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A espera de um romper

Acredito que todos nos esperamos por um romper em nossas vidas. Aguardamos ansiosamente quando receberemos o que tem sido motivo de nossas orações ao longo de dias, meses e até mesmo anos.

Vamos olhar por um instante para a vida de Ana, ela não tinha filhos, o que já era uma humilhação para as mulheres de Israel naquele tempo, porém ela não sofria somente por sua cultura. Seu marido Eucana tinha outra esposa chamada Penina, e essa tinha filhos, por isso “costumava menospreza-la provocando-a excessivamente para a irritar, visto que o Senhor lhe havia cerrado a madre” (I Sm 1:6).

Então, um dia Ana entra no templo e começa a orar, vejamos como a oração é descrita: “Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente…E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o Senhor, Eli observou sua boca. Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada. Porém Ana respondeu: Não, Senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado minha alma perante o Senhor”. (I Sm 1:10,12,13,15).

Naquele mesmo dia o Senhor ouviu a oração de Ana e algum tempo depois ela concebeu e deu à luz um filho, e o seu romper impactou a toda nação. O ventre dessa mulher gerou um dos maiores profetas que Israel já conheceu. Todo processo de espera e dor de Ana trouxeram a ela muito além do que ela poderia imaginar. Samuel não foi apenas um líder importante na história do povo judeu, ele também foi o primogênito entre seus irmãos, pois o Senhor abençoou a Ana, e ela concebeu e deu à luz a mais três filhos e duas filhas (I Sm 2:21).

O que dizer também a respeito de Jesus ao ser levado pelo Espírito ao deserto? Após ter jejuado quarenta dias e quarenta noites ele teve fome (Mt 4:2), e foi nesse momento de vulnerabilidade que o diabo propôs que Ele transformasse pedras em pães, mas Jesus permaneceu fiel e abraçou o processo. E depois de ter vencido, os anjos vieram e O serviram.

Se há algo que eu tenho aprendido sobre Deus, é que ele não vai nos dar um “brinquedinho” para esquecermos nossas dores, na verdade, Ele irá remover todas as distrações.  Seremos levados ao deserto e ali enfrentaremos nossos gigantes, seja medo, rejeição, orgulho…Todas as coisas com as quais precisamos lidar e vencer para alcançarmos o romper. Ana precisou lidar com Penina, com a cultura e com sua própria alma. Jesus encarou o deserto até a última tentação, isso porque há um processo até que aconteça o romper, e ele é essencial para nos forjar. A boa notícia é que não estamos sozinhos, Deus estará conosco em todo o processo nos tornando fortes e maduros em amor. Pode não parecer agora, mas todas as coisas estão cooperando para o bem.

Havia um tempo marcado para o fim da tentação de Jesus, havia um tempo marcado para o fim da esterilidade de Ana. O final desse tempo marcava o início de um romper não apenas para Ana, mas também para Israel. O fim da tentação de Jesus marcou o início do romper para o seu ministério e a manifestação do Reino do céu na terra.

Acredite, o fim do seu tempo de espera marcará o início de um romper que vai além de você mesmo, porque o Deus em que você tem esperado é capaz de fazer infinitamente mais além do que pedimos ou pensamos. Ele te fará forte e maduro no Seu amor e então virá o romper.

Hoje continuaremos falando sobre construir listas de orações. Mas por que Deus nos chamou a oração se Ele conhece bem cada uma de nossas necessidades? Afinal, nada está oculto aos seus olhos, nada foge a sua soberania e controle. Mas, Ele mesmo sendo Deus, resolveu nos fazer participantes de sua obra. E nos convida a um relacionamento de intimidade com Ele através de uma vida de oração e meditação na Palavra. Ele quer que nos conectamos com seu coração Paterno em parceria profunda e especial.

Orar sobre todas as coisas revela nossa total dependência dele e é um princípio do reino. Orar é uma forma de amor e utilizar listas de orações pode nos dar a disciplina e o foco que precisamos para perseverar nos dias em que não nos sintamos tão inspirados como gostaríamos.

