fazemos isso.

Como ser humano, somos seres integrais e essas áreas (material e imaterial de quem somos) se conectam de forma tão bela e tão misteriosa, que muitas vezes nós nem conseguimos discernir qual é a raiz do problema, porque nós não sabemos se começou no nosso corpo ou nas nossas emoções ou no nosso espírito, pois elas estão integradas. Sendo assim elas merecem e precisam de atenção de maneira integrada também.

O convite é a ouvir o evangelho que tem poder de abraçar toda a realidade. Ele não fica do lado de fora de num quartinho da nossa existência. 

3. O que nos qualifica diante de Deus

E a terceira verdade é que a dor não te desqualifica, porque o que te qualifica em Deus é Cristo e não a tua performance. O que isso significa? A nossa mentalidade muitas vezes acredita que ser espiritual é apresentar para Deus uma performance perfeita, mas é a fé em Cristo que nos dignifica diante do Senhor. 

Então espiritualidade saudável é o voltar-se ao Senhor. É o buscá-lo, é conhecê-lo e é refleti-lo e não necessariamente uma performance, uma atitude que sempre acerta, porque Ele é o Deus conosco mesmo no vale da sombra da morte. mesmo no momento que você cai que você precisa lidar com áreas de pecado e se arrepender. Porque ser Cristão não nos blinda da dor, do sofrimento, do adoecimento. Mas nos garante um Redentor, um Consolador e um Criador que caminha conosco em todos esses momentos. 

Então está tudo bem, quando não estiver tudo bem, porque isso não te desqualifica como cristão, isso não anula o teu amor por Jesus. A graça preciosa disponível no trono da graça nos absorve de nossas culpas e nos dá poder para Cristo ser gerado em nós. 

A dor é passageira, mas a glória será eterna

E agora falando para você que está sofrendo e passando por momentos de depressão, transtorno de ansiedade ou até mesmo pensamentos suicidas. O que você sente hoje não te define. Jesus vai aproveitar todas as oportunidades, até mesmo a dor e a doença para te ensinar e ser pedagógico em te ensinar sobre consolo, graça, arrependimento e como viver. E existe esperança em Cristo para essa era e para o dia que definitivamente toda lágrima ele enxugará. O agora é passageiro, mas a glória reservada com Cristo será eterna.

E para todo o corpo de Cristo e seres humanos o convite é aprender com o Senhor Jesus a consolar e estender graça, como temos sido consolados e recebido graça dEle. O ambiente cristão, o ambiente da igreja como corpo de Cristo, precisa ser um ambiente seguro, para que as pessoas cheguem e depositem sua dor com vulnerabilidade, tendo a certeza que ela não vão ser qualificadas ou desqualificadas, no corpo de Cristo por causa da sua dor ou por causa da sua doença. Mas que a semelhança da obra do Espírito se levantarão para lutar pela redenção e consolo delas.  

A JORNADA DE APRENDER A VIVER

O Senhor quer ensinar a viver a vida como ele deseja que seja vivida, com mais saúde mental, cada vez mais humana, e assim cada vez mais parecida com Jesus. Isso para lidarmos com a nossa saúde mental e do próximo que precisa de empatia.

Por isso, esse é um convite a redefinição, ao encontro coração com Deus Criador, Redentor e Consolador. Primeiro para ser consolado com a verdade que Ele sabe lidar com nossa fraqueza, sabe nos santificar do nosso pecado e tem poder para nos curar nosso corpo e nossa mente. Segundo, para aprender a olhar para dor do outro como o Senhor olha, chorando com os que choram e consolando como fomos consolados.

Podemos mudar a Deus através da intercessão? Por que devemos orar a um Deus soberano que já conhece todas as nossas necessidades? Quem é chamado à intercessão? Em favor de quem devemos interceder?

Conhecer a Deus implica também em vivermos de acordo com a sua vontade. Em nenhum momento, a soberania divina exclui a responsabilidade humana. Por isso conheceremos o chamado que o Senhor deu a todos os seus filhos de intercederem.

