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Tocando a Eternidade

Perspectiva Eterna

A eternidade é o nosso lar e hoje eu quero que toquemos nela. Que por um momento possamos tirar os olhos de nossas circunstâncias e do que orbita em nossa volta para contemplar algo maior do que tudo isso em si. Há alguns anos os homens achavam que tudo girava em torno desse planeta até que, ao aumentar suas perspectivas (e lentes telescópicas), eles se depararam com um sistema infinito de forças e corpos celestes. Uma mistura de caos e sincronia que formam esse espaço e universo. De fato, EU e VOCÊ não somos o centro do universo.

Mas hoje ainda quero que olhemos para o Eterno; para o Criador de tudo o que existe. Olhemos como Moisés:

“Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.” Sl 90:2

Uma manhã acordei meditando sobre como Deus domina sobre a eternidade. O homem é um ser limitado pelo tempo, pelo espaço físico e não consegue entender a eternidade. Mas Deus, o Aba, domina perfeitamente sobre esse “desconhecido infinito”.

Nessa mesma manhã pensei também sobre a brevidade da vida e que comparado com a eternidade, o intervalo de tempo em que vivo é quase que nada. Meus 70, 80 anos nessa terra são poeira comparado com a história! Meus problemas, minhas dificuldades, as pressões que me cercam foram ficando cada vez menores até quase desaparecerem. Eu disse “quase”, elas ainda estão lá. Porém, diante daquele que domina sobre a eternidade essas minhas circunstâncias não são nada. Na verdade Moisés diz que elas são “breves como o sono”(Sl 90:5).

Refletindo mais um pouco em tudo isso eu me pergunto: e se, a maneira mais sábia de lidar com as nossas circunstâncias fosse olhar para a eternidade e caminhar em fé com o Deus eterno? Não estou dizendo que essa seja a única forma de lidar com elas, mas eu acredito que seja a mais sábia. Vejamos o próprio Moisés pedindo a Deus:

“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” Sl 90:12

Nós fomos feitos para tocar a eternidade. Somos criaturas que anseiam pelo que não se desvanece e permanece. Graças ao Altíssimo que nos deu a vida eterna e consolida para sempre as obras de nossas mãos. O que somos nEle e fazemos não é em vão e adentra os séculos dos séculos.

“Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos!” Sl 90:17

A sensação que tenho quando olho para vida daqueles que estão ao meu redor e inclusive para minha própria vida, é de que estamos vivendo no meio de um caos! Seja esse caos causado por circunstâncias externas como internas. As vezes emoções e sentimentos desregulados, convicções ou a falta delas, problemas financeiros, no trabalho, nas nossas famílias, problemas de saúde dentre outros. E sem perceber nos tornamos administradores do nosso próprio caos, e não mais conquistadores do nosso propósito.

Refletindo em tudo isso e meditando na palavra de Deus cheguei a um pensamento que quero compartilhar contigo. Para isso quero estabelecer o paralelo entre dois relatos que se encontram na bíblia. Um quando Deus manda Jonas ir à cidade de Nínive e outro quando Jesus e seus discípulos partem de barco da Galileia para o outro lado da margem.

Quero ressaltar primeiramente o fato de que Jonas estava fugindo do propósito, enquanto que os discípulos estavam obedecendo a ordem do Mestre. Nesses dois casos, os respectivos barcos passaram por grande tempestade, ou seja, a tempestade aparece tanto para quem foge do propósito tanto para quem o obedece. O próprio Jesus nos disse que no mundo teríamos aflições.
Estou trazendo a comparação de tempestade com o caos que podemos viver, seja ele qual for.
A partir disso, te faço uma pergunta para refletir: o barco do qual você é o capitão está indo em direção ao propósito ou está fugindo dele?

Se você entende que está fugindo do propósito, tome a mesma decisão que o capitão do barco onde Jonas estava. Pense como sendo o capitão, e não como Jonas. Encontre o motivo do caos, jogue ele para fora do barco. Encontre o fator desobediência e tire ele da sua navegação, mas atente-se: talvez ele esteja escondido no porão do navio, assim como Jonas estava. Talvez esteja num lugar secreto, fora da vista de todos, quase que imperceptível, mas você é o capitão, e conhece sua embarcação. Alinhe sua vida! Deus te dará força! Você não perecerá na jornada!
Já no segundo caso, você entende que está indo em direção ao propósito e está obedecendo a voz do Mestre, mas está assustado com a tempestade ao redor e inclusive com medo de perecer na jornada.

