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Um chamado à comunhão

comunhão

Nós somos a Igreja de Jesus Cristo e somos chamados à comunhão. Ainda assim, sabemos que ao longo da história temos passado por diversas situações e muitos desafios para vivermos em koinonia. Particularmente, temos experimentando nas últimas gerações o aumento dos “desigrejados”. Isto é, aqueles que almejam viver o evangelho sem o compromisso com uma Igreja Local.

Certamente, apesar do aumento dos desistentes, reconhecemos que este problema não é algo novo. Na verdade, a esse respeito, há um conselho no livro de Hebreus o qual é preciso nos lembrarmos. Seremos tentados a olhar todos os problemas de viver em comunidade. E, como pode ser desgastante quando nosso coração não consegue amar da forma que Jesus nos ensinou. Ou mesmo quando não nos sentimos amados como gostaríamos. Ainda assim, não devemos desistir do privilégio de sermos Corpo de Cristo.

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” Hebreus 10.25

Acima de tudo, independente dos desafios que possamos enfrentar para viver em comunhão. Não temos justificativa para não o fazer. Porém, é preciso pensar nas marcas de uma Igreja que cumpre o chamado à comunhão. Então diga-me: “O que significa viver em comunhão?”

Participando da Família de Deus

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. ” Atos 2.42-47

Jesus andou com seus discípulos e em meio as multidões. Sempre olhou os perdidos com compaixão, sempre conduziu as pessoas em amor. E esmo sabendo que iria ser negado e traído, ainda assim, permaneceu em total lealdade. Quando o Espírito de Deus foi derramado em Jerusalém enquanto seus amigos obedeciam a ordem de esperar. Tudo o que Jesus ensinou fez mais sentido ainda. E seus discípulos foram envolvidos por mais unidade e comunhão.

Andando na Luz

Primeiramente, em Atos, podemos observar o que foi gerado no meio do seu povo. Eles perseveravam em comunhão, no ensino da Palavra, no partir do pão e na unidade entre tantos outros aspectos do amor. Assim, comiam juntos, repartiam seus bens, tinham tudo em comum. Havia entre eles, alegria, ternura e singeleza de coração.  Isto é, Koinonia. Este vocábulo grego tem o sentido dê: associação, companheirismo, relação íntima. Indica compartilhar, participar. E foi assim que a Igreja primitiva nasceu e viveu em seus primeiros dias, andando na luz.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I João 1.7

Alguns aspectos da comunhão

  • A comunhão é possível somente porque Jesus, o Filho de Deus se tornou homem como nós. Ele identificou-se conosco na encarnação. Sofreu em nosso lugar. E nos faz comungar de sua própria vida, da vida do Pai e do Espírito Santo.
  • A comunhão começa neste mundo, mas ela será totalmente plena e perfeita na eternidade.
  • Há comunhão perfeita na Trindade e os filhos de Deus compartilham da imagem e da natureza dessa filiação.
  • A comunhão é intrínseca ao amor. Eles caminham juntos. A comunhão não subsiste sem o amor.

O problema da Igreja: falta de comunhão

Certamente, como Igreja e como liderança precisamos assumir nossas responsabilidades diante das falhas e pecados cometidos. Precisamos ser fiéis à Palavra. E também devemos encorajar os irmãos a participarem do Corpo de Cristo com bom ânimo. Além disso, as pessoas precisam saber que elas não estão perdendo tempo.

“…. Os pregadores podem insistir que as pessoas vão à igreja regularmente; mas, mas a menos que lhes dêem sólida nutrição espiritual, muitas pessoas sentirão, intuitivamente, se não mesmo conscientemente, que estão perdendo o seu tempo. A razão pela qual muitos não vão à igreja, entre os quais se acham aqueles que antes a frequentavam regularmente, é que aquilo que a igreja tem a oferecer é tão fraco que, com frequência, não tem utilidade alguma na inquirição espiritual, sendo mais uma provação de fé ir à igreja do que permanecer em casa.” R. N. Champlin

Portanto, nenhum cristão deve estar na igreja por algum tipo de obrigação legalista. É preciso saber que além de serem parte, cada pessoa tem importância para o todo. Cada um de nós tem um papel nesse Corpo. E apenas nos tornamos maduros quando entendemos que não vamos a Igreja para receber algo, mas vamos para nos doarmos.

