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Firmes em Cristo: estamos seguros!

Perspectiva Eterna

Em 2 Tessalonicenses 2, vemos uma mensagem poderosa de Paulo que ressoa através dos séculos. Nela, Paulo adverte os irmãos sobre a iminente chegada do anticristo, alertando que o mundo será enganado e envolto em trevas. Dessa forma, Paulo encoraja os irmãos a uma reflexão, chamando-os para perceberem o movimento do reino das trevas. Além disso, ele os dá um encargo: fiquem firmes em Cristo!

Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa. 2 Tessalonicenses 2:15

Igreja, permaneça firme!

Paulo não quer que os irmãos sejam ignorantes sobre esse assunto vital. Ele exorta a igreja a permanecer firme diante do mal que se aproxima, a não retroceder, a conservar as tradições ensinadas oralmente ou pelas cartas. Eles já enfrentavam perseguições naquela época, mas Paulo os lembra de que a obra de Cristo também está ativa no mundo.

Mas o que devemos fazer quando as coisas ao nosso redor piorarem? Paulo ensina a dar graças a Deus pela igreja. Além disso, devemos absorver uma verdade transformadora: Deus nos ama profundamente. As afeições do coração de Deus são para nós, amados irmãos. Deus tem mais do que compaixão e bondade para nós, Ele tem mais do que pena de nós. Além disso, Deus não está alheio ao mal que estava avançando, Ele é tocado e sensibilizado por essa realidade que Paulo descreve. Portanto, o coração daquela igreja era amado pelo Senhor.

Estamos seguros em Cristo

Nos dias sombrios que se aproximam, nossa segurança não repousa na nossa própria força, mas no fato de que Cristo se apodera de nós e nos traz para perto. Ele nos ampara em seu amor. Estamos seguros em Jesus e devemos permanecer firmes em Cristo, confiando em que Ele nos segura com Sua mão poderosa.

Além do mais, Deus nos escolheu para a salvação, para sermos separados e santificados através do Espírito Santo. Somos amados e redimidos pelo evangelho, a boa notícia que nos traz esperança. Assim, nada é mais precioso do que esse evangelho, que é o centro do ministério da igreja e a promessa de Deus para o mundo.

A obra que Deus começou nas nossas vidas será completa. Não se sinta um cidadão de segunda classe por causa das suas dores, não se sinta inferior aos mais santos do povo de Deus.

Deus nos ama

Desse modo, a salvação é uma palavra que abrange toda a Bíblia, desde Gênesis até Apocalipse. Jesus veio ao mundo para nos tornar amados no Senhor, e é por meio do evangelho que Deus se apodera de nós. Portanto, diante de qualquer desafio, olhamos para essa verdade e cravamos nossos pés na rocha que é Cristo. Fiquemos firmes, pois Deus nos ama e nos escolheu. E um dia nos glorificará em Cristo.

Neste mundo incerto, onde as trevas ameaçam, encontramos nosso refúgio seguro em Cristo. Nele, estamos verdadeiramente firmes. Confiemos na promessa divina e permaneçamos inabaláveis. Portanto, considerando isso, fiquem firmes. Olhamos para essa verdade e cravamos os pés na rocha que é Cristo. Fiquem firmes!

 

Texto baseado na palavra do Pr. Vinicius Sousa do culto da Fhop Church do dia 06 de Agosto de 2023

 

O que é avivamento? Qual o papel da oração?

Se você é cristão e tem acesso ao Instagram, certamente as notícias a respeito do que está acontecendo na Universidade de Asbury, em Kentucky nos Estados Unidos chegaram a sua timeline.

Na última quarta feira (8 de fevereiro) o que começou como um culto entre os alunos, tornou-se uma reunião de oração que já dura mais de 100 horas.

Ainda que seja cedo para chamarmos de avivamento o que está acontecendo, precisamos estar sensíveis ao despertamento que o Espírito Santo está promovendo e pensar em como devemos nos posicionar.

 

O que é um avivamento?

“não esperamos ver o avivamento de uma pessoa que está totalmente morta, e nós não poderíamos falar sobre reviver uma coisa que nunca viveu antes. É claro que o termo “avivamento” só pode ser aplicado a uma alma vivente, ou que já viveu alguma vez. Pois, ser avivado é uma bênção que só pode ser apreciada por aqueles que têm algum grau de vida. Aqueles que não têm vida espiritual não são, e não podem ser, no sentido mais estrito do termo, os sujeitos de um avivamento. Muitas bênçãos podem vir para o não-convertido em consequência de um avivamento entre os Cristãos, mas o próprio avivamento tem relação apenas com aqueles que já possuem vida espiritual. Deve haver vitalidade em algum grau, antes que possa haver uma ativação da vitalidade, ou, em outras palavras, um avivamento.”