Provavelmente, se soubesse sua história, eu te diria que Jesus está com você no barco e te encorajaria a acordá-Lo para que Ele pudesse apaziguar a tempestade. Porém, não é o que Jesus nos ensina no texto de Marcos 4. Ele é acordado por seus discípulos e acalma a tempestade sim, mas os adverte perguntando: – Por que sois covardes? Ainda não tendes fé?
Com essa argumentação de Jesus, me contraponho com outra: então a me capacita a colocar ordem ao caos? Sim! Fé naquele que suportou a cruz por causa do júbilo que o estava proposto.
Aquilo que você precisa para colocar as coisas em ordem já está em você! Nós somos participantes daquele que é o autor e consumador da nossa fé. Diga você mesmo para que a tempestade se acalme. Tome decisões. Abra a boca e declare. Não tema, você não será vencido. Não se acovarde, mas haja com fé!
Não faça de Jesus um amuleto, mas entenda que Ele é o Senhor e navegue nessa verdade! Você chegará a outra margem.

Ainda não acabou. Enquanto os discípulos de Jesus estiveram em sua companhia durante seu ministério, provavelmente estavam ao mesmo tempo vivendo uma das maiores experiências de suas vidas. Eu imagino que eles tenham tido a sensação de terem encontrado um propósito pelo qual poderiam viver. Eles O viram curando enfermos, ressuscitando mortos, alimentando uma multidão com apenas alguns pães e peixes, se familiarizaram com coisas como essas que até então, era totalmente fora da realidade de simples pescadores ou cobradores de impostos e eles queriam inspirar até a última molécula desse ar. Sabe aquela sensação de ter encontrado um foco para o qual você pode direcionar toda a sua vida? Eles viveram isso por um período de três anos.

Após a morte de Jesus, o homem que acreditavam ser o Messias, suas expectativas declinaram e a aparente falta de esperança e decepção  levou alguns dos discípulos de volta ao antigo ofício.

Então, um dia no caminho de Emaús, Jesus surge entre dois discípulos e seus corações se colocam em chamas através das palavras do Cristo ressurreto. Ainda não havia acabado! Jesus começa a citar as escrituras e após aquele encontro o entendimento desses homens é aberto para o conhecimento do Filho de Deus, sim Ele era o Messias, a promessa que Israel tanto aguardava.

Talvez você, assim como os discípulos tenha experimentado algo totalmente diferente que tenha trazido um novo folego por um período de tempo. Você sentiu que encontrou um propósito para o qual poderia entregar sua vida, até que a decepção ou o aparente cansaço tocou seu coração, mas assim como para os discípulos ainda há uma voz ecoando, há esperança e um bom futuro. Ainda não acabou.

Jesus encontrou esses homens e os levou de volta ao propósito de suas vidas e os mostrou que ainda havia muito mais, inclusive poder seria liberado sobre eles através do Espírito Santo que haveria de vir. O próprio Jesus os fortaleceu e encorajou para viverem a plenitude de seus chamados.

Deus tem bons pensamentos a nosso respeito, os planos Dele são de paz e não de mal. Enquanto aparentemente nada acontece, no nosso interior Deus está nos forjando e tornando nossas raízes profundas e fortes. O fruto que se vê na superfície é apenas o resultado do que está debaixo do solo.

Traga hoje ao seu coração aquilo que te dá esperança. Há vinho novo pronto para ser liberado, há promessas a sua espera e hoje o mesmo, Jesus te lembra delas e te lembra também, de seu destino e chamado. Portanto, levante as mãos cansadas e os joelhos vacilantes porque ainda não acabou. Por que estas abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei (Sl 42:11)

Fé é uma daquelas palavras bem difíceis de se definir. O que você acha? Ela pode significar coisas diferentes para as pessoas. Talvez uma pessoa tenha fé de que as coisas vão melhorar na sua vida enquanto que outra pode crer veemente de que esse ano o Brasil ganhe a Copa do Mundo. Mas será que a fé se resume a apenas uma atitude positiva diante de acontecimentos futuros?! Eu particularmente gosto do que as Escrituras nos dizem.

