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Por que um cristão deve saber sobre Israel?

Escatologia

 

Um cristão deve saber sobre Israel pois a compreensão do papel de Israel no plano de Deus é fundamental. E portanto, a Bíblia ensina que Deus escolheu Israel como seu povo e estabeleceu uma aliança com eles, conforme descrito em Deuteronômio 7:6-9. Além disso, a vinda do Messias, Jesus Cristo, foi profetizada nas Escrituras Hebraicas como um judeu.

“Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal”. Deuteronômio 7:6

Assim, um cristão deve saber sobre o papel de Israel no plano de Deus. Pois isso nos ajuda a entender, à luz da história bíblica, o propósito de Deus para a humanidade, conforme descrito em Efésios 1:7-10.

 

O que os cristãos querem dizer quando mencionam “Israel”?

  1. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó

Primeiramente, podem estar se referindo ao povo judeu que descende dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Eles são considerados os ancestrais fundadores do povo judeu e a base da história e das tradições da fé judaica. 

Segundo a narrativa bíblica, Abraão foi o primeiro patriarca a receber a promessa de Deus de que sua descendência seria numerosa e abençoada. Abraão teve dois filhos, Isaque e Ismael, mas a linhagem escolhida para continuar a promessa divina foi a de Isaque. Este, por sua vez, teve dois filhos, Jacó e Esaú. Jacó, que mais tarde teve o nome mudado para Israel, é considerado o terceiro patriarca.

E disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” (Gênesis 32:28)

Este versículo marca um momento importante na história bíblica, em que Deus renomeia Jacó como Israel, o que significa “aquele que luta com Deus”. A partir desse momento, Jacó é referido como Israel e é considerado o terceiro dos patriarcas fundadores do povo de Israel, juntamente com Abraão e Isaque.

  1. A parcela geográfica de terra prometida por Deus a Abraão

De acordo com o livro do Gênesis capítulo 15 da Bíblia, Deus fez uma aliança com Abraão prometendo que seus descendentes teriam a terra em que viviam como herança.

Assim, Deus prometeu essa terra, que é a atual região de Israel, como herança aos seus descendentes. E também, é conhecida por diferentes nomes ao longo da história, como Canaã, Palestina, Terra Prometida e Terra Santa.

  1. O Estado de Israel moderno

O Estado de Israel moderno foi fundado em 1948 após a Resolução 181 (II) das Nações Unidas de 29 de Novembro de 1947. Assim, esse Estado é governado por uma liderança secular, democraticamente eleita, o que significa que não há uma liderança religiosa que controla o país, mas sim uma liderança eleita pelo povo.

Embora a região prometida por Deus a Abraão na narrativa bíblica inclua uma área geográfica maior do que a atual área ocupada pelo Estado de Israel, o país ainda reivindica essa área como sua herança histórica e religiosa. No entanto, o Estado de Israel moderno ocupa consideravelmente menos terra do que a região prometida a Abraão na narrativa bíblica.

  1. A Igreja como o “Israel” de Deus

Há uma visão que considera a Igreja como o “Israel de Deus”, e essa visão é conhecida como “teologia da substituição”, ou “supersessionismo”. Ela sugere que a igreja cristã substituiu a antiga aliança entre Deus e o povo de Israel, e que agora os cristãos são os verdadeiros herdeiros da promessa de Deus a Abraão. 

No entanto, essa visão é controversa e não é aceita por todos os cristãos, especialmente pelos que se identificam com o judaísmo messiânico. E assim, nós, da liderança da FHOP, não concordamos com essa visão.

Nessa visão, a igreja é vista como o “Israel de Deus” porque “a fé em Jesus Cristo é o que realmente importa” e não o pertencimento a um grupo étnico ou nacional. Em outras palavras, a fé em Jesus Cristo é que faz as pessoas pertencerem ao verdadeiro Israel de Deus, e não a descendência biológica ou a obediência a um conjunto de regras e rituais religiosos.

 

O  mistério de Israel e a Igreja nos escritos de Paulo

A questão do mistério de Israel e da Igreja é uma das principais temáticas abordadas por Paulo em suas cartas. De forma simplificada, Paulo ensinou que Deus escolheu Israel como seu povo especial no Antigo Testamento, e que a salvação era para ser oferecida primeiro aos judeus.

Porém, muitos judeus rejeitaram Jesus como o Messias, e a salvação se tornou acessível também aos gentios (não-judeus) por meio da fé em Jesus. Assim, a Igreja é formada por judeus e gentios que crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Paulo afirma que esse plano de Deus para a salvação é um mistério que foi revelado a ele e aos outros apóstolos, e que antes não era completamente compreendido pelos seres humanos. Ele enfatiza que essa união entre judeus e gentios na Igreja é algo surpreendente e maravilhoso, e que revela a graça e o amor de Deus para com toda a humanidade.

A união entre judeus e gentios 

Em suas cartas, Paulo usa várias imagens para descrever essa união entre judeus e gentios na Igreja, como um corpo, um edifício, um novo homem e um povo escolhido. Ele também fala da responsabilidade da Igreja de ser uma testemunha da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade, e de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com o mundo.

Assim, o mistério de Israel e da Igreja nos escritos de Paulo é a revelação de que a salvação é oferecida a todos, judeus e gentios, por meio da fé em Jesus Cristo. Essa união entre judeus e gentios na Igreja é uma expressão da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade. Logo, o cristão deve saber sobre Israel pois a Igreja tem a responsabilidade de compartilhar essa mensagem de salvação com o mundo.

Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios. Romanos 11:25

 

Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, que não foi dado a conhecer aos filhos dos homens em outras gerações, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas pelo Espírito; a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. Efésios 3:4-6 

Com o retorno de Cristo, judeus e gentios que creem em Jesus Cristo serão unidos como um só povo de Deus.

Os mistérios de Deus e seu propósito na história redentora

O cristão deve saber sobre Israel pois entender que a noiva do Cordeiro será composta por judeus e gentios nos ajuda a perceber como Deus está unindo as duas comunidades. E assim, devemos saber como podemos colaborar para essa união.

Além disso, reconhecer a importância de Israel no plano redentor de Deus nos lembra de que Ele é fiel em cumprir Suas promessas. E portanto, nos lembra que Sua obra de salvação inclui todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica, desde que coloquem sua fé em Jesus Cristo.

1. O propósito de Deus.

A compreensão do que Deus está a fazer na história humana para colocar tudo sob a liderança do seu Filho.

2. A atividade de Deus:

Os detalhes de como Deus deve agir a fim de orquestrar o Seu plano. As Suas decisões baseadas na Sua perfeita justiça.

