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A vitória de Jesus

Esperança

Quando falamos a respeito da vitória por meio de Jesus Cristo, celebramos o fato de não termos que pagar pelos nossos pecados. Celebramos a vitória sobre a morte!

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão imperecíveis, e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que perece se revista do que é imperecível, e o que é mortal se revista do que é imortal. Mas, quando o que perece se revestir do que é imperecível e o que é mortal se revestir do que é imortal, então se cumprirá a palavra escrita: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil. 1 Co 15:52-58

Nós, cristãos, somos anunciadores de boas novas

O nosso Rei venceu, está vivo e está voltando para cuidar de seu reinado. Todos aqueles que colocarem sua fé e esperança neste Rei, desfrutarão de dias de paz. 

Ao declarar “Está consumado”, Jesus declara que, através de sua morte na cruz, foi totalmente cumprido o necessário para haver reconciliação entre o homem e Deus

Jesus Cristo redefiniu o significado de morte

Cristo venceu a morte, removendo o seu ferrão venenoso, anulando a sua picada mortal.

 Muitos pensam na morte apenas como o fim da vida, o fim da dor e do sofrimento. Alguns podem vê-la como um “amigo” em dias maus; porém, a Bíblia afirma que a morte é um inimigo (1Co 15:26). A morte é o preço que sobreveio ao homem após a queda; é o preço pela desobediência, pelo pecado (Gn 2:17). 

Celebramos a Cristo pois Ele pagou o preço da morte por nós. Na cruz, Ele assumiu a dívida pelos nossos pecados. 

Porém, se morrermos ainda em nossos pecados, não estando cobertos pelo sangue de Cristo, ao sermos julgados por um Deus poderoso e justo, a morte eterna irá nos alcançar. O aguilhão da morte atingirá a muitos que morrerem sem Cristo (Jo 8:24). 

A morte que é referida como o salário do pecado não é o falecimento do corpo físico, mas a separação eterna da presença de Deus. Esta segunda morte não será experimentada por aqueles reconhecem Cristo como seu Senhor e Salvador. 

Jesus Cristo redefiniu o significado de ressurreição. Teremos vida eterna pois seremos ressuscitados com Cristo. Ele trocará nosso corpo corruptível por um corpo incorruptível (2 Co 5:6,8). 

Aqueles que colocam sua fé em Cristo morrerão, mas não em seus pecados; eles terão júbilo e alegria por saberem que logo habitarão na presença do Senhor. 

Devemos ter a ressurreição como a esperança da vida cristã, o fundamento seguro da fé (1Co 15:14). Depositar nossas esperanças na ressurreição de Cristo traz estabilidade à nossa fé. 

Tão importante quanto aceitar a morte de Cristo é celebrar a sua ressurreição. Se morremos com Ele, também com Ele seremos ressuscitados (Rm 6:5).

 

Uma vez, chegando em casa quando eu era mais nova, fui fechar a porta do carro e esmaguei meu dedão ali. Subitamente uma corrente de dor insuportável veio até meu dedo, tive a sensação de quase tê-lo arrancado. Fiquei totalmente sem reação, e nem mesmo consegui abrir a porta do carro. Então, minha irmã veio rapidamente e abriu enquanto tudo que eu conseguia fazer era me queixar de dor (e parece que começou a doer mais quando eu vi o sangue). Então meu pai abriu o portão de casa, e me levou correndo para a cozinha, encheu uma tigela com vinagre gelado, pegou minha mão, e colocou meu dedo inchado ali. Eu comecei a chorar, doía muito mais, e eu implorava “pai, por favor para, isso dói mais”, então ele me abraçou, sem tirar meu dedo da tigela e só falou “eu sei que está doendo, mas vai ser melhor para você”. 

O Pastor que está nos vales

Eu sempre me lembro desse momento quando estou passando por situações dolorosas. Quando estou diante de problemas que não consigo resolver, quando a saúde não vai bem, e ao mesmo tempo o mundo inteiro passando por uma pandemia, crises ao redor, preocupações, e me vejo tentando ser forte diante de tudo isso, e tentando não confundir força com autossuficiência. Mas o que aquele momento do parágrafo anterior tem a ver com o que estou falando aqui? Eu entendi que em meio à dor e ao sofrimento, Deus é aquele que me abraça e do caos faz a paz transbordar. Mesmo que tudo ao redor permaneça do mesmo jeito, Ele me sustenta, Ele se faz presente para me ensinar, e me dizer: “eu sei que está doendo, mas vai ser melhor, você vai crescer, alegre-se no sofrimento, eu estou aqui com você, sou seu aliado fiel, sua torre forte”.

Os frutos do sofrimento

Portanto, não estou dizendo que devemos amar o sofrimento, e permanecer ali sempre sofrendo. Se alegrar no sofrimento é se alegrar no que ele gera e produz. Você não precisa sair por aí buscando motivos para sofrer. Mas, quando o sofrimento vier, é uma oportunidade de sermos transformados, pois “ainda que nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. (2 Co. 4:16-17). Há algo sendo gerado em nós quando passamos por tempos difíceis, e é nessa verdade que podemos nos apegar quando esses dias chegarem.

