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Ele não é mais um bebê na manjedoura

O Verbo se fez carne: essa é a boa notícia do Evangelho! A mesma voz que no início disse “haja luz” foi pronunciada em meio a um povo que andava em grandes trevas. Logo, aqueles que estavam cegos, vagando como ovelhas sem pastor, agora podem enxergar a glória do Pai na face do Filho. A expressão exata de Deus, o reflexo da luz inacessível.

Nem as melhores expressões e adjetivos são capazes de descrever o mistério e o assombro da encarnação. Isto é do Deus eterno nascendo em uma simples estrebaria de Belém. No céu todos o reconheciam, portanto, na terra poucos o discerniram. Um bebê, na manjedoura sem nenhum traço que o destacasse dos demais. Humano como qualquer um, divino como nenhum outro!

Um menino nos nasceu

Essa revelação é grande demais para nossa limitada compreensão, mas ela não para aí. A obra da redenção revelada na encarnação é consumada na crucificação e confirmada na ressurreição. Assim, a manjedoura e a cruz estão intimamente ligadas como um emblema do Deus que despiu-se de Sua glória e abnegou a sua majestade para resgatar os Seus.

Hoje nos alegramos porque o Menino que nos nasceu, o Filho que nos foi dado, cresceu em graça e em conhecimento. Ele caminhou entre nós e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai. Logo, nos alegramos porque Ele se humilhou à mais baixa posição, e pela Sua obediência o Pai exaltou acima de todos. O governo está sobre os Seus ombros e o Seu Reino jamais terá fim.

 

Ele não é mais um bebê na manjedoura

A nossa oração por você hoje, é que ao contemplar o bebê na manjedoura, seu coração arda na certeza de que Ele é o mesmo Homem judeu descrito em Apocalipse 1:

¹³ E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
¹⁴ E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
¹⁵ E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
¹⁶ E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
¹⁷ E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
¹⁸ E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Apocalipse 1:13-18

Celebramos o nascimento de Jesus Cristo ansiando pelo Seu retorno glorioso! Ele nasceu, morreu, ressuscitou, está agora à destra do Pai, mas ficará no céu para sempre.

Levanta a mão quem ama o Natal! Provavelmente, você está com as mãos para cima. Aliás, eu garanto que você não vê a hora de poder sentar-se à mesa juntamente com seus familiares. E se porventura eles estiverem geograficamente distantes, a saudade será imensa.

Esse momento de estar à mesa me faz lembrar de que todos pertencemos a uma família ainda maior. Somos participantes de uma festa vindoura, um grande banquete de celebração.

Você já parou para pensar que quando se está à mesa na festividade natalina outras milhares de pessoas pelo mundo também estão? Portanto, mesmo todos sendo de famílias distintas partilham e compartilham das maravilhas da ceia de Natal? Assim, todos juntos ali têm o mesmo objetivo e estarão saciados e alegres. Logo, o natal tem uma razão. É não apenas o nascimento de um menino mas também um renascimento da esperança para os que creem na vida gloriosa de Jesus Cristo.

 

Eu não gostava do natal, mas…

Mas antes preciso confessar um pequeno detalhe: eu aqui, que vos escrevo, não gostava do natal. Vocês acreditam?!

O Natal me parecia uma data para gastar dinheiro, passar calor em comércios e novamente, passar calor. Até que ele me foi apresentado como um momento diferente e único de reflexão profunda que aponta para uma bendita ESPERANÇA.

E você deve se perguntar:

“Como assim esperança?! Irmã Elô, me desculpe a sinceridade, mas Jesus não nasceu em dezembro. Esperança? Muito provavelmente, você não passou o natal na minha casa. Quando nos reunimos há discordâncias, muito amigo secreto e discussão sobre política (risos).”

Amigos, certamente não os conheço pessoalmente e não tive o prazer de passar essa festividade com vocês. Bem sei que mesmo diante das peripécias que temos com as nossas famílias, há espaço para pensarmos sobre porque o natal nos oferece uma esperança. Gostaria de compartilhar essa porção das escrituras:

“O povo que andava em trevas viu uma grande luz sobre os que habitavam na terra da sombra da morte.

(…) Porque um menino nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. O seu domínio aumentará, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para estabelecê-lo e firmá-lo em retidão e em justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso”.

Isaías 9:2, 6-7.

Vejam, são as boas novas! Um deleite está preparado para os que creem. O Cristo, o Deus Encarnado, nasceu. Agora uma esperança foi dada a toda humanidade. Por meio do nascimento do Filho de Deus, que deixou toda sua Glória e majestade, podemos hoje experimentar uma sublime esperança. Uma grandiosa bênção nos foi concedida.

 

A bendita esperança

O Deus vivo que desceu dos céus veio para a salvação. Por esse motivo comemoramos. Por essa razão deveríamos estar com nossos irmãos e amigos, todos juntos no Natal, sentados à mesa para a celebração da vida, e além disso, nos lembrando que a luz dos homens, o primogênito de toda criação, Ele está nos mais altos céus e que um dia retornará.

Irmãos, certamente haverá um dia que estaremos à mesa e nos satisfazemos Nele.. Naquele dia, meus amigos, o Cristo ressurreto não terá de ir. Pelo contrário, o veremos face a face assim como Ele é e estaremos unidos para sempre. Essa é a esperança cristã. Ela é viva e celebra a vida de Jesus.

 

Gostaria de convidá-los para que neste Natal possamos trazer à memória a única certeza que temos: que Jesus veio a terra para nos dar vida e uma vida em abundância. Junto com sua família sente-se à mesa lembrando que estamos celebrando o Deus Emanuel,  e que um dia estaremos sentados com Ele em seu grande banquete.

Glórias nas alturas! Sejam a honra, a glória pelos séculos dos séculos a Jesus Cristo, a esperança viva!

O nosso Redentor vive!

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concedeu o seu favor.” Lucas 2:14

Feliz natal e boas festas!

Quero trazer uma reflexão de natal aqui e falar de uma pessoa que há muitos anos tenho compartilhado sobre sua vida. Não é uma personagem muito comum de se falar na época do natal. Por isso, eu quero trazer aqui um ângulo diferente da vida e do testemunho de Ana, a partir de Lucas 2.

Talvez a pergunta mais feita no período do natal é “Por que Jesus veio ao mundo?”, ou “Qual é o sentido e o motivo do natal?”. Logo, se você é pai de uma criança, com certeza já se deparou com alguma variação dessas perguntas aqui. Obviamente a resposta para nós é que o Natal tem tudo a ver com Cristo e precisa ter a ver com Ele.

