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Sobre o autor

Isa Pedroso

Deus é eterno e essa afirmação por si só vai muito além da nossa compreensão.

Para encerrarmos a nossa série de texto a respeito dos atributos de Deus, escolhemos falar sobre algo que desafia completamente a nossa capacidade cognitiva. Entender a eternidade de Deus é impossível para o ser humano. E, ao mesmo tempo que isto é inquietante para nós, podemos nos maravilhar com a grandeza do nosso Senhor.

A Eternidade de Deus

A.W. Tozer, em seu livro O Conhecimento do Santo, aborda a eternidade de Deus como um dos aspectos que mais destacam a transcendência divina, colocando-o além da compreensão humana. Deus é eterno, sem começo e sem fim, e esse atributo incomunicável nos leva a refletir sobre a imensidão do Criador.

A eternidade de Deus não é apenas uma extensão infinita do tempo, como se Ele simplesmente existisse para sempre dentro do nosso conceito de tempo. Em vez disso, a eternidade de Deus significa que Ele transcende o tempo; Ele não é limitado pelo passado, presente ou futuro. Como Tozer explica, Deus vê toda a história da humanidade e do universo como um “presente eterno”. Para Ele, não há antes nem depois, apenas um eterno agora.

📖 Salmos 90:2: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”

Deus existe desde a eternidade passada e continuará a existir para sempre. Ele é o “Eu Sou”, uma existência contínua e auto-suficiente, que não depende do tempo nem é afetada por ele.

A mudança em nossa perspectiva

Primeiramente, a eternidade de Deus traz consigo a segurança de que Ele é imutável em Seu ser, perfeições e promessas. O que Ele era antes da criação do mundo, Ele é agora e continuará sendo eternamente. Essa estabilidade nos oferece segurança em um mundo em constante mudança.

Além disso, e talvez o principal ponto aqui, é que a eternidade de Deus nos convida a adotar uma perspectiva eterna. Muitas vezes, estamos tão focados nas preocupações temporais que perdemos de vista o quadro maior. No entanto, quando contemplamos a eternidade de Deus, somos lembrados de que nossas vidas são apenas um breve sopro em comparação com a imensidão da eternidade. Isso deve nos levar a viver com um propósito que vai além do aqui e agora.

📖 Isaías 40:28: “O Senhor é o Deus eterno, o Criador dos confins da terra. Ele não se cansa nem fica exausto; sua sabedoria é insondável.”

Diante da eternidade de Deus, podemos confiar que tudo o que encaramos em nossa vida, é apenas um grãozinho de areia na história eterna que Ele está escrevendo. Nossos dias difíceis, nossos maiores desafios, assim como nossas maiores conquistas, diante Dele perdem o valor.

Esse entendimento, a mesma medida que nos humilha, nos consola e nos exalta – pois o Deus Eterno nos escolheu para fazer parte da Sua história.

📖 2 Coríntios 4:17: “Pois as nossas leves e momentâneas tribulações estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todas elas.”

Como Adorar um Deus Eterno?

O primeiro passo para adorar um Deus eterno é nos afastarmos de uma mentalidade de imediatismo e cultivarmos uma visão de longo prazo. Isso significa que nossa adoração e relacionamento com Deus não devem ser baseados em circunstâncias temporárias, mas enraizados em Sua natureza eterna.

Em segundo lugar, A.W. Tozer nos lembra que, ao tentar compreender a eternidade de Deus (a fim de adora-lo), devemos adotar uma postura de humildade e reverência. Nossa mente limitada jamais compreenderá completamente o que significa ser eterno, mas isso não deve nos afastar da adoração, e sim nos aproximar ainda mais de um Deus que é incomparavelmente grande e misterioso.

📖 Hebreus 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre.”

O terceiro passo é, reconheça na eternidade de Deus, assim com em seus outros atributos, a Sua dignidade. Ele é completamente digno por ser completamente superior. Peça ao Espírito Santo que te guie na jornada de se maravilhar ao conhecer o Senhor. E que sua resposta diante de tudo o que contemplar, seja a mais sincera adoração.

Glórias ao Deus Eterno

A eternidade de Deus é um atributo que nos desafia e, ao mesmo tempo, nos conforta. Ela nos lembra que, apesar da brevidade da vida, somos chamados a conhecer e adorar um Deus que é eternamente fiel, sábio e bom. A compreensão da eternidade divina deve transformar nossa perspectiva, nos conduzindo a viver com um senso de propósito eterno e uma confiança inabalável naquele que é de eternidade a eternidade, o nosso Deus. Como Tozer sugere, ao meditarmos na eternidade de Deus, somos levados a uma adoração mais profunda e uma maior confiança em Suas mãos soberanas.

Conhecer e prosseguir em conhecer

Diante de tudo o que foi dito, nossa oração é que você nunca pare de buscar o Conhecimento de Deus. Esse é o nosso chamado principal: ama-lo de todo coração, alma e força e entendimento. Não podemos amar àquele que não conhecemos. Não podemos adora-lo verdadeiramente se não somos capazes de ver quão digno de toda a adoração Ele é.

