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Vida de Oração: Existe um segredo?

Vida de oração consistente

Você já se perguntou se existe um segredo para ter uma vida de oração consistente? Mas afinal o que grandes homens de oração têm que conseguem sustentar por anos uma vida de oração fiel e sólida? Por que Maria escolheu a boa parte de ficar aos pés de Jesus e Marta estava ansiosa? (Lc 10: 38-42)

Não tenho intenção de esgotar esse assunto, porém duas coisas tenho percebido em  pessoas que se destacam por sua vida de oração seja dentro do movimento de oração, sejam aquelas senhoras engajadas da intercessão que toda igreja tem. Elas têm: grande consciência de quem Deus é, e grande consciência da sua fraqueza, finitude e incapacidade.

Quem é o Deus que convida a conversar

Por que achamos oração algo difícil? Certamente porque não O conhecemos como deveríamos.

Realmente acredito muito que nos falta oração porque nos falta consciência de quem é o Deus que nos convida para relacionamento. Ah se pudéssemos mensurar quem é Ele! Certamente não ficaríamos olhando para o relógio vendo quanto tempo se passou desde que começamos a orar.

Assim, o entendimento de Quem nos convida a conversar nos levaria ao sentimento do privilégio que temos manter diálogo com o Criador, Sustentador e Governador de todo o Universo. Imagine só se alguém que você admira muito, seja uma autoridade, um líder, um personagem te convidasse para um café, como você se sentiria e quão leve e empolgante seria ir para esse encontro.

Enfim o que quero dizer com tudo isso é: conheça o seu Deus!  Definitivamente a leitura da bíblia não é uma opção para o cristão. É um imperativo, inegociável. Estude, faça perguntas, tenha curiosidade sobre os aspectos de Deus. Transforme isso em oração. Peça que o Espírito Santo, que revela Jesus (Ef 1:17), aumente em você a consciência sobre atributos de Deus. Ele está interessado e disposto a se revelar.

Quanto mais você conhecê-lo, perceberá que ainda não conhece o suficiente. Logo, desejará conhecer mais e consequentemente orar mais.

Quando surgir um problema Ele que é Todo-Poderoso e  Onisciente será sua primeira opção de socorro. E quando as coisas estiverem dando certo será Ele quem você terá para dar graças.

O Senhor te dará prazer nesse lugar de conhecê-lo (Is 56:7). O lugar de oração será seu lugar preferido por saber quem é o seu Pai que te espera em secreto. (Mt 6:6)

Quem é o homem convidado a orar

A primeira bem-aventurança que Jesus apresenta no sermão do monte é a pobreza de espírito. Que nada mais é que o conhecimento da sua incapacidade de produzir vida para si. Consciência da sua fraqueza, finitude e pequenez.

Então, quando conscientes de nossa incapacidade e conhecendo o poder do Senhor sobre coisas das quais somos fracos vamos ter o lugar de oração como um lugar seguro, de refúgio. (2 Co 12:8)

De fato oração com sinceridade envolve humildade. E humilde é quem conhece seu lugar, sua natureza. Também conhece seu poder, capacidade e sua incapacidade. Logo, não orar é o grito silencioso da nossa independência. Como também da nossa presunção de achar que podemos sem Deus.

Nós temos mazelas, áreas de fraqueza, sofremos de várias formas (2 Co 4:7-9) , Paulo chama isso de ser vaso de barro, mas que carrega o tesouro da revelação do conhecimento de Deus.

Sendo assim, não tema suas mazelas elas te revelam sua finitude e necessidade de um salvador. O conhecimento sincero de sua necessidade um salvador e o entendimento de quem poderia salvar sempre moveram encontros poderosos na Bíblia.

Seja paciente

De antemão te sugiro, seja paciente. Jesus não está apressado para que você cresça de quinze minutos diários de oração para quatro horas de um dia pra o outro. Ele quer construir algo consistente. Então tenha a paciência de construir a cada dia. É relacionamento, não obrigação religiosa. Conheça-o e você o amará e desejará orar. Esteja autoconsciente e você verá que precisa orar.

Originalmente publicado em 30 de janeiro de 2019

Uma coisa, essa mensagem poderosa e o dia a dia em uma casa de oração foi algo extremamente necessário para uma mudança em minha vida. 

Quando escutei Dwayne Roberts ministrar sobre Salmos 27:4 soube que o que tinha buscado durante toda minha vida era muito pequeno diante do que Deus tinha proposto para mim.

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Salmos 27:4 

Aliás, o ambiente que estava acostumada a viver dizia que sucesso e plataformas eram as provas de alguém que andava com Deus. 

Certamente esse conceito estava errado. 