Nesse tempo, temos a oportunidade de convidar Jesus para as nossas mesas e nossas conversas como em nenhum outro momento. Não podemos deixar nenhuma outra “magia” roubar do nosso coração ou dos nossos filhos o verdadeiro sentido do natal: o nascimento de Jesus.

 

Testemunhos de natal

Algumas pessoas testemunharam dos eventos em torno do nascimento de Jesus. Como Isabel, prima de Maria, por exemplo. Ela afirma que Jesus é o Senhor dentro de um contexto onde a expectativa messiânica descansava no coração de um povo aparentemente desamparado e esquecido por Deus.

Ela chama um bebê de “meu Senhor” (Lucas 1:42-43). E eu pergunto, quem alguma vez tratou uma criança com tanta honra, com tanta dignidade? Assim como os pastores que afirmaram que Jesus, aquele bebê, – não haveria de ser – mas que Ele era o Salvador.

Em Lucas 2:26 Simeão também afirma que Jesus é o Cristo. Portanto, foi lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não veria a morte antes de ter visto o Cristo. Dessa forma, falar desses temas no período do Natal nos traz de volta ao nosso diálogo: “Por que devemos saber quem é Jesus e não só o que Ele fez por nós?”

 

Quem exatamente é Ana?

³⁶ Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar
³⁷ e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite.
³⁸ Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Em Lucas 2, José e Maria estão levando o menino Jesus, de acordo com a lei mosaica, para apresentá-lo no templo no oitavo dia para ser circuncidado. Portanto, a Bíblia diz que Ana servia no templo dia e noite durante décadas. Ela chega ali no momento exato em que Maria e José estão com o menino no colo.

A Bíblia diz que essa mulher era uma profetiza, filha de Fanuel da tribo de Aser. Essa tribo fazia parte das 10 tribos que foram para o norte e foram expulsas da terra. E se dispersaram quando Babilônia invade Israel.  De alguma forma, Ana encontra de volta o seu caminho até Jerusalém.

Contudo, Ana era viúva há muitos anos. Aproximadamente 60 anos, aliás. E desde que ficou viúva ela nunca se afastou do templo. Ela se dedicava à oração dia e noite e assim, toda sua vida girava em torno desse lugar. Além disso, era piedosa, tinha zelo pela casa de Deus e amava o povo de Deus. Ela simplesmente vivia para adorar e servir a Deus.

 

O testemunho de Ana

Outra coisa interessante que nos é dito sobre Ana, é que ela tinha um dom profético. Sendo assim, ela era alguém que recebia uma revelação direta da parte de Deus. O Senhor deu esse presente especial para Ana, que foi cultivado através do seu caminhar próximo com Ele. Dessa forma, sua mente podia ser iluminada pelo Espírito de Deus, e ela tinha discernimento do que estava acontecendo e podia transmitir a outras pessoas.

Quando Ana chega no templo e se depara com Maria, José e o menino Jesus ela dá “graças a Deus”. Eu imagino que haviam muitas pessoas ali. Os sacerdotes que trabalhavam no templo, outros meninos que seriam apresentados também. Porém, Ana chegou e discerniu que aquele não era um menino qualquer.

Aquela mulher entendeu o que o Senhor estava fazendo naquele templo. Muitos não perceberam, embora eram pessoas que afirmavam falar em nome de Deus. Eles não viram e não sentiram Deus. Um homem comum, como Simeão – que não era um sacerdote e ninguém importante – que reconheceu que Deus estava no meio deles. E além dele, Ana que chega ali, e é revelado para ela que o menino era aquele a quem eles esperavam há séculos.

De profetiza a evangelista

Ali, diante dos olhos de Ana, o menino que a Bíblia profetizou que haveria de vir. E assim, diferente de todos os outros testemunhos que falamos antes aqui, Ana diz que Ele é o redentor. Ela proclama e conta a todos a respeito da redenção de Israel.

Ana era uma profetiza, e agora se torna uma evangelista. Ela assume esse papel de anunciar sobre o Salvador. Assim, a Bíblia nos diz que a mensagem de Ana era essa: Ele é o redentor, o resgatador que nos comprará de volta do domínio do mal, o que nos resgatará das mãos dos inimigos de Deus.

No primeiro natal, ao ver Jesus, Ana dá graças a Deus e testemunha dele a todos que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

O que é um redentor?

Redenção é uma palavra que todo cristão deveria conhecer e ser capaz de explicar o que significa. Além do mais, Ana poderia ter saído para testemunhar e ter falado tantas outras características de quem Ele era. Todavia, no contexto do primeiro natal, o testemunho de Ana foi dizer ao povo de Israel que o Redentor chegou.

Quando ela disse que a redenção de Israel chegou, ela está dizendo que o resgatador disposto a pagar o preço para tirá-los debaixo do domínio que eles estavam e colocá-los debaixo de outro domínio. Afinal, um resgatador, no sentido bíblico, era aquele pagaria o preço do resgate.

 

Uma história de redenção

Muito se fala no Novo Testamento sobre a redenção, sobre sermos redimidos por Cristo. Portanto, Ana não tinha as palavras de Paulo e nem mesmo os Evangelhos. Logo, ela olhava para o Antigo Testamento e entendia “redentor” no contexto do que essa porção das Escrituras nos mostra sobre isso.

Neste caso, vemos no livro de Êxodo o grande propósito de Deus que é reunir um povo de cada tribo, nação que o ame, o adore, o glorifique e desfrute dele para sempre. E a história da redenção começa com um homem chamado Abraão e a partir de sua linhagem o redentor haveria de vir. Contudo, até então não se sabia qual seria o preço a ser pago pelo resgate. Além disso, toda a história do Antigo Testamento mostra um Deus redimindo o seu próprio povo.

 

O Redentor vive!

²⁵ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
²⁶ E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Jó 19:25,26

 

Ana estava esperando este Redentor. Ela viu e acolheu o menino Jesus pois ela sabia quem Ele era. Com seus 84 anos, talvez Ana não viveu tempo suficiente para ouvir os ensinamentos de Jesus 30 anos depois. Mas a sua esperança era que um dia viria o seu Redentor.

Portanto, nenhuma mente consegue entender perfeitamente como será o dia em que a profecia em que Jó declara se cumprirá. O dia em que Deus se levantará sobre a terra e seus olhos o veriam. Mas ele declarou tão profundamente que a obra do Redentor se estende além dessa vida. Hoje já podemos desfrutar de parte do que Cristo comprou, mas o melhor e a maior parte de tudo ainda está por vir.