3. A estratégia de Deus:

Compreender porque é que Deus age da forma como age. Ele orquestrou a história, com sabedoria. E assim, trazer o maior número de corações humanos à plenitude do amor para com Ele. E isso, sem violar o livre arbítrio humano e com a menor quantidade de sofrimento.

 

O cristão deve saber que Deus usa Israel para preservar Sua palavra

No cumprimento dessas promessas, Deus usou Israel para preservar Sua palavra e revelar Seu caráter ao mundo. Ele os usou para dar à humanidade a lei, as Escrituras e os profetas, bem como para trazer o Messias, Jesus Cristo, ao mundo.

Através de Jesus, as promessas feitas a Israel são cumpridas. E por meio Dele, todas as nações agora têm a oportunidade de ser abençoadas. Logo, Israel é um “agente” para que tudo seja colocado sobe a liderança do Messias.

Interpretando Israel

Não podemos ignorar o mistério, pois o problema de não entendê-lo é que pode levar a interpretações errôneas das Escrituras e, consequentemente, a uma compreensão equivocada do plano redentor de Deus para a humanidade.

O dispensacionalismo e o aliancismo são duas abordagens teológicas que têm sido utilizadas para interpretar a Bíblia. Ambas têm seus pontos fortes e fracos, mas uma falha comum que ambas podem apresentar é a falta de
compreensão do mistério de Israel.

 

A igreja faz parte desse plano

O mistério de Paulo se refere à revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo. Se não entendermos o mistério de Paulo, podemos cair na armadilha de separar Israel e a igreja em dois povos distintos, com diferentes planos e propósitos de Deus para cada um deles. Isso pode levar ao erro de pensar que a igreja é uma espécie de plano “B” de Deus, criado somente depois que os judeus rejeitaram o Messias.

No entanto, a verdade é que Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo, e a igreja é uma parte essencial desse plano.

Precisamos entender o plano de Deus para a humanidade, e a Igreja e Israel fazem parte desse plano. Nos escritos de Paulo, ele fala sobre o mistério que se refere a revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo.

Portanto, Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo. Então, a igreja é parte desse plano. Porém, existem abordagens teológicas que são utilizadas para interpretar a Bíblia, que são o dispensacionalismo e o aliancismo. Essas abordagens possuem pontos fortes e fracos. Porém, possuem uma falha que leva a uma falta de compreensão do mistério de Israel.

 

Dispensacionalismo e aliancismo

O aliancismo e dispensacionalismo são duas abordagens teológicas diferentes para compreender a história da salvação e o papel de Israel e da igreja nesse processo. Portanto, cada abordagem apresenta implicações significativas na compreensão da relação entre o povo judeu e o cristianismo e, por consequência, na história do antissemitismo.

Dispensacionalismo: duas árvores de salvação

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

 

O dispensacionalismo é uma abordagem que divide a história da salvação em diferentes períodos chamados dispensações, cada uma com um conjunto específico de regras e requisitos.

Segundo essa abordagem, Deus frequentemente testa e oferece uma oportunidade única de salvação em cada uma dessas dispensações. O arrebatamento da igreja é um evento futuro em que os crentes verdadeiros em Jesus Cristo serão retirados do mundo antes da tribulação, para Deus voltar a lidar com Israel na grande tribulação.

Aliancismo: uma árvore de salvação substitui a outra

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto.

Já o aliancismo é uma abordagem que vê a salvação como um processo contínuo, que começa com a primeira aliança de Deus com Adão e Eva e continua através das outras alianças estabelecidas por Deus com a humanidade, culminando na nova aliança em Jesus Cristo. Cada uma dessas alianças é vista como uma etapa importante na história da salvação, mas a nova aliança em Jesus Cristo é a última e final, e não haverá outra.

Consequência do Aliancismo e do Dispensacionalismo

Como já foi dito, ambas as abordagens teológicas têm implicações significativas para a história do antissemitismo. A teologia do aliancismo pode levar à compreensão de que a igreja substitui Israel como o povo escolhido de Deus. Isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

O problema central do aliancismo reside na sua incapacidade de diferenciar entre Israel e a Igreja. Em virtude disso, a corrente reinterpretou uma série de textos do Antigo Testamento, que falam sobre as promessas para Israel a serem cumpridas no fim dos tempos, a posse da nova terra, o milênio, a grande tribulação, dentre outros.

As raízes do aliancismo

Contudo, tal método interpretativo é bastante alegórico, lembrando o antigo método alegórico da escola alexandrina, que teve Orígenes como um de seus representantes, mas que acabou sendo condenado pela Igreja.

Vale ressaltar que essa interpretação do aliancismo tem suas raízes no antissemitismo medieval e isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

Uma árvore não substitui a outra

A ideia de que uma árvore de salvação substitui a outra pode levar à interpretação equivocada de que Deus rejeitou os judeus e escolheu os cristãos como o novo povo escolhido.

Por outro lado, a teologia do dispensacionalismo pode levar a uma compreensão equivocada de que Deus perdeu o controle da história. A ideia de que Deus precisaria retirar a igreja do mundo antes da tribulação pode levar a uma mentalidade de escapismo.

Deus nunca perdeu o controle

Conforme as Escrituras, pode-se afirmar que todo o sofrimento do povo judeu na história da humanidade não ocorreu sem a supervisão e controle de Deus. A Bíblia ensina que Deus é soberano sobre todas as coisas, incluindo o sofrimento do Seu povo escolhido. Um exemplo disso é o livro de Jó, onde Deus permitiu que Satanás afligisse Jó, mas manteve sempre o controle da situação.

Além disso, a Bíblia nos mostra que Deus usa o sofrimento para cumprir Seus propósitos e planos soberanos. Por exemplo, no Antigo Testamento, podemos ver que Deus usou a escravidão no Egito para libertar o povo de Israel e levá-los à terra prometida (Êxodo 12:40-42).

Assim, nos dias de hoje, Deus também pode usar o sofrimento do Seu povo para realizar Sua vontade. Isso não significa que Deus cause o sofrimento, mas significa que Ele pode permiti-lo para nos moldar e nos tornar mais como Cristo (Romanos 8:28-29):

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:28,29

E quando Deus restaurar Israel, como prometeu em Sua Palavra, será uma ocasião gloriosa. A Bíblia nos diz que Jesus Cristo retornará para estabelecer Seu reino na Terra e Israel desempenhará um papel importante nesse evento (Zacarias 14:1-9).

