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Tocados por Jesus através de mim

Perspectiva Eterna

“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor…(Ef 3:14-19)

A oração de Paulo aos efésios nos revela algo extraordinário acerca do conhecimento do amor como chave para uma vida de plenitude. Não somente um conhecimento intelectual, mas uma experiência que atinge o espírito e as profundezas do nosso homem interior. Nesse capítulo, Paulo fala a respeito do mistério que estava oculto para as outras gerações, mas que aos profetas e apóstolos fora revelado, qual seja, os gentios serem participantes das promessas do Evangelho (Ef 3:5-6).

E pelas razões expostas acerca desse mistério revelado, Paulo como aquele que fora designado a ser apóstolo para os gentios, começa a orar (a partir do verso 14), se colocando de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome... O pedido inicial é por um fortalecimento no homem interior com poder pelo Espírito Santo, afim de que arraigados e fundamentados em amor, e em comunhão com todos os Santos, compreenderem e conhecerem as dimensões desse amor que excede todo o entendimento, resultando em um preenchimento pela plenitude de Deus (v.19).

Ao introduzir a oração, Paulo coloca a Igreja em uma compreensão familiar ao dizer que se prostrava “perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, de quem toda família no Céu e na Terra toma o Nome”. É na comunidade dos santos que o amor é revelado, para que por meio da família de Deus – por meio da Igreja – a multiforme sabedoria de Deus inunde toda a terra. Precisamos de filhos de Deus que se coloquem diante do Pai em favor da família de Deus a fim de que sejamos preenchidos pelo amor. Essa vivência vibrante do amor tendo permeado primeiramente a Igreja, posteriormente também permeará os povos.

As pessoas na sua grande maioria estão confusas e sem direção e o amor é o norte que elas precisam. Muitos daqueles que ainda não conhecem a Jesus Cristo, não sabem que Ele é a personificação do Amor; e muitos outros que dizem conhecê-lo, não foram ainda alcançados genuinamente por essa revelação. Conhecer a Cristo é Conhecer o AMOR.

Amá-lo é conhecê-lo; conhecê-lo é experimentá-lo. E a experiência com Jesus é a única que pode preencher o homem plenamente. Ele conhece os vazios do coração humano e sabe exatamente como preenche-los.

O fascinante é que quanto mais somos tocados por esse amor muito mais queremos tocá-lo, pois suas medidas (largura, altura, comprimento e profundidade) são infinitas. Todavia, eu entendo que estamos no tempo de prover a experiência daqueles que querem ser tocados pelo AMOR e tocarem no AMOR, e eles podem fazê-lo através de nós. Amados, muito mais que palavras, muito mais que uma bela pregação ou canção, precisamos amar as pessoas como Jesus as ama. As pessoas precisam olhar para nós e lerem O AMOR em nós, assim como era com o nosso Senhor. A entrega mais extraordinária já noticiada teve sua razão fundada no AMOR (Jo 3:16). O AMOR DEU O AMOR PARA QUE TODOS PUDESSEM AMAR E SER AMADOS ETERNAMENTE.

O melhor que podamos dar a essa geração é o AMOR. Um ato de AMOR nunca passará desapercebido. O que é feito em amor e por amor ecoa na eternidade. E que Àquele que é poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos, possa realizar bem todas as coisas que estão no seu coração por meio do poder – o AMOR – que ele escolheu que operasse por meio de cada um de nós.

Você já se perguntou, por que Jesus é chamado de verbo? Essa pergunta é muito importante para conhecermos características preciosas do Salvador!

Ao meditar sobre o motivo da comparação entre Cristo e a palavra (Ele sendo o próprio Verbo), a princípio parecia-me que desta maneira Deus queria nos mostrar  sutileza. A “poesia”, digamos assim, existente na caminhada de fé.

Surpreendentemente os resultados dessas questões foram uma sequência de informações que me levaram a compreender a urgência de uma postura cristã que balançasse meu coração e me fizesse ser radical em amar à Deus! Em buscar viver sob a influência de uma profunda revelação das escrituras e do Espírito Santo que é o próprio testemunho do Verbo que se fez carne.

“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle e, sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. JOÃO 1: 1-4

Não existe nada mais poderoso do que o Verbo presente desde o princípio. Não existe sutileza nas descrições deste verbo tão poderoso!

