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A Páscoa é a celebração do plano perfeito de Deus

Páscoa

O que as pessoas a nossa volta pensam a respeito de Jesus? Por que foi necessária a Cruz? Para além da moral e da ética,Jesus veio nos resgatar da condenação eterna. Você entende a profundidade disso? São sobre essas questões que o texto de hoje, da série de Páscoa, irá abordar.

“E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou? E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas. E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.
E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele. E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.” Marcos 8:27-31

Qual a visão popular sobre Jesus?

A percepção popular sobre Jesus era de um profeta, um dos grandes homens enviados por Deus com um bom ensino, apoiador de boas causas, um mestre que realizava milagres. De semelhante modo, essa continua sendo a forma com que Jesus é visto pelas pessoas em nossa sociedade.

A Cruz não era uma opção

O sofrimento de Jesus não era uma opção, era algo necessário (v. 31). A vontade do Pai era que o Filho do Homem passasse por um sofrimento intenso. Esse sofrimento envolvia ser rejeitado pelas pessoas mais influentes da sociedade, ser maltratado e morto.

Pedro repreende Jesus por falar sobre a Sua morte (v.32). Isso mostra que Pedro queria o Jesus dos milagres, o Jesus adorado pelas multidões, mas não o Jesus da cruz.

Ainda nos dias de hoje, muitos querem um Jesus sem a cruz. Porque sempre haverá aceitação para um Jesus que oferece um bom ensino ético e moral.

Isso ocorre inclusive dentro da igreja: querem um Jesus que ensine uma boa mensagem, que tenha um bom diálogo com a sociedade, que aceita a todos e não incomoda ninguém, um Jesus que se encaixe nas vidas dessas pessoas. Porém, uma igreja que segue um Jesus sem cruz não consegue lidar com o pecado do homem.

Mas qual é o problema de um Jesus sem cruz?

Em outras palavras, se as pessoas vivem uma vida melhor, aprendem moralidade e boas condutas e tem suas necessidades supridas, qual é o problema? Jesus responde de forma direta (v.33): nós ficamos entretidos demais com as coisas dos homens e deixamos de cuidar das coisas de Deus. Não compreendemos que a maior enfermidade que Jesus deseja curar é o pecado que está dentro de nós.

Devemos ser gratos pelas provisões, curas e milagres, mas entender que eles podem trazer a solução e conforto para hoje, mas não para o dia do grande encontro que teremos com o Senhor.

O homem pode questionar a economia e a saúde pública, estar apreensivo sobre o futuro e tentar antecipar uma solução para os problemas. Mas quando colocamos nossa mente nas coisas de Deus, começamos a entender a grande necessidade que temos do Jesus da cruz: um Salvador que nos lave dos pecados e faça paz entre o homem e Deus, criando um caminho que nos levará de volta a Ele.

Assim, quando entendemos a gravidade da doença que existe dentro do homem, compreendemos a importância de abraçar a cruz e viver os ensinamentos de Cristo.

Jesus veio nos resgatar

O objetivo de Jesus não era curar as doenças do corpo ou alimentar uma multidão. Ele pode nos saciar momentaneamente, mas através de seu momento de sofrimento e rejeição, o Pão da Vida nos seria dado e nossa fome, para sempre aplacada, a doença do pecado, para sempre retirada dos corações.

O Jesus da cruz está disponível para aqueles que o amam e desejam. Para os que querem encontrá-lo além da boa ética moral e das bençãos, só existe um Jesus, que é o Jesus da cruz.

Quando colocamos a mente nas coisas de Deus, percebermos que tudo o que fazemos não muda a condição humana ou compra nossa salvação. A única esperança que temos é permitir que a mensagem de Cristo rasgue nosso coração, nos arrependermos de nossos maus caminhos e nos encontrarmos com Jesus na cruz.

Qual é o impacto da Páscoa para nós, seguidores de Cristo? Aqui, nesse terceiro texto da série da Páscoa, vamos compreender o ministério da reconciliação em Jesus Cristo, por meio da Cruz do Calvário, e refletir sobre qual deve ser o nosso papel hoje diante dessa realidade.

“E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” 2 Co 5:18-21

A gloriosa doutrina da reconciliação é digna da nossa atenção pois trata da obra de Cristo.