Não ande só

Sendo assim, é preciso destacar que: não somos chamados para andarmos sozinhos. Devemos nos lembrar que o cordão de três dobras não se rompe com facilidade. Também precisamos ser generosos para perdoarmos uns aos outros e andarmos uma milha a mais com aqueles que chamamos de irmãos.

Como é para você andar em comunhão “uns com os outros”? Como é a Igreja que você sonha fazer parte? E o mais importante: como você tem trabalhado para que ela exista? Não esqueça de nos contar o que pensa. E hoje, se houver algo para perdoar, não deixe para amanhã. Pois o amor não perde a esperança. Deus abençoe.

 

Originalmente publicado dia 17 de Setembro de 2021

O evangelho tem sido, muitas vezes, pregado e vivido de forma individualista nos nossos dias atuais. Uma fé individual tem sido promovida, infelizmente. Por isso, a igreja é tão distante e desunida hoje em dia. O individualismo faz a pessoa tratar a igreja como um objeto só para ela. Ela quer orar só para ela, ser abençoada, ser motivada, ouvir uma mensagem motivacional. Mas a nossa fé não é individualista, isso vai contra a Palavra de Deus. 

A Igreja tem sido confundida como um lugar onde você vem só para receber: dinheiro, dicas de auto ajuda, palavras de que você está bem na sua vida com Deus porque tem sido frequente nos cultos, elogios, mensagem dizendo que sua vida será maravilhosa daqui para frente e que você é vencedor.

Igreja é um lugar de entregas

O problema é que a Igreja não é lugar para receber dicas de auto ajuda. Não é lugar para você ser sempre servido. Não é o lugar que você começa a ir e começa a ganhar muito dinheiro, na verdade você vai perder dinheiro. Na verdade a Igreja é onde você vem para servir, para dar, para compartilhar, para doar-se, para perder a sua própria vida, onde demonstra seu amor por Cristo amando seus irmãos. Não temos como fugir dessa realidade. 

Igreja é lugar para você ajudar. Não é para você vir esperando ser servido, não é lugar para você ganhar, mas lugar para você perder. Não é movimento para você ganhar dinheiro, é para você perder dinheiro. Não é fonte de lucro, igreja não pode reter, tem que ser um canal aberto, tem que aprender a perder, e quando ela perde e se torna generosa é quando ela ganha. 

O reino do céu é daqueles que aprenderam a mensagem do Rei. A mensagem do Rei é aquela que nos ensina a perder a própria vida para que o reino de Deus seja conhecido de todos os homens. 

Lugar para miseráveis

A igreja não é lugar para atrair consumidores que se sentem mal consigo mesmo e que querem encontrar uma paz interior. É lugar para miseráveis. Gente que sabe que não é boa gente, gente que sabe que luta todos os dias contra pecados, que luta todos os dias com dificuldades internas. 

A igreja é lugar para gente que descobriu que o dinheiro não é tudo na vida. Que descobriu que fazer com que todas as coisas girem ao seu redor não vai lhe fazer feliz. É para pessoas que descobriram que nada vai servir elas, que nada vai satisfazê-las. 

A igreja é lugar para pessoas que descobriram o Rei, que conheceram o seu Rei e que vivem para uma era vindoura. 

Você faz parte de um reino

Todas as vezes que uma pessoa sente dúvidas sobre sua conversão, toda vez que ela se questiona se é de fato filha de Deus, ela volta para embaixada para pegar o passaporte (identidade) que perdeu. 