Ao se fazer listas de orações é importante perguntar ao Senhor sobre o que devemos orar. Não se trata apenas de nossos desejos e necessidades. Mas do coração de Deus para nós, nossa família, as nações e até mesmo questões sociais que envolvem o mundo. Como costumamos dizer aqui no FHOP, é tudo sobre Ele, é tudo sobre Jesus. Sim, nós devemos colocar os nossos pedidos diante do Senhor e a Bíblia mesmo nos diz: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do seu coração.” (Salmo 37.4.) Quando Cristo é o nosso foco e o nosso maior anseio, alguns dos desejos do nosso coração são alterados pelo caminho. Alguma vez Deus já mudou as suas prioridades?

As listas de orações nos ajudam a manter o foco em nossos momentos sagrados. Porém, é importante permanecermos sensíveis ao Espírito Santo de Deus. Se o Senhor nos direcionar a sairmos das listas ou omitir algumas partes delas, podemos fazer isso com tranquilidade e liberdade conforme o Espírito nos lidere. Mike Bickle sugere três focos principais ao elaborarmos nossas listas de orações, o que eu acredito ser bem coerente. São elas:

Intimidade com Deus – Esse tema tem sido bem abordado e é o mais importante de nossas vidas. Nós precisamos estar fundamentados no amor a Deus, é o primeiro mandamento. Isso envolve Adoração, Meditação na Palavra (devocional, estudo ou o termo que lhe deixar mais à vontade), é amizade com o Espírito. Uma prática realmente fortalecedora ao homem interior é orar a Palavra, os Salmos por exemplo. Amo orar o Salmo 139.

Petição – É quando “pedimos” algo a Deus, seja em nossa vida pessoal ou ministerial. É um ótimo momento para orar pedindo por fortalecimento em nosso homem interior. Por mudanças em circunstâncias pessoais. É de certo modo um momento de consagração a Deus e também de alinhamento aos propósitos e diretrizes de seu coração. Tem ótimos exemplos Bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, mas quero ressaltar aqui a oração de Jabez descrita em Crônicas.

Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo atua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido. ! Crônicas 4.10

Intercessão – Esse é momento em que pedimos a Deus em favor de outros (pessoas, lugares, questões estratégicas). Por exemplo: Quando orarmos por pessoas e lugares, podemos orar por ministérios e missões, cidades, nações (JOCUM, Jerusalém, Florianópolis). Quando oramos por questões estratégicas, podemos interceder no contexto da sociedade (pelo governo, contra o aborto, em favor da justiça…).

Orar por missões e pelas nações é algo que queima em meu coração. Na verdade, meu “chamado” para as nações, de certa forma foi firmado, quando em meu tempo de oração eu via o mapa múndi. Havia um clamor em mim por esse tema. E isso foi muito antes de que eu me tornasse missionária em JOCUM e, até mesmo no FHOP. Orar pelos povos da terra é se tornar parceiro de Deus na Grande Comissão.  E se nós queremos tanto que o Noivo retorne para o casamento com a Noiva só podemos obedecer a esse mandato, o IDE e fazei discípulos. 

Então, não perca tempo e experimente construir sua lista de oração hoje. Já comentei aqui no Blog que amo escrever as minhas cartas a Deus. Amo escrever minhas orações. Com o passar do tempo, eu releio muito dos meus escritos e consigo perceber o quanto o Senhor tem feito. Sabe, nós realmente não precisamos colocar uma máscara diante de Jesus, porque o Senhor nos conhece tão bem. E Ele ama quando nos colocamos neste lugar em que ansiamos por ouvir a sua voz e conhecer o seu coração. Ele sabe quando nós nos tornamos vulneráveis e dependentes diante Dele, e reconhecemos seu amor. E simplesmente nos entregamos a esse amor profundo, imenso, sobrenatural.

A oração não pode ser apenas mais um rito que cumprimos para aliviar a nossa consciência. A oração é um chamado ao amor. Que hoje eu e você possamos nos entregar ao amor de Deus que leva o nosso medo para longe. Que possamos experimentar essa graça misteriosa e a certeza que somos ouvidos e que nossa voz faz diferença nos céu e na terra.