Finalmente, oramos para que a fidelidade do Senhor te capacite a seguir sem medo do futuro e das frustrações. Que a Sua santidade o impulsione a ser santo e lutar com todas as forças por uma vida reta e íntegra, longe do pecado. Pedimos ao Senhor que a compreensão de Sua alegria tire de nós qualquer medo de nos aproximarmos de Sua presença. Que em Sua compaixão, encontremos conforto para nossas almas e que Seu amor continue sendo como uma bandeira sobre nós. Que a convicção de sua imutabilidade e eternidade nos ajudem a caminhar com confiança, mantendo os nossos olhos fixos no alvo e prosseguindo todos os dias em conhecê-lo, afinal, essa é a vida eterna.

📖 João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

A Imutabilidade de Deus

Deus não muda. Talvez esse conceito não seja nenhuma novidade para você, entretanto, você já parou para pensar e a respeito de como essa verdade muda nossas vidas?

Estamos dando continuidade à nossa série de textos sobre os atributos de Deus. Se você chegou agora, por aqui já falamos sobre a fidelidade, santidade, alegria, compaixão e amor.

Hoje vamos explorar um dos conceitos mais reconfortantes e poderosos da teologia: a imutabilidade de Deus. Este atributo nos oferece uma base sólida para entender e confiar no caráter de Deus. Portanto, vamos explorar três aspectos cruciais da imutabilidade divina: o fato de que Deus não muda, como essa imutabilidade é a base da nossa confiança Nele, e a confiança plena que podemos ter em Sua palavra e Suas promessas.

Deus Não Muda

Primeiramente, a imutabilidade de Deus significa que Ele não muda em Seu ser, em Seus atributos, em Seus conselhos ou em Suas promessas. Deus é eternamente o mesmo. Ele é constante e imutável, não sujeito às variações e mudanças que afetam a criação.

📖 Malaquias 3:6: “Eu, o Senhor, não mudo; por isso vocês, descendentes de Jacó, não foram destruídos.”

Sendo assim, independentemente das circunstâncias, o caráter de Deus permanece constante. Ele não se altera com o tempo, não é influenciado pelas nossas ações, e não é condicionado pelos eventos do mundo.

Eternamente, Ele é completamente bom, mesmo quando se ira; é completamente justo, mesmo quando está exercendo misericórdia. Ele é a Rocha Inabalável.

A Base da Dignidade de Sua Confiança

Por conta disso, podemos então dizer que a imutabilidade de Deus é a base sobre a qual nossa confiança Nele é construída. Se Deus pudesse mudar, Ele não seria digno de nossa confiança. A.W. Tozer escreve: “O conceito de um Deus que muda é inaceitável; uma divindade que pode mudar é um ser frágil e imperfeito.”

Por isso nossa confiança em Deus é profundamente enraizada na certeza de que Ele é eternamente confiável e inalterável.

📖 Hebreus 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.”

Esta afirmação reitera que, assim como Cristo é imutável, assim também é o Pai. A certeza de que Deus não muda nos dá a segurança de que Suas promessas são igualmente imutáveis e dignas de confiança.

Confiança Plena em Sua Palavra e Suas Promessas

Entender que Deus é imutável nos leva a confiar plenamente em Sua palavra e Suas promessas. Quando Deus faz uma promessa, podemos estar certos de que Ele a cumprirá, pois Ele não muda. A imutabilidade de Deus garante que Sua palavra permanece verdadeira e que Suas promessas são firmes e seguras.

📖 Números 23:19: “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso Ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir?”

É diante dessa verdade que muitas outras promessas nas escrituras se cumprem, como por exemplo:

📖 Salmo 125:1: “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.”

📖 Salmo 34:5: “Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção.”

📖 Salmo 112:6-7:“Não será abalado jamais; para sempre se lembrarão do justo. Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor.”

Cada um desses versículos mostra um comportamento cristão que não é alcançado pela nossa força de vontade. Pelo contrário, se dependesse apenas de nós e nossas oscilações, esses textos jamais seriam verdadeiros. No entanto, Deus não muda. Ele é completamente estável e digno de confiança, por isso nós não seremos abalados. É por olharmos para Ele, que a Torre Forte, imutável e inabaável, é que nos tornamos fortes.

Tozer enfatiza que a imutabilidade de Deus é uma âncora para a nossa alma. Quando tudo ao nosso redor é incerto e mutável, podemos encontrar paz e estabilidade no caráter imutável de Deus. Sua palavra, que é imutável, nos proporciona orientação e esperança em meio às tempestades da vida.

Aplicação Prática da Imutabilidade de Deus

Por isso, a compreensão da imutabilidade de Deus não é apenas uma doutrina teológica abstrata, mas tem implicações práticas profundas para a nossa vida diária. Quando enfrentamos desafios, incertezas e mudanças, podemos nos lembrar de que Deus é constante e Sua palavra permanece verdadeira. Podemos orar com confiança, sabendo que Deus ouve e responde nossas orações de acordo com Sua natureza imutável.

Além disso, a imutabilidade de Deus nos chama a sermos firmes em nossa fé e a confiarmos em Sua liderança e direção. Podemos descansar na certeza de que Deus, que é o mesmo ontem, hoje e para sempre, está conosco em todas as situações e nunca nos abandonará.

Seguindo a série sobre os atributos de Deus, hoje iremos conversar sobre a Sua santidade.

Se você chegou agora, talvez seja uma boa ideia dar uns passos para trás, e ler um pouco a respeito do porque é importante estudar os atributos de Deus e alguns conceitos teológicos que nos ajudam na jornada de comprender ao Senhor. 

