Fhop Blog

Série: O valor da alma – parte 1

Vida cristã

“Chamando a multidão com os discípulos, disse-lhes:
Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la;
mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, irá preservá-la.
Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
Ou, que daria o homem em troca da sua vida?” Mc 8:34-37

A alma é basicamente a sua identidade; trata-se de quem você realmente é. É a sede da memória, das emoções e sentimentos, das convicções e medos. Por que é importante cuidar da alma e por que é importante estarmos alertas a respeito do que a afeta?

Sua alma é importante porque foi soprada em você por Deus (Gn 2:7).

Não somos apenas formados do pó, mas temos o sopro de vida do próprio Deus fluindo em nós e isso nos distingue de toda a criação. A nossa alma tem a capacidade de conhecer Deus e se relacionar com Ele.

Sua alma é importante porque é a fonte de todas as suas realizações.

A inspiração artística vem da criatividade soprada por Deus; as explorações científicas nascem da necessidade de buscar conhecimento; as conquistas esportivas nascem da determinação. Tudo aquilo que realizamos parte de uma motivação nascida na nossa alma.

Sua alma é importante porque é a fonte de todos os pecados (Tg 1:14; Mc 7:21-23).

Somos seres destituídos da glória de Deus que aguardam o dia da bendita redenção dos nossos corpos. Até que chegue esse dia, travaremos uma luta contra a tentação que vem do mundo e contra os desejos pecaminosos que surgem em nossa alma.

Sua alma é importante porque ela vai durar para sempre (Mt 10:28).

Nossa alma é imortal e viverá além do nosso corpo. Por isso devemos temer aquele que possui o poder de determinar o futuro da nossa alma, o Senhor Deus.

Sua alma é importante porque ela irá experimentar alegria eterna ou miséria eterna (Lc 16:22-23).

Não há nada mais desastroso do que perder sua alma (Mc 8:35). Devemos analisar as motivações que nos levam a ser quem somos e a seguir o caminho que seguimos, aquelas motivações que só o Senhor pode ver, para que cheguemos ao fim da nossa carreira tendo a convicção de que para nós foi reservada uma coroa de justiça (2 Tm 4:8).

Como podemos preservar nossa alma?

Cuidando de alimentar não somente o corpo físico, mas alimentar a alma. A Palavra de Deus é o que sustenta a alma (Mt 4:4) e a ela deve ser dada importância ainda maior do que damos para a comida física.
Esteja atento ao seu compromisso com Cristo. O conforto da vida pode ser sutil e enganoso, e dar a falsa impressão de que está tudo bem, porém não viveremos apenas do mantimento armazenado para a vida terrena.

Outra maneira de perder a alma é permitindo que ela seja sufocada pelas preocupações e o desejo pelas coisas deste mundo (Mc 4:19). Devemos viver tendo a mentalidade de que não pertencemos a este mundo; logo, os seus valores e princípios não são os nossos (1 Pe 2:11).
“O primeiro passo em direção ao céu é descobrir o valor da sua alma”. A alma é salva quando nossa vida é entregue ao senhorio de Jesus Cristo.
O discipulado de Jesus trata-se de olhar para a própria vida e não tê-la como valiosa para si mesmo. É necessário morrer para si e viver para Cristo.

É libertador saber que Jesus nos oferece a paz de Deus de modo que simplesmente a recebemos pela fé. O mérito e a tentativa de convencermos a Deus não é necessária. Na verdade, ele nos dá sua paz sem nos cobrar algo em troca.

Como Cristo é a própria revelação de Deus no mundo, a paz de Cristo é a paz de Deus, conquistada na cruz para partilharmos da comunhão com Ele.

Paulo alerta os gálatas sobre quem eles eram em Cristo e para os lembrarem de que eram filhos da promessa por meio da fé. E que somente por isso eles tinham acesso a frutos que não provinham de seu mérito, mas eram gerados pelo próprio Deus. E um deles é a paz.

 

Paz como fruto do espírito

Os gálatas viviam tristes, porque estavam voltando às obras da lei e da tradição judaica. O apóstolo Paulo estava relembrando que, assim, eles estavam voltando à vida passada, quando viviam sem Cristo e buscavam serem justificados pela esperança em si mesmos. 

Continuar praticando a lei era o mesmo que ignorar a obra sacrificial de Cristo na cruz. Com isso, o amor e a graça providenciais que lhes davam o presente de serem chamados filhos era desprezado.

Essa guerra na qual estavam vivendo era proveniente do falso evangelho que viviam. Isto, porque, falsos mestres ensinavam a igreja a uma esperança falha e terrena.

A paz que Paulo pregava aos gálatas sobre o fruto do espírito, era a paz de Deus proveniente da liberdade em Cristo, de um caminho livre até Deus.

Aqueles que viviam a esperança no que Cristo fez poderiam viver uma vida de liberdade e desfrutar da paz com Deus e com o próximo, uma paz que o mundo não dá.

“Eu lhes deixo um presente, a minha plena paz. E essa paz que eu lhes dou é um presente que o mundo não pode dar. Portanto, não se aflijam nem tenham medo. João 14:27

 

A paz que o mundo não dá

A paz que temos hoje é valiosa e abundante e, certamente, é o consolo que o mundo precisa. Em Cristo temos a paz que o mundo não tem.

Isto só é possível para pessoas que vivem a liberdade em Cristo, ou seja, a esperança na obra suficiente e salvadora de Jesus.

Esta paz não pode ser comprada, mas é dada generosamente. Esta paz é a certeza eficaz do próprio evangelho. Este é o evangelho da paz que o apóstolo Paulo também comunicou aos efésios quando falou sobre a armadura de Deus.