 

A soberania de Deus e o chamado à intercessão

Deus é soberano. Ele faz todas as coisas segundo o seu propósito e vontade. Quando Deus fala e age na História, nada nem ninguém é capaz de resistir à sua voz. As superpotências mundiais são extremamente pequenas diante de sua glória e majestade. Não há outro que possa ser comparado ao Deus Todo-Poderoso.

Porém, como Hernandes Dias Lopes afirma, “o próprio Deus Todo-Poderoso, assentado no trono, revestido de glória e majestade, também determinou agir em resposta às orações de seu povo.” Por isso, a soberania de Deus não exclui a nossa responsabilidade como intercessores.

A intercessão é um instrumento para moldar o nosso coração diante das circunstâncias.  E para Deus agir no mundo em resposta às nossas petições, assim como Ele mesmo agiu na Bíblia em resposta às intercessões de seu povo. Deus decidiu nos incluir em seus planos e nos permitiu ser cooperadores em sua grande obra.

 

Todos nós somos chamados à intercessão, porque buscamos em nosso Pai Celestial tudo o que precisamos. 

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. 8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Mateus 7:7-8

 

Devemos buscar nas coisas celestiais e na vontade divina a motivação para que o nosso agir seja como de filhos de Deus, porque: “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1.12

 

Os intercessores

Em vários momentos na história, os intercessores aprenderam a serem fiéis a Deus mesmo não presenciando seus pedidos serem realizados em vida. Hoje, nós somos chamados a interceder, não para mudarmos a Deus, mas confiarmos em seu caráter, orarmos a sua palavra e crermos que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Agostinho disse que “a verdadeira e completa oração não é outra coisa senão o amor”. John Wesley também afirmava que tudo o que Deus faz, Ele o faz em resposta às orações de seu povo.

Deus atendeu o pedido de Israel diversas vezes quando este estava em aflição ou sofria escravidão diante de um imperador opressor. Quando o povo clamou ao Senhor, pois estava debaixo do poder de faraó no Egito, como registrado no livro de Êxodo, Deus ouviu e atendeu o seu clamor. 

Já em outro momento, quando, no livro de Ezequiel, Deus procurou alguém que se colocasse em favor da nação, mas não houve ninguém, o povo foi entregue ao cativeiro.

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18

Temos testemunhas fiéis em toda a história capazes de edificar a nossa fé. Hoje, porém, o bastão está em nossas mãos. Quem se levantará para interceder e edificar a próxima geração? A intercessão é o instrumento que utilizamos para nos relacionarmos com aquele que é soberano e que deseja responder às nossas orações.

Mas os desejos do nosso coração precisam estar alinhados à sua palavra. Precisamos crescer em amor a  Deus, a sua palavra e as pessoas, a ponto de inclusive intercedermos pelos nossos inimigos.

Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Mateus 5:44

 

Como devemos interceder?

A intercessão não funciona como mágica. Ela é um instrumento de Deus para moldar o nosso coração à medida da vontade de Deus, através da poderosa obra do Espírito Santo em nossas vidas.

Enquanto oramos somos transformados. Não temos o poder de mudar a Deus, mas o propósito é que confiemos em seu caráter, orando a sua palavra e crendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu. 

  • Precisamos orar a palavra de Deus aplicando-a em nossas petições (Colossenses 3.16-17)
  • Precisamos buscar o Senhor no lugar secreto (Mateus 6.6)

 

Há inúmeras lições aprendidas com os personagens bíblicos, especialmente com a vida de oração de Jesus. Muitas vezes, o Senhor se afastou da multidão apenas para estar a sós com Deus e em outra ocasião, seus discípulos insistiram para que ele se alimentasse, mas havia algo mais importante.

“Enquanto isso, os discípulos insistiam com Ele. “Mestre, come!” Mas Ele lhes disse: tenho um alimento para comer que vós não conheceis.” Então, os discípulos disseram uns aos outros: “Será que alguém lhe teria trazido algo para comer?” Explicou-lhe Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.” João 4.31-34

Como Jesus sabia qual era a vontade do Pai? Simples: Ele o conhecia de forma intensa e pessoal. Pois Jesus, assim como Enoque, andava com Deus (Gn 5.22-24). Além disso, sua vida de oração fora intensa que até seus discípulos pediram que os ensinasse a orar. No livro Eles, Ann Spangler e Robert Wolgemuth afirmam que:

“… A vida de oração de Jesus deve ter sido tão atraente para seus amigos íntimos que eles não tiveram paciência para esperar que lhes falasse a respeito da oração. Pediram que os ensinasse.”