O Senhor é a nossa rocha

Lembro-me de uma experiência que tive durante um curso ministerial que fiz há alguns anos. O Senhor começou a me ajudar a ver coisas dentro de mim que não eram muito agradáveis: dores, mágoas e lugares em meu coração que precisavam ser transformados. Foi o início de um processo muito doloroso, eu queria fugir, e falava para Deus que não conseguiria enfrentar. Neste período eu estudava com o time de louvor que eu fazia parte o Salmo 144:1:

Bendito seja o Senhor, a minha Rocha, que treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha”.

E enquanto o Senhor me ajudava a colocar algumas coisas para fora, eu me sentia cansada de lutar, e parecia que até meu corpo doía. Eu me vi como se estivesse em um campo treinando com um arco e flecha, tentando acertar o alvo, sem conseguir. Eu tentava, e meus braços doíam ao puxar a flecha, mas ali eu sentia o Senhor me treinando, e como se Ele me falasse: “Vamos lá, mais uma vez, continue treinando”. E eu: “Mas eu estou cansada, minhas mãos não aguentam mais”, e Ele com muito amor :“Eu estou treinando suas mãos para a batalha, Eu sou a sua rocha, continue, você vai conseguir”. Eu chorava enquanto via essa imagem em minha mente, estava doendo, mas eu precisava enfrentar o sofrimento, precisava deixar o Senhor me transformar, trazer cura e me moldar.

O Pai amoroso que está conosco nos processos

Eu me lembro daquele momento com meu pai me abraçando enquanto colocava meu dedo machucado no doloroso processo de cura. “Vai ser melhor para você!” É disso que eu quero que você se lembre. O Pai amoroso te conduzirá com graça nesse processo. No sofrimento, na dor, nos momentos difíceis, coloque-se diante do Senhor perguntando: “qual a resposta eu preciso dar nesse momento?”, e “quais são os lugares do meu coração que precisam ser moldados segundo a Tua vontade a partir disso que estou enfrentando?”. O Senhor mesmo te conduzirá nesse processo. Apegue-se a Ele, e lembre-se: na nossa fraqueza, Ele é a força que sempre irá nos sustentar.

Ele não foi abalado

A pandemia abalou o mundo, fomos pegos de surpresa e nossa rotina está completamente mudada. Existe muita incerteza e confusão; líderes e cidadãos anônimos isolados e perplexos procuram entender como viver os próximos capítulos da história mundial. Mas em meio ao caos nós encontramos plena segurança e esperança ao lembrar que Aquele que se assenta sobre o círculo da Terra não está surpreso, o Trono não foi abalado e Ele permanece Senhor absoluto de toda história. Isaías 40 nos lembra que o Senhor é quem estabelece os limites de todas as coisas e Ele permanece soberano sobre tudo e todos.

Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento? Isaías 40:12-14

A Bíblia diz também que Ele conhece o final dessa história desde o princípio, segundo Isaías 46.

“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam;” Isaías 46:10a

Em momentos de crise procuramos encontrar uma explicação racionalmente aceitável do porquê tudo isso está acontecendo.  E como resultado desse esforço geralmente chegamos a uma das seguintes conclusões: ou acreditamos que sabemos exatamente o que Deus está fazendo – e muitas vezes pensamos que Ele está punindo alguém por um pecado específico – ou negamos que Deus esteja no controle do mundo e pensamos que não há propósito para nada disso. Mas acredito que adicionar o peso extra da explicação à dificuldade da situação é a última coisa que precisamos. Não há na Escritura nenhum lugar que diga que devamos fazer isso. Muitas vezes não fará sentido desse lado da eternidade, e está tudo bem. Ele é Deus, nós não.

A Palavra gera em nós confiança

Nesses momentos precisamos de sobriedade e equilíbrio. Em meio à crise precisamos simplesmente crescer em confiança na Palavra de Deus. Ela – e não as circunstâncias – define a verdade. Não são os nossos sentimentos ou a nossa percepção limitada das circunstâncias que definem o caráter de Deus. O fato histórico e redentor da cruz e da ressurreição torna-se a verdade sobre a qual permanecemos. Nossa Rocha Eterna e Esperança inabalável estão no Cristo ressurreto, mesmo que nossas circunstâncias sejam abaladas.

Independente daquilo que temos experimentado, estamos firmados Naquele que era, que é e que há de vir. E assim como Ele permanece para sempre, firmados na Sua Palavra, nós também podemos permanecer.

Precisamos seguir o conselho de Provérbios 3:5

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento;” Pv. 3:5

Nesses dias, devemos nos manter informados, mas manter a nossa mente cheia da verdade e da esperança encontradas no Senhor. Ele permanece o mesmo de eternidade em eternidade, Soberano em conduzir a história. Ainda que o mundo foi abalado, o trono não foi.

Hoje não é uma sexta-feira qualquer. De hoje até domingo, são dias em que para nós, cristãos, têm um peso central para nossa fé. A Cruz e a ressurreição são dois eventos centrais pelos quais baseamos nossa Esperança e que compreendem os mistérios no coração da fé cristã. Neste dia, Cristo se tornou o “Cordeiro Pascal” da nossa salvação. A sexta-feira santa nos lembra a escuridão experimentada por Cristo em nosso favor.