Vemos que a entrada do pecado resultou numa morte prematura, a separação de Deus e o que era totalmente harmonioso e unido foi quebrado.

Porém, Deus estende sua graça e estabelece reconciliação, e portanto, é glorioso ver o ofendido procurando o ofensor. E isso somente foi possível por meio Cristo. Além do mais, Ele foi o único capaz de reconciliar a humanidade e toda a criação com Deus.

Assim, reconciliar significa a troca de valores equivalentes. Portanto, Deus olhou para o Seu Filho com valor supremo e trocou Jesus por nós, para Ele foi uma troca equivalente.

Além disso, a dívida que nós tínhamos era impagável, mas o ofendido chega até nós e limpa a nossa dívida – o que é colocado sobre nós é a justiça de Deus.

Então, na cruz, Deus trata Jesus como se ele tivesse vivido a nossa vida de pecado, e agora Ele nos trata como se vivêssemos a de Cristo.  Já pensou em que magnífica a obra da substituição?

Fomos reconciliados num lugar em que éramos inimigos e agora somos da família de Deus e filhos de Dele!

O significado da Páscoa

Assim, a Páscoa é a grande oportunidade para que aqueles que são inimigos de Deus, se tornem amigos de Deus. Além do mais, na reconciliação, alguém nos substituiu, alguém morreu por nós. E assim, Jesus é o único e vivo caminho para redenção. É essa mensagem da reconciliação que o mundo precisa conhecer.

Assim, não é compatível carregamos uma mensagem de reconciliação e não sermos reconciliadores.

Portanto, todo cristão tem o ministério da reconciliação, por isso precisamos anunciar que Deus quer se reconciliar com o mundo.

Qual o significado da obra de Jesus na Cruz?

“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se
cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre
uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre,
disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” João 19:28-30 

Portanto, se quisermos ver toda a extensão do amor de Cristo, certamente a encontraremos olhando para a Cruz.

A Cruz é o centro da fé cristã, por isso é importante lembrarmos do que aconteceu naquele momento.

No caminho da Cruz

A História conta que Jesus é pregado na cruz às 9 horas da manhã de sexta-feira. Entre 9 e 12h, Jesus está preso na cruz e durante esse período de 3 horas de sofrimento Ele fala apenas três vezes. (Lc 23:34, 43 e Jo 19:26-27)

Logo, Ele morreu em silêncio “como um cordeiro levado ao matadouro”, como o profeta Isaías havia dito. (Is 53:7)
Portanto, depois de 6 horas de silêncio, Jesus clama “estou com sede”.

Em algum momento de nossas vidas, teremos um ponto de sofrimento onde pensaremos estar no limite do nosso sofrimento, de extrema dor. Todavia, podemos lembrar que Jesus também já esteve em um lugar onde Ele já não mais aguentava o peso da dor e Ele clama por ajuda. Assim, o nosso Senhor chegou no limite da mais profunda dor, não só física, mas de abandono, de solidão, de traição.

Em todas as religiões do mundo, nenhuma apresenta um Deus que sofre, um Deus que conheceu a dor. Mas, podemos correr para um Deus que sofreu uma dor que nunca imaginaríamos. E além disso, uma dor não somente física, mas a dor do abandono que Deus Pai inflige sobre o Filho. Logo, não há ninguém como Ele a quem podemos nos achegar.

Jesus conscientemente cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Afinal, Ele conscientemente sofre e passa pela cruz sabendo que havia uma profecia em que o Filho de Deus clamaria por sede, cumprindo assim as Escrituras.

Na cruz, Jesus mostra que Ele cumpre cada detalhe do que foi prometido nas Escrituras. E assim, Ele não tinha só uma sede física, mas uma sede por cumprir o que estava escrito. Não só no Antigo Testamento, mas o que o próprio Jesus havia prometido (João 7:37).

Está consumado

E sabendo Jesus que estava cumprindo o que prometeu, declarou “está consumado”.

Ser cristão é ter acesso a fonte inesgotável de água, Jesus. Além do mais, Ele foi ferido como Moisés feriu a rocha para que nós pudéssemos ter água, e também, para termos o Espírito Santo e caminho que leva de volta ao Pai.

Jesus tinha sede de viver novamente a conexão com o Deus Pai que Ele tinha momentos antes, Ele deseja trazer as pessoas que Ele redimiu à presença do Pai, Ele tem sede de ver o fruto do seu sofrimento.