Charles H. Spourgeon (Leia o texto completo aqui)

 

Avivamento não se resume a manifestação de dons, salvação, curas ou barulho. Ainda que todas essas coisas aconteçam como frutos, o avivamento é um novo sopro de vida.

Em II Reis 22 vemos a história do rei Josias, que ao encontrar-se com a palavra, prostrou-se em arrependimento. Isso é avivamento.

Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes. – 2 Reis 22:11

O reencontro com a verdade, a certeza e alegria da salvação, a convicção de pecado e arrependimento. Esses serão os frutos primários de um avivamento. O pavio fumegante que é reincendiado.

A importância da Oração

Por seus esforços o homem é INCAPAZ de produzir avivamento. Não há músico ou preletor habilidoso o suficiente, luzes e palcos impressionantes o sufiente ou até um discurso comovente o suficiente para gerar vida. Não é possível marcar data, hora e local para o avivamento. O Avivamento é unicamente obra do Espírito Santo, contudo é nosso papel pedir a Ele que aconteça.

Historicamente, não há avivamento sem oração. Ao olharmos para os relatos de avivamentos, como o da Rua Azusa ou do País de Gales, podemos ver como a oração é parte fundamental do mover de Deus. Vemos homens e mulheres que se posicionaram por anos, clamando por suas igrejas ou sua geração e, a partir de uma reunião de oração, o Senhor os respondeu.

Portanto, nossa resposta diante dos acontecimentos atuais deve ser:

Ore por um avivamento pessoal

Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. – João 17:17

Peça ao Senhor que te dê fome pela Sua palavra e te santifique através dela. Clame por anseio pela Sua presença e por um coração arrependido. Ore por um coração puro e um espírito reto.

Ore para um avivamento na sua igreja e seu país

Torna-nos a trazer, ó Deus da nossa salvação, e faze cessar a tua ira de sobre nós.
Acaso estarás sempre irado contra nós? Estenderás a tua ira a todas as gerações?
Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti? – Salmos 85:4-6

Se posicione como um intercessor diante do Senhor, pela sua igreja, sua cidade ou a igreja do seu país. Peça ao Senhor que encontre os cansados e sobrecarregados, que renove Suas forças, e traga-os para mais perto novamente. Ore por comunidades que amem ao Senhor de todo o coração, alma, força e entendimento.

Ore pelo grande avivamento da igreja

…como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. – Efésios 5:25-27

Portanto, lembre-se, o Senhor vem buscar uma noiva perfeita, viva, e essa deve ser nossa principal motivação ao orarmos por avivamento. Ore para que o Senhor aperfeiçoe Sua igreja, para que ela seja avivada, santa e irrepreensível, afim de estar pronta e o  dia do nosso encontro enfim chegue.

 

 

 

 

A segunda vinda de Jesus tem que ser um anseio em nosso coração. 

Por muito tempo eu não pensava sobre a volta de Jesus. Tinha um pensamento muito egoísta de que precisava realizar tantas coisas antes do meu Mestre retornar a terra.       

Certamente, meu coração mudou nos últimos anos, aliás, comecei a entender que existia um anseio em mim que somente seria satisfeito ao estar diante do meu amado Jesus. 

 Afinal, diante de tudo o que estamos vivendo e em face do que ainda vamos viver, desejar a volta de Jesus tem que ser um dos nossos maiores anseios. 

Aguardando Aquele que virá mais uma vez 

que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos 1:11 

Inegavelmente, essa é nossa esperança:  Ele voltará, a segunda vinda é uma promessa, é um alvo e o nosso consolo. 

Inesperadamente, nosso Amado Jesus vai voltar e estabelecer justiça sobre a terra. 

Então, as nações verão o Rei, o Justo juiz reinará sobre os povos. 

“Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. Marcos 13: 26,27 

O retorno para sua noiva 

Afinal, Jesus retornará para a igreja que o espera. E essa igreja  precisa estar como uma noiva adornada, que não deixou faltar o óleo em todo o tempo que esteve à espera do seu amado. 

Sobretudo, como parte desta igreja que o aguarda, quero poder olhar nos olhos de Jesus e entender muito mais sobre o amor perfeito que emana Dele. 

Como essa noiva que o aguarda eu digo Maranata, vem Senhor Jesus! 

Maranata é uma expressão de origem aramaica que, na tradução para a língua portuguesa, tem um significado semelhante a “vem, Senhor” ou “nosso Senhor vem”

O que fazer até o retorno de Jesus? 

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2: 11-14 

Conforme os versículos de Tito e de Lucas temos alguns bons conselhos de como levar nossa vida. 

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar de pé diante do Filho do homem”.

Lucas 21: 34-36

Afinal, mantenha-se próximo a Ele nesta era para poder estar ainda mais perto na era que está por vir. 

Este é o mês em que comemoramos a sua primeira vinda. Neste tempo, relembre tudo o que Jesus fez por você e agradeça a Ele mais uma vez não só pela primeira vinda, mas principalmente porque Ele irá retornar. 