Não podemos ficar a mercê da nossa própria compreensão da realidade. Mas sim, a mercê de algo maior que nós, e o Reino é maior do que a Igreja, mas a Igreja é maior do que você. A igreja não é maior do que o reino, mas ela é maior do que você. Ela é aquilo que você precisa, para dizer que você não pertence a esse mundo. Ela é aquilo que você precisa nos momentos que se questiona pela luta interna que tem com o pecado. Você precisa entender que faz parte do povo de Deus. 

Ser membro de uma igreja não é fazer parte de um clube. Ser membro é ser reconhecido como cidadão do céu e a igreja faz isso.

Nós não somos a igreja individualmente. Você é membro de uma igreja e isso é sempre plural. Meus irmãos, nós somos a igreja de Jesus. Significa que você nunca vai conseguir ser igreja sozinho. 

Quantas vezes temos nos encontrado com os irmãos para conversarmos, falarmos sobre o evangelho. Quanto tempo temos passado nos envolvendo com a comunidade de Cristo Jesus?

A Igreja é para quem ouve a Palavra do Rei

Muitas vezes nós reduzimos a Igreja a uma espécie de organização programada para entreter pessoas que estão cansadas de trabalhar de segunda a sexta sem encontrar sentido no trabalho que estão fazendo no dia a dia. Mas ela não é um circo, não é entretenimento. Não é um cinema onde você vem assistir um filme, não é um teatro, não é uma ONG. É o lugar onde nos reunimos para confessarmos a Jesus e reconhecermos a verdadeira confissão de quem é Jesus. 

A edificação da Igreja está fundamentada no discipulado, que é aquilo que Jesus nos disse em (Mateus 28:18-20). Temos a sagrada escritura nas mãos do povo de Deus e quando esse povo tem a palavra de Deus em suas mãos, esse povo não somente lê, mas profere, canta. Portanto, fazer parte da igreja é ouvir e responder a sua palavra com toda sua vida. É para quem ouve a Palavra do Rei.

Afinal, o que é a Igreja?

Deus escolhe e preserva para si uma comunidade unida pela fé, que ama, segue, aprende e adora a Deus. Deus envia essa comunidade para proclamar o evangelho e resplandecer o reino de Cristo através da forma como vivem juntos. Amando uns aos outros.

E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou.” 1 João 3:23

A importância de sermos Igreja 

Talvez você está passando por um momento difícil. Onde descobriu que está doente, ou está com problemas em seu relacionamento, em sua família. Ou perdeu seu emprego e o dinheiro acabou. Talvez esteja lutando contra ansiedade ou depressão ou medo.

Falar sobre a Igreja abrange tudo da vida. Você sabe onde Deus é encontrado da forma mais tangível? Com seu povo, seu corpo. Qualquer pessoa que tenha passado por um momento difícil e foi conectada ao povo de Deus, sabe que isso é verdade. Portanto, se você for membro de uma igreja sólida, que exalta a Cristo e que crê na Bíblia, você já viu exemplos práticos acontecerem. Alguém fica doente, os irmãos em Cristo vão acompanhar ao hospital. Eles vão alimentar, levar os filhos para a escola, cortar a grama e o que mais for necessário. Porque é isso que a igreja faz. Você sabe como o Senhor se sente? Deus diz: “Eu estou com você. Eu estou aqui para você através de cada uma dessas pessoas.” 

Se seu casamento está um desastre e você se achega a alguém de confiança do povo de Deus e diz: “Não está funcionando mais, eu preciso de ajuda!” Você verá a rapidez que encontrará alguém para te ajudar e te resgatar neste momento. Você encontrará encorajamento. Porque encontrará pessoas se unindo para o bem do seu casamento. Se você perder seu emprego, veja como as pessoas de Deus se reúnem em torno de você para te apoiar. 

Poderíamos citar tantos outros exemplos onde vemos Deus se fazendo conhecido tangivelmente através do seu Espírito Santo através do seu povo! Então, independentemente de como você está, a igreja tem tudo a ver com isso. Por favor não pense: “O que eu preciso é ouvir coisas práticas de autoajuda”. Saiba, não é isso que precisa.

Quem é parte do corpo de Cristo?

