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Deus não vê como o Homem

Perspectiva Eterna

O Senhor não despreza o rejeitado, Ele não vê como o homem vê. Ao longo da história vemos o coração de Deus derramando seu amor cuidadoso sobre homens e mulheres quebrados.

Provavelmente sabemos como é estar com o coração partido, nos sentimos assim algumas vezes, como formiguinhas diante de circunstancias ou até mesmo de pessoas. Por exemplo: algum professor que descartou todas as tuas habilidades julgando por sua nota em matemática; pais que talvez tenham dito palavras como: “você nunca vai ser nada na vida” ou, “onde eu estava com a cabeça quando te trouxe ao mundo?” Por outro lado, filhos que desprezam seus pais se esquecendo da importância deles.

Vemos chefes que abusam de sua autoridade levando seus liderados a humilhação e vergonha. Ou quem sabe, alguma falha que tenha se tornado nossa identidade, fazendo-nos conhecidos não pelo nosso nome, mas pelo nosso erro. São tantas situações. O resultado são corações em pedaços, levados a crer que essas são as mais exatas declarações a respeito de quem são. Estamos cercados por tantas mentiras sobre nós mesmos. O problema é quando elas se convertem em verdades e as atamos ao nosso pescoço.

Deus está atento a esses corações, porque Ele conhece a verdade a respeito de quem são, aliás, foi Ele quem criou e Ele deseja manifestar a Sua força nessa fraqueza.

Ah, se soubéssemos que o homem chamado segundo o coração de Deus, o maior rei que Israel já teve foi Davi, aquele que havia sido esquecido no dia que o profeta Samuel foi a sua casa para ungir o novo líder da nação. Se soubéssemos que ele estava ocupado no campo fazendo o trabalho que ninguém queria fazer e nem sequer foi convidado para a unção.

Se soubéssemos que a mulher que gerou Judá ascendente de Jesus, era a mulher rejeitada por seu marido. Lia não tinha a mesma medida de amor que Raquel recebia, a Bíblia descreve que Jacó amava Raquel, e a respeito de Lia está escrito: O Senhor percebeu que Lia não era amada por Jacó (Gn. 29:31) . Deus escolheu a desprezada para que de sua geração viesse o Salvador do mundo.

Ah, se soubéssemos que um dos homens mais poderosos do Egito (Gn 41::41-44), o homem que governou uma terra que não era sua, e livrou toda sua família da fome que assolou Canaã foi José (Gn.42:5-6). O mesmo que havia sido vendido como escravo por seus irmãos, acusado por um crime que não cometeu e preso injustamente.

Se soubéssemos que a mulher escolhida como rainha, a mulher mais importante de Susã, foi aquela que não tinha pai nem mãe, levada de sua cidade natal e criada pelo seu tio. Ester livrou seu povo das mãos do opositor e tornou conhecido o nome do seu Deus.

Se soubéssemos que Deus chamou Moisés, homem que tinha tantas inseguranças e até mesmo dificuldade para falar, para que ele libertasse seu povo da escravidão do Egito, e fez dele um dos maiores líderes da história. Falou-lhe face a face e fez resplandecer a Sua glória sobre ele.

E a história ainda não acabou, quer saber a melhor parte? Seus olhos continuam percorrendo a terra, procurando esses homens e mulheres fracos e quebrados para manifestar através deles a Sua força. Ele continua tirando beleza da cinza e colocando seus tesouros em vasos de barro para que a excelência do poder seja Dele. O convite é estendido a nós para fazermos com Ele a história. E de uma coisa podemos ter certeza: Não seremos rejeitados, pois o coração quebrantado e contrito Ele não despreza. Deus continua escolhendo os improváveis.

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher.
Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”. (Filipenses 1:21-23)

 

Durante algum tempo foi difícil para mim compreender essa porção das escrituras. Enquanto Paulo estava vivendo para a eternidade e pronto para partir e estar com Cristo, eu estava pronta para viver todos os meus projetos e sonhos aqui e agora, e não era nada confortável para mim pensar em qualquer coisa que pudesse interrompe-los.