Agora pense comigo, se para o nosso tempo ainda é loucura pensar sobre a morte de Jesus Cristo, imagina naquela época. Ele era a esperança dos judeus que Nele acreditaram. Um rei tão aguardado. Mas, o que se espera de um rei? Que ele os liberte dos tiranos romanos, que esse rei seja justo, que traga uma saída, uma salvação. Não se espera que ele seja julgado e condenado. Qual a acusação sobre Jesus? De que Ele era Filho de Deus. (João 19:7) Blasfêmia! Gritavam os fariseus. Talvez para nós, ocidentais, isso não traga a seriedade e o peso ao pensarmos nessa acusação. Fato é que, isso fez com Jesus fosse condenado ao nível mais baixo de crime. A crucificação era uma penalidade tão extrema que chegava a ser dito que quem fosse crucificado, era maldito. Tanto que o lugar da crucificação era afastado da cidade, pois era impuro.

Ele, que era a vida, como está descrito em João 14:6: “o doador da vida, sujeitou-se à morte”. Ele, que não havia cometido pecado algum, sofreu a consequência ou o “salário” do pecado. Ao vir habitar entre nós, se tornando humano, Jesus se tornou mortal. E Ele não só sofreu a morte, como experimentou uma morte humilhante. Veja, escreveram em sua cruz: “Este é o Rei dos Judeus”.

A mensagem da Cruz nos ofende

Igualmente, Jesus teve que suportar os deboches e as zombarias ao ser questionado pelas autoridades: “Salvou os outros, então salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus” ( Lucas 23:35). Mas, veja como é difícil entender, Jesus não estava ali para salvar a si mesmo, mas para cumprir seu propósito e salvar os seus. Para nossa Salvação, era necessária uma intervenção externa, um resgate. E para isso Jesus que estava ali, como resgatador. O homem não tem condição de se salvar, então nós fomos resgatados por meio do sacrifício de Jesus. Sim, a mensagem Cruz é loucura, porque em um mundo egocêntrico é difícil aceitar esse caminho de pensar no próximo, como Jesus fez.

A mensagem da Cruz é escândalo

Temos dificuldade com a Cruz por conta disso. Somos individualistas. A Cruz é um escândalo, é a identificação de Deus com o sofrimento. Agora, perceba como isso não é para qualquer divindade. Veja, como homem, Ele veio de maneira simples, em uma manjedoura e foi sepultado em um túmulo emprestado. O que aprendemos com isso? Ele viveu entre nós, inaugurou o reino de Deus na terra, mas como Ele viveu enquanto esteve aqui? Viveu de maneira simples, “Ele veio para servir e não para ser servido” ( Mateus 20:28). Por isso, a mensagem da Cruz não é atrativa. Queremos um Rei que demonstre força e esmague seus inimigos. Mas, aqui está o rei de Israel, o rei do mundo, um rei crucificado.

Admita, o que nós cremos é um escândalo e um absurdo. Talvez, as expectativas dos discípulos e até às nossas não foram superadas por Jesus. Mas, que possamos aprender com Ele, a cumprir a vontade do Pai e agradar somente a Ele. Jesus estava cumprindo um plano muito maior e mais elevado do que todos podiam perceber.

“Deram-lhe uma sepultura com os ímpios, e ficou com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano em sua boca”. (Isaías 53:9)

Aguardamos a Bendita Esperança que virá em Glória

Por certo, precisamos aprender com Jesus. Sua primeira vinda não foi em glória, mas foi em graça. Veja esse versículo: ” Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens e ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus…” Tito 2: 11-13

Portanto, vemos que por meio da primeira vinda de Jesus, foi manifestada a graça, trazendo salvação. Aqui nós, gentios, entramos na história. A salvação nos alcançou também. Mas essa vinda de Jesus não foi reconhecida pelos judeus. Eles esperavam que Jesus os salvassem da tirania do Império Romano, mas Jesus tinha um propósito muito maior.

Certamente a morte de Jesus trouxe reconciliação, pôs fim à inimizade e à alienação que separava Deus do seu povo e o Judeu do Gentil. Trouxe perdão, redenção e a reconciliação, não apenas aos homens, mas com toda criação. A mensagem Cruz trouxe uma transformação de realidade e de vida. Aquele de quem os profetas na antiguidade tanto anunciaram e Aquele que fluirá toda a história subsequente. Mas veja, o versículo citado acima continua, a segunda vinda de Jesus Cristo, a nossa Bendita Esperança, virá em glória. Sim, seu retorno será em glória. Ele morreu, mas a sua morte foi só o começo, a ressurreição o aguardava.

Nossa Esperança é Viva

Por fim, nós cremos na sua morte e ressurreição. Sabemos que nosso caminho não será fácil, pois a Cruz é o nosso caminho e não existem atalhos. Somos exilados, aguardando o novo céu e a nova terra com Jesus conosco.

Nós não tínhamos condições de nos salvar, mas Cristo nos resgatou. Que privilégio nós temos. Somos tão gratos a Deus pois, esse final de semana não acaba em luto, Jesus ressuscitou, e a nossa Esperança é viva. Graças à ressurreição podemos contemplar o sofrimento de Cristo sem ser algo em vão, pois mesmo que o sofrimento faça parte da nossa existência, não é a palavra final. 