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve! ” Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20 

Deus te abençoe, Feliz Natal! 

 

A Cruz nunca esteve relacionada a um fim somente, ela aponta  para a redenção.  Ela é vida, começo, esperança e, principalmente, um ato de amor.

Um amor tão grande ao ponto de entregar tudo a fim de que todos nós tivéssemos a chance de sermos perdoados e de receber a oportunidade de viver a eternidade ao lado do Criador

Hoje, quando celebramos a Páscoa, nós fazemos aquilo que Jesus nos disse para fazermos em memória Dele. 

“Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim”. 1 Coríntios 11: 23-25 

A incrível conquista feita na Cruz

Na cruz, Jesus conquistou o direito à vida para todos nós. Ele se tornou sacrifício em nosso lugar. Como nossa ótica  geralmente é muito limitada, não podemos mensurar o tamanho do preço pago e menos ainda o tamanho de tudo que foi conquistado. 

A cruz me constrange ao ponto de trazer lágrimas aos meus olhos pelo peso de um amor tão grande. 

Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação. Romanos 4: 25

Jesus transformou a cruz na maior conquista possível.  Nosso Amado salvador se doou por nós e veio ao mundo com a missão clara de se entregar em nosso lugar.  

Jesus veio com uma missão e a cruz foi o meio pelo qual Ele conquistou tudo aquilo que estava aparentemente perdido pelo peso do pecado de todos nós. 

Jesus triunfou sobre a morte e o pecado, Ele nos livrou de termos como fim à morte eterna. 

Inegavelmente, nos deu o direito de sermos um com Pai, Cristo nos conquistou para Si. 

A cruz colocou as coisas no seu devido lugar, mesmo parecendo que o caos foi instalado durante a morte de Jesus. 

Aliás, o que houve na realidade foi o ajuste, o acerto das coisas e o direito à vida para toda a humanidade. 

Por isso, celebramos a Páscoa em memória de Jesus 

A Páscoa é uma celebração para aqueles que creem em Jesus e a conquista maravilhosa que aconteceu no Gólgota. 

Certamente houve uma conquista eterna através daquela cruz. Não é uma simples cruz, mas um símbolo de sacrifício,  amor imensurável e entrega. 

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”. João 3: 16-21 

Afinal, até que Ele volte celebraremos a páscoa e a conquista da cruz, falaremos Dele e proclamaremos Seu Nome. 

Inegavelmente, um só corpo e uma igreja unida esperando o retorno Daquele que cumpriu com êxito sua missão. 

O Espírito e a noiva dizem: “Vem! ” E todo aquele que ouvir diga: “Vem! ” Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida. Apocalipse 22: 17 

 

Deus te abençoe

Fé e obras – vamos entender a relação delas? Falar sobre fé e obras é compreender a vivência cristã no cotidiano. Sabe por quê? Porque há sim, relação entre as duas e elas fazem parte da nossa jornada, do nosso amadurecimento e crescimento em Cristo. Qual o lugar das obras na salvação?  Há muitas dúvidas e divisões de opiniões nesse tema.

Ter fé sem obras é viver uma religiosidade que apenas ouve

Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Tiago 2:14

Para começarmos a compreender esse texto de Tiago, é preciso perceber que esse texto em específico não está tratando primariamente sobre salvação. E que a palavra salvação descrita no versículo, no original grego é no sentido de “preservação”.  Tiago está tratando aqui de uma vida de religiosidade que apenas ouve e não pratica ou que não vive de acordo com aquilo  que  tem ouvido e crido.

Por isso, a relação de fé e obras não está atrelada a salvação nesse contexto que Tiago está escrevendo. Tanto que ele mesmo  diz isso no texto: “Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem, porém lhe dar nada, de que adianta isso”? Tiago 2:15-16.

Em outras palavras, é como se Tiago estivesse dizendo: O que vocês fazem nesse caso? Vocês o mandam embora dizendo que vão orar por ele? Não que orar seja ineficiente, então que a oração seja o início de uma atitude que vocês vão tomar após verem a necessidade alheia.  Agir de maneira desconectada, não é suficiente, entende? Mas que obras são essas que Tiago está tratando aqui? Não são as obras e ações atreladas a salvação, ou a como ganhar o favor de Deus. Mas é relacionada em como vivemos no favor de Deus, percebe a diferença?

A influência do Período da Reforma

Em  segundo, precisamos nos lembrar que esse texto começou a ficar polêmico na época da Reforma Protestante. E o principal opositor a essa epístola foi Martinho Lutero, chegando a sugerir que a retirassem do Novo Testamento. Mas não ficaremos bravos com ele. Entendendo o contexto da Reforma dá para compreender a preocupação que os reformadores tinham.

Afinal, nesse  período  eles combatiam muitas  heresias e confusões. Logo, tudo que desse a ideia de lei atrelado ao legalismo causava um tipo de repulsa neles. Pois, era como se causasse confusão na questão central da salvação ser pela graça. Isso é compreensível, certo?