A obra de Jesus na Cruz

Quando entendemos a obra pascoal, Jesus é glorificado e o seu sofrimento não é em vão.

Que possamos viver o fruto do sofrimento de Cristo, que suportou a cruz pela a alegria que estava proposta (Hb 12:2).

Da primeira à última Páscoa. O que de fato era a Páscoa e como foi sua primeira celebração?   

Antes de mais nada, acho importante compreendermos o que Jesus fez na sua última Páscoa com seus discípulos, a luz do que aconteceu na primeira Páscoa no Antigo Testamento. A Páscoa que se instituiu nos capítulos 11 e 12 de Êxodo. 

A palavra Páscoa está relacionada ao termo hebraico Pessach que significa “passar por cima, passar sobre” se referindo ao livramento que o povo de Israel recebeu. A Páscoa é a primeira das três principais festas que o povo celebrava. 

A Páscoa precede a libertação

A saber, o povo hebreu estava sendo escravizado no Egito. Então Deus enviou dez pragas a fim de mostrar seu poder perante Faraó e libertar o seu povo. Por trás de cada praga que Deus enviou antes da libertação do povo do Egito, era com o propósito de humilhar uma divindade daquele lugar. Todavia, quando Deus envia a última praga era com o intuito de humilhar o próprio Faraó. 

À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve semelhante e nunca haverá”; Êxodo 11:4-6.

 Esse momento final, da última praga, está ligado ao tanto que Faraó tinha feito o povo sofrer então, ele tinha que sentir na pele a morte de seu primogênito e também de todo o seu povo. 

Logo, Faraó era visto como um ser divino e seu filho seria seu sucessor nesse papel divino humano. Mas, todos os primogênitos estavam sujeitos à morte com o envio da última praga, a não ser  que algo fosse feito. 

Nesse sentido, um cordeiro sem defeito teria que ser imolado e seu sangue colocado nos umbrais das casas dos hebreus. Então, o anjo passaria e não mataria o primogênito dessas casas marcadas. Por isso a Páscoa precede a libertação e passa a ser  a celebração da última praga que Deus livrou seu povo, porque obedeceram a sua ordem de colocar sangue nos umbrais das portas. Essa foi uma forma de mostrar que nessas casas haviam pessoas de aliança com Deus. 

A festa da primeira Páscoa

Deus estabelece a festa da primeira Páscoa nessa ocasião da libertação do povo de Israel do Egito. O capítulo 12 mostra isso: “O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito. Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes o comemorarão como festa ao Senhor. Comemorem-no como decreto perpétuo”. Êxodo 12:13,14.

Dessa forma, o final do capítulo 12 mostra as recomendações de como a primeira Páscoa deveria ser celebrada dentro da comunidade de Israel quando eles, de fato, receberam a grande libertação. 

A libertação mostra a superioridade de Deus sobre outros deuses falsos, os poderios humanos e a força tirana dos governantes maus. E assim como Deus mostrou justiça, misericórdia e poder trazendo a maior libertação da história do povo hebreu da escravidão egípcia, Ele continua agindo hoje poderosamente produzindo grandes libertações e, sobretudo, libertação espiritual. 

A última Páscoa

Assim, em sua última Páscoa com seus discípulos, na noite antes de sua morte, Jesus diz: “Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois, eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus”.Lucas 22:15,16. 

Portanto, muitas instruções foram  dadas para a primeira Páscoa. Ela apontava para a última Páscoa. Eles precisavam de um cordeiro sem defeitos antes de saírem para um êxodo. 

Então, após a libertação deles, um êxodo foi necessário para prepará-los para a tão aguardada terra prometida. E nessa peregrinação, nesse êxodo em que Deus fez  coisas maravilhosas por meio de Moisés, vemos que o que Ele  fez por meio de Jesus é muito maior. Você percebe? Temos um novo Moisés, um que liberta o povo definitivamente. Cristo está nos liderando para um novo êxodo, nós precisamos ser libertos também e preparados para à terra prometida.

A Páscoa é necessária para o êxodo, sem Páscoa não há êxodo. Sem cordeiro não há libertação. Assim como os hebreus precisaram comer e estar preparados antes da peregrinação, nós também estamos em jornada, sendo preparados para uma terra que não conhecemos ainda, mas que já cremos.