Esta paz é valiosa, porque a recebemos com muito sacrifício. Não um sacrifício que nós empregamos, mas um favor generoso, pelo qual não poderíamos retribuir a Deus.

Os efésios precisavam ter em mente os calçados do evangelho da paz para se lembrarem de que onde eles iam, a verdade e a esperança de Cristo estavam neles.

Se temos paz hoje é porque Cristo, sendo perfeito, sofreu a morte de um pecador, se entregou em obediência para nos oferecer tudo o que Ele tem, todas as bênção espirituais nas regiões celestiais em Cristo.

 

Temos paz com Deus no mundo

Temos a paz de Deus que o mundo não consegue nos dar, porque por meio de Jesus temos comunhão e amizade com Deus. Não somos mais seus inimigos, não vivemos mais como insensatos, mas como sábios e tementes a Deus.

Termos um Pai que é Criador do universo, que morreu por nós e que continua nos orientando e conduzindo as nossas vidas à semelhança de Cristo nos leva a viver com sabedoria nesta Terra.

Podemos dormir descansados depois de um dia de trabalho e de esforço, porque temos alguém que trabalha por nós. Podemos esperar pelo amanhã, porque ele é fiel para prover o pão de cada dia e as oportunidades. 

“Tu conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme em ti, porque ele confia em ti”. Isaías 26.3

Podemos entregar todas as nossas ansiedades a ele, porque Ele cuidará de nós. Não precisamos viver com pressa nem com medo, porque Ele é o dono do tempo, das estações e por isso podemos ser fiéis a sua vontade. E não podemos acrescentar uma hora sequer ao nosso dia, mas ele sabe de todas as coisas e nos dará a provisão que precisamos.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” Filipenses 4:23

 

Você sabe exatamente o que significa viver em mansidão? Diante das injustiças que sofremos, afinal, o que a Bíblia nos ensina sobre ser manso? 

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22

Mansidão é um dos aspectos do Fruto do Espírito descrito em gálatas 5:22. É uma virtude que está relacionada diretamente com domínio próprio, benignidade e paciência, aspectos já abordados nessas semanas em nossa série

Mansidão: uma obra do Espírito Santo

Um dos significados do dicionário bíblico para o termo mansidão é gentileza, bondade e humildade. 

Porém, erroneamente muitas pessoas podem confundir que ser manso está relacionado a ter uma personalidade mais tranquila e serena. Mas, mansidão descrita como parte do Fruto do Espírito, só pode ser uma obra do Espírito Santo em nossa vida. A mansidão não pode ser produzida por um mero esforço humano. 

Definitivamente, só podemos ser mansos a partir de um coração regenerado e transformado pelo Espírito Santo. 

Um coração livre de ofensa 

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mateus 11:29

Observamos a vida de Jesus e podemos aprender com seu testemunho. Ele foi manso e humilde, mesmo diante dos sofrimentos e na iminência de sua morte. Ele respondeu as injustiças cometidas pelo seus algozes com mansidão, pois Cristo temia e queria obedecer a vontade do Pai.  

Outro conceito errado sobre ser manso é achar que não devemos reivindicar ou buscar por nossos direitos. Entretanto, isso é legítimo. Porém, devemos escolher o caminho da mansidão e o conselho da Palavra, ao buscar por tais direitos. 

Como ensina o famoso autor John Stott, a mansidão é termos a atitude de humildade que Cristo tem. 

Não há melhor momento do que esse que estamos vivendo, para aprender a termos um coração manso. Um tempo cheio de incertezas em que nossos planos foram frustrados e refeitos. 

Até nesses momentos, em que o coração pode entrar em um lugar de ansiedade, você tem escolhido a mansidão? 

Mansidão e a liderança perfeita de Cristo

Visto que ser manso não é somente tratar as pessoas a nossa volta com amabilidade e humildade. Mansidão também é, mesmo quando todas as situações fogem ao nosso controle, escolhemos nos render humildemente ao Senhor. Aceitar a sua forma de liderar a nossa vida e as circunstâncias ao nosso redor. Pois, Ele é o bom Pastor.

Durante esses meses de pandemia me vi cercada por medo, muitas vezes. E eu não tive outro caminho a não ser me render e confiar no caráter imutável de Cristo. E na obra que Ele está realizando em meu coração, e nos corações dos que estão ao meu redor.

Tenho aprendido que os mansos são aqueles que humildemente confiam inteiramente em Deus, mais do que em suas próprias forças, para defendê-los contra toda injustiça. 

Não se preocupe: o Pai está comprometido em nos tornar pessoas de coração manso. Hoje, ore e peça ao Senhor que ajude você a ser obediente e submisso à liderança e a vontade do Pai, assim como Jesus foi aqui na terra. Pois lembre-se:   

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.” Mt 5:5 

Quando pensamos em paciência podemos visualizar cenas típicas no nosso cotidiano que nos exigem o exercício desta virtude. Quem nunca precisou esperar longas horas em uma fila ou esperar um ônibus que nunca chega? Ou talvez a dificuldade não seja esperar por algo ou alguém, mas não ser rápido em responder de forma grosseira ou irada em uma discussão ou conversa. Ao observamos a origem da palavra usada por Paulo em sua carta aos gálatas (Gálatas 5:22), entendemos que há um ensinamento muito mais profundo.

A paciência e a ira

As associações rápidas que fazemos tem um motivo. A palavra paciência, cujo sinônimo (longanimidade) talvez trave algumas línguas, significa literalmente “longo ânimo”. Em suma, ela origina da mesma raiz da palavra ira, sendo o seu direto oposto nos textos bíblicos. Inclusive, ela se encontra alguns versículos para trás, quando Paulo menciona as obras da carne. 