É muito comum nos esquecermos de que há algo muito além do que podemos ver hoje, diante disso fazemos muitos planos e lutamos para que eles se cumpram, e isso não é ruim. Deus nos fez a sua imagem e semelhança e Ele não está parado esperando que as coisas simplesmente aconteçam. Jesus respondeu aos judeus que procuravam mata-lo por ele ter curado um homem no sábado: Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também (João 5:17). Precisamos lutar em oração e também trabalhar de forma ativa para que nossos planos sejam reais. Há sonhos que o próprio Deus soprou em nós ainda no ventre, e vive-los nos trará alegria e o honrará. Todavia é importante lembrar que quando todas essas coisas são colocadas diante da grandeza de Jesus, se tornam menores do que o valor que damos a elas, Ele é incomparavelmente superior. Nós podemos chegar ao lugar em que sempre almejamos e ainda assim não estarmos satisfeitos. Por quê? Porque fomos criados para a eternidade, portanto nada que é momentâneo poderá satisfazer-nos plenamente.

Há algo profundamente transformador em conhecer a Jesus, há algo em seus olhos que quando os nossos o encontram, instantaneamente as demais coisas perdem seu valor. Jesus tem capacidade em si mesmo de trazer plenitude de vida, Ele foi suficiente para encher os olhos e o coração de Paulo a ponto de torná-lo completamente arruinado para tudo o que fosse transitório, de tal forma que ele desejava partir e estar com Cristo.

As afirmações descritas aos filipenses fazem muito mais sentido quando entendemos que nossa vida aqui é apenas uma janela diante da eternidade. Isso nos leva a centralizar Cristo em nossa vida, o que impactará diretamente e de forma intensa nossas escolhas hoje. Isso influenciou profundamente a vida de Paulo ao passo de gerar-lhe completa transformação e pode também nos transformar, se assim permitirmos. Ao conhecermos a Jesus não trocaremos mais o eterno pelo temporal, pelo contrário, assim como o escritor de filipenses, estaremos não apenas prontos para estar com Ele, mas também ansiaremos por esse dia.

Há um lugar onde não há choro, nem dor, nem morte, nem pranto, mas plena alegria. Ali não necessitaremos de lâmpadas nem luz do sol, porque Deus será a nossa luz e esteremos para sempre com Ele. O tesouro não é levado pelo pelo ladrão nem corroído pela traça. Esse é o lugar onde aqueles que viveram para a eternidade receberão sua recompensa. 

 

Há uma porta aberta no céu, existe um acesso para que eu e você possamos experimentar o sobrenatural.

João, o discípulo amado em sua velhice esteve preso na Ilha de Patmos por causa do testemunho de Jesus, e foi nesse tempo de exílio que ele teve a maior revelação de sua vida, a revelação de Jesus Cristo. Eis o que ele nos diz: Depois dessas coisas, vi uma porta aberta no céu, e a primeira voz que eu ouvira, voz como trombeta, falando comigo, disse: Sobe aqui, e eu te mostrarei as coisas que devem acontecer depois destas. (Ap 4:1). A partir daí ele faz uma breve descrição daquele que está assentado sobre o trono, o que nunca fora visto por homens e que habita em luz inacessível está sendo descrito por João! Ele também escreve sobre o trono e o que há ao redor dele, e até mesmo as sentenças que serão lançadas sobre a terra no final dos tempos.

Existe um trecho que eu particularmente gosto muito nessa narrativa, acontece enquanto João está tendo outra visão e ele está pronto para escrever, vamos ver o que ele nos diz: E, quando os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e não o escrevas. (Ap.10:4)  Eu lembro de ter lido isso a primeira vez, balançado a cabeça de uma forma negativa e dito: Sério Deus? Só João vai saber sobre isso? Ah, como eu queria saber o que ele teria escrito, mas isso ficou somente entre ele e Deus. Isso faria mais sentido para mim um tempo depois, quando eu aprendi que o segredo do Senhor é com aqueles que o temem. Mas o que é temor? É um profundo respeito e reverência, João temia a Deus. Ele teve esse encontro quando estava preso, disposto a sofrer por obediência a Jesus. João não escreve muito sobre seu sofrimento, antes ele nos deixou capítulos tão ricos e preciosos sobre a glória do Cristo ressurreto.