Assim, Jesus é nosso cordeiro sem defeitos, Ele foi analisado por autoridades e nenhuma falha foi encontrada. Mas eles precisavam condená-lo. O sangue está disponível, Ele foi morto. O cordeiro que vinha sendo anunciado pelos profetas agora está ali com seus discípulos anunciando que as profecias são  sobre Ele. Nós precisamos de um novo êxodo e de salvação. Nós necessitamos de uma Páscoa e um cordeiro. 

A ordem de Deus é para celebrarmos a Páscoa

Sem dúvida a Páscoa não é simplesmente um feriado em nosso calendário.  Ela aponta para nossa necessidade maior. Precisamos de uma libertação e de um êxodo. A Páscoa das Páscoas já aconteceu e agora temos nosso cordeiro perfeito. E a partir dessa realidade, precisamos ter consciência da  nossa necessidade de um cordeiro sacrificado por nós. Um cordeiro que ressuscitou e nos garante a esperança de um último êxodo definitivo.

Assim como Jesus disse que não mais cearia até que se cumpra no reino de Deus, nós celebramos a Páscoa justamente para lembrar essa promessa. A primeira Páscoa marcou a libertação do povo de Deus do Egito. A última Páscoa com Jesus presente marca a libertação dos filhos de Deus da escravidão do pecado, pela morte e ressurreição de Jesus. O verdadeiro cordeiro perfeito. Por isso ceiamos, pois celebramos a vitória de Cristo.

Por fim, a ordem de Deus é para celebrarmos a Páscoa. Esse é um memorial perpétuo que deve permanecer em nossa prática. Isso significa que devemos nos lembrar dos grandes feitos de Deus na história em favor do seu povo e nos reunir em família, em comunidade e como igreja e comemorar com o espírito correto aquilo que Deus ordenou. 

Mas se a Páscoa não for uma realidade em nossa vida, se Deus não trouxe libertação ao nosso coração então, nossa comemoração será vazia. Observe, hoje, se seu coração foi libertado por Cristo Jesus e se você já está em comunhão com Deus. Então sim! Sua Páscoa será verdadeira e completa.

Pai, obrigada, porque devido ao cordeiro uma Páscoa foi possível.

Neste mês no qual celebramos a Páscoa, podemos nos lembrar de um dos maiores exemplos da obediência de Cristo. Atitude que foi capaz de realizar a maior entrega por amor; E ele ousou fazer isto por toda a humanidade. 

Assim, Cristo nos ensina que obedecer sempre será a melhor escolha. 

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!  Filipenses 2: 5-8

Jesus veio ao mundo com um propósito claro. Ele sabia da cruz e do sacrifício, mas também sabia que o preço do nosso resgate seria sua própria vida sendo entregue em obediência e a favor de nós. 

A cruz foi a expressão do seu amor obediente ao Pai.  Pois, o segundo Adão não negou em nenhum momento a obediência na qual o primeiro Adão falhou em cumprir. 

Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.

Romanos 5:19

 

A obediência de Jesus nos levou a redenção

 

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

Romanos 5:20-21

O ato de servir em obediência e ser levado a cruz por amor dos homens trouxe redenção para toda a humanidade. Jesus pagou o preço para que sua morte trouxesse vida e justiça sobre a terra. 

Desde Adão até os dias de hoje o que nos é pedido como servos de Deus é uma vida que expresse um coração obediente. 

O pecado entrou no Éden pela falta de obediência a uma ordem dada por Deus ao primeiro homem e a primeira mulher.  

O ato de desobedecer nos leva a uma vida de pecado e miséria. Mas, Cristo queria nos mostrar com sua vida de obediência que é possível parar este ciclo. 

Então, obedecer a Deus é uma maneira de demonstrar nosso amor por Ele. Dessa forma Jesus viveu durante toda a sua jornada sobre a terra. Pois, Ele quis nos ensinar como viver uma vida que agrada a Deus. 

 

“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.  João 14:15 

 

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.  Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 

 João 6:38-40

 

Obediente até à morte, e morte de cruz 

O servo obediente chegou até a cruz e nela confirmou todos os seus atos de obediência até ali. 

Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;   

Hebreus 5:8-9 

Jesus em seus últimos momentos antes da cruz orou ao Pai,  e o que vemos no versículo abaixo nos mostra a confiança e também a entrega que obedecer até a morte exigiu do nosso salvador. 

