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Paz com Deus: um caminho de amizade

Louvor e Adoração

Viver a inimizade com uma pessoa é realmente devastador. Semelhante também é a insatisfação, derivada da busca pelos prazeres – conhecida como hedonismo. Hoje, facilmente nos isolamos, e o nosso tempo tem nos ensinado a reservarmo-nos em uma rasa consciência do outro, do que o nosso vizinho ou amigo tem vivenciado. 

Vemos pouca consistência nos relacionamentos, pouco altruísmo, e falta do que é verdadeiro. Procuramos estratégias, nos rendemos às técnicas do autoconhecimento e à capacitação para enfrentarmos a realidade que não sabemos encarar. Porque, infelizmente, parece que sabemos viver sem Deus (realidade atual), mas a verdade  é que sem Deus não sabemos viver com esperança. 

Além disso, à medida em que a tecnologia tem entrado em nosso cotidiano, seus efeitos têm surtido facilidades e cada vez mais isso nos faz indivíduos independentes e solitários. E em contrapartida, a necessidade social destacada tende a ser a empatia, a interdependência e o desenvolvimento orgânico e natural das relações, visto que precisamos uns dos outros! Todavia, antes de tudo isso, precisamos ter paz com Deus e entender a amizade que a nos está reservada.

 

Tendo amizade e paz com Deus

 

Vivemos consequências da falta de paz com Deus no mundo. E o que seria de nós se não pudéssemos ter paz com Deus? Não poderíamos crer nele, nem conhecê-lo. E ter esta paz não diz respeito a mais uma fórmula de enriquecimento pessoal. Mas a paz com Deus, descrita em Efésios 2:13-14, é o início da vida. É a boa notícia de que agora, podemos ter fé em Deus, pois a vida com Deus tem esperança e um propósito.

A partir daí, entendemos que existe um dono de tudo o que vemos. E Ele continua tendo compromisso com a sua criação por meio da aliança que Ele mesmo firmou em Jesus Cristo na cruz. Jesus é a prova de que Deus existe e que não é distante! Jesus concedeu o acesso do homem a Deus. E agora podemos amá-lo e aprender a amar e a viver, e além disso, ter os nossos prazeres harmonizados. E aí nos relacionaremos melhor com as nossas amizades.

 

Tendo amizade com as pessoas

 

Deus organizou o mundo de forma orgânica e dinâmica. As pessoas devem ser valorizadas. E aprender a conviver com as diferenças não é o bastante. Precisamos de inteligência que nos ajude a exercer misericórdia e perseverança para recomeçar, quando houver desentendimento.

E, as pessoas são mais importantes que esses impasses. Até pelo fato de que podemos provar deste padrão, porque Deus mesmo o instituiu. Ele nos deixou claro seu interesse por relacionamentos.

Deus se demonstrou um ser relacional e amigo dos homens. Mas, ao mesmo tempo, ele não pode ter amizade com todos, porque nem todos o compreendem, pois para nos aproximarmos dele é preciso crer que ele existe (Hebreus 11:6).

 

A suficiência de Jesus para a vida humana

 

Deus se define como “Eu Sou”. Ele é a suficiência, porque Ele é a plenitude e a perfeição que ansiamos. E isso externa a nossa necessidade de Deus. Em todo lugar, sempre iremos desejar características referentes aos atributos inerentes de Deus. Isto é, por desejarmos o que é pleno e perfeito, ansiamos por apreciar a vida e fazê-la valer a pena.

Desejar apreciar a vida não é errado. Porém, é importante termos em mente que a paz com Deus é uma dádiva e a maior de todas. Desejamos uma vida feliz, e nos esforçamos para colher bons resultados. Mas se pudéssemos começar por algum lugar, seria apropriado que fosse pela paz com Deus, através de Jesus Cristo.

Isto, porque a consciência ou o conhecimento que temos acerca de Deus afeta toda a compreensão de nós mesmos e da nossa vida. Termos paz com Deus é saber que não estamos nos referindo a um desconhecido, mas a alguém com quem podemos ter um relacionamento profundo.