É a Palavra que continua movendo paz e guerra ao longo da história. O verbo apazigua, mas também confronta.   A palavra revela nossos corações, ela dá forma. A Palavra desvela imagens, nos permitiu compreender a imagem do Deus invisível. O verbo estabeleceu uma ponte e reconciliou o irreconciliável: Deus e os homens!

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Efésios 2:14-16

Jesus enquanto a Palavra, deu forma à beleza dos céus, ele veio para escrever em nossos corações as frases da eternidade. Ele escreveu na história o registro do amor!

De gênesis a apocalipse Ele simplesmente é e a cada nova frase Ele continua sendo,  criando, para sempre. Ele revelou a paz de forma violenta ao pronunciar e agir sobre a criação. Ao gritar o “está consumado” que mudou o século dos séculos. É Ele quem falou e fala sem nem sequer usar palavras, com o silêncio de Sua presença, com o fogo em Seus olhos. Quando O vemos os textos e versos mais comoventes da história são revelados: o amor sincero e verdadeiro que não foi manifesto somente na cruz, mas no convite ao casamento eterno.

Durante nossa jornada, nossa fé e amor por Jesus serão provados. Nesses momentos nos encontraremos com o que o apóstolo Paulo chamaria de tribulação, quando o que é visível tenta minar nossa fé.                                        Nós realmente sabemos que precisamos crer que Deus é infinitamente maior, porém como acreditar no que é invisível quando há evidências expostas em nossa casa, entre nossa família ou até mesmo em nosso próprio corpo, tentando dizer o contrário?

Em tempos como esses, perguntas borbulham em nossas mentes, o medo vem de repente como em uma guerra lutando contra nossa fé.

Temos, porém, o registro de homens e mulheres que viveram muito antes de nós e também passaram por momentos assim. O livro de hebreus está cheio de histórias de pessoas que creram e permaneceram firmes na palavra do Senhor apesar de todas as circunstâncias. Acredito que é a esse lugar que Jesus está nos convidando a ir quando essas tribulações vêm sobre nós, nos chamando a uma fé mais profunda onde nosso nível de confiança no amor Dele por nós cresce.

Nessas estações, somos purificados assim como ouro para que prevaleça o que é eterno: Sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; (I Pe 1:6b-7)

Talvez não pareça agora, mas todas as coisas estão cooperando para o bem. Ele está nos liderando como um bom pastor, e ainda que passemos pelo vale da sombra e da morte Ele estará conosco, o zelo Dele nos protegerá. Deus tem um bom plano, os pensamentos Dele são de paz e não de mal. O vale não é nosso lugar, mas ele faz parte do caminho às águas tranquilas e pastos verdejantes.

Acredito que Daniel sentiu medo ao saber que seria lançado na cova dos leões, mas isso não o impediu de manter seu relacionamento com Deus no lugar de oração. O que dizer de Sadraque, Mesaque e Abdnego? Como você se sentiria sabendo que seria lançado em uma fornalha? E como se já não fosse suficiente por si só, ela ainda seria aquecida sete vezes mais. Provavelmente esses homens sentiram medo. Isso, porém, não os fez se dobrarem diante de uma circunstância. Eles passaram por tribulação, mas permaneceram fiéis, a atitude deles mostrou a fé pelas obras. Porque assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta (Tg 2:26).

Vejam, coragem não é ausência de medo, mas é não permitir que o medo paralise e dite o que devemos fazer, é não viver segundo as circunstâncias pois isso gera inconstância. Porém a casa alicerçada sobre a rocha não se abala quando vem a enchente ( Lc 6:48).

Deus tem um plano! Sadraque, Mesaque e Abdenego não sabiam que o próprio Jesus andaria com eles na fornalha, Daniel não sabia que Deus enviaria anjos para fechar a boca dos leões, eles apenas confiaram em Deus e permaneceram fieis. Deixe que a palavra descrita por Isaías encha o seu coração de esperança e fé hoje: Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. (Is 43:2)

Deus já tem um plano para você e para mim. Não tomemos a liderança de nossas vidas, mas deixemos Ele nos liderar. Ainda que não entendamos por um momento, podemos confiar que Ele está produzindo ouro em nós, expandindo nossa fé e capacidade de confiança. Jó conheceu o poder de Deus de forma extraordinária por meio de seu sofrimento. Deus não faz nada sem um propósito. Apenas confie Nele e você não será decepcionado.

