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As histórias que Jesus contava

Relacionamentos

É bem provável que você já conheça muitas das histórias contadas por Jesus. Hoje quero falar a respeito da Parábola do Filho Pródigo descrita no livro de Lucas (15.11-32). Jesus sempre teve uma maneira sábia de ensinar, e assim, Ele contava histórias que muitos poderiam entender. Se observarmos o capítulo anterior, vemos Jesus falando sobre todas as coisas que é preciso deixar a fim de segui-lo. E que os discípulos são o sal da terra, e o sal precisa salgar.

Jesus nunca se importou em quebrar paradigmas ou estruturas preestabelecidas por homens. Ele sempre guardou a Lei, mas isso nunca foi desculpa para que deixasse de demonstrar graça e amor ao homem pecador. Ele curou no sábado, tocou em leprosos, dirigiu suas palavras à mulheres. E por isso, Ele fora criticado, julgado e perseguido até a morte de cruz.  

“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Lucas 15.1-2

Então, em meio aquele alvoroço de críticas de fariseus e escribas, Jesus decide contar mais uma de suas histórias. Porque era preciso ensinar a respeito do coração Paterno de Deus e de como seu amor é absoluto e misericordioso. Deus nunca nega o seu perdão, mas espera ansioso pelo filho voltando ao lar.

Pare um pouco para imaginar a cena. Bem de longe o Pai o avista e com o coração disparado corre em sua direção. O filho amado está voltando ao lar. O filho esperado voltando aos braços daqueles a quem nunca deveria ter deixado.

Ultimamente, há algo queimando em meu coração. Eu tenho pensado em pessoas que caminharam na fé cristã e que, por algum motivo, se distanciaram dessa realidade. Não quero de nenhuma forma apanhar pedras de acusação. Não julgo a Igreja e não julgarei os motivos que as levaram a desistir. Ouvi uma frase dia desses que chamou minha atenção, dizia assim: “Pessoas não desistem necessariamente de Deus, mas elas desistem de si próprias”.

Às vezes, nos sentimos tão cansados em nossa caminhada. Até lutamos em oração contra o pecado e tentação. Diante das histórias de nossas guerras pessoais podemos nos sentir só e desiludidos. E alguns de nós tem uma história de dor e solidão tão profundas e enraizadas em nossa alma que resolvemos desistir.

Nunca devemos nos isolar diante de nossas batalhas. É por isso que Deus nos chama como Igreja a sermos uma comunidade de irmãos que amam e caminham juntos em um único propósito, com um único coração. Nunca devemos desistir dos nossos irmãos que não tiveram forças para continuar a jornada. Devemos nos colocar em posição e orar para que eles voltem ao lar. Nos coloquemos na brecha em favor daqueles que um dia se sentiram sós e partiram porque o Pai tem ansiado por eles.

“Não obstante, é um povo roubado e saqueado; todos estão enlaçados em cavernas e escondidos em cárceres; são postos como presa, e ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Restitui.” Isaías 42.22

Que possamos entrar em parceria com o Pai e clamar pelos nossos irmãos e amigos que estão um tanto longe. Que sejamos inconformados com essa separação, que possamos lutar por eles em oração todos os dias até que eles voltem para casa. Que façamos festas quando eles retornarem, dando-lhes roupas novas, belos sapatos e um lindo anel.

“Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor…” Oseias 11.4a

Uma das coisas mais incríveis de sermos cristãos e que traz alegria ao meu coração é ver que, embora o nosso destino final seja marcado por promessas e um encontro de paixão absoluta, o caminho que percorremos para alcançar a vida eterna é tão importante quanto chegar lá!

É tão maravilhoso quando percebemos o poder de transformação, regeneração e até mesmo da própria criação de Deus em nossas vidas manifesto enquanto estamos caminhando, que isso realmente traz a consciência de que a nossa própria jornada libera a manifestação dos céus. Ela pode ser apaixonada, constante e intensa!

Particularmente tenho estado com muita fome da presença de Deus, de Conhecê-lo e Tocá-lo em meio a minha jornada, de estar com Ele enquanto corremos juntos, com o desejo de que o meu “primeiro amor” se torne um eterno amor, que não pode ser apagado ou extinguido, ao exemplo do que Ele sente por mim.

Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam”. Cânticos 8:6-7

    Nós temos um selo sobre o nosso coração, o Espírito Santo, não só o penhor da nossa herança (Efésios 1:13-14), mas Aquele que nos marca com o amor genuíno de forma progressiva, de forma intensa e devastadora, no sentido de que quando nos alcança não deixa nada ficar como estava. Produz marcas por onde passa e nos conecta ao “desconhecido” de forma segura, mas sobrenatural!

Ele tem um amor ciumento, um amor zeloso que nos convida à exclusividade, que anseia por nossas vidas e por nossa devoção apaixonada (Tiago 4:5). É Ele quem deseja que a principal marca de nossas vidas seja a paixão por Jesus, que esse sentimento esteja acima de ministérios, de cargos ou encargos.

Que deixemos as brasas do Seu amor consumir nossas vidas por completo, até que possamos responder em amor intenso à Ele. Que recebamos esse amor na nossa trajetória sem medos ou reservas, nos tornando conscientes da Sua eterna marca sobre nós.

Ao lado de Jesus estamos seguros, encontramos o verdadeiro e intenso amor!

Ele Se fez a água da vida para que não tivéssemos sede, como oceano para que pudéssemos ser lavados.

Ele Se fez como fogo para que pudéssemos ser purificados, como brasas veementes que nos marcaram como seus e por isso, não podemos ser confundidos. Ele nos vê em meio a multidão e nos deu uma identidade que vai além do nosso próprio olhar!

Podemos mergulhar sem medo, pois as Suas águas são seguras e na verdade, não existe melhor lugar para respirar do que submerso em Sua presença.

Podemos ser incendiados sem temor, pois o Seu fogo é a paixão mais profunda que nos alcança e aquece!

Gratidão e alegria diante da vida que Deus nos dá são sentimentos a serem cultivados todos os dias, pois afinal, todos os dias as misericórdias de Deus se renovam sobre nós. Você consegue senti-la hoje? As misericórdias de Deus se renovando sobre você?

“Rendei graças ao Senhor porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre. Salmos 106.1

O sentimento de gratidão e alegria interna é gerado em nós pelo Espírito Santo de Deus que nos escolheu como casa, para sua morada e deleite. Existe algo sobre isso que é quase como um segredo dos céus, porque quando sentimos gratidão e alegria há um fluir do Senhor em nós. Isso nos faz ver a vida e as circunstâncias por outros primas. E experimentamos o fluir de sua presença dentro de nós, somos fortalecidos em nosso homem interior.

Eu não sei que tipo de problemas e tristezas você tem enfrentando em sua vida. Tão pouco, quais são os teus desafios. Mas quero encorajá-lo a adentrar ao sossego do filho de Deus. Sim, quero encorajá-lo a fazer uma oração a Jesus entregando cada pequeno detalhe de sua vida a Ele, cada motivo de ansiedade, cada preocupação de seu coração.

“Compassivo e justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso. O Senhor vela pelo simples; achava-me prostrado, e Ele me salvou. Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para comigo.” Salmos 116.5-7

Muitas vezes, a vida nos puxa para o desassossego. Muitas vezes, nos sentimos prostrados como descreve o salmista, nos sentimos cansados. Sem sonhos, sem perspectiva de futuro. Mais uma vez quero te desafiar a olhar pelo prisma do amor dilacerante de Jesus. Aquele que entregou sua vida em uma Cruz para nos aproximar do Pai. Ele é nosso amigo Fiel e está conosco em toda e qualquer situação. É verdade, nunca ficamos como filhos desamparados. Não somos mais órfãos.

“Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés. Andarei na presença do Senhor, na terra dos viventes.” Salmos 116.9

Andar na presença do Senhor na terra dos viventes consiste em caminhar em gratidão e alegria, um passo de cada vez, todos os nossos dias. É preciso desmistificar certos conceitos, pois a vida no Senhor é uma vida simples e pura. Que hoje, o Senhor produza em nós o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança.”  Que Sua alegria seja nossa força. Que tenhamos um sorriso em nossos lábios e muita gratidão para Lhe render o devido louvor.

Eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento; mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Mateus 3:11

    Algumas interpretações deste versículo, principalmente por conta da passagem de Mateus 12, trazem a ideia isolada sobre a soberania de Jesus no sentido de  retratar o batismo de fogo como algo voltado para manifestar o poder de julgar do Senhor.

Eu realmente não creio que fora isso o que João Batista quis nos dizer. Acredito que ele estava mencionando sim a soberania de Cristo, mas também estava apresentando a possibilidade de sermos totalmente tomados pelo Espírito Santo: Aquele que viria revelar o testemunho de Jesus para todos nós.

O Batismo do Espírito é algo totalmente visível, não se restringe a manifestação de línguas estranhas, mas de uma transformação poderosa, que promove não somente uma conversão genuína, mas a possibilidade de andarmos e tocarmos o sobrenatural de Deus com poder e graça.

Pense na imagem de uma manhã de Sol, onde a claridade invade a janela de uma casa e passa não somente a trazer luz, mas torna o calor algo totalmente perceptível e intenso. Eu costumo pensar do mesmo modo sobre o batismo do Espírito, é algo que nos ilumina e aquece, nos converte por inteiro ao coração de Cristo e,  assim como o Sol aquece nosso corpo físico, o Espírito esquenta nossos corações e, com nossa permissão pode realmente chegar a nos incendiar, a nos queimar e fazer com que sejamos totalmente movidos pelo sobrenatural.

Eu não estou, de forma alguma, defendendo a ideia de um batismo isolado, que ignora a etapa de arrependimento. Aliás, vejo essa passagem como algo progressivo: Deus quis que o primeiro passo a ser conhecido fosse o batismo de João, o batismo de arrependimento e confissão de fé, posteriormente nos trouxe o batismo de Jesus, a presença do Espírito Santo que deseja que nossas vidas se movam pelo Seu próprio controle. Na verdade o Batismo de fogo do Espírito só virá quando estivermos banhados pelas águas de arrependimento!

Tenho expectativa de que estão chegando dias em que esse encontro com o  Espírito Santo será uma necessidade para nós e não mais apenas uma possibilidade distante e intocável. Tenho pensado como será maravilhoso que dediquemos ao Senhor ofertas que realmente sejam dignas de ser queimadas com fogo, atraindo o Seu poder.

O batismo do Espírito é algo tão poderoso, justamente porque não pode ser egoísta. O batismo genuíno é aquele que não se resume a  nós mesmos!

Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias… Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra… Atos 1:5 e 8.

A tradução original da palavra testemunhas, na realidade vem do grego martus e quer dizer mártire, ou seja, o batismo do Espírito e o batismo de fogo são elementos que nos enchem de poder não somente para edificação pessoal, mas para a pregação do evangelho, para testemunhar aquilo que temos visto e ouvido e dedicar nossas vidas por completo, ainda que isso signifique morte. Nos capacitam para a proclamação da verdade, assim como aconteceu com os apóstolos após receber a promessa do Senhor. Eles se tornaram mártires pela verdade, testemunhas vivas de Cristo!

Eu quero te convidar nestes dias a clamar pelo Espírito, pelo batismo de fogo que é uma promessa para todos nós que realmente desejamos ver o Reino ser estabelecido na terra.

  Quero te convidar a tratar o batismo do Espírito como uma necessidade urgente e não somente como uma possibilidade.

Que possamos receber uma porção de fé, arrependimento e expectativa que atraia o fogo do céu como algo que nos tomará por completo!

Sempre aprendo com a vida de Jesus. Há quase 3 anos faço parte da casa de oração. Onde sou missionária em período integral. Durante esse tempo já servi de várias formas e em vários setores na sala de oração. E uma das minhas funções é cantar em turnos de adoração com a palavra e intercessão. E, foi nessa jornada de cantar quase todos os dias as escrituras, que estudei o texto de Filipenses 2.

Hoje, esse é um dos versículos que mais toca meu coração, sim, ele o toca em grande profundidade. Filipenses 2 nos ensina sobre a Humildade Cristã. Fala sobre como devemos andar em amor e em mansidão, assim como Jesus.