“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.” Salmos 40.1

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” Apocalipse 8:3,4

 

Gosto de pensar no seguinte fato: somos filhos legítimos de Deus. Você deveria ficar entusiasmado de legalmente fazer parte de uma família celestial. Eu não sei você, mas eu amo fazer parte de uma família. Amo ao Senhor, por ter me colocado na família que me colocou.

Assim como eu, tenho certeza que sua família tem aspectos únicos. Sabe aquela velha história de sempre existir uma família que fala alto, outra onde as pessoas são mais discretas e de falas polidas. Aquelas que são mais tradicionais ou mais liberais. Toda família, seja ela grande ou pequena, rica ou pobre. Todas carregam uma identidade única.

Minha família possui um humor muito peculiar. Meu pai carrega uma alegria única. Ele poderá te contar uma mesma história várias vezes e você irá rir todas as vezes. Minha mãe não sabe contar piadas, mas irá rir em todas que você contar. Meu irmão consegue ser a mistura perfeita do engraçado com o sereno.

Esses três carregam: sabedoria. Sem dúvida, essa é uma palavra que os definem.  Agora, com essa pequena apresentação de como minha família é, você consegue saber como eu sou, ou pelo menos, imaginar.

Você consegue entender? Nós somos muito parecidos com a família na qual fazemos parte. Gostando ou não, você se parecerá com sua parentela. Não será semelhante apenas na forma de ser, mas também na sua aparência. É inevitável. Você terá o nariz, a boca ou o queixo de seu pai, da sua mãe, ou até mesmo da sua avó.  

Agora, você consegue compreender o que é ser filho de Deus? Quão magnífico é essa realidade em ser semelhante na forma e no jeito do Criador. Grande privilégio temos de sermos coparticipante da glória de Deus por intermédio de Cristo. Jesus deixou toda a sua glória, veio como homem e nós tornou parte da sua família. O filho de Deus morreu para que você fosse filho de seu Pai.

Jesus se parecia com o Pai. Foi assim que o mundo conheceu aquele que era invisível, por causa de Cristo. Que é a expressão exata de Deus. Você é filho e legítimo. Você se parece com Eles.

Fico realmente grata de fazer parte da família de Deus. Ele é o meu Pai. Eu vivo nessa terra apenas como peregrino, sou cidadão do céu. Será que nós realmente andamos e falamos como filhos de Deus? Será que entendemos quem somos e de que reino fazemos parte?

O meu desejo hoje, é que nós, como filhos, tenhamos alegria. Que sejamos cheios de uma verdadeira liberdade. Que sejamos plenos em saber que fomos feitos, que somos de um reino que é Eterno. Somos de uma pátria celestial. Você carrega a identidade do céu. A sua forma de agir e de falar denunciam de que família pertence.

Somos filhos de um Deus poderoso e isso significa que há poder em você. O Espírito do soberano habita no seu interior. Meu querido amigo, você é filho da luz, tudo em você manifesta e testifica que você é filho. Que nossas vidas mostrem ao mundo que somos filhos e que temos o Espírito que clama: “Aba Pai”. 

“E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: “Aba, Pai”.
Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro.” Gálatas 4:6-7

O que significa seguir os passos do amor? A Bíblia nos afirma que não tem maior amor do que este: “de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15.13). Este foi o exemplo de Jesus, e hoje quero refletir sobre os passos do amor que Ele direcionou a nós quando se entregou na cruz.

Jesus deixou toda a sua glória para nascer como um frágil menino na terra dos homens. Ele foi concebido a Maria pelo Espírito Santo e cresceu como uma criança normal. Talvez, tenha sofrido “bullying” e enfrentando tanta das emoções e dificuldades que uma criança enfrenta nos dias de hoje. Por isso, Ele conhece o nosso coração e se identifica conosco até mesmo nos pequeninos detalhes de nossa história. Ele sabe de todo o sofrimento que já enfrentamos e continuamos a enfrentar. Mas a graça de Deus estava sobre Ele.

“Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” Lucas 2.40

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. Lucas 2.52

Jesus teve um desenvolvimento saudável em todas as áreas de sua vida: pessoal, intelectual, físico e espiritual. Desde pequeno Ele aprendeu a andar com Deus. Ele foi criado na fé judaica, ia ao templo, e todos ficavam admirados de sua sabedoria. Mas lembre-se: a graça de Deus estava sobre Ele. E quer saber mais?  A mesma graça já foi liberada sobre nós por meio da salvação. Nós também podemos seguir o exemplo de Jesus e os passos do amor. Mas não pense que isso é um esforço meramente humano. Nós só podemos viver segundo a sua vontade na dependência do Espírito Santo.

Então, paremos um pouco para refletir sobre como Jesus viveu aqui na terra. Como Ele se relacionava com o Pai e com as pessoas a sua volta? Tanto aqueles que eram mais próximos, seus discípulos, por exemplo.  Como também a multidão, que estava sempre a lhe buscar por conta de suas necessidades e anseios desesperados. Como Jesus tratava as mulheres e as crianças? Compare a forma a como elas eram tratadas na cultura vigente e como Jesus as tratou, acolheu e as amou.

Jesus nos ensina a respeito de uma fé que não se prega apenas com palavras, mas acima disso, com ações. Ele é sábio em responder aos fariseus, Ele amava os pecadores e sempre tinha uma palavra de encorajamento. Ele oferecia amor e perdão. Ele se retirava da multidão para estar a sós com Deus porque Ele sabia de onde vinha a sua força, e a sua fé. Ele sabia de onde vinha a sua esperança, a sua ousadia e a sua confiança. Ele só fazia o que via o Pai fazer.  Então, Ele se afastava para orar.

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.” Lucas 5.16

Agora que estamos caminhando para o fim deste texto, quero que observemos as nossas próprias vidas. Sim, vamos parar e analisar o nosso modo de viver a luz de Deus e de sua Palavra. Como tem sido o nosso proceder diante de Deus e dos homens? O quanto Deus já operou em nós e que passo de Jesus nós temos seguido? Será que temos tratado as pessoas assim como Jesus as trata?

Vamos exercitar nosso olhar? Hoje quando pegarmos o ônibus ou mesmo nos assentarmos para tomar um café em algum lugar, vamos perguntar ao Senhor o que Ele pensa do “desconhecido”  perto de nós? Vamos tentar imaginar o Deus que se entregou na cruz, não apenas por mim ou por você de forma individual. Mas por alguém que “cruza” o nosso caminho na correria da vida. Ás vezes, a gente nem consegue perceber direito o propósito de Deus na vida delas, não é mesmo?

Que seja ao menos para trocar um olhar, um sorriso e demonstrar de forma carinhosa o amor de Deus e o cuidado do Senhor em pequenos detalhes. Seja ao menos para fazer uma oração em nossos pensamentos pedindo que o Senhor abençoe aquelas pessoas ali no “buzão”. Elas podem até ser desconhecidas a nós, mas são conhecidas pelo Senhor. Nosso olhar e visão serão ampliados, nosso coração estará sensível porque nós estaremos andando com o Senhor e como Jesus andou. Nós estaremos seguindo os passos do amor.

“Quem declara que permanece nele também deve andar como Ele andou.” 1 João 2.6

Não foi uma e nem duas vezes em que perguntei a Deus o que ele via em nós mortais. Nada e absolutamente nada é novo debaixo do sol. Há sempre alguém com habilidades melhores que as nossas, com palavras mais robustas, com beleza mais apreciada, com dotes e privilégios em maior destaque. Logo, se Deus se importasse apenas com tais qualificações, ele poderia destruir todo o restante e deixar apenas os ‘melhores’ em um mundo ‘perfeito’. Mas, calma! Não é assim que ele faz, certo? Nós vemos na Palavra que ele vê o grande e o pequeno e que ele se importa com o pobre, com o órfão, com o fraco. Então volto a perguntar: o que ele vê em nós?