Dessa forma, era necessário trazer essa libertação no entendimento das pessoas que viviam uma religião de obras,  em que  se faziam barganhas para  adquirir salvação. Não se entendia que a salvação era por meio da fé em Cristo e não pelas obras.  Lembrando que nessa época também, as pessoas não tinham acesso a bíblias como nós temos hoje. Então, as pessoas só sabiam o que era ensinado por intermediações de líderes da época.

Mas hoje, nós sabemos que a salvação é por meio da graça, que não precisamos fazer nada para “herdar” esse favor. Sabendo disso, como eu pratico fé na minha vida? Como vivemos a liberdade que Jesus ofereceu através do sacrifício no meu cotidiano?

Se retirarmos a questão da salvação e pensarmos apenas na vivência da fé, no dia a dia no favor de Deus, então podemos compreender melhor o que Tiago quis dizer. Vamos apenas trocar a ênfase do que provavelmente Tiago quis dizer, para  mudar o nosso entendimento ao ler o texto.

A fé que se move em obras de amor

Sendo assim, já temos o amor, o favor de Deus e agora, como viveremos a partir desse favor? A salvação é uma realidade, já a ganhamos, então agora como nos movemos?

As obras do amor surgem da liberdade e não para querer ganhar algo de Deus. Pela fé entendemos que somos Filhos de Deus por isso agimos em amor. Amamos o nosso próximo e  oferecemos perdão aos que nos ofendem. Tratamos os outros em graça, em amor e sem esperar  nada em troca.

Ou seja, a fé nos leva a ter ações para com o outro. Produzimos frutos de serviço, de amor e  bondade.  A fé não é morta, ela é viva e se move.  Como Tiago mesmo diz, ela se moverá na verdadeira religião: ”A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo”. Tiago 1:27.

Percebemos então que a condição para começar no pacto da graça é sempre e somente a fé na obra de Cristo. Logo, a condição de continuar na aliança é entendida como obediência aos mandamentos de Deus. Embora esta obediência não funcionasse no Antigo Testamento ou no Novo Testamento para ganhar mérito com Deus. Se nossa fé em Cristo é genuína, ela irá produzir obediência. E obediência a Cristo no Novo Testamento é considerada uma das provas necessárias de que somos verdadeiros crentes e membros da nova aliança (I Jo 2:4-6).

A fé genuína resulta em obras de obediência a Deus

Finalmente, um aspecto importante da evidência de que somos crentes genuínos está em uma vida de obediência aos mandamentos de Deus. Assim, sabemos que estamos nele: “aquele que diz estar nele deve andar como ele andou “(I Jo 2:4-6). Você não precisa de uma vida perfeita. João está dizendo que, em geral, nossa vida deve ser como Cristo e imitá-lo em tudo o que dizemos e fazemos.

Por certo, se tivermos uma genuína fé salvadora, haverá resultados claros em obediência  nas nossas vidas (ver também I João 3:9-10,24; 5:18). Um aspecto importante de obediência a Deus inclui amar outros crentes. “Quem ama seu irmão permanece na luz” (I Jo 2:10). “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte “(I Jo 3:14,17 e 4:7).

Por fim, na comunidade de Tiago faltava comida e roupa.  E a resposta é a fé que age e que atua pelo amor. Fé e obras, que agem e não apenas ouvem. E em nossas comunidades, o que está faltando que podemos ser resposta? Uma evidência deste amor é continuar na comunhão cristã (I Jo 2:19), e outra é dar ao irmão necessitado (I Jo 3:17, cf. Mt 25:35-46).

Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta”.
Tiago 2:17.

Jesus nos estende um convite, o de seguir o caminho que leva à vida e salvação. E Ele alerta que existe um preço para todo aquele que quiser trilhar este caminho e seguir os Seus passos. É necessário negar a si mesmo e tomar a sua cruz.

O convite de Jesus causa um golpe fatal no egocentrismo humano. O homem, por si próprio, apenas tem interesse nas bênçãos e na glória, naquilo que faz bem a ele; porém Deus requer cruz e sacrifício. Quer que o homem morra para si mesmo.

Veja esse texto:

Chamando a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la; mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, irá preservá-la. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou, que daria o homem em troca da sua vida? Quando o Filho do homem vier na glória de seu Pai com os santos anjos, ele também se envergonhará de quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora. Marcos 8:34-38

A princípio, os discípulos de Cristo possuíam uma visão equivocada do reino messiânico. A visão deles tinha como centro o homem e seus interesses próprios. Esta visão foi desafiada pelo próprio Jesus, pois Ele deixou claro que não há glorificação sem que haja sofrimento. Não há coroa sem que haja uma cruz.