Olhando para vida de Cristo, meu coração percebe o quão longe de ser parecida com Ele estou. Bom, como pode um Deus poderoso sobre tudo e todos, simplesmente deixar tudo. Sim, abrir mão de todo seu poder e glória, apenas porque Ele escolheu salvar uma humanidade cheia de pecado. Decidiu abrir mão de tudo para se tornar um homem e fez  isso por amor.

Agora, Ele convida você a deixar de lado todas as coisas para amar o seu irmão. Deixar para trás o orgulho, a soberba de se colocar acima das pessoas. Na verdade, Jesus está nos ensinando a amar e a servir. E por que você e eu não faríamos o mesmo, já que Jesus o nosso maior exemplo o fez ?

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”. – João 15:13

Cantei aproximadamente durante seis meses. Todas às vezes que cantei esses versos: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”. – Filipenses 2:5-7

Era como se cada uma dessas palavras entrassem no mais profundo do meu ser. Você acha que ao cantar sobre isso, soava verdadeiro? Não, sem dúvida não. Hipocrisia, parecia falso. Mas a cada turno, aqueles versos começaram a se tornar vida em mim. Começaram a se tornar em verdade.

Comecei a notar necessidade de realmente andar, agir e pensar com Jesus. Percebi que nesta terra  eu preciso viver com Ele viveu. Aprender com Jesus é maravilhoso. Pois Ele entende que é difícil, mas que não é impossível. Podemos ser os pequenos cristos. Podemos ter as mesmas atitudes de Jesus, que veio não para ser servido, mas para servir. Amar não apenas de palavras, mas de atitudes de verdade.

Gostaria de te convidar a entrar em uma jornada de aprender com Jesus. Leia, medite em Filipenses 2 nesses dias. Permita que cada um desses versos te faça entender o coração e o pensar de Jesus Cristo. Para que assim, você se torne como Ele.

Bem, esse título pode soar um pouco estranho, mas antes que pareça que esse texto será voltado para agirmos sempre e exclusivamente baseado em sentimentos, não é sobre isso que eu gostaria de falar. Aliás, eu realmente acredito que na maioria das vezes a nossa forma de sentir e até mesmo concepção de amor não correspondem exatamente ao que a voz do Senhor está nos dizendo.

Você realmente acredita que nossa história com Deus é baseada em um relacionamento?

Bem, é sobre esse tópico que gostaria de “caminhar” nas linhas que seguem, como um convite para que você possa conhecer a maravilhosa oportunidade de estar apaixonado por Jesus de forma intensa e sincera, não simplesmente com sacrifícios, mas com obediência genuína. (1 Samuel 15:22)

Quero começar dizendo que a palavra sentimento que trago aqui, não é relacionada aquela coisa burra que costumo chamar de “incoerência” ou “impulso cego”, mas sentimento neste sentido, é uma experiência primordial que se revela como verdades expressas por um coração liberto e apaixonado, que sabe que foi cativado para amar e ser amado por Jesus.

Observe o mandamento mais importante que nos foi deixado:

Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento”. Marcos 12:30

Isso realmente não soa como algo intenso? Como um relacionamento que exigirá de nós a mais profunda entrega, o mais constante envolvimento e dedicação?

Deus nos criou para o amor! Ele nos criou para viver um relacionamento com Ele onde sempre existirão coisas novas a descobrir. Onde nossa devoção pode se tornar completa e não distraída.

O amor não é algo que Deus faz, mas é algo que Ele é e por isso, Ele encontra prazer no relacionamento conosco. Neste mesmo sentido, amar a Deus e, consequentemente amar o que Ele ama, deve se tornar nosso principal fundamento de vida e o alicerce para a eternidade.

Jesus está comprometido em produzir o amor em nossos corações, basta que o busquemos. Assim,  nosso desafio deve ser amar ao Senhor, estar completamente apaixonados por Ele, acima de qualquer destino profético, caminhando a partir da salvação que é o um caminho de santificação.

Que o nosso amor por Ele possa estar acima das tarefas, assim como o exemplo de Maria:

“Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude! ” Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Lucas 10:38-42

Que conheçamos a voz do nosso amado e abandonemos qualquer tarefa para estar a Seus pés. Que nosso coração seja movido para o lugar onde somente a presença dEle pode nos alcançar. Que sejamos levados, sem medos ou mentiras à uma só coisa: O amor por Jesus, no lugar que suas palavras ecoam e desvelam nossos corações.