Nós também somos desafiados a viver como Jesus. Por isso, neste devocional, refletiremos sobre alguns ensinos do Senhor a respeito da oração.

 Jesus orou do começo ao fim

Após Jesus ter sido batizado por João Batista, o vemos caminhando para o deserto para um período de 40 dias de jejum (Mateus 4.1-11; Marcos 1.12,13; Lucas 4.1-13). Podemos imaginar que foi um tempo de consagração para o lançamento de seu ministério e também de preparo espiritual para os desafios que certamente enfrentaria no decorrer de sua missão.  O vemos repetindo o padrão de oração ao longo de sua trajetória. Inclusive na cruz.

“Apesar de tudo, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!” Lucas 23.34

Poucos minutos antes de entregar a vida na cruz, Jesus intercedeu pelos pecadores. O seu desejo e a sua oração foram em favor dos seus assassinos no ato do seu assassinato. Independente das circunstâncias, nele há pleno e imediato perdão. Dessa forma, Cristo nos ensina a perdoar e a orar até mesmo pelos nossos perseguidores:

“Mas, quando estiverdes orando, se tiverdes algum ressentimento contra alguma pessoa, perdoai-a, para que, igualmente, vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Entretanto, se não perdoardes, vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará os vossos pecados”. Marcos 11.25-26

Ele ensina a orar desde o começo até o fim da jornada. E a permanecer fiel aos seus ensinos. Este é um exemplo a ser seguido para tomada de decisões ao longo da vida. As disciplinas espirituais nos fazem crescer em nosso homem interior. 

 Oração em Secreto

“Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.” Mateus 6.6

Jesus ensinou qual o padrão da oração e isso tem a ver com as motivações do coração. Há pessoas que em suas carências desejam receber a atenção dos homens. Estes podem ter uma postura externa, mas em profundidade, o coração está bem longe de Deus.

Porém, há aqueles que aparentemente não são vistos pelos homens, mas podem mudar as circunstâncias através da oração. Não porque exista algum tipo de poder mágico sobre eles, mas simplesmente, porque estes ouvem a Deus e se tornam seus parceiros naquilo que o Senhor mesmo está fazendo entre os homens.

Talvez você já tenha lido sobre estes personagens bíblicos e heróis da fé que inspiram o seu coração. Seja encorajado a fechar a porta do quarto para buscar aquele que quer ser encontrado no secreto. Lembre-se:

“Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá. Ou qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe entregará uma cobra? Assim, se vós, sendo maus, sabeis dar bons presentes aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará o que é bom aos que lhe pedirem!” Mateus 7.7-11

Orando a vontade do Pai

No momento mais angustiante da vida de Jesus, o vemos orando para que não fosse feita a sua vontade, mas a vontade do Pai. Isto ocorreu no Getsêmani quando se aproximava o tempo da crucificação e demonstra uma confiança inabalável no caráter de Deus.

“Seguiu Jesus com seus discípulos e chegando a um lugar chamado Getsêmani disse-lhes: “Assentai-vos por aqui, enquanto vou ali para orar”. Levou consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, e começando a entristecer-se ficou profundamente angustiado. Então compartilhou com eles dizendo: “A minha alma está sofrendo dor extrema, uma tristeza mortal. Permanecei aqui e vigiai junto a mim”. Seguindo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Ó meu Pai, se possível for, passa de mim este cálice! Contudo, não seja como Eu desejo, mas sim como Tu queres”. Mateus 36-39

Nem mesmo os discípulos, seus amigos mais íntimos, entenderam a gravidade daquele instante e tudo o que Jesus estava sentindo no mais profundo da alma. Ele carregaria o pecado da humanidade e receberia todo o castigo de Deus. Além de tudo isso, ficou só, pois seus amigos não conseguiram vigiar e orar com ele. Ainda assim, diante do desejo de que o Pai passasse dele aquele cálice, por três vezes orou: “para que não fosse feita a sua vontade e sim a vontade do Pai.”