Este posicionamento continua sendo um grande desafio para a igreja atualmente. Para muitos, não há espaço para cruz e sofrimento em sua teologia. Ainda hoje, há uma cruz para mim e para você.

Atender ao convite de Jesus é um teste para a natureza da nossa fé

Se essa fé for verdadeira, nós não o seguiremos somente nas bênçãos e na glória, mas também ao carregar a cruz que há para cada um. Aquele que diz negar a si mesmo declara que não deseja mais se associar à pessoa que era antes. Reconhece a sua natureza pecaminosa e que não é merecedor desse convite. Abandona sua justiça própria, seus próprios planos e suas ambições.

Não há semelhança entre o chamado para conquistar sonhos e desejos e o chamado do evangelho. Assim, este chamado é um convite para abrir mão de si mesmo. A verdadeira conversão ocorre quando o homem entende que, dentro de si, há apenas o pecado e que a sua única esperança está em um relacionamento redentor com Cristo, e isso só é possível por meio da Graça.

Quem afirma seguir a Cristo, mas não carrega sua cruz, não pode ser Seu discípulo

“E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:27

Este convite para a salvação deve ser tão valioso para nós a ponto de não termos nossa vida como preciosa. Será que a salvação é realmente valiosa para nós? Será que ela é uma uma pérola de grande valor pela qual nós venderíamos tudo o que possuímos?

“O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou”. Mateus 13:44-46

A resposta que precisamos dar para Jesus a esse grande convite é a abnegação, é uma obediência leal. Pois, nossas vidas são marcadas quando obedecemos ao Senhor com amor, alegria e gratidão. Todos os dias, temos a oportunidade de negar a nós mesmos, pegar a nossa cruz e seguir a Cristo. Este é o único convite do evangelho: o caminho estreito é o caminho de morte que nos levará, um dia, a alcançar a eterna e gloriosa redenção em Cristo Jesus.

Deus é soberano sobre todas as coisas? Ele está no controle?  Tudo está mudando, certo? Vivemos tempos muito diferentes. Mas, às vezes, acho que precisamos continuar trazendo à nossa memória os feitos de Deus na história para não duvidarmos de que Ele é sim o Senhor da história e Ele não está à parte do que está acontecendo. Acho necessário iniciarmos esse assunto, nos lembrando então, dos feitos de Deus na história. Deus governa sobre o universo, Ele o criou e é o sustentador de tudo, inclusive de nossa existência. Dizer isso não é pouca coisa, percebe?

A soberania de Deus no Universo e na história humana

A soberania de Deus fala de como Ele age no universo para que tudo e todos cumpram o seu plano divino. Tanto a natureza obedece o seu poder (I Reis 17-18) quanto envolve a história da humanidade e o destino de todas as nações. Nos Salmos podemos ler frequentemente louvor e exaltação por seu poder na natureza: “Pois sei que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. O Senhor faz tudo o que deseja, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir as nuvens das extremidades da terra; faz relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus reservatórios” Salmos 135:5-7. Em Salmos 104 podemos ver um exemplo de Deus guiando e dirigindo a criação animal. Vemos ali descrições deles fazendo a vontade de Deus e dependendo dele para sua provisão.

Por conseguinte, seu governo é também na história humana e no destino das nações. Um exemplo está em Daniel 2:21: “Ele muda os tempos e as estações; remove e estabelece reis”. Vemos Deus conduzindo a história de Israel, usando a Assíria para atingir seus propósitos nessa nação e então também levando a Assíria à destruição: “Fiz isso com a força da minha mão e com a minha sabedoria..” (Isaías 10:13). E podemos nos lembrar do discurso de Paulo aos gregos, onde ele descreve sobre Deus (Atos 17:26). Mas também seu governo soberano é visto em situações individuais. Podemos citar Davi como um exemplo de alguém que encontrou conforto em um Deus soberano sobre sua vida (Salmos 31:14-15). Podemos ver a ação divina até mesmo nas ações acidentais da vida, como lemos em Provérbios 16:33: “A sorte se lança no colo, mas o Senhor procede toda decisão”.

Oração e Soberania Divina

Oração e soberania divina se contradizem? Muitos podem dizer, e me perdoem a sinceridade, mas de forma muito errônea, que se Deus em sua soberania irá conduzir tudo, já determinou tudo, então não precisamos pedir em forma de oração. Isso vai contra o que a Bíblia nos ordena, sobre orar sem cessar, continuar pedindo e  buscando (Lucas 11:9-10). Em Tiago capítulo 5, somos encorajados a orar, por meio do que Tiago conclui  nessa passagem: a oração pode produzir resultados maravilhosos. Ele cita o exemplo de Elias, ”um homem como nós” (Tiago 5:17), que através da oração afastou a chuva de Israel e depois pediu que ela retornasse. É claro que Deus estava no controle de tudo, seu plano é sábio e infalível, assim Tiago conclui que as orações são eficazes. Por isso eu gosto da citação de Timothy Keller:

 “não haveria qualquer possibilidade de que nossas orações disputassem com Deus o controle sobre qualquer parte do Universo e o tirasse de suas mãos. No entanto, faz parte da bondade e do desígnio de Deus permitir que o mundo seja suscetível as nossas orações”.