Que optemos pela melhor parte que é o lugar da intimidade, que nos recostemos em Seu peito e neste embalo aprendamos o verdadeiro som da vida. Que na doçura dos olhos de Jesus vejamos quem somos e quem Ele deseja que nos tornemos. Que nossos olhos estejam fixos nEle, como uma devoção e paixão completa!

Você já teve a sensação que Deus estivesse gerando algo dentro de você, mas não sabe ou não têm palavras que possam expressar de forma clara esse sentimento? Mas o sentimento está ali. Tão perto, suave e ao mesmo tempo denso como em um dia muito abafado em que nos falta o ar em meio ao calor. Mas em que nos sentimos vivos. O sentimento é real e a verdade está sendo formada em nosso homem interior. Para nos fortalecer as raízes e nos ensinar um pouco mais sobre o coração do Pai que nos ama.

Nos últimos dias tenho pensado muito a respeito da fé, da esperança e do amor que lança fora todo o medo. Amor que nos deixa seguros em meio às trevas. Amor que nos faz luz, nos faz sal, e nos faz de fato resplandecentes. Precisamos entender que se o nosso coração estiver alinhado a Palavra, Cristo em nós reinando de uma forma plena, nada e ninguém poderá nos corromper. E não teremos medo de nos relacionarmos porque sabemos que maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo.

Podemos viver nossa fé, e quando digo isso, falo de nossa espiritualidade, por dois caminhos distintos. Podemos fazê-lo pelo conhecimento do bem e do mal. Por meios de regras e listas bem estabelecidas de posso ou não posso. Ou conforme o propósito de Deus. O faremos por meio de um relacionamento pessoal com o Espírito que habita em nós. E nos ensina todas as coisas. Aquele que nos demonstra a Palavra, não por meio de listas de posso ou não posso. Mas por meio de revelações profundas que, muitas vezes, quebram nossos próprios paradigmas.

Por exemplo, quando Jesus andou pela terra foi julgado por caminhar com pecadores, foi chamado de glutão e bebedor: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificado por suas obras.” – (Mateus 11.19).

Jesus, foi acusado por muitos pela sua forma de viver, mas sabedoria é justificada por suas obras. Porque Ele não ensinava por aquilo que falava, mas por aquilo que vivia. As pessoas ficavam impressionadas com Ele. Pois o Senhor não ensinava como os escribas e fariseus, mas sim, como quem tem autoridade. Porque Jesus operava pela lei do amor. E ela, meu caro, é mais profunda, mais difícil e mais desafiadora que viver pelo conhecimento do bem e do mal. E isso é fé e fé que atua pelo amor.

“Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé.  

Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor.”

Gálatas 5.5-6

Em I Tessalonicenses 1.2-5, vemos Paulo orando pelos irmãos e refletindo a respeito da fé, da esperança e do amor deles. Pois eles eram imitadores de Deus e firmes em sua esperança.

“Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar,

recordando-nos diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,

reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição,

porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavras, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.”  

I Tessalonicenses 1.2-5

Que, seguindo o exemplo dos Tessalônicos, possamos nós também estarmos cheios de convicção em fé no que o Senhor quer gerar em nós. Não apenas como um sentimento denso, mas em verdade irrefutável. Não apenas em palavras. Mas em fé que opera pelo amor e no poder do Espírito. Que essa convicção nos guie em nossas ações, em nossos relacionamentos e que tudo que fizermos. O façamos a partir do amor de Cristo que opera em nós a vida plena.

De uma forma geral, é como se Jesus estivesse, nos últimos dias, trazendo uma consciência quase palpável de Sua presença para igreja brasileira, bem como uma boa porção de discernimento dos tempos em que estamos vivendo.

Eu tenho visto e ouvido diversos homens de  Deus comunicando sobre a brevidade dos dias, sobre a necessidade de um procedimento santo e de uma postura de arrependimento.