A ira dos homens é aquele sentimento intenso e rompante – o que conhecemos como “pavio curto”. Assim, é o desejo por dar uma resposta à altura, ter sua honra ferida ou não sofrer os danos. A paciência é a virtude de suportar o sofrimento, a humilhação ou a desonra por um longo tempo. É ser tardio em irar-se e não retribuir imediatamente. É evidente que, como humanidade, nosso ânimo é finito e frágil. Dessa forma, paciência só pode ser gerada em nós por aquele que é eterno e infinitamente paciente.

Um atributo de Deus, visto em Jesus

Em Jesus temos o homem perfeito, que suportou todos os tipos de sofrimento até o fim. Mesmo sendo Deus, não se considerou igual a Deus e se humilhou. Foi desonrado pelo seu próprio povo para que se cumprisse os propósitos da sua primeira vinda. Mesmo se perguntando “até quando estarei com vocês e terei que suportá-los?” (Lucas 9:41), Jesus foi obediente e exerceu a paciência ao levar o plano de seu Pai até o fim.

Deus, ao se apresentar a Moisés, diz ser cheio de paciência (Êxodo 34:6) e continuou a demonstrá-la por toda a história do povo de Israel. Mesmo em meio à constante desobediência do seu povo, Deus foi fiel em todas as suas promessas. E assim Ele cumpriu cada uma delas e continua tendo paciência conosco para cumprir o seu plano até o fim (2 Pedro 3:9).

O paradoxo da paciência

A dificuldade que temos, como humanidade, de exercermos paciência uns para com os outros, reflete nossa ofensa contra o próprio atributo de Deus. Em síntese, é o paradoxo de pensar que sabemos mais do que o próprio Deus sobre quando e como Ele deve exercer a sua justiça.

Ainda que tenhamos sido salvos por esta mesma paciência, muitas vezes não a estendemos ao nosso irmão. Pior ainda, ficamos irados com Deus por fazê-lo. Nos ofendemos com a ideia de perdoar setenta vezes sete e termos de aguardar o juízo eterno de Deus. Ainda que seja justamente esta misericórdia, que se renova a cada manhã, a causa de não sermos consumidos. 

Quantas vezes agimos como Jonas, que mesmo experimentando da paciência de Deus para com a sua própria vida, se ira por Deus ter sido misericordioso com a cidade de Nínive? Assim, diante de sua queixa, Deus apenas responde: “Você acha que é razoável essa sua raiva?” (Jonas 4:1-4).

Com paciência esperamos

Que sejamos aqueles que serão encontrados esperando pacientemente a justiça perfeita do Senhor. Não nos distraindo com o mal presente nesta era, mas mantendo nossos olhos fixos na esperança. Alguns podem dizer que a espera é insuportável ou se perguntar “até quando?” e querer fazer justiça pelas próprias mãos. Mas o Espírito Santo nos capacita a perseverar e aguardar pacientemente a volta do nosso Senhor, sabendo que há uma data marcada para que Deus retribua toda a injustiça e cumpra a sua promessa.

E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo esforço dedicado até o fim, para a completa certeza da esperança, para que não vos torneis indiferentes, mas sejais imitadores dos que herdam as promessas por meio da fé e da paciência.” (Hebreus 6:11-12)

 

Para continuar lendo a série sobre o fruto do Espírito, clique aqui.

O amor é a maior de todas as virtudes. Pois afinal, todas as outras características do Fruto do Espírito estão de alguma forma ligadas a esse atributo. No livro de Gálatas podemos ler que o Fruto do Espírito é conhecido: “amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas virtudes não há Lei.” (Gálatas 5.22-23). As obras da carne, porém, são opostas ao Fruto do Espírito.

“Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatrias e feitiçarias; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e tudo quanto se pareça com essas perversidades, contra as quais vos advirto, como já vos preveni antes: os que as praticam não herdarão o Reino de Deus!” Gálatas 5.19-21.

A comunhão com Deus e o conhecimento da Palavra nos ensinam como devemos viver, mas é o próprio Espírito que libera o fruto sobre cada um de nós. Por exemplo: sabemos que sem o amor, nenhuma de nossas ações são válidas por mais nobre que elas possam parecer. Então, como podemos amar de forma verdadeira como Jesus nos ensinou a fazer? E como podemos cultivar o fruto do Espírito em nossas vidas?

Primeiro, precisamos conhecer a Palavra e o que ela diz sobre viver no Espírito ao invés de viver na carne. Sendo assim, investigaremos a respeito do amor e como podemos crescer nessa virtude.

O Amor na Bíblia

Na Bíblia existem diferentes termos grego para a palavra amor: Eros, Phileo, Storge e Ágape. Cada um deles é usado para representar algo específico. Vejamos:

O Amor Eros

Este é o sentimento que co-existe entre homem e mulher, descrito especialmente em Cânticos dos Cânticos. Evoca paixão e é exigente e até egoísta, sofre intensamente por ciúme. Eros é o termo grego para amor sensual e daí surgiu a palavra erótico. É passageiro e  sempre espera ser retribuído.

O Amor Phileo

Este é o amor fraternal, aquele que vem de amizades profundas e intensas como a amizade de Davi e Jônatas. Mas, também pode existir entre irmãos e entre pais e filhos. Não é exigente e representa muito bem a lealdade. Como por exemplo demonstrou Rute, que preferiu deixar seu próprio povo ao invés de abandonar sua sogra Noemi. Paulo, também sugere este tipo de amor em suas cartas sempre saudosas a seus amigos e irmãos das Igrejas que ele fundou.

