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Amigos mais chegados que irmãos

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Em um mundo tão egoísta e cheio de individualismo, como saber que é possível existirem amigos mais chegados que irmãos?

Neste texto quero falar sobre amizade, sobre como ser família. Sobre como ter comunhão e ser parte do Reino através dos amigos que Deus colocou em seu caminho.

Costumo dizer que amizade é uma via de mão dupla, ou seja, existem dois sentidos: o seu e o da outra pessoa.

Isso quer dizer que ninguém é amigo sozinho e que precisamos do outro.

Precisamos entender que sim, Jesus deu muita importância para a amizade. Não sei você, mas eu queria ter vivido quando Jesus estava andando pela terra. Sem dúvidas, faria o que tivesse ao meu alcance para que fossemos amigos.

Jesus mostrou a importância de amigos mais chegados que irmãos, tanto que Ele chorou ao saber da morte de Lázaro. Mesmo sabendo que a morte de Lázaro tinha um propósito, Jesus ainda assim teve uma reação normal de uma pessoa que ama seus amigos.

Nosso mestre entendia a importância da amizade.

Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou. João 11:33-35

Que tipo de amigos você tem?

Amizade fala de comunhão, de doação, de se importar ao ponto de renunciar seus interesses pelo bem do outro.

Acredito que atraímos o tipo de amigos que temos sido, então pense em que tipo de amigo você é e observe a sua vida.

Jesus é o nosso modelo para todas as coisas, e Ele olhou para quem ninguém olharia. O Senhor não escolhe ser somente amigo daqueles que são populares ou mais interessantes.

Jesus chamou os mais improváveis e os fez andar juntos como família.

Então, isso nada difere do que temos hoje e chamamos de igreja.

Vemos pessoas diferentes unidas por um único Deus, fazendo o que Ele nos pediu para fazer.

Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja” João 17:23

Somos parte de um Reino

A Bíblia nos conta alguns exemplos de amigos e de comunhão: Noemi e Rute, Jônatas e Davi e até mesmo o que Moisés viveu com Josué.

Precisamos aprender a importância de sermos parte de um Reino e nos importarmos com aqueles que também o fazem.

Quando entendermos isso, viveremos o segundo mandamento na essência.

Igreja é muito mais que ir aos cultos em um domingo. Isso é religiosidade.

Ser igreja é abraçar as causas uns dos outros, é se importar e caminhar milhas e milhas ao lado do seu irmão porque ele não consegue continuar sozinho.

“Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)

Quero dividir um testemunho

Um dos meus maiores sonhos era de uma forma mais efetiva tocar as nações e isso não teria sido possível sem meus amigos, que são mais chegados que meus irmãos.

Eles se moveram como se o sonho fossem deles também.

Amigos de verdade nos posicionam diante do que queremos. Eles ainda nos incentivam a crer quando não estamos vendo nada.

Hoje estou diante do começo da jornada de tocar as nações e não teria sido possível sem cada um dos meus amigos.

Olhe à sua volta e saiba, amigos mais chegados que irmãos existem. Observe e decida ser um amigo fiel para alguém, ou para muitos, e então você viverá uma comunhão real.

 

Nós temos necessidade de descanso

A promessa de descanso que temos na bíblia é uma pessoa. Jesus é nosso descanso. Por isso, é a revelação que temos dEle, que nos permite descansar de nós mesmos.

Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram.” Hb 4.1,2

Nossa exaustão e o constante stress imposto pela vida moderna, são provas evidentes que não estamos usufruindo desta promessa na totalidade. Os índices de doenças nervosas nunca foram tão alarmantes.

A fé que precisamos para entrar no descanso, só aumenta à medida que cresce a revelação de quem Jesus é. Já que é o próprio Deus que nos desafia a viver uma vida de dependência e entrega.

O descanso do sábado

O verdadeiro descanso não tem relação com circunstâncias externas. Contudo, ao menos uma vez na semana, deveríamos praticá-lo. A observância do sábado, na forma de mandamento, nos protege e capacita a viver nossa semana com a perspectiva correta. Igualmente, inclui descartar voluntariamente elementos de pressão.