Consegue imaginar a profundidade dessa postura do coração de Jesus? O que nos aconteceria se ele não tivesse sido obediente até a morte de cruz? Diante dos nossos próprios desafios e até do abandono conseguimos fazer a mesma oração?  Consideramos a nossa vontade abaixo da vontade de Deus?

 Orando pelos amigos

Antes de subir aos céus Jesus preparou os discípulos para sua partida. Logo se aproximava o tempo do liberar do Espírito. Neste momento, Jesus cobriu seus amigos de oração e o mais legal é que Ele não fez isso apenas pelos seus amigos do presente, pelos discípulos que estavam com ele naquela ocasião. Mas, Jesus se lembrou daqueles que ainda viriam a conhecê-lo.

Ele orou por mim e por você com amor profundo, pedindo que fôssemos guardados do maligno enquanto estivéssemos aqui. Pedindo que fôssemos santificados nele. Que fôssemos um com Ele para permanecermos no Pai.

“Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” João 17.15,20

 A oração que Jesus ensinou

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Mateus 6:9-13

A oração que Jesus nos ensinou revela princípios profundos de gratidão, confiança e amor. Em um relacionamento saudável entre pais e filhos há liberdade e respeito e por isso Jesus orava confiadamente no Pai. Essa oração, de forma bem simples, alcança cada pequeno detalhe da vida mostrando o que é verdadeiramente importante.

Começamos reconhecendo que Deus é o nosso Pai. Demonstramos gratidão por tudo que Ele tem nos dado todos os dias de novo e de novo. Declaramos confiança em sua vontade. Pedimos perdão pelos nossos pecados e somos desafiados a perdoar.  Também oramos por proteção contra mal e adoramos o nome de Deus por sua Santidade.

Este é um modelo de oração diário, pois diz: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. É uma oração para todos os dias não como um mantra a ser repetido, mas como um princípio de devoção. 

Será que Jesus esperava que tivéssemos tempo de oração diário? Será que esperava que jejuássemos e déssemos ofertas? Afinal, podemos observar nas escrituras Jesus dizendo: “Quando orares… Quando jejuares… quando…”. Isto demonstra a convicção de que aqueles que o seguem fariam essas coisas sempre e sempre. 

 Conclusão

Estes são apenas alguns exemplos, mas há muitos outros ensinos sobre a vida de oração de Jesus. Queremos encorajá-los a buscar essas referências bíblicas no evangelho e a crescer em sua vida de oração. Este mês aqui no blog falaremos sobre personagens inspiradores e como eles se moveram nessa disciplina espiritual. Lembre-se:

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Colossenses 4.2

 “Orai sem cessar.” I Tessalonicenses 5.17

Que o Senhor nos faça fluir em oração. Deus te abençoe.  

O que a história de Bartimeu tem em comum com a nossa? Quais são as lições que podemos extrair dessa narrativa? Na reflexão de hoje vamos entender de que forma podemos crescer em intimidade e desejo por mais de Deus.

“…E Jesus lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu
volte a ver. Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi
seguindo Jesus pelo caminho. ” Mc 10:46-52 

A cura do cego Bartimeu foi a última realizada por Jesus, antes que ele subisse ao calvário. Jesus estava passando por Jericó, a caminho de Jerusalém, onde ele sabia que seria crucificado.

Na grande multidão havia não apenas seguidores de Jesus, mas outros judeus a caminho de Jerusalém para celebrarem a Páscoa, a fim de não passarem por Samaria. Nessa mesma cidade Jesus encontra-se com Zaqueu, o cobrador de impostos, assim como o cego Bartimeu.

Histórias semelhantes

Do mesmo modo que o cego Bartimeu, todos nós nascemos com uma cegueira espiritual. Até que o Senhor brilhou sua luz sobre nós e através do Espírito Santo recebemos a revelação de Jesus e do seu amor.  Nos trazendo a consciência de que antes éramos cegos e que não percebíamos que necessitamos de Deus.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” Romanos 3:23

Não somente cegos, mas também pobres, nascemos destituídos da glória de Deus. Fomos criados para um propósito específico. Porém, o pecado adentrou na humanidade e devido a ele fomos separados de Deus, o que nos coloca em um estado de pobreza.