Muitas palavras são derivadas deste termo grego, tais como: “Filadélfia (“fileo”, amor-amizade, e “adelfos”, irmãos) que significa “amor entre irmãos” ou “amizade fraternal; Teófilo (“Teos”, Deus, e “fileo”, amizade ou amigo) que quer dizer “amigo de Deus”; Filantropia (“fileo”, amizade, e “antropos”, homem) significa “amor humano”. Em suma, se você possui boas amizades, logo o que está em evidência é o amor “fileo”.” Fonte: CACP

O Amor Storge

É o que sustenta a harmonia familiar. É humilde e sacrificial. O sentimento e cuidado básico que os pais dão aos filhos e que a falta dele pode gerar traumas emocionais. É mais forte que a afeição. Um exemplo bíblico de relação familiar negativa nos é dado pelo rei Davi e seus filhos, principalmente no que tangia a revolta de Absalão para com seu pai Davi.

O Amor Ágape

Este é o amor de Deus, o mais sublime e intenso. É incomparável. Aquele que não pode ser explicado de forma simplista e que é difícil para a mente humana conceber, pois ele nos ensina até mesmo amar os nossos inimigos. Envolve compaixão e misericórdia. É incondicional, isto é, não espera nada em troca. É sobrenatural e eterno.

Todos os seres humanos têm inerentes a si os três amores, exceto o Ágape que apenas se manifesta quando nos tornamos morada de Deus e templo do Espírito Santo. Porém, este é o desafio de cada cristão, amar tal qual o Pai nos ama e assim como Jesus nos ensinou, de forma sublime, abnegada e sacrificial.

“Maridos, cada um de vós amai a vossa esposa, assim como Cristo amou a sua Igreja e sacrificou-se por ela,” Efésios 5.25

O amor próprio e o amor a Deus

O amor próprio é algo que nós cristãos geralmente temos a tendência de rejeitar, principalmente pelo medo de nos tornarmos pessoas egoístas. Mas, é bom lembrar que a medida de amor que devemos dar ao próximo é a mesma medida que devemos dar a nós mesmos. E acima de todos os nossos amores somos chamados para amar a Deus sobre todas as coisas.

“Asseverou-lhe Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua inteligência. Este é o primeiro e maior dos mandamentos. “O segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.” Mateus 22.37-39

O Ágape de Deus

Deus é amor, essa é Sua essência. Portanto, tudo que Ele fez e faz continuam a ser respaldado por essa emoção. Não há justiça de Deus sem amor. Desde a criação até a Eternidade toda a sua motivação em agir estará coberta pelo seu amor leal. Não há graça de Deus sem amor, e nem mesmo a sua ira virá sobre nós sem que seu amor também esteja presente. Ele amou tanto ao mundo que deu o seu filho Jesus para nos salvar.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16

Amando-nos uns aos outros

“O amor é o solo onde são cultivadas todas as demais virtudes espirituais.” Champlin

Se existe um desejo latente no coração do Pai é que possamos amar assim como Ele nos amou. Essa é a mensagem da Cruz impregnada em toda a Palavra de Gênesis a Apocalipse. Somos chamados a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Este é o primeiro e o segundo mandamento, e isso representa conhecer verdadeiramente a Deus.

“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porquanto Deus é amor.” 1 João 4.7-8

1° Coríntios 13 nos descreve que qualquer obra que façamos sem o amor será apenas como um sino barulhento. Não há sentido em servir sem o amor, em ajudar sem o amor, em orar sem o amor, ou fazer qualquer coisa por mera obrigação, culpa ou apenas dever. Além disso, essa é uma obra do Espírito:

“E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.” Romanos 5.5

Conclusão

A vida cristã é crescente. Pois, nem sempre nossa transformação ocorre de forma instantânea como bem gostaríamos que fosse. Para muitos cristãos fiéis, viver no Espírito é um processo contínuo que acontece todos os dias quando permanecemos firmados em Jesus. Nossa alegria está em saber que, à medida que temos comunhão com Ele, somos transformados de glória em glória.

“Mas todos nós, que com a face descoberta contemplamos, como por meio de um material espelhado, a glória do Senhor, conforme a sua imagem estamos sendo transformados com glória crescente, na mesma imagem que vem do Senhor, que é o Espírito.” 2 Coríntios 3.18

Então, sinta-se encorajado a prosseguir olhando para o alvo. E, assim como um pai orou pedindo que Jesus aumentasse sua fé a fim de ver sua filha curada, minha oração é para que Deus aumente em nós o Fruto do Espírito.

Alegro-me muito no Senhor, por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo, do qual na verdade estáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade. Não digo isso por sua causa de alguma necessidade, pois  já aprendi a estar satisfeito em todas as circunstâncias em que me encontre. Filipenses 4:10,11 

Nós, que cremos em Cristo Jesus, estamos sendo transformados pelo Espírito Santo em cada etapa da vida. Essa transformação gera em nós uma metanoia na forma como vemos e manifestamos características que fazem parte do Criador e que são compartilhadas conosco. 

Hoje gostaria de propor uma reflexão acerca de uma dessas características, o fruto do Espírito: alegria. Um sentimento que nos molda a uma vida em um estado de contentamento em toda e qualquer situação.

A Alegria que se manifesta no caos 

Talvez neste ano de 2020, muitos de nós tínhamos feito planos e planejamentos detalhados de como seriam nossos dias futuros. Entretanto, fomos surpreendidos pelo inesperado. E o que podemos aprender com o caos, que talvez tenha se tornado a  vida de muitos de nós, é que devemos sempre nos alegrar por tudo aquilo que o Senhor já construiu em nossas vidas. Por tudo que Ele realiza em cada dia que acordamos e abrimos os nossos olhos, e nos possibilita a estar com vigor para continuarmos a ser co-participante da história que Ele está escrevendo. 

Muito embora possam existir dias difíceis, na qual encontrar a alegria pode ser uma tarefa muito difícil, podemos trazer a nossa memória aquilo que nos dá esperança para sorrir e encontrar a paz que há no meio do caos.  

Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17,18

A Alegria que vem do alto 

O maior segredo que podemos encontrar em estarmos alegres em todos os momentos é descobrir que o único capaz de fornecer essa alegria é o Senhor e a Sua Palavra. Portanto os prazeres momentâneos e passageiros como bens materiais, casas, carros e tudo aquilo que de certa forma preenche o nosso coração, no lugar que deve ser somente dEle, não podem fornecer alegria eterna. Por isso, é necessário que estejamos com os olhos fixos naquele que nunca nos decepciona, que não muda e que nos ama. Ele deve ser suficiente para gerar alegria em nossos corações.

Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Salmos 34:5

A Alegria que gera esperança 

Onde há o amor verdadeiro haverá também a alegria. Ela não é passageira, é uma alegria que traz esperança e ansiedade pela volta do amado das nossas almas. Como uma noiva se preparando para casar, por mais que hajam dificuldades para que o grande dia se concretize de forma perfeita, ela em nenhum momento deixa de se alegrar. Pois ela sabe que o casamento acontecerá. Assim  também devemos ser, nos apegando a sua Palavra que nos diz que em breve Ele voltará para nos buscar, para o Grande Dia, e este deve ser o motivo suficiente para nos tornar alegres em todas as circunstâncias.

“Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar.E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. João 14:1-3

Enfim que possamos de fato nos alegrar mesmo em meio ao caos, sabendo que toda alegria que é gerada em nós vem do alto e nos traz esperança, para continuarmos a corrida que nos foi proposta. Meu convite hoje para todos nós, é que possamos colocar nossos corações no lugar onde Ele está, porque Ele nos ama e tem prazer em estar conosco. Minha oração é que possamos nos alegrar com este amor, que foi capaz de morrer por nós para que possamos viver um amor que transborda e que transforma nosso homem interior e alcança os que estão ao nosso redor .

O fruto do Espírito é a mudança em nosso caráter que ocorre por causa da obra do Espírito Santo em nós. Assim, quando falamos sobre domínio próprio (ou “temperança”), estamos falando sobre a capacidade de controlar a si mesmo por meio do Espírito Santo. Mas, isso envolve moderação, restrição e a capacidade de dizer “não” aos nossos desejos mais básicos e concupiscências carnais. Filipenses 2:13 diz que:

“é Deus quem está agindo em você, tanto para querer como para trabalhar para o seu agrado”. Tudo que há de bom em nós, é fruto da obra do Espírito em nossas vidas.

É importante ressaltar que o pecado ainda está presente até que nossa salvação seja completa. Mas o pecado não é mais soberano sobre nós, não está mais no comando. Pois as paixões e desejos foram crucificados por meio do sacrifício de Jesus.

“Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” Gálatas 5:24.

O conceito de domínio próprio

O próprio conceito de “domínio próprio” implica que existe ainda uma batalha entre um “eu dividido”. Isso implica que nosso “eu” ainda produz desejos que não devemos satisfazer, mas sim “controlar” ou “negar”. Todos os dias isso acontece, pois, nossa natureza caída ainda sofre influência do pecado (Romanos 6: 6). O mundo externo e os desejos internos ainda nos atacam (Romanos 7: 21-25). Logo, Jesus nos disse que devemos negar a nós mesmos, tomar nossa cruz diariamente e segui-lo (Lucas 9:23). Jesus também diz: “Esforce-se (lute) para entrar pela porta estreita” (Lucas 13:24). A palavra grega para “lutar” é agonizesthe, na qual você ouve corretamente a palavra “agonizar”.

A boa notícia é que isso é possível, pois Ele não nos deu esse mandamento e nos abandonou para fazermos isso por meio de nossas próprias forças. Na cruz, Ele deu um golpe mortal na paixão e no desejo pecaminoso e todos que estão em Cristo são nova criatura (II Cor. 5:17), são regenerados e têm o Espírito Santo. Afinal, é Ele quem nos capacita a viver essa realidade.

O poder do Espírito em nós

O Espírito Santo está incessantemente nos ajudando e nos fortalecendo para resistirmos ao pecado e gerando o fruto do domínio próprio em nossas vidas. Dessa forma, é dom, é fruto que vem do próprio Deus, mas nós ficamos diariamente diante da escolha entre satisfazer os desejos da carne ou viver pelo Espírito.

Como uma cidade vulnerável, devemos ter defesas. Os muros ao redor das cidades antigas foram projetados para impedir a entrada dos inimigos. Haviam juízes nos portões que determinavam quem deveria ter permissão para entrar e quem deveria permanecer do lado de fora. Assim, os guardas e os portões colocavam em prática essas ordens. Dessa forma, as cidades tinham o domínio de quem entrava e quem saia.

Por isso, nas nossas vidas também devemos ter defesas para impedir que “os inimigos entrem pelos portões”. Isso pode ser: evitar alguns relacionamentos, desenvolver comunhão profunda com irmãos que também amam ao Senhor, meditar na Palavra de Deus e orar.

O fato é que agora podemos andar pelo Espírito. Uma das provas da atuação de Deus em nossas vidas é a capacidade de controlar os nossos próprios pensamentos, palavras e ações. Podemos vencer a carne pois Ele venceu e nos capacita a vencermos. Podemos viver uma vida verdadeiramente justa, podemos e devemos.

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” Gálatas 5:25.

Segundo a Bíblia, caminhamos pelo Espírito

Deus matou a soberania da nossa carne e agora, caminhamos pelo Espírito, de acordo com Sua vontade e poder, conforme revelado nas Escrituras. Quando dizemos “não” pela fé no poder e prazer superior que há em Cristo, mesmo sendo difícil e doloroso, Cristo recebe a glória em nossas vidas nesse processo.