Portanto, o sábado foi criado para que o homem entendesse, que se Deus descansou ao final da criação, devemos fazer o mesmo. Nosso descanso, dentre outras coisas, é uma declaração de que não podemos acrescentar nada ao que já foi criado.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ec. 1.9

Separar um dia de nossa semana para contemplação, lazer, criatividade e interação com familiares e amigos pode ser desafiador, mas é necessário. As atividades deste dia não são “religiosas”, mas nos conectam com o Criador.

Ao reconhecermos na criação a face do Criador, estamos praticando o sábado. Certamente, um jantar com amigos, a leitura de um livro, a prática de algum esporte, ou a simples soneca após o almoço, são prazeres legítimos que equilibram nossa ótica da vida.

O descanso de Deus

E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gn. 2.2,3

Entrar no repouso de Deus é reconhecer que Ele é soberano. Não é sinônimo de preguiça, apatia ou procrastinação. Esse nível de descanso é ativo. É uma decisão que envolve fé e rendição.

Busque hoje diante de Deus esse lugar, onde seu fardo é depositado a Seus pés. Ouse confiar em Sua liderança sobre sua vida. Enfrente suas batalhas com a certeza que Ele é quem vai vencê-las. Descanse!

Sem dúvida, a natureza de Jesus se manifesta em nós e através de nós quando operamos a partir de um lugar de sossego. Uma alma tranquila e equilibrada brilha e salga. Seja sal e luz a partir deste lugar de descanso.

Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto, enquanto não descansar em ti.Santo Agostinho

Relacionamentos as vezes se torna uma simples palavra em nossa maneira de interagir com o “mundo”. Acho que por conta da superficialidade dos dias desconsideramos o quão precioso e profundo eles podem ser.

Estava meditando sobre a maneira como Jesus sempre se relacionava com as pessoas que encontrava, como seus amigos eram definidos diferentemente dos seus seguidores pela resposta que lhes entregavam. Isso realmente chamou minha atenção.

Parece que Ele sempre carregava consigo o desejo de que as pessoas pudessem conhecê-lo de forma pessoal e intensa. A maneira como em uma frase Ele podia desvelar a “alma” e o coração daqueles que se aproximavam dEle, me leva a crer que Jesus estava preocupado em destilar profundidade, em se comprometer não somente em expor uma verdade, mas de participar do processo de transformação, assim como fez com seus discípulos.

Olhe o Exemplo de Seu encontro com a mulher samaritana:

…Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber… Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede:dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva…aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la…” João 4:1-18

Que modelo perfeito! Profundidade, amizade e vida eterna sendo estabelecidas em uma conversa de coração para coração. Águas de vida fluindo a partir da maneira correta de estabelecer um relacionamento, com verdade e comprometimento.

Esse fato nos ensina que como cristãos não podemos ter medo dos relacionamentos. Não podemos ficar alheios e ignorar aqueles que o Senhor tem nos confiado para expor as Suas verdades e acompanhar na jornada de fé. Isso necessariamente exigirá de nós: amor, paciência, mansidão, firmeza, sinceridade, mas principalmente disposição para sermos profundos não somente descobrindo corações, mas revelando o nosso.

Essa é uma questão um tanto complicada, muitas vezes como cristãos “maduros”, temos a tendência de nos escondermos para prezar por certo tipo de “reputação” e esquecemos que toda a transformação, quase que unanimemente, surge pela capacidade de demonstrarmos como nossas áreas de fraquezas se tornaram restauradas e úteis nas mãos do Senhor. Não existe instrumento mais poderoso do que o testemunho produzido em nós por Cristo!

Eu realmente gostaria de te encorajar no dia de hoje. Que possamos ser intencionais em relacionamentos assim como Jesus, construindo um lugar de confiança para que a verdade da cruz desperte não somente seguidores, mas amigos de Cristo que podem ver em nós um espelho seguro das águas que trazem vida e restauração.