Santo!

Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém.

Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono,

ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e tinham na cabeça coroas de ouro.

Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus.

Também diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal. No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás.

O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia quando em vôo.

Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.

Apocalipse 4:2-9

 

Apocalipse 4, Ezequiel 1 e Isaías 6 nos mostram a descrição da sala do trono.

Nesse momento, diante do Senhor, há seres viventes, anciãos, anjos e querubins. Todos rendendo adoração incessante, declarando: Santo!

A Santidade de Deus

Apenas essa descrição da sala do trono deveria ser o suficiente para despertar a nossa curiosidade. De todos os atributos que poderiam ser destacados a respeito do Criador, todas as criaturas no céu não conseguem ignorar a Sua santidade.

Ainda assim, como se apenas isso não fosse suficiente, as Escrituras trazem diversas declarações a respeito da santidade de Deus. Inclusive, Ele se refere a Si mesmo como o Santo de Israel.

📖 Salmos 99:9 (NVI): “Exaltem o Senhor, o nosso Deus, e prostrem-se diante do seu santo monte, pois o Senhor, o nosso Deus, é santo.”

📖 Isaías 43:3 (NVI): “Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador; dou o Egito como resgate por você, a Etiópia e Seba em troca de você.”

Leia também: 1 Pedro 1:16, Salmos 22:3, Êxodo 15:11, Apocalipse 15:4, 1 Samuel 2:2, Isaías 57:15, Isaías 47:4, Isaías 41:14, Ezequiel 39:4.

O que significa dizer que Deus é Santo?

Visto que as Escrituras dão tanta importância para a santidade de Deus, o que significa quando falamos sobre a santidade de Deus?

A definição literal da palavra Santo é separado.

Portanto, quando declaramos Sua santidade, estamos reconhecendo que Ele é diferente, separado e superior a tudo o que conhecemos. A santidade é a essência de quem Deus é. É um atributo que permeia todos os outros atributos de Deus.

“A Santidade é a beleza em todos os atributos de Deus.” – A.W. Pink

Deus ser Santo significa que Ele é diferente e superior. A bondade de Deus, por exemplo, é diferente de qualquer bondade que possamos imaginar; ela é superior, é santa. Da mesma forma, a justiça de Deus é santa e completamente distinta da justiça humana.

Convite feito a nós

Diante de Sua santidade, existe um convite feito a nós: Deus nos chama a ser santos como Ele é santo. Ou seja, somos chamados para ser diferentes, separados e completamente dedicados a Ele.

📖 Levítico 20:7-8 (NVI): “Consagrem-se e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Obedeçam aos meus decretos e pratiquem-nos. Eu sou o Senhor, que os santifica.”

Neste texto de Levítico, vemos o Senhor comunicar uma lista de regras de conduta para o Seu povo. São diversas regras sobre o que o povo poderia e não poderia fazer, todas demonstrando uma verdade: vocês devem ser diferentes das nações ao seu redor, devem ser santos, separados.

No livro de Romanos, o apóstolo Paulo destaca esse mesmo conceito:

📖 Romanos 12:2 (NVI): “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

A Santidade de Deus e o pecado do homem

O mesmo texto de Levítico nos explica que todo pecado cometido pelo homem deve ser punido com morte. Quando lemos esse texto sem um entendimento adequado a respeito da santidade de Deus, o discurso pode parecer cruel, autoritário e injusto.

Entretanto, quando compreendemos a santidade de Deus, podemos entender a simples verdade: Deus não se mistura com o pecado.

Ele é Santo e o pecado do homem ofende profundamente essa santidade, nos tornando automaticamente inimigos de Deus.

Isso significa que não posso pecar?

Sim e não.

A questão central do evangelho é exatamente essa: Deus não se mistura com o pecado, Ele é Santo, e o homem simplesmente não é capaz de não pecar.

Com o objetivo de resolver a situação, em sua bondade, misericórdia e justiça, Deus ama tanto o mundo que entrega o Seu Filho como expiação pelos nossos pecados.

É por causa do sangue do Filho, que abriu um caminho para nós, que hoje podemos ser amigos de Deus.

📖 João 14:6 (NVI): “Respondeu Jesus: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.’”

Ou seja, não, isso não significa que preciso conseguir não pecar para me aproximar de Deus, o sangue de Jesus me garante esse acesso.

Por outro lado, sim, isso significa que preciso buscar uma vida sem pecado, ou seja, de santidade, porque compreendo que Santo é aquele que me chamou. Ele me convida para uma vida de santidade.

Sendo assim, a renúncia a uma vida de pecado é um ato de amor a Deus, que é santo. Não um ato de “auto-justificação” de alguém que procura ser bom o suficiente para estar na presença de Deus.

Como então me santifico?

📖 2 Coríntios 3:18 (NVI): “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”

O convite feito a nós diante da santidade de Deus é simples: contemplá-Lo. Adorá-Lo em Sua santidade, meditar nas Escrituras, investir tempo em oração. Imaginar a cena da sala do trono descrita em Apocalipse e permitir que a contemplação do que é Santo nos torne cada dia mais santos.

Hoje podemos entrar com confiança na presença do Senhor, contemplarmos a sua beleza e confiarmos que, em Sua fidelidade, Ele fará o resto. Que possamos viver em reverência e adoração a este Deus santo, buscando conhecê-Lo cada vez mais profundamente.