 

 

 

 

Os céus governam sobre a Terra! Essa verdade foi entendida pelo Rei Nabucodonosor no auge da sua soberania e força. Ele fora visitado pelo Senhor através de um sonho sobrenatural, e recebeu de Daniel a real interpretação daquela visão. E o decreto Celestial era: “Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”.( Dn 4:25). Ao final dessa experiência de humilhação, o Rei entendera que os céus possuem o governo, e que o Senhor é soberano sobre todas as coisas.

O entendimento bíblico advoga que o governo do universo está nas mãos do nosso Senhor, e a admissão dessa verdade deveria trazer ao nosso coração um estado de paz que transcende as circunstâncias ao nosso redor. Compete a nós, uma vez envolvidos nessa realidade, não mais termos o coração dobre e manifestar inconstância em nossos caminhos, não sermos mais definidos pelo humor dos momentos transitórios, porque o nosso Deus é Soberano sobre todas as coisas.

Todas as coisas são sustentadas pela palavra do Seu poder (Hb 1:3), e se alguém recebe algo na terra, necessariamente o que foi recebido foi dado pelo céu (Jo 3:27). Ele é o “Pai das Luzes a quem pertence toda boa dádiva e todo dom perfeito, em quem não há mudança e nem sobra de variação” (Tg 1:17).

E a boa notícia, especialmente a nós os que estamos em Cristo, é que o Pai ama o Filho e entregou todas as coisas em suas mãos (Jo 3:35), e em Jesus Cristo, o Pai também nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões CELESTIAIS (Ef 1:3).

Enquanto tento dar coesão às minhas impressões em relação ao exposto acima, surge em meu homem interior um misto de uma tenra satisfação mesclado a um vivo arrependimento.  A tenra satisfação eu atribuo à convicção do amor do Pai por mim, em ter decidido me amar na mesma medida que amou o Seu Filho primogênito e compartilhar comigo gratuitamente, mediante a fé, todas as suas riquezas em glória. O vivo arrependimento traduz-se nos inúmeros momentos do meu dia-a-dia, em que deixo as ondas inconstantes da minha alma me entristecer e me fragilizar, impondo descrédito às verdades de Deus a mim atribuídas.

Diante das evidências da nossa tão acentuada fraqueza, visto que somos uma poeirinha no universo, e ainda assim, depois de ter nos dado todas as coisas temos também o privilégio de confiar na graça e na misericórdia de Deus, traduzida de maneira excelente no nosso sumo sacerdote Jesus Cristo, que se compadece das nossas fraquezas. Que à nossa semelhança entendeu a fragilidade da nossa carne, porém sem pecado, e por meio Dele podemos entrar confiadamente no trono da graça, para que recebamos misericórdia e encontremos graça, a fim de que possamos ser socorridos em momento oportuno (Hb 4:15-16).

Ainda que por alguns instantes se perca em nosso entendimento quem somos, o que possuímos e para onde de fato vamos, ou seja: a esperança da glória, a esperança da ressurreição, a esperança de um reino eterno e justo, uma vida em abundância no hoje. A verdade acerca da liderança dos céus sobre a terra é imutável e imprescritível, como também é o que Ele prometeu que faria ao nosso respeito: De que um dia seremos como Ele e teremos a mente Dele e isso nos fará entender em plenitude quem Ele é, quem nós somos e o que possuímos.

Enquanto isso, vamos superando os tempos e as estações e passando pelos processos com o Senhor até que essa redenção plena aconteça. Mas desde já proclamamos, em fraqueza e em força, em amor e em temor, os céus governam hoje  e governarão também amanhã e também depois de amanhã e assim sucessivamente até o Sempre. Os Céus governam, e aconteça o que acontecer decidimos descansar nessa verdade mesmo em fraqueza. Decidimos descansar na proa do barco. Decidimos descansar no colo do nosso Aba. Vivendo tudo aquilo que nos foi dado na medida daquilo que Ele nos concede viver nesse lado da eternidade, esperando pelo dia em que tudo será plenamente revelado e plenamente desfrutado por todos nós.