Antes mesmo de discorrer a respeito da resposta, ainda volto meus olhos para as descrições acima, onde os ‘melhores’ viveriam de maneira ‘perfeita’ e percebo que nem mesmo esses são tão bons assim. Porque do ponto de vista de Deus, ninguém é bom o bastante. Se lermos Apocalipse 5 veremos que nenhum foi achado digno, a não ser o Cordeiro de Deus (que é Jesus). E se formos ainda para Filipenses 2 veremos que Jesus recebeu o nome acima de todo nome. Ninguém é como ele! Uau, que padrão de perfeição! Jesus é o melhor de todos. É o que tem melhores habilidades, maior sabedoria, entendimento e o coração mais belo. Então, chego a conclusão que o pequenos deste mundo e os grandes deste mundo ainda estão há uma eternidade do padrão Jesus, em tudo. E agora a pergunta inicial desperta mais curiosidade. O que Deus vê em nós? O que faz ele se importar conosco?

Talvez você não esteja tão curioso quanto eu fico quando faço minhas perguntas a Jesus, mas é maravilhoso poder descobrir as respostas (ou parte delas). Se olharmos para a Bíblia veremos homens considerados heróis da fé. E eles eram apenas homens. Com fraquezas semelhantes às nossas. E Deus os descreve como exemplos de fé, justos. E assim eu começo a desvendar um pouco das respostas que procuro. Todos nós somos fracos comparados ao exemplo perfeito que é Jesus. Mas Deus olha para nós e vê beleza ao invés de cinzas. Ele, que já sabe o que seremos no final dessa jornada, vê algo lindo!

Aquele homem que não tinha uma fala muito eloquente, liderou um povo inteiro para a libertação da escravidão do Egito. E o que falar do menino pastor, que era tão pequeno e foi o maior rei da história de Israel? Nós somos todos assim tão pequeninos, mas Deus vê algo em nós:

“…porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” – 1 Samuel 16:7b

Deus vê nosso coração. E as respostas do nosso coração para ele podem ser belas. Mesmo nosso pequeno sim, pode ser poderoso. Deus olha para a humanidade e ainda assim vê um povo com o qual ele quer se relacionar e amar. Deus escolheu esse povo quebrado para ser aperfeiçoado e um dia se tornar como Ele é. Ele chama seu povo de Igreja e diz que um dia essa Igreja será gloriosa. É com o povo que está sendo aperfeiçoado que ele escolhe se relacionar. Isso é graça, é amor, é humildade, é…É muito além do nosso entendimento.

“Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: “Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito.” – Isaías 57:15

Quando eu acho que cheguei ao entendimento perfeito do que queria, descubro que ainda há mistérios a serem desvendados. Que o amor de Deus realmente ultrapassa minha mente pequena. Mas, ele ainda vê beleza nisso. Ele já sabe quem ele é, mas com toda humildade nos deixa descobrir e ainda se alegra com nossos pequenos avanços. Deus é tão bom, não é mesmo?

Se você olha para você e vê alguém pequeno, então saiba que é exatamente para você que Jesus está olhando agora. E se você se considera alguém grande, então olhe de novo para Jesus e veja que todos somos realmente pequenos diante dele. E que ele também olha para você. Se permita ver como Deus vê. Não apenas pequeno, mas belo. Nós somos belos aos olhos de Deus, porque somos a sua Igreja. E nossa esperança é que um dia seremos exatamente como ele é.

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” – 1 João 3:2,3

 

É interessante analisarmos que a fidelidade não significa simplesmente um alinhamento entre nosso discurso e nossas ações. Muito além disso, é um compromisso genuíno. Uma resposta imediata ao nosso chamado original, que não comporta um “plano B”. Que coloca abaixo todas as “pontes” que nos ligam ao passado e bem, isso soa como um grande desafio!

A verdade é que muitas vezes somos movidos ao comodismo, às funções anteriores, quando o propósito de Deus para nossas vidas esbarra em alguma frustração.

Isso é um pouco parecido com a história de Pedro, que fora chamado por Jesus para ser pescador de homens (Mt 4:19), mas que ao perder de vista o Seu Senhor, voltara a pescar (Jo 21:3) abandonando de uma vez sua verdadeira identidade.

Você já reparou que, assim como com esse discípulo, nossas frustrações tendem a tornar-se o parâmetro para a tomada de decisões? É como se nossos projetos fossem moldados pelas experiências negativas. Nossa alma evidencia não somente a infidelidade e falta de inteireza na entrega, mas os medos que nos fazem fugir de novas dores e fracassos.