Existe algo muito incomum na vida de João e os outros apóstolos, eles se alegravam no sofrimento. Paulo por exemplo, escreveu uma carta aos filipenses quando estava na prisão, dizendo o seguinte: Segundo a minha intensa expectativa e esperança de que em nada serei decepcionado; pelo contrário, com toda a ousadia, tanto agora como sempre, Cristo será engrandecido em meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. (Fl 1:20)

Em nossos dias, será que a decepção não seria estar na prisão? Talvez para nós, mas não para Paulo. Ele havia experimentado algo muito superior, encontrou plenitude além de estar fora das grades, havia liberdade em seu coração para dizer sim a Jesus ainda que essa decisão tirasse a liberdade de seu corpo. Há uma frase de Martin Luther King que define muito bem a vida desses homens: Quem não tem uma causa pela qual morrer não tem motivo para viver. Eles encontraram O motivo pelo qual valia a pena todo sofrimento e até mesmo morte, encontraram uma porta aberta no céu, conheceram o Deus que compartilha segredos e experimentaram um prazer incomparavelmente superior.

Talvez você não esteja vivendo seus melhores dias, agora mesmo pode haver desafios com os quais você esteja lidando e parece que Jesus tinha questões mais importantes para lidar e te deixou por alguns momentos. Mas deixe eu te dizer algo, isso não é verdade, você tem as afeições de Deus e Ele está bem perto olhando cada movimento do seu coração.  Responda sim para Ele e deixe Ele te levar a um lugar de plenitude em meio a todo esse caos, permita que Ele remova os seus apoios até que Ele seja suficiente. Deixe Ele mostrar a verdadeira alegria que não se baseia em coisas ou circunstancias. Paulo se alegrou na prisão e tinha intensa expectativa de que em nada seria decepcionado, João se alegrou exilado em uma ilha, Pedro e os apóstolos se alegraram após terem sido açoitados, pois foram julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus (At. 5:41).

Jesus disse: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16:33). A plenitude mora do lado de dentro, podemos ter paz nas circunstancias mais desfavoráveis, podemos experimentar prazer inestimável nos momentos mais escuros. Jesus trouxe a nós o Reino e ele consiste em justiça, paz e a alegria, mesmo em meio as aflições. Não seremos privados das situações difíceis, mas da mesma forma não seremos privados de sua presença, a porta está aberta.

 

 

 

E Rogo não somente por estes, mas também por aqueles que virão a crer em mim pela palavra deles, para que sejam um; assim como tu ó Pai, és em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (João 17:20-21)

Nós sabemos que Jesus viveu uma vida excepcional de oração, mas pouquíssimas delas foram registradas. Essa é uma das exceções. Eu realmente gosto desse capítulo e alguns que o antecedem. Sabe, esse momento após a ceia, em que Jesus está encorajando seus discípulos e lhes dando as últimas instruções e é possível visualizar o quanto os discípulos estão inconscientes do que está prestes a acontecer com aquele a quem seguiram por três anos? Eles estão fazendo perguntas e afirmações que mais parece que Jesus acabou de chegar e não que está “saindo de cena”. A partir de agora alguns ensinamentos de Jesus começariam a fazer um pouco mais de sentido, sobre sua morte e ressurreição, mas eles só iriam entender um pouco mais adiante.

O ponto é que no final de toda essa conversa, Jesus inicia o que chamamos de oração sacerdotal, e ele ora por todos os discípulos, não só por aqueles que estavam com ele naquele momento, mas por todos aqueles que ao longo da história e em todas as gerações haveriam de crer Nele, e isso inclui eu e você.

A familiaridade descrita aqui é tangível, onde Deus Filho está falando com Deus Pai pelo poder do Espírito Santo, sobre seus próprios desejos para nós (Allen Hood), e um deles é que sejamos um, assim como Ele e o Pai o são. Jesus está orando por nossa unidade, pois é ela que mostrará ao mundo que Deus o enviou.