Deus resgatará seus filhos e filhas e o mundo inteiro será redimido. Haverá novos céus e nova terra. Tudo será novo! Essa é a esperança que o Redentor trouxe!

Essa é a esperança do natal!

 

Pr. Vinicius Sousa

Palavra do culto da Fhop Church do dia 3 de Dezembro de 2021

 

Assista abaixo:

Culto Fhop Church: Reflexões de Natal: O testemunho de Ana

Essa semana dá início ao advento de natal, ou seja, o tempo de preparação para celebrarmos a vinda do nosso Senhor ao mundo. Durante esse tempo, traremos aqui no blog algumas reflexões sobre o natal para você meditar na importância dessa data para nós como cristãos. Dessa forma, quero começar falando sobre Aquele que é o mais importante: Jesus, a boa parte do natal.

A boa parte do natal é Cristo

Ok. Eu sei que é muito legal essa temporada do ano. Corremos de um lado para o outro em busca de presentes, fazemos compras para as diversas confraternizações, passamos tempo com nossos familiares, reencontramos pessoas. Tudo isso é importante. Portanto, é preciso trazer à memória que o natal é sobre Cristo. Então, tudo bem festejar e celebrar, mas nós celebramos e nos reunimos em torno de uma coisa: a boa parte que nunca nos será tirada.

Traga Cristo para a conversa. Lembre-se dele à mesa. Embora você saiba que esse não é realmente o “aniversário de Jesus”, essa é uma data para se lembrar. Mas se lembrar do que? De que Cristo veio ao mundo, Ele deixou Sua glória e se tornou um bebê. Logo, Ele foi o presente que o Pai deu ao mundo como uma resposta do Seu grande amor por nós.

 

A boa parte do natal é ser grato

Em meio às comemorações, e aos presentes –  e as sobremesas deliciosas – a boa parte do natal é ser grato pelo maior presente que o Pai nos deu. Por isso, nesse tempo, cultive em seu coração gratidão pelo que Cristo fez por mim e por você!

Existem tantas razões para derramarmos nosso coração com boas palavras a Cristo. Tente fazer uma lista de 10 motivos para ser grato e falhe miseravelmente, porque certamente você encontrará muito mais do que isso. Mesmo assim, louve-o, e agradeça-o com todo seu coração pela esperança que seu nascimento nos traz.

 

Nesse natal, escolha a boa parte

Quando Maria, mãe de Jesus estava prestes a dar à luz, não havia nenhum lugar em Belém que pudesse receber essa família. A cada porta que eles batiam, as cabeças se balançavam e tudo que eles recebiam era um não. A luz do mundo, rejeitada antes mesmo de nascer. Até que alguém disse: “Há um lugar ali no curral”. E foi ali, no lugar mais simples, aquele que sustenta todas as coisas pela Sua palavra, nasceu. Fico imaginando a glória e a simplicidade daquele momento que dividiu a história da humanidade.

Que grande oportunidade todos perderam! Ninguém na história de Belém poderá dizer: “foi na minha hospedaria que o Messias nasceu”. Ninguém, além de Maria, José e provavelmente alguns animais, pôde vivenciar a grandeza desse momento. Por isso, nesse natal, não perca a oportunidade de escolher Cristo mais uma vez. Não deixe que as tantas outras coisas deixe a sua vida e o seu coração lotado até que você seja capaz de dizer: “não há espaço para Cristo aqui”.

Escolha a boa parte. Encontre espaço para Ele. Se não tiver espaço para Cristo na sua vida, não é necessário ter espaço para mais nada, pois apenas uma coisa é necessária.

 

 

O senhorio de Deus é suficiente para atrair o meu amor por Ele?”. Esse foi o questionamento que veio ao meu coração enquanto meditava em Marcos 12.30. Será que Ele tem sido suficiente para ser o meu único amor?

“Ame o Senhor, o Seu Deus, de todo coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.”

Marcos 12.30

Afinal, quando estamos em um lugar de suficiência e confiança plena no amor de Deus todas as coisas perdem o seu valor. Assim, fixamos os nossos olhos nele, Ele se torna o único e mais importante. Jesus ensina que amar a Deus sobre todas as coisas, requer atitude de coração. Ou seja, implica em atribuirmos ao Senhor o valor e a estima que Ele merece. Logo, amar a Deus é verdadeiramente desejarmos ter comunhão com Ele, vivermos com obediência e sinceridade a sua vontade na Terra.

 

A intencionalidade do amor

Amar a Deus sobre todas as coisas, nos faz entender que Ele deve ser amado com todas as forças e a capacidade que o homem possui. Aliás, este é o alicerce e o resumo do propósito da existência humana. “Amar” é um mandamento e é algo além de um sentimento que nasce por força alheia à nossa vontade. Isto é algo que devemos cumprir em todas as ocasiões, não só quando recebemos alguma coisa do Senhor.

Logo, amar a Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma significa por vezes ter coragem para fazer o que Ele nos manda, mesmo sem entender. É, portanto, escolher obediência como fez Abraão, provando que amava ao Senhor mais do que o próprio filho.

Trata-se de um amor que não se iguala, nem se dobra a qualquer outro. Por mais legítimos que sejam nossos amores, de modo algum eles podem competir com o amor que é devido a Deus. Provavelmente este era o entendimento de Paulo quando diz que considera tudo como perda se comparado a sublimidade do conhecimento de Cristo.

 

Amar a Deus de todo o coração

“De todo o coração”, essa expressão se repete várias vezes na Bíblia. Como em Jeremias 29:13 “Buscar-me–eis e me achareis quando me buscar de todo o coração”. Mas o que significa “de todo o coração”? Isto significa o homem por inteiro (como Provérbios 4: 23), significa a sinceridade de sentimentos. São todas as afeições do ser humano desejando pelo seu criador, amando-o intensamente mais do que a qualquer outra coisa criada.

Deus tem um propósito! Ele deseja ter um relacionamento de intimidade com o homem e quando entendemos isso, algo já começa a mudar em nossas vidas, nossos questionamentos, nossa busca por respostas e nossa mente buscando a Deus. Essa fome por Deus vem, quando estamos vazios de nós mesmos, livres do antropocentrismo, egoísmo ou apego as coisas terrenas, a fome nasce quando apenas percebemos que dependemos dele, cada partícula do nosso ser foi criada com um desejo inapagável pelo Deus eterno.