Acredito que todos nos esperamos por um romper em nossas vidas. Aguardamos ansiosamente quando receberemos o que tem sido motivo de nossas orações ao longo de dias, meses e até mesmo anos.

Vamos olhar por um instante para a vida de Ana, ela não tinha filhos, o que já era uma humilhação para as mulheres de Israel naquele tempo, porém ela não sofria somente por sua cultura. Seu marido Eucana tinha outra esposa chamada Penina, e essa tinha filhos, por isso “costumava menospreza-la provocando-a excessivamente para a irritar, visto que o Senhor lhe havia cerrado a madre” (I Sm 1:6).

Então, um dia Ana entra no templo e começa a orar, vejamos como a oração é descrita: “Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente…E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o Senhor, Eli observou sua boca. Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada. Porém Ana respondeu: Não, Senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado minha alma perante o Senhor”. (I Sm 1:10,12,13,15).

Naquele mesmo dia o Senhor ouviu a oração de Ana e algum tempo depois ela concebeu e deu à luz um filho, e o seu romper impactou a toda nação. O ventre dessa mulher gerou um dos maiores profetas que Israel já conheceu. Todo processo de espera e dor de Ana trouxeram a ela muito além do que ela poderia imaginar. Samuel não foi apenas um líder importante na história do povo judeu, ele também foi o primogênito entre seus irmãos, pois o Senhor abençoou a Ana, e ela concebeu e deu à luz a mais três filhos e duas filhas (I Sm 2:21).

O que dizer também a respeito de Jesus ao ser levado pelo Espírito ao deserto? Após ter jejuado quarenta dias e quarenta noites ele teve fome (Mt 4:2), e foi nesse momento de vulnerabilidade que o diabo propôs que Ele transformasse pedras em pães, mas Jesus permaneceu fiel e abraçou o processo. E depois de ter vencido, os anjos vieram e O serviram.

Se há algo que eu tenho aprendido sobre Deus, é que ele não vai nos dar um “brinquedinho” para esquecermos nossas dores, na verdade, Ele irá remover todas as distrações.  Seremos levados ao deserto e ali enfrentaremos nossos gigantes, seja medo, rejeição, orgulho…Todas as coisas com as quais precisamos lidar e vencer para alcançarmos o romper. Ana precisou lidar com Penina, com a cultura e com sua própria alma. Jesus encarou o deserto até a última tentação, isso porque há um processo até que aconteça o romper, e ele é essencial para nos forjar. A boa notícia é que não estamos sozinhos, Deus estará conosco em todo o processo nos tornando fortes e maduros em amor. Pode não parecer agora, mas todas as coisas estão cooperando para o bem.

Havia um tempo marcado para o fim da tentação de Jesus, havia um tempo marcado para o fim da esterilidade de Ana. O final desse tempo marcava o início de um romper não apenas para Ana, mas também para Israel. O fim da tentação de Jesus marcou o início do romper para o seu ministério e a manifestação do Reino do céu na terra.

Acredite, o fim do seu tempo de espera marcará o início de um romper que vai além de você mesmo, porque o Deus em que você tem esperado é capaz de fazer infinitamente mais além do que pedimos ou pensamos. Ele te fará forte e maduro no Seu amor e então virá o romper.

  O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada) O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. (I Jo 1:1-4).

Mais do que saber acerca do evangelho, temos sido convidados nos últimos dias a anunciar aquilo que temos VISTO, OUVIDO, CONTEMPLADO, TOCADO a respeito Daquele que é a razão central do evangelho.

Considerando que foi João quem escreveu essas palavras, eu entro em êxtase quando me ponho a imaginar em algumas das cenas que o próprio João relatou acerca dos momentos em que esteve com o Senhor Jesus Cristo; João O viu sendo batizado por João Batista no Jordão, a humildade do mestre em cumprir com todas as ordenanças (Jo 1:32-34); João viu a conversa de Jesus com Nicodemos às escuras, onde o mestre esclareceu que o acesso ao Reino é o novo nascimento (Jo 3); ele ouviu o diálogo com a mulher de Samaria, onde Jesus esbanjou amor, sabedoria e compaixão e por meio de uma mulher improvável alcançou uma cidade (Jo 4); João viu quando a mulher pega em adultério foi livre do apedrejamento por meio de apenas uma pergunta do Senhor Jesus, que ao interferir no julgamento, a curou da culpa e da condenação liberando-a para um novo destino (Jo 8). João ouviu as batidas do coração do Senhor Jesus (Jo 13:25); ele ouviu e registrou o maior diálogo registrado entre o Pai e o Filho conhecida como a oração sacerdotal (Jo 17). Esse discípulo foi o único a permanecer enquanto o mestre estava sendo crucificado, e como era o discípulo a quem Jesus amava, teve por parte do Seu Mestre a outorga da autoridade de, a partir daquele dia, cuidar de sua mãe Maria (Jo 19:26-27); João ainda concluiu que nem todos os livros do mundo seriam suficientes para escrever tudo que viu o Senhor Jesus realizar (Jo 21:25).   