Ah, como é indescritível o coração de Jesus, ele olhou para a imaturidade de seus amigos, respondeu a todas as suas perguntas, os instruiu e consolou, antes mesmo que eles soubessem que ele estava para partir. E então orou ao Pai dizendo: Eu quero que estes que você me deu estejam comigo onde eu estiver e não somente eles Pai, mas todos aqueles que crerão por meio do que eles testemunharão. Então, esses mesmos homens que por hora estavam desnorteados, receberam capacitação por meio do Espírito Santo para pregar o evangelho (não muito tempo depois) e serem testemunhas de Jesus, começando em Jerusalém, toda Judéia e Samaria e tem alcançado os confins da terra.

Eram homens com personalidades e temperamentos diferentes, provavelmente divergiam em formas de pensar, mas a visão os unia. Com todas as suas diferenças eles estavam indo para o mesmo lugar, pelo único Caminho.

o apóstolo Paulo usou a conotação de corpo para expressar a unidade em que a igreja deve andar: Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor (Ef 4:16). Um corpo não causa dor a si mesmo e quando um membro sofre, todo o corpo sofre, pois há uma concentração na dor, assim como quando algo bom acontece todo o corpo expressa a alegria, pois o comando vem do cérebro, e o nosso é Cristo (se estamos ligados de fato ao corpo), pois Ele é cabeça do corpo que é a igreja.

Quebremos os muros da indiferença e joguemos ao chão as pedras de julgamento e acusação, pois ele nos deu um novo mandamento: Amar uns aos outros assim com Ele nos amou. O mundo reconhecerá Jesus pelo amor que temos uns pelos outros                                                                                                                          .

O clamor de João 17 ainda ecoa no céu, o incenso continua subindo ao Pai por meio da oração do Santo: Que eles sejam um, assim como Tu ó Pai és em mim.

Você já parou para pensar em quanto tempo perdemos nos comparando a outras pessoas?

Gastamos nossa vida olhando para a vida “perfeita”, que assim definimos através de fotos que olhamos nas redes sociais. Determinamos beleza a partir de uma imagem trabalhada em programas de edição, mensuramos riqueza pela quantidade de dinheiro na conta bancária, atribuímos sucesso de acordo com a proporção de seguidores.

E então, a partir dessas definições lutamos por todas essas coisas. Salomão chamaria isso de correr atrás do vento, ou seja, mera vaidade. Enquanto buscamos incansavelmente por essas coisas, perdemos a nossa vida.

Cada um de nós foi criado de uma forma única para um propósito único, recebemos dons e talentos que não são únicos, mas que se tornam a partir da junção deles com nossa personalidade e percepção.

Existem hoje, aproximadamente sete bilhões de pessoas na terra e embora as digitais de toda essa gente pareça idêntica, cada uma possui um código diferente (Dna), assim como são diferentes a forma de se expressar, de pensar, de ver o mundo… É completamente natural admirarmos alguém, mas quando queremos viver a vida desse alguém, nos privamos de nós mesmos e ao mundo de receber a expressão e os recursos que naturalmente nos foi dado por Deus.

É incrível o poder que a balança exerce sobre nós (principalmente as mulheres), ela pode mudar nosso humor em instantes. É bom que estejamos com o corpo saudável, mas não é bom quando o peso se torna uma obsessão. Afinal quem deu o veredicto de que as mulheres devem ser magras? Quem estabeleceu dinheiro como valor? O sucesso deve ser medido pela quantidade de pessoas que nos seguem? Sobre que cosmovisão estamos construindo nossa vida?

É paradoxal buscar padrões de beleza pré estabelecidos por pessoas que envelhecem (e seguindo a ordem natural da vida, morrem) e a mesma não muda a vida de pessoas a sua volta, mas um sorriso, um abraço, uma palavra de encorajamento e demonstração de cuidado e amor são atos exteriormente demonstrados por um belo coração, e pode trazer cor ao dia mais cinza de alguém . A beleza física passa com o tempo, mas a do coração é ainda mais aperfeiçoada por ele.