Inegavelmente, a mensagem sobre uma coisa nos aponta claramente para Cristo e seu coração. 

Desejar uma coisa como Davi, buscar somente o coração do Pai e entender que tudo o mais se torna secundário diante da beleza e do esplendor de uma vida diante do altar do Rei dos Reis. 

Como resultado viver para a audiência de um mudou minha vida, ajustou minha ótica e transformou minhas perspectivas. 

Nosso Jesus não mede o mundo da mesma maneira que você e eu fazemos, Ele veio para quebrar paradigmas, veio para transformar nossa mente e nos dar uma nova maneira de viver.  

Portanto, o que vejo no versículo de Salmos 27 é um claro convite não somente para aqueles que vivem para o ministério, mas para cada um de nós. 

Colocar Jesus no lugar pelo qual Ele pagou um alto preço é algo que precisamos decidir, se queremos experimentar uma vida na qual Jesus é o centro de tudo. 

 O que exatamente é uma coisa?

Ademais, uma coisa fala sobre o desejo pelo Senhor, um anseio que somente será satisfeito em Cristo. 

Acima de tudo, Jesus se torna o inicio, meio e o fim de cada pequeno detalhe de todas as partes da sua existência.

 Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém. Romanos 11:36

Exemplos de homens e mulheres que viveram por uma coisa

Podemos citar tantos exemplos de homens de mulheres que entenderam isso e perseveraram.

Similarmente, além de Davi, Daniel foi outro exemplo de alguém que viveu para a audiência de um. 

Sobretudo, Daniel que escolheu não se contaminar, que não se atemorizou com circunstâncias contrárias. Ele estava vivendo por uma coisa. 

Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Daniel 6:10 

Além destes podemos citar também os profetas Isaías, Jeremias, Ezequiel e tantos outros. 

Da mesma forma, quero citar também Débora que foi uma profetisa e juíza em Israel. 

E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava Israel naquele tempo. Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. Juízes 4:4,5 

Ninguém consegue chegar a um lugar como este que ocupou Débora sem antes entender o poder de viver o Salmos 27:4. 

Maria a irmã de Lázaro também entendeu o que realmente era importante. 

“E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. Lucas 10: 38-42

 

Vivendo em plenitude 

Quando realmente entendermos que fomos criados para estar diante Dele e contemplar beleza como nunca antes imaginamos ser possível. 

Uma coisa é caminhar constantemente com Jesus, ansiar por Ele todos os dias, buscar sua face de todo o coração. Uma coisa é um estilo de vida e uma jornada. 

Minha oração hoje é para que se levantem mais adoradores sem face cujo único objetivo é que Jesus receba toda a glória, honra em tudo e para sempre. 

 

Quando jejuamos uma das principais mudanças que deve acontecer é em nós mesmos. Jejuamos por entender que isso nos leva para mais perto do mestre, isso posiciona nosso coração, e também nos aproxima de nosso Senhor.

 

Jesus ao ser questionado sobre o motivo pelo qual seus discípulos não jejuavam,  responde desta maneira: 

 

Então os discípulos de João vieram perguntar-lhe: “Por que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não? ” Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão. Mateus 9: 14,15 

 

Aqui claramente vemos que jejuar posiciona nossos olhos no Mestre, o Noivo já não está em carne ao nosso lado, então este é o tempo de jejuar. 

O que acontece quando jejuamos? 

 

Ao jejuar iremos adquirir uma sensibilidade maior para as coisas dos céus. Nossos ouvidos se tornarão mais aptos para escutar a voz de Deus e obedecer. Jejuamos para calar nossa carne e elevar nosso espírito as coisas do alto. 

 

Jejum aliado a uma vida de oração podem te colocar em um nível de intimidade muito maior com o Senhor. 

 

Jejuamos para receber direções e obter respostas às nossas orações como Daniel fazia. 

 

Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza. Daniel 9:3 

 

Ao jejuar mudamos coisas dentro de nós. O jejum tem o poder até mesmo de modificar a atmosfera e as circunstâncias como aconteceu quando Ester jejuou: 

 

Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci. Ester 4:16 

 

Se você conhece a história de Ester sabe que ela não pereceu. Deus escutou as orações e viu o jejum, trouxe livramento tanto para Ester como para o seu povo. 

 

Realidade dos céus 

 

Quando jejuamos calamos todas as outras vozes que cercam nossas vidas, podemos escutar nosso Deus e até mesmo ouvir aos céus. Também purificamos nossa mente e alinhamos nosso coração a tudo o que é eterno. 

 

Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6:10 

 

Este versículo é uma das minhas mais recorrentes orações. Se você já recebeu uma oração minha ou me escutou orar, saberá que eu sempre clamo para que a realidade do céu invada a terra. Acredito que uma vida de jejum e oração traz os céus para muito mais perto de cada um de nós. 