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.

Mateus 26:39 

 

Conforme disse Charles Spurgeon: ¨ Crer e obedecer sempre andam lado a lado.¨

 

Finalizo este texto com palavras que devem nos levar a viver uma vida de servo obediente por fé e por amor ao nosso Salvador. 

Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele. Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, 

Filipenses 2:12-15 

 

Deus te abençoe. 

 

Todas as coisas estão centradas em Cristo, Ele é o autor da nossa salvação, o herdeiro amado de Deus. Pois, sem Ele, nada do que foi feito se fez. Na Páscoa, somos convidados a relembrar o seu sacrifício na Cruz e a celebrar sua vinda na terra, sua morte e ressurreição. Somos herdeiros com Ele. Mas, no que isso implica e como influencia a minha e a sua história?

Vivemos em 2022, estamos saindo de uma pandemia, há guerras a nossa volta, crises políticas e sociais. Muitos de nós já entregaram  a vida a Jesus e colocamos diante dele sonhos, projetos e o futuro. Às vezes nos sentimos fortes e cheios de fé para conquistá-los, mas, há dias em que ficamos sem esperança e perdemos a perspectiva do amanhã.

Por isso, quero te convidar a olhar as Escrituras e descobrir quem é Jesus  e como a verdade sobre a Pessoa e obra de Cristo têm refletido em nossas vidas.

Tudo foi criado por meio dele e para ele

Jesus é o criador do universo e o nosso próprio criador. Desde o início, na gênese da humanidade Ele se fez presente na criação. Em cada detalhe, em cada coisa criada, nas folhas e flores, na separação das águas, em cada forma e textura. Ele é a Palavra pelo qual tudo passou a existir.

“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” João 1:3

Inclusive nós, fomos criados para a sua glória e para o louvor do seu nome. Somos chamados a oferecer boas obras. De forma simples, podemos dizer que fazemos isso através do nosso modo de viver aqui na terra com nosso trabalho e em nossos relacionamentos.

“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:10

Por isso, é importante pensar se temos manifestado a glória do Senhor através de nosso estilo de vida, escolhas e da forma como passamos os nossos dias e anos.

Jesus é o herdeiro do Pai

“nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1:2

“pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” Colossenses 1:16,17

Jesus é o criador de todas as coisas e o herdeiro de Deus.  Pois, em obediência cumpriu seu propósito. O unigênito do Pai tornou-se homem, andou sobre a terra, passou pelo Calvário e  teve a morte entranhada em sua carne, mas após três dias ressuscitou. Jesus é o Filho de Deus. 

Ele é o herdeiro porque é o criador de tudo, mas também é herdeiro porque conquistou esse direito cumprindo sua missão. Oferecendo sua vida como libação pelos nossos pecados.

Tudo foi criado para Ele e nele elas continuam a existir, a permanecer e  a subsistir. A própria vida subsiste nele.

Então, quando tudo à nossa volta tiver aparência de morte e dor, podemos nos lembrar que em Cristo tudo se faz novo: “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.” (Apocalipse 21:5ª). Podemos esperar no Senhor e confiar que temos a Eternidade.

O herdeiro nos faz co-herdeiros

Jesus refez nosso caminho de volta para Deus nos dando livre acesso ao Pai. Não há mais impedimento, mas  liberdade para entrar no Santo dos Santos pelo novo e vivo caminho (Hebreus 10.19). Através do sacrifício de Cristo, nos tornamos filhos e co-herdeiros com ele.

“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” Romanos 8:17

Assim como Jesus obedeceu ao Pai, ele nos desafia a fazermos o mesmo.  Pois, se com Ele sofremos, com ele seremos glorificados, como  diz o versículo acima. Nos resta levarmos a própria cruz lembrando que maior preço ele já pagou. Preço incomparável. Agora, cabe a nós preencher o que resta das aflições de Cristo, na nossa carne em favor da Igreja de Deus (Colossenses 1:24).

Portanto, se quaresma é um botão de pausa, um tempo de reflexão e arrependimento, a Páscoa é um tempo de celebração por termos nos tornado livres e parte da família de Deus. Por mais aflições que possamos sentir, podemos nos lembrar da Eternidade. E que a vida não se resume apenas ao tempo presente, mas que há um por vir e sempre poderemos celebrar a Páscoa do Senhor. 

