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Sobre o autor

Eli Dantas

A oração não é um privilégio reservado a poucos, nem uma tarefa exclusiva para líderes ou pastores. É, antes de tudo, um convite ao diálogo direto com Deus, estendido a todo o Corpo de Cristo. Cada cristão, independente de sua experiência ou posição, recebe esse chamado. Neste blog, vamos conversar sobre como a oração é para todo o Corpo de Cristo, desde sua dimensão individual até sua expressão corporativa, e por que devemos praticá-la juntos.

Oração: Um Convite para Todos Nós

A oração é uma oportunidade extraordinária de diálogo com Deus. Esse convite não é reservado para os mais experientes na fé ou para aqueles que ocupam cargos de liderança na igreja. Pelo contrário, Deus estende esse chamado a todos os Seus filhos. Seja você um novo convertido ou um cristão com décadas de caminhada, a oração é para você.

Através da oração, Deus deseja um relacionamento pessoal e íntimo conosco. Ele conhece a sua voz e jamais a confundirá com a de outro. Como Pai amoroso, Ele não faz acepção de pessoas e se achega aos corações quebrantados e contritos (Salmos 34:18). Sua proximidade não depende de mérito, mas de Sua graça e do Seu amor incondicional.

Todo o Corpo de Cristo é Chamado a Interceder

A oração e a intercessão não são responsabilidades exclusivas de um grupo específico ou de um ministério dentro da igreja. Cada cristão tem o privilégio e o encargo de se apresentar diante do trono da graça para interceder não apenas por suas próprias necessidades, mas também por tudo aquilo que importa ao coração de Deus.

Mas como sabemos o que importa ao coração de Deus? A resposta está na Palavra. As Escrituras revelam os propósitos e os planos de Deus, direcionando nossas orações. Quando oramos de acordo com a Sua vontade, expressa na Bíblia, alinhamos nossos corações ao Dele, cumprindo o chamado de intercessão que Ele confiou a todo o Corpo de Cristo.

Da Oração Individual à Oração Corporativa

A oração começa no secreto, em um relacionamento íntimo e pessoal com Deus. No entanto, essa prática individual deve transbordar em oração corporativa. Como igreja, somos chamados a orar juntos, concordando em espírito e propósito. A reunião de oração fortalece nossa unidade como Corpo de Cristo e nos leva a interceder por causas, nações, pessoas e situações de injustiça.

Quando oramos corporativamente, nos conectamos ao coração de Deus e nos unimos como um só corpo, clamando pela vontade Dele. Essas reuniões não são apenas momentos de intercessão, mas também oportunidades de edificação mútua e alinhamento ao propósito divino.

Por Que Devemos Orar Corporativamente?

  1. Para remover barreiras e restaurar relacionamentos no Corpo de Cristo
    Em Mateus 5:23-24, Jesus ensina que, antes de apresentarmos nossas ofertas a Deus, devemos reconciliar-nos com nossos irmãos. A oração corporativa nos confronta com a necessidade de resolver conflitos e restaurar relacionamentos, permitindo que o Corpo de Cristo funcione em unidade.
  2. Para promover unidade e honra
    1 Pedro 3:7 destaca que marido e esposa devem orar juntos para que suas orações não sejam impedidas. Essa dinâmica de unidade e respeito também se aplica à igreja, pois quando oramos juntos, promovemos atitudes de honra e consideração uns pelos outros.
  3. Para receber direção e sabedoria de Deus
    Em Atos 13:2-3, enquanto a igreja adorava e jejuava, o Espírito Santo deu instruções específicas para enviar Paulo e Barnabé. A oração corporativa é um momento em que Deus fala claramente à igreja, guiando suas ações e decisões.
  4. Para trazer cura e restauração
    Tiago 5:16 nos lembra da importância de confessar pecados uns aos outros e orar para que haja cura. Na oração corporativa, experimentamos restauração e somos renovados, tanto espiritualmente quanto emocionalmente.
  5. Para clamar por avivamento
    O avivamento nasce do lugar de oração. Uma igreja que ora em unidade, alinhada à vontade de Deus, está preparada para receber e sustentar o mover do Espírito Santo.

A Oração Corporativa como Base para o Avivamento

O avivamento que tantos anseiam começa no lugar de oração e se manifesta onde há unidade. Sem essa base, o Corpo de Cristo permanece fragmentado, incapaz de refletir a glória de Deus plenamente. A oração corporativa é mais do que uma prática; é um alicerce que sustenta a igreja, prepara os corações e abre os céus para que o Espírito Santo opere.