Ufa! Isso parece um pouco forte não é mesmo? Mas precisamos ser movidos para o lugar onde a fé é mais do que suficiente. Onde o plano “A” não comportará a opção de ser abandonado.

Gostaria de te convidar: Neste exato momento peça graça ao Senhor para encarar suas frustrações. Não deixe que elas definam você e sua jornada com Cristo. Ele continua te chamando!

A esperança está no fato de que Jesus tem prazer em reafirmar quem somos. Assim como fez com Pedro, Ele restaura nossa identidade e nos convida a segui-lo novamente, alinhando-nos ao propósito original:

Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? “Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”… E então lhe disse: “Siga-me!“”. (Jo 21: 15-19).

Que possamos ter coragem de enfrentar nossos medos e frustrações sem voltar atrás na caminhada. Que pela força do Senhor sejamos radicais em decidir. Em dizer não aos acessos que nos dão retorno ao passado, que nos fazem remoer quem não deveríamos mais ser.

Queimemos as pontes que nos fazem regredir e ouçamos a voz do Único que pode nos definir!

O que você pediria para Jesus? Caso Ele te dissesse agora mesmo: Me peça! Faça um pedido, você saberia respondê-lo? Quando parei para meditar nessa simples pergunta, fiquei um pouco chocada. Fiquei surpresa de saber que eu não saberia o que pedir. Muitas vezes somos assim, não sabemos pedir. Não sabemos pegar uma caneta e escrever os nossos pedidos.

“O que você quer que eu lhe faça? “, perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: “Mestre, eu quero ver! ” Marcos 10:51

Esse homem quando perguntado do que precisava, tinha uma resposta. Certamente ele tinhas outras coisas para pedir ao Senhor. Mas, ele não ficou se perguntando o que precisava. Ele tinha algo em mente. Ele sabia que Jesus tinha aquilo que ele precisava.

Sabe, muitas vezes perdemos as oportunidade de sermos abençoados pelo Senhor. Meus amigos, não estou criando uma regra. Mas quando nós temos os nossos objetivos claros as coisas ficam mais fáceis. O que desejo falar com isso é, que listas são formas de sabermos as nossas necessidades.

Listas de orações são poderosas. Se eu tivesse uma lista, certamente quando Jesus me perguntasse do que estou precisando, não hesitaria. Não pensaria duas vezes.

“Por isso lhes digo: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.” Lucas 11:9,10

Você consegue compreender o porquê de ter uma lista? Não é uma regra, mas é algo importante. Pegue um lápis e um pedaço de papel e escreva as suas prioridades. Peça por sabedoria, por graça. Escreva em sua lista sobre a salvação da sua famílias e amigos. Um conselho, escreva tudo.  Tudo o que deseja, seus sonhos e projetos são importantes. Escreva sem medo, não se limite em uma ou duas coisas. Se sua lista tiver 100 coisas que esteja precisando, saiba que o Senhor está atento a tudo.

Jesus deseja conceder os anseios do seu coração. Jesus gosta de perguntar o que você gostaria. Então não perca tempo. Escreva, faça uma lista de oração e creia que o Senhor no tempo certo responderá.  Você tem um grande sumo sacerdote diante do trono do Senhor, intercedendo por você. Você pode ir com confiança até Ele e encontrará favor.

“Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.” João 16:24

E Ele continua te perguntando: Que queres que eu te faça ?

Gostaria de compartilhar hoje, sobre a paz. Mas, não a paz como sendo a ausência de problemas ou dificuldades. Nem mesmo aquela sensação de estar vivendo em uma praia e estar tomando água de coco. Muito menos aquele escapismo que usamos para dizer que está tudo bem.

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus”. Romanos 5:1-2

Hoje, falo da paz que foi nos dada por causa da vida de Jesus Cristo. Que nos trouxe reconciliação com o Pai. Não há mais separação. Não somos inimigos de Deus. Agora possuímos um Pai, e estamos em comunhão com Ele.