Uma sensação de temor e necessidade de que queimemos apaixonadamente como nunca pelo Senhor, revela a responsabilidade que temos, enquanto geração, de carregarmos um legado que marque o mundo com amor, consciência da presença de Deus e frutos de intimidade com Ele.

Eu não acho que o desejo do Senhor ao falar desta forma é ser duro conosco, mas pelo contrário, é nos atrair novamente aos fundamentos de um cristianismo puro, verdadeiro e simples. É nos chamar para mais perto e nos mostrar como devemos proceder caminhando no Espírito e sendo a igreja que atrai a chuva de avivamento, que se manifesta como aquela dos últimos dias, mostrando ao mundo a face de um Salvador.

Um dos textos bíblicos mais fortes que conheço sobre este assunto e que tem tomado o meu coração é o de 2 Pedro:3 e gostaria de compartilhá-lo com vocês:

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade Aguardando, e apressando para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” 2 Pedro 3:9-12

Nós somos convidados a agir em santo trato e piedade, como aqueles que apressam a vinda do dia do Senhor. Nós somos alistados a olhar e revelar o céu, revelar o Eterno, a esperança para o mundo enquanto que todas as outras coisas serão desfeitas e só restará o Noivo e a Sua Noiva.

Acho poderoso saber que temos esperança e que podemos fazer parte do que Deus está fazendo na terra. Acho incrível sermos chamados para uma vida de separação que realmente se preocupe com legados eternos , que entende a brevidade dos dias e se coloca como canal para que outros possam tocar a mesma esperança que nos alcançou!

Minha oração tem sido para que cada um de nós tenha ouvidos atentos para discernir os tempos, para caminhar em conformidade com o nosso chamado manifestando a verdade. Tenho pedido ao Senhor que nos levantemos como Aqueles que têm mãos limpas e corações puros:

“Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó”. Salmos 24:3-6

Que santifiquemos nossas vidas e encontremos o nosso lugar ao Santo monte do Senhor: o lugar de ouvir o Seu coração, o lugar onde encontramos a face dAquele que amamos! Que o medo de nos aproximarmos do Senhor seja quebrado pelo ardente desejo de queimar de amor por Ele, até que as nações o reconheçam, até que Jesus volte e enfim, nos tornemos um com Ele!

 

Talvez você já tenha ouvido a história de que nosso coração pode ser como uma casa sem muros, sendo assim, todos e tudo tem livre acesso porque não estabelecemos limites. Então, sem dúvida, podemos nos machucar, porque sem limites certamente seremos usados como um objeto qualquer.  

Em meio as nossas feridas e abusos sofridos ao longo de nossa caminhada, muitas vezes construímos muros, muros tão altos que podem se tornar prisões. E este lugar que fora criado para nos proteger dos males lá fora, tornam-se paredes, calabouços em nossa alma, muralhas grandes demais para transpormos. Na verdade, impossível, sem a ajuda do Espírito de Deus.

Hoje, você consegue ouvir o Senhor dizendo: “Estou aqui para escalar seus muros e abrir as portas do calabouço que um dia te mantivera preso e longe dos relacionamentos. Estou aqui para extinguir teus medos e te mostrar que o verdadeiro amor firma teus passos”?

John Bevere afirma que “se não corrermos o risco de nos ferirmos, não podemos dar amor incondicional. O amor dá às pessoas o direito de nos ferir.” Quando permanecemos no amor de Deus aprendemos a lidar com as decepções e frustrações humanas. Aprendemos a lidar com a traição liberando perdão e graça sobre aqueles que nos feriram e, de alguma forma, nos machucaram.

Então, a pequena história termina nos contando como deve ser o nosso coração. Ele deve ser como uma casa com pequenas cercas baixas e um portão. Um lugar onde de dentro podemos ver quem está a porta e, assim, decidimos o que queremos que entre, então, só então, abriremos o nosso portão. Nem a ausência da cerca e nem muralhas construídas nos darão a liberdade que precisamos para amar de forma livre e incondicional.

Deus é amor. Só podemos amar como Ele ama se permanecermos n’Ele. O amor deixa nosso coração terno. É como uma briza suave, é como o frescor da manhã. É como a esperança em dias de solidão, aquela luz lá bem longe no fim do túnel. É como a chuva que cai e molha a terra trazendo de volta a vida e as flores na primavera.