E quando nos tornamos cristãos, podemos e devemos nos debruçar na compreensão do conhecimento de Deus. E isto ocorre por meio das Escrituras, dado o valor inestimável a qual fomos expostos. Jesus é a suficiência de que necessitamos conhecer e que dá o sentido de todas as coisas.

Pois vivermos sob a perspectiva cristã é termos consciência de que todos sem exceção prestamos conta das nossas vidas a Deus. E saber que foi nos apresentada a oportunidade de não mais vivermos a inimizade com Deus, mas a submissão prazerosa, em adoração àquele que é. E somente a partir disso temos uma compreensão correta e ajustada da nossa vida aqui e também do nosso papel para com o próximo.

O discipulado começa quando entendemos, em primeiro lugar, o que é cristianismo. Nosso ponto de partida sempre será Cristo. Somos, primeiro, discípulos dele e Ele é o maior interessado em nos guiar a toda a verdade.

Nisto, entendemos que, como discípulos de Cristo, temos a necessidade de perscrutar esse caminho, sabendo cada detalhe acerca dele. Precisamos ser peritos deste nobre caminho, porque é sobre Jesus, e a nossa recompensa será Ele.

 

O discipulado é decorrente da adoração a Jesus

O discipulado engrandece Cristo, porque a raiz dos relacionamentos é o próprio Deus. É enxergar a soberania de Deus em todas as coisas. Esse relacionamento não é para te fazer feliz, mas para louvar a Deus. Isto porque, ambos buscam em Jesus a fonte da vida, a redenção e saciamento da sede.

Dessa forma, assim como em tudo o que fazemos, a centralidade de Cristo estará presente em cada motivação. E quando nos aproximamos de alguém para conversar e abrir o coração, faremos isso porque queremos um coração puro diante de Cristo.

 

Discipulado é relacionamento

Se temos relacionamento com Jesus, precisamos aprender a desenvolver relacionamento com os nossos semelhantes. Também, saber que prestamos contas a Deus, e que, prestando contas ao nosso irmão, ele tem um papel importante para o nosso amadurecimento na fé.

Jesus escolheu o discipulado porque Ele certamente não queria que as pessoas se excluíssem do convívio social ao viverem para Deus. Mas ele queria formar um povo que soubesse se relacionar, aprendesse a lidar com conflitos e se perdoar. E que no amor entre uns aos outros, Deus seria visto e glorificado.

Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. João 13:35

Com isto, podemos viver para Deus no secreto em oração e meditação das Escrituras, mas também devemos igualmente nos importar com as pessoas que nos cercam. E fazemos isso ensinando, ouvindo, sendo um ombro amigo, fortalecendo o que está desanimado.

 

Exemplos bíblicos de discipulado

Os profetas no Antigo Testamento viviam a primeira aliança com a promessa do Messias. E eram responsáveis por anunciar a vontade de Deus. E Elias e Eliseu (1 Reis 19:19) foram um desses que tinham um relacionamento de discipulado, que resultou em uma lealdade muito bonita.

Já Moisés (Êxodo 18:13-27) liderava grupos pequenos. E lidava com várias dificuldades e problemas do povo. Ele era um líder e pastor, que aconselhava e instruía o povo na interpretação das leis estabelecidas por Deus.

Jesus deixou claro que o cristianismo não é apenas teórico, mas tem poder transformador por ser prático e real. Se trata de um crescimento orgânico e dinâmico, onde todos são igualmente, desafiados a mudarem completamente o rumo de suas vidas.

 

Confronto é necessário

O discipulado tem a finalidade de apontar a realidade sempre para Jesus, devido ao propósito cristão de sermos parecidos com Cristo (Efésios 5:1). Em consequência disso, precisaremos aprender a ser confrontados e, também, a confrontar o nosso irmão. Tendo como propósito fortalecer com alimento sólido (Hebreus 5: 14).

