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Sobre o autor

Nayla Cintra

Nascida em Mato Grosso, Nayla é missionária em tempo integral desde 2011, tendo já servido durante 4 anos na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) e quase 2 anos como missionária intercessora no FHOP (Florianópolis House of Prayer). Nayla carrega um coração para pessoas em situação de vulnerabilidade social, ama o mundo artístico e criativo, é apaixonada por missões, mas tem como maior desejo ver o nome de Jesus sendo conhecido entre todos os povos e tribos da Terra.

Qual era a possibilidade de José encontrar-se como um “vencedor”? Levando em consideração o seu contexto familiar, sua dura realidade foi uma luta constante contra as impossibilidades. Ele foi vendido por seus irmãos. Foi criado em uma família com 4 esposas e muito ciúme e insegurança ao redor de cada membro. Pois, cada um deles tinha suas cargas de dificuldades emocionais e lutas interiores, assim como nós. Mas, sobre José havia uma promessa. E apesar do tempo da demora José chegou onde deveria estar.

Sua história não é tão diferente das histórias que conhecemos e até mesmo reconhecemos em muitos episódios de nossas próprias vidas. De alguma forma, todas essas angústias das relações humanas ecoam em nós em grande ou pequena medida. Afinal, quem pode dizer que nunca sofreu algum tipo de decepção ou abandono? Alguns de nós já se sentiram abandonados até mesmo por Deus devido alguma circunstância, não é mesmo? Eis a dura realidade familiar de José e seus irmãos:

“Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente.” Gênesis 37.4

“Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai porém guardava este sonho no coração.” Gênesis 37.11

Mas, sua vida também nos inspira a prosseguir contra as impossibilidades, nos mostrando que há um caminho a ser trilhado. Se queremos ser relevantes em nossa geração, se queremos causar impacto em nossa liderança e como influenciadores, nosso coração tem que ser dedicado ao Senhor apesar dos dissabores que nos envolvem. Apesar de todas as lutas e impossibilidades que temos que enfrentar todos os dias.

José também passou por dias de aparente falta de controle na vida. Sim, logo explico o que quero dizer com isso. Há dias, que por mais que nos esforçamos para fazer algo para sair da realidade em que estamos vivendo, não é possível fazer nada, além do nosso melhor. Pois, mesmo preso, José honrou a Deus. Pois mesmo escravo e sendo assediado pela esposa de Potifar, José guardou o próprio coração sendo fiel ao seu senhor. Não ousando tocar na mulher que não era a dele. José não podia sair daquela prisão, mas fez de sua habitação um lugar onde a sua integridade foi visualizada e o seu testemunho foi vivo.

A crise mais terrível forja o nosso caráter e determina onde está firmada a nossa fé. Não, Deus não precisa nos testar. Ele sabe quem somos e onde está e estará o nosso coração. Mas, a realidade é que nós também precisamos saber, e as circunstâncias nos mostram a verdade sobre o nosso amor. Isto é: onde está o nosso coração? Toda lógica do nosso pensamento e os nossos discursos se tornam prática de fé e não meramente palavras a partir de nossas dificuldades e desafios.

Mesmo em um lugar escuro a “luz” de José foi notada. Sim, concordo que demorou e foi um processo de fato doloroso. Mas, mesmo em um lugar escuro a sua luz iluminou e a graça de Deus foi derramada sobre todo aquele ambiente através de sua vida. Foi em cada lugar que pisou que ele começou a impactar vidas. Então, independente do lugar onde você esteja e qual seja a sua história, saiba que você também pode causar um grande impacto. A Luz de Jesus pode iluminar através de sua própria vida no lugar onde Deus te plantou. Também é possível a você lutar contra as impossibilidades adversas e se tornar referência no mercado de trabalho e em qualquer instância da sociedade. Sim, não é fácil, nem sempre será fácil. Mas será incrível e pleno da graça do Senhor.

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5.16

Temos aprendido a respeito de Oração todas as terças-feiras aqui no Blog. Espero que a medida que esmiuçamos esse tema a partir da Bíblia estejamos crescendo em nossa vida de oração e em nosso relacionamento com Deus. Nós já falamos um pouco a respeito de Orações Apostólicas, e você pode saber mais sobre este tema clicando aqui.

Como já aprendemos, uma das características das Orações Apostólicas, é que elas são centradas em Deus, e não no pecado ou no diabo. São aproximadamente 25 a 30 orações Apostólicas no Antigo Testamento. Além disso, ela está focada na Igreja da cidade. Mesmo tendo o Apóstolo Paulo orado por indivíduos, eles usavam os mesmos termos das bênçãos impetrada às igrejas locais.

Hoje quero esmiuçar alguns exemplos de Orações Apostólicas e como podemos concordar com a Bíblia ao orarmos pela Igreja, família, amigos e temas gerais. Quando oramos a Palavra nós estamos concordando com aquilo que está no coração de Deus. E aquilo que ligamos na terra também será ligado no céu.