Essa cegueira é “tratada” de glória em glória, por mais que nossos olhos tenham sido abertos pelo Senhor, ainda não o conhecemos em sua plenitude. Portanto precisamos que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento para que possamos conhecer mais de Deus.

Por mais que fisicamente ele fosse cego, Bartimeu espiritualmente via bem o suficiente para entender que era o próprio Messias que passava diante dele. Por entender quem estava ali, ele clamava.

Ao chamá-lo de “filho de Davi”, ele reconhecia que Jesus era o Messias, uma vez que está ligada a promessa de que o trono de Israel seria entregue a descendência de Davi. Foi a fé de Bartimeu que o fez clamar cada vez mais alto.

Como desejar por mais de Deus?

Assim como as pessoas que passavam, tentavam calar a voz de Bartimeu, muitas coisas na nossa vida tentam calar o nosso clamor, a fim de nos tirar do lugar de busca ao Senhor. Por mais que conheçamos a Cristo, muitas vezes nos vemos distantes de Jesus. Devido a situações e circunstâncias, pensamentos e ideias na nossa mente, o sentimento de vergonha ao nos sentirmos impuros, todas essas coisas nos fazem parar de clamar, nos afastando de Deus.

Bartimeu nos ensina em sua situação, que por mais que ele estivesse sujo, era a esse estado que ele se encontrava, era a necessidade que ele possuía que o fez clamar para que Cristo se revelasse a ele.

Da mesma forma que Bartimeu sabia que sua maior necessidade era ter os olhos abertos, precisamos acima de qualquer coisa que possamos pedir do Senhor, ter os nossos olhos abertos para que possamos ver a Ele e conhecê-lo.

Ao conhecermos quem Deus é, todas as outras coisas tomam o seu devido lugar.

Amém!

Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele a quem amas está doente”. Ao ouvir isso, Jesus disse: “Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dele. Joao 11.3:4

Como Jesus ama? Muitos acreditam que Jesus demonstra o Seu amor quando nos livra de sofrimentos e situações difíceis, ou de acordo com as finanças e saúde. Esses são parâmetros errados para medir o amor do Senhor. Questionar o amor de Deus devido às circunstâncias demonstra que não entendemos de fato o Seu amor.

As Escrituras são claras em mostrar que o Senhor ama, não nos livrando do sofrimento e da morte, mas em meio ao sofrimento e à morte.
O amor de Deus é dar vida eterna; e a vida eterna não se trata de ser livre do inferno, mas é conhecer a Deus. O Deus que existe de eternidade a eternidade nos ama a ponto de permitir que o conheçamos. Ele demonstra o Seu amor se manifestando e se revelando (João 3:16, 17:3, 14:21).

Foi por amar Marta, Maria e Lázaro que Jesus permitiu aquela situação

Para que Ele se manifestasse a eles e fosse glorificado. Independentemente do que você passa, todo o seu viver é para a glória Dele.

Muitas vezes você se encontrará na mesma situação de Marta – tem todas as respostas corretas a respeito de quem Jesus é, mas existe um conflito entre o que conhece e a sua fé. Diante de certas circunstâncias, a fé não é suficiente para crer que o Senhor pode mudá-las, entendendo que Ele é soberano e permite tais situações para a Sua glória (João 11:20-27).

Maria é retratada como alguém que reconhece o senhorio de Cristo e se prostra diante dele independente das circunstâncias. Sua postura é totalmente diferente da de Marta, pois ela reconhece quem Ele é e o adora; mesmo em meio à tristeza, ela ama e confia no Senhor. E tal atitude toca profundamente o coração de Jesus (João 11:32-35).

Spurgeon diz que a tribulação é um presente de Deus, porque Ele nos dá a oportunidade de adorá-lo e conhecê-lo em meio ao caos e à aflição.

Em muitos momentos, se duvida que o Senhor seja capaz de mudar uma circunstância muito grave

Mas nenhuma situação, por mais crítica, deve levar a duvidar do amor de Deus. O Senhor pode estar extremamente envolvido nessa circunstância e, propositalmente, ter permitido que ela chegasse àquele ponto para que, no momento devido, Ele transformasse a dor em algo belo, as cinzas em alegria (João 11:38,39).