Amigos são importantes, eles são os gigantes que nos ajudam a ir mais alto, nos ajudam a prosseguir quando a jornada está árdua. Amigos são os irmãos que ganhamos durante a vida. Você já agradeceu por aqueles que o Senhor te presenteou? A caminhada da vida é muito difícil, muitas vezes não sabemos nem se conseguiremos suportar as coisas penosas que aparecem, mas são exatamente nesses dias, que encontramos os verdadeiros auxiliares, os amigos leais.

Depois dessa conversa de Davi com Saul, surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo. Daquele dia em diante, Saul manteve Davi consigo e não o deixou voltar à casa de seu pai. E Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, pois se tornara o melhor amigo de Davi. Jônatas tirou o manto que estava vestindo e deu-o a Davi, junto com sua túnica, e até sua espada, seu arco e seu cinturão.” – 1 Samuel 18:1-4

Jônatas e Davi, não construíram uma amizade superficial. Nesses dias modernos se tornou corriqueiro relacionamentos que ficam apenas nas aparências, pessoas que se conhecem, que sabem o suficiente sobre a vida um dos outros, mas que não estão ligados profundamente. Quando lemos a história desses dois amigos, vemos que eles não eram amigos só por conveniência, eles realmente levaram a sério a palavra “amizade”.

Eles foram tão comprometidos em caminhar lado a lado, que Jônatas deu a Davi a honra de se tornar aquele que sucederia seu pai. Sim, Jônatas poderia ter sentido inveja de Davi, poderia ter repudiado a vida de seu amigo, achando que perderia sua posição, seu lugar como rei. Mas então vemos o contrário. Vemos Jônatas promovendo o seu amigo, dando a Davi a sua capa, sua espada, mas principalmente seu coração de irmão.

“E Jônatas disse a Davi: “Pelo Senhor, o Deus de Israel, prometo que sondarei meu pai, a esta hora, depois de amanhã! Saberei se as suas intenções são boas ou não para com você, e lhe mandarei avisar. E, se meu pai quiser fazer-lhe mal, que o Senhor me castigue com todo rigor, se eu não lhe informar e não deixá-lo ir em segurança. O Senhor esteja com você assim como esteve com meu pai. Se eu continuar vivo, mostre a lealdade do Senhor a mim; mas se eu morrer, jamais deixe de mostrar a sua lealdade para com a minha família, inclusive quando o Senhor eliminar da face da terra todos os inimigos de Davi”. – 1 Samuel 20:12-15

Durante os dias difíceis da vida de Davi, ele encontrou na amizade de Jônatas alívio e segurança, alguém que o ajudou quando estavam tentando matá-lo, um amigo que se mostrou leal. Acredito que nós não estamos sendo perseguidos a ponto de perder a nossa própria vida, mas com certeza temos leões para enfrentar no trabalho, nos relacionamentos, temos dias muito trabalhosos que podem se tornar mais leves com amigos fiéis que nos ajudarão em todo tempo.

Assim Jônatas fez uma aliança com a família de Davi, dizendo: “Que o Senhor chame os inimigos de Davi para prestarem contas”. E Jônatas fez Davi reafirmar seu juramento, por causa de sua amizade por ele, pois ele havia se tornado seu amigo leal.”  – 1 Samuel 20:16,17

Encontre amigos, não viva solitário. Caminhe com pessoas que te auxiliem e que serão torres de segurança, pessoas como Jesus. Amigos que se importarão com seu coração, aqueles que estarão ajudando você em oração. Hoje o Senhor certamente te fará lembrar de amigos como Davi, como Jônatas, e assim que você lembrar desses amigos para toda hora, agradeça ao Senhor e agradeça a eles também. Diga o quanto a amizade deles tem sido grandiosa e boa. Nada muito espiritual, apenas demonstre os seus queridos companheiros de jornada, que eles são presentes que o Senhor te deu como benção.