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Caminhando em confiança

Estudo Bíblico

Quando caminhamos em confiança, andamos com a certeza de que mesmo quando as pressões chegam, temos em quem nos refugiar. Certamente as tempestades virão, todavia Deus nos ajudará a passar por elas. Encorajador, não é mesmo!? 

A nossa confiança em Cristo Jesus nos fará cantar. O nosso ser se deleitará na certeza que o nosso Senhor é compassivo e misericordioso para conosco. Sabemos que Jesus é a nossa rocha, nosso alicerce e que estamos seguros Nele.

O amor de Deus é nosso combustível

A graça de Deus derramada sobre nós, faz com que Nele possamos descansar e confiar. Passamos a entender que é Seu amor, e somente o seu amor, o combustível para confiarmos Nele. 

A natureza de Deus é perfeita. Ele é imutável e eterno. Consequentemente, somos totalmente conquistados por Ele. Começamos a entender que mesmo que exista  medo, dor ou aflição no meio das tempestades, podemos continuar confiando no Senhor.

“Porquanto o amor de Cristo nos constrange. Uma vez que estamos plenamente convencidos de que Um morreu por todos;” 2 Coríntios 5:14

Onde está a sua confiança?

Bem, eu te pergunto: Onde está a sua confiança? Em quem tem encontrado esperança? Gostaria de trazer entendimento sobre o que é andar em confiança. Primeiro, confiança é a  crença de que algo não falhará, algo forte que é suficiente para cumprir seu trabalho. 

Alguma vez você já viu o Senhor falhar? Claro que não! O Senhor não falha. Não há erros, não existem variações ou dúvidas sobre a perfeição Dele. 

Quem sabe a sua compreensão esteja equivocada.Quem sabe seu entendimento sobre as questões desta vida estejam distorcidas. Quem sabe a sua confiança em Cristo e tudo o que Ele fez naquela cruz estejam enfraquecidos em seu entendimento. Sabendo que Nele podemos afirmar. E com convicção, que não há falhas no que o Senhor faz.

Estamos sendo pressionados pelo Oleiro 

 Você pode até se perguntar, como existe dor, quando você só ver dor. Como existem aflições e medo quando você se vê rodeado desse sentimento? De que modo podemos afirmar que tudo ao redor diz o contrário?

 Meus amigos quem nos contou que não haveria dor, medo, tribulações e pressões? 

Essa é a beleza de sermos participantes dos sofrimentos de Cristo. Mesmo sendo pressionados pelo oleiro, mesmo sendo pressionados constantemente, sabemos que nada disso se compara às maravilhas do Senhor e que tudo não passa de leves e momentâneas tribulações e isso é glorioso. Mesmo passando pelo vale olhamos para o Senhor e nos enchemos de confiança de que Ele está sobre o controle de todas as coisas e que a nosso esperança vem Dele.

“Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Certamente que as trevas me encobrirão. Então a noite será luz à roda de mim.” Salmos 139:9-11

Louve ao Senhor com confiança

Somos cheios de confiança. Logo, somos aqueles que entraram no trono da graça de Deus cheios de confiança esperando a graça e misericórdia. 

Esse é o nosso convite para você nesse dia, que sua alma se regozije no Senhor. Que seu ser cante das maravilhas do nosso Senhor, sem permitir que as preocupações roubem isso de você

“Aleluia! Louve, ó minha alma ao Senhor.” Salmos 146:1

Originalmente publicado em 10 de setembro de 2019

O que é o perdão? Precisamos entender o poder que carrega essa palavra…

Isso é o que o dicionário diz: 

¨Ação de se livrar de uma culpa, de uma ofensa, de uma dívida; indulto. Ação através da qual uma pessoa está dispensada do cumprimento de um dever ou de uma obrigação.¨ 

 Neste mês os textos do blog irão nos ensinar um pouco mais sobre essa preciosa e poderosa palavra

Aliás, quem de nós não tem uma história para contar sobre perdão? 

Assim que me converti entendi que os fortes são aqueles que aprendem o poder do perdão, ao contrário do que muitas vezes escutamos sobre que os fracos são aqueles que perdoam. 

Certamente, para perdoar necessitamos nos posicionar e obedecer ao nosso Deus. 

Inegavelmente, perdoar alguém nos liberta e gera paz.  

Somente não vive perdão aquele que ainda não entendeu o quão poderoso foi o que Jesus passou na Cruz por cada um de nós. 

Muitas vezes não entendemos a grandiosidade do sacrifício que Jesus fez por toda a humanidade. 

Somos muito rápidos ao pensar em perdão somente com o entendimento de quando  alguém é devedor para conosco. 

Esquecemos que igualmente somos devedores de alguém –  mas podemos exercitar o perdão porque fomos perdoados de muitas transgressões. 

Deixando o passado e a dor para trás

 

Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossense 3:13 

 

Quando entendemos o que Jesus fez por nós, primeiro, podemos estender esse ato de perdoar aos que nos cercam. 

Aquele que não perdoa é muito mais aprisionado do que quem cometeu a falta. Assim, não viver o poder do perdão pode nos levar a uma vida de doenças físicas e emocionais. 