“O que vem à mente de uma pessoa quando pensa em Deus é a coisa mais importante sobre ela.” – A.W. Tozer, O Conhecimento do Santo

Ter uma visão correta a respeito de Deus é fundamental para a jornada cristã! Só podemos adorar aquilo que de fato conhecemos. Portanto, é importante saber quem Deus realmente é para que possamos adorá-Lo verdadeiramente e nos relacionarmos com Ele a partir de Sua real natureza. Caso contrário, criaremos um ídolo em Seu lugar.

Entender que Deus quer ser conhecido e que Ele se revela através das escrituras é o ponto de partida para a nossa jornada.

E hoje vamos mergulhar um pouco mais fundo no que talvez seja um dos atributos mais famosos de Deus.

Deus é Fiel

Se você nunca ouviu alguém falando que Deus é fiel, certamente já leu isso no para-choque de algum caminhão ou em um adesivo colado em um carro!

Mas o que significa dizer que Deus é fiel? Fiel a quem? Fiel a quê?

📖 2 Timóteo 2:11-13 (NVI):

“Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele também viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar a si mesmo.”

Primeiramente, precisamos compreender que a fidelidade é a natureza de Deus.

📖 Salmos 33:4 (NVI):

“Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz.”

Leia também: Deuteronômio 7:9, 1 Coríntios 1:9, Hebreus 10:23, Lamentações 3:22-23, Salmos 36:5

Inegavelmente, a Bíblia inteira é uma grande história a respeito da fidelidade de Deus.

A história da fidelidade de Deus

Em Gênesis 3, logo após a queda do homem, o Senhor faz uma promessa: do ventre da mulher viria aquele que pisaria a cabeça serpente. Ele está dizendo ali que nasceria um homem que salvaria toda a humanidade e seria capaz de destruir o inimigo das nossas almas.

No nascimento de Jesus temos o cumprimento parcial dessa promessa, que seja completamente consumado com o Seu retorno.

O Salmo 100:5 diz que Sua fidelidade permanece por todas as gerações. E é exatamente isso que a Bíblia está nos mostrando. Um Deus que tinha todos os motivos do universo para falar: “Quer saber, deixa pra lá… Eu vou criar uma outra raça que seja mais obediente que vocês.” Mas Ele não faz isso. Por quê? Por Sua fidelidade. Ele não pode e não vai negar a Si mesmo. Não vai mudar de ideia, não vai voltar atrás em Suas palavras.

Sobre a fidelidade de Deus está alicerçada toda a nossa esperança de um futuro abençoado. É em consequência da fidelidade divina que suas alianças permanecem, e suas promessas serão cumpridas. É unicamente por termos completa certeza da fidelidade do Altíssimo que vivemos em paz e esperamos com segurança a vida vindoura. – A.W. Tozer

Fiel a quê?

Sabemos então que o Senhor é fiel, mas precisamos nos perguntas: fiel a quê? Este talvez seja o ponto de maior confusão para o cristão contemporâneo quando falamos da fidelidade. Estamos tão acostumados a falar que Deus é fiel que nos esquecemos de perguntar fiel a quê e simplesmente assumimos que é a nós, ao nosso bem-estar.

Para conseguirmos respostas para essa pergunta, precisamos mais uma vez olhar para as escrituras:

Ele é fiel à Sua Palavra

📖 Isaías 46:10-11 (NVI):

“Eu anuncio o fim desde o começo, desde os tempos antigos, o que ainda está por vir. Digo: ‘O meu propósito permanecerá em pé, e farei tudo o que me agrada.’ Do leste convoco uma ave de rapina; de uma terra distante, um homem para cumprir o meu propósito. ‘O que eu disse, isso eu realizarei; o que eu planejei, isso farei.’”

Leia também: Ezequiel 12:25, Números 23:19, Salmos 89:34, Mateus 24:35, Hebreus 6:17-18

Deus é fiel à Sua própria palavra, ao que Ele prometeu que faria. Ele é fiel às Suas alianças.

📖 Hebreus 6:13-14 (NVI):

“Quando Deus fez a sua promessa a Abraão, jurou por si mesmo, visto que não havia ninguém superior a ele por quem jurar, dizendo: ‘Esteja certo de que o abençoarei e farei numerosos os seus descendentes.’”

Portanto, dizer que Deus é fiel não é um sinônimo de que tudo vai dar certo em nossa vida. Não significa que todas as portas estarão abertas, que teremos um emprego ou que vamos casar. A fidelidade de Deus é com a Sua palavra, não com a minha ideia de como as coisas deveriam ser.

E eu com isso?

Se Deus é fiel à Sua palavra e não a mim, o que entender a fidelidade de Deus significa para mim?

Mais uma vez, voltemos para as Escrituras. Sua palavra diz o seguinte:

📖 Colossenses 1:22-23 (NVI):

“Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.”

A promessa do Senhor nesse texto é clara: Ele estará conosco em nossa jornada de santificação. Sua fidelidade é nos tornar mais parecidos com Cristo, até o dia de Cristo.

A jornada de santificação

O problema aqui é que, na grande maioria das vezes, a santificação não vem no pacote que esperamos. Normalmente, ela é aparente sucesso, emprego novo, grandes promoções, carro novo ou, em resumo, tempos fáceis.