Ter paz com Deus significa algo muito além de estar com uma vida tranquila. É você viver em qualquer circunstância e estar em paz com o Senhor. Possuir o entendimento que a sua vida passará por provações. E, mesmo assim, ter confiança que o Reis dos Reis cuida das suas necessidades.

“Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação”. Romanos 5:10-11

Você sempre será guiado pela paz em seu coração, a bíblia nos garante isso. As escrituras nos ensinam que ela é o árbitro em nossos corações. O Deus da paz, tem comunhão conosco.

A nossa jornada, muitas vezes, será cheia de espinhos e de caminhos estreitos. Contudo, no meio de tudo isso, você encontrará paz. Pois, fomos reconciliados e glorificamos ao Senhor. Não merecíamos tanta graça. Mas Jesus, o filho de Deus, se fez pecado para que fossemos participantes da glória de Deus.

Que durante esses dias, você possa meditar na comunhão que hoje temos com Deus. Que seu coração se alegre, por poder entrar diante do trono de Deus com confiança e saber que é filho.

“Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. ” Hebreus 4:16

Hoje quero conversar com vocês a respeito  de temperança que é um dos frutos do Espírito. Ao pensarmos nessa palavrinha ela poderá nos remeter a tempero ou temperar. Então, podemos nos lembrar do ato de cozinhar e de como preferimos os sabores dos nossos pratos. Muitos alimentos são tão apetitosos ao nosso paladar, mas a verdade é que não fazem bem para a nossa saúde. Além disso, o excesso de sabores podem destruir o prato mais refinado. Quem nunca provou uma comida salgada ou apimentada demais e se frustrou com o sabor?

Toda essa metáfora a respeito de alimentos e comidas fazem pensar em nossas próprias vidas, e como elas se encontram? Pois, temperança também nos remete à ideia de temperamento. E, nesse ponto, podemos olhar para dentro de nossas emoções e perguntar ao Espírito Santo que fruto há em nós que Ele tem gerado? O que já mudou e o que Ele ainda pretende mudar?

A Bíblia nos afirma que somos libertos por Cristo para a liberdade. Já compartilhei com você que lê meus textos que sou uma pessoa que tenho sede por liberdade. Mas a liberdade da qual eu tanto me refiro é algo que vem de dentro para fora, do nosso interior para o nosso exterior. Pois homens como Daniel e José provaram dessa liberdade mesmo em cárceres. O próprio Paulo falava a respeito dessa liberdade mesmo estando preso. E este é o exemplo de tantos outros profetas. Essa liberdade tem a ver com um estado de espírito gerado pelo próprio Espírito Santo de Deus que vai mudando o nosso coração. Confrontando nossos desequilíbrios, excessos e pecados e nos transformando a semelhança daquele a quem tanto amamos, Jesus Cristo, o filho de Deus.

Então, vamos pensar em temperança de forma prática, isto é: olhando para nossas vidas e observando esses pontos em nossos relacionamentos e emoções. Sim, eu quero que vejamos as nossas fraquezas e limitações. Mas também, quero que possamos ir mais profundo ao compreendermos tudo aquilo que Deus já tem feito em nós.  E, principalmente, o que Ele ainda está a fazer. Sua obra não cessou e Ele continua a nos santificar.

Você consegue compreender o quanto Deus já mudou em você? Já consegue sentir quanta raiva, ódio e dor Ele já curou? Já conseguiu perceber a paz que te inunda e cresce permanentemente? Ele é quem gera o fruto em nós. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5.22-23).

“Mas vamos falar da vida com Deus. O que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Deus faz surgir dons em nós, como frutas que nascem num pomar: afeição pelos outros, um senso de compaixão no íntimo e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas pessoas. Nos nos entregamos de coração a compromissos que importam, sem precisar forçar a barra, e nos tornamos capazes de direcionar sabiamente nossas habilidades.” Gálatas 5.22-23 (A Mensagem)

Pessoalmente, gostei bastante da descrição da mensagem a respeito da temperança e do “equilíbrio emocional” que é derramado sobre nós pelo Espírito Santo de Deus. Eu sei bem o que é ter guerra interna e prisões na alma. E, por isso, dou valor a liberdade que o Senhor conquistou para nós na Cruz do Calvário.