João faz referência a pré-existência e divindade de Jesus, pois conforme dizem os historiadores, essa carta foi escrita provavelmente na velhice do apóstolo do amor, entre 85-95 D.C¹, para exortar os irmãos que estavam na região da Ásia Menor ao evangelho em que Cristo é o centro. Ele diz: “Aquilo que nós vimos, ouvimos, contemplamos, o que nossas mãos apalparam a respeito do Verbo da Vida, a respeito daquele que era desde a eternidade, a respeito da vida eterna que estava com o Pai. “Eu, João vos anuncio o que experimentei; o que toquei, o que vi a respeito do Cordeiro Santo, e por meio desse anúncio  creio que haverá comunhão entre nós.” E mais, João diz: “Eu escrevo isso para que a alegria de vocês seja completa.” Amados, acredito que a carta que João escreveu quase dois mil anos atrás destinada àqueles irmãos, com o propósito de os exortarem a crerem na infalível revelação do DEUS HOMEM, é a carta que a igreja dessa geração envia aos irmãos que estão enfraquecidos na fé, e por que não dizer também aos que ainda não conhecem o Desejado das nações. Nós somos a continuidade da igreja apostólica do primeiro século e  nosso anúncio deve transcender a intelectualidade da fé. Hoje anunciamos o que VEMOS, O QUE OUVIMOS E O QUE TEMOS CONTEMPLADO A RESPEITO DO VERBO DA VIDA. Sim, esse é o nosso anúncio; essa é a nossa confissão de esperança; essa é a nossa liturgia; essa é a nossa devoção; essa é a nossa fascinação; temos anunciado a respeito daquilo que temos vivido com ELE; e isso gerará comunhão e plenitude de alegria.

Amados, os versos descritos nessa reflexão tem sido como chama ardente dentro do meu coração, tanto pela realidade profética que temos vivido a respeito de um aumento do testemunho de Jesus Cristo na Igreja, como pela esperança que esse testemunho seja ainda mais evidenciado por sinais e maravilhas, demonstrações extravagantes de amor e compaixão pelos perdidos. Renuncie um evangelho erigido apenas na inteligência ou racionalismo da fé. Sim, seja um erudito da fé. Antes porém, seja um erudito do amor. Uma erudição que transcende o discurso eloquente e alcança o coração das pessoas, que cure a incredulidade e que rompa os grilhões do medo e do abandono. Esses versos são uma absoluta e plena CONVOCAÇÃO para essa geração. Anunciaremos o que temos VISTO, OUVIDO, CONTEMPLADO, APALPADO A RESPEITO DO VERBO DA VIDA, DO DESEJADO DAS NAÇÕES.

Nossos rostos brilharão, nossas mãos estarão erguidas, nosso coração será fortalecido contra a ofensa. Seremos como Estevão, o diácono que foi recebido pelo Cristo com honras na eternidade por ter permanecido com o olhar angelical enquanto estava sendo apedrejado pelos seus carrascos. Mais do que revelar o JESUS QUE  conhecemos, é hora de REVELAR O JESUS que EXPERIMENTAMOS.

 

¹ Bíblia de estudo Palavra-Chave Hebraico e Grego

2º Edição; 2º reimpr.  de Janeiro: CPAD, 2011

Texto bíblico: Almeida Revista e Corrigida – 4º edição 2009 – Sociedade bíblica do Brasil

Deus é o Senhor do tempo, Ele é aquele que nos ouve e nos responde no momento oportuno. Muitas coisas das quais tornamos conhecidas ao Senhor por meio da oração são prontamente atendidas, outras porém, aguardamos um pouco mais, aguardamos pelo de repente de Deus.