Por mais difícil que seja admitir, somos muito mais desafiados a ser como Cristo na hora da demissão, da doença, do carro quebrado ou da espera. Assim, é nos “nãos” e nas frustrações que devemos nos apegar à verdade de que Deus é fiel, independentemente dos nossos sentimentos.

Ele não é fiel ao que parece melhor para mim. Ele é fiel à Sua palavra, e Sua palavra diz que Ele está comprometido em me tornar mais parecido com Cristo.

Ainda que seja desconfortável e, às vezes, até mesmo triste, podemos descansar no fato de que Ele é fiel ao que prometeu. É sobre isso que o autor de Romanos está falando no capítulo 8, quando diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

Finalmente, diante da Sua fidelidade, não precisamos temer más notícias ou andar ansiosos pelo dia de amanhã. Ainda que no futuro enfrentamos frustrações e tempos difíceis, podemos descansar na confiança de que, no grande dia do Senhor, seremos apresentados santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.

Na teologia existem alguns conceitos a respeito dos atributos de Deus que nos auxiliam na jornada por esse estudo.

Alguns deles são simples de serem compreendidos, enquanto outros desafiam completamente nossa lógica e capacidade cognitiva!

E antes de mergulharmos mais fundo em atributos específicos de Deus, precisamos colocar as bases para o nosso entendimento.

Por que estudar os atributos de Deus?

Nosso ponto de partida sempre será a importância de conhecer ao Deus que dizemos servir. Se o adoramos, mas não o conhecemos, estamos adorando uma imagem criada pela nossa imaginação. E, ainda que tenhamos boas intenções, estamos caindo no pecado da idolatria.

Conhecer a Deus nos dará a firmeza que precisamos para concluirmos nossa jornada cristã com sucesso!

Sem dúvidas, existe muito para se conhecer a respeito do Senhor e nossa mente (humana e limitada) nunca seria capaz de compreender em plenitude sua magnitude.

No entanto, a fim de “facilitar” o estudo dos atributos de Deus, vamos conversar sobre alguns conceitos importantes!

Deus é o que é

Primeiramente, precisamos estabelecer que Deus simplesmente é o que é. Tudo o que Ele é, Ele o é por completo.

Quando dizemos que Deus é misericordioso, não podemos assumir que Ele atua com misericórdia em determinadas situações. Que, às vezes, quando necessário, Ele diminui sua misericórdia para exercer justiça. Não! Ele é 100% misericordioso, assim como é 100% justo.

Seus atributos não estão em conflito uns com os outros e Ele não escolhe alguns atributos em alguns momentos.

Tudo o que Deus é, Ele o é por completo. E, ainda que esse conceito desafie a nossa lógica, a verdade não é refém do nosso entendimento.

“Disse Deus a Moisés: ‘Eu Sou o que Sou’. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós’.” – Êxodo 3:14

Atributos Comunicáveis e Incomunicáveis de Deus

Em seguida, para tornar o estudo dos atributos de Deus mais didático, a teologia os divide em duas categorias: comunicáveis e incomunicáveis. Mas o que isso significa?

Basicamente, os atributos comunicáveis de Deus são aqueles que Ele compartilha conosco em certa medida. Estes atributos nos permitem refletir, de maneira limitada, o caráter de Deus em nossa própria vida. São qualidades que Deus possui e que, de alguma forma, podemos também possuir.

Aqui precisamos ressaltar que o Senhor é infinitamente superior a qualquer coisa que conhecemos. Nem em nossos melhores dias seremos capazes de demonstrar esses atributos em plenitude, como Ele o faz. Mas, por sua graça e misericórdia, podemos provar e crescer, à medida que nos tornamos mais parecidos com Cristo.

Alguns exemplos de atributos comunicáveis de Deus são: amor, sabedoria, justiça e misericórdia. Embora nossa expressão desses atributos seja imperfeita, eles nos aproximam do caráter divino.

Os atributos incomunicáveis, por sua vez, são exclusivos a Ele. Não podem ser encontrados na humanidade. Estes atributos destacam a infinita diferença entre Deus e Suas criaturas.

São atributos que pertencem somente a Deus. Eles incluem onipotência, onisciência, onipresença e imutabilidade. Esses atributos demonstram a majestade e supremacia de Deus sobre toda a criação.

A Imanência de Deus

Outro aspecto teológico que nos ajuda na nossa compreensão dos atributos de Deus é a Sua imanência e transcendência.

A imanência de Deus refere-se à Sua presença ativa e contínua na criação. Deus não é distante, não é apenas um observador; Ele é acessível, íntimo e atuante em todas as partes do mundo. Ele está presente em todos os aspectos da vida, sustentando e interagindo com Sua criação.

Um exemplo claro da imanência de Deus é a ideia de que Ele está envolvido em nossas vidas, ouvindo orações e agindo no mundo.

“O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” – Salmo 145:18

A Transcendência de Deus

A transcendência de Deus, por outro lado, significa que Ele está acima e além de toda a criação. Deus é grandioso, majestoso e infinitamente superior a tudo o que existe. Ele é infinito, eterno e completamente distinto de tudo o que criou. Ele não está limitado pelo tempo, espaço ou qualquer outra dimensão da realidade física.

A transcendência de Deus enfatiza Sua grandeza, poder e santidade, mostrando que Ele é incomparável e além da compreensão humana total.