A Palavra de Deus governa as nossas vidas. Ninguém e nenhuma circunstância pode resistir à forte voz do Senhor e ao comando do Deus Eterno (João 11:40-43).

Deus também usa cada uma das circunstâncias para testemunhar a respeito de quem Ele é e receber a glória que lhe é devida. Pois quando o Senhor intervém, as pessoas veem a Sua glória. E ainda que Ele não intervenha como nós queremos, a atitude deve ser adorá-lo e dar glória a Ele.

Jesus demonstra o seu amor em todo o tempo, dando sempre a oportunidade de conhecê-lo. Por mais difícil que seja a situação, tudo é para a glória de Deus. Cabe a você decidir se responderá como Marta ou como Maria.

No dia 10 de Junho a Fhop Music lançará a canção “Criador”. O single faz parte do novo CD do ministério que será lançado nos próximos meses, e traz uma mensagem linda sobre Aquele que não foi criado, o Criador de todas as coisas. 

A partir Dele tudo foi criado

A canção Criador nasceu de um devocional baseado no livro de Gênesis. O autor da música, e um dos líderes de adoração na Fhop Music Caio Freitas estava cantando a palavra e meditando sobre a natureza de quem Deus é, seus atributos e como em sua grandeza Ele se revelou a nós, suas criaturas.

Ele conta que enquanto estava com o capítulo 3 do livro de Gênesis aberto, lhe veio à mente o primeiro atributo de Deus que o homem conheceu: Criador. A partir Dele tudo foi feito, a própria vida estava em Deus, o Criador mesmo a deu ao homem, sua criatura. Então, começou a cantar sobre essa linha de pensamento e os versos foram surgindo, ganhando forma, nascendo assim a canção “Criador”. Além disso, a canção traz uma visão peculiar do personagem bíblico “Adão”. Ela fala sobre o encontro com Aquele que era totalmente divino, o Deus que não foi criado. 

Com isso, queremos te levar a pensar sobre a relação de Deus com Adão. O que Adão sentiu? O que ele pensou? Que respostas foram dadas aos seus anseios quando ele se encontrava com o Senhor?

“Dos céus o SENHOR se inclina sobre a humanidade, para ver se há alguém que tenha juízo e sabedoria, alguém que busque a Deus de coração.” Salmos 14:2

A passagem de Salmos 14:2 também resume um pouco o que a canção fala. O Deus Soberano que se inclina sobre a humanidade para achar alguém que O busque de todo coração. 

Quem é Aquele que caminha no Jardim?

Nesta canção e no álbum completo teremos muitas novidades. O produtor musical do álbum, Felipe Eubank, conta que cada elemento escolhido para compor a canção faz total sentido com o que está sendo cantado. Ao decorrer da letra há uma sintonia com os arranjos, sons e instrumentos musicais. Assim, a intenção foi criar uma atmosfera, a sensação de que estamos no início de tudo, onde tudo foi criado. Ouvimos sons de passos, cantos de pássaros, justamente para dar vida a canção. 

Além disso, uma curiosidade sobre o dia da gravação foi a mudança que o produtor fez na hora. Colocaram uma voz feminina para fazer o contra canto, fazendo referência a “Eva”, que também passou pela experiência de encontro com a presença do Criador. 

O Criador, amando a criatura

A expectativa para o lançamento da canção, gravada em estúdio em abril de 2020, está muito grande. Pela primeira vez a Fhop Music gravou um álbum de estúdio, todo produzido na Base Missionária da Florianópolis House of Prayer, por missionários da casa.  

Além da canção, um videoclipe, gravado no município de Águas Mornas em Santa Catarina, sairá no Youtube no mesmo dia. O clipe conta a história de um homem que espera pelo Criador, que ouviu as histórias daquele que andava pelo jardim, aquele que nunca foi criado. O elemento destaque do videoclipe é o lampião. Este objeto remete às virgens de Mateus 25, que mantiveram as suas lâmpadas acesas aguardando ansiosamente o encontro com o Criador. 