Vamos entender isso melhor a partir da descrição que Lucas faz sobre a igreja primitiva. Após a ressurreição de Jesus os discípulos receberam uma ordem e uma promessa: Permanecerem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24:49) . Os discípulos passaram a se reunir dia após dia aguardando o cumprimento da promessa que haviam recebido do mestre. Acontece então, que um dia, em uma reunião de oração de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem
(At 2:2-4).

O mesmo acontece com Ana e Simeão, ambos aguardavam com grande expectativa a chegada do Salvador de Israel. Ana ficara viúva ainda em sua mocidade e desde então decidiu dedicar todos os seus dias ao Senhor, ela não se afastava do templo cultuando a Deus dia a noite com jejuns e orações. Até que um dia, não um dia qualquer mas o dia do de repente de Deus, Jesus é levado ao templo por seus pais e Ana tem um encontro com a recompensa de sua permanência. Seus olhos agora estão contemplando o Messias que fora tão aguardado e a respeito de quem os profetas falaram. De repente, o redentor está nos braços de Simeão, o mesmo que recebeu a promessa por meio do Espírito de que não morreria  antes de ver o Cristo da parte do Senhor.

Eles experimentaram uma alegria indizível, provaram a fidelidade de Deus. Cada dia de espera valeu a pena para Ana, Simeão e os discípulos. Nós sabemos que Jesus virá outra vez e aguardamos ansiosamente por esse dia, mas Ele nunca mais será visto como O viram Ana e Simeão. Toda a expectativa e peso de Israel estavam sobre ombros de uma pequena criança, e a medida que seus braços seguravam o redentor de Israel, seus olhos se encontravam com a inocência daquele que ainda descobriria tanto a respeito de Si mesmo. O que dizer dos discípulos que vivenciaram o evento histórico da descida do Espírito Santo profetizado por Joel mais ou menos 800 anos antes desse episódio. Se há algo precioso ser aprendido com esses é a persistência, ela é a chave de aceso para o de repente de Deus.

Se há uma promessa que meu coração aguarda com grande expectativa é o avivamento em nossa nação, quando homens e mulheres que tem permanecido no lugar de oração serão incendiados pelo fogo do Espírito e manifestarão o reino em todas as esferas da sociedade. Espero quando essas tochas acesas se levantarão transformando os lugares por onde passarem, dispostos a ir onde ninguém deseja ir  para proclamar a Verdade, não buscando sua própria glória mas a glória do Unigênito de Deus. Já ouvimos que o Brasil será um celeiro para as nações da terra e eu tenho aguardado em oração pelo de repente de Deus, despertando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, restaurando em nós o amor por Jesus.

E para aqueles que receberam a aguardam a promessa de Deus, eis uma notícia: Ela virá de repente os surpreenderá, porque Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?  (Nm 23:19). Para os que permanecem em oração um dia então, não será mais um simples dia, mas entrará para a história como o dia do de repente de Deus, onde Ele mostrará a Sua fidelidade àqueles que permaneceram fiéis.

Se há um dia que a noiva de Cristo anseia  é o dia do seu retorno, quando finalmente poderemos contemplar nosso Amado, desfrutar de sua presença que nunca mais será retirada e receber com Ele nossa recompensa.

Quando esse dia chegar, todas as coisas com as quais temos lidado e que parecem tão difíceis de serem vencidas se tornarão como nada. Os mais profundos vales que hoje atravessamos serão irrisórios diante da grandeza do seu esplendor e da glória que estaremos prestes a receber.

Creio que será nesse dia em que entenderemos porque Paulo preferiu usar as expressões: Leves e Momentâneas referindo-se as nossas tribulações, afinal não é o que se parecem agora, mas quando os nossos olhos contemplarem o peso da glória eterna, tudo que é momentâneo e passageiro se parecerá tão leve e sem significância.

A loucura da cruz exposta hoje em nossas palavras, ações, renúncias e escolhas tem custado um alto preço, a perda de amigos, família, forma de adquirir recursos, para alguns tem custado o próprio sangue. Mas naquele dia veremos que tudo isso valeu a pena, que se submeter em obediência ao Noivo era na verdade para o nosso próprio bem.

Veremos a recompensa pela entrega do nosso tempo, recursos, talentos, dons e principalmente do nosso coração a Cristo.