 

Inclusão ou Teologia da Promessa

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

De acordo com a visão de inclusão radical, o plano divino não se limita apenas ao povo judeu, mas abrange todas as nações. Deus prometeu a Abraão (Gn 12:1-3) que todas as nações da Terra seriam abençoadas através dele. E essa promessa se cumpriu em Jesus Cristo, o salvador de toda a humanidade, tanto judeus quanto gentios. O apóstolo Paulo, em suas cartas aos Romanos e Efésios, fala extensivamente sobre a inclusão de todas as nações na salvação divina. Em Efésios 2:11-13 vemos:

Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Efésios 2:11-13

 

Igreja e Israel

Conforme a igreja amadurece espiritualmente, ela passa a compreender com mais clareza o papel de Israel no plano divino e como sua própria existência está conectada a isso. Isso envolve reconhecer que a igreja não substitui Israel, mas que ambas as partes são essenciais para a realização do plano divino de salvação da humanidade. Juntos, judeus cristãos (a Israel de Deus) e gentios cristãos compõem o que chamamos de povo de Deus.

 

Além disso, à medida que a igreja cresce, ela compreende como pode trabalhar em conjunto com Israel para cumprir o plano de Deus na história. A cooperação e a união entre judeus e gentios são fundamentais para a realização do propósito divino na história.

Nesse mês de maio, nós iremos nos unir com cristãos de várias partes do mundo em prol de um jejum de 21 dias e estaremos orando por Israel, em um movimento global de oração. E aproveitando esse tema, vamos esclarecer a importância que Israel tem para nós cristãos. Talvez você esteja confuso ou não saiba porque orar por Israel. Nós não acreditamos que a igreja substituiu Israel nos planos de Deus, muito pelo contrário, acreditamos na centralidade de Israel nesse plano e é sobre isso que conversaremos hoje. 

 

Orar por Israel é a certeza de orar a vontade de Deus

Você já teve dúvidas sobre se suas orações estão alinhadas com a vontade de Deus?  Embora Deus ouça todas as orações, nem todas são respondidas. Deixa eu te dar uma dica muito valiosa: ore por Israel e você verá que essa oração certamente será respondida pois ela é a vontade de Deus. As vezes pensamos que não temos fé suficiente em nossos pedidos. Mas se tem um tópico de oração pelo qual podemos ter certeza que é a vontade de Deus, esse tópico é Israel. Sabe por que eu afirmo isso? Porque é promessa de Deus.

O profeta Isaías se refere a quem ora por Israel como “vigias” em Isaías 62:6-7: “Ó Jerusalém, sobre os teus muros coloquei vigias, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra”. Ou seja, pessoas que não descansam até que a vontade de Deus se cumpra em relação a Israel. Junte-se a esses vigias e ore por eles, confiando na promessa de Deus.

 

Quatro motivos para orar por Israel

Se você está em busca de razões para orar por Israel, aqui estão algumas delas. Orando por Israel, primeiramente, devemos nos lembrar que Deus está no controle do endurecimento e abertura dos olhos de Israel, e confiar que suas promessas serão cumpridas. Como igreja cristã, é importante amar e orar pelos nossos irmãos judeus, lembrando sempre que Jesus é judeu. Algumas razões específicas para orar por Israel incluem:

 Ore pela salvação dos judeus

Conforme Romanos 11:26. Muitos judeus não conhecem a verdadeira natureza de Jesus e o consideram apenas um fundador de uma nova religião. Um dos motivos mais relevantes de oração é para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido. Quando lemos Atos 15, vemos que o cenário ali era diferente, a pergunta deles era: “seria possível os gentios seguirem um Messias de Israel?”. Hoje, ouvimos que os judeus não creem em Jesus. O que aconteceu? Muitos judeus não sabem o que é seguir Jesus, muitos deles acreditam que Jesus foi o fundador de uma nova religião. Essa religião, o cristianismo,  na visão deles adora três deuses ao invés de um único Deus. Esteja orando por Israel e ore para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido, seu Senhor e Salvador;

Ore pela proteção de Israel

Como mencionado em Jeremias 31:38. Existe um movimento significativo para aniquilar essa nação, e devemos orar pelos inimigos de Israel, incluindo terroristas pertencentes a grupos extremistas ou mesmo cristãos confusos que acreditam que essa nação não deve existir. Pode parecer estranho mas o fato de Deus escolher Israel para cumprimento de seus propósitos no mundo, irrita a muitos e requer muita fé de nossa parte para confiar na soberania de Deus. É preciso sim muita oração sobre esse motivo;

Ore pela paz em Jerusalém

Conforme Salmos 122:6. Apesar de ser uma cidade importante para Deus, Jerusalém ainda enfrenta conflitos políticos e sociais. Há muito pecado e muita disputa em ambos os lados da cidade, a paz política só será possível no retorno de Jesus mas devemos batalhar pela paz de Jerusalém em oração. Jerusalém está fora das principais rotas comerciais e não tem importância estratégica para um exército conquistador. Se fosse apenas uma batalha física, seria difícil entender o raciocínio por trás disso. Mas sabemos que é espiritual, Deus escolheu habitar no meio de Jerusalém (Zacarias 8:3). Ore para que haja paz nessa cidade e para que Deus proteja seus habitantes;

Ore para o cumprimento das promessas de Deus para Israel

Conforme Isaías 60. Deus tem um plano para esse povo e prometeu que sua glória brilhará sobre eles. Declare essas promessas em suas orações e confie que Deus cumprirá sua palavra.

 

A Importância de Israel na Fé Cristã

Nessa conversa, espero ter ajudado a perceber a importância de Israel para a nossa fé cristã. É interessante lembrar que Jesus era judeu, ele não era cristão ou seja, seguidor de Cristo, ele era o próprio Cristo e  seu nome em hebraico é Yeshua . Maria sua mãe, não era católica e João seu primo, não era da igreja batista, ambos eram judeus também. Portanto, tenha ciência que ao ignorar o povo judeu, estaremos ignorando aonde se iniciou a revelação de Deus. Embora Jesus tenha pregado entre gentios, isso trouxe dificuldades para que seus irmãos judeus o reconhecessem como o Messias prometido. No entanto, chegará o dia da reconciliação. Veja o que diz em Zacarias 12:10:

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e súplicas de misericórdia, para que, quando olharem para mim, para aquele a quem traspassaram, o pranteiem como se pranteia filho único, e chorar amargamente por ele, como se chora por um primogênito”. Zacarias 12:10

Foi providência de Deus todos esses anos de rejeição por parte dos judeus para benefício e salvação de todos nós. Por isso, participe conosco desse jejum por Israel, entendendo a relevância dessa nação tanto para o cristianismo quanto para o retorno de Jesus. Não esqueça que o nome Jesus hoje para os judeus pode parecer gentil demais, mas Ele é o próprio Cristo.