Nosso exílio terá fim e esse fim é por causa da obra da Cruz, onde o exílio termina, a esperança retorna. Com Jesus, a esperança futura é antecipada para o presente. Estamos unidos com ele na Cruz e unidos estaremos na ressurreição. Obrigada Deus, pois nossas vidas só são possíveis pelo seu sangue. A verdadeira Páscoa é a Salvação de nossas vidas conquistadas na cruz de Cristo.

“Contudo , foi da Vontade do senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer; apesar de ter sido dado como oferta pelo pecado, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo justo justificará a muitos e levará sobre si as maldades deles”. Isaías 53:10-11

Hoje quero falar sobre descanso em Deus.
Você já viu algum bebê recém-nascido olhar profundamente nos olhos dos seus pais e em rebeldia se recusar a ser cuidado por eles? Acredito que a resposta para essa pergunta é definitivamente NÃO! Afinal, isso não faz nenhum sentindo, não é mesmo?
Tal questionamento parece não ter nenhuma lógica, e de fato é impossível acontecer, pois vai totalmente contra a natureza daquele bebê que nada sabe, nada entende, e que se quer, pode fazer algo sozinho para o seu próprio bem.
Essa linha de raciocínio não faz sentindo em se tratando de bebês recém-nascidos e seus pais, agora, já notou que em alguns momentos da nossa jornada cristã temos a tendência de ter esse tipo de atitude para com Deus?
Mesmo não sabendo discernir o que é melhor para nós, acabamos tomando atitudes de independência do Deus que nos formou, nos recusando a receber os cuidados dEle.

TEMOS DIFICULDADES EM SE DEIXAR CUIDAR

Diante de um mundo com tantas informações e competitividade, temos a tendência de abraçar tudo para nós mesmos e dar nosso grito de independência do próprio Cristo.
Evitamos o cuidado de Deus e encontrar descanso Nele, por acreditar que isso nos tira do controle das nossas vidas e, consequentemente, agimos como se tudo dependesse de nós mesmos. Queremos tudo pra ontem e com isso não descansamos em Deus e também não permitimos que Ele, que nos conhece desde o ventre da nossa mãe, cuide de nós da maneira que só Ele sabe, ou seja A MELHOR MANEIRA.

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.  (Mt 11:28-30)

Recentemente me peguei nesse processo. Lutando, relutando, me ocupando de inúmeras coisas para de alguma forma mostrar para Deus o quanto eu era dedicada. Em contrapartida, o que Deus me mostrou é o quanto minha ansiedade estava me levando a fazer coisas que Ele não me pediu. E que também não estava me permitindo ver a bondade Dele sobre mim. O quanto eu não estava desfrutando do cuidado dEle sobre a minha vida, muito menos descansando na sua paz e fidelidade.

Por que o medo de se deixar cuidar por Deus?

Deus é um bom Pai, e Ele não nos abandona, pelo contrário, Ele sempre está ao nosso lado em cada processo das nossas vidas. Então, por que ainda assim resistimos ao seu cuidado?
Acredito que a resposta mais adequada para essa pergunta é o fato de que acabamos comparando Deus com nós mesmos, com pessoas do nosso cotidiano ou com aqueles que um dia falharam com a gente.
Mas Deus não é homem, a natureza dEle não é fraca e nem falha, Ele é perfeito!

Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Nm 23:19)

Ademais, outro fator que contribui para não desfrutarmos dos cuidados de Deus são as preocupações, as ansiedades e o imediatismo do mundo que nos agitam e nos deixam impacientes. Essas pressões cotidianas desviam o nosso olhar do lugar de descanso que Deus já prometeu nos dar.

Contudo, devemos lembrar que nEle estamos seguros e que Ele cuida de nós, conforme vemos em 1 Pedro 5:7:

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”

 A GARANTIA DO NOSSO DESCANSO

 Nosso real descanso não está em homens, em um bom emprego, bens manterias, bons salários, ou na força do nosso braço. Muito menos nos dias de lazer nas férias ou finais de semana. Mas sim em Deus, na compreensão de quem Ele é, e do Seu caráter que está assegurado pela Sua Palavra.
Essa é a nossa garantia legítima! Deus nos afirma taxativamente na Sua palavra que nEle podemos confiar, nEle devemos descansar e nos deleitar.

Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência.  (Sl 37: 3-5 e 7)

Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor:

“Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. (Sl 91:1-2)

Também devemos ter em mente que Deus zela pelo cumprimento da Sua palavra, e se Ele prometeu cuidar de nós e aperfeiçoar a sua obra em nossas vidas (Fp 1:6), certamente Ele fará.
Por fim, que possamos fazer a exemplo dos bebês, que desfrutam dos cuidados dos seus pais sem se preocupar com o dia de amanhã, pois sabem e confiam que alguém estará zelando por eles.A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação. Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre segura! Jamais serei abalado! Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança.  (Sl 62:1,2 e 5)

 

Thais Neves – missionária intercessora e facilitadora Fhop School

Vamos falar de perseverança? Todos os dias nós iniciamos jornadas, pequenas e grandes, resolver um conflito, ser mais saudável, fazer uma viagem, cursar uma faculdade, casar-se, seguir a Cristo. Essas e tantas outras coisas na vida tem um início, um caminho a se percorrer, permanecer e um ponto de chegada. São iniciadas por uma simples decisão, mas não terminam aí, requerem passos práticos e permanência para que concretizem-se.