Desde que tenho meditado sobre esse texto, tenho entendido que, o Senhor tem feito um convite a nós, de encontrarmos suficiência nele e em suas escrituras, e além disso, é imprescindível termos coragem para tirar as distrações do nosso caminho, para que assim nossa oração possa ser como o diálogo da noiva para com o seu Amado em Cantares 2: 15, que o Amado das nossas almas possa tirar tudo aquilo que tem nos afastado e distraído do seu amor. Ele nos amou primeiro e este já é motivo suficiente para que o amemos com tudo o que somos.

Isabella Cardoso Peres – Aluna do Fascinação Turma 19

 

Na track de comunicadores do Intensivo Fascinação, os alunos produzem textos a partir de uma meditação bíblica. Leia aqui mais textos dos nossos alunos:

Estabelecendo uma cultura de intimidade

Lembre-se do primeiro amor

Estamos na reta final do ano, quase no início de mais 365 dias de oportunidade para amar Jesus por meio da Bíblia, a palavra de Deus. Então, agora é hora de se planejar para o próximo ano ser uma ano onde você possa crescer cada vez mais no conhecimento de Deus.

 

Toda a Bíblia é sobre Cristo

E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.
A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.

Colossenses 3:15,16

 

Toda a Bíblia é uma história sobre um Pai que tem um Filho que lhe deu uma família. E ele prepara uma noiva para esse Filho, e o fim da história é a unidade com esse Amado noivo, assentados à mesa de Deus com Ele. E Paulo escolhe aqui nesse texto chamar a Palavra de Deus como a Palavra de Cristo.

Na verdade, desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia é um compilado de livros que dão testemunho de Jesus. Logo, o objetivo da Bíblia é dar testemunho de Cristo. Então. se você tem o desejo de conhecer mais a Cristo no próximo ano, em outras palavras você está dizendo: “eu quero conhecer mais a Bíblia”.

A Bíblia não é uma palavra humana sobre Deus

Se você acredita que a Bíblia é um palavra humana sobre Deus, quando ela não se ajustar à sua opinião de como as coisas devem ser seguidas, você sentirá que pode discordar, ir contra ela ou até manipulá-la como bem te agradar. Portanto, a Bíblia não é a nossa palavra sobre Deus, pelo contrário, é a Palavra de Deus para nós. A Bíblia é a revelação divina para a humanidade.

Mas por que eu deveria me importar se a Bíblia é a Palavra de Deus para nós e não o contrário? Isso faz toda a diferença, pois se Deus não falou as suas palavras, a Bíblia não passaria de uma inspiração. Pense em grandes promessas da Bíblia tais como  Hebreus 3:5 que diz “nunca te deixarei, nem te desampararei”. Ou então Filipenses 4:19 “o meu Deus suprirá todas as suas necessidades de acordo com as suas riquezas em glória”.

Se essas palavras são, de fato, palavras que vieram da boca de Deus, podemos nos apegar a essas promessas e confiar. Além disso, podemos nos acalmar e saber que Deus está cuidando de mim e de você. Todavia, se essas palavras são humanas, de maneira alguma poderíamos nos apegar a isso com confiança. Isso minaria o fundamento da esperança, pois substitui as promessas de Deus para nós pelos nossos desejos, sem garantia alguma de que eles se cumprirão.

 

A Palavra nos torna fortes

Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno.

1 João 2:14

A igreja é composta por vários grupos geracionais, e em sua carta, João fala direcionando a cada um deles. Ele fala aos jovens, e vemos que se a Palavra de Deus está habitando em nós, o resultado disso é força – nos tornamos fortes! Em outras palavras João está dizendo: “Jovem, se a palavra está habitando em você, Deus diz que você é forte, é por isso que vocês já venceram o maligno”.

Quando a palavra de Cristo está habitando em nós, isso nos garante que não estamos entregues a desejos ou pensamentos positivos. Além disso, nos garante que estaremos firmados nas promessas de Cristo.

A garantia da vitória do jovem não se dá por causa do pequeno grupo, ou dos líderes e pastores que o acompanham. Na verdade ela se dá porque estes permitiram que a Palavra de Deus habitasse em seus corações, por isso eles venceram o maligno.

 

Vencendo a maldade que cresce nessa geração

Por outro lado, isso não é possível em uma igreja que só oferece entretenimento. Jovens têm força quando incluem a Palavra em suas vidas. Não há nada mais sério que um mergulho na palavra de Deus em suas vidas. Por isso, devemos levar a sério o gastar tempo nas Escrituras. Estamos sendo atacados por todos os lados.

Devemos ir à palavra de Deus com seriedade. Permitir que ela molde nosso caráter, não tratar como uma caixinha de promessas, que tiramos um versículo por dia. Não existe outra saída pra nos. O futuro da nossa igreja, da igreja brasileira, da nossa família, está na palavra de Deus habitar ricamente em nós. Não há outra saída!

 

Qual o segredo para uma vida espiritual?

Se você perguntar pras pessoas hoje qual o segredo pra uma vida espiritual, é possível que você ouça 3 respostas semelhantes a isso aqui:

1- A resposta do meio evangélico:

“A vida espiritual é encontrada nas pessoas do seu redor. Junte-se a nós e tudo vai ficar bem pra você”. Portanto, é nisso que os fariseus acreditavam. Reunir-se em um grupo de pessoas todo domingo pra cantar hinos não é a garantia de uma vida espiritual. A comunhão é uma parte integral da vida espiritual, mas não é a fonte de vida espiritual.

2- A resposta do meio secular:

Se você perguntar qual é a fonte da vida espiritual no meio secular, provavelmente dirão que você precisa encontrar o seu eu. Olhar para dentro de si para encontrar o segredo da vida espiritual saudável. “As respostas estão dentro de você, a fonte da vida está dentro de si”.  

3- A resposta bíblica 

A vida espiritual é encontrada quando a Bíblia está aberta dentro de você. Essa é a fonte de uma espiritualidade saudável. Dessa forma, a comunhão é mais saudável quando a palavra de Deus está no centro. 1 Pedro 1:23  diz: Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível”. Ou seja, fomos gerados novamente, de uma semente que não é perecível. Que não morre, que não termina. Fomos regenerados pela palavra de Deus, que vive e permanece. 

 

Dê a Palavra lugar de honra

É muito legal nós seguirmos vários perfis cristãos que nos encorajam e palavras que nos dão ânimo e fé. Portanto, cuide para não substituir a alimentação espiritual e não terceirizar nossa responsabilidade de nos nutrimos das escrituras.