Voltemos a verdade sobre valores, não desperdicemos nossa vida querendo ser quem não somos, a perfeição não está do lado de fora, é dentro que precisamos ser aperfeiçoados e nossa única referência é Jesus Cristo. Paremos de tentar descobrir novas pessoas a quem seguir e descubramos a nós mesmos, paremos de ver definições de valores pelas lentes da criatura e vejamos pelas lentes do Criador. A voz do povo não é a voz de Deus.

Descubra o que você foi chamado para fazer e faça, você provavelmente encontrará desafios nessa jornada, mas o amor Dele será suficiente para te sustentar. Não é nas redes sociais que descobriremos o propósito de nossa existência, mas passando tempo com o Criador. Aquele que nos dotou de talentos e dons e nos criou com um propósito, está esperando que nos apoderemos da nossa identidade e vivamos em liberdade, fora da caixinha imposta pela sociedade.

A criação aguarda ansiosamente pela sua manifestação.

Como vencer a apatia. Vivemos em um mundo tão apático e egoísta, sentimento que perdura ao longo das gerações. Estamos cercados por tantas dores e necessidades, porém cegos para tudo que não diz respeito a nós mesmos.

Muitas vezes nos calamos em situações de injustiças ou deixamos de fazer algo mesmo ao alcance de nossas mãos. Geralmente pensamos: O que mudaria se o que posso fazer é tão pequeno diante do todo, além do que, o problema do outro não é minha responsabilidade.

Eu gosto de um dos textos descritos por Paulo aos filipenses, eis o que ele diz: Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz (Fl 2:4-8)

Quando eu não atento apenas para o que é propriamente meu, é possível que eu sinta a dor do outro e me importe com ele. Assim como Jesus que mesmo sendo Deus viveu como homem, e como se isso não fosse o suficiente, tornou-se o menor dos homens servindo à todos e foi obediente até a morte e morte de cruz. Uma atitude de Jesus transformou nossa vida e mudou nosso destino por toda a eternidade.

Da mesma forma a nossa atitude pode mudar a vida de alguém, o que fazemos ou deixamos de fazer importa sim! Estender a mão ao necessitado é o caminho da misericórdia e compaixão, é virar as costas para o egoísmo e apatia, abraçando o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.

E eis o Reino no qual Jesus é o Rei: Ele solta as correntes da injustiça, desata as cordas do jugo, traz liberdade aos oprimidos, reparte o pão com o faminto, veste o nu e não deixa de socorrer o necessitado (Is. 58:6-7). O silêncio não faz parte da política desse Reino, porque silêncio não é misericórdia, é a corrupção da verdade, e a verdade a respeito de cada indivíduo precisa ser conhecida.

Como filhos e filhas desse Reino precisamos tornar o amor que recebemos conhecido. E que brilhe nossa luz diante dos homens como a luz de Jesus brilhou sobre nós, para que vejam as nossas boas obras a glorifiquem ao nosso Pai que está no céu.

Sabe quando Deus quer enfatizar uma palavra para você e parece que você a vê em todos os lugares? Ela é a pregação do culto de domingo, mas de alguma forma aparece em um outdoor na segunda-feira, aí você abre o seu e-mail e lá está ela novamente. Eu particularmente amo quando Deus faz isso. E as palavras que Ele tem selado em meu coração nessa estação são as mesmas ditas a Josué: Seja forte e corajoso.

Eu amo que Deus tenha uma liderança tão perfeita que Ele diz para Josué ser forte e corajoso o deixando ciente dos desafios que enfrentaria. Deus diz a mesma coisa duas vezes seguida, Ele está enfatizando algo aqui. É relevante lembrar que a missão de Josué era levar o povo de Israel para a terra de Canaã, essa era a terra que Deus havia prometido ao seu povo. Porém para possuí-la era necessário conquistar alguns territórios e lutar contra alguns exércitos, e o último seriam os gigantes da terra. Ou seja, eles teriam que lutar para chegar até Canaã e quando chegassem, teriam que lutar contra os gigantes daquela própria terra para, por fim, tomarem posse dela.