Fato é que nossas orações não irão frustrar os bons planos de Deus, mas nossas orações importam – “não temos porque não pedimos” -. Nem sempre seremos respondidos, mas Deus nos dará o que é melhor e o que está nos seus propósitos, como diz em Salmos 84:11: “não negará bem algum aos que andam com retidão”. Deus é soberano sobre todas as coisas e nossas orações são ouvidas por Ele.

A soberania de Deus nos leva à rendição

Devemos reconhecer a Deus, exaltar a Ele, nos submeter a Ele. O fim das nossas crises e ansiedades devem nos levar a nos dobrarmos diante dele. Nós somos sim seres limitados e Ele é infinito, nós somos suas criaturas e Ele nosso Criador. Se tudo foi criado a partir dele, porque ainda passa em nosso pensamento que Ele perdeu o controle? Deus é soberano sobre todas as coisas e isso nos leva a crescer em fé e confiança nele. Estar nele é existir de fato e não tentar apenas sobreviver. A graça de Deus em nos enviar seu Filho é motivo para nos levar à rendição total de nossas vidas. Graças a isso, nós não precisamos salvar a nós mesmos.

Por fim, quando crises vierem até nós, quando o mal de alguma forma chegar até nós, que os nossos olhos estejam fixados no Senhor, que possamos descansar em sua bondade, na sua sombra, como o Salmista diz: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo Poderoso, descansará” Salmos 91:1. Sim, o reconhecimento da soberania de Deus nos leva à rendição total ao Seu Senhorio, a sua sombra é lugar de descanso. Descansaremos no caráter de Deus sabendo que Ele está escrevendo e finalizando essa história. Que o Senhor nos guarde da prepotência de tentarmos ser autores de nossas histórias, pois o final que o Senhor tem para nós, com o seu senso de telos (propósito) é o melhor para nós. Nos rendemos a ti Deus, seja Senhor de nossas vidas.

Livro citado: Oração, experimentando intimidade com Deus. Timothy Keller

O que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria? O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A Bíblia, os sermões, o cristianismo e o próprio Deus fazem inúmeros convites a buscarmos conhecimento e sabedoria. Sempre ouvirmos do quão importante é a leitura e o estudo da palavra. Mas não podemos fugir de encarar uma pergunta: o que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria?

Alinhar as nossas expectativas sobre o que é o conhecimento e a sabedoria que o Senhor nos convida é primordial para mantermos o coração no lugar correto. O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A SABEDORIA DO MUNDO

Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. (1 Coríntios 3:19)

Quando Paulo faz tal afirmação já seria de se esperar que o que Deus define como sabedoria não seria algo óbvio para nós. Pelo contrário, é confuso e até mesmo contrário à nossa própria definição.

Tenho a constante impressão que buscamos aprender e conhecer para sermos independentes. Educamos as nossas crianças a aprenderem a fazer coisas sozinhas como tomar banho, comer, estudar, para que não precisem outrora de seus cuidadores. E sempre aplaudimos quando elas são capazes de fazer coisas sozinhas.

Inconscientemente projetamos essa dinâmica na caminhada cristã. Nosso movimento revela que precisamos aprender logo a como sermos cristãos perfeitos com o proposito de não precisar mais do Senhor para viver. A sensação de “para de perturbar Deus” com nossa incapacidade.

SEMELHANTES A ADÃO

Enquanto Deus desmascarava e trazia consciência ao meu coração sobre a dinâmica que eu estava seguindo, constrangedoramente, me lembrei de Adão e Eva no Gênesis. Atente-se ao convite da serpente convencendo Eva de comer do fruto proibido:

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:4-6)

O desejo e a tentação de ser como Deus, autor da história, ainda hoje nos persegue. De forma camuflada, acreditamos que obter conhecimento (mesmo que de Deus), nos coloca mais perto da cabine de comando e governo da nossa existência. Sejamos sinceros, estamos prontos e ansiosos para dar nosso grito de independência. E talvez acreditamos que a semelhança de como quando éramos crianças seremos aplaudidos por Deus por termos feito as coisas sozinhos.

O PLANO DE DEUS

Porém, esquecemos que o desejo e o plano primário de Deus é comunhão. É que vivamos para sua glória. E viver para a sua glória envolve que tudo que fazemos, absolutamente tudo, deve voltar em mérito e gloria para ele. E só a jornada de dependência nele, e consciência que vivemos, nos movemos e existimos (At 17:28) por meio dele lhe rende tal glória (At 17:28).