Por isso, precisamos exercitar o perdão constantemente. Seja ao nos aproximarmos de Jesus e pedirmos perdão quando cometemos algum pecado ou até mesmo para com as pessoas da nossa vida. 

Peça ao Senhor hoje que sonde o seu coração para te mostrar se você precisa pedir perdão por algo ou alguém, e até mesmo perdoar quem te ofendeu. 

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Efésios 4:32 

Precisamos entender que se mantemos problemas com pessoas  à nossa volta e não perdoamos, isso de muitas formas irá refletir em nosso relacionamento com Deus. 

Então, se você tem situações que exigem perdão, escolha perdoar ou se for o caso peça perdão se feriu alguém. 

E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados”. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados. Marcos 11: 25,26 

Vamos orar? 

Senhor neste dia queremos entender mais profundamente o poder do perdão. Primeiramente te agradecemos pelo sacrifício na cruz que nos deu direito não somente a vida eterna mas também a uma vida de perdão. Neste dia queremos liberar nosso coração de qualquer ofensa que possamos ter praticado ou até mesmo sofrido. Perdoa-nos e  ensina cada dia mais como perdoar os nossos irmãos. Amém. 

Há quem goste de histórias de perdão. Cresci em uma família cristã e desde pequena fui inundada pelas Palavras da Bíblia. Uma de minhas narrativas preferidas foi contada por Jesus após Pedro perguntar-lhe quantas vezes se deveria perdoar. Na versão, “A Mensagem” de, Eugene Peterson, lê-se:

“O reino de Deus é como um rei que decide acertar contas com seus serviçais. Trouxeram à sua presença um servo que lhe devia o equivalente a trezentas toneladas de prata. Ele não podia pagar uma dívida tão vultosa. Então, ordenou que o homem, com a esposa, filhos e bens, fosse leiloado no mercado de escravos. “O infeliz lançou-se aos pés do rei e implorou: ‘Dá-me uma chance, e pagarei tudo’. Sensibilizado com o pedido, o rei deixou-o ir, cancelando a dívida.

“O servo perdoado mal havia saído da sala quando se encontrou com um companheiro que lhe devia apenas uma moeda de prata. Furioso, agarrou-lhe pelo pescoço e ordenou: ‘Pague-me! Agora!’. “O pobre homem lançou-se aos pés dele e implorou: ‘Dê-me uma chance e pagarei tudo’. Mas o outro continuou irredutível. Mandou-o para a cadeia, com ordem de ser solto só depois de pagar a dívida. Alguns servos que presenciaram a cena ficaram revoltados e relataram o fato ao rei. “O rei mandou chamar o servo de volta e disse: ‘Você é mau-caráter! Perdoei sua dívida quando você implorou por misericórdia. Não deveria você também ser misericordioso?’ O rei estava furioso e mandou que aquele servo ficasse na prisão até pagar toda a dívida. Meu Pai, no céu, fará exatamente a mesma coisa com aquele que não perdoar incondicionalmente qualquer um que peça misericórdia.” Mateus 18:23-35

Perdoando para ser perdoado

“e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6:12)

Com a parábola do credor incompassivo, Jesus ensinou o valor que o Pai dá ao ato de perdoar. E apesar de ser esse um princípio básico para também se obter perdão, é importante reconhecer que nem sempre será fácil. Saiba, porém, que o Senhor nos dá graça para fazê-lo.

Ainda na infância, passei por um momento muito traumático. Nessa ocasião, fui extremamente desafiada a liberar perdão a um agressor. Não o fiz por mera obrigação cristã e  nem por me sentir pressionada por homem algum. Naquele episódio, a graça de Deus foi tão superabundante que me fez pensar no sacrifício de Cruz de Jesus, que pagou um alto preço pelos meus pecados. Mas também da mesma forma,  pagou um alto preço pelo meu ofensor. Não foi uma questão de sentimento, mas de ação prática diante da entrega de Cristo.

Porém, a verdade é que há situações e temporadas em que meu coração sente muita dificuldade em perdoar aqueles que me ofendem. Principalmente quando tenho expectativas sobre eles e me sinto injustiçada. Geralmente isso se refere a pessoas mais próximas.  Nestes momentos, em que o relacionamento está desgastado, pode haver ressentimento e acúmulos emocionais e muita dificuldade em perdoar.

É bom nos lembrarmos o que está escrito em Efésios:  

Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Efésios 4:26,27

É natural sentirmos raiva e ira diante das ofensas. É uma resposta a ameaças e sentimento de injustiça, mas isso não nos dá desculpas para pecarmos dando lugar ao diabo. Quando o coração está cheio de amor e da benignidade de Cristo fica mais fácil estender graça aos que nos ferem. Mas quando estamos frios e provavelmente vivendo na carne é mais difícil liberar perdão.

Perdoar não é submeter-se ao caos

O perdão cura a alma combatendo a raiz da amargura que perturba e contamina o coração. Porém, Jesus nos chamou para vivermos de forma digna. Não podemos confundir perdão com a submissão a uma vida de dependência emocional, relacionamentos abusivos e tóxicos em nome de ser isso um ato de fé e saber “perdoar”. É preciso discernimento e coragem para se opor a agressões e relacionamentos que quebrem os princípios do Amor. Não o amor falado pelos homens, mas aquele que tem por base o que diz a Palavra de Deus.

