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Confie no Deus do amanhã

Sermão do Monte

Confie no Deus do amanhã

Somos rápidos demais em nos preocupar com o amanhã e lentos em descansar e confiar no controle do Deus soberano. É tão fácil deixarmos os afazeres pra depois ou para o “infinito e além”, enquanto parece difícil que as preocupações do próximo mês não se façam presentes no dia de hoje.

Temos a tendência de andarmos ansiosos pelo que há de vir, como se pudéssemos resolver tudo. Entretanto, somos convidados a buscar o que realmente importa hoje, crendo que Deus tem a provisão necessária para o amanhã.

Cristo nos chama a uma vida plena, sem excessos ou faltas. É fato que a ansiedade é gerada pelo “excesso de futuro”. Não estou dizendo, de maneira alguma, que devemos viver como se não houvesse amanhã, é preciso sim responsabilidade. Mas andar demasiadamente preocupado com as circunstâncias vindouras revela a nossa falta de confiança no Dono do tempo.

É imperativo:

“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. (Mt. 6.34)

Deus está comprometido com todos

A garantia de que todas as demais coisas serão acrescentadas é vitalícia para aqueles que buscarem em primeiro lugar o Reino de Deus. Sendo assim, Deus está comprometido com todos aqueles que colocam nele a sua confiança. É impossível acrescentarmos sequer 1 hora a nossa vida por mais que nos preocupemos (Mt.6.27).Concluímos então, que o andar ansioso traz apenas desgaste e frustração.

Confiar em Deus não é como se estivéssemos entregando a produção do “pão” de amanhã nas mãos do açougueiro. Estamos confiando naquele que criou o próprio “trigo”, que sabe o que fazer e quando fazer para atingir o resultado perfeito. Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam (Rm.8.28).

A resposta eficaz diante das preocupações e ansiedade é o nosso posicionamento. Perante situações que geram desconforto precisamos orar. Ao nos depararmos com uma necessidade, devemos pedir a Deus a provisão. Em frente ao medo e incertezas é necessário clamar ao Senhor por direção e clareza.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Fp.4.6-7)

A oração traz a completa convicção de que Deus,  muito mais sábio do que eu, e capaz de me encher de toda a sabedoria, está no controle do que há e do que ainda virá. Orar muda não só as circunstâncias ao meu redor, mas muda tudo dentro de mim!

Jesus nos ensinou muito quando esteve aqui, não apenas em palavras mas também em ações. Seu estilo de vida quebrou paradigmas. Ele ensinou que maior é quem serve, tratou os pobres como nobres, dignificou as mulheres, valorizou mais as pessoas do que os títulos ou honras que elas poderiam Lhe oferecer. Ele viveu para a audiência de um só, amando ao Pai acima de todas as coisas. E além de todas essas coisas, Ele também nos ensinou a orar.

Ao iniciar seu ensino sobre oração com as palavras: “Pai nosso que estás nos céus”, Ele está nos inserindo a família, à sua família, tornando-se o primogênito entre muitos irmãos e nos mostrando também que o Reino ao qual pertencemos é celestial e o amor que nos une é eterno.

Eu amo a forma como Jesus nos revela Deus e isso parece ter ofendido a mente dos religiosos de sua época. Para eles Deus era um Ser estoico, indiferente e pronto a castigar aqueles que não obedeciam seus mandamentos. Ele era grande demais para se relacionar com os homens e estava ocupado demais para se importar. Para eles Deus poderia ter o título de Senhor, juiz ou qualquer outro que lhes remetia reverência, menos um pai.

Então, o Filho vem e revela o Pai, nos aproximando Dele por meio do ensino sobre oração.