Vamos dar sequência a nossa série de Páscoa aqui no blog!

Neste texto, iremos refletir a respeito da passagem de João 12:1-8 em que, Maria de Betânia unge os pés de Jesus. A partir dessa história, entenderemos as peças fundamentais do que é uma verdadeira adoração extravagante que expresse o valor de Jesus.

“Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Ofereceram lhe ali um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando um frasco de bálsamo de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. E a casa se encheu com o perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos discípulos, o que haveria de traí-lo, disse: Por que este bálsamo não foi vendido por trezentos denários, e o dinheiro, dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão. Como responsável pela bolsa de dinheiro, retirava do que nela se colocava. Então Jesus respondeu: Deixa-a em paz; pois ela o guardou para o dia da preparação do meu corpo, para o meu sepultamento. Pois sempre tereis os pobres convosco; mas a mim nem sempre tereis.” João 12:1-8

O que move o coração de Deus?

Quando o valor da perfeição de Cristo e a intensidade das nossas afeições se correspondem, quando nós compreendemos o valor do Filho e respondemos à altura do Seu valor em nossa devoção, isso move o coração de Deus. O alto valor do Filho demanda uma resposta do nosso coração em adoração.

Maria, Lázaro e Marta veem esse valor perfeito em Jesus. Eles reconhecem a Sua graça, o Seu poder para ressuscitar os mortos (Jo 11:25-26) e expressam isso através de suas afeições.

Jesus buscava cultivar o amor deles para que, diante de Sua própria morte que ocorreria em poucos dias, os irmãos não perdessem sua admiração e fé em crer que Ele é a vida e a ressurreição.

Vemos aqui uma cena de profunda gratidão: Maria buscou o ato mais extravagante para expressar o inexplicável. Essa é uma atitude de um coração que correspondeu à altura do valor que há em Cristo Jesus.

Mas Judas questiona o valor dado a Jesus naquele momento. Suas palavras nos mostram que, quando os nossos corações não correspondem ao valor de Jesus, nós nos tornamos cegos, nossos valores são trocados e só conseguimos enxergar a nós mesmos e as nossas ambições.

Jesus responde a Judas (v. 7,8), apresentando três razões pelas quais ele deveria deixar Maria em paz. É extremamente importante entendermos essas três razões para alinharmos o nosso coração com o valor que há em Cristo e, assim, identificarmos se temos nos doado ao Senhor ao nível do Seu valor, ou se o temos diminuído, baseado na forma com que demonstramos a nossa devoção.

“A mim nem sempre tereis” (v. 8b).

A primeira razão está relacionada ao valor de Jesus. Muitas vezes não estamos conscientes da Sua presença, não compreendemos a preciosidade da presença daquele a quem louvamos e prestamos culto. Será que temos correspondido ao valor de Cristo, através das nossas afeições, em orar, jejuar e no servir?

Maria se ajoelha diante de Jesus e derrama esse amor generoso aos seus pés humanos. Mesmo o aspecto mais humilde e insignificante de Jesus é digno do nosso melhor, e infinitamente mais precioso do que qualquer presente ou qualquer ato de amor.

“E a casa se encheu com o perfume do bálsamo” (v. 3). Uma adoração sincera e verdadeira ao Rei Jesus nunca fica privada. Uma demonstração de afeto sincero e sacrificial, aquilo que entregamos de mais extravagante e cheio de gratidão por Jesus toca também outras pessoas e as abençoa. Acima de tudo, move e abençoa o coração de Jesus.

“Pois sempre tereis os pobres convosco” (v. 8a). A motivação dos nossos corações deve estar no próprio Deus, no valor que há em Jesus e no Pai. O amor ao dinheiro nos cega para compreender o valor de Cristo, e nos leva à morte. Aqueles que desejam ser ricos caem em tentação, em muitos desejos insensatos e prejudiciais que mergulham as pessoas na ruína e na destruição.

“Ela o guardou para o dia da preparação do meu corpo, para o meu sepultamento” (v.7). Jesus estava impedindo que Judas plantasse a falta de fé no coração de Maria. Era necessário que ela continuasse cultivando essas verdades em seu coração, e também no de Marta e Lázaro, que viram e provaram que Jesus era a ressurreição e a vida.