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. – Hb 11:1

Andar e edificar sua vida esperando pelo que ainda é invisível. A fé tem essa capacidade de enxergar o que ainda não se vê e ativar nosso coração para construir e caminhar até o nosso destino.

Esses dias eu estava pensando em Abraão e em como um homem que já passou dos seus 70 anos aceita o convite de peregrinar por terra estrangeira. Como um homem já idoso casado com uma mulher já idosa recebe poder para gerar um filho? E como depois de passar por esses milagres é provado e obediente a ponto de subir um monte para sacrificar seu próprio filho.

Quando o assunto é fé eu tenho muito o que aprender olhando para a jornada de Abraão. Quando todos estavam fazendo suas tendas em locais perto de planícies e do Egito ele via que dele sairia uma grande nação. Na verdade, pelas escrituras, sabemos que ele viu muito mais que isso. Tem um texto bem interessante em Gênesis a respeito da fé de Abraão:

​Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. – Gn 15:6

Quando Tiago escreve sua carta e cita esse versículo ele ainda vai além.

​e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. – Tg 2:23

Existe uma fé que não procede do nosso otimismo nem depende da nossa autoestima elevada. Existe uma fé procedente de Deus com poder para nos creditar justiça e gerar amizade e parceria com o próprio Deus. A verdadeira fé nos move e nos direciona para Deus nos melhores e piores dias.

Fé vem de Deus. Eu me sinto bem aliviado por isso. É bem mais leve saber que eu não tiro poder de mim para crer em Deus. Ao contrário, olhando e correndo para Ele sei que ele nos acrescenta poder para crer, para perseverar, para vencer o pecado, para realizar sinais e maravilhas e cumprir nossa jornada.

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, ​olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. – Hb 12:1

Vamos mudar o mundo? Esses dias um amigo, com quem estudei no terceiro ano do ensino médio, me enviou uma foto que tiramos na sala de aula, registrada há doze anos atrás. Na época eu ainda não conhecia o Senhor Jesus Cristo. Mas olhando para aquela foto me veio a memória as conversas nos corredores, as redações semanais, as rodas de debate, e me lembrei do meu discurso reacionário e do meu ardente desejo de mudar o mundo. Na verdade, creio que todos nós carregamos esse anseio de sermos relevantes e produzirmos impacto. Foi o próprio Criador que depositou essa semente de inconformismo em nosso homem interior, a fim de que isso um dia se traduza em uma força motriz para estabelecer mudanças, transformações e fazer de alguma maneira a diferença em nossa geração.

Tão valiosa quanto essa constatação, de identificarmos o desejo no nosso homem interior e aceitar isso de maneira sábia, é a feliz conclusão que alcançamos quando descobrimos a maneira ideal pela qual essa mudança do mundo deva se processar. Depois de jornadear por esses anos na reflexão de como mudar o mundo, a convicção que hoje cheguei é de que: O ponto de partida dessa mudança é o meu próprio mundo primeiro. E a maior alegria de olhar para essa foto registrada doze anos atrás, quando eu tinha apenas os filósofos e os personagens de super heróis como inspiração para essa revolução, é saber que hoje mais do que todos os contos, histórias e devaneios filosóficos, minha maior fonte de inspiração para uma revolução genuína é o livro da vida, o evangelho de Cristo.

Nada mais revolucionário; nada mais transformador; nada mais fascinante; nada mais enigmático; nada mais profundo; nada mais belo. Os adjetivos que conhecemos são poucos para expressar aquilo que o Evangelho do Senhor Jesus Cristo é. Em resumo: O EVANGELHO É O PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO DE TODO AQUELE QUE CRÊ. O Evangelho de Cristo é a única resposta – e ao mesmo tempo a suficiente – para a plena transformação do mundo. Um propósito que parte em primeiro mudar o homem, para que na mudança do homem, o mundo possa ser mudado.
Quando adentramos para o cenário do tempo histórico em que o Senhor Jesus Cristo veio à Terra cumprir sua missão, sabemos pelas escrituras que os judeus esperavam um rei que realizasse uma mudança no cenário externo; um rei que deporia os opressores de Israel e estabelecesse o seu governo. O que eles não tinham entendido – nem mesmo os discípulos mais próximos do Mestre – é que o REINO INICIALMENTE NÃO VIRIA COM APARÊNCIA VISÍVEL – pois o objetivo era a mudança do mundo interior primeiro. Um Reino de Amor, justiça, paz e Alegria estabelecido dentro do coração do homem, e fluindo em todos os lugares a partir do interior.