O interessante é que Josué não tinha o melhor exercito, tão pouco as melhores armas ou condições favoráveis, tudo o que ele tinha era a palavra que Deus havia lhe dito: “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais que lhes daria”. (Js 1:6). Josué não enfrentou as batalhas confiando na sua força, nem deixou de lutar pela falta dela, ele usou tudo que tinha, que era a palavra de Deus.

Você já se sentiu em uma batalha que parecia não ter fim? Você sentiu todas as suas forças exaurirem, mas seus inimigos pareciam não cessar? Josué provavelmente passou por isso também. Entre a promessa e a terra havia uma longa distância, ele teria que lutar contra os gigantes externos e provavelmente contra os gigantes dentro da sua própria mente para permanecer acreditando no que Deus havia lhe dito.

Sabe, Deus nunca precisou de nossas forças ou de nossas armas para vencer nossos inimigos, tudo que Ele precisa para lutar em nosso favor é a nossa fé. Deus quer remover nossos apoios para que Ele seja o que nos mantém em pé. Não são as nossas armas que nos farão vencer, mas a confiança na palavra Dele, Ele é poderoso para sustentar a sua palavra e para nos sustentar.

Se Deus disse a respeito da salvação de sua família e parece que suas palavras não os tem convencido, lembre-se que Deus não precisa delas, apenas que você creia e permaneça em oração até que isso aconteça. Você pode ter uma promessa em relação ao seu ministério e hoje você não vê nenhuma possibilidade dela se cumprir, você pode esperar uma promessa em relação as suas finanças ou o seu destino profético. Não importa qual seja a situação, se você crer, entrar na terra (ou na promessa) é só questão de tempo.

Deus nos promete terra de gigantes justamente porque estão além de nossas possibilidades, e esse é o momento perfeito da graça e força dele se manifestarem em nós. Deus ama trabalhar em parceria conosco.  Algumas vitórias de Israel sobre seus inimigos são simplesmente fantásticas, porque? Porque não havia possibilidade alguma deles vencerem, mas Deus manifestou o seu poder apenas porque eles acreditaram.  Ele trabalha em favor daqueles que Nele confiam. Parece difícil? Lembre-se a guerra é do Senhor, apenas seja forte e corajoso. Continue, enfrente seus gigantes, eles muitas vezes são a incredulidade ou a falta de esperança, ou ainda o cansaço pela espera. Mas continue crendo a guerra ainda não acabou, seu futuro será brilhante. Aqueles que olham para Ele não são envergonhados nem confundidos. Permaneça em fé, foi isso que levou Josué a promessa e dele e é o que te levará a sua.

Portanto não desanimamos. Embora exteriormente estamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia a dia, pois nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais que todos eles.”

Eu sempre sou fortalecida e encorajada ao ler essa pequena porção das escrituras. Ela me lembra que permanecer vale a pena, que há uma recompensa e que, o que estou prestes a receber de Deus é incomparavelmente superior a qualquer tribulação que eu possa sofrer aqui. Esse mesmo Deus que está preparando a minha recompensa, me ajuda a continuar todos os dias olhando para as coisas eternas, mesmo vivendo o temporal.

Passamos por estações onde nos sentimos sozinhos e nossas lutas parecem não ter fim. Mas eu tenho boas notícias. Um dos nomes que descrevem Jesus é Emanuel, que significa Deus conosco. Não estamos sós. Você sabia que Ele está assentado ao lado do Pai intercedendo por você? E sabia também que todas as orações dele são respondidas? Jesus já orou ao Pai por você (Jo 17) e continua a fazer.