O Espírito nos instrui na preciosidade superior da graça, e capacitando-nos a ver e confiar tudo o que Deus é para nós em Jesus. “A graça de Deus apareceu. . . nos treinando para renunciar. . . paixões mundanas. . . na era presente” (Tito 2: 11-12).

O domínio próprio nos leva a deixar de lado a gratificação instantânea do mundo. O autocontrole é um dom que nos liberta de focarmos somente no hoje, na satisfação momentânea, e nos faz olhar para o futuro e para a plena satisfação que teremos em Cristo um dia. Ele restringe a condescendência com nossos desejos caídos e encontramos a liberdade de amar e viver como fomos destinados.

Quando realmente vemos e cremos no que Deus é para nós pela graça por meio de Jesus Cristo, o poder dos desejos pecaminosos é quebrado. Portanto, a luta pelo domínio próprio é uma luta pela fé.

“Combate o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna para a qual você foi chamado.” 1 Timóteo 6:12

Setembro amarelo. Chegamos ao mês de setembro e esse mês foi estipulado para prevenirmos e darmos uma maior atenção aos casos de suicídios que crescem a cada ano. É claro que isso não é apenas para tomar nossa atenção em um mês. Isso é sério e merece nossa atenção no nosso cotidiano. Quantos de nós conhecemos pessoas que estão dando sinais de querer desistir de suas vidas? Principalmente nesse ano de 2020 onde muitas pessoas perderam seus empregos, suas perspectivas e objetivos traçados. Suicídio é algo sério, precisamos estar atentos.

Segundo o site criado para falar sobre o tema setembro amarelo, cerca de 95% dos casos de suicídio ocorreram por motivos de depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias, ou seja, problemas de transtornos mentais. Nossa mente pode ser tão terrível a ponto de nos fazer desistir de viver. Será que era por isso que Paulo fala sobre o renovar de nosso mente?Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2

O fato é, em nosso dia a dia somos bombardeados de notícias ruins, falsas notícias inclusive, inúmeras mentiras entram em nossos ouvidos e mentes. Fora as nossas lutas e dificuldades que precisamos lidar diariamente e os muitos casos de abusos enfrentados. Como não sucumbir a tudo isso? Pois nossa mente está suscetível a esses ruídos diários, às muitas vozes que invadem nossos pensamentos e alcançam nossos desejos, medos e anseios. 

O processo do Espírito Santo em nós

A teologia reformada vai nos ajudar a entender sobre essas mudanças em nossa mente. Na queda da humanidade, onde os efeitos noéticos do pecado nos deixaram em um estado de prisão moral. A palavra noético, tem sua origem no grego nous, que é normalmente traduzido como “mente”. Logo, os efeitos noéticos são os efeitos da nossa mente, que são caídos, nossa própria capacidade de pensar foi gravemente enfraquecida pela queda humana. Toda nossa vontade humana está agora cativa aos desejos e impulsos maus do nosso coração. Dito isso, apenas para que possamos entender que não é por causa disso que agora não temos mais a capacidade de pensar corretamente. 

É claro que enquanto o pecado estiver em nós, nosso pensar não será perfeito. Mas o Espírito Santo está agora mesmo nos levando nessa jornada de amadurecimento e aperfeiçoamento espiritual, que culminará no retorno de Cristo, onde o Espírito Santo entregará uma igreja pura, santa e sem mácula. Nossa consumação final.

Aqui em nosso blog, temos feito uma série de escritos sobre o fruto do Espírito. Esse fruto, Paulo vai descrever em Gálatas 5, como sendo nove qualidades que são produzidas em nós por meio dessa ação que o Espírito Santo está operando naqueles que são guiados por Ele. Mas o quê tudo isso tem a ver com o setembro amarelo? Como conseguimos ajudar alguém, ou quem sabe, como eu consigo ajuda com esses problemas causados em minha mente?

Os mandamentos nos ajudam nessa jornada

 Jesus ao ser interrogado por um mestre da lei sobre a importância dos dez mandamentos, responde o seguinte: ”Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes“. Marcos 12:30-31. Ao cumprir os dois mandamentos, seremos rigorosos em nossas tentativas de treinar nossas mentes. Amando o Senhor com todo nosso coração, nossa alma e nossa força, mas também com toda nossa mente.

E quanto ao segundo mandamento? Ame o próximo, em outro momento Jesus foi questionado: Quem é o meu próximo? ( Lucas 10:29). E Jesus vai lhes contar a parábola do Bom Samaritano. Logo, seja você o bom samaritano, seja você o próximo de quem precisa de ajuda. E se voltarmos para o fruto do Espírito de Gálatas 5:22, vemos que ao praticarmos amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade e  mansidão, precisamos do próximo. Pois como praticá-los sozinho? Mesmo o domínio próprio é algo que preciso da ajuda do Espírito Santo. Essas qualidades, esse fruto não é produzido por nós mesmos, mas é obra do Espírito.

Recebendo e dando ajuda

Ora, mas onde isso nos leva, afinal de contas? Eu quis relacionar tudo isso para termos em mente duas coisas: se no caso de, você e eu estivermos passando por isso, ou se somos nós que vamos ajudar alguém perto de nós. Porque sim, depressão, transtorno bipolar e vícios são doenças e nenhum, isso mesmo, nenhum de nós está livre disso. Mesmo os cristãos passam por essas doenças. Eu e você temos agora mesmo nomes vindos em nossa mente, ou se não, nós mesmos já passamos por isso.

Mas se isso for algo que está enfrentando, te digo: procure ajuda agora mesmo. Como já mencionado, tentativa de suicídio por quaisquer motivo é sim, indícios de alguma doença séria por trás. Deus não nos criou para vivermos sós, precisamos de pessoas, precisamos nos relacionar, precisamos encontrar com quem dividir nossos fardos, sejam familiares, amigos, liderança, nossa comunidade de irmãos.