E por fim, vamos lembrar que a importância de Israel não está apenas no passado, mas também no presente e futuro, conforme as promessas de Deus. Junte-se a nós nesse jejum e esteja orando por Israel, e confie na soberania de Deus para cumprir suas promessas.

 

Da primeira à última Páscoa. O que de fato era a Páscoa e como foi sua primeira celebração?   

Antes de mais nada, acho importante compreendermos o que Jesus fez na sua última Páscoa com seus discípulos, a luz do que aconteceu na primeira Páscoa no Antigo Testamento. A Páscoa que se instituiu nos capítulos 11 e 12 de Êxodo. 

A palavra Páscoa está relacionada ao termo hebraico Pessach que significa “passar por cima, passar sobre” se referindo ao livramento que o povo de Israel recebeu. A Páscoa é a primeira das três principais festas que o povo celebrava. 

A Páscoa precede a libertação

A saber, o povo hebreu estava sendo escravizado no Egito. Então Deus enviou dez pragas a fim de mostrar seu poder perante Faraó e libertar o seu povo. Por trás de cada praga que Deus enviou antes da libertação do povo do Egito, era com o propósito de humilhar uma divindade daquele lugar. Todavia, quando Deus envia a última praga era com o intuito de humilhar o próprio Faraó. 

À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve semelhante e nunca haverá”; Êxodo 11:4-6.

 Esse momento final, da última praga, está ligado ao tanto que Faraó tinha feito o povo sofrer então, ele tinha que sentir na pele a morte de seu primogênito e também de todo o seu povo. 

Logo, Faraó era visto como um ser divino e seu filho seria seu sucessor nesse papel divino humano. Mas, todos os primogênitos estavam sujeitos à morte com o envio da última praga, a não ser  que algo fosse feito. 

Nesse sentido, um cordeiro sem defeito teria que ser imolado e seu sangue colocado nos umbrais das casas dos hebreus. Então, o anjo passaria e não mataria o primogênito dessas casas marcadas. Por isso a Páscoa precede a libertação e passa a ser  a celebração da última praga que Deus livrou seu povo, porque obedeceram a sua ordem de colocar sangue nos umbrais das portas. Essa foi uma forma de mostrar que nessas casas haviam pessoas de aliança com Deus. 

A festa da primeira Páscoa

Deus estabelece a festa da primeira Páscoa nessa ocasião da libertação do povo de Israel do Egito. O capítulo 12 mostra isso: “O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito. Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes o comemorarão como festa ao Senhor. Comemorem-no como decreto perpétuo”. Êxodo 12:13,14.

Dessa forma, o final do capítulo 12 mostra as recomendações de como a primeira Páscoa deveria ser celebrada dentro da comunidade de Israel quando eles, de fato, receberam a grande libertação. 

A libertação mostra a superioridade de Deus sobre outros deuses falsos, os poderios humanos e a força tirana dos governantes maus. E assim como Deus mostrou justiça, misericórdia e poder trazendo a maior libertação da história do povo hebreu da escravidão egípcia, Ele continua agindo hoje poderosamente produzindo grandes libertações e, sobretudo, libertação espiritual. 

A última Páscoa

Assim, em sua última Páscoa com seus discípulos, na noite antes de sua morte, Jesus diz: “Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois, eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus”.Lucas 22:15,16. 

Portanto, muitas instruções foram  dadas para a primeira Páscoa. Ela apontava para a última Páscoa. Eles precisavam de um cordeiro sem defeitos antes de saírem para um êxodo. 

Então, após a libertação deles, um êxodo foi necessário para prepará-los para a tão aguardada terra prometida. E nessa peregrinação, nesse êxodo em que Deus fez  coisas maravilhosas por meio de Moisés, vemos que o que Ele  fez por meio de Jesus é muito maior. Você percebe? Temos um novo Moisés, um que liberta o povo definitivamente. Cristo está nos liderando para um novo êxodo, nós precisamos ser libertos também e preparados para à terra prometida.

A Páscoa é necessária para o êxodo, sem Páscoa não há êxodo. Sem cordeiro não há libertação. Assim como os hebreus precisaram comer e estar preparados antes da peregrinação, nós também estamos em jornada, sendo preparados para uma terra que não conhecemos ainda, mas que já cremos.

Assim, Jesus é nosso cordeiro sem defeitos, Ele foi analisado por autoridades e nenhuma falha foi encontrada. Mas eles precisavam condená-lo. O sangue está disponível, Ele foi morto. O cordeiro que vinha sendo anunciado pelos profetas agora está ali com seus discípulos anunciando que as profecias são  sobre Ele. Nós precisamos de um novo êxodo e de salvação. Nós necessitamos de uma Páscoa e um cordeiro. 

A ordem de Deus é para celebrarmos a Páscoa

Sem dúvida a Páscoa não é simplesmente um feriado em nosso calendário.  Ela aponta para nossa necessidade maior. Precisamos de uma libertação e de um êxodo. A Páscoa das Páscoas já aconteceu e agora temos nosso cordeiro perfeito. E a partir dessa realidade, precisamos ter consciência da  nossa necessidade de um cordeiro sacrificado por nós. Um cordeiro que ressuscitou e nos garante a esperança de um último êxodo definitivo.

Assim como Jesus disse que não mais cearia até que se cumpra no reino de Deus, nós celebramos a Páscoa justamente para lembrar essa promessa. A primeira Páscoa marcou a libertação do povo de Deus do Egito. A última Páscoa com Jesus presente marca a libertação dos filhos de Deus da escravidão do pecado, pela morte e ressurreição de Jesus. O verdadeiro cordeiro perfeito. Por isso ceiamos, pois celebramos a vitória de Cristo.

Por fim, a ordem de Deus é para celebrarmos a Páscoa. Esse é um memorial perpétuo que deve permanecer em nossa prática. Isso significa que devemos nos lembrar dos grandes feitos de Deus na história em favor do seu povo e nos reunir em família, em comunidade e como igreja e comemorar com o espírito correto aquilo que Deus ordenou. 

Mas se a Páscoa não for uma realidade em nossa vida, se Deus não trouxe libertação ao nosso coração então, nossa comemoração será vazia. Observe, hoje, se seu coração foi libertado por Cristo Jesus e se você já está em comunhão com Deus. Então sim! Sua Páscoa será verdadeira e completa.

Pai, obrigada, porque devido ao cordeiro uma Páscoa foi possível.