Eis como vejo isso: Durante minha infância, perdi alguns dias do período pré escolar porque meu pai tinha um pequeno comércio e eu simplesmente amava passar tempo com ele. Esses momentos que passávamos juntos ficaram muito bem guardados entre as caixas de melhores memórias da minha infância. Meu pai era a pessoa mais amável que já conheci, e amava Jesus intensamente. Eu tinha liberdade para falar com ele, não precisava esperar um dia ou hora específica; não tinha que escolher as palavras certas. Sabe esse amor que te traz segurança de que você pode falar qualquer coisa ou fazer qualquer pergunta sem ser mal interpretado ou julgado?  É a esse lugar de relacionamento com o Pai que Jesus está nos convidando a ir através da oração.

Você não precisa mudar seu tom de voz ou procurar por palavras de forma que seu discurso seja eloquente o suficiente para convence-Lo, simplesmente inicie uma conversa que jamais terá fim. O apóstolo Paulo nos ensina a todo o tempo orar no Espírito (Ef 6:18), isso significa que você pode fazer do caminho ao trabalho ou à universidade um lugar de oração, você pode orar enquanto conversa com alguém, ou executa seu trabalho. Mas você também pode entrar no seu quarto e fechar a porta. Deus quer mais que religião ou liturgia, o Pai que deseja relacionamento está te esperando lá.

Eu amo olhar para a vida de Jesus como homem, e observar como Ele nunca fez questão de se autopromover, mas pelo contrário, sempre deixou claro de que Ele apenas fazia o que via o Pai fazer. Isso é uma lição e tanto! Ainda mais para nós que estamos inseridos numa sociedade onde parece que o valor está cada vez mais atrelado a inovações. Segundo o nosso contexto, quando algo não sofre a intervenção de novas ideias, modelos ou métodos, então isso se torna antiquado, e infelizmente fazemos dessa realidade o padrão para o cristianismo.

Vamos olhar por um instante para quando Paulo escreve a igreja de Éfeso: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10). Outra versão diz: “… para vivermos em boas obras, as quais Deus preparou no passado para que nós as praticássemos hoje”. Em uma interpretação simples, podemos entender que não se trata de criarmos boas obras, mas sim vivermos nelas. Obras que já foram feitas por Jesus há muito tempo. Obras que só Ele pôde criar.

As vezes estamos no afinco de estabelecer o reino, e se perguntássemos para Deus: “Senhor, o que posso fazer? ”, tenho a impressão de que Ele nos responderia: “O mesmo que Jesus já fez. Nada de novo”.

E quais seriam essas boas obras senão a de amar? Jesus, no sermão do monte, diz que Ele mesmo veio cumprir as leis e os mandamentos que já tinham sido ensinados, e certa vez Jesus disse que o maior mandamento é o de amar a Deus e ao nosso próximo como a nós mesmos, e em toda sua vida, Ele nos deixou o exemplo de como fazê-lo.

Olhemos para Jesus. Ele obedeceu e respeitou as estações e os tempos; Ele curou os enfermos; estendeu misericórdia àqueles que a sociedade e até a própria família já tinham abandonado e desprezado; Ele perdoou inúmeras vezes; colocou a vontade de Deus como prioridade; Ele ensinou pacientemente; não rejeitou os pequeninos; Ele amou os órfãos e as viúvas; sofreu calado; se esvaziou de toda sua glória e morreu pelos Seus amigos, mas também pelos inimigos. Em resumo, Jesus viveu e andou em amor, e de igual maneira, devemos imitá-lo. Fazer o que Ele já fez.

O evangelho não precisa ser recriado, inovado ou até adaptado, mas o evangelho precisa ser vivido.

Isso não é uma crítica a boas programações, eventos, estratégias e etc, porque isso são boas coisas, desde que não comprometam as boas obras das quais ele nos chama para viver.

Por fim, me lembro do que Jesus também disse no sermão do monte: “Assim deixai a vossa luz resplandecer diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:16). Sendo assim, quero te desafiar a dar espaço para que o Espírito de Deus se mova em nós, a ponto de resplandecermos a verdade do reino de Deus, e que como filhos possamos revelar um Deus que ama a sua criação, essa que tem clamado por socorro e que aguarda ansiosamente nossa manifestação.