O perdão é uma decisão sim, mas há um custo relacionado a ele. Não pode ser algo superficial e às vezes é preciso de um processo, nem sempre terá que ser liberado de forma instantânea. Há tantas situações únicas e se você é alguém que passa por esses dilemas, é importante aconselhamento. Perdoar é imprescindível para que sejamos verdadeiramente livres, mas isto não significa manter relacionamentos doentios. Lembre-se:

“Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12:18

Algumas pessoas não querem paz e nem perdão. Elas precisam ser respeitadas nessa escolha. Independente do outro, não alimente mágoas e ressentimentos.

O perdão cura

Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Colossenses 3:12-15

O rancor, mágoas e  ressentimentos pesam o coração humano e cristaliza a alma. Mas o perdão a eleva. Perdoar é ser livre. Quando não perdoamos, nós nos mantemos presos ao outro e ele está sempre presente mesmo estando longe, nos fazendo lembrar das feridas que carregamos.

Jesus perdoou  Pedro antes mesmo dele o negar, pois sabia que seria traído pelos seus amigos.  E ao subir a Cruz, o Senhor orou pelos seus ofensores. Este é o modelo de Deus: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lucas 23:34).

Outra história radical sobre perdão é a história de Estevão, que ao ser apedrejado pediu em favor dos seus assassinos. Ele seguiu o exemplo de Jesus.

Enquanto apedrejavam Estêvão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”.
Então caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. E, dizendo isso, adormeceu. Atos 7:59-60

Oração:

Jesus, reconhecemos que nem sempre será fácil perdoar aqueles que nos ofendem. Libere sobre nós a sua graça para nos posicionarmos como o Senhor. Queremos orar até mesmo pelos nossos inimigos, pois é isso que nos ensina através da tua Palavra. Desejamos ser como tu, mas não conseguiremos fazer isso sem que teu Espírito. Nos ajude em nossas fraquezas. E que  a mesma medida de graça que nos alcançou nos seja dada para perdoarmos aqueles que nos machucam. Em teu nome, nós oramos. Amém!

Você acredita que possa existir uma medida para o perdão? Leia mais em nosso blog!

Onde quer que fosse, uma grande multidão seguia Jesus. No entanto, esta multidão não tinha os mesmos privilégios dos discípulos. Apenas os discípulos tinham o privilégio de pedir explicações mais profundas, de ouvir sobre seus planos, de vê-lo se alegrar em uma refeição, ou chorar com o Pai em uma oração.

Poucos eram os que de fato deixavam de ser multidão e eram chamados discípulos. Isso porque, ao chamar seus discípulos, Jesus tinha uma condição um tanto difícil e até ofensiva para alguns. O chamado de Jesus era para seguir o caminho da cruz, o mesmo que Ele iria trilhar.

E disse: “É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia”.
Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará. (Lucas 9:22-24)

 

Aquele que chama já carregou a cruz

O peso da cruz pode parecer esmagador, mas Aquele que chama a carregá-la o torna leve. Sendo assim, só conseguimos trilhar o caminho do discipulado, porque estamos imitando o Mestre. Apesar de falar como e se parecer com os mestres judeus, esse Mestre não é qualquer um, é o Filho de Deus encarnado. Aquele que através da sua morte e ressurreição tornou possível trilhar o mesmo caminho.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus 11:29-30)

Jesus tem um jugo a ser levado por aqueles que são chamados, mas Ele afirma que seu jugo é suave e seu fardo é leve. De fato, é leve à medida que nos apropriamos da sua graça para percorrermos o caminho da cruz. O que nos faz capazes de carregar a nossa cruz não é a nossa força de vontade, mas a graça que Ele nos dá ao obedecermos e respondermos ao chamamento.

 

A liberdade do discipulado

Na Bíblia, vemos que Jesus chamou seus discípulos a renunciar aquilo de mais precioso para eles, mas principalmente, renunciar a si mesmos. A liberdade oferecida pelo discipulado está em nos submetermos ao senhorio de Cristo. Jesus é nosso Mestre, mas também é nosso Senhor. Ainda assim, na sua natureza plenamente divina e plenamente humana, Ele serviu a todos. Seu jugo não é escravizante, mas libertador. Logo, encontramos a verdadeira liberdade e graça quando nos submetemos ao jugo e ao fardo do nosso Senhor: a cruz. 

Pode parecer contraditório dizer que estamos livres ao nos submetermos. Mas o verdadeiro discípulo de Jesus entende que para encontrar a vida deve perdê-la. Ou seja, Jesus nos oferece uma vida que não busca seus próprios interesses e sim os interesses do Pai e do próximo. O discípulo encontra vida dessa forma, pois é para esta vida que ele foi criado. A cruz não é pesada quando nela se encontra o verdadeiro sentido da existência.

Portanto, o convite de Jesus é para encontrar a redenção pelo caminho da cruz. É um caminho mais estreito e difícil, pois participamos do sofrimento de Cristo. Porém, é também nessa participação que encontramos alegria e temos revelação da Sua glória (1 Pedro 4:13). Que pessoa ao encontrar tamanha alegria pode guardá-la para si mesma?