 

Te convido hoje a um tempo de consagração em jejum e oração, não pelo que Deus pode fazer por você, mas pelo que Ele é. Jejue por ter anseio pelo Noivo, jejue por amor a Ele

 

Deus te abençoe. 

 

5 Maneiras práticas de se preparar para o Jejum

O jejum é uma disciplina espiritual maravilhosa, mas que deve ser feita com um preparo inicial e final. Se você já quebrou um jejum porque não conseguiu resistir ao bolo de chocolate delicioso que estava na padaria, não se sinta mal por isso. Muitas vezes a quebra do jejum acontece porque não soubemos como começá-lo. Além disso, um bom preparo para o jejum faz com que nossa saúde também seja preservada.

#1 Defina seu jejum antecipadamente

Todo jejum precisa ser definido antecipadamente. Você precisa fazer uma lista com os alimentos que vai ou não ingerir durante esse período. Se você deixar para definir quando já estiver no jejum, suas chances de continuar serão muito pequenas. As tentações para comida certamente virão, então você precisa ter um planejamento claro. Se ajudar, anote em um caderno (aliás, faça um caderno devocional somente para o período de jejum. Vai ser ótimo rever suas anotações depois e te ajudar nos próximos jejuns).

#2 Diminua sua alimentação

O nosso organismo está acostumado a receber alimentos e em trabalhar para a digestão dele, portanto, se seu jejum é de 21 dias sem alimento algum, não coma uma pizza no dia anterior ao início do jejum. Diminuir sua alimentação é dizer para seu próprio organismo que ele vai começar a receber uma quantidade menor de alimento. Aliás, isso te fortalece durante os primeiros dias de jejum, já que seu corpo não vai sofrer tanto e nem ficar gritando por comida. Lembre-se que você pode passar muito mal se cortar sua alimentação radicalmente de um dia para o outro.

#3 Beba líquido

Líquido é algo que você precisa tomar (e muito) dias antes do jejum. Beba bastante água e diminua a quantidade de líquidos ácidos e com muito gás (como refrigerantes e energéticos, por exemplo).

#4 Termine bem

Se preparar para o jejum é essencial, mas saber terminar é ainda mais importante. Imagine que seu corpo ficou 21 dias sem alimento. Ele não está esperando receber surpresas no 22º dia. Se você ficou 21 dias ingerindo somente água ou vegetais, não tente ir em uma churrascaria no dia seguinte ao término. Alimentos pesados devem ser evitados. Caso você os consuma, será como um soco no estômago e você poderá ter fortes dores, além de poder ir parar no hospital. Portanto, comece com um uma sopa leve e vitaminas. Ácidos devem ser evitados no começo. Mastigar novamente vai parecer estranho, mas é super normal e faz parte. Volte sua alimentação aos poucos e assim vai seu corpo se recuperará bem!

#5 Respeite seus limites

Você precisa ser consciente sobre suas limitações ao iniciar um jejum. Se você pretende iniciar um jejum muito longo, mas essa é a primeira vez, vá de vagar. Comece a se planejar e faça pequenos jejuns antes. Com certeza há graça para que você faça um jejum. Deus libera seu favor durante esse tempo e não te deixará. Mas, se você tem problemas de saúde, ir ao médico antes é super válido. Talvez você já tenha falhado em outros jejuns achando que não poderia fazer novamente, quando na verdade o que faltou foi um bom começo e um bom final.

Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos, mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo”. 1 Coríntios 6:12,13.

Jejuando por mais paixão por Jesus

Quando jejuamos podemos facilmente nos esquecer de um dos maiores, se não for o maior, alvo de um jejum: Jesus. Nos aproximarmos dele, colocarmos nosso coração à sua inteira disposição, nos deixarmos tocar e estar tenros diante dele. Sim, isso precisa chacoalhar o nosso coração. Ele mesmo disse que haveriam dias em que o noivo seria tirado e aí o povo jejuaria. Sim, esse tempo é agora! Nós podemos jejuar para ter a paixão por Jesus viva em nosso interior.

Não há propósito terreno que seja superior ao de conhecer Jesus. Não há nada nesse mundo que seja tão digno de nosso sacrifício pessoal. Nada que possamos obter que seja tão necessário, quanto ter a revelação viva de Jesus em nosso interior. Se todos os jejuns da terra fossem apenas com esse objetivo, ainda assim haveriam motivos suficientes para jejuarmos até seu retorno.