Para Adão, Deus ia lhe mostrando e dizendo a cada passo sobre o bem e o mal. Depois da queda Adão passa a decretar e categorizar por si mesmo o certo e o errado. Sentiu vergonha do que Deus não se envergonhava, se escondeu quando deveria ser encontrado, teve medo do que antes não era assustador.

QUAL O FRUTO DO CONHECIMENTO E SABEDORIA EM DEUS?

Então afinal, qual é o fruto do conhecimento e sabedoria em Deus? Posso dar alguns nomes: pobreza de espirito, humildade, mas aqui quero usar a palavra dependência.

Quanto mais acessamos o autoconhecimento e entendemos o conhecimento acerca dos processos da vida e do ser humano, o natural é crescermos em consciência da lacuna que há em nós, da limitação e a da ausência de poder em nós mesmo para própria salvação e santificação. E quanto mais conhecimento de Deus, consciência de sua grandeza e soberania, mas certeza deveria vir que Ele deve ter toda preeminência em nossas vidas. O resultado desses insigths devem ser sempre um gemido de “eu preciso de Deus.”

A sabedoria que Deus está disposto a dar a todos os que lhe pedem é a sabedoria que nos une a Ele.

VIVER SABIAMENTE

Viver sabiamente é viver no temor do Senhor (Prov 9:10.) Aliançados em relacionamento e não em um jugo de regras e fórmulas de como viver a vida de maneira que compre nosso lugar na eternidade. A maneira de Deus de trilharmos essa jornada chamada vida, é pela estrada da dependência. Sim, nem sempre é confortável para nosso ego ansioso.

Porém a intenção Dele é caminhar cada passo do viver em relacionamento. Ele não quer nos dar a fórmula da vida ideal. Ele é a vida, a jornada, o caminho. Ele jamais vai nos entregar a chave para existirmos à parte Dele, porque simplesmente não existe essa possibilidade. Tudo foi criado por ele, existe Nele e é sustentado por ele. O máximo que fazemos é passarmos a vida lutando e negando essa verdade, ofendidos com sua Soberania.

Hoje, te convido a avaliar os frutos do seu conhecimento. Considere, e se a medida que você alcança o que chamamos de maturidade você precisa menos de Deus, reavalie que tipo de sabedoria você tem absorvido.Todavia, se a medida que você cresce em conhecimento mais necessidade de Deus você sente, permaneça. Esse é o caminho!

Escrito por: Gabriella Conde – facilitadora Fhop School

Um dia de chuva

Já era tarde. Ventando forte. Chuva fininha, cortante como uma navalha. Noite chuvosa de quinta-feira na Rua João Pio Duarte. Lá estava eu, andando a passos rápidos em direção à minha casa depois de um dia intenso de serviço na base.

Vagueando por meus pensamentos, conjecturando o próximo dia na expectativa do realizar, do produzir, e do conquistar… Quem nunca?!

Quando dei por mim, percebi um alguém que pulava e dançava à uma distância relativamente segura. Digo segura porque penso: Quem pularia e dançaria em noite fria na chuva? Gente “normal” não faz isso.

Finalmente o que estava distante se tornou perto… e mais perto…  e muito perto. Aquele alguém era um jovem de aparentemente 40 anos, que em seu frenesi de alegria, parou, sem maiores explicações, em minha frente e me olhou nos olhos. Em meio à surpresa, tentei desviar do mesmo, que não permitiu a minha passagem. Rapidamente, sem encarar e em silêncio, eu tomei rumo ao outro lado, e com a mesma velocidade ele se pôs em minha frente. Em uma rápida sensação de adrenalina, encarei o fortunoso rapaz,  e lhe perguntei: Está tudo bem?

Então em silêncio fúnebre e expressões estáticas, eu me mantive sério e descontente, e ele se mantinha sorridente e despojado. Em questão de segundos, que por algum motivo pareceram minutos, o vivaz rapaz de olhos castanhos, barba bem aparada e sorriso branquinho me disse: Sorria!!!

Cristo é suficiente para me fazer sorrir

Depois de endereçar a mim tal palavra, por fim me deu passagem e continuou sua jornada, pulando, cantando, e sendo livre. Eu fiquei ali parado… parado na chuva. Olhando o precursor seguindo seu caminho sem se preocupar com o que os outros estavam pensando dele. Um homem iluminado que naquela noite me mostrou algo que estava em minha frente, mas não conseguia enxergar.

Nos preocupamos tanto com o “fazer” a vida, que esquecemos de viver a vida. Queremos o que não temos. Trabalhamos por aquilo que acreditamos ser importante, necessário, e indispensável, mesmo este talvez não sendo.

Deste modo esquecemos que a vida é um presente e, ao mesmo tempo um empréstimo do Eterno. Certamente um dia vamos prestar conta não somente do que fizemos, mas do que não fizemos também. Do abraço que negamos. Do sorriso que escondemos. Do amor que constantemente somos mesquinhos ao compartilhar. Gastamos tanto tempo para ter e ser, que esquecemos do que já somos e do que já temos. Que somos filhos e temos acesso ao Pai, que está conosco sempre, todos os dias, ate a consumação do tempo.