 

Ensinar a obedecer

Sendo assim, faz parte do discipulado também ensinar outras pessoas a obedecer ao Mestre. Disto se trata a Grande Comissão: fazer discípulos de todas as nações. Um discípulo faz outros discípulos batizando-os e ensinando-os a obedecerem tudo o que nosso Senhor Jesus nos ensinou (Mateus 28:18). A promessa é que Ele estará conosco todos os dias. Que belo é esse caminho de redenção a ser trilhado, na companhia daquele que já o trilhou e daqueles que estão dispostos ao mesmo!

Abraçar o discipulado significa carregar a nossa cruz e negarmos a nós mesmos. Assim, encontramos a graça para praticar seus mandamentos e ensinar outros a fazê-lo. A promessa da leveza e da suavidade não está na cruz em si, mas naquele que trilhou este caminho primeiro, nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.

Há inúmeras lições aprendidas com os personagens bíblicos, especialmente com a vida de oração de Jesus. Muitas vezes, o Senhor se afastou da multidão apenas para estar a sós com Deus e em outra ocasião, seus discípulos insistiram para que ele se alimentasse, mas havia algo mais importante.

“Enquanto isso, os discípulos insistiam com Ele. “Mestre, come!” Mas Ele lhes disse: tenho um alimento para comer que vós não conheceis.” Então, os discípulos disseram uns aos outros: “Será que alguém lhe teria trazido algo para comer?” Explicou-lhe Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.” João 4.31-34

Como Jesus sabia qual era a vontade do Pai? Simples: Ele o conhecia de forma intensa e pessoal. Pois Jesus, assim como Enoque, andava com Deus (Gn 5.22-24). Além disso, sua vida de oração fora intensa que até seus discípulos pediram que os ensinasse a orar. No livro Eles, Ann Spangler e Robert Wolgemuth afirmam que:

“… A vida de oração de Jesus deve ter sido tão atraente para seus amigos íntimos que eles não tiveram paciência para esperar que lhes falasse a respeito da oração. Pediram que os ensinasse.”

Nós também somos desafiados a viver como Jesus. Por isso, neste devocional, refletiremos sobre alguns ensinos do Senhor a respeito da oração.

 Jesus orou do começo ao fim

Após Jesus ter sido batizado por João Batista, o vemos caminhando para o deserto para um período de 40 dias de jejum (Mateus 4.1-11; Marcos 1.12,13; Lucas 4.1-13). Podemos imaginar que foi um tempo de consagração para o lançamento de seu ministério e também de preparo espiritual para os desafios que certamente enfrentaria no decorrer de sua missão.  O vemos repetindo o padrão de oração ao longo de sua trajetória. Inclusive na cruz.

“Apesar de tudo, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!” Lucas 23.34

Poucos minutos antes de entregar a vida na cruz, Jesus intercedeu pelos pecadores. O seu desejo e a sua oração foram em favor dos seus assassinos no ato do seu assassinato. Independente das circunstâncias, nele há pleno e imediato perdão. Dessa forma, Cristo nos ensina a perdoar e a orar até mesmo pelos nossos perseguidores:

“Mas, quando estiverdes orando, se tiverdes algum ressentimento contra alguma pessoa, perdoai-a, para que, igualmente, vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Entretanto, se não perdoardes, vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará os vossos pecados”. Marcos 11.25-26

Ele ensina a orar desde o começo até o fim da jornada. E a permanecer fiel aos seus ensinos. Este é um exemplo a ser seguido para tomada de decisões ao longo da vida. As disciplinas espirituais nos fazem crescer em nosso homem interior. 

 Oração em Secreto

“Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.” Mateus 6.6

Jesus ensinou qual o padrão da oração e isso tem a ver com as motivações do coração. Há pessoas que em suas carências desejam receber a atenção dos homens. Estes podem ter uma postura externa, mas em profundidade, o coração está bem longe de Deus.

Porém, há aqueles que aparentemente não são vistos pelos homens, mas podem mudar as circunstâncias através da oração. Não porque exista algum tipo de poder mágico sobre eles, mas simplesmente, porque estes ouvem a Deus e se tornam seus parceiros naquilo que o Senhor mesmo está fazendo entre os homens.

Talvez você já tenha lido sobre estes personagens bíblicos e heróis da fé que inspiram o seu coração. Seja encorajado a fechar a porta do quarto para buscar aquele que quer ser encontrado no secreto. Lembre-se:

“Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá. Ou qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe entregará uma cobra? Assim, se vós, sendo maus, sabeis dar bons presentes aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará o que é bom aos que lhe pedirem!” Mateus 7.7-11

Orando a vontade do Pai

No momento mais angustiante da vida de Jesus, o vemos orando para que não fosse feita a sua vontade, mas a vontade do Pai. Isto ocorreu no Getsêmani quando se aproximava o tempo da crucificação e demonstra uma confiança inabalável no caráter de Deus.