Minha oração hoje é de gratidão por essa liberdade que Ele tem nos dado. É de gratidão pelo Espírito Santo que Ele enviou para morar em nós. Ele nos escolheu para sermos a sua casa, e nos prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Até o fim. Nunca nos deixará só e no caminho Ele nos ensinará todas as coisas. Eu o amo infinitamente, e você?

Você já se sentiu impotente e desanimado ao ver o noticiário? Ah, eu creio que muitos de nós já se sentiram assim. Nos deparamos com a maldade em certo nível que nos faz pensar que a solução está distante e que nós somos pequenos e sem um poder de ação. Mas, bem…Se olharmos com a perspectiva correta veremos que nem toda nossa estranheza é incoerente. Teremos que concordar que nem todo poder de mudança está em nossas mãos.

Nós humanos somos limitados e, por mais influentes, não conseguimos mudar todas as coisas erradas. O que resta então? Permitiremos a maldade crescer sem que algo seja feito? De maneira alguma! Nós podemos e devemos fazer o que está ao nosso alcance. Devemos permanecer fazendo o que nos foi proposto e o que está diante de nós. Mas existe algo ainda mais excelente e poderoso do que nossa influência: o poder da oração. Você acredita nisso?

“Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” – 2 Timóteo 4:4,5

O poder da oração ultrapassa o poder de nossas ações humanas. Vamos fazer as cruzadas, vamos aos hospitais, vamos ao mercado de trabalho. Mas não nos esqueçamos de fazer tudo isso em oração e à partir do lugar de oração. Agora, oração ainda é algo que estamos fazendo por conta própria, correto? Bom, mesmo em oração, o homem é totalmente dependente de Deus e não de si mesmo.

Nem mesmo o homem mais eloquente e cheio de palavras robustas consegue imprimir alguma força em sua oração, ou chamar a atenção de Deus de forma especial. Logo, deixar de orar por não acreditar no poder da oração, é tão perigoso quanto orar por acreditar no poder proveniente de si mesmo.

Deixe-me explicar melhor: não há em nós o poder de mudança, de resposta, de transformação. Do homem com palavras mais simples ao homem mais comunicativo, existe a necessidade de Deus em sua oração. Existe a dependência daquele a quem estamos dirigindo nossas palavras. Caso contrário, a oração seria totalmente indispensável.

Se o poder da oração está em Deus, pois ele é o alvo de nossas palavras, então não deveria haver em nós motivo de silêncio. Jamais! Não é baseado em nós ou nas nossas habilidades comunicativas. Nem mesmo em nossa meritocracia.

Quanto mais ficamos conscientes de nós mesmos, mais oramos. Não apenas diante do cenário mundial ou do aumento da maldade. Nós oramos porque em nós mesmos nada podemos fazer. Nem para a mudança de uma sociedade, nem mesmo para qualquer outra coisa cotidiana. Dito isso, quero me ater ao fato de que a falta de oração aponta tão prontamente ao pensamento de que não precisamos “tanto assim” de falar com Deus. De nossa independência dele. Alguém que desistiu de orar, pensa ter encontrado em si o combustível necessário para viver. Logo, está completamente perdido.

Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos.” – Colossenses 4

O ato de falar com Deus é movido pela necessidade da conexão divina, que começa com a consciência de quem somos e culmina com a revelação de quem ele é. A partir disso, passamos a orar não só porque somos pobres de espírito, mas porque ele é belo.

A maior necessidade que temos ao encontrar Deus é a da nossa própria transformação. É quando nosso desejo de ser como ele, de contemplar quem ele é, de nos manter em um relacionamento de amor, move-nos em direção a ele constantemente.

As notícias, os acontecimentos, podem nos fazer parecer impotentes. Mas, de fato podemos olhar para o lugar de onde vem o nosso socorro e, em oração, perseverarmos em um relacionamento que nos transformará e nos dará ferramentas para influenciar, com sabedoria, o ambiente ao nosso redor. E dele virão todas as respostas e toda a transformação.

“Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.

E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus.” – Colossenses 1:9,10