Se existe algo que possa nos encorajar ainda mais é que esse mesmo Jesus veio para nos resgatar e nos dar esperança de vida quando estávamos completamente entregues a morte por causa do pecado. Nossa condição era de condenação eterna, mas Ele veio e entregou sua vida como sacrifício, puro, sem pecado. Se despiu de sua gloria e veio ao mundo como homem, nascido de mulher. Não havia nem mesmo um lugar adequado para seu nascimento. O Filho de Deus nasceu em uma estrebaria, na cidade menos importante de Judá. O profeta Isaías descreve que Ele é um homem de dores e sabe o que é padecer, foi tentado em todas as coisas, todavia sem pecar. E Ele só veio por você, para rasgar o escrito de dívida, remover sua condenação e te dar vida eterna.

Ele foi pregado em uma cruz, não uma cruz qualquer, mas aquela cujo peso jamais será superado, nela continha todos os nossos pecados. Ele recebeu o peso da ira de Deus que deveria recair sobre nós. Acredite em mim, Ele sabe o que é sofrimento, o Filho de Deus sofreu como homem.

Ao terceiro dia, porém, Ele ressuscitou e Deus deu a Ele a mais alta posição e o seu nome está acima de todo nome. O cordeiro que foi imolado é o Leão da Tribo de Judá. Diante Dele todo joelho irá se dobrar e todos reconhecerão que Ele é o Senhor e esse Senhor é aquele que intercede por você junto ao Pai.

Ele sofreu, mas foi exaltado, seu sofrimento foi passageiro, mas sua glória será eterna. Assim como Jesus recebeu a recompensa do Pai você também receberá. Portanto não desfaleça, pois suas leves e momentâneas tribulações estão produzindo um peso eterno de glória.

 

Uma das histórias mais famosas que encontramos na bíblia é a da rainha Ester. Ela foi uma mulher que encontrou favor do rei ao entrar em sua presença sem ser chamada. A atitude que poderia ter a levado a morte, trouxe vida não somente a ela, mas a todo o seu povo.

A narrativa parece tão simples que mal conseguimos perceber a tensão daquele momento, a aflição que Ester sentiu enquanto aguardava a hora de estar entre a vida e a morte ao entrar na sala do rei, sem ser por ele convidada.

Ela enfrentou medo, provavelmente deve ter pensado em como ter vivido até aquele momento tenha valido a pena, quão de repente sua sorte fora mudada. Provavelmente ela sentiu a aflição da morte e tudo que deixaria para trás, mas ao contrário disso, ela também pode ter pensado que o rei poderia suspender a lei e deixar que ela e seu povo vivessem.  Vamos pensar que ela teve apenas três dias para processar e assimilar seja qual fosse a resposta do rei. O que fez com que a rainha hesitasse estar em sua presença, negando inicialmente o pedido de seu primo Mordecai. O fato é, que a sentença já estava lançada e os judeus estavam condenados a morte e a única forma de a situação ser revertida era que a rainha Ester entrasse diante do rei e esse lhe concedesse favor.

Ester convocou todos os judeus que habitavam em Susã e juntos entraram em jejum. Durante três dias e três noites não comeram nem beberam, humilharam-se diante do único que tem poder para mudar tempos e estações, aquele que poderia reverter a sentença estabelecida contra os judeus.

Depois desses dias Ester se apresentou diante do rei e naquele momento crucial de sua história, o rei poupou a sua vida e lhe concedeu favor. O que ocorreu foi que os judeus puderam lutar por suas vidas e a condenação dada contra eles passou a estar sobre seus inimigos. Hamã mandou construir uma forca para matar Mordecai, mas ele mesmo foi enforcado nela e quem se preparava para matar os judeus sofreu em seu lugar. Assim todos em Susã e as províncias sob o governo do rei Xerxes passaram a temer os judeus.  Ester alcançou favor diante do rei e trouxe livramento ao seu povo

Isso seria suficiente para nos ensinar acerca do jejum. É uma poderosa ferramenta dada a nós por Deus que muda sentenças. Ao invés de nos lamentarmos e entrarmos em desespero o Senhor nos convida a entrar em jejum. Circunstancias interna e externas podem ser mudadas, portas são abertas e livramento é liberado, seja para uma pessoa, uma família ou uma nação.