“Seguiu Jesus com seus discípulos e chegando a um lugar chamado Getsêmani disse-lhes: “Assentai-vos por aqui, enquanto vou ali para orar”. Levou consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, e começando a entristecer-se ficou profundamente angustiado. Então compartilhou com eles dizendo: “A minha alma está sofrendo dor extrema, uma tristeza mortal. Permanecei aqui e vigiai junto a mim”. Seguindo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Ó meu Pai, se possível for, passa de mim este cálice! Contudo, não seja como Eu desejo, mas sim como Tu queres”. Mateus 36-39

Nem mesmo os discípulos, seus amigos mais íntimos, entenderam a gravidade daquele instante e tudo o que Jesus estava sentindo no mais profundo da alma. Ele carregaria o pecado da humanidade e receberia todo o castigo de Deus. Além de tudo isso, ficou só, pois seus amigos não conseguiram vigiar e orar com ele. Ainda assim, diante do desejo de que o Pai passasse dele aquele cálice, por três vezes orou: “para que não fosse feita a sua vontade e sim a vontade do Pai.”

Consegue imaginar a profundidade dessa postura do coração de Jesus? O que nos aconteceria se ele não tivesse sido obediente até a morte de cruz? Diante dos nossos próprios desafios e até do abandono conseguimos fazer a mesma oração?  Consideramos a nossa vontade abaixo da vontade de Deus?

 Orando pelos amigos

Antes de subir aos céus Jesus preparou os discípulos para sua partida. Logo se aproximava o tempo do liberar do Espírito. Neste momento, Jesus cobriu seus amigos de oração e o mais legal é que Ele não fez isso apenas pelos seus amigos do presente, pelos discípulos que estavam com ele naquela ocasião. Mas, Jesus se lembrou daqueles que ainda viriam a conhecê-lo.

Ele orou por mim e por você com amor profundo, pedindo que fôssemos guardados do maligno enquanto estivéssemos aqui. Pedindo que fôssemos santificados nele. Que fôssemos um com Ele para permanecermos no Pai.

“Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” João 17.15,20

 A oração que Jesus ensinou

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Mateus 6:9-13

A oração que Jesus nos ensinou revela princípios profundos de gratidão, confiança e amor. Em um relacionamento saudável entre pais e filhos há liberdade e respeito e por isso Jesus orava confiadamente no Pai. Essa oração, de forma bem simples, alcança cada pequeno detalhe da vida mostrando o que é verdadeiramente importante.

Começamos reconhecendo que Deus é o nosso Pai. Demonstramos gratidão por tudo que Ele tem nos dado todos os dias de novo e de novo. Declaramos confiança em sua vontade. Pedimos perdão pelos nossos pecados e somos desafiados a perdoar.  Também oramos por proteção contra mal e adoramos o nome de Deus por sua Santidade.

Este é um modelo de oração diário, pois diz: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. É uma oração para todos os dias não como um mantra a ser repetido, mas como um princípio de devoção. 

Será que Jesus esperava que tivéssemos tempo de oração diário? Será que esperava que jejuássemos e déssemos ofertas? Afinal, podemos observar nas escrituras Jesus dizendo: “Quando orares… Quando jejuares… quando…”. Isto demonstra a convicção de que aqueles que o seguem fariam essas coisas sempre e sempre. 

 Conclusão

Estes são apenas alguns exemplos, mas há muitos outros ensinos sobre a vida de oração de Jesus. Queremos encorajá-los a buscar essas referências bíblicas no evangelho e a crescer em sua vida de oração. Este mês aqui no blog falaremos sobre personagens inspiradores e como eles se moveram nessa disciplina espiritual. Lembre-se:

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Colossenses 4.2

 “Orai sem cessar.” I Tessalonicenses 5.17

Que o Senhor nos faça fluir em oração. Deus te abençoe.  

O que podemos aprender com a igreja primitiva? Quais são as marcas de uma igreja saudável? No texto de hoje, vamos refletir sobre os versículos bíblicos de Atos, o impacto da unidade e a forma como devemos expressá-la.

“E perseverando de comum acordo todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e contando com o favor de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava a cada dia os que iam sendo salvos” At 2:46-47

Lucas enfatiza a união, a harmonia, a alegria e a sinceridade dos crentes como elementos dos frutos do Espírito Santo atuando no coração das pessoas. Os frutos do espírito fluíam em meio a comunidade e a união entre todo era algo real e verdadeiro.

A verdadeira unidade

Todavia, o autor (Lucas) compara a união e harmonia dos crentes no templo e em sua intimidade com as refeições comuns nos lares, deixando implícito de que agiam de igual modo tanto a vista de todos e quanto no lugar secreto.

Ou seja, a união precisa ser cultivada nos lares entre familiares, antes que seja proliferada na comunidade. Uma vez que ela será apenas o reflexo daquilo que é vivido nos lares. Uma casa sem união não pode prosperar.

O reino dividido não pode prevalecer, assim como a igreja não pode subsistir de tal forma, seja essa divisão perceptível aos olhos ou não.

A igreja se vê ausente da graça em pregar o evangelho com eficácia, pois a indiferença é presente em seu interior e a pretensão de reproduzir algo que não veio a existência no cotidiano.