Na rotina da vida e no labor da selva de pedra, cometemos o ato falho de esquecer a presença daquele que nos criou. Logo, esquecemos que sua graça nos basta, e que Cristo é suficiente para me fazer sorrir, celebrar e viver a vida da maneira correta.

Fazei tudo para glória de Deus

Nosso desafio é entender que nas noites de chuva, eu tenho sim motivo para sorrir. Que nos dias onde penso que preciso andar rápido e ser perfeito para prosperar, eu sim posso parar e ouvir meu mestre dizer: Filho! Pare e sorria! Afinal, eu estou com você. Não é na sua força, e nem é pela sua violência. É pelo meu Espírito.

Sorrir na chuva é entender que a vida deve ser vivida diante da face de Deus, sabendo que tudo coopera para o bem daqueles que o amam.

Logo, quero fazer um convite a você, querido leitor: Na próxima vez em que pegar uma noite chuvosa de frio cortante, pensando que tem muitos problemas e coisas pra fazer, problemas a solucionar dividas a pagar…

Pare tudo e sorria!

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31

 

Escrito por: Ãabaram Bezerra – Facilitador Fhop School

“Nesse momento alguns conselheiros e astrólogos se aproximaram do rei Nabucodonosor, e denunciaram os judeus, alegando: “Ó rei, vive eternamente!” Tu decretaste que todo homem que ouvisse o aviso emitido pelo som da corneta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da flauta dupla, e de várias músicas executadas por muitos instrumentos, todos tocando juntos, deveria imediatamente prostrar-se em terra e adorar a grande estátua de ouro;e qualquer pessoa que não se prostrasse e adorasse seria lançada numa fornalha de fogo ardente. Contudo, há alguns homens judeus que tu nomeaste para zelar pelos negócios da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque, Abede-Nego, que não fizeram caso de ti nem de tuas ordens, ó rei; não cultuam aos teus deuses, tampouco adoram a imagem de ouro que tu ergueste!” (Dn 3:8-12)

Acredito que todo cristão já ouviu falar sobre os três homens na fornalha. Se você não ouviu essa história na escola dominical provavelmente a ouviu no refrão de alguma canção. Mas quer saber algo que realmente me chama atenção na vida desses homens? É o quanto eles estavam comprometidos com o que acreditavam, não importando o quanto isso lhes custasse.

Que tal lembrarmos da origem deles? Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos à Babilônia quando Jerusalém foi sitiada por Nabucodonosor, além de Daniel e outros jovens, como nos mostra os versos a seguir: 

“Mais tarde o rei ordenou a Aspenaz, seu mordomo e chefe dos oficiais da sua corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobrezaJovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus”. (Dn 1:3-4)

A questão é que podemos achar linda a história ou nos emocionarmos com as canções, mas estaríamos nós dispostos a irmos tão longe quanto esses homens? Permanecendo em pé enquanto muitos se prostram diante de injustiças, corrupção, idolatria, ventos de doutrinas e coisas como essas, capazes de nos levar a apostasia da fé?

Será que acreditamos no que pregamos a ponto de entregar por essa causa nossa própria cabeça? Ou ao menos acreditamos a ponto de nos tornarmos a prática dessa mensagem? Vejamos o que Paulo escreve para a igreja de Tessalônica:

“Porque o nosso evangelho não chegou a vós somente por meio de palavras, mas igualmente com poder, no Espírito Santo, e em plena certeza de fé. Sabeis muito bem como procedemos em vosso benefício quando estávamos convosco”. (I Ts 1:5).

O evangelho não consiste somente em palavras, o que dizemos acreditar requer ações e isso quase sempre exige sacrifício e renúncia. O que torna a palavra viva é a nossa morte.

Soa lhe familiar que alguns poucos homens eram fiéis em uma terra corrompida? Soa-lhe familiar o fato de muitos serem levados de Jerusalém para a Babilônia, porém se ouvir falar de apenas quatro deles? O que houve com os demais?

Essa pergunta também está sendo feita à nossa geração. Temos clamado por avivamento, mas ele vem acompanhado pelo martírio. Onde estão os homens e mulheres que não se dobram diante de uma cultura imoral e corrompida, mas que vivem de acordo com a cultura do céu? Aqueles que não estão se conformando com esse século, antes estão sendo transformados dia após dia pela renovação do entendimento, morrendo para si mesmos para manifestar a vida de Deus?  Aqueles que levam Jesus por onde passam, cuja vida exala o bom perfume de Cristo?

O mercado de trabalho em todas as suas esferas, o governo, as universidades…O mundo está clamando por homens corajosos como os da fornalha, que andam de acordo com o que acreditam e permanecem em pé, quer vivam, quer morram.

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. (Mc 8:34-35)