Segundo a bíblia, para uma igreja ser considerada cristã, ela deve crer e confessar que Jesus é o filho de Deus, que ele nasceu de uma virgem, morreu por nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Que a salvação nos é dada gratuitamente por Deus mediante a fé em seu sacrifício e na sua ressurreição. E que somos pecadores incapazes e indignos do perdão de Deus, impotentes para resolver nosso problema espiritual. Que o pecado nos afasta de Deus, nos torna devedores dele. E, por isso, não podemos nos salvar. Por nós mesmos não podemos merecer perdão e salvação divinos, mas apenas na pessoa de Jesus.  

Se uma igreja crê e confessa isso, que Jesus é nosso único e suficiente salvador, o único mediador entre Deus e os homens, então temos uma igreja que estará fundamentada sobre a verdade essencial do cristianismo (Ts 3.4-6; 1tm 2.5). 

Uma igreja verdadeira, acima de tudo, anunciará a palavra de cristo, ensinará os valores do senhor, desejará que seus adeptos sigam aquilo que o mestre ensinou. Igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada. Uma igreja saudável foca o ensino e o discipulado e procurará tratar das necessidades pessoais diárias daquelas pessoas que professam a fé em Jesus cristo. 

 

 

Você já parou para pensar que viver em comunhão é uma graça de Deus para nós? É um privilégio para nós, cristãos, podermos partilhar em uma comunidade, da comunhão com irmãos e da palavra de Deus. Há muitas pessoas no mundo que não possuem essa dádiva. Pense nos nossos irmãos missionários pelo mundo que estão hoje mesmo em culturas diferentes e com pessoas que não possuem a mesma fé que eles. Ou pessoas doentes que estão impossibilitadas de saírem dos hospitais, ou mesmo em quantas pessoas solitárias que existem. Quando pensamos assim, fica fácil identificar a comunhão como uma graça vinda de Deus. Mas, infelizmente, hoje temos também pessoas que não acham mais importante o viver em comunhão fazendo parte de uma comunidade, são os chamados “desigrejados”. 

Mas Deus nos criou para que nos relacionássemos, e isso faz parte dos mandatos criacionais que Ele nos deu. O Senhor nos fez para que tenhamos prazer nessa jornada em ajudar uns aos outros, para que nos fortalecêssemos uns aos outros nos ensinos das escrituras. Estar só não te fará cumprir seu papel nessa jornada, o de fazer parte da grande comissão. Entenda, não estou falando de solitude, mas de solidão. Sim, momentos de solitude nos fazem bem, o próprio Jesus se retirava para ficar a sós com Deus e orar. Mas a comunhão, os relacionamentos são essenciais para nosso crescimento e amadurecimento. 

Não caminhe sozinho

Andar sozinho e não congregar é uma afronta a Cruz de Cristo. Pois foi na Cruz que Jesus derrubou o muro que nos separava dos homens e de Deus. Cristo tornou-se o mediador e trouxe a paz com Deus e entre as pessoas.

E não somente pela nação, mas também para reunir como um só povo os filhos de Deus que estão dispersos. Jo 11:52. 

Pense agora sobre as cartas escritas por Paulo aos irmãos distantes, quão confortante foi para eles receberem as saudações escritas por Paulo. Que linda comunhão possuíam e isso os encorajava a prosseguir. É na comunhão que vamos receber pequenas medidas de graça para podermos continuar firmes. Às vezes pode ser em uma visita recebida, um convite para um café, nos momentos em nossas reuniões nas casas onde compartilhamos testemunhos, ou em oração em conjunto. Deus quis que procurássemos e achássemos sua palavra viva no testemunho de irmãos, na boca de uma pessoa. Por isso o cristão precisa de outro cristão que lhe diga a palavra de Deus, e necessita dele constantemente, quando a incerteza e o desânimo o cercam, pois não poderá ajudar a si mesmo sem ludibriar a verdade. 