“Como é bom e agradável os irmãos viverem em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce para a barba, a barba de Arão, e desce sobre a gola de suas vestes; como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR ordena a benção e a vida para sempre”. Sl 133

O significado do óleo e o orvalho

O salmista utiliza dois elementos para explicar a beleza da união: o óleo e o orvalho. O óleo em seu sentido natural se trata de algo com teor terapêutico, de suavidade e propriedades de cura

Ao se referir no orvalho, a região no qual foi citado (Hermom), possui uma geografia extremamente árida onde a vegetação não subsistiria senão pelo orvalho que recai sobre a terra durante a noite, trazendo vida sobre tudo em que repousa. Essa analogia diz respeito a prosperidade, uma das consequências que a unidade gera.

Outra marca da igreja primitiva que atraía pessoas era o compartilhar de bens e a união. As pessoas queriam viver e experimentar a realidade que a igreja e sua comunidade viviam.

“Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Jo 13:35

As pessoas que faziam parte dessa igreja e haviam sido transformadas, demonstravam tamanho amor mútuo a ponto de serem usadas para realizar maravilhas e sinais.

Igreja Gloriosa

Em suma, ao meditarmos em Atos e nos relatos da igreja primitiva, podemos extrair lições valiosas sobre o modo como viviam. E isto serve como um modelo para a igreja nos dias de hoje.

Assim, devemos nos lembrar também que a unidade é uma das marcas da igreja gloriosa. A noiva que Cristo irá buscar será cheia do Espírito Santo, movida por compaixão e com um estilo de vida que trará profundo impacto.

Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele a quem amas está doente”. Ao ouvir isso, Jesus disse: “Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dele. Joao 11.3:4

Como Jesus ama? Muitos acreditam que Jesus demonstra o Seu amor quando nos livra de sofrimentos e situações difíceis, ou de acordo com as finanças e saúde. Esses são parâmetros errados para medir o amor do Senhor. Questionar o amor de Deus devido às circunstâncias demonstra que não entendemos de fato o Seu amor.

As Escrituras são claras em mostrar que o Senhor ama, não nos livrando do sofrimento e da morte, mas em meio ao sofrimento e à morte.
O amor de Deus é dar vida eterna; e a vida eterna não se trata de ser livre do inferno, mas é conhecer a Deus. O Deus que existe de eternidade a eternidade nos ama a ponto de permitir que o conheçamos. Ele demonstra o Seu amor se manifestando e se revelando (João 3:16, 17:3, 14:21).

Foi por amar Marta, Maria e Lázaro que Jesus permitiu aquela situação

Para que Ele se manifestasse a eles e fosse glorificado. Independentemente do que você passa, todo o seu viver é para a glória Dele.

Muitas vezes você se encontrará na mesma situação de Marta – tem todas as respostas corretas a respeito de quem Jesus é, mas existe um conflito entre o que conhece e a sua fé. Diante de certas circunstâncias, a fé não é suficiente para crer que o Senhor pode mudá-las, entendendo que Ele é soberano e permite tais situações para a Sua glória (João 11:20-27).

Maria é retratada como alguém que reconhece o senhorio de Cristo e se prostra diante dele independente das circunstâncias. Sua postura é totalmente diferente da de Marta, pois ela reconhece quem Ele é e o adora; mesmo em meio à tristeza, ela ama e confia no Senhor. E tal atitude toca profundamente o coração de Jesus (João 11:32-35).

Spurgeon diz que a tribulação é um presente de Deus, porque Ele nos dá a oportunidade de adorá-lo e conhecê-lo em meio ao caos e à aflição.

Em muitos momentos, se duvida que o Senhor seja capaz de mudar uma circunstância muito grave

Mas nenhuma situação, por mais crítica, deve levar a duvidar do amor de Deus. O Senhor pode estar extremamente envolvido nessa circunstância e, propositalmente, ter permitido que ela chegasse àquele ponto para que, no momento devido, Ele transformasse a dor em algo belo, as cinzas em alegria (João 11:38,39).

A Palavra de Deus governa as nossas vidas. Ninguém e nenhuma circunstância pode resistir à forte voz do Senhor e ao comando do Deus Eterno (João 11:40-43).

Deus também usa cada uma das circunstâncias para testemunhar a respeito de quem Ele é e receber a glória que lhe é devida. Pois quando o Senhor intervém, as pessoas veem a Sua glória. E ainda que Ele não intervenha como nós queremos, a atitude deve ser adorá-lo e dar glória a Ele.

Jesus demonstra o seu amor em todo o tempo, dando sempre a oportunidade de conhecê-lo. Por mais difícil que seja a situação, tudo é para a glória de Deus. Cabe a você decidir se responderá como Marta ou como Maria.

 

É comum nos sentirmos sobrecarregados sabendo que precisamos encontrar estratégias e forças para superar tempos difíceis, mas muitas vezes o que encontramos é apenas incapacidade para começar.

Nesses momentos lembramos que a vida cristã não nos exime de tribulações, mas nos dá poder para vivermos por meio da fé. Descobrimos como é maravilhoso sermos fiéis a Deus, mesmo quando tudo ao redor parece estar em ruínas e o desespero bate forte à porta.

Hoje, nós veremos como uma vida que tem Jesus recebe como prêmio, por toda a caminhada, uma fé invisível, mas verdadeira.