O primogênito de toda a criação

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,” – Colossenses 1:15

Vamos meditar um pouco sobre quem foi Jesus. Aquele que é descrito como ‘a imagem do Deus invisível’. Você sabe o que isso significa? O Deus que ninguém é capaz de ver, se fez conhecido em Jesus. Ele é aquele que em si revela quem Deus é. Ele é o reflexo de Deus para nós. Por esse motivo ele nos disse que ao vermos ele, veríamos ao pai. Deus, aquele que é o objeto de maior fascínio no céu, se faz tão acessível através de Jesus. Isso é incrível!

Como não se apaixonar por um Deus assim? Há tanta riqueza nessa pequena frase. E mais do que apenas ter a revelação do que ela diz, é poder tocar essa realidade. Em um jejum, quando pedimos por mais paixão por Jesus, nosso coração expande em meio à vulnerabilidade e redenção. Nós estamos em dias de fraqueza voluntária, para que a natureza perfeita de Deus, através de Jesus, incendeie nosso coração.

Um convite a igreja

Eu convido você a fazer deste um alvo de oração e busca durante seu jejum: paixão por Jesus em seu coração como chamas de fogo que não cessam. Se nós, como igreja, buscarmos ao Senhor como aquele que têm preeminência em nós, voltaremos a ver dias de avivamento. Se tão somente abrirmos mão de pequenos prazeres, como o simples fato de comer, poderíamos ver Deus se revelando para toda nossa nação.

Fico imaginando como serão os dias em que uma geração inteira vai jejuar. Como será o dia em que jovens por todo o Brasil clamarão incansavelmente pela restauração do primeiro mandamento. Quando nós abrirmos mãos de prazeres legítimos, porque encontramos um prazer superior ao jejuarmos. Quando eu e você nos colocarmos diante de Deus, como amigos fiéis, como filhos, e pedirmos para que ele simplesmente venha. Uau, eu espero que você também possa imaginar e não só isso, ser também parte da resposta e do clamor de um povo inteiro.

Originalmente publicado em 10 de maio de 2017

Por que jejuamos?

Essa é uma pergunta interessante. É necessário mesmo ter essa prática de jejuar? Ela faz alguma diferença? O jejum faz diferença sim em nossa vida espiritual pois entregamos a Deus nossos apetites e desejos em submissão e recorremos a sua Palavra para nos alimentar. Assim como outras disciplinas espirituais, o jejum não deve ser praticado sozinho. Por isso, a prática do jejum deve ser acompanhada da oração e leitura da bíblia.

Praticando a renúncia por meio do jejum

Primordialmente, se abster de alimento por um tempo traz um senso de dependência total de Deus. Sim, pois analise comigo por um instante se em diversas vezes dos nossos dias nós não usamos a comida como fonte de prazer. Isso pode ser bom ou ruim. Bom se fizermos isso em família ou com a intenção de juntos passarmos um tempo em comunhão e claro, nutrir nosso corpo. Ruim se for em caso de querer suprir algum desconforto ou alguma forma de compensação por algo ruim que aconteceu em nosso dia. Sendo assim, o jejum é como um ato que nos humilha e mexe com o nosso conforto. O jejum mostra o quanto nosso corpo é astuto em sua busca, em relação ao nosso objetivo.

Ademais, jejuar é excelente para exercitarmos a renúncia. Eventualmente em nossa caminhada cristã, algumas renúncias serão feitas por nós. O jejum nos ajuda a ter isso em mente. Por isso, pessoas habituadas a jejuar recebem melhor esses momentos de privações quando surgem pois sabem que privações fazem parte de nossas vidas.

Além disso, o jejum nos dá autocontrole, nos ensinando além da renúncia, a sermos moderados aos nossos impulsos básicos. Vejamos o que Paulo diz: ”Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada domine.

Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos, mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo”. 1 Coríntios 6:12,13.

Que interessante, não é mesmo? Jejuamos porque precisamos constantemente lembrar a nós mesmo que nosso ventre não nos governa, mas que na verdade ele é um servo de Cristo também. 

O jejum é para todos?

Nesse sentido, existem várias maneiras de se praticar essa poderosa disciplina espiritual. A bíblia nos dá muitos exemplos, como o de Jesus que jejuou por mais de um mês, de Ester que convocou seu povo a jejuar por três dias e o jejum de Daniel, que é um dos jejuns mais conhecidos e praticados. Em Daniel 10:3 vemos que ele decidiu se abster de comidas agradáveis e saborosas, não comeu carne, não bebeu vinho e não usou essências aromáticas durante 21 dias.