Que sejamos nós aqueles que, como representantes de Deus, vão alcançar os perdidos; apregoar as verdades que libertam; socorrer os necessitados; curar os enfermos; que doarão os seus dias e suas forças para fazer Jesus conhecido! Que nós sejamos aqueles que irão “escandalizar” e surpreender o mundo através da manifestação do evangelho antigo, o evangelho de Jesus!

Um dia ouvi de uma pessoa querida, que um dos atos mais heroicos de uma pessoa seria o fato desse alguém se posicionar em um lugar de vulnerabilidade.

Tudo isso é cristalino e verdadeiro acerca do Evangelho, que ilustra por meio da Crucificação que a entrega absoluta de Jesus o fez o homem mais poderoso de todos para todos os tempos. No momento de maior fraqueza, se revelou a maior expressão de poder e força.

Como explica Paulo , o sentimento que estava no coração de Jesus era o de humildade; ele se esvaziou e não se apegou à Sua divindade e se fez servo de todos, e isso deu ao nosso Amado um Nome que é Sobre todo nome, o qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é O Senhor. (Fp 2)

Imagine comigo que um dia o universo em consonância se dobrará diante de JESUS por causa da missão que ELE cumpriu em absoluta e plena HUMILDADE.

Quero aqui relacionar a humildade com o ser vulnerável, compreender adequadamente nossa fraqueza. É uma inteligência espiritual que se faz necessária para que o poder Dele opere em nós e nos mova a cumprir toda boa obra.

Como tem sido cantado pelo Brasil, foi o nosso orgulho que nos tirou do jardim, a proposta do conhecimento sem a liderança do Senhor. Mas a humildade de Jesus não somente nos devolve a intimidade, mas faz de cada um de nós o próprio jardim do Senhor.

Lembremos de Paulo o apóstolo, quando orou insistentemente (três vezes), pedindo ao Senhor que tirasse o espinho de sua carne, e surpreendente foi a resposta que o Senhor deu a Paulo: E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo (II Co 12:9).

Acho salutar também rememorar as palavras do escritor aos Hebreus  quando falando dos heróis da fé, nos diz que eles venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, DA FRAQUEZA TIRARAM FORÇAS, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. (Hb 11:33)

De maneira prática, o Senhor nos ensinou que é o caminho da fraqueza que leva a força. Isso perpassa pelo desenvolvimento de uma vida piedosa, ancorada na oração, na meditação bíblica, na comunhão com os santos, no exercício dos atos de justiça, considerando que tudo isso deve ser desenvolvido a partir da ótica de uma vida no lugar secreto, para que não se torne em penitência ou moeda de troca diante do Senhor e diante dos homens.

Antes porém, a vida em abundância prometida pelo Senhor é uma decisão que parte desse entendimento que já morremos, e que ressuscitamos com Cristo e que a nossa vida agora está escondida Nele. Quer ser forte? Seja fraco, e deixe a força de Jesus operar através de você. Essa é a via que temos que percorrer para desfrutarmos de Sua plenitude. Um Deus FORTE vivendo em HOMENS FRACOS coincide na mais bela e pura expressão de PODER. Um poder capaz de consolar os inconsoláveis, amar os imperfeitos, cuidar dos desabrigados, ser voz dos inaudíveis.

Vivendo isso, chegaremos à conclusão que ninguém é mais forte que o humilde; ninguém é mais poderoso que o manso; ninguém é mais influente que o paciente; ninguém é mais sábio que o prudente; ninguém é mais audacioso que o modesto; ninguém é mais ousado que o espontâneo; ninguém é mais inteligente do que aquele que prima pelo ouvir.

Você está fraco agora mesmo? Percebe isso? Está se sentindo vulnerável? Se sim, alegre-se nessas aflições e vá ao lugar secreto de “peito aberto” e espere em silêncio diante do seu criador a fim de que Ele derrame Sua Força poderosa em você. Permita que Ele revele por meio da sua vulnerabilidade o Seu imensurável Poder.