Em Jesus aprendemos a nos relacionar

Somente por meio Jesus Cristo temos esse acesso uns aos outros, temos essa comunhão, estamos unidos firmes na fé. Devemos ser gratos por essa comunhão cristã que temos, por irmãos com quem compartilhamos a jornada. Embora pareçam pequenas essas dádivas, na verdade não são tão pequenas assim, por isso, cresçamos em gratidão a Deus por esse mimo do céu.

Mas não devemos ver a comunhão cristã como um ideal que devêssemos realizar. A comunhão é uma realidade espiritual, é uma graça de Deus, fundamentada em Jesus. Pois lembre-se: apenas em Jesus Cristo nós somos um, apenas por meio dele estamos unidos.

Como Jesus orou:

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.(João 17:20-23).

Logo, a comunhão espiritual é comunhão de pessoas chamadas por Cristo. Onde reina a palavra de Deus somente, todo o poder, honra e domínio estão entregues ao Espírito Santo. Onde amamos uns aos outros por amor a Cristo. Assim, não criamos dependências emocionais, não colocamos peso sobre o outro, apenas damos suporte e em tudo que falamos recomendamos uns aos outros a Cristo. Deixando assim, que Cristo haja nele, respeitando os limites um do outro. Sabemos que o caminho mais próximo ao irmão sempre passa através da oração a Cristo.

Podemos refletir com Dietrich Bonhoffer 

Dietrich Bonhoffer escreveu: “Por acaso não basta o que nos é dado; irmãos que em pecado e tribulação, ficam ao nosso lado sob sua bênção e graça? Ou a dádiva de Deus de uma comunhão cristã em algum dia, também nos dias difíceis e desventurados, será menos do que essa grandeza imensurável? Mesmo quando o pecado e desentendimento pesam sobre a comunhão, o irmão pecador não permanece sendo o irmão junto do qual estou colocado sob a palavra de Cristo? Seu pecado não se torna um motivo para renovadamente dar graças por podermos ambos viver sob o amor perdoador de Deus em Jesus Cristo?”.

A comunhão é uma graça de Deus

A comunhão é uma graça de Deus, é um presente de Deus, ao qual não temos direito, assim como a santificação, regeneração e graça. Só Deus conhece a situação de cada um. Por isso, o que parece pequeno para nós pode ser grande e maravilhoso para Deus. Não cabe a nós ficarmos medindo a vida espiritual de cada um, mas devemos pedir a Deus para fazer crescer nossa comunhão segundo a medida e riqueza à disposição de todos em Cristo Jesus.

Como é bom e agradável os irmãos viverem em união. Salmos 133:1.

 

Em um mundo tão egoísta e cheio de individualismo, como saber que é possível existirem amigos mais chegados que irmãos?

Neste texto quero falar sobre amizade, sobre como ser família. Sobre como ter comunhão e ser parte do Reino através dos amigos que Deus colocou em seu caminho.

Costumo dizer que amizade é uma via de mão dupla, ou seja, existem dois sentidos: o seu e o da outra pessoa.

Isso quer dizer que ninguém é amigo sozinho e que precisamos do outro.

Precisamos entender que sim, Jesus deu muita importância para a amizade. Não sei você, mas eu queria ter vivido quando Jesus estava andando pela terra. Sem dúvidas, faria o que tivesse ao meu alcance para que fossemos amigos.

Jesus mostrou a importância de amigos mais chegados que irmãos, tanto que Ele chorou ao saber da morte de Lázaro. Mesmo sabendo que a morte de Lázaro tinha um propósito, Jesus ainda assim teve uma reação normal de uma pessoa que ama seus amigos.

Nosso mestre entendia a importância da amizade.

Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou. João 11:33-35

Que tipo de amigos você tem?

Amizade fala de comunhão, de doação, de se importar ao ponto de renunciar seus interesses pelo bem do outro.

Acredito que atraímos o tipo de amigos que temos sido, então pense em que tipo de amigo você é e observe a sua vida.

Jesus é o nosso modelo para todas as coisas, e Ele olhou para quem ninguém olharia. O Senhor não escolhe ser somente amigo daqueles que são populares ou mais interessantes.