Dessa forma, dê a palavra um lugar de honra e destaque da sua vida. Não dê espaço de honra na sua vida para pessoas que ocupam pouco do seu tempo e espaço na sua vida. Logo, trate a Bíblia em lugar de honra na sua vida. Você gasta tempo com aquilo que lhe dá lugar de honra. Torne a leitura da bíblia algo especial na jornada do ano que vem e desse ano!

As mídias sociais serão a prova naquele dia, diante de Deus, como um testemunho de que somos indesculpáveis se falarmos para o Senhor que não tínhamos tempo para leitura da bíblia. A grande verdade é que escolhemos para o que temos tempo ou não.

 

É hora de planejar

Nesse próximo ano, gaste tempo de comunhão em torno da palavra de Deus. Portanto, faça a palavra de Deus centrada na comunhão. É hora de começarmos a planejar que tipo de ano teremos em 2024. Por isso, não seja a falta da palavra de Deus a frustração no fim do ano.

Por isso, a Bíblia precisa encontrar lugar no nosso dia a dia, na forma que educamos nossos filhos, na forma que respondemos nossas tribulações. Logo, que a palavra de Deus habite ricamente em nós. Vamos para as escrituras, vamos chorar diante da Palavra. Vamos nos alimentar da Bíblia, vamos ler, e talvez não faça sentido, e vamos lendo, talvez pela décima vez o mesmo versículo, e de repente, vai fazer sentido no seu coração. 

Não terceirize a sua responsabilidade de ser nutrido através das Escrituras!

Que Deus te abençoe!

Palavra do Pr. Vinicius Sousa no culto do dia 19 de Novembro de 2023 na Fhop Church

 

Plano de leitura bíblica:

Para te ajudar com seu planejamento de leitura bíblica no próximo ano, preparamos um plano de leitura bíblica que você pode acessar clicando nos links abaixo:

Plano de leitura bíblica 1 ano

Plano de leitura bíblica 5 meses

 

 

 

 

 

 

O que vem à sua mente quando ouve sobre gratidão? Positividade, good vibes, músicas, educação?

Gratidão na Bíblia não é tratado como um prática de positividade ou mantra de pessoas que escolhem determinado estilo de vida mais holístico. Mas também não se trata só de canções ou de uma liturgia obrigatória da oração.

Além do mais, a Bíblia é cheia de imperativos que dizem: “deem graças”, “sejam gratos” ou “rendam ações de graças”. Ou seja, gratidão na Bíblia é fruto de corações que louvam ao Senhor por conhecerem seu ponto de vista e percebem sua natureza graciosa em todas as circunstâncias da vida.

Dessa forma, vamos destacar apenas duas das coisas que aprendemos sobre gratidão na Bíblia que vai ajudar seu coração a reposicionar os afetos em relação a vida, e espero que te ajude a terminar essa leitura com desejo de não apenas se grato, mas de adorar a Deus em tamanha gratidão.

 

Gratidão é sobre perspectiva

Em todas as situações existem diversos lados para se olhar e dependemos de onde estamos vendo as coisas, a gratidão pode ser a postura mais lógica ou a mais insana. Em Apocalipse, João recebeu a revelação de Jesus Cristo a cerca do final dos tempos. Então, vamos ser sinceros e confessar que já tivemos medos de certos relatos das visões descritas no livro de apocalipse. É aterrorizante dependendo de que lado da história você está.

Mas em Apocalipse 4 e 5 marca uma transição de cenas no livro. Assim, o capítulo 6 inicia a descrição de juízos, dos selos e taças. Porém, perceba como começa o capítulo 4, a voz que falava com João vinha de uma porta aberta no céu e lhe disse “sobe aqui”. E o que João encontra ao subir nada mais é do que a sala do trono de Deus!!!!

 

“¹ Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: “Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas”. ² Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém.”  (Apocalipse 4:1,2)

 

É desse lugar glorioso que ele vê todo o resto de Apocalipse. Será que esse não é um doce convite de Deus para nós sobre perspectiva? Se também subirmos ao trono da graça (Hb. 10) e passarmos a enxergar a vida na perspectiva de Deus, não seríamos mais gratos, considerando sua bondade de perto e percebendo sua vontade como boa perfeita e agradável? Tenho certeza que sim.

Do lado da história de Deus a história inteira é sobre Ele e o final é glorioso. Ver da forma que Ele vê é radiante.

 

Gratidão é fruto de quem é consciente da Graça

É comum no novo testamento que quando o escritor fale sobre ações de graça instrua o leitor a fazer isso por meio de Cristo:

¹⁷ Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:17)

 

Logo, o envio do filho é a prova inegável do tamanho da graça de Deus dispensada a nós. E graça é favor imerecido. Além disso, é comum sermos confrontados contra a meritocracia – de fato esse não é o molde do evangelho. Porém, se você toma consciência da história de Deus, o que de fato, sinceramente, nós merecemos? 

A Bíblia conta a história da humanidade como pecadora, inimiga de Deus. Essa, carente da graça, e mesmo assim sendo perseguida pela bondade, amor e misericórdia que propicia redenção e salvação – por meio do Filho. O que a humanidade merecia era a morte, a separação eterna de Deus. O que eu e você realmente merecemos é juízo, castigo e desgraça. 

A boa e surpreendente notícia é que não é isso que recebemos. O que Deus nos oferta é infinita graça por meio de Jesus Cristo, que por sua vida, morte e ressurreição nos oferece a vida que não merecemos, a vida que nunca sequer conseguiríamos conquistar por nossa força.

 

Estamos melhores do que merecemos

Não importa o cenário que você esteja enfrentando hoje, você está melhor do que você merece – isso é graça. No pior cenário, de calamidade, injustiça e dor  você e eu temos um bom pastor que se compadece, e cruza de forma bem presente o vale da sombra da morte conosco se for preciso. Em meio às pressões da vida, sua graça nos deixou um Consolador, um Ajudador para nos ajudar em meio a jornada – isso é graça!

E nos cenário de realização, alegria, festa, sonhos realizados, fascínio pelo ordinário, como poderíamos merecer tanta bondade? Na verdade não merecemos, isso é a Graça! Não foi nosso dinheiro, esforço, bondade e integridade que conquistou, foi o favor imerecido de Deus.

Pensar assim não faz a gratidão ser a postura mais apropriada sobre a vida? Agora mesmo enquanto escrevo esse texto e medito nessas palavras sinto a consciência disso me arrastar ao louvor de ações de graças. 