 

Certa vez recebi um convite em mãos, e para minha alegria fui convidado a ir a uma festa. Até aí tudo certo. Mas então, dias antes uma pessoa me disse: “tudo bem que você foi convidado para festa, mas você não pode ir”, então eu perguntei: “e por que não? ”, ao passo que a pessoa me respondeu: “porque esse convite não é para você. A pessoa que te convidou fez isso por educação”. Então eu te pergunto, o que essa pessoa me disse faz algum sentido? Não. Não faz nenhum sentido. Eu fui convidado sim, fui a festa e foi muito bom.

Isso me leva a pensar no convite que eu e você recebemos quando Jesus estava apresentando um sermão, mais conhecido como sermão do monte, vejamos o que diz esse trecho:  “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial”. (Mt5:48)

Por alguns instantes pare e pense comigo: sermos perfeitos? UAU!

Podemos interpretar como um convite, ou como uma convocação, mas sabemos que em Jesus nada parte de um lugar onde somos obrigados ou coagidos a alguma coisa, mas sim desafiados e convidados a crescer.

Sendo assim, as vezes me deparo com pessoas que dizem que nunca atingirão a perfeição, como a apresentada por Jesus. Não quero entrar aqui no mérito do que é ser perfeito, até porque o padrão de perfeição é ensinado por Jesus nos capítulos 5,6 e 7 de Mateus, mas quero que você pense comigo no quanto acreditamos e vivemos para chegar a esse lugar de perfeição ainda nessa vida, até que Jesus volte, ou seja, não estou falando sobre a perfeição que teremos quando recebermos nossos corpos glorificados. Estou falando sobre o hoje, o agora!

Mas então podem me dizer, inclusive baseado na bíblia, que nós nascemos no pecado, ou também que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, e eu não ignoro esses fatos, mas eu não vejo em nenhum lugar da bíblia alguma afirmação que me diz que eu devo me conformar em ser pecador ou imperfeito até a morte ou até a volta de Jesus.

Pensando mais um pouco sobre a história que contei no começo do texto, se eu simplesmente acreditasse que o convite não era real, ou que não fosse para mim, então provavelmente eu não teria me preparado para a festa, ou até deixaria de aproveitar a mesma. Do mesmo jeito, se eu e você vivermos nossos dias tentando, tentando e tentando, mas acreditando que nós nunca seremos perfeitos como Ele ainda nessa vida, então podemos estar destinados ao fracasso, e ainda mais, cairmos na mentira de que o sacrifício de Jesus não é suficiente.

Sendo assim, eu decido acreditar que Jesus me chamou a ser perfeito, e que se Ele assim me chamou, é porque Ele mesmo acredita que eu posso!

Portanto, eu quero realmente encorajá-lo a viver acreditando que podemos sim alcançar esse padrão de perfeição, assim como nosso Pai celestial. Se renovarmos nossa mente a ponto de pensarmos nessa verdade, então estaremos trilhando um caminho onde todos os dias vamos nos despir do velho homem, e nos revestiremos do novo homem, criado segundo a imagem e semelhança de Deus (Ef 4:22-24).

Podemos estar longe desse lugar de perfeição, que realmente é um padrão ousado de estilo de vida, bem ousado por sinal, mas não quero que de maneira nenhuma nós nos desanimemos por isso, mas pelo contrário, que nós vivamos todos os dias entendendo que Jesus, nosso próprio modelo de retidão e perfeição, nos chamou a esse lugar.

Não se trata do quanto ainda estamos longe disso, mas do quanto acreditamos que podemos através do Espírito de Deus, nosso grande ajudador!

Acredite! É possível! Jesus acredita em nós! E não se esqueça, Jesus é paciente em todos os nossos processos até chegarmos a esse lugar. Sermos perfeitos como nosso Pai é o nosso alvo, e nós vamos alcançá-lo!