POR QUE DESISTIMOS?

Muitas vezes, em algum lugar desse trajeto entre a iniciativa e a conquista, nós desistimos. Primeiramente porque criamos expectativas irreais sobre o processo que nos levará para onde estamos indo. Pensamos que após a meta estabelecida, tudo sairá como planejado e logo chegaremos ao nosso objetivo, esquecendo-nos dos imprevistos, dúvidas, medos e outros problemas.

Então, temos uma perspectiva errada do que são e como lidar com esses acontecimentos não programados, os maximizamos e damos a eles o foco. Consequentemente tirando nossos olhos do alvo.

Na caminhada cristã, muitos são os intempéries que podem nos fazer tirar os olhos de Jesus e considerar a possibilidade de desistir, inclusive, da nossa fé. Tentações, fraquezas, nossos próprios desejos, quedas, outras propostas. Mas Jesus estava nos alertando a estar preparados para tudo isso, quando disse:

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33

E Tiago também diz:
“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma.” Tiago 1:2-4

1. TENHA EXPECTATIVAS REAIS

Em João 15, Jesus diz o que é esperado de nós, como Cristãos durante nossa vida na terra. Cristo começa dizendo que Ele é a videira, e no versículo 4 declara: “Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo.” Pense sobre essa frase por alguns minutos.
“Permaneçam em mim.”
O ramo não faz nada por si mesmo, o que é esperado dele é PERMANECER e a videira fará o seu trabalho.

2. VEJA PELA PERSPECTIVA CORRETA

Permanecer é simples, mas não é fácil. Nós sofremos com circunstâncias fora do nosso controle, fatalidades, doenças e elas nos desanimam e fazem concluir que, diante de tais coisas, certamente Deus não se importa conosco, então porque continuar? Passamos também, por lutas internas, pecamos, caímos. Temos que lidar com culpa, com a vergonha, com justiça própria, pensamos não ser mais merecedores de caminhar com Jesus ou aceitos por Ele.
Mas afinal, se sofremos, choramos ou fracassamos durante o percurso, mas sabemos que o que é esperado de nós ao final da caminhada é que tenhamos permanecido apesar de tudo isso, olhamos para Jesus, submetemos todas essas coisas a Ele e seguimos adiante.

“Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.” Romanos 8:24,25

3. MANTENHA OS OLHOS NO ALVO

Saber para onde estamos indo é um grande fator motivador para permanecer na jornada, além de ser essencial para nos manter no caminho certo. Não estamos permanecendo em Cristo, diante de cada situação apenas pela vitória sobre a situação em si, mas para que cheguemos diante do Senhor nAquele Dia e sejamos achados nEle.
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13,14

NÃO DESISTA!

Jesus é o início, o caminho e ponto de chegada. Ele nos escolheu e chamou. Ele está comprometido a nos aperfeiçoar em amor.
De nós, nada é requerido além de permanecer nEle. A gente consegue! Não por nós mesmos, mas porque Ele nos capacita e porque o Seu poder se aperfeiçoa em nossas fraquezas.
E, se houver dúvida, confiamos nEle. E se cairmos, nos levantamos e corremos para Ele. Porque temos por certo que Aquele que começou a boa obra vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.

Amanda Alves

“Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança. A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.” (Lamentações 3:21-24)

No meio da agitação do dia a dia, das várias atividades que requerem a nossa atenção e das preocupações que nos vêm à mente, aparece na nossa cabeça uma frase “trazer à memória aquilo que me dá esperança”.

Às vezes a rotina e as atividades ordinárias não nos permitem desfrutar do extraordinário. É por isso que, como Jeremias, podemos escolher em cada momento recordar aquilo que nos traz esperança.

Como podemos lembrar-nos daquilo que dá esperança? 

Jeremias foi conhecido como o profeta “chorão”, o seu temperamento melancólico somado ao que lhe tocou viver, o imergiu numa profunda tristeza e, no entanto, naquele momento ele declarou: “Ainda ouso, porém, ter esperança quando me recordo disto: O amor do Senhor não tem fim!” (Lamentações 3:21-22 NVT)

Agora bem… lembrar-se da fidelidade de Deus, é suficiente para suportar tudo o que Jeremias estava experimentando? (perseguições, exílio, desenraizamento)

Evidentemente que sim. Certamente, podemos confiar que apesar das nossas dúvidas, dos nossos erros e das circunstâncias que nos tocam viver, a sua fidelidade permanece para sempre.

É comum que nos questionemos quando as coisas “não estão certas”. “Porque é que Deus permite isto? Porque é que isto me acontece?”

Porém, e se olhássemos em outra perspectiva? E se mudarmos uma palavra só e perguntar a nós mesmos: “Para que é que Deus permite isto? Para que é que isto me acontece?”