Quando oramos juntos, concordando com a vontade de Deus revelada nas Escrituras, nos tornamos um canal para Sua obra. Mais do que um dever, a oração corporativa é um privilégio que nos conecta à visão de Deus e nos fortalece como um corpo unido.


Portanto, a oração é para todo o Corpo de Cristo. É um convite à comunhão com Deus, um chamado à intercessão é uma prática que fortalece a unidade entre os irmãos. Seja no secreto ou em comunidade, cada cristão tem o privilégio de se achegar ao trono da graça. Não deixe de atender a esse chamado. Ore, interceda e veja como Deus transforma o Corpo de Cristo por meio da oração.

Ó, minha alma, lembre-se dos porquês, não se esqueça de onde Ele te tirou e para onde Ele está te conduzindo.

Lembre-se do porquê

O Espírito Santo está nos amadurecendo e nos santificando até o Dia do Senhor, essa é a jornada das nossas vidas. Estamos sendo preparados para encontrar a Cristo e sermos para Ele uma Igreja gloriosa, santa e inculpável.

Porém, quando olhamos para nós mesmos e enxergamos o nosso atual estado, somos tentados a nos desanimar. Isso porque sabemos o quão pecadores, falhos e imaturos ainda somos. Diante desses desafios a imagem de uma Noiva sem mancha, ruga ou coisa semelhante (Ef. 5:21-27), à altura do Seu Noivo, pode parecer muito distante, mas Deus é capaz e suficiente para nos conduzir até lá.

Lembre-se do “como”

Para esse fim, Deus nos levará por altos e baixos, montes e vales, banquetes e desertos. Logo, Ele não nos poupará das provações, nem nos privará da provisão, pois sabe o que está fazendo. Deus está formando a imagem de Cristo em nós, produzindo em Seu povo um caráter aprovado e nos fazendo dignos da nossa vocação. Por essa razão, Ele não desperdiçará nenhuma oportunidade de nos tornar mais parecidos com Ele.

Isso quer dizer que esse processo na maior parte do tempo não será confortável, afinal, estamos mudando, não apenas de comportamento, mas tendo a nossa natureza transformada. Sendo assim, nos despir do velho homem não é uma tarefa fácil, é impossível que a façamos sozinhos, dependemos do Espírito Santo nessa busca.

Lembre-se do caráter de Deus 

Experimentaremos emoções difíceis em meio a essas instabilidades da vida, seremos tentados a desacreditar e parar na caminhada, e é nesse momento que precisamos lembrar a nossa alma de quem é o nosso Senhor. Como o salmista expressou no Salmo 103, nós também precisamos reconhecer o caráter do nosso líder e as boas obras que Ele já realizou em nossa vida, isso nos dará a esperança e a certeza de que alcançaremos a linha de chegada: 

Bendiga ao Senhor a minha alma! Não esqueça de nenhuma de suas bênçãos!
É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão […]
O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades.” Salmos 103:2-4,8-10

Conhecer o caráter de Deus e trazer à memória os seus feitos, sua bondade e sua misericórdia é o que sustentará a esperança em nosso coração. Saber que a Sua fidelidade não se abala com as mudanças da vida, e que Ele completará a boa obra que começou em nós é o que nos dará paz em meio às adversidades.

Ó, minha alma, vá até o fim!

Portanto, não desanime! Não volte atrás! Embora as tribulações pareçam infindáveis e impossíveis de superar, elas são leves e momentâneas à luz do peso de glória que está sendo produzido em nós.

O Deus da esperança está conosco e ao confiarmos Nele transbordamos de alegria e paz!

Como o desânimo nos encontra?

Todos os dias, enfrentamos a corrida contra o tempo. A rotina nos chama, os ruídos ao redor aumentam, e, de repente, percebemos que estamos desanimados e sobrecarregados. Sentimo-nos sem direção, sem propósito e sem esperança.

Por que isso acontece tão facilmente? Na maioria das vezes, é porque damos ouvidos a muitas vozes ao nosso redor. Procuramos respostas em pessoas, relacionamentos e até em vícios que nos oferecem alívio momentâneo. Contudo, ignoramos a verdadeira fonte de esperança: a Palavra de Deus. Assim, acabamos buscando respostas em lugares que não podem satisfazer nossas necessidades mais profundas.