Jesus chamou os mais improváveis e os fez andar juntos como família.

Então, isso nada difere do que temos hoje e chamamos de igreja.

Vemos pessoas diferentes unidas por um único Deus, fazendo o que Ele nos pediu para fazer.

Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja” João 17:23

Somos parte de um Reino

A Bíblia nos conta alguns exemplos de amigos e de comunhão: Noemi e Rute, Jônatas e Davi e até mesmo o que Moisés viveu com Josué.

Precisamos aprender a importância de sermos parte de um Reino e nos importarmos com aqueles que também o fazem.

Quando entendermos isso, viveremos o segundo mandamento na essência.

Igreja é muito mais que ir aos cultos em um domingo. Isso é religiosidade.

Ser igreja é abraçar as causas uns dos outros, é se importar e caminhar milhas e milhas ao lado do seu irmão porque ele não consegue continuar sozinho.

“Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)

Quero dividir um testemunho

Um dos meus maiores sonhos era de uma forma mais efetiva tocar as nações e isso não teria sido possível sem meus amigos, que são mais chegados que meus irmãos.

Eles se moveram como se o sonho fossem deles também.

Amigos de verdade nos posicionam diante do que queremos. Eles ainda nos incentivam a crer quando não estamos vendo nada.

Hoje estou diante do começo da jornada de tocar as nações e não teria sido possível sem cada um dos meus amigos.

Olhe à sua volta e saiba, amigos mais chegados que irmãos existem. Observe e decida ser um amigo fiel para alguém, ou para muitos, e então você viverá uma comunhão real.

 

Todos conhecemos a oração do Pai Nosso ensinada por Jesus aos seus discípulos. Depois de verem Jesus orando, eles pedem “ensina-nos a orar” (Lc 11:1). E então ele começa a fazer a famosa oração. O que levou os discípulos a pedirem para ele ensinar isso, mesmo depois de terem visto tantos sinais e maravilhas? Eles entendiam que o ministério de Jesus era completamente fundamentado na sua comunhão com o Pai, porque eles presenciaram isso de perto, observando sua vida de oração.

Muitas vezes, nossa dificuldade de nos mantermos no lugar de oração vem de uma falta de revelação sobre a quem estamos dirigindo nossa oração. Segundo Corey Russell, no livro Oração, “a fonte e fundamento de toda fé e intimidade na oração está em uma verdadeira revelação do Pai”. Então, enquanto não tivermos uma revelação clara de quem é Deus, estaremos usando a oração como lista de pedidos ou desabafo de problemas. Quando na verdade é a maneira de participarmos da mesma comunhão que Jesus tinha com o Pai.

Em João 17, a oração de Jesus era para que nós fossemos um com o Pai, assim como Ele era. Logo no início do Pai Nosso, já temos uma grande revelação sobre Deus: Ele é Pai e está nos céus. Quando começamos a explorar a paternidade de Deus, geralmente atribuímos a ele as características paternas que encontramos nos pais terrenos. Pensamos que ele é um pai trabalhador e precisa se esforçar para dar conta de atender todas as demandas dos seus sete milhões de filhos. Ou, é um pai ausente que não tem tempo para ouvir a nossa voz. É difícil concebermos que um Deus tão poderoso e soberano se preocuparia e cuidaria de nós como filhos.

Um convite para a comunhão

Ele não só cuida de nós, como ele deseja ter comunhão conosco. Depois de tentar habitar em nosso meio – e não conseguir, por causa das nossas falhas – Ele envia Jesus para ser a restauração perfeita entre nós e o Pai. Ele habita em nosso meio, não mais em um templo físico, mas em cada um de nós. Que privilégio é poder participar dessa perfeita comunhão! Diante disso, nada mais importa – ministério, chamado, dons ou pedidos. Nada que possamos conseguir pela nossa oração é mais precioso do que a comunhão com o nosso próprio Pai. O que nos leva a orar é a revelação de quem está do outro lado. Ele é a nossa recompensa.