Muitas vezes acreditamos que por sermos filhos de Deus somos imunes à dor e são nesses momentos que as palavras de Paulo chegam e chocam todo o nosso ser “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória” (2 Coríntios 4:17)

Quanto temos de aprender com estes homens! Pessoas que se mantiveram firmes no propósito de Deus apesar da adversidade.

Agora, é fácil de dizer, mas difícil de praticar. Somos humanos e nossa natureza tende à auto-suficiência e ao controle das coisas. Portanto, “Ousar a ter esperança” torna-se um desafio diário.

Conselhos que retiro da vida de Jeremias:

1. Ter esperança

Primeiramente, a esperança está intimamente ligada à espera. Mas, esperar o quê? À espera de um resultado favorável, Ela está unida à . Esperamos que algo aconteça. Acreditamos que uma circunstância vai mudar. Em meio às dificuldades, ter esperança é ter certeza de que Deus está no controle da situação e podemos descansar em Sua “boa, agradável e perfeita vontade”.

2. Lembrar

a) Da Fidelidade de Deus: ela não radica num estado, senão em uma característica própria de Deus: Ele é fiel em tudo tempo. As circunstâncias não influenciam os seus planos. Ele não deixa de ser fiel quando a dor atinge as nossas vidas. A Sua fidelidade é eterna e nunca nos abandona.

b) A Sua misericórdia: estas são renovadas todas as manhãs. Nós merecíamos a morte, Ele nos deu a vida, éramos seus inimigos e Ele nos chamou de amigos. Éramos órfãos e Ele nos adotou dando-nos uma nova identidade, a de filhos amados. O Seu amor nos atrai a Ele com laços eternos. Ele nunca nos abandona.

3. Declarar

Jeremias declarou “me recordo disto”. Declarar neste caso é dizer a nós mesmos o que Deus já fiz nas nossas vidas e focar em Quem Ele é (fiel, misericordioso) e não no que Ele nos pode dar ou nas circunstâncias. Lembrar em alta voz como Deus agiu no passado nos ajuda a superar as dores, as provações e incertezas do presente. Melhor ainda, recordar a essência de Deus nos ajuda a entender o seguinte: Ele nunca muda mesmo quando as circunstâncias mudam. Como disse Jeremias, Deus é a nossa porção, não há nada fora d’Ele que possa satisfazer nossa alma.

4. Eesperar

Talvez esta é a parte mais difícil. Fomos programados para ter tudo em pouco tempo, cada vez mais vivemos numa sociedade voraz que odeia esperar. As pessoas procuram o imediato e recusam-se a viver o processo. Odiamos esperar, porém Deus ama agir em tempos de quietude e incerteza porque é nesses momentos onde valorizamos a sua bondade e fidelidade.

Portanto, ousemos, como Jeremias, a ter esperança, a trazer à memória o que Deus fez, faz e fará!

 

Betiana Saucedo – Facilitadora Fhop School

Há ‬13 anos, recém casada, engravidei pela primeira vez. Com quase quatro meses de gestação sofri um aborto espontâneo. Depois dessa experiência tão difícil, oramos a Deus e nos programamos para engravidar quatro anos depois. Após essa longa espera, descobrimos que eu estava grávida da nossa princesa Layla. Não sabíamos que eu teria qualquer dificuldade durante a gestação, mas no sexto mês fui levada às pressas para UTI, onde fiquei por nove dias com pré-eclâmpsia. Minha pressão arterial chegou a 260/180 e Layla, que estava se desenvolvendo tão bem na barriga da mamãe, precisou nascer em uma cesariana de urgência. Nossa garotinha é um grande milagre que nasceu com apenas 825g em 26 semanas de gestação.

Pela extrema prematuridade, ela teve paradas respiratórias no período de quase três meses em que esteve na UTI NEO. Layla acabou ficando com graves sequelas no cérebro e foi diagnosticada com paralisia cerebral.

Não foi nada fácil lidarmos com os desafios que a paralisia cerebral trouxe para nossa família, mas o amor de Deus nos envolve, nos dando forças para vencê-los. Deus tem se revelado a nós como Pai cheio de amor, enquanto cuidamos da nossa preciosa Layla.

Pouco tempo depois veio minha terceira gestação

Estávamos esperando um menino, mas infelizmente nosso filho Benjamim veio a óbito com vinte e oito semanas de gestação. A pré-eclâmpsia havia se tornado um inimigo perigoso para mim. 

Após passarmos por todas essas batalhas, ficou claro que eu não poderia engravidar novamente sem um tratamento médico que nos desse segurança. Engravidar poderia até mesmo custar minha própria vida. Precisávamos de uma palavra específica de Deus.

Florianópolis tem sido um presente de Deus para nossa família. Aqui, encontramos o lugar de oração e o cuidado que Layla tanto precisa. A sala de oração da Fhop foi o lugar onde Deus nos deu forças para vencer os desafios e também a convicção de que deveríamos prosseguir com o sonho de ter mais um filho.

Servindo como líder de sessão nos turnos da sala de oração, fui constantemente tocada por Deus com a convicção de que um grande milagre estava por vir. Fui apresentada a Dra. Andrea Borges, médica especializada em gestações de alto risco. Sentimos muita paz e começamos a traçar os planos para a chegada de um novo bebê.