A Palavra de Deus: Um Convite à Esperança

A Bíblia nos dá uma resposta clara. Em Romanos 15:4, lemos:
“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.”

Em primeiro lugar, a Palavra de Deus nos ensina e nos fortalece. Quando abrimos a Bíblia, encontramos uma fonte inesgotável de refrigério, consolo e direção. Mais do que isso, a verdade contida nas Escrituras desmascara as mentiras que frequentemente invadem nossos corações. Ela nos ajuda a discernir o que é bom, justo e correto, além de nos ensinar como viver de maneira que agrada a Deus.

Por outro lado, quando negligenciamos a leitura da Bíblia, ficamos expostos às mentiras e falsas promessas do mundo. Sem o alicerce da Palavra, somos facilmente conduzidos pelos ventos das circunstâncias, como folhas sem rumo. A narrativa bíblica, no entanto, nos lembra que fomos criados com propósito, redimidos por Cristo e chamados a esperar pela consumação perfeita do plano de Deus.

O Deus da Esperança: Uma Promessa de Alegria e Paz

Sendo assim, Deus não nos deixa abandonados, Ele nos dá vida e direção. Ele Se revela como o Deus da esperança. Em Romanos 15:13, Paulo nos encoraja com estas palavras:
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”

Este versículo nos lembra que Deus não apenas oferece esperança, mas também nos capacita a vivê-la. Quando confiamos Nele, experimentamos alegria e paz que transcendem as circunstâncias. Ele nos convida a lançar nossas dúvidas e medos aos Seus pés, confiando que Ele é suficiente para suprir tanto nossas necessidades cotidianas quanto nossas questões mais profundas sobre a vida.

Como Renovar Sua Esperança Hoje

Agora, pare um momento e reflita. Quais são as preocupações que têm ocupado sua mente? Onde você tem depositado suas expectativas?

Se, por acaso, você tem buscado respostas em lugares que não podem satisfazer, é hora de mudar de direção. Permita que a Palavra de Deus seja o ponto central do diálogo em seu coração. Deixe que ela lave seus pensamentos, renove sua mente e traga clareza para suas escolhas. Ao fazer isso, você experimentará a paz que vem da esperança viva em Deus.

O Deus da esperança está disponível hoje. Ele deseja encher sua vida de alegria, paz e confiança, para que você transborde em esperança pelo poder do Espírito Santo. Então, confie Nele, volte-se para Sua Palavra e viva a segurança de quem caminha rumo às Suas promessas.

Como uma verdadeira família de oração, a igreja representa um lugar de comunhão profunda com Deus e entre os irmãos, unindo pessoas de todos os povos em um só propósito de adoração e relacionamento.

A Promessa de Isaías 56:7: Uma Casa de Oração para Todos os Povos

Em Isaías 56:7, Deus faz uma promessa extraordinária: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos“. Esse versículo, portanto, revela o coração de Deus em acolher não apenas o povo de Israel, mas também os gentios. Ele deseja atrair todas as nações ao Seu santo monte para adorá-Lo e oferecer sacrifícios. Com essa promessa, Ele anuncia que todos os estrangeiros, antes afastados de Sua presença, agora podem se aproximar e encontrar um lugar em Sua casa.

Assim, essa promessa aponta para um futuro onde todos terão acesso à adoração e ao relacionamento com Deus. O que antes pertencia apenas a um grupo específico, agora Deus oferece a toda humanidade, criando um convite universal à comunhão com Ele.

Jesus Reitera a Promessa: A Casa de Oração Redefinida

Em Mateus 21:13, Jesus reafirma essa promessa. Ao chegar ao Templo, Ele encontra mercadores transformando aquele lugar sagrado em um mercado. Tomado de zelo, Jesus expulsa os vendedores e lembra a todos que o Templo é um espaço para oração e comunhão com Deus. Ele declara: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.

Aqui, Jesus nos ensina sobre o verdadeiro propósito do Templo. Ele deseja que o Templo seja um lugar de adoração acessível a todos, onde cada um possa se aproximar de Deus em oração e devoção. Ao expulsar os mercadores, Ele nos mostra que a verdadeira adoração deve sempre ter prioridade sobre os interesses mundanos.

A Igreja como Casa de Oração: Nossa Identidade em Cristo

A Igreja de Cristo nasce desse chamado ao encontro e à comunhão. Em Cristo, essa promessa finalmente se cumpre, reunindo todos os povos, tribos, línguas e nações. Por meio de Seu sacrifício, Jesus abre um novo e vivo caminho para que todos possam se achegar ao Pai. Assim, em Cristo, experimentamos reconciliação e inclusão nessa “conversa eterna” com Deus.