Se temos um manual a respeito de como viver, com certeza encontraremos uma boa parte dele no sermão do monte.  Ali Jesus nos ensina sobre a “constituição” do Reino e nela os deveres consistem em perdoar, amar ao próximo, exercer misericórdia, ser manso… Isso parece bem diferente do que temos vivido Brasil e no mundo, não somente hoje, mas ao longo da história.

Nos deparamos hoje com uma grande crise política em nossa nação, para alguns políticos há sempre a necessidade de ter mais e mais, não importa se os ganhos são lícitos ou não, não importa se o povo será ou não prejudicado. O que é levado em conta é quanto será ganho em cada acordo, quanto mais será obtido em cada transação. O famoso: O que eu ganho com isso, tem superado suas obrigações. Nesse cenário, a misericórdia é uma palavra muitas vezes desconhecida aos nossos políticos, que ignoram a maior parte da população sobre a qual eles governam. Que buscam tanto conforto e esquecem que parte do nosso povo não tem nem mesmo os direitos básicos e necessários para sobrevivência.

Ao contrário do estilo de liderança exercido hoje no Brasil, Jesus nos ensinou sobre a importância da misericórdia, Ele falou sobre isso no sermão do monte e também citou uma parábola a respeito de um homem que obteve misericórdia de seu superior, porém não a exerceu sobre o seu empregado. Esse homem foi perdoado de uma enorme dívida que não poderia pagar, mas não perdoou uma dívida menor de alguém lhe devia ainda que lhe implorasse.

A misericórdia nos faz olhar para o outro, ela nos leva a compaixão e graça, nos impele a conceder favor e exercer bondade. Jesus não somente ensinou sobre ela, Ele foi a própria expressão da misericórdia quando entregou sua vida para pagar uma dívida que nós não poderíamos pagar. O que para nós foi um presente custou tudo para Ele, a nossa liberdade foi obtida por meio da entrega de sua vida. Ele nos ensina a exercera-la da mesma forma que a recebemos, talvez você não tenha muitos exemplos em sua casa trabalho ou em nosso governo. Mas com certeza Jesus morreu por você, logo o perdão de todo o pecado que você já cometeu em toda a sua vida, por meio da cruz, lhe é disponível. E se a misericórdia foi derramada de uma forma tão abundante sobre nós, porque não fazermos o mesmo?

Eis aqui um convite a nos parecermos mais com Jesus, vivendo os princípios do Seu Reino, pois à medida que os aprendemos e andamos neles, nos pareceremos mais com  Cristo, nos distanciando da ganância do nosso próprio coração, tornando-nos livres para exercer misericórdia, que é manifesta através da graça, bondade e compaixão. Ela devolve a esperança àqueles que  a recebem. Não é isso que desejamos que os nossos políticos exerçam? Não é o que desejamos para a nossa nação? Que comece em nós, sejamos os agentes de transformação que manifestam o Reino dos céus na terra, assim como Ele fez conosco façamos a outros, então entenderemos o que é estender misericórdia e a criação verá os filhos de Deus se manifestando.

A vida Cristã,  e em especial a vida de um precursor é tomada por desafios. Eu sinceramente acredito que o maior desafio é ter todas as suas motivações e atitudes vindas no lugar de fazer no Secreto. O Precursor é aquele que anuncia e indica a vinda de algo ou de um acontecimento. Ele tem um estilo de vida intencional, preparando o caminho para a vinda de Cristo.

Esse estilo de vida e suas atividades são postas a todos nós no sermão do monte:

O servir e o Dar (Mt. 6:1-4). São as obras de justiças, o nosso doar de serviço e finanças.

Orar (Mt. 6:5-13), é gerar a intimidade com ele.

Abençoar (Mt. 5:44/6:14-15). Abençoar os adversário é a expressão plena do perdão.

Jejuar (Mt. 6:16-18), é entrar na disciplina para crescermos espiritualmente.

João Batista é o melhor exemplo de precursor. Ele anunciava ao mundo a vinda do Messias, e do seu reino (Mt. 3:2). O ponto chave é que ele já carregava consigo todos esses compromissos (Mt. 3:4/3:6), mesmo antes de Jesus ter os deixado explícitos no sermão do monte.