O que é avivamento? Qual o papel da oração?

Se você é cristão e tem acesso ao Instagram, certamente as notícias a respeito do que está acontecendo na Universidade de Asbury, em Kentucky nos Estados Unidos chegaram a sua timeline.

Na última quarta feira (8 de fevereiro) o que começou como um culto entre os alunos, tornou-se uma reunião de oração que já dura mais de 100 horas.

Ainda que seja cedo para chamarmos de avivamento o que está acontecendo, precisamos estar sensíveis ao despertamento que o Espírito Santo está promovendo e pensar em como devemos nos posicionar.

 

O que é um avivamento?

“não esperamos ver o avivamento de uma pessoa que está totalmente morta, e nós não poderíamos falar sobre reviver uma coisa que nunca viveu antes. É claro que o termo “avivamento” só pode ser aplicado a uma alma vivente, ou que já viveu alguma vez. Pois, ser avivado é uma bênção que só pode ser apreciada por aqueles que têm algum grau de vida. Aqueles que não têm vida espiritual não são, e não podem ser, no sentido mais estrito do termo, os sujeitos de um avivamento. Muitas bênçãos podem vir para o não-convertido em consequência de um avivamento entre os Cristãos, mas o próprio avivamento tem relação apenas com aqueles que já possuem vida espiritual. Deve haver vitalidade em algum grau, antes que possa haver uma ativação da vitalidade, ou, em outras palavras, um avivamento.”

Charles H. Spourgeon (Leia o texto completo aqui)

 

Avivamento não se resume a manifestação de dons, salvação, curas ou barulho. Ainda que todas essas coisas aconteçam como frutos, o avivamento é um novo sopro de vida.

Em II Reis 22 vemos a história do rei Josias, que ao encontrar-se com a palavra, prostrou-se em arrependimento. Isso é avivamento.

Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes. – 2 Reis 22:11

O reencontro com a verdade, a certeza e alegria da salvação, a convicção de pecado e arrependimento. Esses serão os frutos primários de um avivamento. O pavio fumegante que é reincendiado.

A importância da Oração

Por seus esforços o homem é INCAPAZ de produzir avivamento. Não há músico ou preletor habilidoso o suficiente, luzes e palcos impressionantes o sufiente ou até um discurso comovente o suficiente para gerar vida. Não é possível marcar data, hora e local para o avivamento. O Avivamento é unicamente obra do Espírito Santo, contudo é nosso papel pedir a Ele que aconteça.

Historicamente, não há avivamento sem oração. Ao olharmos para os relatos de avivamentos, como o da Rua Azusa ou do País de Gales, podemos ver como a oração é parte fundamental do mover de Deus. Vemos homens e mulheres que se posicionaram por anos, clamando por suas igrejas ou sua geração e, a partir de uma reunião de oração, o Senhor os respondeu.

Portanto, nossa resposta diante dos acontecimentos atuais deve ser:

Ore por um avivamento pessoal

Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. – João 17:17

Peça ao Senhor que te dê fome pela Sua palavra e te santifique através dela. Clame por anseio pela Sua presença e por um coração arrependido. Ore por um coração puro e um espírito reto.

Ore para um avivamento na sua igreja e seu país

Torna-nos a trazer, ó Deus da nossa salvação, e faze cessar a tua ira de sobre nós.
Acaso estarás sempre irado contra nós? Estenderás a tua ira a todas as gerações?
Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti? – Salmos 85:4-6

Se posicione como um intercessor diante do Senhor, pela sua igreja, sua cidade ou a igreja do seu país. Peça ao Senhor que encontre os cansados e sobrecarregados, que renove Suas forças, e traga-os para mais perto novamente. Ore por comunidades que amem ao Senhor de todo o coração, alma, força e entendimento.

Ore pelo grande avivamento da igreja

…como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. – Efésios 5:25-27

Portanto, lembre-se, o Senhor vem buscar uma noiva perfeita, viva, e essa deve ser nossa principal motivação ao orarmos por avivamento. Ore para que o Senhor aperfeiçoe Sua igreja, para que ela seja avivada, santa e irrepreensível, afim de estar pronta e o  dia do nosso encontro enfim chegue.

 

 

 

 

A segunda vinda de Jesus tem que ser um anseio em nosso coração. 

Por muito tempo eu não pensava sobre a volta de Jesus. Tinha um pensamento muito egoísta de que precisava realizar tantas coisas antes do meu Mestre retornar a terra.       

Certamente, meu coração mudou nos últimos anos, aliás, comecei a entender que existia um anseio em mim que somente seria satisfeito ao estar diante do meu amado Jesus. 

 Afinal, diante de tudo o que estamos vivendo e em face do que ainda vamos viver, desejar a volta de Jesus tem que ser um dos nossos maiores anseios. 

Aguardando Aquele que virá mais uma vez 

que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos 1:11 

Inegavelmente, essa é nossa esperança:  Ele voltará, a segunda vinda é uma promessa, é um alvo e o nosso consolo. 

Inesperadamente, nosso Amado Jesus vai voltar e estabelecer justiça sobre a terra. 

Então, as nações verão o Rei, o Justo juiz reinará sobre os povos. 

“Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. Marcos 13: 26,27 

O retorno para sua noiva 

Afinal, Jesus retornará para a igreja que o espera. E essa igreja  precisa estar como uma noiva adornada, que não deixou faltar o óleo em todo o tempo que esteve à espera do seu amado. 

Sobretudo, como parte desta igreja que o aguarda, quero poder olhar nos olhos de Jesus e entender muito mais sobre o amor perfeito que emana Dele. 

Como essa noiva que o aguarda eu digo Maranata, vem Senhor Jesus! 

Maranata é uma expressão de origem aramaica que, na tradução para a língua portuguesa, tem um significado semelhante a “vem, Senhor” ou “nosso Senhor vem”

O que fazer até o retorno de Jesus? 

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2: 11-14 

Conforme os versículos de Tito e de Lucas temos alguns bons conselhos de como levar nossa vida. 

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar de pé diante do Filho do homem”.

Lucas 21: 34-36

Afinal, mantenha-se próximo a Ele nesta era para poder estar ainda mais perto na era que está por vir. 

Este é o mês em que comemoramos a sua primeira vinda. Neste tempo, relembre tudo o que Jesus fez por você e agradeça a Ele mais uma vez não só pela primeira vinda, mas principalmente porque Ele irá retornar. 

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve! ” Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20 

Deus te abençoe, Feliz Natal! 