E se a pergunta vier à sua mente novamente: “o jejum é para todos?”. Fique tranquilo, o jejum tem a capacidade de mostrar o que há de mais profundo em nosso ser: nosso apetite. E se analisarmos com cuidado, nós temos fome por muitas coisas, não só de comida, e isso revela nossos anseios. Veja o exemplo de Daniel, ele decidiu que não comeria apenas dos manjares da mesa do rei.  Por isso, se você tiver problemas de saúde que o impeçam de jejuar alimentos ou bebidas, não tem problema, pois jejuar é redirecionar nossas paixões, não adoecer.  

Então sim, o jejum é para todos, pois não se trata de autopunição, mas de autocontrole, esse é o motivo do por que jejuamos. Podemos jejuar de hábitos ou comportamentos que nos têm causado algum tipo de dependência. 

Lembre-se sempre que a prática do jejum não está sozinha, é necessário oração e leitura da palavra juntamente com essa disciplina. Assim entenderemos o que Jesus quis dizer: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra”. João 4:34.

O Jejum coletivo

Portanto, muitos podem ser os motivos pelos quais nós podemos jejuar em nossos dias. Mas, inegavelmente, nosso maior motivo deve ser pelo retorno de Jesus. Aqui em nossa igreja na Fhop entramos em um jejum coletivo de 21 dias. E sabe porque? Teremos nossa conferência chamada ONETHING que significa UMA COISA. Sim desejamos uma coisa apenas, que é estar com Cristo em plenitude. O jejum coletivo é muito lindo e empolgante pois como corpo de Cristo, nos unimos em um único propósito.

Por isso, quero também te encorajar a jejuar com outras pessoas, converse com seus líderes ou liderados e combinem jejuns com o propósito de que a igreja de Cristo volte a clamar pelo seu retorno.

Por fim, lembre-se do que Jesus disse:Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão”. Mateus 9:15.

Minha oração é para que Deus nos ensine a praticar o jejum com entendimento, entregando a Ele nossos apetites desordenados e tudo aquilo que nos têm causado algum tipo de dependência. Que possamos aprender a depender somente dEle. Que nossas vontades sejam guiadas por Ele e que Ele seja o Senhor que governa por completo nossas vidas. Amém.

Se alguém te perguntasse de forma bem direta “o que é o evangelho?”, o que você responderia? Ou talvez essa pergunta te provoque uma enxurrada de explicações, ou um certo mal-estar. Quem sabe até mesmo um sincero “não sei”. Seja lá qual for a reação uma coisa é certa: as Escrituras nos instruem a fim de estarmos prontos para responder e proclamar as boas novas de Jesus Cristo com fidelidade. Dessa forma é exatamente na Bíblia que vamos encontrar autoridade sobre o que é o evangelho além do melhor modo de comunicá-lo.

Quando olhamos para as escrituras o apóstolo Paulo argumenta em cima de quatro questões centrais com o intuito de apresentar o evangelho em sua carta aos Romanos:

  1. Quem nos criou e diante de quem somos responsáveis?
  2. Qual o nosso problema? Por que estamos em dificuldade?
  3. Qual a solução de Deus para esse problema? O que ele fez para nos salvar de tal situação?
  4. Como é possível ser incluído na salvação de Deus?

Assim, as respostas desses quatro dilemas da humanidade é que didaticamente nos orientarão pelos pontos a serem tratados na proclamação do evangelho.

Deus, o Criador Santo e Justo.

Antes de tudo há um Deus que criou todas as coisas e esse Deus é Santo e completamente Justo. O fato de Deus ter criado o homem implica em algo: o homem não é um ser autônomo e livre de seu Criador mas totalmente responsável por seus atos e deve responder ao seu Criador. Esse Criador é Santo e Justo de tal forma que tem uma natureza pura e reta. Os seus atributos não são compartimentos do seu ser mas são o seu próprio ser, logo Deus é tão amor quanto é justiça. Por sua vez, isso quer dizer que Deus odeia o que é contrário à sua natureza e portanto é totalmente justo que um Deus Santo traga justiça sobre os que se rebelam contra Ele.

Homem, o pecador.

Nem sempre o homem foi assim, na verdade ele foi criado por Deus a sua imagem e semelhança. Primordialmente o homem deveria refletir os atributos e a imagem de Deus à toda a criação. Entretanto, o homem se rebelou contra Deus. Não se engane, não foi uma simples mordida num fruto mas literalmente o desejo de ser autônomo e independente de Deus.

A palavra pecado significa “errar o alvo”, mas permita-me ilustrar o que realmente isso significa. Deus criou o homem e deu um arco e uma flecha para acertarem um alvo na qual Deus mesmo iria orientá-lo. Porém ao atirar, o homem não apenas erra o alvo proposto por Deus, mas se vira e atira contra o próprio Deus numa tentativa de ser independente. De novo não se engane: não foi uma escorregada. Nós deliberadamente nos rebelamos contra o nosso criador e agora está em nosso DNA. O pecado alterou nossa natureza a tal ponto que tudo o que nos resta é esperar pela nossa sentença: morte e justo juízo.