Nesse momento amados, quando chegamos a um período de transição – início de um novo ano – onde temos uma nova oportunidade de fazer o bom uso do cronos, planejar metas, projetar sonhos, desenvolver propósitos. Nada mais poderoso do que abrir o Espelho da Vida e receber o reflexo Dele em nós, e nesse processo que contará com a cooperação do Espírito Santo, sermos transformados à Sua Imagem, de fé em fé, de glória em glória. Já foi dito pelo pregador, que a Bíblia é “o único livro que em todas vezes que formos lê-lo, leremos com o autor do nosso lado”.

Vamos mudar o mundo? Sim, a começar pelo nosso primeiro. A começar pelo mundo infinito que existe dentro de nós e que é o território mais disputado da terra. O lugar mais disputado não está no Oriente Médio – apesar de serem bastante – o território mais disputado da Terra, quiçá do Universo, é o coração do homem. É aqui que o céu deseja reinar em primeira instância, a fim de que Reinando lá, no mundo exterior possa ser transformado.
Para finalizar, lembro-me do apóstolo Paulo. De um voraz perseguidor da Igreja e do Evangelho, tornou-se o homem mais influente do seu tempo. A mudança do seu homem interior, o levou a impactar nações e continentes. Poderia aqui citar tantos outros exemplos, que foram agraciados com a mudança do seu homem interior e que por isso foram figuras que marcaram a história e trouxeram contribuição genuína para a humanidade. O Céu está convidando aqueles que se deixarão ser achados, e após serem achados permitirão e cooperarão com o Espírito de Deus para que o evangelho mude seu homem interior, e com isso muitos outros recebam da mesma graça.
Vamos mudar o mundo!?

Como você tem construído sua história? Quando olhamos para a história de Jesus, aquele que é Deus conosco e foi enviado para a salvação da humanidade, percebemos que temos um modelo a seguir. Já no começo da vida de Jesus podemos ver em Lucas 2, onde Jesus com 12 anos estava no templo junto a doutores (aqueles que ensinam a respeito das coisas de Deus e dos deveres do homem) escutando-os e questionando-os naquilo que estava sendo dito. E então Jesus crescia em sabedoria (inteligência ampla e completa), estatura (idade; maturidade; tempo de vida) e graça (aquilo que dá alegria; deleite; prazer) diante de Deus, e dos homens. E todos se maravilhavam com as palavras que diziam sobre o menino. Quando olhamos para Hebreus 11 vemos que desde a fundação do mundo, homens e mulheres tem marcado os dias (ou deixado marcas através do tempo) obedecendo e vivendo a plenitude daquilo que eles foram chamados. Podemos olhar para a história de Abraão e ver o quão ousado ele foi em “sair da tua terra, do lugar onde vivem os teus parentes para ir até a terra onde o Senhor o mostraria”. Abraão não guardou aquela promessa em seu caderninho de palavras proféticas, ele agiu. A ordem era clara: deixe o que você tem e vá para o lugar que eu vou te mostrar. E assim fez Abraão, e sabendo de toda a história podemos ver que é possível. Ele é um modelo para que possamos seguir.

“Não, não construa sua casa na areia/ Não, não construa na beira do mar/ Mesmo que pareça chique, é impossível que ela fique. A tempestade a vai derrubar” – É engraçado, mas essa música infantil é tão verdadeira! Onde estamos construindo a nossa história? Se você daqui 10 anos olhar para a sua vida, o que você vai ter construído? Qual é o legado que você vai deixar para essa geração? Construa algo que é eterno. Olhe para Jesus e permaneça olhando, não importa a situação. Permaneça. Apenas permaneça. Construa uma história que você verá os frutos aqui nessa jornada e também na eternidade.