 

Eu não sei se você consegue perceber, mas entre o final de novembro e o início de dezembro, um sentimento de esperança já vai apontando no ar. As pessoas começam a colocar as decorações de natal, o comércio vai ficando mais alegre e agitado.

Para nós, cristãos, o Natal tem um significado além do agito e das compras de presentes. Ou, pelo menos, deveria ter. O que significa esse tal de “Advento”? Não, ele não é um termo bíblico e você não encontrará versículos sobre ele. O advento nada mais é do que “Vinda ou Chegada”, conforme sua origem na palavra em latim “adventus”.

Assim, o advento foi sendo estruturado com o passar dos anos pelas tradições cristãs. Ele faz parte do calendário litúrgico e começa no quarto domingo que antecede o Natal. O advento é para o Natal, o que a quaresma é para a Páscoa. No caso do Natal, o Advento nos prepara para a vinda do menino Jesus, mas também nos enche de esperança para o retorno, ou seja, a  segunda “vinda” do Rei dos Reis.

Devemos Celebrar o Advento?

Certamente há muitas maneiras de como celebrar o Advento. As igrejas mais históricas têm esse hábito presente em seu calendário.  E com alegria se espera o nascimento de Jesus cantando hinos, recitando versículos específicos, acendendo velas, fazendo jejuns e orações. 

Mas o mais importante, e claro, se você tiver crianças ao seu redor melhor ainda, é colocar o foco Nele, no Salvador do mundo. Não coloque expectativas nas crianças por coisas materiais. Embora seja uma época agitada, devemos nos acalmar enquanto aguardamos o Natal e instruir os pequenos a desejarem a segunda vinda de Cristo e de serem gratos por sua vinda como homem, na primeira vez.

Então sim, nós devemos resgatar essa tradição e celebrá-la e não abandoná-la. E claro, ganhar presentes e dar presentes são ações muito boas, mas esse não deve ser o motivo pelo qual nós esperamos pelo Natal. Essa é uma excelente época para trazermos luz sobre o porquê um salvador veio até nós. “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Lucas 2:11

É provável que existam pessoas interessadas à nossa volta que não conhecem a profundidade do significado desta data. Então, porque não dar a elas esse entendimento e já fazê-las desejar pelo retorno de Jesus? Pense nisso. Além de ser importante para a nossa fé, ainda ajudará a acrescentar fé aos que estão ao nosso redor.

Resgatando a tradição do Advento

Com efeito, essa crescente divulgação sobre a existência do Advento em nosso calendário cristão, nos trará maior familiaridade com essas datas, que talvez antes eram quase ignoradas por nós. Talvez, mesmo você que está lendo, nunca tinha ouvido falar sobre o Advento. Eu particularmente estou muito feliz com essa divulgação. Pois isso resgatará o verdadeiro sentido desta data. Pelo menos, assim esperamos.

Muito além de nos alegrarmos com a obediência de Jesus, de vir até nós e se fazer carne, o objetivo do Advento é também nos levar a desejar pelo retorno de Jesus. Não nos alegramos apenas com a encarnação do Verbo, mas desejamos e anunciamos o retorno triunfante dele. Sim, precisamos acender essa chama de esperança em nós novamente. E deixar que isso cresça nos corações de nossas crianças, família e amigos.

Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Hebreus 9:28

Ademais, eu penso que essas ferramentas, assim como o uso do Advento ou do calendário litúrgico, colocam o centro da nossa fé e vida de volta em Cristo. Essas comemorações nos lembram para quem estamos vivendo. Ao celebrar todos os anos as mesmas datas, nossa fé se volta exatamente para onde ela deve estar: na obra e na pessoa de Cristo. Quantos de nós perdemos comemorações de natais por não entendermos que esse é um tempo de alegria e esperança?

Celebrar para termos a esperança viva

Por fim, ao atentarmos para o calendário litúrgico e assim celebrarmos o Advento, nossos corações se encherão de esperança. Sim, nós precisamos ter essa esperança viva dentro de nós de que a segunda vinda de Jesus é uma verdade pela qual vivemos.

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade”. João 17:18,19

Além disso, o Advento começa nos lembrando do nosso anseio escatológico pelo novo céu e pela nova terra. Preparando nossos corações para celebrar o nascimento do nosso salvador e para nos lembrar de que cada dia está antecipando o seu retorno. Nos faz lembrar que a nossa esperança é Jesus e de que Ele já está aqui conosco, na verdade, Ele sempre esteve conosco e sempre estará.

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”. Tito 2:13,14

Há muitas histórias inspiradoras sobre os movimentos de oração mundo afora  E nós estamos vivendo um tempo tão precioso onde há um número crescente de movimentos de orações surgindo. Isso faz parte do tempo que se caminha para o fim. Fim do mundo? Não. Fim desta era corrompida para uma era onde Deus voltará a habitar conosco em plenitude.

Nós, com certeza, não temos a capacidade de reproduzir esses despertamentos espirituais registrados na história, mas podemos aprender muito com eles. Como na história dos morávios juntamente  com o Conde Zinzendorf  onde eles mesmos reconheceram que este acontecimento foi obra da graça de Deus. Assim como Paulo também escreveu reconhecendo a graça de Deus em I Coríntios 15:10: “ Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”.

O  casal Zinzendorf e os irmãos Morávios

O conde Nikolaus Ludwig von Zinzendorf era de uma família da alta sociedade da Alemanha de origem luterana e um cristão muito dedicado. Após estudar direito e teologia na Universidade de Wittenberg, casou-se com a condessa Erdmuth Dorothea Reuss. Erdmuth seria uma ajudadora incansável do seu marido e da igreja. No seu túmulo, os refugiados morávios gravaram os seguintes dizeres: “Mãe Adotiva da Igreja dos Irmãos.”

Conde Zinzendorf adquiriu de sua avó a vila de Berthelsdorf e, sendo um proprietário feudal, instalou seu amigo João Rothe como pastor. Prometeu a ele  que ajudaria a transformar a vila numa verdadeira comunidade de crentes, sem ainda saber como Deus responderia a esse desejo mais profundo do seu coração. Essa vila, anos mais tarde, serviria de abrigo para cristão perseguidos da Morávia e Boêmia, cidades pertencentes ao que seria hoje a atual República Tcheca. 

Parecia o fim dos cristãos da Boêmia e Morávia com perseguições tão intensas. Mas Deus usou um jovem pastor da Morávia, chamado Christiano David, apelidado de “o servo do Senhor” para reanimar os irmãos.