“Porque assim diz o Alto e Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” – Isaías 57:15

Aplicação prática

Finalmente, de que forma essa compreensão altera o nosso estudo a respeito dos atributos de Deus?

Sempre que nos aproximamos do Senhor e nos esforçamos para compreendê-lo, podemos nos lembrar:

Ele é imanente, ou seja, está presente. Quer ser conhecido, fez questão de se revelar, está conosco a cada passo dessa jornada.

Por outro lado, Ele é transcendente. O que significa que Ele é diferente de tudo o que conhecemos e nunca seríamos capazes de compreendê-lo por completo.

Sua bondade é imanente, podemos provar dela e até mesmo expressá-la, porém ela é transcendente, completamente diferente da nossa: superior e perfeita.

O mesmo pode ser dito sobre Sua misericórdia, graça, justiça. Todas elas, ainda que estejam presentes na nossa vida, são maiores do que nosso intelecto é capaz de compreender.

Entender os atributos de Deus, tanto comunicáveis quanto incomunicáveis, junto com Sua imanência e transcendência, nos ajuda a apreciar a complexidade e a maravilha do caráter divino. Deus é ao mesmo tempo próximo e envolvido conosco, enquanto também é grandioso e infinitamente além da nossa compreensão.

“Os mistérios de Deus são profundos e inescrutáveis, além da nossa compreensão.” – John Wesley

“O que vem à mente de uma pessoa quando pensa em Deus é a coisa mais importante sobre ela.” – A.W. Tozer, O Conhecimento do Santo

Ter uma visão correta a respeito de Deus é fundamental para a jornada cristã! Afinal, só podemos adorar aquilo que de fato conhecemos. Portanto, é importante saber quem Deus realmente é para que possamos adorá-Lo verdadeiramente e nos relacionarmos com Ele a partir de Sua real natureza. Caso contrário, criaremos um ídolo em Seu lugar.

Se digo que adoro a Deus, mas não O conheço, estou adorando um ídolo que é uma projeção de mim mesmo.

Portanto, conhecer a Deus é o coração da jornada cristã. Nas próximas semanas, iremos olhar mais de perto o que as Escrituras dizem sobre o Senhor e quais são alguns de Seus atributos. Vamos juntos?

Entretanto, antes de nos aprofundarmos nesse assunto, precisamos destacar algumas verdades das Escrituras que nos ajudarão nessa jornada:

Deus Quer Ser Conhecido

📖 “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” – Hebreus 1:1

No texto de Hebreus, podemos ver como desde sempre o Senhor se fez conhecido. Inicialmente, revelando-Se aos profetas e, em seguida, por meio do Filho.

Deus não está assentado em um trono distante, olhando para nós com indiferença, esperando que nos aproximemos. Ele é ativo em Se revelar. Desde o Éden, em Gênesis 3:8, quando Deus vinha ao jardim para se encontrar com o homem, até Apocalipse 21, que descreve que o Tabernáculo de Deus está com os homens, Ele será o seu Deus e eles serão o Seu povo.

A Bíblia inteira é a história de um Deus que quer ser conhecido. Portanto, é importante que nós O conheçamos e possamos contar com Ele nessa jornada.

O Conhecimento de Deus é Revelado em Cristo, nas Escrituras

Tudo o que sabemos sobre quem Deus é está escrito. Nada além disso.

📖 2 Timóteo 3:16-17 (NVI):

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.”

📖 2 Pedro 1:20-21 (NVI):

“Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura surgiu de interpretação particular, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.”

Deus inspirou as Escrituras e Ele se faz conhecido através delas. Ele não é definido pelo que eu sinto, pelo que eu penso, ou pelas minhas ideias e noções de quem Ele é. Não é pelo que eu ouvi do meu pai quando era pequena ou pelo pastor da minha igreja.

A verdade está neste livro e, a partir dele, vamos caminhar. Independentemente dos meus sentimentos ou da minha lógica – e, acreditem, muitas vezes a Bíblia desafia a minha lógica – ela é o fundamento, não eu.

O Conhecimento de Deus Precisa Gerar uma Mudança em Mim

📖 Tiago 1:22:

”Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.”

Se eu ouço a respeito de Deus, entendo quem Ele é, mas isso não muda absolutamente nada na minha vida, estou enganando a mim mesma. Todos os encontros com Deus na Bíblia geraram mudanças profundas nas pessoas. Mudanças em suas percepções da realidade, de si mesmos e de seu futuro.

Portanto, quero desafiá-lo a ouvir tudo o que ainda vamos conversar com a pergunta em mente: E eu com isso? De que forma essa verdade vai afetar a minha vida?

Que possamos caminhar juntos nessa jornada de conhecer a Deus mais profundamente, transformando nossas vidas à luz de Sua verdade.

“Livro da revelação de Cristo Jesus”
Apocalipse 1:1

A abertura do livro de Apocalipse deixa clara sua intenção: nos apresentar a revelação de Jesus Cristo!

Quem vê a mim vê ao Pai

Sem dúvidas, conhecer a Cristo é uma das disciplinas mais importantes que um cristão deve ter. Afinal, é impossível conhecer a Deus sem conhecer a Jesus. A Bíblia nos explica que o Senhor se fez conhecido através do Filho, que é a imagem do Deus invisível. Além disso, o próprio Jesus, quando estava com os discípulos, disse que quem o visse, via o Pai (João 14:9).