Em julho de 2018 engravidei mais uma vez

Confiantes nas inúmeras palavras proféticas que havíamos recebido e também amparados pela medicina, iniciei tratamento que nunca tínhamos feito. Foram 422 injeções de heparina aplicadas em minha barriga duas vezes por dia e cheguei a tomar 22 comprimidos diários até o dia da cesariana. 

Em uma reunião com a equipe da fhop, os missionários se comprometeram em orar intensamente por nossas vidas. Chegamos aos sete meses e meio de gestação. Nunca tínhamos ido tão longe, e cada semana era uma grande comemoração. Nossa fé estava cada vez mais forte na certeza de que Éden Daniel viria ao mundo para trazer mais alegria à nossa casa e principalmente ao coração da sua irmãozinho Layla.

Segunda feira, dia ‪4 de fevereiro‬ de 2019, às sete da manhã, acordei com uma pulsação enorme na cabeça, minha pressão atingiu 220/140. Dei entrada em estado grave e já fui direto para UTI. Aquele quadro de pré-eclâmpsia evoluiu em apenas quatro dias e quase me tirou a vida. Perdi praticamente toda a visão, meus rins estavam parando, meus braços não atendiam meus comandos, meu corpo em menos de vinte e quatro horas inchou me deixando deformada. Eu já não tinha forças para falar. Me sentia perdendo os sentidos. Foi o pior dos quadros de pré-eclâmpsia que eu já tinha vivido, desta vez associou-se à Síndrome de HELLP, uma doença gestacional rara que poderia parar o funcionamento de muitos órgãos do meu corpo.

Éden tinha que nascer

No dia ‪5 de fevereiro‬ a equipe médica decidiu que Éden deveria nascer. Esta era a única forma de salvar a minha vida e impedir que ele viesse a ter sofrimento fetal, já que na ultrassom feita antes do parto, mostrou que nosso bebê estava sem qualquer movimento, porém com o coração batendo. Minha gestação estava sendo interrompida com 29 semanas e cinco dias.

Todos os turnos de oração clamavam por minha vida e também para que nosso bebê nascesse saudável. Meu esposo e eu nos sentimos literalmente carregados nos braços do Pai, pois a batalha era muito intensa.

No momento do parto, tanto eu como Éden corríamos risco de vida. Meu esposo foi orientado na sala de cirurgia a somente olhar para o bebê se a equipe médica desse o sinal de que ele havia nascido bem.

Mas, para a glória de Deus houve um choro valente, alto e forte encheu toda a sala de cirurgia! Éden Daniel, que a poucos minutos atrás não mostrou movimento na ultrassonografia, chegou ao mundo absolutamente saudável. Nosso menino nasceu pesando 1.105kg, medindo 36cm e o mais importante de tudo: respirando sem auxílio de aparelhos.

Após quarenta e oito dias na UTI NEO, Éden Daniel veio pra casa

E assim, o nascimento dele aconteceu, literalmente, durante um turno de intercessão enquanto centenas de missionários intercessores clamavam diante de Deus por um milagre. Posso afirmar que esse testemunho poderia não ter um final feliz se não fossem pelas orações que intercederam em nosso favor.

Nunca desista dos sonhos que o Pai colocou em seu coração. Ele proveu o milagre para que eu pudesse viver o impossível. Então, se você tiver convicção do favor Dele, prossiga! Não desista!

Deus te abençoe!

Camila Alencar

 

Em 2017, descobri um nódulo no meu seio esquerdo. Após uma visita ao médico, recebi encaminhamentos para exames de mamografia e ultrassonografia, que apontaram a chance de 95% de câncer de mama. Após a biópsia, o diagnóstico: carcinoma ductal invasivo, grau 1.

Em janeiro de 2018 dei início ao tratamento. O protocolo pedia 20 sessões de quimioterapia – de dois tipos diferentes. Iniciei as primeiras sessões em intervalos de 21 dias. Tive efeitos colaterais fortíssimos, sem alteração, porém, no tamanho do tumor. 

Me lembro de uma noite em que estava me sentindo mal, com dor o suficiente para não conseguir dormir. Eu orei para que o Senhor tirasse a dor, ou que simplesmente me ajudasse a dormir, e, instantaneamente pude ouvi-Lo dizer: “Deite-se com a barriga para cima”. Logo após, adormeci. Acordei na manhã seguinte sem nenhuma dor. 

O tratamento

Iniciamos um novo tipo de químio em um intervalo menor e com efeitos colaterais mais amenos, contudo, após oito sessões, a lesão continuava medindo os mesmos seis centímetros. Meus médicos decidiram, então, antecipar minha cirurgia, pois o tumor não estava reagindo positivamente à nenhuma das quimioterapias aplicadas. Durante a consulta com o cirurgião, uma semana antes da cirurgia, fui informada que seria necessário fazer um um segundo corte, próximo ao abdômen, para cobrir completamente a área onde seria retirado o tumor. 

Durante todo o tratamento, minha família, meus amigos e minha igreja estavam em oração. Pois, eu realmente não gostaria que fosse feito nada além do necessário, e por mais esse motivo, orei ao Senhor. 