Sua pregação causou um despertamento espiritual, o que provocou novamente muitas perseguições. Christiano foi apresentado então ao pastor Rothe, o qual levou-o para falar com Zinzendorf. Este concordou em receber os irmãos perseguidos em Herrnhut, sua propriedade. Cinco famílias da Morávia inicialmente aceitaram o desafio de se mudarem para Herrnhut e assim em 1722 chegaram à vila de Berthelsdorf.

O início do maior movimento de oração da história

No ano seguinte outros cristão perseguidos chegaram na propriedade do Conde Zinzendorf, dentre eles os irmãos da Boêmia e mais refugiados da Morávia. Após alguns ajustes por divergência étnicas e de visões teológicas, eles iniciaram todas as noites reuniões de oração, cânticos ou estudos bíblicos. O movimento era calmo e de regozijo no Senhor. Sem brigas e com a igreja reorganizada e unida na busca pela santificação, o pastor Rothe convidou toda a igreja para a Ceia do Senhor na igreja central de Berthelsdorf, num culto marcado para a manhã de uma quarta-feira no dia 13 de agosto de 1727.

Antes mesmo do culto começar, um senso de reverência era fortemente sentido. Durante o culto, quando o conde fez a oração de confissão antes da ceia do Senhor, todos foram tocados por um sentimento de arrependimento e muitos suplicaram perdão pelo sangue de Cristo. Houve um profundo senso de comunhão com Cristo e com os outros, e eles reconheceram: “Aprendemos a amar”.

 Sem perder esse toque celestial, duas semanas após aquela Ceia memorável, Herrnhut iniciou a “Intercessão de Hora em Hora”: durante 24 horas por dia havia oração e cada irmão ou irmã tomava o seu lugar nesse rodízio. Essa foi a reunião de oração mais longa da história, pois estendeu-se por mais de um século. Esse movimento de oração nos mostra que é possível com constância manter essa chama acessa.

O que podemos aprender com o movimento de oração dos  Morávios

Contei essa história para que possamos aprender com esse movimento. Sabe o que mais aconteceu depois desse dia? Um grupo de jovens solteiros começou a estudar a Bíblia, Geografia, Medicina e línguas. Sentiam que Deus estava preparando-os para uma obra maior. E Deus estava mesmo, pois nos anos seguintes se iniciaria o trabalho missionário dos morávios.

Aquela cidade da Alemanha, Herrnhut, em vinte anos enviaria mais missionários ao exterior do que qualquer outra igreja protestante em seus primeiros duzentos anos de existência. A igreja Morávia se tornou mais tarde maior que a própria igreja inicial. Podemos aprender com essa história que esses despertamentos começam com arrependimentos individuais e coletivos, o que resultam em grandes despertamentos para movimentos evangelísticos. Sim é natural o desejo por anunciar as boas novas para que mais pessoas façam parte do reino de Deus.

Movimentos de orações estão crescendo

Estamos vivendo um tempo único na história. Podemos comprovar um crescente número de movimentos de oração e adoração espalhados pelo mundo. Em muitos lugares há reuniões de adoração e intercessão 24 horas por dia e sete vezes na semana.

Talvez você esteja lendo isso e fique triste por não ter esse movimento de oração perto de você ainda, mas te encorajo a orar pedindo a Deus por um despertar em sua cidade. E enquanto isso não acontece, temos o privilégio de acompanhar transmissões online de movimentos que transmitem através da internet.

Deus é o mais interessado no movimento de oração. Ao passo que o dia do Senhor se aproxima, o Espírito Santo está iniciando um clamor em nossos corações para o retorno de Jesus. Pois o versículo diz: “O Espírito (primeiro) e a noiva (segundo) dizem “Vem”. (Apocalipse 22:17)

A consequência disso será movimentos de oração dia e noite se intensificando no clamor pelo desejo do retorno de seu Noivo, mais que qualquer outro desejo. É claro que no decorrer desse tempo experimentaremos o sopro sobrenatural de Deus nos sustentando e também teremos que lutar com nossa apatia e fraqueza tentando nos distrair.

Por certo devemos nos animar. Estamos tendo o privilégio de participar do início de um despertamento a respeito dos movimentos de adoração e oração. Com a finalidade de juntos clamarmos pelo retorno de nosso noivo.

E o Espírito e a noiva dizem: “Vem!” E quem ouve, diga: “Vem!” E quem tem sede venha. Quem quiser, receba de graça a água da vida. Apocalipse 22:17.

Desde a quarta-feira de cinzas até a Páscoa, estamos vivendo o período da quaresma no calendário litúrgico. Aqui no blog, temos refletido sobre o significado da quaresma e como podemos adotar essa prática em nossa vida devocional e em comunidade. Além dos aspectos de se aquietar, se arrepender e meditar na Palavra, durante esse período somos convidados a refletir sobre o significado da cruz e da ressurreição. Pois antes de celebrarmos em comunidade a vida que encontramos em Cristo, nós participamos do seu sofrimento para também participar da sua ressurreição.

A espera pela nossa ressurreição

Na quaresma, somos lembrados da nossa esperança na ressurreição dos mortos. Porque Cristo já ressuscitou na Páscoa, nós podemos esperar que ressuscitaremos um dia com Ele. Ou seja, a quaresma na verdade tem a ver com um tempo de espera entre a ressurreição de Jesus e a nossa própria ressurreição.

Porém, nós não temos controle sobre esse tempo, pois ele pertence ao Senhor. Nós apenas estamos inseridos no calendário divino e precisamos aprender a esperar n’Ele, como o salmista nos encoraja em Salmos 27:14:

“Espera pelo Senhor; anima-te e fortalece teu coração; espera, pois, pelo Senhor.”

O Senhor da história

A nossa história está inserida na história de um Deus que é Senhor do tempo. Um elemento dessa história é o sofrimento, pelo qual todos iremos passar se quisermos ter parte da cruz de Cristo e da sua ressurreição. O Senhor do tempo divinamente escolheu nos trazer redenção e esperança ao longo de uma história e não em um piscar de olhos. Então, precisamos aprender a confiar no processo de transformação que Ele está fazendo em nós enquanto vivemos nesta era.

Esperar em Deus é saber que é Ele quem sustenta nossas vidas e a nossa existência. Hoje, nossa cultura do imediatismo muitas vezes nos rouba esse tempo de espera. Haverá um dia em que, sim, num piscar de olhos teremos nossos corpos glorificados e ressuscitaremos para a vida eterna. Porém, enquanto esse dia não chega, é necessário lembrar, ano após ano, que não somos os senhores de nossas vidas e que precisamos esperar no Senhor.