“E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no  vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” Romanos 15.13

Essa é uma das orações que nos guia quando queremos pedir ao Senhor que derrame alegria e paz em nosso interior. Até mesmo, independente das circunstância que nos envolvem. Deus transborda graça em sua Igreja e esperança sobrenatural para vencer os desalentos. E isso tem a ver com o Espírito Santo sendo derramado em nós, igreja do Senhor.

Já quando queremos orar pela unidade da Igreja ao redor da cidade, podemos orar com base em Romanos 15.5-6: “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorificai a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Quando o Espírito foi derramado em Atos, vimos um grande mover trazendo unidade entre os cristãos, pois era um o coração e a alma e eles tinham tudo em comum. Jesus é manso de coração e Ele quem ensina mansidão, Ele é que gera unidade em seu corpo, a Igreja. E essa unidade glorifica o Seu nome. Precisamos orar ao Senhor pedindo que Ele gere essa unidade entre nós.

“Não cesso de dar graças por vós, fazenda menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder.” Efésio 1.17-19

Ao orarmos esse texto de Efésios, nós estamos orando por mais revelação e sabedoria do Senhor. Estamos pedindo por um aumento do conhecimento de Deus em nossas vidas e Igrejas. Estamos abrindo nossa mente para a compreensão das escrituras e do caráter de Deus. Estamos pedindo que os nossos olhos sejam iluminados pelo Espírito. A Palavra vai fortalecendo o nosso homem interior, vai firmando as estacas do evangelho em nós. E mudando o nosso olhar e visão. Além disso, essas são palavras de bênçãos que enche o nosso coração de alegria. É centrado em Deus e naquilo que apenas Ele pode fazer em nós, tanto coletivamente como de forma individual.

“Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, … para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual a largura e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.” Efésios 3.14,16-19

Confesso que essa é uma das minhas orações favoritas. Ela me enche de esperança e é maravilhoso conhecer a cada dia as dimensões do amor de Deus. Tanto pelas nossas próprias vidas como pela vida do nosso próximo. Quando fazemos essa oração, nós estamos pedindo pelo fortalecimento do homem interior. Pela habitação de Cristo no coração mediante a fé. Pela compreensão de todas as dimensões do amor de Cristo e pela plenitude de Deus.

Estes foram alguns exemplos de Orações Apostólicas, mas podemos pesquisar sobre outras na Bíblia. Mas importante do que simplesmente orar a Palavra ou fazer Orações Apostólicas, é imprescindível compreendermos aquilo que estamos orando. Não é uma receita de bolo ou algo que devemos fazer de forma superficial ou instantânea. É compreendermos que a Palavra tem poder  e ela é viva e eficaz. Lembrando: quando oramos a Palavra estamos concordando com o coração do Deus que amamos e, as Orações Apostólicas, são uma grande oportunidade de crescer nisso.

De forma bem simples, podemos dizer que um paradoxo são duas ideias que se opõem em si mesma, duas afirmativas que aparentemente se contradizem. E, às vezes, é assim que nos sentimos quando estamos diante de situações que nos convidam a acreditar em coisas que ainda não podemos ver. No livro de Hebreus consta a afirmativa de que é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem.” (Hebreus 11.1)

Uma resposta que me faz lembrar desse paradoxo da fé foi vivida pelo pai de um rapaz possesso, o qual Jesus foi o único capaz de curar e expulsar o demônio. Essa história está registrada em Marcos 9.14-29 e quero poder refletir sobre esses ensinamentos com você.

“E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles. E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram. E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles? E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; E este, onde quer que o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.” Marcos 9.14-18

Podemos observar dentre a multidão um pai em meio ao desespero buscando respostas para a aflição de sua família. Ele deseja ver a cura de seu único filho que sofria há anos com convulsões lunáticas, sendo jogado no fogo e na água para ser morto pelos demônios que o perseguia (Mt 17.14-21 e Lc 9.37-43). Infelizmente, seus discípulos nada puderam fazer a favor daquele homem e seu filho e, por isso, uma discussão é estabelecida ali. Mas Jesus chama para si a responsabilidade e a opção de fazer algo por aquele rapaz e seu pai.   

“E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo. E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.” Marcos 9.19-24

Agora, nos deparamos com o paradoxo na resposta desse pai a Jesus. O Senhor quis saber mais sobre a história do menino, há quanto tempo ele passava por todo aquele sofrimento e dor? E o pai lhe diz que desde a infância. O pai sentia esperança em ir procurar a Jesus e seus discípulos, mas acabara de passar por uma certa frustração já que nada os discípulos puderam fazer.