Ele virá estabelecerá justiça e governará em retidão. Ele cobrará o sangue dos seus santos, mortos por amor ao seu Nome, enxugará dos nossos olhos toda lágrima e removerá toda dor. Nunca mais haverá pranto pois as primeiras coisas terão passado.

Seremos governados por aquele que se fez sacrifício em nosso lugar, que entregou-se voluntariamente à morte para que sua noiva pudesse viver. O que é pleno Deus e pleno homem, o Cordeiro que venceu todas as coisas. O homem mais manso e humilde que a terra já conheceu, mas que possui maior poder e autoridade, esse será o nosso Rei.

Em meio a tanta corrupção e injustiça que a terra tem sofrido ao longo das gerações, onde os direitos da viúva e órfão são violados e o pobre é lesado, haverá um que governará com retidão, Ele não julgará segundo a aparência e nem demorará para fazer justiça.

A oração dos santos tem subido como incenso diante do sumo sacerdote, o supremo Intercessor e Ele virá e estabelecerá o seu Reino entre os homens e em seu governo haverá paz sem fim e nós, os que fomos resgatados por meio do seu sangue reinaremos com Ele.

O nosso coração queima por esse dia em que as taças serão cheias do clamor que a noiva eleva juntamente com o Espírito: Maranata, ora vem Senhor Jesus.

Vivemos em uma geração em que o descrédito é o meio publicitário mais utilizado para atrair a atenção dos telespectadores. Especificamente em nossa nação, a carência de referenciais é latente. As pessoas, de modo geral, estão encarceradas na crônica dificuldade de confiar umas nas outras. As instituições públicas estão em processo de decadência. E até no meio Cristão temos presenciado alguns escândalos sem precedentes.

Porém em meio a todo esse caos, o Senhor tem levantado uma geração remanescente que tem escolhido caminhar na via oposta, declarando que existe UM HOMEM que ao decorrer de toda a história nunca mudou, e nunca mudará, permanece o mesmo hoje e eternamente (Hb 13:8), e que os Céus cantam sua dignidade (Ap 5:13).

Nós sabemos que esse homem se Chama Jesus, e que Ele é o Cristo, e que esse remanescente somos nós, que fomos resgatados do império das trevas e transportados para o Seu Reino de Amor.

Porém um alerta é necessário de ser ecoado: não adiantará proclamarmos a mensagem da Cruz em nossas pregações e canções se de fato a mensagem que estamos expressando não está alinhada com aquilo que está sendo desenvolvido em nossa jornada. Todos estamos cansados de performances e representações.

Mais do que apenas termos uma mensagem é hora de ousadamente SERMOS A MENSAGEM. Definitivamente, você e eu somos a mensagem que o mundo quer ler e encontrar amor, fé, esperança, justiça e retidão. Já foi dito pelo apóstolo Paulo que nós somos a carta viva, escrita não com tinta mas com o Espírito do Deus vivo. (2 Co 3:3).

O povo que se chama Cristão (pequenos cristos) ainda é o farol da humanidade; nenhum outro povo tem uma mensagem de esperança para o universo; a Cruz continua sendo a bússola mais precisa para orientar os homens; podemos até dizer que não temos nem ouro e nem prata mas o que temos é suficiente para curar a paralisia moral da nossa geração.

O próprio Senhor Jesus em um dado momento chegou aos discípulos e descreveu a maneira pela qual eles deveriam o seguir: eles deveriam comer de sua carne e beber do seu sangue (Jo 6:56). Eu creio que a nossa geração assumirá uma postura apostólica que poderá dizer: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo. Creio numa geração que conhecerá mais as marcas de Cristo do que as marcas do modismo.

Leiam-nos e verão Jesus! Leiam nos e verão a Cruz! Leiam nos e verão um povo que faz guerra com as armas do AMOR, DA GRAÇA, DA MISERICÓRDIA E DA COMPAIXÃO!

Que se levantem àqueles que serão segundo o coração de Deus; que se levante àqueles que sua presença em um ambiente já será o suficiente para exalar o bom perfume de Cristo! Que se manifestem àqueles que são os luzeiros dessa geração. A criação está esperando por vocês! Ela está esperando por nós!