Ester só pode entrar naquela sala porque ela habitava naquele palácio, fazia parte daquele reino, ela tinha vestes apropriadas para estar diante do trono do rei.  E assim como ela, nós fazemos parte da família real, fomos ressuscitados juntamente com Cristo e assentados nos lugares celestiais (Ef. 2:6), nossas vestes foram mudadas e nós podemos entrar com confiança diante do trono, nós alcançaremos misericórdia, encontraremos graça e seremos ajudados em tempo oportuno.

O jejum abre portas que nem sequer imaginamos, ele é a expressão da nossa fé e essa sempre gera uma resposta. Nós podemos aplicar nossa fé a uma sentença e creditarmos tanto poder a ela até que mine nossa esperança ou podemos usá-la para colocar em prática as escrituras. Não importa qual seja a situação, apenas entre com confiança diante do Rei. Deus não mudou, Ele continua trazendo livramentos, liberando respostas, abrindo portas e quebrando sentenças. Ele nos convida a entrar em parceria para que desejos do nosso coração sejam concedidos e Ele possa manifestar em nós o seu poder, assim como fez com Ester e seu povo. A nós foi dada uma arma poderosa para alcançar promessas e mudar destinos e ela se chama jejum.

 

 

“Bem aventurado o pobre de espírito porque dele é o reino dos céus”…Tenho que confessar algo: cresci na igreja, mas nunca havia entendido bem essa citação das escrituras. Eu ficava bem confusa com essa declaração, pensando sobre o que isso poderia ser.

Mas, estudando sobre um dos mais famosos ensinamentos de Jesus, o sermão do monte, aprendi finalmente do que Ele estava falando. E é sobre essa bem aventurança que vamos falar aqui.

Pobreza de espírito é o estado de todo ser humano, porém bem aventurados são aqueles que reconhecem o quão pobres são em si mesmos e que não há nada que possam produzir que mude esse estado. É reconhecer nossa falta e carência diante de Deus.

Pobreza é a falta do necessário à vida. Quando olhamos para nós e nos deparamos com a  inabilidade de produzir vida em nosso próprio espírito, somos levados ao reconhecimento da pobreza espiritual. Não podemos comparar-nos a outras pessoas para justificar nosso “nível”  de vida interior, precisamos nos comparar a palavra de Cristo e nos contrapondo a ela, só nos resta admitir que não podemos andar em tão elevado padrão sem ajuda, ou seja, não alcançamos ainda o essencial e tampouco podemos faze-lo sem a intervenção do próprio Deus.

Há tanto que Deus deseja fazer em nós e através de nós. Olhando para os evangelhos somos confrontados com o estilo de vida que Jesus nos chamou a viver e a autoridade que Ele nos deu para fazer até mesmo, obras maiores do que Ele mesmo fez. Porém nós nos acostumamos com a vida e permitimos que coisas do dia a dia adormeçam nosso coração, nos acostumamos com a mediocridade. Viver no estado de pobreza espiritual significa viver em uma área de desconforto. Reconhecer que o que temos é insuficiente e precisamos constantemente de mais de Deus, estando inconformados com qualquer coisa que seja menos do que plenitude. Jesus nos diz que se nós que somos maus sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem. Essa fome, é justamente para que Ele nos dê mais.

Ser pobre de espirito é reconhecer que não podemos amar o nosso próximo como a nós mesmos sem a ajuda de Deus, assim como não podemos curar o enfermo ou se compadecer do necessitado, estender misericórdia ou ser manso… Quão escassos dessas riquezas somos em nós mesmos, e somente com a ajuda de Deus podemos viver essa realidade. O que temos comparado ao que está disponível a nós, só nos faz perceber que não temos nada.

Podemos conhecer a Deus muito mais do que conhecemos hoje, se o conforto não for maior do que a pobreza. Há mais de Deus acessível a nós e Ele está nos chamando a andar em uma nova realidade, Ele está nos convindo a subir ao monte do Senhor e conhece-Lo. Quando experimentamos a dor da separação, a dor da distância daquilo que poderíamos ter e do que temos hoje estaremos apenas no início de pobreza de espírito.