Você pode imaginar em quantas portas aquele pai teria batido? Quantos médicos ele já teria procurado ao longo daquela história? Quanto recurso ele já havia gastado? Quanta esperança ele já havia perdido? Será que nós também sentimos o mesmo quanto às nossas causas mais impossíveis? Quanta esperança nós já perdemos ao longo de nossas histórias?

Então, ouvimos aquele pai dizendo quase na forma de um sussurro: “Jesus, se você pode fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. Você já sentiu medo de ter esperança para não se frustrar mais uma vez? Talvez, de alguma forma era assim que aquele homem se sentisse e, por isso, sua resposta foi envolvida em paradoxo. “Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê. E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”

O paradoxo aqui consiste em reconhecer que havia uma crença, havia uma fé, mas também havia dúvida e havia medo. E talvez a fé fosse de fato pequena diante da história e dos desafios. Talvez a fé não fosse assim, tão suficiente como gostaria que ela fosse para o resultado tão desejado, ver seu filho livre das garras de satanás. Mas a resposta humilde daquele pai, demonstrando sua vulnerabilidade e limitação, ganha ao invés de perder.

Mesmo uma fé pequena pode ser acrescida de graça de Deus e podemos experimentar do seu grande favor. Jesus é tão lindo em nos ouvir e demonstrar compaixão para com as nossas vidas e nossas causas. E essa graça tão gentil que nos envolve não se relaciona apenas a recebermos coisas que anseiam o nosso coração, mas em principalmente experimentarmos do seu caráter de amor. A maior riqueza que podemos ter em fé é o conhecimento de sua pessoa, é o conhecimento de Deus. É compreendermos seus planos e propósitos e vivermos no centro de sua vontade perfeita e agradável.

Não tenha medo de dar respostas paradoxal ao Senhor, apenas confie em seu amor e se jogue em seus braços para viver com ele até a eternidade.

Desejo que hoje não seja apenas mais um dia em que nos sintamos enfadados. Espero que hoje seja um dia de esperança. Sei que a frase é redundante e apenas pode parecer mais uma frase de efeito. Mas, não é esse o meu intuito ao falar sobre esperança. Não é apenas positivismos ou algo do tipo. Esperança não é algo que possamos simplesmente simular existir em nós, mas é forjada pelo próprio Deus que tem nos chamado a viver uma vida plena de sua presença.

Quando experimentamos o gozo da salvação e o toque do Espírito habitando em nós, o nosso interior vai sendo transformado de glória em glória e retomamos sonhos um dia esquecidos. O escritor de Eclesiastes nos desafia a olharmos nossa juventude com bom ânimo, mas também com consciência de que todas as nossas escolhas são feitas diante do Senhor. Isto é, bom ânimo e responsabilidade

“Jovem, alegra-te na tua mocidade! Sê feliz o teu coração nos dias da tua juventude. Segue os caminhos que o teu coração indicar e todo os desejos dos teus olhos; saibas, contudo, que tudo quanto fizeres passará pelo julgamento de Deus. Sendo assim, afasta do teu coração o desgosto e a ansiedade, e pare de fazer seu corpo sofrer, pois a juventude e o vigor da mocidade passam rápido.” Eclesiastes 11.9-10 (King James)

A vida às vezes pode se tornar amarga, nos sentimos sozinhos e sem força para lutar as nossas batalhas. Mas Deus é Aquele que nos ensina a verdadeira sabedoria. Ele, em sua bondade, desvenda os nossos olhos a fim de nos mostrar quem Ele É. Ele é o grande Eu Sou, que nos chama pelo nome e nos convida a desvendarmos os mistérios de sua infinita grandeza. Se isso não nos fizer ter dia de esperança, então, o que nos fará? Só n’Ele obteremos a verdadeira sabedoria, porque ela está estabelecida no filho de Deus, que nos amou e continua a nos amar.  Com Jesus aprendemos a contar os nosso dias e alcançamos um coração verdadeiramente sábio

“Sendo assim, ensina-nos, pois, a contar nossos dias, a fim de que possamos alcançar um coração verdadeiramente sábio!” Salmos 90.12 (King James)

Já sabemos que o temor do Senhor é o princípio do saber, e que todas que praticam esse temor revelam prudência (Sl 11.10). Precisamos praticar o temor do Senhor. Andar em seus caminhos e como diz a sua Palavra. Por exemplo, no Brasil, falamos tanto contra a corrupção, mas como agimos quando “ninguém” está olhando? Nosso caráter é verdadeiramente revelado quando agimos sem que nos vejam.

Agora que caminhamos para o fim deste devocional, quero lançar sementes de bom ânimo. Só obteremos verdadeira sabedoria quando nos “assentarmos” diariamente aos pés de Jesus, meditando dia e noite no que diz as escrituras. Precisamos de sua palavra em nossa mente e fogo ardendo em nosso coração, fogo que vem do Espírito Santo que habita em nós e que torna suas palavras verdades, e vida. E esse é um processo diário que acrescentará a cada manhã dia de esperança. 