Isto não significa que é bom espiritualizarmos tudo, mas interpretar e discernir os fatos relatados pelo irmão, a quem emprestamos os ouvidos, é importante para aplicarmos o evangelho devidamente. Precisamos manejar bem a palavra para estar prontos para corrigir com mansidão (1 Timóteo 2: 24-25), porque isto resulta na qualidade e saúde da igreja. Quando os irmãos tem um bom ensino e amor fluindo, se vê crescendo sobre um fundamento firme.

A Palavra, por si só, carrega autoridade capaz de transformar o que está morto em delitos em vida. E o ato de ministrá-la com sabedoria deve provocar uma vida de devoção e de maturidade. E o discipulado, como um canal divino, nos ajuda a lidar de modo muito realista com as nossas mazelas, ao mesmo tempo em que encontramos uma humanidade redimida capaz de produzir bons frutos que permanecerão.

Existe poder na adoração? A palavra nos mostra que sim, existe poder em adorar! Vamos falar sobre a adoração usada como arma de guerra. Tenho estudado a história de Josué e a queda da muralha de Jericó. Observe o que a Bíblia diz a respeito disso:

“Então o Senhor disse a Josué: “Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra. Marche uma vez ao redor da cidade, com todos os homens armados. Faça isso durante seis dias. Sete sacerdotes levarão cada um uma trombeta de chifre de carneiro à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos sete vezes ao redor da cidade, e os sacerdotes toquem as trombetas. Quando as trombetas soarem um longo toque, todo o povo dará um forte grito; o muro da cidade cairá e o povo atacará, cada um do lugar onde estiver”. ‭‭Josué‬ ‭6:2-5‬

Certamente, como podemos ver, Deus deu uma estratégia para Josué. Imagine o som das trombetas, imagine também essa marcha. Isso foi uma estratégia de adoração. As muralhas de Jericó eram lendárias, aos olhos de muitos elas eram intransponíveis. O que Deus queria mostrar aqui era que, quando usamos nosso amor diante Dele, iremos prevalecer diante das circunstâncias e de nossos inimigos. Nossa devoção Àquele que merece tudo que podemos expressar, seja através de palavras ou sons, resulta no sobrenatural.

Seja fortalecido ao adorar

Enfim, em nossas vidas existem momentos em que já estamos sem forças para orar, e o que conseguimos fazer é adorar, cantar.

Então, observando a história de Josué podemos entender que adoração é uma arma de guerra poderosa.

Portanto, Josué usou essa estratégia e saiu vencedor diante de uma grande muralha natural e espiritual.

“No sétimo dia, levantaram-se ao romper da manhã e marcharam da mesma maneira sete vezes ao redor da cidade; foi apenas nesse dia que rodearam a cidade sete vezes. Na sétima vez, quando os sacerdotes deram o toque de trombeta, Josué ordenou ao povo: “Gritem! O Senhor entregou a cidade a vocês!”
‭‭Josué‬ ‭6:15-16‬

Portanto, adorar é o caminho quando estamos diante de muralhas. E medite e Deus te dará estratégias. Use sua voz como uma trombeta para derrubar suas muralhas pessoais através da Presença de Deus.

Talvez este seja o tempo de marcharmos e tocarmos trombetas até que chegue a hora de as muralhas ruírem.

Adoração como estilo de vida

Aliás, adoração é muito além de apenas louvar a Deus com cânticos. Adoração é um estilo de vida.

Certamente, nós nascemos para adorar ao Rei. Eu sempre imagino a adoração incessante que existe diante do Trono. Os seres que cercam Deus não conseguem fazer outra coisa além de adorar a Ele.

Assim, comece hoje a declarar palavras de adoração e levante louvor aos céus para Aquele que o criou. Quando você tornar sua adoração uma arma de guerra, você verá que as tempestades irão cessar e as muralhas irão cair.

Antes de tudo, eu e você prestaremos adoração Aquele que a merece. E Ele do Seu trono irá nos responder e enviar socorro e vitória como fez com Josué.

“Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do seu santuário.” ‭‭Salmos‬ ‭29:2‬