 

No dia bom e no dia mau essa é a postura apropriada

Encerramos reforçando o convite bíblico de fazer da gratidão a ação mais lógica para aqueles que estão do lado de Deus na história. Responda as bênçãos de Deus na sua vida com um coração grato pela natureza graciosa de Deus. Mas também lide com as dificuldades e ansiedades com ações de graças respondendo ao convite de Jesus que diz “sobre aqui, deixa eu te mostrar a minha perspectiva sobre as coisas”. E confie na garantia que o apóstolo Paulo deixa aos filipenses sobre isso.

 

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6,7)

 

No antigo testamento Deus estabeleceu para o povo de Israel, que eles oferecessem sacrifício a fim de que obtivessem perdão dos pecados ou em sinal de gratidão. Mas através dessa prática, também vemos o desejo do coração de Deus em manter um relacionamento íntimo, uma cultura de intimidade com seu povo. Dessa forma, uma das funções do altar era ser o lugar onde eram oferecidos os sacrifícios e as ofertas voluntárias. De uma forma simples, eles eram separados em: Holocaustos, Manjares, Ofertas Pacíficas, Oferta pelo Pecado, Oferta pela Culpa (Levítico 7:37-38).

No entanto, vemos que Deus é quem provê o fogo para esse altar, mas agora nossa responsabilidade é mantê-lo aceso continuamente. Como vemos neste versículo, o sacerdote todos os dias pela manhã tinha o encargo de providenciar lenha para que o fogo permanecesse queimando. Em nosso tempo não é diferente. Além do mais, Deus está em busca dos sacerdotes dessa geração que vão estabelecer uma cultura de intimidade em suas vidas, de forma que seus corações apaixonados jamais se apagarão.

“O fogo permanecerá aceso sobre o altar; não poderá ser apagado. Ali o sacerdote acenderá lenha todos os dias pela manhã, arrumará o holocausto sobre ele e queimará a gordura das ofertas pacíficas. Levítico 6:12

 

O que significa “o fogo arderá continuamente sobre o altar”?

Na Lei do Holocausto dada por Deus aos sacerdotes levíticos, o fogo do altar arderia ininterruptamente. Logo, tal ação servia como um lembrete da presença contínua de Deus e da necessidade do povo de uma expiação contínua.

Talvez, caro leitor, a pergunta que passe pela sua mente seja a seguinte: Por que, então, não oferecemos mais sacrifícios de animais? Os sacrifícios de animais terminaram porque Jesus Cristo foi o sacrifício final e perfeito. Por isso, não há e nunca haverá necessidade de um outro cordeiro. Assim, hoje temos acesso direto a esse lugar de intimidade com Deus graças a Jesus que abriu o caminho e nos convida ao lugar de relacionamento todos os dias.

Paulo em suas cartas nos adverte dizendo “não apagueis o Espírito (1Ts 5.19)”. Após a morte de Jesus, já não era necessário sacrifícios para manter a chama acesa ou termos acesso a presença do Eterno. Além do mais, com a nova aliança nos tornamos o santuário do Espírito Santo sua habitação (1 Cor.6:19).

A pergunta é: Como manter essa chama acesa já que somos esse altar? Ou então, como estabelecer uma cultura de intimidade? A palavra cultura deriva de duas palavras: “cultivo” e “culto”. Tudo o que continuamos “cultivando” e “adorando” ao longo dos anos estabelece UMA CULTURA. Temos que estabelecer hábitos para que mantenhamos a chama acesa. Pequenas atitudes diárias constroem uma cultura.

 

Não apague o fogo!

Portanto, temos a responsabilidade de manter a chama acesa dia e noite, zelando por uma cultura de intimidade. Se trata de permanecer em um relacionamento profundo com a pessoa do Espírito Santo e Ele espera muito mais do que intensidade, Ele deseja constância.

Ademais, Paulo nos incentiva a sermos fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm. 12:11). A esse respeito João Calvino também comenta:

Por que, pois, diria alguém, Paulo nos exorta a continuar este fervor? Eis minha resposta: embora este zelo seja divino, estes deveres são destinados aos crentes a fim de que destruam sua indiferença e fomentem aquela chama que Deus lhes acendeu. Pois, geralmente, sucede que, ou abafamos, ou mesmo extinguimos o Espírito em razão de nossas próprias mazelas”.

Não apagueis o Espírito é a ordem de Deus!

 

Como manter a chama acesa?

Sendo assim, necessitamos encontrar ferramentas que nos ajudem a manter o altar de intimidade com Deus. E então, desenvolver nosso próprio ritmo. Não corra a maratona de outra pessoa, desfrute da estrada, e dê o primeiro passo! Você deve encontrar prazer em sua vida de intimidade com Deus, se quiser mantê-la ao longo do tempo.

Deus nos convida hoje a permanecer nesse lugar de intimidade, a sermos esses sacerdotes que cultivam uma vida que queima pela sua presença, que ama se relacionar com ele, e o busca constantemente. Faça de Salmos 51:17 um “pontapé” para começarmos a estabelecer uma cultura de intimidade, deixar a chama acesa diariamente.

“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.”

Salmos 51:17 NVI

 

Alguns pontos práticos para permanecer com a chama acesa:

  • Ore diariamente: Todos os dias.
  • Jejue semanalmente: Enfraquece a carne e fortalece o espírito.
  • Tenha pontos de intercessão: Parceiro de Deus, o que está em seu coração?
  • Adore o tempo todo: De acordo com sua natureza e essência.
  • Estude a Palavra: O homem não viverá só de pão, mas da Palavra que sai da boca dele.

 

Jeferson Duarte Leal – Aluno do Fascinação Turma 19

Você provavelmente já escutou ou até mesmo cantou essa frase aqui “os que olham para Ti estão radiantes, Senhor”. Certo? Convidamos a Débora Rabelo, líder de louvor da fhop music para falar sobre o processo de composição da música “Os que olham para Ti”.

A Débora é casada com Hamilton Rabelo, ambos são missionários da fhop. Eles disseram “sim” ao Senhor para a missão de estabelecer uma cultura de devoção por meio do louvor e da adoração. E eles têm instruído a igreja para o lugar de devoção e adoração através de canções feitas a partir do lugar de oração e do estudo da Palavra.

 

Uma jornada de composição

Essa canção nasceu de uma forma muito natural. Como muitas canções que nascem aqui, ela também surgiu a partir de um coro que fiz em um acampamento sobre oração na minha antiga igreja em 2016. Nós estávamos em um momento de oração bem especial após a ministração da palavra. Lembro-me que cantava “Jesus we love you” (Jesus te amamos), e de repente, surgiu o coro: ‘amor presente é o teu amor, nunca me desamparará, eu olharei na tua face, verei a tua glória!’