“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.

“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 1 João 4.16,18

Jesus, se entregou na cruz nos ensinando o caminho do amor. Não um amor que teme ser ferido, mas um amor que nos faz confiante e cheios de fé. Não um amor de tormento, mas um amor que espera contra a esperança. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” 1 João 4.19-20

Oremos pedindo que o Senhor nos ensine o verdadeiro amor, que permaneçamos nele e Ele em nós. Que não tenhamos medo de amar. Que não tenhamos medo de viver plenamente nele.

Alguns períodos de nossas vidas são tão secos… Parece que falamos com Jesus e sobre Jesus como se Ele  não estivesse por perto. Acredito que buscar a face de Cristo sem conseguir Vê-lo e Sentí-lo nos conecta a um grau de desespero daquele tipo bem severo!

A realidade é que na maioria das vezes nossa alma é movida por sentimentos e não pelas verdades de Deus. Somos enganados pelos nossos sentidos como se eles fossem um “piso” seguro para firmarmos os nossos pés e esquecemos que o nosso Amado não se encontra longe. Ele não nos deixa, nem mesmo por um segundo!

Podemos descansar na promessa do Senhor que nos garante: “…e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:20

A questão crucial é: Será que deixaremos o medo de não encontrá-lo paralisar a nossa busca por Ele? Será que a voz da nossa alma predominará sobre a voz do nosso Salvador, que nos promete eterna companhia?

Jamais! Não podemos esquecer que tão maravilhoso quanto encontrá-lo é percorrer o caminho que nos deixa mais parecidos com Ele. Tão impressionante quanto sentí-lo e saber que muito além do que podemos apalpar, temos em nós a presença do Espírito Santo, que nos transforma a cada dia, de glória em glória.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” 2 Coríntios 3:18

Como normalmente minha mente funciona de forma visual, eu gosto de imaginar as características deste caminho, a forma como minha imagem imperfeita e limitada se torna parecida com o Homem Jesus, com um Deus belo e perfeito, que a criação tem o privilégio de contemplar.

Tenho imaginado esse caminho como uma longa estrada. Uma estrada com várias esquinas, com vários lugares os quais devemos conhecer. Embora algumas dessas esquinas, proporcionem encontros que geram crises profundas e nos desconstroem por inteiro, outros, por outro lado, preenchem nossos espaços, nos revelam as pequenas partes do céu que trazem a esperança de encontrá-lo, É justamente a junção destas duas coisas que formam o nosso homem interior com algo sensível e moldável por Deus.

Eu gosto de falar sobre isso, eu gosto de percebê-lo, de observar o trajeto que nos liga à cruz, os olhos dEle que nos ligam a nossa própria essência de filhos Amados!

Quando estamos correndo para encontrá-lo nesta estrada, quando estamos ansiosos para vê-lo, precisamos respirar fundo e perguntar ao nosso Amigo: “Onde você está? Será que você poderia me conduzir?”

Tenho plena convicção de que Ele nunca nos deixará sem respostas. Ele é aquele que fala até mesmo no silêncio. Ele é Aquele que coloca Suas mãos sobre os nossos ombros e dita as seguintes palavras aos nossos corações:

– Você não está sozinho, Eu não sou a finalidade do caminho, Eu Sou o caminho e estou te conduzindo de volta para casa, de volta para o Pai!

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”João 14:6

Isso quer dizer que, Ele está conosco a cada novo passo. Pode parecer até um pouco presunçoso, mas por conhecer o nosso Amado podemos afirmar que: Ele se move quando nos movemos, Ele corre quando corremos e simplesmente nos acolhe quando nossas forças estão esgotadas e não conseguimos mais andar.

Por quê? Porque temos um relacionamento, porque apesar de não termos coisas preciosas para oferecer à Ele, Jesus escolheu nos amar e aceitou nossos corações!

Então, mesmo que naturalmente você não O sinta  nesta temporada, tire um segundo para perceber: As mãos dEle continuam sobre os seus ombros!

Ouça o sussurro silencioso em seu coração: “Eu não sou a finalidade do caminho, Eu Sou o caminho e estou contigo todos os dias. Eu jamais te deixarei!”