Jesus Cristo, o salvador.

Até aqui o evangelho parece ser somente más notícias porém, pela soberana misericórdia de Deus, ele não fez daqui o fim da história. Deus tinha um plano de redenção e salvação e esse plano só foi possível por um fato: A ENCARNAÇÃO DO FILHO DE DEUS. Quando o Verbo se fez carne aquilo representou que Deus não havia abandonado sua criação. A encarnação, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus sacramentaram o plano redentor de Deus. Só Jesus poderia trazer salvação e redenção pois só ele é totalmente divino e humano. Dessa forma dois pontos são enfáticos e essenciais: A sua morte na cruz e sua ressurreição.

A cruz é o âmago do evangelho. É na cruz que ocorre o sacrifício vicário de Cristo, isto é, Cristo sofre e morre em favor do pecador. Só ele poderia fazer essa propiciação pois só ele foi um homem de vida perfeita. Se havia um homem que sua vida valia algo esse homem é Jesus Cristo. E ainda assim, ela foi derramada na cruz por pecadores.

Mas Cristo não permaneceu morto e esse é outro ponto importantíssimo. Posteriormente Ele ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia. Somente a ressurreição de Cristo poderia nos trazer esperança e nos livrar do poder do pecado. É apenas por meio de sua ressurreição que é possível alcançar a vida eterna pois “se Cristo não ressucitou é em vão a nossa fé”. (1Co 15:17)

Fé e arrependimento.

A princípio nós podemos chamar de cristãos aqueles que são incluídos na salvação de Cristo. Mas como alguém poderia ser incluído em tamanha salvação divina? A Bíblia fala que o evangelho exige do homem duas respostas: fé e arrependimento. A fé genuína significa confiar de forma única e exclusiva em Jesus Cristo como Salvador de seus pecados e Senhor. Portanto ter fé é crer, confiar e depender exclusivamente dele para a salvação.

Crer em Jesus Cristo é central para a salvação, no entanto o arrependimento também deve ser entendido como necessário. Antes de mais nada o arrependimento verdadeiro não vai tratar de uma perfeição estética nem remorso emocional. O arrependimento é um estado de guerra e violência contra o pecado. O cristão verdadeiro até peca mas seu posicionamento quanto ao pecado é sempre de guerra, e não de consentimento, de tal sorte que no meio desse conflito, Cristo nos dá poder para vencer o pecado. Arrependimento é um estado de um coração que conhece a Deus. Desse modo quem crer e se arrepender terá a vida eterna em Cristo Jesus.

O Evangelho do Reino

Quando Jesus começa a pregar seu evangelho ele o chama de evangelho do reino. Sua mensagem era: “Arrependam-se pois é chegado o Reino dos céus”. Em si, a salvação não é uma mera anulação de uma sentença, mas um resgate para o reino de Deus. O reino de Deus não está falando de um espaço geográfico onde impera uma monarquia nem mesmo de um povo sobre qual um rei governa. O reino de Deus é o governo de Deus sendo manifesto em abundância, plenitude e harmonia. É por isso que é impossível alguém ser salvo para viver para si mesmo ou viver de forma leviana. Ele agora tem um Rei, na verdade é O Rei.

Duas das coisas que mais tem me impactado quando eu contemplo o evangelho de Jesus Cristo é sua simplicidade e seu poder. O evangelho é tão simples que pode ser entendido por uma simples criança e ele é tão poderoso que é capaz de salvar o maior dos pecadores. O mundo às vezes zomba do evangelho, mas aqueles que nele se apegam encontram uma vida e uma paz que o mundo jamais poderia dar. Diante disso eu tenho duas palavras para você leitor: Creia e pregue!

[…] não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; […]” (Rm 1:16)

Referências bíblicas:

Romanos 1-8; Efésios 2:1-10; Colossenses 1:13-20; 1 Coríntios 15;

Referências bibliográficas:

GILBERT, Greg. O que é o evangelho? São José dos Campos-SP: Editora Fiel, 2011.

Originalmente publicado em 25 de setembro de 2019

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. João 1:14

Deus se fez homem. Sim, aquele que no princípio pela palavra do seu poder criou todas as coisas, submeteu-se a um nascimento humano e foi gerado no ventre daquela que Ele mesmo criou e formou. Jesus, o próprio Deus, cheio de glória, grandeza e beleza sem fim, não se apegou a isso e se esvaziou tornando-se semelhante aos homens (Fp. 2:7). E se fez como aquele em quem não havia beleza e de quem não fizemos caso (Is. 53:2). Permita-me, caro leitor, confessar que está sendo difícil encontrar as melhores palavras para descrever a grandeza dessa sublime verdade.