Depois disso, o Hamilton me pediu para gravar, porque achou lindo! Assim, por anos, esse coro ficou guardado apenas no gravador do meu celular. Então, em 2018 nós decidimos finalizar essa canção, e assim, dedicamos um tempo juntos pra criar o verso e pré-coro.

Contudo, quando ela já estava finalizada percebemos que um outro refrão (que havia surgido nos nossos turnos da sala de oração) combinava muito com ela.

Logo, tivemos a ideia de colocar como ponte a parte que diz: ‘tudo pode até passar, eu continuo olhando para ti, tudo pode até mudar eu continuo olhando para ti pois tu és o Senhor que arrebatou meu coração’.

Depois disso, tivemos a certeza de que estava finalizada.”

 

A Bíblia por trás da canção

Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Salmos 34:5

Salmos 34.5 foi a maior inspiração pra essa música. Além desse, outro texto que falava muito ao meu coração naquela época era Salmos 103 que nos mostra a verdade sobre o poder do amor de Deus.

Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Salmos 103:12

Ele escolheu nos amar independente dos nossos erros, da nossa inclinação ao pecado. Ele afasta de nós as nossas transgressões e nunca nos deixa. O seu amor vai além dos céus.

Essa palavra estava falando forte ao meu coração no período em que escrevemos os versos. Além disso, o fato de que ao olhar pra Ele nos tornamos cada vez mais parecidos. Ao olhar pra Ele e não para as circunstâncias ao redor, somos iluminados e fortalecidos na jornada.”

 

Olhando para Ele para encontrar forças

Quando eu compus o refrão, eu travava uma luta contra a ansiedade mas nem sequer sabia disso. Existiam muitos conflitos na minha mente, nas minhas emoções mesmo eu já conhecendo a palavra e servindo ativamente na minha igreja. Eu já era uma líder há bastante tempo. Já ensinava sobre diversos assuntos na minha igreja local. Amava ardentemente o Senhor e servir a Ele. Mas eu não entendia o que acontecia dentro de mim.

Por muitas vezes eu carregava bastante culpa e julgamento dentro de mim por achar que aquela ‘bagunça interna’ era falta de caráter ou algo assim. Assim, a minha saída, o meu ‘bote salva vidas’ no meio daquelas guerras internas, era me apegar à presença de Deus.

Portanto, lembro-me de gastar horas e horas só com Jesus no meu quarto. Me derramava diante dele e recebia do seu refrigério. Ali, eu cantava para Ele e percebia de maneira intensa a sua presença comigo. Ele me dava forças pra continuar. 

Logo, o versículo 5 do salmo 34 falava tão forte ao meu coração naquela época que constantemente eu me lembrava dele no momento das crises. Eu pensava: ‘não importa o que acontece aqui dentro de mim, tudo o que eu preciso é olhar para Ele’.

A âncora da minha alma era me lembrar das Suas palavras.

Eu amava o Senhor e a sua presença. Servir a Ele em comunhão com minha igreja era a maior alegria da minha vida, então tudo o que eu fazia era me apoiar nele. 

E assim, no meio disso tudo surgiu o refrão de os que olham para ti. E por muitas e muitas vezes cantar essas verdades me sustentaram em meio às crises”.

 

Por que devemos cantar a Palavra?

“Cantar as escrituras é uma forma de alimentar a nossa alma com verdadeira comida. Isso nos satisfaz, alimenta, encoraja e nos fortalece na jornada.

Eu realmente acredito no poder da Palavra cantata porque na minha jornada até aqui, por DIVERSAS vezes eu fui encorajada a prosseguir na caminhada cristã através de mensagens em forma de canções.

Por diversas vezes Deus falou comigo, me consolou, me deu uma nova perspectiva, renovou a minha esperança, tudo através da Palavra cantada.

Além do mais, existem canções que são como feixes de luz entrando por um pequeno espaço na janela, em um quarto escuro. Canções que serão uma mensagem a um coração aflito prestes a desistir de tudo. Além de ser Luz para escuridão daquela alma que acha que é o fim da linha.

 

Eu sempre me lembro do conselho de Paulo: 

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Cl 3.16

Cantar a palavra de Deus é importante porque é uma forma de edificação pessoal e também da nossa comunidade local.”

 

Uma oração para os que olham para Ele

“A minha oração é que ao ouvir essa canção muitos sejam renovados no Senhor. E assim, possam sentir e perceber a presença do amado independente da estação que estiverem. Que a mensagem dessa canção seja uma inspiração também a buscarem uma vida de maior intimidade com Deus.

Eu oro por convicção do amor de Deus invadindo os corações, que a certeza da imutabilidade do Senhor seja clara em cada um. Que como diz na ponte da música, “tudo pode até passar e mudar mas eu continuo olhando para ti” muitos se encham de força para prosseguir independente do que vier enfrentar no futuro.

Eu oro pra que aqueles que enfrentam ansiedade sejam curados. Os que enfrentam enfermidades como a depressão sejam INVADIDOS pela luz do Senhor. Que sejam renovados no seu interior. Que Jesus de fato seja a âncora da alma de cada um.”

 

Ouça aqui: “Os que olham para Ti”

 

Leia também:

Por trás da canção: Cantai!

Meditando sobre a igreja de Éfeso em Apocalipse 2, podemos refletir sobre a figura de um casamento que chega a um triste fim como o divórcio. Afinal, o que faz um casal chegar ao divórcio não é uma perda repentina do amor (mesmo que para alguns pareça que seja). Mas sim, um amor que se desvanece aos poucos.

É como uma pequena embarcação que tem sua rota mudada apenas alguns milímetros para o lado. No final, ela acaba chegando totalmente perdida do destino que deveria estar. Logo, é necessário escolher amar diariamente. Pois, afinal, são as pequenas coisas que fazem com que um casal se afaste e o amor se perca. Dessa forma, o resultado pode ser o rompimento do relacionamento.

“Entretanto, tenho contra ti o fato de que abandonaste o teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras. Porquanto, se não te arrependeres, em breve virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2:4-5)

 

Uma decisão

Seguindo essa analogia, aquela decisão de se esforçar para amar e ser amado do começo do relacionamento pode acabar sendo engolida. O passar dos anos, as rotinas, distrações, filhos, contas a pagar, trabalho e tantas outras coisas boas e ruins. Portanto, essas coisas fazem dois corações que um dia se encontraram, se perderem um do outro. Mas aonde queremos chegar com essa reflexão? Se pararmos para pensar, nosso relacionamento com o Senhor é exatamente assim! Além do mais, Ele nos chama e nos lançamos Nele (primeiro amor), mas é necessário cuidado, zelo e cultivo desse amor, pois o nosso coração é enganoso e dia após dia. Portanto, muitas vezes com pequenas escolhas, pequenos ídolos ou outras prioridades, podemos nos perder Dele.