Sim, eu sei bem o quanto a vida pode se tornar corrida e tudo um tanto automático. Mas precisamos compreender que é possível viver plenamente diante da face de Deus e com ele seremos crescidos e maduros em nossa fé.

“Sacia-nos, desde o romper da aurora, com teu amor infinito, e exultaremos de alegria, todos os nossos dias. Alegra-nos na proporção dos dias em que nos puniste, pelos anos em que passamos pelo grande sofrimento. Que as tuas realizações se manifestem aos seus servos, e a teus filhos, a tua maravilha. Que a graça do Senhor, nosso Deus, pouse sobre nós; faze prosperar as obras das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmos 90.14-17 (king James)

Não me delongarei mais, mas quero que o trecho deste Salmo seja nossa oração. Que Ele possa nos saciar desde madrugada até noite adentro. E se um dia sofremos por qualquer situação, Ele poderá nos alegrar na mesma proporção de nossas histórias tristes. Que possamos perceber o seu agir em nossas vidas e ao nosso redor, e meu trecho preferido…

“Que a graça do Senhor, nosso Deus, pouse sobre nós; faze prosperar as obras das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos”. Salmos 90.14-17 (King James)

Amém! Que assim, possamos contemplar um lindo dia de esperança cheio do amor e da bondade do Senhor. 

 

Você já se encontrou com o favor do Senhor? Como isso lhe pareceu? Que sentimentos dispararam em seu coração ao discernir os propósitos ditos a ti? Hoje quero lembrar da história de Maria, mãe de Jesus, e de como ela reagiu a sua grande missão. Tudo ocorreu assim:

“E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria está saudação”. Lucas 1.28-29

Em muitas ocasiões, nos deparamos com o favor do Senhor nos encontrando. Nos sentimos tão impactados como Maria se sentiu, cheia de dúvidas e questionamentos sobre o real significado do encontro e o que representa ao nosso futuro e nas decisões que temos que tomar. Também podemos sentir medo porque sabemos o quão pequenos somos diante de todos os desafios que podemos enfrentar.

Muitas vezes, o favor do Senhor significará  um abalo na “cômoda” vida que levamos, nos planos que traçamos e na segurança que tanto prezamos. O favor do Senhor poderá nos ser um grande risco quando de repente nos vemos a mercê da perda de tudo o que mais queríamos ter. Tudo que estava no seu devido lugar, em instantes, vai sendo remexido e tirado fora e nos deparamos com um aparente caos.

Deus preparou o coração de José para que ele não deixasse Maria grávida, mas se juntasse ao Seu propósito pleno de redenção aos homens. Maria se tornou peregrina, viajante grávida, heroica aventureira ao se lançar a missão. Ao dizer sim, ela foi abalada, mas experimentou uma vida plena, mesmo não sendo fácil.

Há uma promessa sobre nós que compensa qualquer desafio, de que o Senhor está conosco e estará para sempre. Isso é que faz com que nós enfrentemos qualquer coisa mesmo que não seja fácil, a presença de Jesus que nos completa e nos enche de alegria até mesmo em dias de desesperança. O Espírito que habita em nós nos dá vida plena e esperança para prosseguirmos de fé em fé, vencendo as batalhas do nosso dia a dia. Hoje Ele nos diz, como a Maria:

“Mas o anjo lhe disse: não temas; porque achaste graça diante de Deus.” Lucas 1.30

Quais medos temos que entregar a Ele? O que tem abalado a nossa fé e nos impedido de prosseguir no amor? Sim, porque quando estamos estabelecidos no profundo amor de Jesus, na verdade de seu caráter, nós caminhamos determinados em um poder que não vem de nós, porque está estabelecido em quem Ele é. E Deus é amor. E o verdadeiro amor lança fora o medo! Então, nós não caminhamos na base das nossas emoções e traumas. Mas caminhamos de fato na verdade da Luz de Jesus.

“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” Lucas 1.36

Essa é uma palavra verdadeira e quero que o nosso coração seja fortalecido nela. Por mais que as circunstâncias tentem nos dizer ao contrário ou que apenas pareça que as promessas estão demorando demais, lembrem-se: o favor do Senhor já nos encontrou, e para Ele não há impossíveis em todas as suas promessas!

Que hoje nossa oração seja como a resposta de Maria: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra.” Lucas 1.38

Você sabe qual é a perspectiva de Jesus para a multidão? Existe algo de tão notável em Jesus que mexe profundamente com o meu coração: Jesus não apenas fez boas obras quando andou pela terra a pregar o evangelho do reino, mas ele notou a multidão e compadeceu-se dela. Jesus não via as pessoas apenas como um aglomerado de gente sem nome, sem história e sem drama. Ele as percebia como ovelhas que não têm pastor, aflitas e exaustas.