 

É importante lembrar quem nós somos em Deus

 

Antes de tudo, a fé em Cristo corrige a nossa visão deturpada por nós mesmos. Essa fé afirma a nossa existência e nos dá o norte necessário para vivermos conforme a poderosa vontade do Senhor. Então, em tempos difíceis, quando não vemos alternativas, podemos nos alegrar na salvação em Jesus Cristo.

Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, pelo prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14

Nos versículos acima encontramos orientações específicas sobre como devemos viver. O texto menciona que a vida, antes de conhecer a Jesus, era de um determinado jeito. Este modo de viver, portanto, não faz mais parte do momento presente. 

Antes, nós não orávamos, quando passávamos por tribulações, porque não tínhamos um relacionamento com Deus. Porém, agora oramos confiantes de que o Senhor nos ouve e que se agrada de o buscarmos. Antes, nós também não encontrávamos refúgio no Senhor, mas agora podemos encontrar sua doce presença todos os dias.

A forma como vivíamos quando ainda não havíamos entregado as nossas vidas a Jesus, sem dúvidas é diferente de agora, quando cremos nEle. E isto influencia a forma como passamos a encarar os problemas também.

 

Prossiga para o alvo em tempos difíceis

O texto de Filipenses 3:13-14 menciona para prosseguirmos para o alvo que é Cristo. Paulo nos incentiva a viver pela suficiência da cruz. É uma proposta inegociável, mas recompensadora em toda a sua caminhada. 

Alimentar-nos da fé em Jesus nos capacita a passar pelas tribulações com confiança, pois encontramos refúgio em Deus, graça para prosseguir e sabedoria para tomar decisões. Temos a certeza de que o Senhor não muda.

Isto é possível quando encontramos na leitura da Bíblia alimento sobre a verdade de quem Deus é e sobre a sua bondade. E mesmo em situações em que não podemos controlar, ainda assim entregamos este posto de confiança a Deus, que sabe o que faz, e que é dono de um amor que nos assegura e que é perfeito.

 

Encontre respostas em Deus

A graça recompensadora de Deus vai nos ajudar a encontrá-lo nos tempos difíceis ao invés de experimentar o desespero. Deixaremos de colocar as expectativas nas circunstâncias e nas pessoas e as colocaremos no Senhor. Vamos agir como filhos de Deus e não mais como escravos dos resultados catastróficos deste mundo.

Sabemos que a nossa vida não depende dos planos que fazemos, nem da estabilidade financeira que almejamos. Nossa vida depende de Deus, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para glorificarmos a Ele.

Assim, viveremos para o desejado das nossas almas e não pelas bênçãos, que se vierem, com certeza nos encherão de alegria e nos levarão a dar glórias a Deus.

 

Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele. Colossenses 2:6

O apóstolo Paulo, escritor da carta aos colossenses, teve como motivação ao escrevê-la o combate a heresias e ensinos comprometedores que estavam surgindo no meio daquela igreja. Ele começa a carta doutrinando seus ouvintes acerca da pessoa de Cristo. 

Lembre-se: os colossenses eram gentios, mergulhados em uma cultura politeista que abraçava vários deuses e sofriam a pressão de várias filosofias pagãs e falsas. Além de lidarem com a pressão dos judeus para abraçarem seus costumes da Torah com requisitos para a fé cristã.  

Então, Paulo, gasta um tempo falando que tipo de personagem Jesus realmente é e o distingue do padrão atual de deus. Ele prega a divindade de Cristo como a expressão exata do ser de Deus, e aquele que vem antes de todas as coisas. Era importante deixar claro a preexistência de Cristo, sua superioridade sobre tudo e a sua divindade. 

Quando a mentalidade de uma comunidade está comprometida com algum ensino falso é inevitável que seu estilo de vida reflita essa incoerência. Depois que o apóstolo aponta e corrige os erros de mentalidade ele traz clareza sobre como viver após a correção do seu entendimento. Ele faz isso no capítulo 3 e 4, que veremos alguns pontos hoje. 

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2

Vivam como se a redenção estivesse completa

Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus.  Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. Colossenses 3:1-4

Paulo está chamando essa igreja, e podemos receber este convite, para viver como se a redenção estivesse completa. “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,”Cl 1:13. Não é um convite a alienação, mas a enxergar que toda a realidade é de Cristo (Cl 2:17). Olhar para alto é viver segundo o padrão de Deus, segundo a constituição do reino para o qual fomos resgatados. 

A salvação e redenção com Jesus é tão radical quanto a cruz! Ele deu como morto nosso antigo estilo de existir e inaugurou uma nova criação em nós. Agora essa criação cresce e se aperfeiçoa segundo o padrão e vontade original do seu criador. Nessa nova criação “Cristo é tudo e está em todos.”(Cl 3:11).

O que deve morrer?

O apóstolo segue seu ensino sendo incisivo, note a repetição e ênfase que ele dá sobre o tema de morte da natureza caída e da nova criação em Cristo. Ele lista uma série de coisas que deveriam morrer no meio dessa igreja: 

“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria.

[…] Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros […]” Cl 3:5-9

A morte e o nascer de novo  como saída

A mensagem aos colossenses é enfática, só há um caminho para viver o cristianismo: morte. Assim como seu fundador inaugura a fé cristã com a cruz, os seus seguidores devem estar cientes que também devem experimentar a morte. É o eco do convite de Jesus que disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.” Mt 16:24,25´. 