Portanto, nossa identidade como Igreja é a de uma casa de oração. Somos mais do que uma simples comunidade; formamos uma família espiritual. Como filhos e filhas, Deus nos garante um lugar à mesa. Agora, podemos nos achegar ao trono da graça com ousadia, confiantes de que Ele nos ouve. Essa identidade de casa de oração não é um simples título; ao contrário, é um chamado para vivermos em constante comunhão com Deus, tanto individualmente quanto com nossos irmãos e irmãs.

Ser uma Família de Oração na Prática

Então, o que significa ser uma família de oração? Primeiro, precisamos entender que cada um de nós é sacerdote diante de Deus. A oração, portanto, não é uma tarefa exclusiva de líderes ou pastores; é, na verdade, uma responsabilidade e um privilégio de todos os cristãos. Esse conceito de sacerdócio universal nos ensina que cada um de nós pode se aproximar de Deus diretamente para interceder, orar e adorá-Lo.

Entretanto, ser uma família de oração vai muito além da prática individual. Existe uma expressão de oração que só experimentamos juntos, na comunhão dos santos. Em nossas comunidades locais, pequenos grupos e igrejas, fortalecemos os vínculos com nossos irmãos e com Cristo, a cabeça do Corpo. Nesse ambiente, construímos e nutrimos relacionamentos; ali, a unidade da igreja como família se torna real. Deixamos de ser apenas indivíduos e nos tornamos um só corpo, uma comunidade de fé que ora e intercede unida.

A Nova Aliança e o Sacerdócio Universal

Na Nova Aliança, Deus nos chama para sermos um povo sacerdotal. Em 1 Pedro 2:9, a Bíblia nos descreve como “sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus”. Esse chamado nos confere uma proximidade com Deus que antes era reservada aos sacerdotes de Israel. Esse sacerdócio universal é uma das marcas da Nova Aliança que Jesus inaugurou e nos permite ser uma casa de oração para todos os povos.

Como família de oração, Deus nos convida a interceder pela nossa comunidade, cidade e pelo mundo. Ele nos convida a confiar que nossas orações podem transformar realidades. Assim, ao vivermos essa identidade, participamos da missão de Cristo, levando a luz de Deus a um mundo que precisa de esperança e redenção.

A Igreja como Família de Oração

Concluímos, portanto, que a Igreja é muito mais do que um prédio ou organização. Somos a família de Deus, um povo chamado para orar, adorar e interceder. Como igreja, Deus nos convida a ser uma casa de oração para todos os povos – um lugar de acolhimento, comunhão e relacionamento com Ele. Em Cristo, Ele nos une em uma só fé, um só Senhor e uma só esperança. Cristo nos faz membros uns dos outros, superando nossas diferenças e nos unindo em amor.

Ser uma família de oração é, de fato, um chamado para cada um de nós. Que possamos viver essa identidade em nossa vida de oração pessoal e comunitária, respondendo ao convite de sermos um lugar de encontro entre Deus e a humanidade. Afinal, como casa de Deus, nossa oração reflete o amor e o propósito Dele para o mundo.

O Verbo se fez carne: essa é a boa notícia do Evangelho! A mesma voz que no início disse “haja luz” foi pronunciada em meio a um povo que andava em grandes trevas. Logo, aqueles que estavam cegos, vagando como ovelhas sem pastor, agora podem enxergar a glória do Pai na face do Filho. A expressão exata de Deus, o reflexo da luz inacessível.

Nem as melhores expressões e adjetivos são capazes de descrever o mistério e o assombro da encarnação. Isto é do Deus eterno nascendo em uma simples estrebaria de Belém. No céu todos o reconheciam, portanto, na terra poucos o discerniram. Um bebê, na manjedoura sem nenhum traço que o destacasse dos demais. Humano como qualquer um, divino como nenhum outro!

Um menino nos nasceu

Essa revelação é grande demais para nossa limitada compreensão, mas ela não para aí. A obra da redenção revelada na encarnação é consumada na crucificação e confirmada na ressurreição. Assim, a manjedoura e a cruz estão intimamente ligadas como um emblema do Deus que despiu-se de Sua glória e abnegou a sua majestade para resgatar os Seus.