Por isso, para não perder nada desse lançamento, queremos te convidar a fazer a pré-save no Spotify, plataforma de streaming onde a música estará disponível no dia 10 de Junho. 

Dessa forma, fazendo a pré-save você ficará por dentro de todas as novidades que estamos preparando e terá acesso a um conteúdo exclusivo da Fhop Music. 

Então, fique ligado nas redes sociais da Fhop Music (@fhopmusic), que dia 10 de junho vem aí o novo Single Criador. Acesse: ouça.fhop.com e receba a música em primeira mão. 

Para dar início a esta conversa é preciso saber que Igreja, ou ekklesia, é descrita na Bíblia de duas formas: Uma em seu aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, refere-se a toda a igreja de Cristo na Terra. A outra, no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais. “igrejas” nesse caso são os muitos grupos de pessoas reunidas em diferentes localidades ao redor do mundo. Ambas as descrições, se referem a pessoas e não a templos ou prédios.

Infelizmente, antes de definirmos o que é ser parte do corpo de Cristo, precisamos desconstruir algumas ideias erradas sobre a Igreja nos dias atuais.

Muitas pessoas enxergam a igreja de uma forma completamente distorcida e totalmente distante da sua realidade bíblica. Por exemplo, a igreja não é um lugar de entretenimento e consumo, onde cada um escolhe aquilo que pensa ser melhor para si e procura ser beneficiado, como muitos pensam. Esta é uma imagem distorcida resultante do individualismo, fruto da cultura em que vivemos, e que vê a igreja como um meio para o seu próprio benefício.

A igreja não é um lugar para frequentarmos, mas um corpo para, caminharmos juntos, pertencermos e nos entregarmos em amor à Cristo e uns para com os outros.

Cristo é o cabeça de todas as coisas para a Igreja, que é o seu corpo

E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,
Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Efésios 1:22,23

Dessa forma, a igreja não é um fim para nós mesmos, mas existe primariamente para a glória de Cristo. Como igreja, nós seguimos Cristo, caminhamos em unidade com Ele, uns com os outros e vivemos conforme a Sua vontade.

No livro Discipulado, Dietrich Bonhoeffer diz que “o corpo de Cristo é a continuação da presença física de Jesus na terra, porque o próprio Cristo se move por meio dela”. Isso significa que o ministério da Igreja na história é tão relevante quanto os três anos em que Jesus viveu seu ministério na Terra.

O Senhor escolhe uma diversidade de pessoas, cada uma com suas falhas e dificuldades, mas que caminham em unidade e é por meio desta Igreja que Jesus escolheu se fazer presente e agir na Terra.

O Senhor revela a Sua glória e a Sua vontade por meio do corpo 

Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus. Efésios 3:10

Em sua sabedoria, Ele mesmo estipulou que fosse assim para que o seu poder fosse conhecido. Nós somos chamados à comunhão. O desejo de Jesus é que vivamos a unidade no corpo, para que o mundo saiba que Deus O enviou. Viver em comunhão com o corpo testemunha para o mundo sobre quem Jesus é (João 17:23). Portanto, se alguém afirma que a igreja não é boa ou necessária, está indo contra algo estabelecido pelo próprio Deus.

É pela graça de Deus que somos chamados a viver essa comunhão em comunidades imperfeitas. Comunidades formadas pessoas com defeitos não tira a responsabilidade de sermos igreja, e nem deve ser uma desculpa para não nos envolvermos; pelo contrário, é motivador que um grupo de pessoas cheias de falhas tenha a oportunidade de servir a Deus e uns aos outros. Se a igreja fosse formada por “pessoas perfeitas”, nenhum de nós teríamos espaço nela.

A responsabilidade de edificar o corpo não é somente dos líderes

Estes devem equipar e ensinar os santos, mas a edificação do corpo é responsabilidade de todos (Efésios 4:1-13). Cada pessoa possui um dom e propósito específicos, não havendo um dom melhor que o outro. Todos os membros do corpo têm responsabilidades uns para com os outros e com o Senhor e são importantes para que o corpo viva de forma saudável.