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. E a chuva caiu, os rios se encheram, os ventos sopraram e bateram com força contra aquela casa, contudo ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha” Mt 7:24-25.

Estar alicerçado é estar estabelecido. Quando estabelecido você consegue olhar para a sua caminhada e se lembrar das promessas que o Senhor disse a teu respeito, e perceber que tudo o que Ele tem dito sobre você são verdades. Você foi escolhido para construir algo que é eterno. Você foi chamado para ser uma voz nas esferas da sociedade e assim como Jesus, um modelo para a sua geração. Construa raízes na videira verdadeira e olhe para o futuro sabendo que verá os frutos. Não desista! Permaneça! Porque aquele que é fiel e justo cumprirá toda boa promessa.

 

 

“Cristo em nós a esperança da Glória” (Cl 1:27). Ao fazer essa declaração, sob a plena inspiração do Espírito Santo, Paulo estava falando do mistério que estava oculto desde as gerações passadas, mas que aprouve a Deus, na plenitude dos tempos manifestar aos seus santos, aos quais Deus fez conhecer das riquezas da sua glória entre os gentios. Clarificando a todos que as promessas do evangelho não diziam respeito tão somente ao povo de Israel, mas a todos os homens, tribos, povos, línguas e nações.

Nós, os que esperamos em Cristo portamos uma esperança gloriosa, a esperança da constante revelação do nosso Senhor Jesus Cristo, que outra vez voltará para cumprir todas as coisas. E o fascínio que envolve essa espera é poder, em certa medida de plenitude, poder experimentá-la no dia de hoje, por meio do Espírito de Cristo que habita em nós, e que é o penhor dessa esperança.

A partir dessa verdade anunciada, não só desfrutamos dessa expectativa como também, a nós nos foi possibilitado comunicá-la pela maneira digna – com toda humildade e mansidão – que diligenciamos a nossa vida.

O cristão genuíno é uma memória constante diante de um mundo caído, carente de esperança, de  um padrão de paz, justiça e alegria, não condicionados ao humor das circunstâncias, porém possível vivê-lo por meio do evangelho.

Somos a memória de um padrão de justiça que não se pode compreender pelas lentes de Aristóteles. Gandhi mesmo disse que se todos os livros sacros fossem queimados e restasse apenas o Sermão do Monte, ainda haveria esperança para humanidade.

Nem se a contribuição de todos os grandes vultos da história fossem somados poderiam sequer, se aproximar da glória que na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo foi e será revelada. E a boa nova é que essa glória, essa beleza habita em nós, e nos faz vozes do amar. Mensageiros do anseio que o céu possui de vir para a terra e estabelecer todas as coisas com perfeito amor, perfeita justiça, perfeita paz e perfeita unidade.

Amados, a consciência dessa esperança e de seu efeito prático, é de suma importância para a missão que precisamos desempenhar, enquanto estamos peregrinando nesse lado da eternidade. Estamos a falar de uma glória que se manifestará de maneira magnífica, quando o Filho do Homem voltar com seus anjos e se assentar no trono da sua glória (Mt 25:31), e que deve ser traduzida no dia que se chama hoje pela nossa maneira simples de viver, quer quando comamos quer quando bebamos, isso deve revelar essa glória que tanto aguardamos.

Vivamos e ensinemos com toda autoridade – pelo nosso exemplo e pela nossa pregação – essa geração a renunciar a impiedade e os conceitos desse mundo, vivendo de maneira sóbria, justa e aguardando a bem-aventurada esperança que é canal de purificação (1 Jo 3:3), até o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2:11-13)

E para findar essa singela reflexão, lembremos que a esperança da glória na mais devota de suas expressões fala a respeito de uma Noiva que está esperando o seu Noivo, para o casamento mais exuberante de toda a história; onde finalmente seremos como Ele, teremos um corpo como o Dele. Sejamos todos nós purificados e alicerçados nessa esperança.