Jesus enxerga a multidão por todos os lados, de todos os ângulos e perspectivas. O seu olhar é apurado, intenso e sobrenatural. Confesso que, muitas vezes, só vejo um aglomerado de pessoas. E só de imaginar já me sinto sufocada, quase em claustrofobia. Mas Jesus, além de perceber, se envolve, se compadece, se importa. Ele sente compaixão. Como ele consegue fazer isso? Como podemos seguir o seu exemplo? Como nós podemos ter a mesma perspectiva de Jesus?

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara.” Mateus 9.35-38

“Depois disso, Jesus passou por todas as cidades e vilas da região. Ele ensinava nas sinagogas, onde o povo costumava se reunir, apresentando as notícias do Reino, curando os corpos doentes e restaurando vidas marcadas pelo sofrimento. Ver as multidões diante de si lhe fazia doer o coração. O povo estava confuso e sem rumo, eram como ovelhas sem pastor. “Que grande colheita temos aqui”,  disse aos discípulos, “mas tão poucos trabalhadores! Ajoelhem-se e orem, pedindo mais trabalhadores.” Mateus 9.35-38 (A Mensagem)

Você já observou um campo de futebol lotado de pessoas a esperar pelo início do jogo? Ou, quem sabe, uma festa popular onde tanta gente espera pela show? Mudemos agora o cenário e pensemos em milhares de pessoas passando fome na África, esperando a comida chegar para aliviar um pouco da fome. Eles se debatem a procura de uma porção de alimento. Imagine então, tantos refugiados que descem dos barcos a espera de uma nova história e de um novo tempo, assolados pelas dores e pelas perdas. O que todas essas imagens têm em comum? O que elas nos fazem pensar? Todas elas nos remetem a multidão ESPERANDO por um milagre. ESPERANDO POR ESPERANÇA. E essa é a perspectiva de Jesus.

Alguns de nós podemos ver apenas um aglomerado, uma massa, um agrupamento, um ajuntamento. Mas Jesus viu pessoas sem rumo que precisavam de uma voz, que precisavam de uma direção. Que precisavam de um pastor. E não podemos dizer que as pessoas continuam a buscar pelas mesmas coisas? Eu não sei quanto a você, mas eu já me senti assim: perdida! Sem rumo! Sem direção! Sem saber que decisão tomar na vida ou que caminho seguir. Mas existe um pastor, tanto para mim, como para você. Existe um Pastor Supremo que se compadece da multidão. Sim, existe um pastor para a multidão. Ele mesmo nos prometeu que irá buscar as suas ovelhas perdidas.

“Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e a buscarei. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei… apascentá-las-ei com justiça. Ezequiel 34.11,15-16

Então, ao ver a multidão e após sentir compaixão por ela, Jesus ensinou ao seus discípulos qual seria o nosso dever. Jesus ressaltou: “A seara, é grande, poucos são os trabalhadores, rogai ao Senhor da seara que envie trabalhadores para sua seara”. A mensagem dada aos discípulos concluía que havia muito a ser feito, e poucos que o fizessem. Mas que apenas o Senhor da seara poderia dispor de mais trabalhadores para realizar a tarefa de colher. E o segredo para mais trabalhadores é rogar ao Senhor da seara pela disponibilidade de mais obreiros.

Que hoje possamos olhar a multidão em qualquer lugar pela perspectiva de Jesus. Que hoje, a nossa oração seja a que Ele ensinou: Pai de amor e Senhor da seara, rogamos para que envie, para que levante mais trabalhadores para sua seara, mais obreiros para missões, mais evangelistas, pastores e líderes. Mais homens e mulheres segundo o teu coração, comprometidos com a tua obra e com o IDE de Jesus.

Hoje continuaremos falando sobre construir listas de orações. Mas por que Deus nos chamou a oração se Ele conhece bem cada uma de nossas necessidades? Afinal, nada está oculto aos seus olhos, nada foge a sua soberania e controle. Mas, Ele mesmo sendo Deus, resolveu nos fazer participantes de sua obra. E nos convida a um relacionamento de intimidade com Ele através de uma vida de oração e meditação na Palavra. Ele quer que nos conectamos com seu coração Paterno em parceria profunda e especial.

Orar sobre todas as coisas revela nossa total dependência dele e é um princípio do reino. Orar é uma forma de amor e utilizar listas de orações pode nos dar a disciplina e o foco que precisamos para perseverar nos dias em que não nos sintamos tão inspirados como gostaríamos.

Ao se fazer listas de orações é importante perguntar ao Senhor sobre o que devemos orar. Não se trata apenas de nossos desejos e necessidades. Mas do coração de Deus para nós, nossa família, as nações e até mesmo questões sociais que envolvem o mundo. Como costumamos dizer aqui no FHOP, é tudo sobre Ele, é tudo sobre Jesus. Sim, nós devemos colocar os nossos pedidos diante do Senhor e a Bíblia mesmo nos diz: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do seu coração.” (Salmo 37.4.) Quando Cristo é o nosso foco e o nosso maior anseio, alguns dos desejos do nosso coração são alterados pelo caminho. Alguma vez Deus já mudou as suas prioridades?