Esperar é caminhar

Se a nossa vida hoje é uma história sendo escrita dia após dia pelo nosso Senhor, a forma como vivemos importa e deve apontar para a nossa esperança n’Ele. Contudo, esperar não é ficar parado, mas observar como administramos nosso tempo e nossos relacionamentos. Afinal, será que nossa agenda está girando em torno de nós mesmos ou estamos permitindo o senhorio de Cristo afetar nossa história hoje mesmo? A realidade da cruz e da ressurreição deve manter nossa esperança viva e atuante em nossa vida.

Esperar é caminhar com a certeza de que podemos confiar no autor da história. Podemos ter a certeza de que a ressurreição acontecerá porque Ele é confiável. Essa esperança mantém nossa força e nosso ânimo, mesmo em meio ao sofrimento ou à incerteza do futuro. Portanto, nesta quaresma, vamos aproveitar para nos lembrar que o tempo pertence a Deus e Ele nos faz um convite à esperamos n’Ele todos os dias.

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestosApocalipse 15:3,4

Sempre que começamos a estudar o fim dos tempos (escatologia) devemos enfatizar a preeminência da revelação de Cristo no assunto. Talvez isso surpreenda você, porém este é um valor importante deste estudo. Concorda com isso, a primeira palavra da profecia que inclusive dá nome ao livro:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer… Apocalipse 1:1

MATURAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DEUS

Apocalipse, do grego, quer dizer exatamente isto: Revelação. Perdoem-me a repetição, mas: Revelação de JESUS CRISTO. Essa parte é bem importante, pois, ainda que aborde outras ‘revelações’ não é a revelação de eventos curiosos nem a revelação do Anticristo, em primeiro lugar, como alguns pensam e até chegam ao estudo com o intuito de saber.

Se pararmos para pensar, os cristãos, na maior parte da história, amam e adoram um Homem que eles nunca viram. E aleluia por isso! A Bíblia, de fato, nos chama de abençoados por esta razão (Jo 20:29). Semelhantemente, o mundo não O conhece, pois está oculto de seus olhos, visto que seu entendimento e olhos espirituais foram cegados pelo princípe desta era (2 Co 4:4).

Contudo, não será sempre assim. Desde Gênesis, o desejo de Deus é comunhão com a humanidade. Ele deseja habitar entre nós. 

(…) Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. Apocalipse 21:3

À medida que a história da humanidade e de Deus se desenrola, a revelação progressiva acontece. Estamos cada vez mais perto de conhecermos plenamente como 1 Coríntios 13 profetiza: Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente (…) 1 Coríntios 13:12

OS TEUS OLHOS VERÃO O REI NA SUA FORMOSURA… Isaías 33:17

Os planos de Deus para o fim desta era revelam também Quem Ele é, pois Deus não tem crise de identidade e função. Quem Ele é e o que Ele faz, estão em perfeita harmonia. Quando Ele age, nós podemos ver parte de quem Ele é; e ao olhar para os Seus atos, olhamos para o Seu coração.

Ora, adoração é concordar com quem Deus é. Deus não fica mais santo quando nós cantamos “Santo, Santo, Santo”. Antes, porque nós recebemos tal revelação respondemos apropriadamente com palavras e atitudes. Nesse sentido, o conhecimento de Deus é a plataforma da adoração. Não podemos adorar genuinamente e completamente quem não conhecemos.

Isso quer dizer que enquanto os planos de Deus são revelados à Igreja nos dias vindouros, a Igreja crescerá em entendimento e, por conseguinte, em adoração.

O QUE CANTAREMOS NO FIM DOS TEMPOS?

Embora existam muitos temas importantes na narrativa do fim, cabe a nós neste espaço destacar alguns. Qual é o conteúdo predominante de adoração no fim dos tempos. O que  as Escrituras dizem a esse respeito? 

Na verdade, já foi dada a dica para descobrir qual o assunto principal do fim dos tempos… 

Jesus! É claro… Afinal, Ele sempre vai ser o assunto principal… Para sempre!

Mas a Bíblia também nos dá outras dicas do porquê adoraremos Jesus no fim. 

Veja, o livro do Apocalipse faz muitas referências a história da Páscoa. No versículo em destaque (Ap 15) bem como no capítulo 5, Jesus é o Cordeiro que foi morto e os salvos cantam a canção de Moisés e o cântico do Cordeiro. A mensagem é esta: o que o Senhor fará no futuro tem a ver com o que Ele fez no êxodo do Egito ao livrar Seu povo Israel do Faraó por meio dos Seus julgamentos.

Vemos que esses temas se repetem ao longo de outras canções do fim: e eles cantavam um cântico novo:

Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Apocalipse 5:9

Em síntese, o que Deus começou lá atrás com Abraão e Moisés ao criar um povo para Si e ao fazer aliança e promessas, nós veremos Ele cumprir no futuro. Jesus tem esperado por mais de 4.000 anos para ser reconhecido como o Libertador de Israel e Rei das nações. 

Desta forma, quando Ele fizer o que sempre prometeu a Israel e quando Ele tomar as nações por direito, nós estaremos fascinados por:

  1. Sua fidelidade em manter a aliança e promessa através dos séculos; 
  2. A sua mansidão, amor e paciência em esperar o momento certo da história para agir;
  3. A liderança perfeita ao usar os meios menos severos para produzir o máximo de amor voluntário no coração do Seu povo;
  4. Sua justiça, ao não deixar o mal impune, mas ao julgá-lo eternamente.

Jesus é Aquele maior que Moisés derrotando o Faraó escatológico que é o Anticristo e nós cantaremos o que Moisés cantou em Êxodo 15 a nível global:

Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao Senhor: “Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro! Êxodo 15:1

 

CÂNTICO NOVO

Nas Escrituras, o que Israel e a Igreja vão cantar no fim dos tempos é chamado de cântico novo. Todas as vezes que este termo aparece, ele está relacionado ao fim.

Cantem ao Senhor um novo cântico, pois ele fez coisas maravilhosas; a sua mão direita e o seu braço santo lhe deram a vitória! O Senhor anunciou a sua vitória e revelou a sua justiça às nações. Ele se lembrou do seu amor leal e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a vitória do nosso Deus. Salmos 98:1-3

Talvez isso decepcione alguns. Alguém poderia pensar: não seria mais animador se a resposta para a questão inicial fosse algo diferente nunca ouvido nem pensado antes?

Na verdade, o cântico novo não tem um conteúdo novo, mas é uma resposta ao agir de Deus naquele momento. O que o Senhor vai fazer? O que Ele sempre disse que ia fazer. O Cordeiro vai assumir o que é Seu por direito.

Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra(…) O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos. Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei gritos como a parturiente, e ao mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. Isaías 42:10-13, 14