É confirmado por Paulo que o caminho para se livrar desse mal que é o pecado cravado em nossa natureza é fazê-la morrer. Perceba que não é consertável, ou que dá pra fazer uns remendos, mas é necessário descartar a velha vida sem Cristo. O que nos resta então? Ele também deixa claro: é o revestir-se da nova criação. A vida do novo nascimento deve ser um relance e sombra do que viveremos na eternidade.

O prenúncio da eternidade

Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Colossenses 3:12-14

Primeiramente é apresentado qual o padrão dessa nova criação: compaixão, bondade, mansidão entre outras coisas. Mas todas se resumem no final do versículo 14:  revestir-se do amor, o elo perfeito e a ação perfeita para o nascido de novo.

Posteriormente Paulo faz afirmação que aponta explicitamente o estilo de vida do qual fomos projetados para operar originalmente. O plano de Deus desde o Éden é o que ele fala no versículo 23: “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.” Colossenses 3:17

Ele é o padrão, se sabemos quem Jesus é devemos viver como se estivéssemos na pele dele. Vivendo como ele viveu e existindo para sua glória. Esse é nosso maior chamado. 

O convite inevitável 

Talvez assim como aqueles cristãos você tem lidado com mentiras sobre o caráter de Deus e com um comportamento incoerente com a fé cristã. Ou talvez seja um cristão sincero mas que tem lutado com pecados que persistem em estar junto de ti, problemas de relacionamento, falta de perdão, fofoca, murmuração, imoralidade ou idolatria. A solução e o conselho de Paulo ainda serve muito bem a nós hoje: viva como se estivesse morto para você mesmo e vivo para a criatura formada por Cristo.

“[…]vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador.” Colossenses 3:9,10

 

 A carta de Colossenses foi escrita por Paulo provavelmente durante o período em que ele esteve preso em Roma. 

Aliás, alguns estudos informam que Paulo não esteve pessoalmente em Colossos, mas tinha uma ligação com essa igreja e seus fiéis através de Epafras. 

Vocês o aprenderam de Epafras, nosso amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco, que também nos falou do amor que vocês têm no Espírito. Colossenses 1: 7-8 

Inegavelmente, o livro de Colossenses aborda muitos temas que são profundamente relevantes para a nossa vida cristã. 

Dois deles são sobre perseverança e sabedoria. Primeiramente, vamos observar essas duas palavras nos versículos abaixo: 

Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Colossenses 1:9-12 

Perseverança:

Definição: Conservar-se firme e constante, não desistir facilmente, continuar lutando independente das circunstâncias, permanecer e não desistir. 

Inegavelmente, a oração está completamente ligada à perseverança. Uma vida de oração exigirá de nós muita perseverança. Pois algumas orações não iremos obter respostas imediatas. 

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Atos 2:42 

E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Atos 2:46

E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Mateus 10:22

Certamente, Paulo sabia o quanto os habitantes de Colossos necessitavam de perseverança, assim como de sabedoria

Contudo, a vida com Deus exige de nós muito mais do que somente aceitar Jesus. Ademais, fazer a oração recebendo Ele como salvador muitas vezes é o começo de uma jornada que exigirá tudo de nós. 

Portanto, perseverar em conhecê-lo e viver uma vida com ele exigirá de cada um de nós sabedoria para lidar com nossas situações e também com aqueles que nos cercam. 

Sabedoria:

Definição: Qualidade de pessoa sábia e com muitos conhecimentos. 

Com efeito, a bíblia está repleta de versículos que falam sobre a necessidade que temos de sabedoria. 

Isso deve servir de alerta para que possamos buscar adquirir sabedoria durante nossa jornada com Deus. 

Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos. Provérbios 8:12

O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria. Provérbios 18:15

Com perseverança e sabedoria podemos manter uma vida mais alinhada àquilo que Deus tem proposto como estilo de vida para aqueles que o buscam. 

Aconselho você a ler o livro de Colossenses, pois  são somente 4 capítulos que irão edificar sua vida e também você poderá tirar muitas chaves e tesouros através das admoestações de Paulo a igreja de Colossos

Paulo os aconselha a pensar e manter um olhar nas coisas do alto. Isso é algo que constantemente temos que fazer. 

Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. Colossenses 3: 2-4 

Paulo escreve na carta que eles não deveriam seguir as regras e princípios elementares do mundo. 

Isso é algo que vale para todos nós. Precisamos ter firmes em nossa vida quais são os pensamentos que Cristo tem sobre algo e como devemos nos posicionar em relação a isso. 

Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seus corações, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Colossenses 2: 2-3

Para finalizar eu gostaria de orar por você e também por mim.

Senhor Jesus, assim como Paulo advertiu ao povo em Colossos sobre necessitar dentre muitas coisas de perseverança e sabedoria, eu te peço que nos ajude a manter  nossos olhos em Ti e nas coisas do alto. Também te peço que nos instrua em tudo para sermos um contigo. Amado Jesus, nos fortaleça para vivermos uma vida sendo alguém que persevera até o fim e também vive essa vida de perseverança com sabedoria. Somos gratos por tanto amor e instrução. Amém