E se estamos identificando sinais de depressão, ou alguma atitude de afastamento por parte de alguém próximo a nós, precisamos ser o bom samaritano na vida dessa pessoa. Estar perto, amar essa pessoa, servir no que for necessário. Seja levando a um médico ou, sendo útil em quê precisar.

Fortalecendo nossa fé

Por muito tempo nós cristãos tratamos a depressão como pecado ou algo de errado na vida da pessoa que estava passando por isso. Agora precisamos entender que, como qualquer outra doença, todos estão sujeito a passar por isso. E sim, precisamos de tratamento médico, precisamos ajudar quem está passando por isso a identificar o que causou essa depressão. Não os deixando só, mas trazendo para perto, ajudando em sua fé, levando-o a participar dos cultos, das nossas reuniões em grupos, de nossos momentos de comunhão. E entender, que é por um período e que vai passar. Que esse mês do setembro amarelo traga consciência em nós da gravidade que são essas doenças.

Portanto, que possamos crescer no fruto do Espírito, que possamos crescer em amar a Deus com toda nossa força e mente, que possamos crescer em amar nosso próximo, servindo e trilhando essa jornada em comunhão. Como servos de Cristo, somos levamos por sua graça a restaurar ruínas desse mundo caído. Somos o povo da esperança, estamos anunciando a esse mundo um novo reino, o reino de Deus, por isso precisamos de uma nova mentalidade. E essa nova mentalidade, essa nova vida com Deus, nos salva de um modo de vida pessoal e nos leva a um fim corporativo.

Setembro Amarelo – Oração

Minha oração por você que está passando por isso é que Deus coloque as pessoas certas para te ajudar a identificar o motivo, a causa dessa depressão, sejam amigos, familiares ou se preciso for, até médicos capacitados a identificar o quê seu corpo está precisando nesse momento. Sabemos que vários fatores podem levar alguém a uma depressão, até mesmo falta de hormônios e vitaminas podem gerar uma depressão.

Então, que o Senhor te conduza nesse tempo e que você seja alicerçado na Palavra de Deus, ela é a verdade e o fundamento que te ajudarão quando maus pensamentos vierem. E entenda, isso é passageiro, pode demorar até o tratamento fazer efeito, mas é passageiro, esse período não te define.


“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” Colossenses 3.16

Você já se pegou sendo moldado em seu caráter por algum vício, hábito ruim, ou por algumas virtudes? É verdade que eles estão moldando a vida de cada indivíduo aos poucos.

É natural e muito mais fácil cultivar hábitos na vida sem pensar à respeito deles. Sem parar para refletir sobre eles, se estão sendo bons ou ruins; se agradam a Deus ou se não.

A vida está passando e a cada ano tem sido mais fácil se tornar mais ansioso, mais temeroso à respeito do futuro ou mais impaciente? Se algo na vida tem causado algum desespero aos filhos de Deus, é preciso parar e colocar esses desafios diante do Senhor como também, descobrir as respostas na Palavra.

O que a Bíblia adverte sobre cultivar vícios e virtudes?

Entendemos que as virtudes são qualidades que o Espírito Santo trabalha para imprimir naqueles que estão sendo transformados à semelhança de Cristo. Elas são inúmeras e podem ser demonstradas ao longo de toda a narrativa bíblica. Através de um Deus que se revela santo e que deseja formar um povo para si santo e irrepreensível, onde a adoração a Deus, as leis e essas virtudes serão escritas no coração dos homens.

Essas virtudes estão espalhadas em toda a Palavra de Deus, como por exemplo a sabedoria (em Eclesiastes e em Provérbios), a coragem (em Josué), a gratidão (principalmente em Filipenses), a justiça (nos Evangelhos), a humildade (na vida de Jesus) e, principalmente, os Frutos do Espírito (em Gálatas).

E os vícios são pecados e, que por desagradarem a Deus, não o glorificam como Deus, e, portanto, afastam os homens da comunhão com Ele. Eles também são descritos em toda a narrativa Bíblia tendo seu início em Gênesis com a queda de Adão e Eva.

Esses vícios são impurezas das quais todo ser humano é suscetível devido a sua natureza. As Escrituras advertem que o ponto crucial da relação entre a criação humana com o seu Criador é a comunhão com Deus, que direcionará a identidade dessas criaturas,  a fonte de todo sentido e a razão de se manter todas as virtudes.

E quais são alguns desses vícios? Por exemplo, a preguiça (descrita em Provérbios), o orgulho ou o egoísmo (descritos em várias porções das Escrituras), homicídios e roubos (descritos nos Dez mandamentos) e as obras da carne (descritas em Gálatas).

Cultivar virtudes para glorificar a Deus

Há uma diferença importante entre cultivar virtudes com o intuito de somente ser uma pessoa melhor, e viver de modo que glorifique a Deus. Entenda que Jesus mesmo diz que:  “bem aventurados os que choram, bem aventurados os pobres de espírito” (Mt 5:4). A diferença está em quem você adora.

Para os filhos de Deus, cultivar virtudes é caminhar na dependência do Espírito Santo e, antes de tudo, buscar conhecê-lo e adorá-lo. É primeiro maravilhar-se com Deus, para então maravilhar o mundo refletindo essas virtudes.

Além disso, antes de conquistar o mundo é preciso maravilhar-se com o único Deus verdadeiro de atributos infinitos.  Ademais, é ter em mente que as virtudes a serem impressas nos corações de carne refletem quem Ele é, e quem ele deseja que esses sejam.

Cristo, o mais virtuoso e sem pecado, o que o motivou a obedecer até a morte? Glorificar o Pai. No momento em que suou sangue, ele renovou o voto de entrega e submissão ao Pai. E por este mesmo motivo, o cristão é transformado pelo poder do Espírito Santo para glorificar cada vez mais o Pai.