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.

Colossenses 1:15-16

O medo do livro de Apocalipse

Ainda que saibamos a importância de conhecer a Jesus, historicamente existe um medo na igreja de ler o livro de Apocalipse. Lembro de quando eu era criança ouvir muitas pessoas falando para, ao ler a Bíblia, pular Apocalipse e Cantares!

Compreendo, esses dois livros trazem muitas metáforas, alegorias e possibilidades de interpretação. No entanto, não podemos simplesmente descartar um livro da Bíblia. Se ele está ali, é por um bom motivo. Precisamos nos lembrar:

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17

No versículo 3 de Apocalipse 1, o autor é muito claro em sua declaração:

Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo.

Temos hoje um privilégio que a igreja primitiva não teve: o acesso a este livro e esta revelação.

O livro da revelação de Cristo Jesus

Portanto, precisamos ler com a consciência de que ali encontraremos a Revelação de Cristo Jesus. Logo no primeiro capítulo, vemos o autor, João, trazendo descrições preciosas a respeito de Jesus, Deus e do Espírito Santo. Descrevendo uma experiência que teve quando estava prisioneiro na ilha de Patmos, ele nos conta sobre a sala do trono e alguém semelhante a um filho de homem.

Você consegue imaginar a grandeza dessa revelação?

Alguém semelhante a um filho de homem

A partir deste ponto, João traz diversas descrições a respeito de quem Jesus de fato é.

Ele o descreve como:

  • Nosso noivo
  • Rei
  • Juiz que trará justiça às nações
  • A Testemunha fiel
  • O primogênito dos mortos
  • O príncipe dos reis da terra
  • Aquele que nos amou
  • Alfa e Ômega
  • Princípio e Fim
  • Que era, é e há de vir

Cada uma dessas descrições carrega uma verdade profunda a respeito de Seus atributos e do plano de Deus para a humanidade. Por exemplo, dizer que Ele é o juiz que trará justiça às nações aponta para o plano de Deus de entregar a Cristo todo o domínio. Dizer que Ele é o primogênito dos mortos aponta para a ressurreição que nos espera. Ele morreu e ressuscitou para que, através dele, tivéssemos a possibilidade da vida eterna (1 Coríntios 15).

Há tantos tesouros escondidos em cada uma dessas descrições, e o livro de Apocalipse nos convida a mergulharmos nessas verdades.

Qual a relevância para os dias de hoje?

Em Mateus 24, Jesus descreve como seria o cenário no mundo nos dias que antecedem a sua volta.

Um dos pontos de maior destaque nessa descrição é que haveria muito engano. Muitas pessoas buscando mestres que ensinem o que elas querem ouvir. Pessoas ofendidas com os acontecimentos, abrindo mão da fé, por não compreenderem o plano do Senhor.

Diante de tanto caos, guerras e rumores de guerras, serão encontrados fiéis aqueles que, por conhecerem ao Senhor, confiam plenamente em sua liderança!

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Você sabia que Jesus orou pela igreja? Em João 17, encontramos um registro significativo da oração de Jesus, onde Ele dedica um momento especial para interceder por aqueles que O seguiriam. Inspirando-nos em Cristo e seguindo Seu exemplo, aqui estão alguns pontos para ajudá-lo a interceder pela sua igreja local:

  1. Glorificação de CristoJoão 17:10

    Ore para que Cristo seja glorificado em todas as ações da igreja. Peça por corações que temam ao Senhor e sigam Seu direcionamento, para que Ele tenha a preeminência em tudo, como a cabeça do corpo (Colossenses 1:18).

  2. Saudades do NoivoJoão 17:11

    Ore para que o clamor da igreja seja “Maranata!” Que o anseio pelo Noivo inspire orações e jejuns pelo Seu breve retorno, para reinar com justiça (Mateus 9:15).

  3. UnidadeJoão 17:11

    Ore para que sejamos um, assim como Jesus e o Pai são um. Que haja perdão e corações dispostos a lutar pela unidade do Espírito, mantendo o vínculo da paz (Efésios 4:3).

  4. AlegriaJoão 17:13

    Ore para que a alegria prevaleça na comunhão. Peça por um derramamento de amor que traga prazer ao compartilhar o pão (Salmo 133).

  5. Centralidade das EscriturasJoão 17:14

    Ore para que a Palavra de Deus seja o fundamento firme da igreja, e que não nos desviemos dela. Peça para que a Lei do Senhor ilumine nosso caminho e esteja guardada em nossos corações (Salmo 119).

  6. PerseverançaJoão 17:14-15

    Ore para que, no Dia do Senhor, sejamos encontrados fiéis. Que a perseverança desenvolva em nós um caráter aprovado e uma esperança que não nos decepciona (Romanos 5:3-4).

  7. SantificaçãoJoão 17:17

    Ore para que nos tornemos cada dia mais semelhantes à noiva sem manchas e sem rugas que o Senhor deseja encontrar (Efésios 5:27).

Nos últimos dez anos, o Senhor demonstrou Sua liderança de maneiras marcantes em cada passo que demos. Recordo-me de tempos passados, quando frequentemente debatíamos nossa identidade: éramos uma base missionária com uma sala de oração? Uma sala de oração que abrigava uma igreja? Ou um centro de treinamento cujo coração pulsava em uma sala de oração?