Como Sabemos , o Sermão do Monte é a constituição do Reino de Deus ( ou dos céus) . Assim como na nossa cultura (ou no reino terrestre) temos nossos compromissos de cidadãos, isso também se aplica ao reino de Deus. É o que Jesus faz quando declara estes compromissos. Mas ao invés de ser algo imposto, ele poe essas atitudes como uma oportunidade de recebermos mais Graça. Ele nós da uma oportunidade de sermos recompensados. Assim como um pai tem prazer em recompensar o filho após um bom desempenho na escola, ou quando arruma todo o seu quarto. Isso não é uma barganha, e sim, o simples prazer e caráter de um Deus galardoador.

Diante disso, nós como igreja e como precursores da segunda vinda de Cristo; Precisamos ter também esse estilo de vida intencional. Temos que estar sensíveis e perceber todas as oportunidades que Deus esta nos dando para exercer as atividades do reino. Porém tais atitudes devem ser feitas diante da audiência de Deus. Ainda sobre João Batista, ele viveu sua vida no Deserto, longe do grande centro e e tudo que fazia era pra levantar a gloria unicamente a Jesus. E é nesta perspectiva do lugar secreto que Ele espera. A vida do precursor é viver intencionalmente nas atividades do reino, debaixo da confiança no Deus Galardoador, aquele que ver no secreto e o recompensará (Mt 6:6).

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; (Mt 5:5) O segredo para sermos bem sucedidos em Deus, é ter uma identidade de alguém que é amado e que ama. A identidade de quem é amado, é conhecer o Deus Pai que tem você como filho amado; e a identidade de quem ama é adquirida através da mansidão.

   Mansidão é andar em amor e graça, trazendo outros a esta mesma condição. É a maneira que reconhecemos tudo que temos e a maneira que usamos com o espirito de servidão e generosidade. Então é como se para sermos bem sucedidos perante Deus, é ter a consciência do quanto somos devedores a Deus por todos os recursos que ele nos da, e reconhecer nossas faltas diante do compartilhar esses recursos com as pessoas. Ter o coração humilde para saber que o que temos hoje foi dado por Deus…  Sejam dons, talentos, poder de influência, liderança e ate a estabilidade financeira; Agir com mansidão é pegar todos esses recursos dado a você e elevar outras pessoas, usa-los para proteger e servir ao invés de dominar e controlar.

Eu como musico, com frequência ouço de pessoas o desejo a aprender, e ate pedidos de ajuda para crescer musicalmente. Minha batalha pessoal é me livrar do orgulho e servi-los com o que sei. Aplica-se também quando você pode fazer todos os maiores solos ou interpretações musicais, mas se coloca em humildade pra servir o grupo.  Você pode ser um cantor que participa de um coral, e é preciso livrar-se da competitividade e crescerem todos juntos em amor.

Ser manso quando se é líder, é olhar para a Bíblia. Os maiores líderes da bíblia foram aqueles que tinham o caráter manso.  Foi Assim com Moisés (Nm 12:3) que era paciente e humilde (manso). Também Davi que era o homem segundo o coração de Deus, escrevia salmos sobre a recompensa de ser manso, mesmo antes do sermão do monte. (Sl. 37:11) Ele foi manso em todas as estações da sua vida. O maior exemplo de líder manso é Jesus!  O único Traço de caráter que Jesus alegou acerca de si mesmo foi a sua mansidão (Mt.11:29). Ele mas do que ninguém abriu mão de todos os seus títulos e de todo seu poder, e se colocou na posição de servo. Para Elevar todos os discípulos e a igreja para reinar junto a Ele ( Jo 17:24).

Se Entendermos que o  amar o próximo é agir com mansidão, se entendermos o poder da mansidão de elevar o próximo, de ajuda-los a não desistirem e a manterem a fé. A mansidão é o segredo de ser bem sucedido, Pois aquele que quiser ser o primeiro sirva a todos. (Mc 10:44)