 

 

 

“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor…(Ef 3:14-19)

A oração de Paulo aos efésios nos revela algo extraordinário acerca do conhecimento do amor como chave para uma vida de plenitude. Não somente um conhecimento intelectual, mas uma experiência que atinge o espírito e as profundezas do nosso homem interior. Nesse capítulo, Paulo fala a respeito do mistério que estava oculto para as outras gerações, mas que aos profetas e apóstolos fora revelado, qual seja, os gentios serem participantes das promessas do Evangelho (Ef 3:5-6).

E pelas razões expostas acerca desse mistério revelado, Paulo como aquele que fora designado a ser apóstolo para os gentios, começa a orar (a partir do verso 14), se colocando de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome... O pedido inicial é por um fortalecimento no homem interior com poder pelo Espírito Santo, afim de que arraigados e fundamentados em amor, e em comunhão com todos os Santos, compreenderem e conhecerem as dimensões desse amor que excede todo o entendimento, resultando em um preenchimento pela plenitude de Deus (v.19).

Ao introduzir a oração, Paulo coloca a Igreja em uma compreensão familiar ao dizer que se prostrava “perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, de quem toda família no Céu e na Terra toma o Nome”. É na comunidade dos santos que o amor é revelado, para que por meio da família de Deus – por meio da Igreja – a multiforme sabedoria de Deus inunde toda a terra. Precisamos de filhos de Deus que se coloquem diante do Pai em favor da família de Deus a fim de que sejamos preenchidos pelo amor. Essa vivência vibrante do amor tendo permeado primeiramente a Igreja, posteriormente também permeará os povos.

As pessoas na sua grande maioria estão confusas e sem direção e o amor é o norte que elas precisam. Muitos daqueles que ainda não conhecem a Jesus Cristo, não sabem que Ele é a personificação do Amor; e muitos outros que dizem conhecê-lo, não foram ainda alcançados genuinamente por essa revelação. Conhecer a Cristo é Conhecer o AMOR.

Amá-lo é conhecê-lo; conhecê-lo é experimentá-lo. E a experiência com Jesus é a única que pode preencher o homem plenamente. Ele conhece os vazios do coração humano e sabe exatamente como preenche-los.

O fascinante é que quanto mais somos tocados por esse amor muito mais queremos tocá-lo, pois suas medidas (largura, altura, comprimento e profundidade) são infinitas. Todavia, eu entendo que estamos no tempo de prover a experiência daqueles que querem ser tocados pelo AMOR e tocarem no AMOR, e eles podem fazê-lo através de nós. Amados, muito mais que palavras, muito mais que uma bela pregação ou canção, precisamos amar as pessoas como Jesus as ama. As pessoas precisam olhar para nós e lerem O AMOR em nós, assim como era com o nosso Senhor. A entrega mais extraordinária já noticiada teve sua razão fundada no AMOR (Jo 3:16). O AMOR DEU O AMOR PARA QUE TODOS PUDESSEM AMAR E SER AMADOS ETERNAMENTE.

O melhor que podamos dar a essa geração é o AMOR. Um ato de AMOR nunca passará desapercebido. O que é feito em amor e por amor ecoa na eternidade. E que Àquele que é poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos, possa realizar bem todas as coisas que estão no seu coração por meio do poder – o AMOR – que ele escolheu que operasse por meio de cada um de nós.

Você já se perguntou, por que Jesus é chamado de verbo? Essa pergunta é muito importante para conhecermos características preciosas do Salvador!

Ao meditar sobre o motivo da comparação entre Cristo e a palavra (Ele sendo o próprio Verbo), a princípio parecia-me que desta maneira Deus queria nos mostrar  sutileza. A “poesia”, digamos assim, existente na caminhada de fé.

Surpreendentemente os resultados dessas questões foram uma sequência de informações que me levaram a compreender a urgência de uma postura cristã que balançasse meu coração e me fizesse ser radical em amar à Deus! Em buscar viver sob a influência de uma profunda revelação das escrituras e do Espírito Santo que é o próprio testemunho do Verbo que se fez carne.

“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle e, sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. JOÃO 1: 1-4

Não existe nada mais poderoso do que o Verbo presente desde o princípio. Não existe sutileza nas descrições deste verbo tão poderoso!

É a Palavra que continua movendo paz e guerra ao longo da história. O verbo apazigua, mas também confronta.   A palavra revela nossos corações, ela dá forma. A Palavra desvela imagens, nos permitiu compreender a imagem do Deus invisível. O verbo estabeleceu uma ponte e reconciliou o irreconciliável: Deus e os homens!