Então, Jesus teve um nascimento humano e possuía um corpo humano que experimentou o crescimento, a Bíblia nos diz que ele crescia em estatura e em sabedoria e se fortalecia no Espírito (Lc. 2:40, 52), a sua natureza humana é evidente em toda a Palavra. Logo, tendo se tornado homem, Jesus passou pela dor e a angústia de ser humano. Lembro-me daquele episódio quando Jesus ao passar por Samaria, se assentou à beira de um poço, e a Palavra nos diz que ele estava cansado do caminho:

“E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber” João 4:6-7

Ele identificou-se

Assim como aquela mulher que foi ao poço naquela hora mais quente do dia, Jesus também sentiu cansaço e sede. Ele viu aquela mulher, se aproximou dela, e percebeu sua solidão, sua dor e vergonha. Ele entendia o que ela estava passando, e como não poderia entender quando Ele mesmo foi rejeitado pelos seus? (Mt. 13:53). Nesse episódio em questão Jesus tem um diálogo com essa mulher que fica perplexa com o fato de um homem judeu estar falando com ela. Portanto, ela não sabia que Ele não era um homem qualquer, Jesus diz a ela:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. João 4:10

Então,  ah, se aquela mulher soubesse que aquele homem judeu diante dela era ninguém menos que o próprio Cristo. Aquele que haveria de vir, o verbo que estava com Deus e que era Deus estava ali, diante dos seus olhos oferecendo a ela a água viva que a saciaria para sempre. A mansidão e compaixão de Jesus para com essa mulher me deixa profundamente tocada. Ele realmente sabia a necessidade que havia em seu coração, e entendia de perto a sua dor.

Ele compadeceu-se

Sendo assim, a Palavra nos diz que Jesus, como homem, também experimentou a tentação humana, mas sem nunca sucumbir ao pecado. Ele foi o exemplo de homem perfeito que se submeteu à vontade do Pai e foi obediente até o fim. Ele conheceu as nossas dores e sabe muito bem o que é padecer, e além disso, nenhum outro homem sofreu tamanha injustiça como a que o nosso Senhor sofreu.

“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15)

Portanto, nós temos um Deus que se compadece de nós. Não importa o que você esteja passando, a dor mais profunda do seu coração, as lutas e os vales que você enfrenta, Jesus já esteve lá. Aquele que se fez Deus conosco é quem caminha ao nosso lado em meio a qualquer circunstância. O Pai provou seu imenso amor para conosco quando enviou o Seu Filho para revelar quem Deus é, e cumprir o Seu plano perfeito de redenção. O Filho se fez homem e se aproximou de nós, e se fez o caminho que nos leva ao Pai.

Neste mês no qual celebramos a Páscoa, podemos nos lembrar de um dos maiores exemplos da obediência de Cristo. Atitude que foi capaz de realizar a maior entrega por amor; E ele ousou fazer isto por toda a humanidade. 

Assim, Cristo nos ensina que obedecer sempre será a melhor escolha. 

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!  Filipenses 2: 5-8

Jesus veio ao mundo com um propósito claro. Ele sabia da cruz e do sacrifício, mas também sabia que o preço do nosso resgate seria sua própria vida sendo entregue em obediência e a favor de nós. 

A cruz foi a expressão do seu amor obediente ao Pai.  Pois, o segundo Adão não negou em nenhum momento a obediência na qual o primeiro Adão falhou em cumprir. 

Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.

Romanos 5:19

 

A obediência de Jesus nos levou a redenção

 

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

Romanos 5:20-21

O ato de servir em obediência e ser levado a cruz por amor dos homens trouxe redenção para toda a humanidade. Jesus pagou o preço para que sua morte trouxesse vida e justiça sobre a terra. 

Desde Adão até os dias de hoje o que nos é pedido como servos de Deus é uma vida que expresse um coração obediente. 

O pecado entrou no Éden pela falta de obediência a uma ordem dada por Deus ao primeiro homem e a primeira mulher.  

O ato de desobedecer nos leva a uma vida de pecado e miséria. Mas, Cristo queria nos mostrar com sua vida de obediência que é possível parar este ciclo. 

Então, obedecer a Deus é uma maneira de demonstrar nosso amor por Ele. Dessa forma Jesus viveu durante toda a sua jornada sobre a terra. Pois, Ele quis nos ensinar como viver uma vida que agrada a Deus. 