Hoje, ore e permita que a sua afeição seja extravagante, para que ela esteja à altura do valor que Jesus tem.

Estamos no mês da celebração da Páscoa, um feriado cristão, que nos traz à memória mais um dos feitos maravilhosos da obra de Deus Pai por meio do seu Filho Jesus, através do seu Espírito Santo.

Certamente a Páscoa nos lembra que o cordeiro puro precisou ser sacrificado, mas que a morte não tem mais poder sobre ele. Ressuscitou e agora está à direita de Deus Pai. Graças a esse sacrifício, graças à obediência de Jesus, hoje temos acesso a Deus Pai. “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz”. Filipenses 2:8.

Filho de Deus

Eu, particularmente, gosto desses períodos específicos em nossos calendários,  em que  temos celebrações cristãs, pois é um ótimo motivo para trazer a nossa memória àquilo que nos dá esperança, aquilo pelo qual vivemos. Vamos aproveitar para meditarmos um pouco sobre o título cristológico de Jesus ser o Filho de Deus.

Primeiramente, precisa ficar claro a nós, que Jesus não se tornou filho por meio da encarnação.  Ele sempre foi Filho de Deus. E foi por meio do filho, que Deus fez o universo (Colossenses 1:16-17).; Deus enviou seu filho para salvar o mundo (João 3:17).

 Aliás, em sua oração antes da crucificação, Jesus também afirma sua relação com o Pai desde a fundação do mundo: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo”. João 17:24.

Portanto, com isso em mente, podemos ir um pouco mais fundo sobre o que quer dizer, Jesus ser Filho de Deus. Essa compreensão não pode ser associada a nossa compreensão de filiação humana.

Tudo quanto o Pai faz, o Filho faz igualmente

Com efeito, nós somos filhos de Deus também, mas somos por meio da adoção: “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”. Gálatas 4:5,6.

Contudo, eu e você não fazemos tudo quanto Deus Pai faz, Jesus sim, veja:porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente”. João 5:19.  Perceba que a declaração de Jesus é que Ele está se igualando ao Pai, tal pai, tal filho. Jesus prossegue o seu discurso e afirmação de seu título de Filho: “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou”. João 5:23. O capítulo 1 de João é rico em detalhes sobre o título cristológico de Jesus sendo o Filho de Deus.

Podemos constatar o relacionamento de Deus Pai e Deus Filho. Ele estava no princípio com Deus Pai, Ele é o herdeiro de todas as coisas. “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. João 1:2,3.

Por isso, o termo Filho de Deus, não se aplica ao mesmo termo humano que pensamos. Jesus é o Filho do Deus vivo, Ele é o nosso Redentor e  esperança gloriosa. Jesus é absolutamente divino assim como Deus Pai. Ser Filho de Deus, no caso de Jesus, é justamente porque Ele é o Unigênito do Pai, pois é o único que tem a mesma natureza que Deus tem. Em Jesus habita corporalmente toda a plenitude da divindade, Ele tem os mesmos atributos que Deus Pai e realiza as mesmas obras. Ele veio para nos revelar o Pai.

O Filho de Deus veio até nós

No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29

Em suma, o cordeiro era um dos animais usados para o sacrifício em favor dos pecados. O cordeiro é um animal manso, tranquilo e humilde. A bíblia afirma que Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Essa comparação de Jesus ao cordeiro é porque Ele é o sacrifício perfeito para o perdão de nossos pecados. O  sacrifício substitutivo perfeito. Deus se importou conosco ao ponto de se tornar um de nós.

Nesse sentido, Jesus veio cheio de graça e verdade (João 1:14), ou seja, a graça é esse presente imerecido. Não depende de nós e  não há méritos em nossas ações. Jesus é também a verdade, pois nele se cumpriu a Lei. Dele se tratavam as profecias, era dele que os patriarcas falavam e foi por ele que as festas e sacrifícios apontaram.

Por fim, que essa Páscoa tenha um significado diferente a todos nós para que a compreensão deste amor eterno nos leve a amar ainda mais ao nosso Deus e Criador. E assim, transborde nossa gratidão e devoção a Jesus que em nosso lugar obedeceu perfeitamente à Lei de Deus e sofreu a nossa condenação. Se alegre nessa Páscoa, pois o Filho de Deus está sempre conosco.