Hoje, vemos claramente como o Senhor, com delicadeza e beleza, nos guiou ao propósito que Ele tinha para nós: somos uma igreja.

Mantemos nossa crença no poder transformador da oração. Contudo, hoje é impensável para nós dissociar uma vida de oração resistente de uma vibrante vida de igreja. O Senhor não busca apenas um movimento ou um local de oração; Ele prepara uma noiva para Si, pura e sem manchas. Esse processo é, em parte, fomentado pela oração. No entanto, a oração isolada, sem a doutrina dos apóstolos, o compartilhar do pão e a comunhão, retarda um processo de santificação que deve ocorrer como ferro que afia ferro, entre irmãos que compartilham suas vidas.

A oração continua sendo um pilar essencial de nossa jornada cristã. Nosso trabalho visa fortalecer a igreja no conhecimento de Cristo, na vida de oração e na adoração autêntica, e isso permanecerá inalterado. Porém, pela graça de Deus, hoje entendemos nosso chamado primário para ser uma igreja local, mais do que uma referência nacional.

Não se engane, ainda estamos em aprendizado e há muito por crescer e aprimorar. Como qualquer igreja local, enfrentamos enormes desafios. No entanto, nosso coração segue ardente pelo estabelecimento da vontade do Senhor. Lutaremos para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz e continuaremos sendo igreja, até a Sua vinda.

Diante das recentes adversidades que afetaram o sul do nosso país, o Senhor nos convida a nos posicionarmos como intercessores. Separamos aqui algumas dicas e diretrizes para te ajudar nesse papel, e te auxiliar em como orar pelo Rio Grande do Sul.

Primeiramente, precisamos compreender que interceder é colocar-se diante do Senhor, pedindo por aqueles que ainda não sabem que tem acesso ao Pai. É colocar o seu coração disponível para sentir a dor dos que sofrem e chorar com eles. Em outras palavras, é transbordar de compaixão. E, a partir desse lugar, pedir a Deus por aquilo que está em Seu coração.

Em segundo lugar, é necessário ter confiança que o Senhor ouve cada uma das nossas orações. Seus ouvidos não estão tampados e suas mãos não estão encolhidas para fazer (Isaías 59:1). Através de Jesus, podemos nos aproximar com confiança do trono de Deus e pedir, sabendo que receberemos ajuda em tempo oportuno (Hebreus 4:16).

A fim de te ajudar nessa jornada, separamos alguns motivos para te ajudar a guiar suas orações:

Ore para que as chuvas parem e as águas sequem – Marcos 4:35-41

Em Marcos 4 vemos o relato dos discípulos de quando Jesus acalmou uma tempestade. Precisamos nos lembrar que o Senhor não muda, consequentemente, podemos pedir a Ele que controle as chuvas, que acalme tempestades e faça secar a água.

Ore por Esperança e consolo – Romanos 15:13 / 2 Coríntios 1:3-5

Nós oramos ao Deus da Esperança, ao Deus de toda consolação. Ore para que Ele encontre os corações com esperança, alegria e paz. Ainda que as circunstâncias sejam devastadoras, Ele é capaz de encontrar os corações com a paz que excede todo entendimento.

Ore pelos voluntários – Efésios 3:16-19

O trabalho na linha de frente é exaustivo e emocionalmente desafiador, portando, ore para que os voluntários sejam fortalecidos. Peça por sabedoria e graça para ajudar e convicção de que o trabalho deles não é em vão. Ore para que, a medida com que amam o próximo, sintam mais intensamente o amor do Senhor.

Ore pelos governantes – 1 Timóteo 2:1-4

Lembre-se, nós oramos ao Deus que possui o coração dos reis em suas mãos eos dirige como quer (Proverbios 21:1). Apresente em suas orações os prefeitos das cidades afetadas. Ore pelo governador do Rio Grande do Sul e por todos os políticos que exercem algum tipo de influência sobre o Estado. Comece pedindo pelo temor do Senhor, que é o princípio de toda a sabedoria. Peça por graça sobre suas emoções e por estratégias divinas para os próximos passos. Sabemos que haverá um longo caminho para a reconstrução e reabilitação de todas as famílias desabrigadas, por isso peça por justiça e um transbordar de generosidade.

Ore por Salvação – Colossenses 1:9-11

Em meio ao caos, ore para que as pessoas tenham encontros verdadeiros com o Salvador. Peça para que elas sejam encontradas com o pleno conhecimento da vontade de Deus e, em meio a dor e ao desespero, conheçam aquele que é a esperança eterna.

Ore pelo Retorno de Jesus – Apocalipse 22:17

Finalmente, mais do que qualquer outra coisa, as circunstâncias atuais devem nos levar a clamar Maranata! Nosso Salvador virá para reinar em justiça, haverá um dia em que toda lágrima será enxugada, não haverá mais pranto ou dor. Essa é a nossa bendita esperança, Jesus Cristo.

Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.

Tito 2:12-13


Existem muitas formas de ajudar as pessoas do Rio Grande do Sul.

Faça doações de roupas, produtos de higiêne, limpeza, fraldas, toalhas de banho e de rosto, água entre outros itens.

Procure se informar a respeito das ações realizadas na sua região e seja um voluntário.

Para doar para a criação de abrigos de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, acesse o site SOS RS