 

“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.  João 14:15 

 

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.  Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 

 João 6:38-40

 

Obediente até à morte, e morte de cruz 

O servo obediente chegou até a cruz e nela confirmou todos os seus atos de obediência até ali. 

Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;   

Hebreus 5:8-9 

Jesus em seus últimos momentos antes da cruz orou ao Pai,  e o que vemos no versículo abaixo nos mostra a confiança e também a entrega que obedecer até a morte exigiu do nosso salvador. 

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.

Mateus 26:39 

 

Conforme disse Charles Spurgeon: ¨ Crer e obedecer sempre andam lado a lado.¨

 

Finalizo este texto com palavras que devem nos levar a viver uma vida de servo obediente por fé e por amor ao nosso Salvador. 

Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele. Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, 

Filipenses 2:12-15 

 

Deus te abençoe. 

 

Todas as coisas estão centradas em Cristo, Ele é o autor da nossa salvação, o herdeiro amado de Deus. Pois, sem Ele, nada do que foi feito se fez. Na Páscoa, somos convidados a relembrar o seu sacrifício na Cruz e a celebrar sua vinda na terra, sua morte e ressurreição. Somos herdeiros com Ele. Mas, no que isso implica e como influencia a minha e a sua história?

Vivemos em 2022, estamos saindo de uma pandemia, há guerras a nossa volta, crises políticas e sociais. Muitos de nós já entregaram  a vida a Jesus e colocamos diante dele sonhos, projetos e o futuro. Às vezes nos sentimos fortes e cheios de fé para conquistá-los, mas, há dias em que ficamos sem esperança e perdemos a perspectiva do amanhã.

Por isso, quero te convidar a olhar as Escrituras e descobrir quem é Jesus  e como a verdade sobre a Pessoa e obra de Cristo têm refletido em nossas vidas.

Tudo foi criado por meio dele e para ele

Jesus é o criador do universo e o nosso próprio criador. Desde o início, na gênese da humanidade Ele se fez presente na criação. Em cada detalhe, em cada coisa criada, nas folhas e flores, na separação das águas, em cada forma e textura. Ele é a Palavra pelo qual tudo passou a existir.

“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” João 1:3

Inclusive nós, fomos criados para a sua glória e para o louvor do seu nome. Somos chamados a oferecer boas obras. De forma simples, podemos dizer que fazemos isso através do nosso modo de viver aqui na terra com nosso trabalho e em nossos relacionamentos.

“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:10

Por isso, é importante pensar se temos manifestado a glória do Senhor através de nosso estilo de vida, escolhas e da forma como passamos os nossos dias e anos.

Jesus é o herdeiro do Pai

“nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1:2

“pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” Colossenses 1:16,17

Jesus é o criador de todas as coisas e o herdeiro de Deus.  Pois, em obediência cumpriu seu propósito. O unigênito do Pai tornou-se homem, andou sobre a terra, passou pelo Calvário e  teve a morte entranhada em sua carne, mas após três dias ressuscitou. Jesus é o Filho de Deus. 

Ele é o herdeiro porque é o criador de tudo, mas também é herdeiro porque conquistou esse direito cumprindo sua missão. Oferecendo sua vida como libação pelos nossos pecados.

Tudo foi criado para Ele e nele elas continuam a existir, a permanecer e  a subsistir. A própria vida subsiste nele.

Então, quando tudo à nossa volta tiver aparência de morte e dor, podemos nos lembrar que em Cristo tudo se faz novo: “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.” (Apocalipse 21:5ª). Podemos esperar no Senhor e confiar que temos a Eternidade.

O herdeiro nos faz co-herdeiros

Jesus refez nosso caminho de volta para Deus nos dando livre acesso ao Pai. Não há mais impedimento, mas  liberdade para entrar no Santo dos Santos pelo novo e vivo caminho (Hebreus 10.19). Através do sacrifício de Cristo, nos tornamos filhos e co-herdeiros com ele.

“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” Romanos 8:17

Assim como Jesus obedeceu ao Pai, ele nos desafia a fazermos o mesmo.  Pois, se com Ele sofremos, com ele seremos glorificados, como  diz o versículo acima. Nos resta levarmos a própria cruz lembrando que maior preço ele já pagou. Preço incomparável. Agora, cabe a nós preencher o que resta das aflições de Cristo, na nossa carne em favor da Igreja de Deus (Colossenses 1:24).

Portanto, se quaresma é um botão de pausa, um tempo de reflexão e arrependimento, a Páscoa é um tempo de celebração por termos nos tornado livres e parte da família de Deus. Por mais aflições que possamos sentir, podemos nos lembrar da Eternidade. E que a vida não se resume apenas ao tempo presente, mas que há um por vir e sempre poderemos celebrar a Páscoa do Senhor.