Hoje nos alegramos porque o Menino que nos nasceu, o Filho que nos foi dado, cresceu em graça e em conhecimento. Ele caminhou entre nós e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai. Logo, nos alegramos porque Ele se humilhou à mais baixa posição, e pela Sua obediência o Pai exaltou acima de todos. O governo está sobre os Seus ombros e o Seu Reino jamais terá fim.

 

Ele não é mais um bebê na manjedoura

A nossa oração por você hoje, é que ao contemplar o bebê na manjedoura, seu coração arda na certeza de que Ele é o mesmo Homem judeu descrito em Apocalipse 1:

¹³ E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
¹⁴ E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
¹⁵ E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
¹⁶ E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
¹⁷ E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
¹⁸ E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Apocalipse 1:13-18

Celebramos o nascimento de Jesus Cristo ansiando pelo Seu retorno glorioso! Ele nasceu, morreu, ressuscitou, está agora à destra do Pai, mas ficará no céu para sempre.

O Senhor escolheu revelar o seu amor, o seu caráter, a sua fidelidade através do Seu relacionamento com uma pequena nação do oriente médio. Logo, Ele elegeu uma família, um povo, uma terra, para serem o cenário da sua grande narrativa de redenção. Isso não te surpreende? Portanto, quanto mais meditamos nas promessas de Deus para Israel, mais fica claro como Ele intencionou que Israel fosse levantando como um testemunho vivo, para todas as nações, das afeições de Deus.

Para nós que somos parte do corpo de Cristo, ler a história de Deus com o povo hebreu é crescer em convicção do tipo de amor com o qual fomos alcançados. Assim, fomos enxertados na Videira verdadeira e nutridos com as afeições do Eterno. Então, não há espaço para presunção, arrogância ou até mesmo autocomiseração, quando conhecemos o zelo do coração de Deus pelo Seu povo.

O plano de redenção

De Gênesis a Apocalipse apenas uma história é contada: o grande plano da redenção. Logo, se é pela graça que, assim como nós, Israel foi eleito, os méritos da salvação cabem apenas a Cristo. Pois, afinal, Ele é o autor e o consumador da nossa fé, Ele é o Messias que veio para resgatar Israel.

Assim diz o Senhor: “O povo que escapou da morte achou favor no deserto”. Quando Israel buscava descanso, o Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atrai.” Jeremias 31:2,3, grifo nosso

Assim, nos desertos, nos exílios, nas colheitas, nas celebrações, os olhos do Senhor sempre estiveram voltados para o Seu povo, Ele sempre se aproximou, sempre preservou o seu remanescente, sempre manteve a sua aliança. Portanto, segundo as afeições de Deus, com amor leal Ele os atraiu, vez após vez. Afinal, esse é o Deus que não pode negar a si mesmo, o Deus que permanece fiel mesmo quando somos infiéis (2 Timóteo 2:13). Assim como, Ele é o Deus que não volta atrás em suas palavras, nem precisa editar os termos da sua aliança, porque aos olhos humanos as coisas saíram do controle.

Uma história de amor real

A história de Deus com Israel, não é uma peça ensaiada para que a Igreja possa descobrir como é preferida. Essa é uma história de amor real, do Deus que desposou uma nação e fez com ela uma aliança eterna. Israel não se autointitulou Menina dos Olhos de Deus, essa declaração sai da boca do próprio Deus (Zc 2:8).

Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor. Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado.” Cânticos 8:6-7

O amor de Deus é inflexível, imparável e ardente, sem nenhuma sombra de variação, nenhuma mudança intensidade. Por isso, sabemos que o Senhor não deu as costas para o Seu povo, nem pausou os seus planos para que pudesse lidar conosco. O Deus soberano é quem costura a história sem perder a linha e o cumprimento de Suas promessas estão a caminho.

Amando o que o Senhor ama

Em breve chegará o dia em que o Espírito de graça suplica será derramado sobre os judeus e entre lágrimas eles olharão para o Messias e se lamentarão como quem lamenta por um filho (Zc 12:10), os seus corações serão tocados, os olhos do seu entendimento serão abertos e em uma só voz, a filha de Sião declarará: “Bendito é o que vem em nome do Senhor”. (Mt 23:37-39) e então Ele retornará.

Até lá vigiaremos com o nosso Amado, nos envolveremos com as causas que estão próximas ao Seu coração, amaremos o que Ele ama e odiaremos o que Ele odeia, pois estamos enfermos de amor.