A pergunta que fica para nós aqui é a seguinte: como viver de uma forma que edifique o corpo? A respostas é, sendo humildes e pacientes, apoiando e servindo uns aos outros em amor. À medida que isso é feito, é gerada unidade. Servir o corpo tem um custo. Isso pode exigir recursos, tempo, que compartilhemos o que temos, até mesmo gerar cicatrizes em nós. Fazer parte do corpo exige morrer para nós mesmos. Mas este custo tem uma recompensa.

Experimentamos as recompensas do corpo nos dias de hoje, a medida que somos encorajados uns pelos outros, nos ajudamos nas necessidades e nos amamos como família. Porém, lembre-se que existe uma recompensa eterna. Um dia, os santos serão glorificados e se unirão a Cristo, por toda a eternidade.

Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros,
mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. 1 Coríntios 12:12-14

Quando cito a Igreja aqui, são os cristãos em todas as épocas e lugares da terra, chamados à salvação para adorar o Redentor. Esse é o objetivo final de toda a Igreja ao redor dos quatro cantos da terra.

Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. Romanos 12.1

Em Apocalipse 21, vemos a imagem da Igreja gloriosa que estará com o Senhor para sempre. O tabernáculo de Deus estará entre os homens, ou seja, o próprio Deus habitará em nosso meio. Hoje, somos chamados a viver um estilo de vida de adoração, como acontece no céu, pois assim viveremos por toda a eternidade.

Sobre a adoração na Igreja

A adoração é um dos costumes eclesiásticos mais importantes que vemos na construção e no estabelecimento da Igreja. Na época da Reforma Protestante, os hinos atuavam como veículos de propagação do Evangelho. Martinho Lutero deu a centralidade ao ensino da Palavra, mas valorizou a adoração em forma de música como ferramenta de instrução e edificação da Igreja. Nós somos, por definição, os verdadeiros adoradores que o Pai busca.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4:23,24

Nossas emoções são parte da nossa adoração, mas elas por si só não são suficientes; elas precisam estar conectadas e em concordância com a Verdade que liberta e transforma. O sacrifício de Cristo demanda uma resposta de adoração diária dos nossos corações. Podemos adorar tendo os olhos espirituais abertos, mas precisamos estar conectados com a Palavra diariamente (Cl 3:16).

Nossa responsabilidade é oferecer sacrifícios espirituais a Deus, pois somos sacerdócio real (1 Pe 2:9). O sacrifício de louvor de nossos lábios é o ponto alto de nossos sacrifícios espirituais.

A postura do coração adorador

Paulo chama a atenção para a postura de coração esperada de todo aquele que está em Cristo: apresentar-se como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele (Rm 12:1), por causa das Suas eternas misericórdias.

Deus chama o ajuntamento dos santos de ekklesia. Toda vez que Deus chamava o povo para se reunir para orar e adorar, ali estava a ekklesia. Portanto, não há como ser Igreja separados, assim como não há como a adoração corporativa acontecer por meios virtuais. As transmissões são ferramentas para que o povo receba a Palavra, mas não substituem o ajuntamento dos santos.

A aliança que temos em Cristo faz com que possamos nos achegar ao trono da graça e isso não fazemos de forma individual, mas em família (Hb 10:22-23). Existe poder na confissão dos santos reunidos.

Como estimular uns aos outros a amar e fazer boas ações?

Encorajando uns aos outros, por meio da adoração. A adoração do nosso irmão pode servir de ânimo e força, apontando para Aquele que nos dá esperança.

Qual a importância da música para o culto? A música é essencialmente a única coisa que fazemos juntos coletivamente e que faz sentido. Quando cantamos, nos unimos em um só coração e um só espírito, entoamos em uma só voz as verdades sobre quem Deus é. Porém, a música por si só não é adoração, mas ela é o veículo pelo qual nós adoramos a Deus. A adoração vem de um coração que experimentou as infinitas misericórdias do Senhor, e aquilo que flui de cada coração é único.

A ekklesia que adora usa a música como veículo corporativo para que sacrifícios de adoração fluam para o Senhor. Essa adoração tem um efeito vertical, que é tocar o coração de Deus, e horizontal, que é fortalecer a Igreja, o corpo de Cristo.

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