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Mateus 16:16

Neste mês, aqui no Blog, estamos falando sobre a Quaresma e como esse período  é importante para nos prepararmos para a Páscoa. Este é um tempo oportuno para reconhecermos nossa vulnerabilidade diante da grandeza de Deus, o criador do Universo.

A Quarta-feira de Cinzas não se trata apenas de mais um feriado religioso ou do fim do carnaval, mas sobretudo, tem a ver com a compreensão de que somos pó e para o pó voltaremos. E, sabe? Nós podemos abraçar a fragilidade. Não como vítimas da vida, mas  como pessoas que amam a Jesus e reconhecem que Nele encontramos sentido.

O que é ser vulnerável? É reconhecer limites e fraquezas. Além disso, é  confessar os pecados e se submeter a Deus. A fragilidade derruba as nossas defesas e nos fazem enxergar que somos totalmente dependentes do favor do Pai. E mesmo que tudo falhe, a fidelidade do Senhor permanece.

Nossa força não vem de nós mesmos. Há muitas pontas soltas na história de cada um; muita correria e ansiedade nesta terra. E há coisas que não compreendemos, mas podemos confiar no Deus que é Grande e Fiel e que enviou seu próprio filho para nos salvar.

Na vulnerabilidade aprendemos a confiar em Deus

“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” 2 Coríntios 12:9,10

O apóstolo Paulo foi torturado em Roma. No entanto, ele passou seus últimos anos recebendo visitas em sua prisão domiciliar. Sem impedimentos, ali ele pregava o evangelho do reino de Deus e encorajava as pessoas a prosseguirem em fé. (Atos 28.30-31) 

O que aconteceu para Paulo tornar este homem:  alguém que não temia o martírio, a morte e nem o fim, mesmo sabendo o que lhe esperava? Ele estava preparado para a Eternidade e ele conhecia o Deus em que confiava. 

Paulo foi um perseguidor da Igreja e um assassino de cristãos.  Porém, teve um encontro com Jesus e isso mudou radicalmente a sua história. Um ex-homem forte que se tornou vulnerável e quebrantado diante do Cristo. 

A fraqueza de Paulo  foi um campo fértil em que Deus operou grandes milagres. Deus o ensinou que Sua graça é o suficiente, e mesmo estando fraco ele era forte. 

A quarentena é sobre confiança no Deus que é imutável. Nele não há sombra de dúvida. O Senhor permanece fiel em meio às nossas fraquezas e fragilidades humanas. A quarentena tem esse papel de intensificar nossa prática de quebrantamento e contrição, reconhecendo que somos totalmente dependentes de Deus. Mas, assim como Paulo, também podemos dizer que quando somos fracos, Deus nos faz fortes. 

Eu lutarei por você

Neemias foi um grande líder em seu tempo. Ele se posicionou para que os muros de Jerusalém fossem restaurados. Desde o começo dessa aventura o vemos colocando seu coração e confiança no Senhor. Leia o que está escrito em seu Livro:

veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá; então, lhes perguntei pelos judeus que escaparam e que não foram levados para o exílio e acerca de Jerusalém.
Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas.
Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.

Neemias 1:2-4

Neemias se assentou, chorou, lamentou, jejuou e orou diante da tragédia de sua nação e o que você eu temos  feito quando somos assolados pelas lutas? O que temos feito com os nossos problemas de família? Com as crises em nosso país e no mundo? Choramos? Jejuamos? Oramos? 

Na quaresma podemos repensar nossa vida e  escolhas. Podemos confessar nossos pecados e daqueles que amamos.  Podemos nos levantar como intercessores clamando pela nossa nação e meditando no sentido da Cruz. Jesus morreu por um motivo e precisamos  trazer à memória  esta razão e pensar em como isso nos impacta.  

Vinde a mim – Conclusão 

A quaresma é um convite para nos aproximarmos de Deus com humildade e reconhecermos que somos pó. Temos uma visão irreal de controle,  porque na  verdade somos mais limitados do que gostamos de admitir. E este é o  sinal de que precisamos de um salvador, Jesus! 

Em honestidade, após os pontos de interrogações, no silêncio de Deus, somos acolhidos e podemos descansar. Deus é constante e único. Ele junta as peças quebradas de nossa alma e nos dá um novo coração para celebrarmos sua ressurreição. Nesta quaresma Ele nos diz: vinde a mim! O  que vamos responder?