A caminho do milagre

Quando retornei ao hospital, no dia da cirurgia, enquanto a região a ser operada estava sendo demarcada, o cirurgião me olhou e disse: “Parece que não será mais necessário fazer um segundo corte, pois o tumor diminuiu um pouco!” Ou seja, o tumor que não havia reduzido nem mesmo um centímetro durante oito meses de quimioterapia, mas reduziu o suficiente para que nenhum corte fosse feito além do necessário.

Logo após o período de recuperação da cirurgia, seguimos com a quimioterapia, agora com um terceiro medicamento. Isso era necessário para completar o ciclo de quimioterapia e serviria também como prevenção, já que alguns linfonodos axilares retirados durante a cirurgia haviam sofrido metástase.

Ouvi minha médica dizer que eu teria fortes efeitos colaterais e de fato, conheci pacientes que tiveram alguns efeitos fortíssimos com o uso do mesmo medicamento. Porém, estávamos orando incansavelmente por cura e para manifestação de sinais e maravilhas, e foi exatamente isso que experimentei! Tomando 2.500 mg de remédio por dia, não sofri efeito colateral algum, apenas o aumento da sensibilidade ao frio, isto é, um casaco era suficiente para aplacar minha reação ao remédio. 

Experimentando a bondade de Deus

Esses foram apenas alguns milagres que Deus fez durante o percurso. Durante todo esse período de um ano e seis meses em que estive em tratamento contra um câncer, pude provar a bondade, a misericórdia e a fidelidade do Senhor em níveis que jamais havia experimentado. Fui tocada através do profundo amor demonstrado por minha família, amigos e igreja. Durante o tratamento, como missionária na fhop, eu fazia parte de um time de oração e adoração. Em muitos turnos de intercessão, oraram por mim. Pessoas, próximas ou não, oravam cheias de fé. Eu tenho certeza que experimentei as respostas dessas orações.

Com convicção, posso dizer que mesmo nos vales, Deus também está, e por isso, não precisamos temer mal algum. Eu provei e vi que o Senhor é bom!

Roberta Santana – missionária intercessora e facilitadora da Fhop School

Quem nunca provou a espera de uma promessa? Talvez a espera de uma cura,  a espera da salvação dos pais ou filhos, a espera de um cônjuge, a simples espera do resultado de um teste, ou da entrevista de emprego, não importa qual seja o motivo. Para quem espera sempre parece uma eternidade. Eu gostaria de escrever sobre a espera de uma promessa.

Acredito que todos nós já recebemos uma promessa de Deus, assim também como muitos de nós já desanimamos por causa da demora no cumprimento dela. E a incredulidade muitas vezes minou a espera de nossa promessa. Eu quero encorajá-lo.  Se você tem uma promessa sobre a sua vida, então simplesmente permaneça, eu digo simplesmente porque esse é todo o seu trabalho: Permanecer! Entre o tempo em que a palavra é liberada e o cumprimento dela há uma jornada e ela é essencial para alcançar o destino.Na verdade eu a descreveria como o tempo de preparo para receber a promessa.

Aprendendo com Davi

Eu amo o exemplo de Davi, ele tinha mais ou menos dezessete anos quando  profeta Samuel o ungiu como rei. Mas, antes de finalmente se assentar no trono e receber a coroa, (por volta de trinta anos de idade) uma linda história foi escrita. Ele foi forjado, aprendeu sobre liderança, sobre humildade, ele aprendeu a não guardar ofensa, mantendo o coração livre. Davi desenvolveu um coração tenro. Sua jornada  o ajudou a ser um dos melhores reis que Israel já conheceu.  Deus se agradou tanto de Davi, de como ele confiou na promessa e posicionou seu coração por meio de suas escolhas, que o resultado disso é que um reino eterno será estabelecido em Jesus por meio de sua dinastia.

Poderíamos falar de Abraão. Ele recebeu a promessa de que teria um filho, apesar de ele mesmo e sua esposa serem avançados em idade. Ele considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa e simplesmente permaneceu, ele abraçou a esperança e perseverou em fé. Durante a jornada ele desenvolveu um relacionamento tão profundo a ponto de ser chamado amigo de Deus. Assim daquele homem sem vitalidade originaram-se descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e tão incontáveis como a areia do mar.

A espera da promessa

Aqueles que esperam Nele não são decepcionados.Não se preocupe,  Deus não se esqueceu de você. Se você recebeu uma promessa não importa há quanto tempo, quero encorajar você a permanecer. Aquele que prometeu é fiel, ele começou a boa obra e a completará. Apenas confie, sua jornada está sendo escrita, e é uma bela história que poderá ser contada as próximas gerações. Deus ama escrever belas histórias e nos surpreender com finais que superam todas as nossas expectativas, porque os pensamentos Dele são mais altos do que os nossos.

Durante a sua jornada Ele irá prover e cuidar de você, irá te forjar e fortalecer. Você provará a fidelidade Dele. Mesmo no silêncio e nas noites escuras Ele estará lá, Ele não desampara aqueles que Nele confiam. Apenas permaneça, esse é todo o seu trabalho.

 Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera (Is 64:4).

Ele trabalha em nosso favor enquanto esperamos Nele! Abrace a esperança, preserve a fé e alcance a promessa.

Roberta Santana – facilitadora da Fhop School