A felicidade do mundo produz uma vida adequada e centrada em si mesmo, sem pretensões nenhuma de glorificar ou reconhecer a glória a Deus. Os cristãos não, uma vez que fazem parte de uma grande história sendo dirigida por Deus, desde há muito tempo, aguardam a volta de Cristo. Por isto, buscam ser aperfeiçoados!

Deste modo, o cristão precisa se lembrar que Jesus estabeleceu a centralidade de suas vidas e reordenou os seus amores. Por isso, a gestão de habilidades, do tempo e da capacidade de exercitar virtudes são decorrentes desta comunhão com Deus. Esta comunhão é a força motriz de se tornar uma pessoa melhor e mais feliz.

 Qual a raiz de todas as virtudes?

Pensar sobre virtudes sem mencionar o que as impulsionam, não tem sentido.  E diferente de todas as respostas de filósofos ao longo da história, o apóstolo Paulo respondeu com clareza esta pergunta. Ele afirmou que sem amor os sacrifícios mais nobres, as atitudes mais bonitas, não valeriam de nada. Porque o amor é a fonte de todas as virtudes.

Segundo o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13:

“O amor é paciente

O amor não é invejoso

O amor não se orgulha

O amor é benigno

O amor não se porta com indecência

O amor não busca os próprios interesses

O amor não se enfurece

O amor não guarda ressentimento do mal

O amor não se alegra com a injustiça

Mas o amor se alegra com a verdade

O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Assim, todas as virtudes estão reunidas em um só lugar e de lá todas elas partem, uma vez que do coração procedem as fontes da vida (Provérbios 4:23).

Então, amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento é o destino de todo cristão. Razão pela qual mais facilmente a mente, as emoções e as paixões do coração serão submetidas a Deus em comunhão e serão transformadas segundo sua vontade.

Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele. – John Piper

A comunhão com Deus precisa ser central na vida do cristão, porque este vive para ter relacionamento com Ele!

Moldando a rotina para moldar a mente

Para mudar os vícios e transformá-los em virtudes, segundo a Palavra de Deus, é necessário interferir essencialmente na rotina. Isto é, mudar a rotina é o meio mais efetivo de priorizar na mente e estabelecer no coração a comunhão com Deus.

Desse modo, isto moldará as prioridades de sua agenda de forma que eduque a sua mente e o seu corpo a se submeterem ao Senhor, como um culto racional a Deus, oferecendo-os como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 121:2).

Neste caso, as disciplinas espirituais fortalecerão o seu coração no lugar certo e o ajudaram a descansar em Deus quando as preocupações surgirem.  Ao invés de ser movido pela pressa, medo e por todos os outros vícios, a comunhão com Deus firmará os pés em rochas que não se abalam e produzirá em você mais da vida de Cristo.

Pensar no futuro muitas vezes pode ser desafiador. A falta de controle, medo de frustração ou dificuldade em escolher entre muitas opções, são problemas que todos nós enfrentamos. Mas, apesar disso, podemos encontrar conforto na Palavra, que é lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho e permitir que, através da oração, nossa visão seja transformada.
Quando oramos a bíblia, mostramos ao nosso próprio coração qual é a verdade. Podemos substituir dúvidas e ansiedade por uma fé fortalecida no conhecimento daquele é que o nosso refúgio.
Tenho pensado muito sobre o futuro esses dias, e as dificuldades que tenho encontrado me inspiraram a fazer essa lista de dicas.

O que orar?

Aqui vão seis pontos para orarmos, quando falamos com Deus a respeito do nosso futuro:

| Confiança
Ore declarando sua confiança naquele que sustenta tudo pelo poder da Sua palavra (Hebreus 1:3) e lembrando a Si mesmo que Dele vem a sua esperança (Sl 62:5)

| Planos
Ore buscando sensibilidade para compreender os planos que o Espírito Santo tem colocado no seu coração e discernimento em relação a vontade que Ele opera. (Filipenses 2:13)

| Sabedoria
Peça por sabedoria para planejar os próximos passos (Pv. 2:6-8)

| Coragem
Ore para que o medo de mudanças ou o medo da frustração não te parem, lembre seu coração de que Ele não te deu um espírito de covardia! (2 Timóteo 1:7)

| Paz
Ore lançando sobre Ele toda ansiedade, agradecendo por tudo o que Ele já fez e peça pela paz que excede todo entendimento, pois você não precisa estar ansioso. (Filipenses 4:6)

| Olhos fixos no eterno
Ore para que seu coração sempre esteja conectado ao que é eterno, que independente dos seus planos, seus olhos estejam fixos em Jesus (Hebreus 12:2) e você encontre sempre o seu prazer Nele (Salmos 37:4)

Conhecendo o Autor da História

Em Sua palavra, o Senhor deixa claro que tem planos de paz para nós (Jeremias 29:11), que não devemos estar ansiosos (Filipenses 4:6) nem preocupados com o amanhã (Mateus 6:34), e também nos aconselha a planejarmos bem as coisas (Lucas 14:28-30), prestarmos atenção no caminho que estamos seguindo (Provérbios 4:26), sermos disciplinados  e abandonarmos a preguiça de vez (Provérbios 6:6). Ele nos dá toda a instrução que precisamos para que o futuro não seja assustador.

Pensar sobre o futuro é importante e pode ser desafiador. Porém pode também ser um processo de conhecer aquele que está escrevendo a nossa história. Um tempo para crescer na habilidade de descansar em Deus e no entendimento que o nosso futuro é apenas uma pequena parte de uma história maior que está sendo escrita, sobre um Rei que logo vem para reinar em justiça!