As listas de orações nos ajudam a manter o foco em nossos momentos sagrados. Porém, é importante permanecermos sensíveis ao Espírito Santo de Deus. Se o Senhor nos direcionar a sairmos das listas ou omitir algumas partes delas, podemos fazer isso com tranquilidade e liberdade conforme o Espírito nos lidere. Mike Bickle sugere três focos principais ao elaborarmos nossas listas de orações, o que eu acredito ser bem coerente. São elas:

Intimidade com Deus – Esse tema tem sido bem abordado e é o mais importante de nossas vidas. Nós precisamos estar fundamentados no amor a Deus, é o primeiro mandamento. Isso envolve Adoração, Meditação na Palavra (devocional, estudo ou o termo que lhe deixar mais à vontade), é amizade com o Espírito. Uma prática realmente fortalecedora ao homem interior é orar a Palavra, os Salmos por exemplo. Amo orar o Salmo 139.

Petição – É quando “pedimos” algo a Deus, seja em nossa vida pessoal ou ministerial. É um ótimo momento para orar pedindo por fortalecimento em nosso homem interior. Por mudanças em circunstâncias pessoais. É de certo modo um momento de consagração a Deus e também de alinhamento aos propósitos e diretrizes de seu coração. Tem ótimos exemplos Bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, mas quero ressaltar aqui a oração de Jabez descrita em Crônicas.

Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo atua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido. ! Crônicas 4.10

Intercessão – Esse é momento em que pedimos a Deus em favor de outros (pessoas, lugares, questões estratégicas). Por exemplo: Quando orarmos por pessoas e lugares, podemos orar por ministérios e missões, cidades, nações (JOCUM, Jerusalém, Florianópolis). Quando oramos por questões estratégicas, podemos interceder no contexto da sociedade (pelo governo, contra o aborto, em favor da justiça…).

Orar por missões e pelas nações é algo que queima em meu coração. Na verdade, meu “chamado” para as nações, de certa forma foi firmado, quando em meu tempo de oração eu via o mapa múndi. Havia um clamor em mim por esse tema. E isso foi muito antes de que eu me tornasse missionária em JOCUM e, até mesmo no FHOP. Orar pelos povos da terra é se tornar parceiro de Deus na Grande Comissão.  E se nós queremos tanto que o Noivo retorne para o casamento com a Noiva só podemos obedecer a esse mandato, o IDE e fazei discípulos. 

Então, não perca tempo e experimente construir sua lista de oração hoje. Já comentei aqui no Blog que amo escrever as minhas cartas a Deus. Amo escrever minhas orações. Com o passar do tempo, eu releio muito dos meus escritos e consigo perceber o quanto o Senhor tem feito. Sabe, nós realmente não precisamos colocar uma máscara diante de Jesus, porque o Senhor nos conhece tão bem. E Ele ama quando nos colocamos neste lugar em que ansiamos por ouvir a sua voz e conhecer o seu coração. Ele sabe quando nós nos tornamos vulneráveis e dependentes diante Dele, e reconhecemos seu amor. E simplesmente nos entregamos a esse amor profundo, imenso, sobrenatural.

A oração não pode ser apenas mais um rito que cumprimos para aliviar a nossa consciência. A oração é um chamado ao amor. Que hoje eu e você possamos nos entregar ao amor de Deus que leva o nosso medo para longe. Que possamos experimentar essa graça misteriosa e a certeza que somos ouvidos e que nossa voz faz diferença nos céu e na terra.

“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.” Salmos 40.1

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” Apocalipse 8:3,4

 

O que significa seguir os passos do amor? A Bíblia nos afirma que não tem maior amor do que este: “de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15.13). Este foi o exemplo de Jesus, e hoje quero refletir sobre os passos do amor que Ele direcionou a nós quando se entregou na cruz.

Jesus deixou toda a sua glória para nascer como um frágil menino na terra dos homens. Ele foi concebido a Maria pelo Espírito Santo e cresceu como uma criança normal. Talvez, tenha sofrido “bullying” e enfrentando tanta das emoções e dificuldades que uma criança enfrenta nos dias de hoje. Por isso, Ele conhece o nosso coração e se identifica conosco até mesmo nos pequeninos detalhes de nossa história. Ele sabe de todo o sofrimento que já enfrentamos e continuamos a enfrentar. Mas a graça de Deus estava sobre Ele.

“Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” Lucas 2.40

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. Lucas 2.52

Jesus teve um desenvolvimento saudável em todas as áreas de sua vida: pessoal, intelectual, físico e espiritual. Desde pequeno Ele aprendeu a andar com Deus. Ele foi criado na fé judaica, ia ao templo, e todos ficavam admirados de sua sabedoria. Mas lembre-se: a graça de Deus estava sobre Ele. E quer saber mais?  A mesma graça já foi liberada sobre nós por meio da salvação. Nós também podemos seguir o exemplo de Jesus e os passos do amor. Mas não pense que isso é um esforço meramente humano. Nós só podemos viver segundo a sua vontade na dependência do Espírito Santo.

Então, paremos um pouco para refletir sobre como Jesus viveu aqui na terra. Como Ele se relacionava com o Pai e com as pessoas a sua volta? Tanto aqueles que eram mais próximos, seus discípulos, por exemplo.  Como também a multidão, que estava sempre a lhe buscar por conta de suas necessidades e anseios desesperados. Como Jesus tratava as mulheres e as crianças? Compare a forma a como elas eram tratadas na cultura vigente e como Jesus as tratou, acolheu e as amou.

Jesus nos ensina a respeito de uma fé que não se prega apenas com palavras, mas acima disso, com ações. Ele é sábio em responder aos fariseus, Ele amava os pecadores e sempre tinha uma palavra de encorajamento. Ele oferecia amor e perdão. Ele se retirava da multidão para estar a sós com Deus porque Ele sabia de onde vinha a sua força, e a sua fé. Ele sabia de onde vinha a sua esperança, a sua ousadia e a sua confiança. Ele só fazia o que via o Pai fazer.  Então, Ele se afastava para orar.

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.” Lucas 5.16

Agora que estamos caminhando para o fim deste texto, quero que observemos as nossas próprias vidas. Sim, vamos parar e analisar o nosso modo de viver a luz de Deus e de sua Palavra. Como tem sido o nosso proceder diante de Deus e dos homens? O quanto Deus já operou em nós e que passo de Jesus nós temos seguido? Será que temos tratado as pessoas assim como Jesus as trata?

Vamos exercitar nosso olhar? Hoje quando pegarmos o ônibus ou mesmo nos assentarmos para tomar um café em algum lugar, vamos perguntar ao Senhor o que Ele pensa do “desconhecido”  perto de nós? Vamos tentar imaginar o Deus que se entregou na cruz, não apenas por mim ou por você de forma individual. Mas por alguém que “cruza” o nosso caminho na correria da vida. Ás vezes, a gente nem consegue perceber direito o propósito de Deus na vida delas, não é mesmo?

Que seja ao menos para trocar um olhar, um sorriso e demonstrar de forma carinhosa o amor de Deus e o cuidado do Senhor em pequenos detalhes. Seja ao menos para fazer uma oração em nossos pensamentos pedindo que o Senhor abençoe aquelas pessoas ali no “buzão”. Elas podem até ser desconhecidas a nós, mas são conhecidas pelo Senhor. Nosso olhar e visão serão ampliados, nosso coração estará sensível porque nós estaremos andando com o Senhor e como Jesus andou. Nós estaremos seguindo os passos do amor.

“Quem declara que permanece nele também deve andar como Ele andou.” 1 João 2.6

Hoje quero conversar com vocês a respeito  de temperança que é um dos frutos do Espírito. Ao pensarmos nessa palavrinha ela poderá nos remeter a tempero ou temperar. Então, podemos nos lembrar do ato de cozinhar e de como preferimos os sabores dos nossos pratos. Muitos alimentos são tão apetitosos ao nosso paladar, mas a verdade é que não fazem bem para a nossa saúde. Além disso, o excesso de sabores podem destruir o prato mais refinado. Quem nunca provou uma comida salgada ou apimentada demais e se frustrou com o sabor?

Toda essa metáfora a respeito de alimentos e comidas fazem pensar em nossas próprias vidas, e como elas se encontram? Pois, temperança também nos remete à ideia de temperamento. E, nesse ponto, podemos olhar para dentro de nossas emoções e perguntar ao Espírito Santo que fruto há em nós que Ele tem gerado? O que já mudou e o que Ele ainda pretende mudar?

A Bíblia nos afirma que somos libertos por Cristo para a liberdade. Já compartilhei com você que lê meus textos que sou uma pessoa que tenho sede por liberdade. Mas a liberdade da qual eu tanto me refiro é algo que vem de dentro para fora, do nosso interior para o nosso exterior. Pois homens como Daniel e José provaram dessa liberdade mesmo em cárceres. O próprio Paulo falava a respeito dessa liberdade mesmo estando preso. E este é o exemplo de tantos outros profetas. Essa liberdade tem a ver com um estado de espírito gerado pelo próprio Espírito Santo de Deus que vai mudando o nosso coração. Confrontando nossos desequilíbrios, excessos e pecados e nos transformando a semelhança daquele a quem tanto amamos, Jesus Cristo, o filho de Deus.