Muitas vezes as situações difíceis que enfrentamos tornam turva nossa visão acerca da bondade de Deus. Temos certeza de sua presença nos momentos bons, porém dificilmente o percebemos nos maus dias.

Em alguns momentos, precisamos revisitar na história alguns nomes retratados na extraordinária galeria da fé. Homens como José, sobre o qual o autor do livro de hebreus descreveu: “Pela fé, José próximo do seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel do Egito e deu ordens relativas aos seus ossos” (Hb 11:22)

É de suma importância o conhecimento do propósito de José no Egito, para tanto é necessário lembrarmos onde tudo isso começou.  Jacó e seus filhos habitavam em Canaã durante a adolescência de José e é nessa mesma época, por volta dos dezessete anos que José teve um sonho e o contou aos seus irmãos: “Pois ele lhes disse: Peço-vos que ouçais esse sonho que tive: Estávamos atando feixes no campo, e o meu feixe levantou-se e ficou em pé; e os vossos feixes o rodeavam e se inclinavam perante o meu feixe. E os irmãos lhe responderam: Irá de fato reinar sobre nós? Irá mesmo nos dominar? Por isso o odiaram ainda mais, por causa dos sonhos e das palavras dele” (Gn 37:6-8)

Então, seus irmãos tomados de ira e inveja, na primeira oportunidade planejaram uma conspiração contra ele. José então é lançado em uma cisterna e só é tirado de lá para ser vendido como escravo por membros de sua própria família. Mas onde está Deus que havia dado os sonhos a José quando esse jovem rapaz foi vendido por seus irmãos? Ora, Deus estava em toda a história, moldando o caráter de José e o preparando à medida que ele era empurrado para o seu destino.

Podemos aprender muitas coisas com José, mas uma das características que mais se destacam é a fidelidade desse homem. Não sejamos ingênuos em pensar que em nenhum momento ele teve questionamentos, provavelmente tenha se perguntado se de fato Deus havia falado a ele em sonho ou se ele estava no lugar certo fazendo o que deveria fazer.  Isso lhe soa familiar?

Há algo que precisamos saber: Nossa fé e amor por Jesus serão provados à medida que caminhamos para o nosso destino.  Porém, tão essencial quanto é saber que a bondade de Deus irá nos cercar nessa jornada nos fortalecendo e de alguma forma nos fazendo lembrar que foi Ele quem falou conosco.

A bíblia nos ensina que o fim das coisas é melhor do que o começo delas. José foi bem sucedido, isso é o que nos mostra o final, e sua jornada define como e por que: Perseverança, obediência e fé. José permaneceu acreditando, mesmo quando tudo parecia não concordar com a promessa.

Deus está completamente comprometido com sua palavra. Ele não é homem para mentir e nem filho do homem para se arrepender. Por meio de José Deus livrou seu povo da fome que veio sobre aquele território e também sobre Canaã. Ele se tornou governador, o segundo homem mais importante do Egito. Vejamos o que lhe disse faraó em sua nomeação: “Depois o faraó disse a José: Eu te coloco no comando de toda terra do Egito. Então o Faraó tirou da mão o seu anel de selar, colocou-o na mão de José, vestiu o de traje de linho fino e lhe pôs uma corrente de ouro no pescoço. Além disso, ele o fez subir à sua segunda carruagem; e conclamavam diante dele: Ajoelhai-vos. Assim o faraó o colocou sobre toda a terra do Egito” (Gn 41:41-43). Não foi isso que Deus disse a José por meio de sonhos? Sim. Ele iria governar, inclusive sobre seus irmãos, e em momento algum Deus se esqueceu de sua palavra.

Provavelmente você, assim como José, recebeu uma palavra de Deus e os ventos tem soprado contrário. Eu quero te encorajar a permanecer em obediência e fé, persevere! Ainda não acabou. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Você conhecerá o amor do Senhor e sua bondade nessa incrível jornada.

Olhe para Ele e você ficará radiante; o seu rosto jamais mostrará frustração. Prove e veja que o Senhor é bom. É Ele quem dá força ao cansado e fortalece aquele que não tem vigor, Ele te sustentará enquanto você caminha. Há um propósito para o seu destino que é muito maior do que você pode imaginar. “A glória do Senhor será revelada sobre a sua vida e todos a verão, pois foi o Senhor quem falou. (Is. 40:5).