 

O que é amar?

Amar é e sempre será uma escolha. Ele escolheu nos amar e ao recebermos essa revelação  escolhemos amar a Ele de volta ou escolhemos viver longe dele. Todavia, independente da escolha, ela acontece de forma gradativa. Pois amar é uma construção! Logo, a partir do momento que temos uma revelação do amor de Deus, nos dedicamos a conhecer mais desse amor e dessa revelação. Fazemos isso gastando mais horas do dia orando, buscando por mais do Senhor, queimando pela sua palavra, adorando sua majestade ou simplesmente desfrutando desse amor que encontramos. À medida que amadurecemos, Deus nos chama a parcerias com Ele, muitas vezes por meio de atividades e ações, que envolvem os planos do Seu reino.

Assim, nos tornamos obedientes e temos prazer em aprender da sua lei e praticá-la. No entanto, todas as nossas movimentações precisam ser diligentes no que diz respeito a manter o lugar do cultivo do amor diário, pois isso ainda está sendo construído dentro de nós. E, aos poucos, se isso não for mantido, podemos cair no erro de movimentar coisas (até mesmo grandiosas no reino) vazias de amor. O amor cresce aos poucos, mas cuidado: aos poucos ele também se vai!

 

Em que ponto caímos?

É neste contexto que a igreja de Éfeso se encontrava quando João escreve esta carta: uma igreja marcada por relatos da sua fé, perseverança e boas obras. A igreja de Éfeso se encontrava em uma queda gradativa do lugar de amor dos primeiros dias que lhes foi revelado. No capítulo 2 de apocalipse, são tecidos vários elogios para essa igreja que, mesmo depois de cerca de quarenta anos de sua fundação, seguia com boas obras e perseverantes na fé.

Mas existia um pecado que estava colocando tudo aquilo que foi elogiado ao chão: o tempo passara e eles acabaram transmitindo à nova geração da igreja apenas o trabalho, a fé e a perseverança, mas sem o primeiro amor que os havia encontrado. A cada serviço prestado à igreja é natural desenvolvermos habilidades para executá-lo com cada vez mais facilidade e isso pode nos conduzir para um lugar de “costume”, um lugar ritualístico onde fazemos as coisas no automático e, por vezes, acabamos perdendo o sentido do por que estamos fazendo.

Perseverar em meio a perseguições e adversidades é difícil, cansativo, doloroso e até mesmo exaustivo. Persevera-se em fé, mas ela não está ao todo ligada ao amor, pois podemos crer sem necessariamente estar intimamente ligados em amor ao Deus que cremos. No entanto, à medida que os sofrimentos aumentam essa fé se torna frágil caso não esteja firmada em um amor profundo e acaba não resistindo na caminhada. Além disso, como Paulo fala para a igreja de Corinto: o único que permanece para sempre é o amor.

 

Como manter o primeiro amor em chamas?

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria (…) O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:1,2,4-7)

 

Em 1 Coríntios 13 Paulo menciona que o amor nunca morre, ou nunca acaba. Quando pensamos neste amor, pensamos em um amor profundo, forte e verdadeiro que é o do Senhor por nós. No entanto, como podemos ver em Éfeso, um descuido pode nos fazer deixar o amor ir gradativamente se acabando, se enfraquecendo, acostumado com um nível raso até que desaparece sem que se perceba. Mas as escolhas diárias nos direcionam ou para um lugar de amor mais profundo, ou para o apagar da chama. Podemos escolher colocarmos o Senhor como prioridade em nossos dias e escolhermos a boa parte, mas todas as escolhas exigem certas renúncias. Será que estamos dispostos a renunciarmos outras coisas em prol de mantermos essa chama acesa?

Nós temos um mandamento muito claro e específico: ‘’Amar o Senhor teu Deus sobre TODAS as coisas.’’ (Lucas 10:27). Se TODAS as coisas tomam o tempo e o lugar Dele, estamos desobedecendo um mandamento, estamos abandonando um amor, deixando de lado uma prioridade. Em resumo: PECAMOS! Por este motivo o versículo 5 do capítulo 2 de apocalipse solicita que a igreja de Éfeso se arrependa, se LEMBRE de onde caiu e VOLTE ao amor das primeiras obras. Volte a fazer tudo com amor, volte a perseverar nisso, volte a AMAR de todo coração, alma e entendimento.

 

 

Lembre-se do primeiro amor

A chave de tudo está nisso: ‘’Lembre-se de onde caiu’’. Lembre-se do amor!

A igreja de Éfeso estava caminhando como igreja, mas seu amor desaparecia a cada dia que passava. Assim, dia após dia tudo se tornava um costume ao invés de uma devoção. E Deus adverte que se eles não mudassem seu percurso logo já não seriam igreja do Senhor. Ele removeria seu candelabro, pois afinal de contas, para que serve um candelabro se ele está apagado, não é mesmo?

Por isso “lembre-se disso, Éfeso” reacenda a chama dos primeiros dias, gaste tempo queimando novamente e em TUDO que fizer lembre-se do amor. Na nossa caminhada não é diferente, nos distraímos tão facilmente, nos acostumamos tão facilmente e nos deixamos apagar tão facilmente. Que possamos renunciar aquilo que nos afasta do Senhor, trazendo à memória o que traz esperança e nos lembrando de quem é o amor que incendeia nossos corações. Por este motivo, nossa busca é sermos selados num amor que é como o fogo. Aquele que águas não podem apagar nem afogar, e queimar até sermos achados enfermos de amor por Ele.

Nossa oração é por um amor que permanece e que não se esquece dos primeiros dias, não deixa o primeiro mandamento sair do primeiro lugar e não coloca outros amores como prioridade em seu lugar. Que por toda nossa vida peçamos, busquemos, desejemos e ansiamos apenas uma coisa: amar ao Senhor de todo o coração!

 

Luana Mathia – Aluna do Fascinação Turma 19

 

No Intensivo Fascinação, nossos alunos têm a oportunidade de compartilhar suas meditações na “track de proclamadores” como uma forma de se desenvolverem no estudo e na interpretação da Palavra. Leia mais outros textos dos nossos alunos:

Rendição: uma resposta de adoração e louvor

O altar que estamos construindo