Então, vamos pensar em temperança de forma prática, isto é: olhando para nossas vidas e observando esses pontos em nossos relacionamentos e emoções. Sim, eu quero que vejamos as nossas fraquezas e limitações. Mas também, quero que possamos ir mais profundo ao compreendermos tudo aquilo que Deus já tem feito em nós.  E, principalmente, o que Ele ainda está a fazer. Sua obra não cessou e Ele continua a nos santificar.

Você consegue compreender o quanto Deus já mudou em você? Já consegue sentir quanta raiva, ódio e dor Ele já curou? Já conseguiu perceber a paz que te inunda e cresce permanentemente? Ele é quem gera o fruto em nós. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5.22-23).

“Mas vamos falar da vida com Deus. O que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Deus faz surgir dons em nós, como frutas que nascem num pomar: afeição pelos outros, um senso de compaixão no íntimo e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas pessoas. Nos nos entregamos de coração a compromissos que importam, sem precisar forçar a barra, e nos tornamos capazes de direcionar sabiamente nossas habilidades.” Gálatas 5.22-23 (A Mensagem)

Pessoalmente, gostei bastante da descrição da mensagem a respeito da temperança e do “equilíbrio emocional” que é derramado sobre nós pelo Espírito Santo de Deus. Eu sei bem o que é ter guerra interna e prisões na alma. E, por isso, dou valor a liberdade que o Senhor conquistou para nós na Cruz do Calvário.

Minha oração hoje é de gratidão por essa liberdade que Ele tem nos dado. É de gratidão pelo Espírito Santo que Ele enviou para morar em nós. Ele nos escolheu para sermos a sua casa, e nos prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Até o fim. Nunca nos deixará só e no caminho Ele nos ensinará todas as coisas. Eu o amo infinitamente, e você?

Você já pensou em viver cotidianamente com Jesus? Temos opiniões tão diversas a respeito de como é viver uma vida cristã, não é mesmo? Há aqueles que acreditam que há mais dificuldades que facilidades. Já outros acham o evangelho tão desafiador que chega em pensar desistir. Independente das divergências, o que sabemos é que há espalhado na terra um povo que ama a Jesus e que deseja viver de acordo com a sua vontade.

Eu não sei se algum dia você já se pegou pensando algo como: “Ah! Jesus! Eu gostaria de fazer pra você uma comida gostosa! O meu prato especial”. Não sei se algum dia, em meio ao cotidiano da vida, você experimentou esse sentimento de amor por Jesus. Esse desejo de estar com Ele e apenas com Ele.

Quem sabe você é uma dona de casa que se abaixa para lavar o banheiro. E nesse cotidiano diário, em meio as suas tarefas, se derrama ao Senhor cantando canções. Contando histórias, fazendo orações tão sinceras que nem nota que estás a orar. Então, de repente, você sente um toque de amor. Às vezes é suave, mas às vezes é tão forte que começas a chorar.

Quem sabe você é um estudante universitário, um trabalhador braçal, um advogado ou um professor. E quando caminha pelas ruas, em seu pensamento conversa com o Espírito Santo. E, assim como o sol se põe a brilhar e você sente na pele calor, também sente em seu interior o fogo do Espírito, porque Ele te mostra que não está só. Ele te mostra o caminho que deve seguir. E nesse cotidiano com Jesus, a vida que o Senhor te dá se enche de alegria.

“Alegre-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” Salmos 16.9,11

Você consegue ver os caminhos da vida? Consegue sentir essa plenitude de alegria mesmo em seus dias mais costumeiros? As luzes dos palcos e das plataformas sempre serão apagadas e, o que restará no final, é tudo aquilo que foi cultivado em “segredo”. Cultivado, entre nós e o Senhor, mesmo que ninguém estivesse olhando. Isso é o que chamamos de viver para audiência de um.

Nada se compara a experimentar esse relacionamento de amor pessoal com Jesus no cotidiano de nossas vidas, enquanto realizamos nossas tarefas diárias e simplesmente servimos aqueles a quem Deus nos deu para servirmos com as obras de nossas mãos. Nós ficamos em silêncio para ouvi-lo porque amamos a sua palavra, amamos aprender com Ele e somos os amigos do seu coração.

Se você nunca viveu cotidianamente com Jesus, te convido a fazê-lo. Independentemente se você acha que a vida cristã é fácil ou difícil, viva cotidianamente com Jesus. Isto é, todos os dias busque-o de todo o coração. Cultive o amor pelo Filho de Deus e deixe que esse amor cresça e te inunde. 

Minha oração é que o Senhor nos surpreenda e nos ensine sobre o seu coração mesmo nos dias mais normais. Que não nos sintamos entediados, mas que possamos nos encher de gratidão pela vida que Ele nos dá. Que possamos celebrá-Lo eternamente.

“Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei o teu nome para todo o sempre. Todos os dias te bendirei e louvarei o teu nome para todo o sempre.” Salmo 145.1-2