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Efésios 2:14-16

Jesus enquanto a Palavra, deu forma à beleza dos céus, ele veio para escrever em nossos corações as frases da eternidade. Ele escreveu na história o registro do amor!

De gênesis a apocalipse Ele simplesmente é e a cada nova frase Ele continua sendo,  criando, para sempre. Ele revelou a paz de forma violenta ao pronunciar e agir sobre a criação. Ao gritar o “está consumado” que mudou o século dos séculos. É Ele quem falou e fala sem nem sequer usar palavras, com o silêncio de Sua presença, com o fogo em Seus olhos. Quando O vemos os textos e versos mais comoventes da história são revelados: o amor sincero e verdadeiro que não foi manifesto somente na cruz, mas no convite ao casamento eterno.

Durante nossa jornada, nossa fé e amor por Jesus serão provados. Nesses momentos nos encontraremos com o que o apóstolo Paulo chamaria de tribulação, quando o que é visível tenta minar nossa fé.                                        Nós realmente sabemos que precisamos crer que Deus é infinitamente maior, porém como acreditar no que é invisível quando há evidências expostas em nossa casa, entre nossa família ou até mesmo em nosso próprio corpo, tentando dizer o contrário?

Em tempos como esses, perguntas borbulham em nossas mentes, o medo vem de repente como em uma guerra lutando contra nossa fé.

Temos, porém, o registro de homens e mulheres que viveram muito antes de nós e também passaram por momentos assim. O livro de hebreus está cheio de histórias de pessoas que creram e permaneceram firmes na palavra do Senhor apesar de todas as circunstâncias. Acredito que é a esse lugar que Jesus está nos convidando a ir quando essas tribulações vêm sobre nós, nos chamando a uma fé mais profunda onde nosso nível de confiança no amor Dele por nós cresce.

Nessas estações, somos purificados assim como ouro para que prevaleça o que é eterno: Sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; (I Pe 1:6b-7)

Talvez não pareça agora, mas todas as coisas estão cooperando para o bem. Ele está nos liderando como um bom pastor, e ainda que passemos pelo vale da sombra e da morte Ele estará conosco, o zelo Dele nos protegerá. Deus tem um bom plano, os pensamentos Dele são de paz e não de mal. O vale não é nosso lugar, mas ele faz parte do caminho às águas tranquilas e pastos verdejantes.

Acredito que Daniel sentiu medo ao saber que seria lançado na cova dos leões, mas isso não o impediu de manter seu relacionamento com Deus no lugar de oração. O que dizer de Sadraque, Mesaque e Abdnego? Como você se sentiria sabendo que seria lançado em uma fornalha? E como se já não fosse suficiente por si só, ela ainda seria aquecida sete vezes mais. Provavelmente esses homens sentiram medo. Isso, porém, não os fez se dobrarem diante de uma circunstância. Eles passaram por tribulação, mas permaneceram fiéis, a atitude deles mostrou a fé pelas obras. Porque assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta (Tg 2:26).

Vejam, coragem não é ausência de medo, mas é não permitir que o medo paralise e dite o que devemos fazer, é não viver segundo as circunstâncias pois isso gera inconstância. Porém a casa alicerçada sobre a rocha não se abala quando vem a enchente ( Lc 6:48).

Deus tem um plano! Sadraque, Mesaque e Abdenego não sabiam que o próprio Jesus andaria com eles na fornalha, Daniel não sabia que Deus enviaria anjos para fechar a boca dos leões, eles apenas confiaram em Deus e permaneceram fieis. Deixe que a palavra descrita por Isaías encha o seu coração de esperança e fé hoje: Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. (Is 43:2)

Deus já tem um plano para você e para mim. Não tomemos a liderança de nossas vidas, mas deixemos Ele nos liderar. Ainda que não entendamos por um momento, podemos confiar que Ele está produzindo ouro em nós, expandindo nossa fé e capacidade de confiança. Jó conheceu o poder de Deus de forma extraordinária por meio de seu sofrimento. Deus não faz nada sem um propósito. Apenas confie Nele e você não será decepcionado.